A Realidade Brasileira

Brazilian Reality

-- - - ----~
A evolução dos escritórios como se deu e se dá nos Estados Unidos
é diferente da europeia que é diferente da ocorrida aqui. Durante
mais da metade do século XX, o pensamento estratégico das empre-
sas americanas baseou-se na teoria de Taylor, enquanto na Europa a
escola das relações humanas ou de administração humanista - movi-
mento de oposição ao modelo taylorista - encontrava simpatizantes
entre empresários e intelectuais e ganhou força após a devastação
da segunda guerra mundial, impulsionada pelas mudanças na eco-
nomia de mercado e reestruturação das atividades de negócios. Essa
nova mentalidade viu-se refletida na forma de organização do espa-
ço físico mais humano e orgânico, proposta pelos irmãos Schenelle,
que desenvolveram o conceito chamado bürolondschojt pelos ale-
mães e também conhecido como Londscope Office, ou escritório pa-
norârnico'. A democracia na organização do ambiente, a retirada das
salas que se constituíam em barreiras para a comunicação entre as
pessoas, não encontrou adeptos nas corpo rações americanas, cujos
ambientes seguiram-se cartesianos, rígidos, formais, privilegiando o
stotus e a posição hierárquica.
A vinda de empresas americanas, principalmente para São Paulo e
Rio de Janeiro, a substituição do modelo europeu de metrópole pelo
modelo americano, repleto de arranha-céus, refletiu-se na forma de
organização das cidades e das empresas, culminando, em 1928, com
a inauguração do edifício Alexandre Mackenzie, sede da Light Power
Company, seguindo o modelo da teoria da administração científica,
duas décadas após o seu surgimento. Naquela época, no entanto, o
setor terciário no Brasil era incipiente, formado por empresas do se-
tor financeiro (bancos, seguradoras), serviços públicos (transporte,
energia) e pequenas empresas prestadoras de serviços (advogados,
contadores), voltadas exclusivamente para o consumo interno, pou-
co dependentes da economia internacional. Além disso, os fluxos de
negócio e informações eram lentos, tornando naturais os descom-
passos de tempo entre países.
o surgimento da estação integrada e do conceito de Open plon no
final da década de 1960 e seus desdobramentos nos conceitos de
escritórios totalmente abertos, parcialmente abertos e fechados nos
Estados Unidos - sempre padronizados e rígidos - foram largamente
utilizados até o final da década de 1980, quando os processos de
reengenharia, os sinais mais estruturados da globalização dos negó-
cios, em conjunto com a evolução da tecnologia de informação, pos-
sibilitaram a criação dos novos conceitos de escritórios alternativos,
e a sua expansão para além dos domínios das empresas.
The evolution of offices as it happened in the United States __ -
ferent from Europe, which is also different from what a r
-----
here in Brazil. During more than half the XX century the ~ ::
companies strategic thought was based on Taylor's theorv
Europe the human relations school or humanist administrar
movement that opposed the Taylor's model - got supporters c. ::
entrepreneurs, intellectuals and became stronger after the de (5-0-
tion caused by World War li, spawned by the changes in the ~ __
economy and restructuring of business activities. This new rnen: c. _
was reflected in the way of organizing physical space, more r ~-;;-
and organic, proposed by the Schenelle brothers that deve o -- :
concept called bürolondschojt by the Germans and also knOl - --
Landscape Office, or panoramic offíce'. The democracy in Lhe =- -
ronment organization, the removal of rooms that constitutec - -
ers for the communication among people did not find adepts - :-::
American society dependent on status of hierarchy to such an E:E -
that the environment continued to be Cartesian, rigid and for a
The arrival of American companies, especially in São Paulo a
de Janeiro and the substitution of the European metropolis
to the American style of lots of skyscrapers, were reflected - _r::
organization style of cities and companies, culminating, in 1928
the inauguration of the building Alexandre Mackenzie. site 0= --:
Light Power Company, following the theory of scientific adm.n _c -
tion, two decades after its implantation. In that time, however raz
was a predominantly rural country and its third sector was - _-
ent, formed by companies of the financial sector (banks anu -=_--
ance), public services (transport, electricity) and srnall hbera --::::
(lawyers, accountants), wmking exclusively for the interna 'ila =-
slightly dependent on the international economy. Besides. :-;:: =
of business and information was slow leading to a natural tír-e
among countries.
The arrival of the integrated station and the Open Plan co c:...- z:
the end of the 1960's and its impact 011 the concepts of tota s r : - r
offices, partially open and close in the United States - a a, 5 ~ :
and with defined standard -, were largely used until the enc; : ---::
1980's, when the reengineering and the signs of a more st ~
business globalization in connection with the inforrnation tec -
gy, enabled the creation of new concepts for alternative o='; es =-:
its expansion to the companies domain.
A Rea iccc~ E~ -2"
Na Europa, o Londscope Office deu lugar a um escritório aberto, di-
vidido em pequenos grupos e com dimensões mais generosas, ou
ao surgimento do conceito de Combi 0ffices, com pequenas salas
fechadas e uma ampla área destinada ao uso comum e à integração e
convivência sociais, condizentes com a cultura europeia, preocupada
com a manutenção do seu estilo e qualidade de vida, sem, no entan-
to, deixar de ser competitiva ao incorporar os avanços tecnológicos,
a flexibilização da jornada e as oportunidades de negócios.'
No Brasil, o bullpen - conceito de ocupação física baseado nos pre-
ceitos do taylorismo, norteou o processo de organização física das
empresas até o final da década de 1980. Até então, o mobiliário era
auto portante, muitas vezes de madeira escura, as estações de stoff
eram compostas basicamente por uma mesa de 1,40 x 0,70 m ou até
de 1,20 x 0,60 m, com uma ou duas gavetas acopladas, uma cadeira
e armários de uso comum; os gerentes e altos executivos ficavam
em salas fechadas amplas e escuras. Com a inauguração da sede do
Citicorp na avenida Paulista, um marco na arquitetura de edifícios de
escritórios no país, inicia-se um período de mudança mais expressiva
no ambiente e na forma de realização do trabalho dentro das empre-
sas. Seguindo o padrão da matriz, os gerentes passaram a ocupar
salas fechadas por biombos, junto às suas equipes, e foi usado, pela
primeira vez, o sistema de mobiliário integrado - ainda com madeira
escura - vinte anos após o seu surgimento.
Essa defasagem no uso desses conceitos deve ser analisada em razão
das características do desenvolvimento econômico-social do país.
Somente no século xx o país inicia o processo de industrialização e
esta passagem de uma economia predominantemente agrária para
uma economia industrializada se deu de forma muito rápida, contri-
buindo para um amplo mercado de trabalho caracterizado por traba-
lhadores com pouca ou sem nenhuma capacitação técnica e, conse-
quentemente, para o achatamento salarial de base e para a grande
discrepância entre os salários dos menos e mais capacitados, o que
atendeu ao modelo de desenvolvimento adotado na época, mas que,
ao longo do tempo, com a modernização do parque industrial e a
inserção de novas tecnologias, tornou-se inviável.
Quando Getúlio Vargas assumiu a presidência, no início da década
de 1930, o país era predominantemente rural e a economia era sus-
tentada, basicamente, pela produção e exportação de café. A escra-
vidão havia sido abolida 40 anos antes, porém o trabalho no campo
ainda beirava a servidão. A indústria localizava-se, quase que exclu-
sivamente, em São Paulo e se constituía de bens de consumo para
suprir os colonos nas fazendas. Sua ascensão ao poder iniciou um
período de grandes mudanças, primeiramente conturbadas, devido à
situação econômica, relegada a segundo plano diante da crise políti-
ca e, posteriormente, caracterizada pela expansão industrial que, no
entanto, só adquiriu novo ímpeto a partir da segunda guerra rnun-
o Escritório no Século XXI
52 The XXI Century Office
In Europe, the Landscape Office gave place to the open office, o
vided into small groups with more generous dimensions, or to tl
Combi Offices concept, with small closed rooms and an ample an
for common use and social integration, in accordance with the EI
ropean culture, that worried about the maintenance of style ar
life quality, without stopping being competitive when incorporatir
technological advancements, working hours flexibility and busine
opporturutíes."
In Brazil, the bullpen - concept of physical occupation based on Ta'
lor's model- guided the physical organization process of the comp'
nies untf the end of the 1980's. Until then, the furniture had bee
self-carrying, many times of dark wood, the staff stations were con
posed basically of a table 1.40 x 0.70 m or even 1.20 x 0.60 m, wil
one or two drawers, a chair and standard cabinets; managers an
top executives rooms were closed, ample and dark. With the ínaugr
ration of the Citicorp building on Paulista Avenue, a landmark in tI'
architecture of buildings and office ali over the country started a pl
riod of more impressive changes in environment and in the executio
of jobs inside the companies. Following a pattern, managers starte
occupying the same room as his or her team, separated by partitiorr
For the first time the furniture system was integrated - still of dai
wood - twenty years after its creation.
While in the United States this gap in the use of these concepts rnu:
be analyzed in view of the characteristics of socio-economic deve
opment of that country
Only in the xx century the country started the industrialization prr
cess and this transition from a predominantly rural economy to a
industrialized economy took place very quickly, contributing to
vast market of work characterized by workers with low or no techn
cal skills at ali, and consequently for the very low basic salaries an
great discrepancy between the salaries of the least and most qua
ified workers which attended the model developed and adopted i
that time but as time passed, with the modemization of the industr
and the insertion of new technologies it was no longer viable.
when Getúlio Vargas assumed the presidency of Brazil, in the bs
ginning of the 1930's, the country was predominantly rural and th
economy was kept basically by the production and exportation o
coffee. Slavery had been abolished almost 40 years before, howeve
the work in the fields was almost like slavery. The industry was most
Iy based in São Paulo, and it consisted of usable goods to supply th
farms and their workers. His ascension to power started a perto
of great changes. First, it was conflicting because of the economi
situation, relegated to second plan because of the political crisis aru
later characterized by the industrial expansion that, only achieve
a new impulse after World War 11 with the suspension of importei
goods and the creation of an industry of usable products to suppl
dial, com a suspensão das manufaturas importadas e criação de uma
indústria de produtos de consumo para suprir o mercado interno que
se ampliava com a imigração e o crescimento das cidades.'
o Ministério do Trabalho, criado no início da era Vargas, concedeu
à classe trabalhadora uma série de benefícios: instituiu o salário mí-
nimo, criou a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho - e os IAPS -
Institutos de Aposentadoria e Pensão -, a Lei de Férias, a estabilida-
de, a dispensa com indenização e muito mais. Em contrapartida, os
trabalhadores perderam sua liberdade e sua consciência de classe.
Seus sindicatos, até então bastante ativos, "transformaram-se em or-
ganismos passivos e em instrumento de política de Getúlio, esmaga-
dos pelo terror policial, pelo peleguismo e, a seguir, pelo reformismo.
O proletariado, sobretudo depois de 1937, foi uma fera enjaulada.
Mas depois de 1945, já estava domesticado." 4
O Estado também passou a ter grande influência sobre o comporta-
mento dos rendimentos do trabalho, determinando o nível de reajus-
te dos salários gerais, do funcionalismo público e do salário mínimo.
A ideia inicial era proteger o poder aquisitivo do trabalhador, porém,
na prática, as políticas salariais obedeceram, primordialmente, aos
objetivos das políticas econômicas anti-inflacionárias constituindo-
se, portanto, em um exemplo de como um instrumento de proteção
de renda pode ser desvirtuado em função de outros interesses.
A onda inflacionária, que se inicia na época da Segunda Guerra Mun-
dial, foi permeada por períodos de crescimento econômico - criação
e ampliação de indústrias, vinda de empresas americanas, desenvol-
vimento das cidades, ampliação do mercado imobiliário de edifícios,
construção de estradas asfaltadas por todo o país e de crescimento
demográAco. A população praticamente dobrou no período de trinta
anos, passando para 70 milhões em 1960. Estes fatos propiciaram,
por um lado, a absorção de milhões de desempregados oriundos do
aumento populacional, mas, por outro lado, o endividamento resul-
tante dos investimentos estrangeiros fez subir o custo de vida de
tal forma que o poder de compra do salário mínimo, apesar de ter
subido mil por cento entre 1948 e 1960, era inferior ao do ano antes
referendado.'
A partir da década de 1970, a trajetória inflacionária torna-se ascen-
dente até atingir, no início da década de 1990, uma taxa mensal na
casa de 80%. A acirrada concorrência capitalista mundial e a insta-
bilidade econômica mudaram a situação do trabalho no país a par-
tir dessa década, com crescimento acelerado de todas as formas de
desemprego, aumento dos vínculos vulneráveis, extensão da jornada
de trabalho, queda dos rendimentos reais e concentração de renda.
As disparidades na renda familiar foram agravadas pelo crescente
desemprego. O primeiro salto ocorreu com a crise provocada pelo
zoverno Collor e o período recessivo que se instituiu a seguir. O
segundo, com a abertura da economia aos produtos importados e
the internal market which was increasing with the i(T1mi~T::°;'-'.
the cities growth.'
The Ministry of Labor was created in the beginning of a zas --::.
and granted the working dass with a series of benefits: - --- - -~:
the minimum salary, created CLT - Labor Laws Consoíicaa - --:
IAPS - Retirement and Pension Institute, Holidays Laws. ;00 staa -
indemnity for dismissals, and much more. On the other hanc; _ -
ers lost their freedom and dass awareness. The unions. -;: --;:.-
very active became "passive organisms and instrument of po "-"~ -_
Getúlio, crushed by police terror, corruption and later the) beca-;::--
instrument of reformism. The working dass, especially after I!~ :~
came a caged beast. But by 1945, had already been dornesncare;
The state also started having great influence on the beha
resulted from work, determining the rates for general salary
the government worker and for the minimum salary. The ir ra -
was to protect the worker's acquisitive power; however. in ] c: :::
the salary policies obeyed primarily, the anti-inflation econo
icies constituting an example of how an income protectio _-
ment may be deviated due to other interests.
The inflationary wave that started after World War II was per"'2-e:
by periods of economic growth - creation and expansion 01' -c.-::-
tries, from American enterprises, development, real estate ma :: _ -
pansion with the construction of buildings, paved roads a -,,~ ~-
the country and demographic growth. The population aimos- x-
bled in a period of thirty years, it was 70 million in 1960. Ihese~=--
enabled on one side, the absorption of millions of unernploi EC --.:::-
came from the population growth, but on the other side. - ê -~.::
that resulted from foreign investments caused the cost of r -",-;::
rise to such .111 extent that even though the minimum sa a
rise of one thousand per cent between 1948 and 1960. its ae _ s
power was inferior to the year prior to this reference.'
From the 1970's the inflationary trajectory kept increas"-~ ;:-:
reached, in the beginning of the 1990's a monthly rate of a _="::-
The deep global capitalist concurrence with the econo "c "---- -
hanged the working situation in the country and from --2.- -:õ-:':::_=
on, accelerated growth of .111 forms of unernployment. "~r-o-c::5C :=
vulnerable vinculum, raise in working hours, drop in eg" -.::.-=
come and income concentration.
The disparities in family income were worsened b
ing unemployment rates. The first leap occurred ;
by President Collor's government and a period of recess"-- :--- =--
lowed after that. The second leap was wíth lhe econ -. =-=--~
for imported goods and the change in the modelo' Braz ;:- 0= --
from a dose economy to an open one, forcíng the SUf\
companies to make adjustments to increase produc
mudança do modelo de crescimento brasileiro de uma economia fe-
chada para uma economia aberta, obrigando as empresas nacionais
sobreviventes a fazerem ajustes para aumentar a sua produtividade,
reduzindo custos e cortando pessoal de modo a se tornarem mais
competitivas diante dos produtos importados. Nem a implementa-
ção do plano Real de estabilização, em 1994 - que eliminou o proces-
so inAacionário crônico - foi capaz de reverter essa situação.
o terceiro aspecto de impacto relevante foi a introdução das novas
tecnologias e as mudanças no sistema de produção, tal qual ocorri-
do em outras partes do mundo e comentado em páginas anteriores;
porém, como a força de trabalho brasileira é constituída por profis-
sionais de baixo nível de instrução, os desdobramentos sentidos em
alguns segmentos da economia foram devastadores.
Esse é um aspecto-chave relacionado ao emprego e à competitivi-
dade do país e de ordem estrutural. A baixa escolaridade e a baixa
qualificação técnica limitam, para os indivíduos, as possibilidades de
sobrevivência em uma sociedade baseada no conhecimento, levando
-os a se sujeitarem a trabalhar em condições precárias e a aceitarem
baixa remuneração'. Para a economia do país, a baixa qualificação
de sua mão de obra significa perda de atratividade de mercado e
menores investimentos internacionais.
No país dos dias de hoje, a força de trabalho permanece com um
nível de escolaridade baixo mesmo diante da ampliação significati-
va da oferta de escolaridade. Segundo dados recém divulgados pelo
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - com
base no último censo de 2010, a escolaridade média da força de tra-
balho brasileira é de 7,2 anos sendo considerada a pior da América
do Sul, empatada com o Suriname, conforme pode ser visto na tabela
3.1 abaixo que demonstra também que menos da metade da popula-
ção com mais de 25 anos tem o ensino médio completo e que a taxa
de evasão escolar no ensino fundamental é exorbitante, levando à
triste conclusão de que a formação do capital humano ainda é pe-
quena e prejudicial ao desenvolvimento econômico do país. E não se
restringe somente à quantidade de anos de estudo, mas sobretudo à
qualidade do ensino, ou seja, no que a população aprende ao longo
desse tempo. Pelos padrões atuais, é muito pouco.
Pesquisa realizada pelo 1 nstituto Paulo Montenegro e pela ONG
Ação Educativa afirma que, entre jovens universitários, o 1 ndicador
de Analfabetismo Funcional (Inaf) atinge aproximadamente 38%
desta população, que não domina as habilidades básicas de leitura e
escrita'. Essa situação origina-se na baixa qualidade do ensino fun-
damental e médio das escolas públicas e culmina com a proliferação
expressiva de universidades de baixa qualidade na ultima década, o
que reforça ainda mais a necessidade de investimentos na qualidade
do ensino, que possibilite uma maior geração de renda e crescimento
profissional.
o Escritório no Século XXI
54 rhe XXI CentHry Office
costs and cutting down on workers to become competitive in face
imported goods Not even the implementation of the Real plan I
stabilization in 1994 - which eliminated a process of chronic inAati
- was capable of reversing the situation.
The third aspect of relevant impact was the introduction of nl
technologies and the changes in the systern of production, si 111 i
to what occurred in other parts of the world and mentioned in p
vious pages; however, as the work force in Brazil was constituted
professionals of a low levei of instruction, the consequences to so
segments of the oconorny were devastating.
This is a key aspect related to the country's ernployment and comp
itiveness and of structural order. The low education and low tech
cal qualifications limit the possibilities for survival for the individu
in a society based on knowledge, forcing them to submit themseh
to work in poor conditions and to accept low rernuneration". For I
country's economy low qualification of its workforce means the II
of market activity and minor international investments.
In today's country, the workforce remains at a low education le
even in face of a significant offer. According to recent data provic
the United Nations Development Prograrn (UNDP) based on the I
census 2010, the average schooling levei of the Brazilian workforo
7.2 years being considered the worst in South America, on par ~
Suriname, as it can be seen in table 3.1 below which also shows ti
less than half the population over the age of 25 has completed s
ondary school and the rates for primary school evasion is exorbit
leading to the sad conclusion that the formation of human cap
is still small and harmful to the country's economic developrne
And it is known that it is not restricted to the quantity of years
schooling but above ali to the education quality, that is, what
population learns during this time. Based on present standards
is very little.
Research conducted by Institute Paulo Montenegro and the
Ação Educatíva, reveals that among young university students
functional illiteracy índicator is approxímately 38%, meaning they
not have the basic writing and reading skills'. This situation cor
from the low education quality during public primary and second
school which culminated in expressive prolíferatíon of low qua
universities in the last decade and adds to the fact that there
need for investments in educatíon quality to enable greater ince
and professional growth.
Atualmente, mesmo que a tendência seja de crescimento do nível de
emprego - o que significa aumento no número de vagas - o número
de pessoas entrando no mercado de trabalho ainda é muito maior
e com baixa qualificação, o que torna mais difícil a situação, uma
vez que o setor de serviços é hoje o maior empregador de mão de
obra e tem como perfil de atividade a exigência de profissionais mais
qualificados.
Presently, even when the tendency is of growth on an elJl~Ii-"""--'
levei - which means an increase in vacancies - the number
pie entering the market is still greater and of low qualifica '0- ---
makes the situation difficult since the services sector is. no a
the biggest employer and has a profile of activities tha de
more qualified professionals.

Tabela 3.1 Table 3.1

(*)% entre as pessoas com 25 anos ou mais,
obs.: Estudo não traz dados da Guiana Franasa.
(*)% amang people 2S years ald ar o er
oos.. The study does nat inc/ude date io«
French Guineo.

-, . i .; ."p",,~ ".::f:~~·'Nq'M:EROSi)A·EDUCAÇA9:N,9~PAíS~S:~A
A.!\nÉ.~I~f\·~O
-S'ULrSEGU'N~9~Ó~'f~W::'
'.",' I

,___
\___..:_ '- ;iL, : , ~/C!._ur:..~~:9!!~DU9~ T10NJ-':!.~0l.!,~I-}..~MERIC(lN.
, __ __C~II~S1Ç~?f~E?!!'!.~
r:;~C!U!'! TO HD_'_,--. __~,_, .
I

Média de anos de Expectativa de anos de Adultos alfabetizados População cl ensino Satisfação com a Evasão escolar 110
País escolaridade escolaridade (acima de 15 anos) médio ou mais (*) qualidade do ensino ensino fundamen
Counlry Average of
schoo; ng years
Years of schooling
expeetancy
Literate adults
(over 15 years old)
Population with high
school or more
Satisfaction wilh
quali/y of etiucetton
School evas or ~
primary se o:
-
Chile 9,7 14,7 98,60% 74,00% 44,00% 2,60%
Argentina 9,3 16,1 97,80% 56,00% 62,60% 6,20%
Bolivia 9,2 13,5 91,20% 44,50% 57,90% 5,90%
Peru 8,7 13,2 89,60% 52,90% 49,10% -
Guinea 8,5 10,3 --- 55,60% --- 16,50%
Uruguay 8,5 15,5 98,10% 49,80% 55,80% 4,80%
Paraquay 7,7 12,1 93,90% 36,90% 66,90% 21,90%
Ecuador 7,6 13,7 91,90% 36:60% 74,50% 19,40%
Venezuela 7,6 14,4 95,50% 52,40% 81,20% 7,90%
Colombia 7,3 13,6 93,40% 43,10% 71,70% 1,50%
Suriname 7,2 12,4 94,70% 43,70% --- 9,70%
BRAZIL 7,2 14,2 90,30% 49,50% 53,70% 24,30%

FontejSource: Pnul

Outro aspecto chave a ser observado é a crescente informal idade do
emprego. As empresas enfrentaram diversos ajustes na década de
1990, tiveram que fazer investimentos pesados em tecnologia para
aumentar sua eficiência e se tornar mais competitivas. Em contra-
partida, para cortar custos, optaram por terceirizações ou contrata-
ção direta de assalariados sem carteira assinada de modo a reduzir
o custo tributário trabalhista e a flexibilizar as obrigações do empre-
gador."
Another key-aspect to be observed is the ever growingjobnro 2-
ty. Companies that faced several adjustments during the 1990 s - -:
to invest heavily in technology to increase effíciency and bec c-
more competitive. On the other hand, to cut down on costs -, E
ed for third parties or hiring services without legal register 'r or - ca
reduce legal working taxes and bring f1exibility to employers G~- -
José Pastore, professor da USP e especialista em relações do tra-
balho", realizou um estudo comparando os encargos trabalhistas
brasileiros com o de nove países europeus (Alemanha, Bélgica, Di-
namarca, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália e Luxemburgo)
e chegou à conclusão de que o país possui a mais alta carga. Segun-
do ele, no Brasil, se paga 102% a mais sobre a folha salarial, além
do custo do salário. Nesse percentual estão incluídos os benefícios
que as empresas, por legislação, são obrigadas a fornecer (como, por
exemplo, o 13° salário, adicional de férias, FGTS, repouso semanal,
feriados, entre outros) e os impostos trabalhistas (INSS, Salário edu-
cação, SESC,SENAC, SESI,entre outros).
Apesar dos avanços ocorridos nos últimos tempos, como a aprova-
ção do contrato de trabalho por tempo determinado e a instituição
de legislação específica para micro e pequena empresas, reduzindo a
carga tributária e os encargos trabalhistas, não há, até o momento,
ações concretas para flexibilizar as relações de trabalho, melhorar o
ambiente geral e fornecer o estimulo necessário para as empresas
investirem na geração de emprego, o que é, por sinal, um indicador
tão importante quanto a baixa taxa nacional de desemprego" para
garantir equilíbrio e maior competitividade ao país.
Se, por um lado, existe o excesso de mão de obra desqualificada,
por outro as empresas vivem a contradição da falta de profissionais
com alta qualificação, tornando maior a necessidade de criação de
mecanismos para retenção de talentos, mesmo diante de regras tra-
balhistas tão retrógradas.
A chegada ao mercado de trabalho da geração Y, a atuação em mer-
cados globais e a nova dinâmica do trabalho são desafios que exigem
mudanças profundas na cultura e valores das empresas que atuam
no Brasil, sejam elas nacionais ou multinacionais, uma vez que os
traços culturais da sociedade brasileira estendem-se ao ambiente
corporativo - mais centralizador e hierarquizado - cujos espaços
permaneceram rígidos, cartesianos e de alta densidade, mesmo dian-
te dessa nova ordem.
Essa característica remonta aos primórdios da nossa colonização e
foi determinante na construção da cultura brasileira. A vontade de
mandar, por um lado, e a disposição para cumprir ordens, por outro,
fez de uma sociedade civil e política quase que uma extensão daque-
la existente no seio familiar, dando um caráter paternal às relações
entre monarcas e súditos, governantes e governados, patrões e em-
pregados."
Até meados da primeira década do século XXI, a resistência ao tra-
balho flexível ou ao Home Office estava concentrada no campo da
perda de controle, da dificuldade de gerenciamento à distância, da
perda de autoridade e também do receio manifesto na falta de res-
o Escritório no Século XXI
56 The)(X Century OJJice
José Pastore, a teacher at USP (São Paulo University) who specializes
in labor relations", conducted a compared study on Brazilian labor
taxes with nine European countries (Germany, Belgium, Denmark,
France, Holland, England, Ireland, Italy and Luxembourg) and con-
cluded that Brazil has the highest tax rates. According to him, Brazil
pays 102% over payroll plus the cost of salary. This percentage ín-
cludes the benefits that companies are obliged to provide by legis-
lation such as annual additional salary, additional vacations, pen-
sion fund, weekly rest, holidays, among others, plus working taxes
such as (INSS health and retirement insurance, education aid salary,
SESC, SENAC, SESI institutions that develop continuum education
and leisure, among others).
Despite ali the advancements of the past years such as the approval
of temporary work and the institution of specific legislation for micro
and small companies which reduced the load on taxes and work-
ing duties; there have not been, 50 far, concrete actions to flexibilize
working relations, improve the general environment and provide the
needed stimuli for the companies to invest in job creation which is
an indicator as important as the national low unemployment rate'"
to guarantee balance and greater competitiveness to the country.
If on one side there is an excessive disqualified workforce, then on
the other side companies face the contradiction of lacking profes-
sionals with high qualification making the need greater for retaining
talents even in face of very out of date working rules.
The arrival of generation Y to the market, the presence in global
markets and the new working dynamics are challenges that demand
deep changes in culture and values of the companies based in Brazil,
be they national or multinational since Brazilian cultural traits are
extended to the corporate environment - more centralizing and hier-
archical - whose spaces remain rigid, Cartesian of high density even
in face of this new order.
This characteristic goes back to the times of our colonization and
determined Brazilian culture. The wish to give orders to one side and
the willingness to fulfill orders on the other side turned a civil and
political society into an extension of the family giving a paternalistic
style in the monarchic and subject, governors and governed, employ-
ers and employees."
Until the middle of the first decade of the XXI century, the resistance
against flexible work or to home office was concentrated in losing
control, long distance management difficulties, loss of power and
also by the fear of lack of legal support to the matter, since the tech-
nology that enabled mobility was already available in a semicolon
however, in some situations these rneans were not fully reliable.
paldo legal à questão, uma vez que a tecnologia que permitia tal
mobilidade já se encontrava disponível no país, ainda que, em deter-
minadas situações, de forma não confiável.
No livro "A Historia dos Ambiente de Trabalho em Escritórios: um
século de transformações?", publicado em 2007, está claro que, até
aquele momento, não se tinha conhecimento de empresas utilizando
os novos conceitos de ocupação de forma sistematizada e o traba-
lho em casa era utilizado, majoritariamente, por alguns profissionais
liberais e funcionários de equipes de vendas que, porém, não utili-
zavam a tecnologia de telecommuting13 por ser, ainda, praticamente
desconhecida no país. As razões apontadas eram:
"A utilização dos conceitos de escritórios não territoriais pres-
supõe uma grande mudança no modo de pensar das empre-
sas. Essas mudanças envolvem, desde a gestão estratégica
do negócio até a gestão de recursos humanos. Com exceção
de alguns segmentos do mercado - agências de publicidades,
empresas de consultorias, que por sinal são as que mais se
utilizam deste conceito nos Estados Unidos - não há sinais,
nos outros segmentos de empresas, de que estejam ocorren-
do mudanças com essa abrangência."
Benchmark realizado em 2004 pela Andrade Azevedo arquitetura
corporativa com quinze empresas de grande porte na cidade de São
Paulo, entre elas, oito dos principais bancos privados do país, de-
monstrou que 100% deles não utilizavam este conceito, mesmo no
caso dos multinacionais, cujos escritórios lá fora utilizam há anos.
Outro dado importante é que praticamente a metade dos profissio-
nais da área de Facility Management ouvidos na pesquisa, desco-
nhecia o assunto. Das sete empresas de outros setores pesquisadas,
as três multinacionais do ramo da tecnologia da informação utiliza-
vam o trabalho flexível de forma sistematizada, e receberam orienta-
ções da matriz para tal. A única empresa brasileira a usar, do ramo da
consultoria imobiliária, possuía sócios norte-americanos e deu como
justificativa para essa mudança a necessidade de inovar e mudar a
cultura organizacional para impulsionar os negócios.
Um escritório típico e tradicional no Brasil é composto por grandes
layouts abertos, e com estações de trabalho padronizadas, sendo
as fechadas para executivos em torno de 20 m2 e as abertas para
o stojf, de pequeno porte (1,40 x 1,40 m), o que torna os ambientes
de alta densidade, com as estações ocupando entre 55% e 65% do
total da área destinada a este fim (área de carpete). Os demais tipos
de uso são distribuídos nos 40% restantes, sendo em torno de 10%
para salas de reunião, até 5% somente destinados às áreas de inte-
gração e os demais distribuídos pelas áreas de circulação principal
entre 12 e 15%), armazenamento de uso comum e áreas técnicas."
In the book "A História dos Ambiente de Trabalho e- =crr~.'-=c
um século de transforrnações'", published in 2007 .. [ s :: sar ---
until that moment there had not been any knowledge - -,:--:;...
nies systematically using new concepts of occupatior are
from home, this was only exercised by some liberal profess -:: ::..-~
sales team workers, however, they did not use telecomrm.: ~ -? -
nology" since it was almost unknown in the country. T e -s;s.::--
appointed were:
"The use of concepts of non-territorial offices presi.p _
es a great change in the companies' way of thinking. --5E
changes involve, from the strategic business manacer~-:
to human resource management. Exception to some ~.~ =-
segments - publicity agencies, consulting firms whid a e rr.z:
ones that most use this concept in the United States - --:'P-
are no indications in other companies segment there -. ~
been happening changes to such extent."
Benchmarks realized in 2004 by Andrade Azevedo corporare z .
tecture with fifteen large size companies in the city of Sã
among them, eight main private banks, showed that 100°c t: - _ ~
did not use the concept, even in the multinational cases whose -=---
es outside use had been using the concept for years. Importa-- -- r _ -
mation is that practically of the professionals in the Facility _
ment that were heard in the research did not know the issues. - ~
among the seven companies of other segments were multin2:--:: -
in the information technology field that use flexible work s. ste ::--
cally, and received orientation from headquarters. The onl, Si2.2:
company to use the concept was a real estate consultins ,.,..... :::-=-
had North-Arnerican partners and justified the change as a ~eeG --
innovate and change organizational culture to improve bus ness
A typical and traditional office in Brazil is compounded of à?=
layouts and with standard workstations, being the closec -25 =-
the executive about 20 m2 and the open ones for staff of s-- - ==
(1.40 x 1.40 m) which forms a high density environmerx.
tions occupying between 55% and 65% of the total area c
it (carpet area). The other types of use are distributed ir! ~ é r~_- --
ing 40%; 10% for meeting rooms, up to 5% for integratíor a~ -
the rest for the rnain circulation areas (between 12% to '5=>_
of common use and technical áreas."
It can be noted that this type of configuration has statec :::
companies either because of the exodus of wor ers - rsoc
high levei of dissatisfaction with the space or becacse ;:-", 2. --=- _
recognize that the physical space no longer reflects
ny is and represents to the market. This rnornent prececes - ---::~--
tion between past and future. Future that is alreaó rea -.: --~--
since several activities performed throughout the da. Giõ---- :: - --
Percebe-se que este tipo de configuração começa a incomodar as
empresas, seja pelo êxodo dos funcionários que relatam alto nível
de insatisfação com o espaço, ou porque já reconhecem que o am-
biente físico não reflete mais o que a empresa é e representa para o
mercado. Esse momento precede uma transição entre o passado e o
futuro. Futuro este que já é realidade lá fora, uma vez que as diversas
atividades realizadas ao longo do dia exigem espaços diferenciados,
com condições de conforto (entende-se aqui iluminação, ergonomia,
acústica e térmica) e requerimentos funcionais e estéticos específi-
cos, onde os espaços são dimensionados, mobiliados e dotados de
soluções de conforto e salubridade de acordo com o seu uso.
Este ano a Andrade Azevedo realizou novo 8enchmark para ter uma
melhor compreensão do atual cenário dos ambientes corporativos
no Brasil. Para tanto, foram analisados 35 projetos de interiores
de empresas situadas, na grande maioria, no estado de São Paulo.
Desses projetos, 19 foram elaborados pelo escritório e os outros 16
foram publicados em mídias do ramo, no período de 2008 a 2012.
o Benchmarking realizado permitiu entender que, apesar do Brasil
ainda estar calcado em um modelo ultrapassado de projetar escritó-
rios, existe cada vez mais uma tendência, ainda que tímida, em incor-
porar elementos relacionados aos novos conceitos, principalmente
no que diz respeito ao aumento de percentual de espaços para salas
de reunião e para área de integração e regeneração, como pode ser
observado no gráfico 3.1.
Pode-se perceber, também, que as empresas europeias têm um
maior equilíbrio entre as áreas destinadas às estações de trabalho
de longa permanência e aquelas destinadas ao trabalho colaborativo
e às atividades que exijam concentração, indicando que os novos
conceitos, já utilizados por essas empresas lá fora, estão começando
a ser considerados também no Brasil.
cabe acrescentar que três empresas identificadas pelo Benchmarking
(18, 19 e 21) como usuárias dos novos conceitos de ocupação (in-
cluindo espaços flexíveis, mobilidade das pessoas e tecnologia da in-
formação compatível) são europeias. Duas empresas americanas (8 e
11) usam parcialmente o conceito, ou seja, mantêm salas fechadas e
de uso fixo, situadas em ambiente específico para os altos executivos
e somente as demais áreas compartilham os ambientes e estações de
trabalho. No caso das empresas brasileiras, somente uma (35), que
ainda está em fase de projeto, irá usar os novos conceitos.
Além disso, ao implantar os novos conceitos as empresas proporcio-
nam espaços de maior qualidade que os existentes e que suportam
de forma mais efetiva as diversas atividades desenvolvidas nesses
ambientes, fato que contribui para o sucesso de todo o processo.
o Escritóriono Século XXI
58 The XXI Centur'i Office
entiated spaces with comfortable conditions (here represented by
illumination, ergonomic, acoustic and thermic) and functional and
specific esthetics requirements where spaces are dimensioned fur-
nished and provided with comfort and health solutions according to
their use.
This year Andrade Azevedo had a new Benchmark to have a better
comprehension of the present scenery of the corporate environment
in Brazil. Thirty five projects from the interior were analyzed for com-
panies, most of them located in the state of São Paulo, of those pro-
jects, 19 were elaborated by the office and 16 had been published by
the area media between 2008 and 2012.
Benchmarking allowed them to understand that although Brazil is
still based on an outdated model for projecting offices, there is a
tendency more and more if somewhat timid, to incorporate elements
related to the new concepts, especially when it comes to space ex-
pansion for meeting rooms and regeneration and integration areas as
it can be seen in graphic 3.1.
It can also be noticed that the European companies have a greater
balance among the areas destined to the workstations of long per-
manence and for those of collaborative work and activities that de-
mand concentration indicate that the new concepts already in use
abroad are beginning to be considered in Brazil.
It is worth adding that three companies identífíed by the Benchmark-
ing (18,19 and 21) as users of the new occupation concept are Euro-
peans. Two American companies (8 and 11)use the concept partially,
that is they keep closed rooms for fixed use in a specific environment
for the high executives and only the other areas share the worksta-
tions environment. In the case of Brazilian companies, only one (35)
which is still under project will use the new concepts
The results show that although in different stages, the companies are
finding the way to adapt to the new fonns of work and to attend the
users expectations which in these cases are high due to the change
in the mental and cultural standard and also because of changes in
behavior resulted from mobility and workstation sharing.
Besides this, when implanting the new concepts the companies pro-
vide spaces of a higher quality than the current existing ones. Spac-
es that support more effectively the diverse activities developed in
these environments a fact that has contributed to the success of the
whole processo
Gráfico 3.1 Graphic 3.1

Multinacionais Americanas Multinacionais Européias Empresas Brasileiras

V.S.A Companies European Companies Brazi/ian Companies

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 3! ::

Armazenamento Coletivo Shared Storage Apoio Ancillary FontejSource: Andrade Azevedo Arquitetura CorpX::J'E

Armazenamento Individual Individual Storage • Regeneração Regeneration

Área Específica Specific Areas Reunião Informallnjormal Meeting

Área Técnica Technical Areas Reunião Formal Formal Meeting

• Equipamento Equipment Trabalho de Curta Permanência short Stay Work Settings

Circulação Main Circulation Trabalho de Longa permanência Long Stay Work Settings

No capítulo seguinte serão apresentados cases de empresas que
efetuaram mudanças significativas em seus ambientes de trabalho,
o que nos leva a crer que, assim como vem ocorrendo lá fora, aos
poucos, o uso dos novos conceitos formará uma nova realidade
brasileira.
In the following chapter there will be presented cases of ( -:::- ==
that made signiAcant changes in their working er\ rOl-e-=
make us believe that similarly to what has been happa '-5 ::~ -:::
slowly the use of new concepts will form a new Brazi a- rea