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Ética Geral e Profissional

Atualmente tem sido amplamente aceito que o mundo dos negócios e as


organizações têm dimensões éticas, assim como também tem dimensões
econômicas e legais. Entretanto, não há consenso a respeito da natureza
dessa dimensão ética. Na visão dos stockholders, os administradores de
empresa tem o dever ético em trabalhar para aumentar o lucro que será
direcionado ao acionista. Enquanto isso, na visão dos stakeholders os
administradores têm o dever de garantir o direito e promover o bem estar de
todos os indivíduos que são afetados pela organização, que inclui os
fornecedores, vendedores, funcionários, acionistas e a comunidade local.
O capítulo utiliza três diferentes teóricos que dissertam a respeito de
questões éticas, econômicas e legais para apoiar suas visões sobre a ética
empresarial: a) Friedman - no que se relaciona à ética, o teórico cita o direito
de propriedade e a eficiência de mercado como um fator que promove o bem-
estar, em relação a economia, o autor enaltece a necessidade das
organizações de gerar lucro, e em relação aos aspectos legais ele cita o dever
fiduciário dos empresários; b) Cochra - no que se relaciona à ética, o teórico
cita a relação dos deveres éticos com o direito de propriedade, em relação a
economia, o autor fala sobre a necessidade dos stakeholders terem o retorno
de suas contribuições, e em relação aos aspectos legais ele cita a lei como um
fator que molda a estrutura de propriedade da empresa; c) Freeman cita a ética
empresarial como um ponto que respeita o direito dos stakeholders, em relação
a economia, o autor fala sobre a necessidade dos stakeholders trabalharem
juntos para gerar valor, e em relação aos aspectos legais ele cita contratos
que articulam trabalho e gestão.
Para avaliar essas diferentes visões é preciso entender a estrutura
institucional em que cada empresa está inserida. O capítulo define instituições
como “contratos que articulam interações políticas, econômicas e sociais”. São
mecanismos sociais que usam a ética, a economia e os aspectos legais para
coordenar o comportamento organizacional.

Referência: DIENHART, J. W. Business, Institutions and Ethics. Oxford


University Press, 2000.

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