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É muito comum o brasileiro sofrer com o acento grave, sinal que serve para indicar crase, ou seja, a fusão de “a + a”. Ele
é apenas um sinalzinho com inclinação à esquerda, tem seus encantos, porém deixa muita gente boa em situação delicada.
Quando alguém me pergunta como faz para aprender a “crasear”, digo para começar pelo avesso: primeiro aprenda a
não colocar o acento em lugar proibido. Há certas construções em que ele não cabe, pois falta metade: um dos “a + a” não
comparece. Por exemplo, o artigo de nido feminino “a” não pode ser usado em determinadas situações, o que, por
exclusão, nos leva ao raciocínio de que o “a” da construção é apenas a preposição “a”.
(Dica do professor João Bolognesi, texto editado por Talita Abrantes. Em: https://exame.abril.com.br)
o uso do sinal grave para indicar a crase, que gera dúvidas até para bons conhecedores da língua, ocorre em um
A
contexto marcado pela presença obrigatória de preposição e artigo de nido.
o conhecimento para usar ou não o acento grave, que indica a crase, está mais relacionado à percepção subjetiva dos
B
encantos desse sinal do que à própria sintaxe da língua.
o emprego do sinal grave decorre de um aprendizado pelo avesso, ou seja, que ocorre quando se aprendem as
C
situações em que há a presença obrigatória de artigo de nido e preposição.
o fato de muitas pessoas com bons conhecimentos da língua carem constrangidas em algumas situações devido ao
D
mau emprego do sinal grave tem feito com que ele seja abolido.
a utilização do sinal grave é marcada por determinadas construções reguladas pelos encantos do sinal, e isso
E
comprova que, em mais da metade dos usos, esse acento é facultativo.
Muitas das vezes, os investidores vão à procura de opiniões que corroborem _____sua, quando o que deviam era procurar,
sobretudo, opiniões contrárias. Quando encontram opiniões que divergem _____sua, os investidores tendem a
descredibilizá-las ou a lê-las na diagonal, processo exatamente oposto ___ que ocorre quando descobrem opiniões
coincidentes____ deles, que leem com muita atenção, veneração, quase que procurando um reforço positivo que lhes dê o
empurrão que faltava para validar a sua posição.
(www.jornaldenegocios.pt. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:
O emprego do acento indicativo de crase em “à verdade” (linha 15) justi ca‐se pela regência do verbo “atribuir” (linha 14) e
pela anteposição de artigo de nido ao termo “verdade”.
Certo
Errado
Em “à Lei Maria da Penha” (linha 14), o emprego do acento indicativo de crase justi ca‐se pela regência do termo “atribuída”
(linha 13) e pela anteposição de artigo de nido feminino à “Lei Maria da Penha”.
Certo
Errado
A legião on-line
Um dos temas de “O Romance Luminoso”, a obra póstuma e incrivelmente contemporânea de Mario Levrero, é o uso da
internet como antidepressivo. Sem alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado há
15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso. Baixa e elabora programas, joga paciência,
busca sites ao acaso. Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está sempre conectado; acorda e já olha o
celular, o qual dormiu ao lado dele na cama; checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma legião.
Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas também pelo caráter profético. A páginas
tantas, o autor anota: “O mundo do computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato ca mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as pessoas mais vivas usarão as maravilhas
tecnológicas para embrutecer mais ainda os pobres”.
E conclui: “A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu, e, com vistas a esse objetivo, será
controlada por comerciantes e estadistas”. Isso nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a
empresa de dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro caso, sendo obrigadas a excluir
contas por suspeita de fraude.
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o m de manipular condutas –, mas que em geral
têm aceitação, aprofunda mais ainda a abjeção diagnosticada por Levrero.
*Abjeto: de abjeção → ato, estado ou condição que revela alto grau de torpeza, degradação.
Assinale a alternativa em que, na redação que completa a frase a seguir, o emprego do acento indicativo da crase está de
acordo com a norma-padrão da língua.
Auxiliar Administrativo
A Nós fomos à igreja muito cedo, mas o pastor não estava à disposição para esclarecimentos.
B Sempre chovia à tarde quando voltávamos da escola.
C Atualmente, a educação a distância é o método mais procurado pelos alunos que querem um curso superior.
D Na placa do restaurante à quilo estava escrito: Sirva-se à vontade.
129 Q966525 Português > Crase , Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UNICAMP Prova: VUNESP - 2019 - UNICAMP - Pro ssional para Assuntos Administrativos
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir, conforme a norma-padrão da
língua portuguesa.
Relacionamentos na terceira idade são _______________, pois afastam a solidão, um dos principais _______________ da velhice.
Participar de grupos e atividades e ter relacionamentos é fundamental. Os relacionamentos afetivos _______________ um
capítulo _______________ parte porque reavivam as pessoas.
A importantíssimos … problema … é … a
B importantíssimo … problemas … são … à
C importantíssimos … problemas … são … à
D importantíssimo … problema … são … a
E importantíssimos … problemas … é … a
A substituição de “as novas descobertas tecnológicas” (linha 2) por às novas descobertas tecnológicas manteria a
A
correção gramatical e a coerência do texto.
O emprego do referido sinal em “às instituições de saúde” (linha 5) é facultativo, podendo, portanto, ser suprimido
B
sem prejuízo da correção gramatical do texto.
O emprego do referido sinal em “à Internet” (linhas 17 e 18) deve-se à regência do termo “acesso” (linha 17) e à
C
anteposição de artigo de nido feminino à palavra “Internet”.
Na linha 23, o emprego do referido sinal em “à radiação” deve-se à regência do termo “pacientes” e à determinação da
D
palavra “radiação”, precedida de artigo.
Nas linhas 26 e 27, estaria correto o emprego do referido sinal em “para a emissão de laudos” e em “para a realização
E de diagnósticos” ― para à emissão de laudos e para à realização de diagnósticos ―, dada a presença da
preposição “para” e do artigo “a” nas duas expressões.
Nunca o mais forte o é tanto para ser sempre senhor, se não converte a força em direito, e em dever a obediência;
eis donde vem o direito do mais forte, direito que irônica e aparentemente se tomou, e na realidade se estabeleceu em
princípios. A força é um poder físico, não imagino qual moralidade possa resultar de seus efeitos; ceder à força é ato
preciso, e não voluntário, ou quando muito prudente: em que sentido pode ser uma obrigação?
Suponhamos por um momento esse pretendido direito. Eu a rmo que dele só dimana o caos inexplicável; pois logo
que a força faz o direito, com a causa muda o efeito, e toda força que excede a primeira toma o lugar de direito dela. Logo
que a salvo podes desobedecer, legitimamente o fazes, e, como tem sempre razão o mais forte, tratemos só de o ser. Qual
é, pois, o direito que resta, quando cessa a força? Se por força cumpre obedecer, desnecessário é o direito; e se não somos
forçados a obedecer, que obrigação nos resta de o fazer? Logo, está claro que a palavra direito nada ajunta à força, e não
tem aqui signi cação alguma.
Português > Interpretação de Textos , Coesão e coerência , Redação - Reescritura de texto Crase ,
133 Q965394
Morfologia - Pronomes , Colocação Pronominal
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco I
II As formas pronominais presentes em “geri-la” (ℓ.9) e “ nanciá-la” (ℓ.10) possuem referentes distintos no texto.
III O referente da forma pronominal “ele” (ℓ.18) é a expressão “o poder de tributar” (ℓ.17).
IV A inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (ℓ.19) não prejudicaria a correção gramatical do texto.
A I e III.
B I e IV.
C II e IV.
D I, II e III.
E II, III e IV.
Municipal
Liberdade é um estado que confere plenos poderes ______ toda pessoa e pode ser usada de várias formas. Partindo do
princípio que todos os homens nascem livres e iguais perante a lei, com direitos e obrigações, _______ cada um é dado o
direito ______ liberdade com consciência, e de acordo com princípios éticos e legais cristalizados dentro da sociedade, _______
m de se preservar o bem-comum.
A à à à a.
B a a à a.
C àaàà
D a à à a.
Em relação ao uso do acento indicativo de crase no excerto “[...] o reconhecimento refere-se à nossa simples capacidade de
tratar um evento ou informação como sendo familiar [...]” (linhas 9-10), assinale a alternativa INCORRETA:
O uso do acento grave, em parte, justi ca-se devido à regência do verbo “referir-se”, que exige como complemento um
A
objeto indireto regido pela preposição “a”.
B Deveria ser retirado o acento grave se o vocábulo “capacidade” fosse substituído pela palavra “talento”.
O acento grave poderia ser retirado sem prejuízo para a correção gramatical do texto, visto que seu emprego é
C
facultativo para o contexto em questão.
D Retirando-se o acento indicativo da crase desse enunciado, o “a” deve ser classi cado morfologicamente como artigo.
Pluralizando-se o vocábulo “capacidade”, é necessário que se retire o acento grave ou que se pluralize o termo (“às”)
E
para a manutenção da correção gramatical.
Português > Interpretação de Textos , Redação - Reescritura de texto , Crase Morfologia - Pronomes ,
Q964618
136 Colocação Pronominal
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de Palhoça - SC Prova: IESES - 2017 - Prefeitura de Palhoça - SC - Professor
UMAS ESCRITAS
O português popular escrito, de Edith Pimentel Pinto (São Paulo: Contexto, 1990), é um volume precioso. Deveria fazer
parte da bibliogra a dos cursos de letras, pedagogia e jornalismo, pelo menos.
Estudantes de letras teriam à disposição uma bela amostra das principais características da escrita, tanto do ponto de
vista textual quanto ortográ co, quando exercida por pessoas não muito escolarizadas. Ao invés de apenas fazer rir (como
ocorre com as numerosas ‘placas do meu Brasil’, que podem ser vistas na internet), o livro é um precioso documento de
indícios das hipóteses que vão pela cabeça das pessoas quando decidem escrever. Escrever é sempre um pouco solene, e,
portanto, nunca se trata de descuido – como muitos poderiam pensar.
Pedagogos teriam nele um mapa das di culdades pelas quais passa uma criança que aprende a escrever, todas
pertinentes, algumas variando de região a região e de classe social a classe social, mas muitas comuns a todas.
Jornalistas, cuja ferramenta é a língua, poderiam aprender a tratar a variação como um fato (que até poderia ser notícia),
sem contar que lá estão muitos ‘erros’ que eles mesmos cometem depois de 15 anos de escola e em uma pro ssão na qual
se escreve diariamente...
Quando se encontram gra as como ‘curuja’ ou ‘minino’, a pronúncia dessas vogais e nessas posições explica o fato. É um
erro de escrita, evidentemente, mas tem explicação. E está longe da burrice. O mesmo vale para ‘maudade’ (sem contar que
a dúvida entre ‘mal’ e ‘mau’ pode continuar pela vida afora).
Esses erros revelam aspectos da língua falada e hipóteses sobre como lidar com casos em que a relação entre fala e
escrita é menos transparente (ninguém erra ‘baba’ ou ‘data’).
No entanto, há escritas efetivamente erradas, mesmo que se trate de fatos cuja natureza tem a ver com os acima
mencionados, e cuja função é derrisória. São erros produzidos conscientemente, para humilhar. Ocorrem na escrita de
gente estudada, que circula pela mídia, e que se vale de certo traço da linguagem de determinados grupos sociais para
sugerir que se trata de gente despreparada, inferior, que deveria car no seu lugar.
Apesar da evidente função, essa escrita revela a ignorância que caracteriza quem a pratica com a intenção de mostrar
que o ignorante é o outro. [...]
I. Em “Estudantes de letras teriam à disposição uma bela amostra”, se a palavra ‘disposição’ fosse substituída por ‘seu
alcance’, a crase poderia ser mantida ou não, haja vista ser facultativo seu emprego diante de pronomes possessivos.
II. Em “Estudantes de letras teriam à disposição uma bela amostra das principais características da escrita”, o verbo é
transitivo direto.
III. Em: “Escrever é sempre um pouco solene, e, portanto, nunca se trata de descuido” a próclise empregada é obrigatória.
IV. A palavra “fatos”, destacada no texto, poderia ser substituída por “ocorrências”, sem prejuízo à correção do período.
Advogado
Nick Vujicic: australiano sem braços e pernas passará em 5 cidades do Brasil em Outubro de 2016
Histórias de superação são sempre fascinantes, porque nos mostram que vencer as di culdades, por piores que elas
sejam, é possível. A incrível e emocionante vida do australiano Nick Vujicic já tinha sido transformada em livros, e agora ele
chega com uma turnê ao vivo entre 3 e 8 de outubro no Brasil. Já estão con rmadas as cidades do Rio de Janeiro e São
Paulo.
Nick Vujicic nasceu sem pernas e sem braços devido a uma síndrome rara, denominada tetra-amelia, que ocorre por
falha na formação embrionária. Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, a digitar, nadar, mergulhar,
surfar, jogar futebol, andar de skate, jogar golfe... Formou-se em Economia e Contabilidade, casou-se e é pai. Não satisfeito,
tornou-se palestrante motivacional e escritor best-seller. Já falou para mais de seis milhões de pessoas, em 50 países, sendo
sempre ovacionado pelo público.
“Sabe por que consigo fazer tudo isso? Porque não tenho medo de di culdades e me esforço bastante!”, conta Nick, no
seu livro Me Dá Um Abraço, lançado pela editora Mundo Cristão. Em oito capítulos ricamente ilustrados, o autor narra
alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que
in uenciaram positivamente sua trajetória. Logo no primeiro capítulo ele traz o emocionante relato sobre um encontro com
uma garotinha de três anos de idade, que o olhava espantada, mas que, para a surpresa dele, aproximou-se para abraçá-lo
com os braços para trás. “Que jeito mais especial de abraçar! Esticou o pescoço, apoiou a cabeça em meu ombro e
pressionou seu pescoço de leve contra o meu. Nós nos abraçamos como duas girafas”, escreveu.
Assinale a alternativa que apresenta erro quanto à utilização do sinal indicativo de crase.
Português > Interpretação de Textos , Signi cação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. , Crase Sintaxe ,
139 Q963441 Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva ,
Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adver
Ano: 2018 Banca: IDHTEC Órgão: CRQ - 19ª Região (PB) Prova: IDHTEC - 2018 - CRQ - 19ª Região (PB) - Advogado
A moça em prantos
O poeta encontrou uma pedra no meio do caminho, nunca esqueceu dessa pedra, que lhe deu assunto para o seu
poema mais conhecido. Não sendo poeta, encontrei não uma, mas in nitas pedras no meio do caminho.
Mas jamais esqueci a primeira moça que vi chorando. Eu devia ter seis ou sete anos, achava que só as crianças podiam
e deviam chorar, tinham motivos bastante para isso, desde as fraldas molhadas nos primeiros meses de existência até a
inexpugnável barreira dos “não pode”.
Mesmo assim quei imaginando a causa do seu pranto. Faltara à escola e por isso cara sem sobremesa? Fora proibida
de brincar na calçada? Queria ganhar uma bicicleta e fora convencida a continuar com o insípido velocípede?
Vi muita gente chorando depois, homens feitos, mulheres maduras. Eu mesmo, quando levo meus trancos, repito o
menino que ia para debaixo da mesa de jantar para poder chorar sem passar recibo da minha dor. A moça que chorava não
se escondera, chorava de mansinho, na verdade nem parecia estar chorando. Devia apenas estar muito triste porque
misturava todos os motivos para a sua tristeza.
“Eu devia ter seis ou sete anos, achava que só as crianças podiam e deviam chorar”
A
Os termos sublinhados são de mesmo sentido.
“ quei imaginando a causa do seu pranto”
B
Não ocorre a fusão da preposição com o artigo feminino diante de complementos nominais.
121: A 122: D 123: C 124: C 125: D 126: C 127: B 128: D 129: C 130: C 131: B
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