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Atividade da disciplina de Sociologia

entregue a professora Teresinha. Atividade


desenvolvida pela aluna: Ana Paula Lopes
Santana, como parte avaliativa da 4ª
unidade do ano letivo de 2013. Turma do 4°
ano de Eletrotécnica - 88142.

Fichamento:

Século dos extremos.

Na entrevista a revista Veja, Hobsbawm aborda diversos temas centrais da


sociedade atual, entre eles a ruptura da sociedade atual com o passado. No seu
livro Idade dos Extremos dividi o “curto” século em três fases, a Era das Catástrofes
(1994 a 1945), Era Dourada (anos 50 e 60), e por fim, as décadas de crise que
finalizam o século, deixando pouquíssimas esperanças de um mundo melhor.

Hobsbawm afirma que não possuímos mais a capacidade de aprender com a


Historia, pois segundo ele a ruptura entre o presente o passado ocorre pela
velocidade e profundidade das transformações tecnológicas e sociais dos últimos 35
anos que faz com que as novas gerações não compreendam o passado por viverem
em um mundo completamente distinto e faz com que as gerações antigas não
estejam a vontade na sociedade atual. Outro fator que Erick destaca é a tecnologia
avançada das sociedades de consumo que gera uma maneira de perceber o mundo
como um eterno presente não existindo uma conexão com o passado.

O historiador destaca o quão bárbaro se tornou este século, superando tudo o


que já se havia registrado nesse sentido. Além de apresentar as imperfeições do
regime soviético, o apresentando como um regime cruel e afirmando não crer que
ele tenha sido o acontecimento mais importante do começo do século, pois ele
acredita que tenha sido a ruptura da ordem burguesa liberal capitalista a partir de
1914.

Outra questão mencionada é a importância que ele dá a abordagem


introduzida por Marx para compreender o desenvolvimento de sistemas sociais, pois
ele afirma que a Marx se preocupa com a forma como as pessoas vivem, ou seja, o
modo de produção, para que a partir desse entendimento se possa explicar

Camaçari – BA
Abril, 2014.
abordagens intelectuais e sociais, não pegando partes isoladas da historia, mas toda
a sua construção.

Outra questão destacada na entrevista foi a sobrevivência do sistema


capitalista liberal e sobre os problemas desse sistema. Ele mencionou três
perspectivas para se tentar compreender a sobrevivência do sistema capitalista, a
primeira é a política que justifica a sobrevivência do sistema pela aliança feita dos
Estados Unidos com a União Soviética afim de acabar com o fascismo. A segunda, é
a questão econômica, que justifica pelas vitais habilidades e capacidade de decisão
do capitalismo ocidental de se reformar após a grande depressão. Por fim, a
supremacia da economia americana, que ocorreu entre 1880 e 1914 beneficiando-se
intensamente das duas grandes guerras mundiais.

Por fim, ao discutir sobre os problemas do capitalismo, ele torna claro que
esse sistema não tem dificuldade para gerar ou garantir riquezas, mas trás consigo
problemas que temos que resolver, pois ele mesmo é incapaz de assim o favor. Esta
incapacidade ocorre porque o capitalismo, a longo prazo, não possui condições de
resolver os graves problemas ambientais, além de ser uma economia alimentada
pelo crescimento e pela necessidade de lucro e acumulação, e por fim, pelo sistema
não possuir nenhum instrumento para diminuir a crescente desigualdade no mundo.

Referências:
WAACK, William. Século dos extremos. Entrevista com Erick Hobsbawm. Revista
Veja em 5 de Abr. de 1995. Pág. 07 a 10.

Camaçari – BA 2
Abril, 2014.

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