E porque disse para vocês que esta mensagem inicial era um desabafo?
Porque eu já errei muito tentando “achar” uma doença para encaixar em um
contexto clínico de um paciente.
E vejo meus alunos de graduação saindo para a vida de clínico com a mesma angústia.
Eles querem encaixar uma doença. Nós, professores, treinamos vocês alunos a isso na graduação.
Na prova cai um quadro clínico e geralmente a primeira pergunta é: qual o
diagnóstico.
E sabe qual é o problema?
Na vida não é assim.
Não é igual na prova.
Na “prova da vida” de Vet atendemos casos em que o paciente chega com
sinais inespecíficos que podem refletir doenças de diversos sistemas. A coisa na vida não é didaticamente organizada igual nas aulas e nos livros (Socorrooooo, pare o mundo que eu quero descer!!)
E isso em me deixa bastante angustiada.
Porque para cumprir normas impostas por instituições, ministérios e etc eu
continuo ensinando assim.
E isto não é uma crítica ao sistema. Criar um banco de dados de doenças é
necessário na construção do pensar de um médico de qualquer espécie.