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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ~ EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA FINAL DE DIREITO EMPRESARIAL, QUESTOES DISCURSIVAS CPVIB 42017 PROVA: 30/05/2017 4* QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Trata-se de agravo tirado contra a decisdo que concedeu a recuperagao judicial ao GRUPO CARBONO. O agravante (BANCO PAULISTA S.A) sustenta que o plano de Tecuperagao judicial violaria o principio da igualdade de tratamento entre credores, pois teria criado subclasses dos credores quirografarios, a saber, “fomecedores essenciais" “demais credores quirografarios". Aduz que o plano teria previsto formas e prazos de pagamento diversos para os credores quirografarios, de modo que os "demais credores quirografarios” teriam sido prejudicados, A criagao das subclasses foi aprovada pelos credores de todas as classes na Assembleia Geral de credores. Diante do exposto, pergunta-se: a criagao de subclasse de credores viola o principio da igualdade entre os credores? Ofa) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questo. E indispensavel a fundamentagao juridica e, quando necessério, os fundamentos legais. A simples mencdo ou transcricao de artigo, sem a sua anills @ contextualizagao com 0 enunciado nao pontua. A resposta deve observar o limite 18 (quinze) linhas. 2* QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Sociedade empresaria teve sua recuperagao judicial concedida, em 10.11.2013 em decisao que homologou o plano de recuperacao judicial aprovado em assembleia de credores. O plano previa basicamente: (a) repactuagao dos oréditos quirograférios, com um desagio de 40% (quarenta por cento) sobre o valor principal; (b) remissao dos juros e multas; e (c) pagamento em 240 (duzentas e quarenta) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira delas 30 (trinta) dias apés a concessao da recuperagao judicial. Em 15.05.2015, sob a alegacdo de que tinha cumprido regularmente as obrigagbes decorrentes do plano de recuperaco judicial vencidas até entdo, a devedora requer ao Julzo da Recuperagao que profira sentenca de encerramento da recuperagao judicial A respeito do processo de recuperago judicial, indaga-se: a) Considerando-se as datas da concesséo da recuperacéo e do pedido de encerramento, pode o Juizo proferir sentenga de encerramento? b) Caso a devedora tenha descumprido alguma obrigacao prevista no plano, qual é o efeito do inadimplemento em relagdo 4 recuperagdo judicial e aos créditos incluidos no plano? O(a) aluno(a) deverd responder objetivamente ao que fol perguntado ou ao comando da questdo. E indispensavel a fundamentagao Juridica e, quando necessério, 9s fundamentos legais. A simples mengdo ou transcrigao de artigo, sem a sua anal @ contextualizacdo com o enunclado no pontua. A resposta deve observar o limite de 7 (quinze) linhas cada uma. - EMERJ - 5° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Assinale a afirmativa incorreta. a) A assembleia-geral de credores serd convocada pelo juz por edital publicado no 6rgao oficial e em jornais de grande circulagao nas localidades da sede e filiais, com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias; b) O edital indicara 0 local, data e hora da assembleia em 1a (primeira) e em 2a (segunda) convocagao, nao podendo esta ser realizada menos de § (cinco) dias depois da a (primeira); ©) O edital indicaré 0 local onde os credores poderao, se for o caso, obter copia do plano de recuperagao judicial a ser submetido a deliberacao da assembleia, 4) Cépias do aviso de convocagao da assembleia e da relagao de credores deverao ser afixadas de forma ostensiva na sede e filiais do devedor; e) O credor podera ser representado na assembleia-geral por mandatario ou representante legal, desde que entregue ao administrador judicial, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data prevista no aviso de convocagéio, documento hébil que comprove seus poderes ou a indicagao das folhas dos autos do processo em que se encontre o documento, 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre 0 gestor judicial na recuperacéo judicial, assinale a op¢ao correta: a) Quando do afastamento do devedor, nas hipdteses previstas no art. 64 da Lei 11.101/05, 0 Comité de Credores escolheré o nome do gestor judicial, que assumira a administragao das atividades do devedor. b) Na hipétese de 0 gestor escolhido recusar ou estar impedido de aceitar o encargo para gerir os negécios do devedor, o juiz convocard, no prazo de 48 horas, contado da Tecusa ou da declaracao de impedimento, assembleia geral para a escolha do novo gestor. ©) Ao gestor judicial se aplicam, no que couber, todas as normas sobre deveres, impedimentos € remuneragao do administrador judicial ; 4) O Juiz exercera a funcao de gestor judicial enquanto a Assembleia Geral de Credores nao deliberar sobre a escolha deste. €) Na hipétese de o gestor escolhido recusar ou estar impedido de aceitar o encargo para gerir os negécios do devedor, 0 juiz convocara, no prazo de § dias, contado da recusa ou da declaracao de impedimento, assembleia geral para a escolha do novo gestor. - EMER - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA. PROVA FINAL DE DIREITO EMPRESARIAL, QUESTOES OBJETIVAS CPVIB 1 2017 PROVA: 30/05/2017 MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Para opor-se a homologagao do plano de recuperagao extrajudicial, os credores poderdo alegar, exceto: a) O nao preenchimento do percentual minimo de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos; b) Que o devedor realizou ou tentou realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negécios simulados ou alienagao de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou nao; c) A simulacao de transferéncia de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislagdo, ou a fiscalizagdo ou para prejudicar credor, 4d) Da ou reforga garantia a credor por divida contraida anteriormente sem ficar com 08 bens livres ¢ desembaragados suficientes para saldar seu passivo; e) O nao preenchimento do percentual minimo de ¥% de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) O juiz convolara a recuperagao judicial em faléncia: |- quando houver sido rejeitado o plano de recuperacao judicial; Il por descumprimento de qualquer obrigagao assumida no plano; lll - pela nao apresentagdo, pelo devedor, do plano de recuperacdo, no prazo imprortogavel de 30 dias da publicagéo da decisdo que deferir 0 processamento da recuperagao judicial, IV - se 0 devedor, sem previséo no plano de recuperacao judicial, procede & liquidagdo precipitada de seus ativos. E correto apenas 0 que se afirma em a)l, lle lV b) I, Weill o)lell dil e) lv, - EMERJ - ~ ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet é cépia nao controlada. [ Discipina Tema | Guestio {or Consttxcona’ ) 02-cws Oi 03-Penal Prova Caderno $24 seven CO os-sameste C08 Tibuino Di or-Prosssociw C) 08-ProcesoPerat O) 09. Prendenaéno fo DsCrerte fH Teeneade 1 12—Resinsabidose Final Adolescente Sentenga Git 13:Consunetr (4 -Ambions 15. _ Descrigéo do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Habilitagdo e oposicao dos credores. Prazo. Melos de fecuperagdo. Procedimento da recuperagao judicial, Apresentacéo do plano de fecuperacao. Credores trabalhistas. Restrigdes. Prazo para apresentagdo. Inobservancia, Publicagao de edital Descrigaéo do Caso Concreto Trata-se de agravo tirado contra a decisio que concedeu a recuperagao judicial ao GRUPO CARBONO. O agravante (BANCO PAULISTA S.A) sustenta que o plano de recuperagao judicial violaria o principio da igualdade de tratamento entre credores, pois teria criado subclasses dos credores quirografarios, a saber, “fornecedores essenciais" e “demais credores quirografarios". Aduz que o plano teria previsto formas e prazos de Pagamento diversos para os credores quirografarios, de modo que os "demais credores quirografarios" teriam sido prejudicados. A criagdo das subclasses foi aprovada pelos credores de todas as classes na Assembleia Geral de credores. Diante do exposto, pergunta-se: a criagdo de subclasse de credores viola o principio da igualdade entre os credores? Responda, de forma fundamentada, apresentando os dispositivos legais aplicaveis ao caso. Resposta do Caso Concreto © aluno devera se posicionar no sentido de que a criagdo de subclasses NAO viola o| principio da igualdade entre os credores. Isso porque, na recuperagao judicial néo ha submissao de todos os credores ao plano de recuperagao judicial, sendo que a inexisténcia de uma ordem estabelecida em lei para o recebimento do crédito guarda consonancia com a liberdade para a elaboracdo do plano de recuperacao judicial dispor sobre a melhor forma de pagar os diferentes credores da recuperagao. ‘Além disso, o plano ainda deve ser aprovado, de acordo com a lei, em observancia ao Principio da maioria, representando, ao final, um grande pacto entre os credores com a fecuperanda. Desta feita, no ha que se falar em quebra da igualdade entre os credores. Deve-se ressaltar que a jurisprudéncia vem admitindo o exame de legalidade do plano, Porém, diferente previséo de pagamento a determinados credores ndo importa na caracterizacao de ato ilegal caso sejam respeitadas as restrig6es legais previstas, como por exemplo o art. 54 da Lei 11.101/05. Agravo de Instrumente _n* 2072268-33.2014.8.26.0000 - TJSP - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECUPERACAO JUDICIAL CONCEDIDA - Insurgéncia de credor contra © plano de recuperagao judicial - Alegada violacao da igualdade aos credores pela criagao de subclasses entre os quirograférios - Entendimento desta Corte no sentido de que nao hd ilegalidade no tratamento diferenciado de credores da mesma classe, privilegiando os [Descrigéo do Tema menores, nem da criagao de subclasses, desde que aprovado jas as Classes - Concessao de privilégios a alguns credores da recuperanda que da efetividade a garantia constitucional da igualdade substancial e faz valer os principios da fungo social e da preserva¢ao da empresa - Precedentes - Principio da igualdade nao violado - Decisao mantida - Recurso improvido. (..) © agravante se insurge contra 0 novo plano de recuperacdo judicial, Pretendendo, em sintese, que se reconhega a ilegalidade na criacdo de subclasses de Credores quirografarios, 0 que prejudicaria alguns, em detrimento de outros, violando © principio da igualdade. O recurso nao merece provimento. (..) 0 objetivo maior da lei de recuperagao e faléncia é "viabilizar a superagao de crise econémico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutengdo da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos credores, promovendo, assim, a Preservacao da empresa, sua fungao social e o estimulo a atividade econémica. E nos ensinamentos de Fabio Ulhoa Coelho, a recuperagao judicial objetiva o “saneamento da crise-econémico financeira e patrimonial, preservacao da alividade econémica, bem como o atendimento aos interesses dos credores”. Nesse contexto, de preservagéo da sociedade empresdria em dificuldade e da Participagao dos credores no esforgo concentrado destinado a sua recuperagdo é que devem ser analisados as contrariedade aos planos de recuperagao judicial aprovados pela ‘Assembiéia Geral de Credores. Com efeito, © plano de recuperago judicial nada mais @ do que uma transagao realizada entre devedora e credores, com a novagao da divida original e a concessao de Novos prazo para pagamento. Portanto, a assembleia geral de credores possui soberania na aprovacao do plano, desde que obedecidos os parametros legais da Lei 11.101/2005. Essa soberania, no entanto, nao é absoluta, pois o plano aprovado pela assembleia geral de credores depende de homologagao judicial, o que obriga 0 juiz a observar além da legalidade constitucionalidade, também a boa-fé da recuperanda e sua intengao de cumprir a meta de recuperagao, sob pena de se transformar em instrumento ditatorial e deletério aos credores, infringindo todo 0 espirito da Lei 11.101/2005. Portanto, ¢ possivel 0 Judiciério alterar o plano de recuperacao judicial, mas apenas|_ Nos casos em que exijam o controle judicial, ndo podendo o Juiz ir além dos limites que propria lei 11.101/2005 tragou em felagao aos credores da recuperanda. E que os credores so os destinatarios do plano de recuperagao e nao ha previséo normativa de atuacao jurisdicional com a finalidade de julgé-lo, salvo se o plano vier a incidir ofensa a norma de ordem piblica, em alguma espécie de inconstitucionalidade ou abuso. No tocante a insurgéncia do agravante, relativa a criagao da subclasses no plano de fecuperagao da agravada, causa de violagao a igualdade entre os credores quirografarios, tem-se que nao merece acolhimento. imento de que nao ha ilegalidade no tratamento| dores da mesma classe, privilegiando os menores, nem da ctiagdo de Que aprovado pelos credores de todas as classes. Apenas em caso de uma delas nao se admitira tratamento diferenciado para a que nao aprovou 0 plano, nos termos do art. 58, §2° da Lei 11.101/2005 que, ressalta-se, nao 6 o caso dos autos, pois ao que se percebe, os credores aprovaram esse tratamento diferenciado. ‘Ademais, ao conceder privilégio ao credores que continuam a fornecer mercadorias @ recuperanda (denominados fornecedores essenciais), o plano de recuperacao da efetividade a garantia constitucional da igualdade substancial e faz valer os principios da fungao social e da preservagao da empresa. Assim, nao se vislumbra violagao aos principios da igualdade entre os credores, pois a0 dar tratamento diferenciado a eles, distinguindo-os por sua importancia e origem do crédito, estar-se-4 atendendo ao objetivo primordial da recuperagao judicial, que 6 a preservacdo da empresa Observacoes Etapas Data | Rubrica Entrega ao Prof Resp. | 23/05/2017 | CHOMA. Aprovagao do Prof . bas 2370512017 | era Inclusdo no SIEM 24/05/2017 Caso concreto para prova final CPVI B petaso 00 Ga Revisto de Portugues | 24/08/2017 | (V/ CPVL04.06.05.¢¢.27 Revisao OIACD lasios/ax | aay Se 0 caso concreto for questio de prova: Ne] Valor | Rubrica do Prof. Resp a 4 email ELABORAGAO DE CASO CONCRETO [uo DIACD . ~~ ~~"lBlaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: | € Disciptina Tema Questo | [Do-constucionat 2) 02 Ci 0 03-Pera Prova Cademo wwesavs) (] 05-Aamnsvawve C06 - Trbutano 07-Processo Cini) 08-PrecessoPenal C) 09. Prevdencéno fo 10-Cangae 11 Técnica de 12 Responsaiidade Final a] vasexene — Osanna Dow oS 13-Coramae _O] u-Anbend 0 15-Booa Descrigo do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Plano especial de recuperagdo. Legitimidade _ativa. Condigées. Efeitos. Assembleia de credores. Objegdes dos credores. Efeitos. Encerramento da recuperacao judicial. Convolagdo da recuperagao judicial em faléncia. Descrigao do Caso Concreto ‘Sociedade empresdria teve sua recuperagao judicial concedida em 10.11.201yem decisdo que homologou 0 plano de recuperagao judicial aprovado em assembleia de credores. O plano previa basicamente: (a) repactuacao dos créditos quiragrafarios, com um desagio de 40% (quarenta por cento) sobre o valor principal; (b) remissao dos juros e multas; e (c) Pagamento em 240 (duzentas e quarenta) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira delas 30 (trinta) dias apés a concessao da recuperacao judicial. Em 15.05.2015, sob a alegagao de que tinha cumprido regularmente as obrigagdes decorrentes do plano de recuperacao judicial vencidas até entao, a devedora requer ao Juizo da Recuperacdo que profira sentenga de encerramento da recuperagao judicial. A respeito do proceso de recuperagao judicial, indaga-se: a) Considerando-se as datas da concessao da recuperaao e do pedido de encerramento, pode o Juizo proferir sentenca de encerramento? b) Caso a devedora tenha descumprido alguma obrigagao prevista no plano, quae efeito do inadimplemento em relacdo recuperacao judicial e aos créditos incluidos no plano? Resposta do Caso Concreto a) Nao. O juiz somente podera decretar 0 encerramento da recuperacao judicial por sentenga apés 0 cumprimento de todas as obrigagées previstas no plano que se vencerem até dois anos depois da concessao da recuperacao (art. 61, caput, cic art. 63, da Lei n. 11.101/2005). No caso em tela, como o plano prevé o pagamento de obrigagdes em 240 (duzentos e quarenta) parcelas, mensais e sucessivas, apés a concessao da recuperacao e que, a0 tempo do pedido de encerramento da recuperacao, passaram-se menos de dois anos da data de concessdo, embora o devedor tenha cumprido todas as suas obrigagées até a data do pedido. Contudo, restam ainda obrigagdes pendentes a vencer no interregno de dois anos entre a concessdo e o encerramento legal. b) Tendo em vista que nao houve o decurso de dois anos da concessao da recuperagao judicial, a recuperagao judicial sera convolada em faléncia (art. 61, § 1° c/c art. 73, IV, da Lei n. 11.101/2005). Com a decretagao da faléncia, os credores terdo reconstituidos seus direitos e garantias, nas condigdes originalmente contratadas, deduzidos os valores Leventualmente pagos durante a recuperacao judicial (art. 61, § 2° da Lei n. 11.101/2005). Observagées Etapas Data Rubrica Obsevacies Etapas Data | Rubrica . a0 Prof. Resp. | 23/05/2017 |@AuE, Aprovago do Prot. Resp. 2310572017 lays evegyo) Caso concreto para prova final CPVI B. ceed note 2408/2017 [Ay Revisto de Portugués | 24/08/2017 | {\ CPVI.04.06.08.CC.28 Revisao DIACD Aslor ‘Seo caso concrato for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prot. Resp. 02 4 Qanwwo QUESTOES OBJETIVAS PROVA FINAL CPVI-B 3) Para opor-se a homologacao do plano de recuperagao extrajudicial, os credores poderdo alegar, exceto: a) O nao preenchimento do Percentual minimo de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos; b) Que o devedor realizou ou tentou realizar, com o objetivo de retardar Pagamentos ou fraudar credores, negécios simulados ou alienagao de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou nao; ©) A simulagéo de transferéncia de seu principal estabelecimento com o objetivo de buriar a legislagao, ou a fiscalizagéo ou para prejudicar credor. ¢) Da ou reforga garantia a credor por divida contraida anteriormente sem ficar Com os bens livres e desembaracados suficientes para saldar seu passivo: ©) O nao preenchimento do percentual minimo de % de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos GABARITO: E 4) 0 juiz convolaré a recuperacao judicial em faléncia: | - quando houver sido rejeitado o plano de recuperacao judicial; UI por descumprimento de qualquer obrigagéo assumida no plano; IIl- pela nao apresentagao, pelo devedor, do plano de recuperagao, no prazo improrrogavel de 30 dias da publicagao da deciso que defetir o Processamento da recuperagao judicial; IV - se o devedor, sem previséo no plano de recuperacao judicial, procede a liquidagao precipitada de seus ativos. E correto apenas o que se afirma em a), We lV, b)I, Nell o)lell dtl e)Iv. Gabarito: A - art. 73, Lei 11.101/05. 5) Assinale a afirmativa incorreta. a) A assembleia-geral -de credores sera convocada pelo juiz por edital Publicado no érgao oficial e em jornais de grande circulagao nas localidades da sede e filiais, com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias; b) O edital indicara o local, data e hora da assembleia em 1a (primeira) e em 2a (segunda) convocagao, ndo podendo esta ser realizada menos de 5 (cinco) dias depois da 1a (primeira); ¢) 0 edital indicara 0 local onde os credores poderao, se for 0 caso, obter cépia do plano de recuperacao judicial a ser submetido a deliberacao da assembleia: 4) Copias do aviso de convocagao da assembleia e da relagdo de credores deverao ser afixadas de forma ostensiva na sede ¢ filiais do devedor, €) O credor podera ser representado na assembleia-geral por mandatario ou fepresentante legal, desde que entregue ao administrador judicial, até 24 (vinte © quatro) horas antes da data prevista no aviso de convocagao, documento habil que comprove seus poderes ou a indicacdo das folhas dos autos do Processo em que se encontre o documento: Gabarito: D 6) Sobre o gestor judicial na recuperacdo judicial, assinale a opgao correta: a) Quando do afastamento do devedor, nas hipéteses previstas no art. 64 da Lei 11.101/05, 0 Comité de Credores escolhera o nome do gestor judicial, que assumira a administragao das atividades do devedor. b) Na hipétese de o gestor escolhido recusar ou estar impedido de aceitar o encargo para gerir os negécios do devedor, o juiz convocara, no prazo de 48 horas, contado da recusa ou da declaragao de impedimento, assembleia geral para a escolha do novo gestor. ¢) Ao gestor judicial se aplicam, no que couber, todas as normas sobre deveres, impedimentos e remuneragao do administrador judicial. d) O Juiz exercera a fungdo de gestor judicial enquanto a Assembleia Geral de Credotes no deliberar sobre a escolha deste. e) Na hipotese de o gestor escolhido recusar ou estar impedido de aceitar 0 encargo para gerir os negécios do devedor, o juiz convocard, no prazo de 5 dias, contado da recusa ou da declaracdo de impedimento, assembleia geral para a escolha do novo gestor. Gabarito: C — art. 65, parte final, Lei 11.101/05. A - incorreta, na forma do art.65 da Lei 11.101/05. B - incorreta, na forma do art. 65, §2° da Lei 11.101/05. D- Incorreta, na forma do art. 65, §1° da Lei 11.101/05. E - Incorreta, na forma do art. 65, §2° da Lei 11.101/05. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA FINAL DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVIC 12017 PROVA: 30/05/2017 4* QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Durante 0 processamento do pedido de recuperacdéo judicial formulado por CREMASCO Ltda., a sociedade empresdria B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Lida. apresentou impugnagao a relagao de credores elaborada pelo administrador judicial, formulando pedido para que Ihe fosse assegurado direito de voz e voto na assembleia geral de credores. Sustenta que sua habilitagdo nao foi retardatéria, pois elaborou tempestivamente a impugnagao a lista de credores. © magistrado indeferiu 0 pedido, sob 0 argumento de que, publicada a lista de credores elaborada pelo devedor no dia 15/01/2010, a B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Ltda. somente apresentou sua impugnagao no dia 02/04/2010. Imesignada, a B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Lida. apresentou agravo de instrumento, reiterando o seu pedido de direito de voz e voto na assembleia geral de credores. Tem razo 0 agravante? Ofa) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questao. E indispensavel a fundamentacao juridica e, quando necessario, 08 fundamentos legais. A simples mengao ou transcrigdo de artigo, sem a sua andlise @ contextualizagéo com o enunciado nao pontua. A resposta deve observar o limite de 16 (quinze) linhas. 2° QUESTAO: (Valor - 4 pontos) EMPRESA LUMINOSA S.A. manejou agravo de instrument contra a decis&o interlocutéria que indeferiu 0 seu requerimento de convolagdo da recuperacdo judicial em faléncia de FORJAFRIO COMERCIO DE PECAS Ltda., porque nao estariam presentes os pressupostos previstos na Lei 11.101/2005. Em suas razdes recursais, a recorrente sustenta que a agravada est usando e contando com o aval do Poder Judiciario para ndo pagar as contas devidas, eis que a inadimpléncia € no montante de R§ 3.650.922,61. Em suma, a agravante néo se conforma com 0 ndo pagamento das faturas de energia elétrica vencidas apés o pedido de recuperaco judicial. Assiste razao a agravante? Oa) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questo. E indispensavel a fundamentagao juridica e, quando necessario, 8 fundamentos legais. A simples mengao ou transcriggo de artigo, sem a sua analise @ contextualizagdo com o enunciado ndo pontua. A resposta deve observar o limite do 15 (quinze) linhas. -EMERJ - 5° QUESTA : (Valor - 0,5 pontos) Quanto recuperagao extrajudicial, é correto afirmar: a) 0 plano podera contemplar o pagamento antecipado de dividas aos credores que a ele aderirem. b) Apds a distribuicao do pedido de homologagao do plano de recuperagao extrajudicial, os credores poderao desistir da adesao, independentemente da anuéncia dos demais signatarios 6) O devedor podera requerer a homologacao do plano de reouperagao extrajudicial, que obriga a todos 08 credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representom mais da % de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. d) Na alienagao de bem objeto de garantia real, a supressao da garantia ou sua substituicao somente seré admitida mediante a aprovacdo expressa do credor titular da garantia €) Os credores tém prazo de 15 dias, contados da publicagao do edital, para impugnarem 0 plano, juntando a prova de seu crédito 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) No tocante ao encerramento da recuperagao judicial, aponte a alternativa incorreta a) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, 0 juiz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperagao judicial € determinara a apuragao do saldo das custas judiciais a serem recolhidas ) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, 0 juiz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperagao judicial e determinaré 0 pagamento do saldo de honoratios a0 administrador judicial, somente podendo efetuar a quitagao dessas obrigagoes mediante prestagao de contas, no prazo de 30 dias, e a aprovagao do relatorio circunstanciado elaborado pelo administrador judicial ¢) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, o juiz deciarara por sentenga 0 encerramento da recuperagao judicial e determinara a dissolugao do Comite de Credores e a exoneracao do administrador judicial d) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, 0 juiz declararé por sentenca 0 encerramento da recuperagao judicial e determinara a comunicagao ao Registro Publico de Empresas Mercantis para as providéncias cabivels e) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, o julz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperacao judicial e determinara a apresentacao de relatério circunstanciado do administrador judicial, no prazo maximo de 30 dias, versando sobre a execueao do plano de recupera¢ao pelo devedor. - EMER - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA FINAL DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIC 12017 PROVA: 30/05/2017 NOME: — __MATRICULA: 3" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Relativamente @ Recuperagao Judicial e Extrajudicial, regida pela Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, é incorreto afirmar: a) O plano de recuperagao judicial nao podera prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislacao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperagao judicial. ) O plano de recuperagao judicial nao podera prever prazo superior a 30 (trinta) dias para 0 pagamento, até 0 limite de 5 (cinco) salarios-minimos por trabalhiador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores ao pedido de recuperagao judicial ©) Os créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho poderao ser abrangidos pela recuperagao extrajudicial, desde que observada sua preferéncia sobre os créditos de outra natureza. d) © pedido de homologagao judicial do plano de recuperacao extrajudicial nao acarretara suspensdo de direitos, agdes ou execugdes, nem a impossibilidade do pedido de decretagao de faléncia pelos credores nao sujeitos ao plano de recuperagao extrajudicial @) Apés a distribuigéo do pedido de homologacao judicial do plano de recuperacao extrajudicial, os credores nao poderdo desistir da adesao ao plano, salvo com a anuéncia expressa dos demais signatarios. 4 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) NAO sao atribuigoes compreendidas na competéncia legal do comité de credores da sociedade empresaria em recuperagao judicial a) Escolher 0 administrador judicial e determinar o seu afastamento quando constado qualquer desvio de conduta b) Fiscalizar as atividades do devedor e requerer a juiz a convocagao da assembleia geral de credores ) Fiscalizar a execucao do plano de recuperagao judicial e denunciar a qualquer tempo ao juiz 0 seu descumprimento. dd) Apurar reclamagées dos credores e zelar pelo bom andamento do proceso. @) Opinar sobre a constituicao de garantias reais e a alienagao de bens do ativo permanente do devedor - EMER - ELABORAGAO DE CASO CONCRETO ” TElaborador: Ana Pauia Abreu : 2016: lad. Questo Prova Caderno 2 Ene ce-admnsvano () 06- Yetutro r-Praessocut C 08-ProcesoPenal (1) 09. Prevdenoito ry \ 11 Tecnicade 12 Responsabidade Final a Senienga a Civil ssunde _C)_4-Anberd__() 15: Bord = a 0 do Tema ECUPERAGAO JUDICIAL. Manifestagao dos credores Objegéo a0 plano. Prazo. Procedimento da abjecao ao plano. Convocagao de ‘assembleia geral. Quorum geral. Aprovacao do plano (quorum geral ¢ quorum especial). Aprovagao do plano com alteragdes. Requisitos. Rejeiga0 a0 plano. Poderes do juiz. Descricaéo do Caso Concreto Durante o processamento do pedido de recuperagao judicial formulado por CREMASCO Lida., a sociedade empresaria B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Lida. apresentou impugnagao a relagao de credores elaborada pelo administrador judicial, fen ando pedido para que Ihe fosse assegurado direito de voz e voto na assembleia geral de credores. Sustenta que sua habilitagao nao foi retardataria, pols elaborou tempestivamente a impugnagao a lista de credores. ‘© magistrado indeferiu o pedido, sob o argumento de que, publicada a lista de credores elaborada pelo devedor no dia 19/01/2010, a B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Ltda. somente apresentou sua impugnacao no dia 02/04/2010. \rresignada, a B.S FACTORING FOMENTO COMERCIAL Ltda. apresentou agravo de instrument, reiterando 0 seu pedido de direito de vor © ‘voto na assembleia geral de credores. Se razao 0 agravante? Decida a questéo, de forma fundamentada, em até 15 |linhas. - Resposta do Caso Concreto © agravo NAO deve ser provido. 0 aluno devers Gemonsirar que tendo em vista que 0 oferecimento da impugnagao se fez depois do praz0 teferido no art. 7 § 2 da Lei 11.101/05, ois devera ser recebida como habiltagao retardataria Interpretagao que se faz dos artigos 8 (que fixa 0 prazo para impugnacdes) © 10. par. 5 'Ademais, conforme previsto pelo art. 10 § 1. 08 credores retardatarios ndo terdo direilo a voto. (Para pontuacao integral necessario ais fundamente em todos os dispositive citados) Agravo de Instrumento 0328576-81 2014.8.26.0000 - TISP Recuperacao judicial, Verificagao & habilitagao de créditos. Direito a voto na assembleia geral de credores. Credor que nao apresentou sua habilitagao perante 0 administrador judicial no prazo do art. 7°, §1° da Lei 11 4101/2005, limitando-se a apresenta- fa em relagdo a relagao elaborada pelo ‘administrador judicial. Condigao de retardataria reconhecida, com perda do direito de voto na assembleia geral. Ostentando a condi¢ao de credor retardatario, perde ele 0 direito de voto na de credores._._ eo Descrigado do Tema. Trechos do acordao: _A Lei 11.101/2008 foi informada por varios principios, dente os quais se destacar), pelo interesse que revelam em relagao a matéria discutida, o da "celeridade e eficiéncia Bos processes judiciais" eo da “participagao ativa dos credores". Exatamente para que 0 procedimento fosse mais rapido e eficiente, a Lei 11.101/2005 estabeleceu prazos improrrogaveis © incentivou a participagao efetiva dos credores, estabelecendo consequéncia pela sua inatividade. Dentre elas, a vedagao do Sireito a voto nas assembleias gerais, na recuperagao judicial (art. 10, §1°) € 2 perda do wateio e a abrigacao de pagamento de custas, na falencia (art. 10, §3°) No novo diploma, a verificagao € habiltagao de créditos s° faz em duas sedes: na sede administrativa perante 0 administrador judicial ‘quando os credores constatarem que fa relagdo elaborada pelo devedor ndo constar 9 crédito, ou constar valor diverso do Teal, ou classificacao diferente. Nesse cas0, © credor tera 0 prazo de 15 dias para apresentar ao administrador judicial sua habiliagado ou sua divergencia em relagao a lista afaborada pelo devedor (art. 7°, §1°, Lei 11 70172005). Depois, 0 administrador judicial elabora, com apoio nas informagoes © documentos apresentados nas habilitagdes & Givergencias, a sua relagao de credores, que & publicada, abrindo-se 0 prazo de 10 dias para que o comité de credores, se howver Gualquer credor, o devedor e seus s6cios 04 © Prnisterio Publico apresentarem ao juiz impugnagae aquela lista, apontando a auséncia de qualquer crédito ou manifestando-se contra § Teaitmidade, importancia ou classificago de arto retacionado (ar. 8°, Lei 11.101/2005), Por So turno, o art. 10 da Lei estabelece ct pbservado 0 prazo estipulado no art. 7°, §1°, desta Lei, as habilitagdes de crédito serao recebidas como retardatarias. E a siagdo da agravante. Publicada a lista de credores elaborada pelo devedor, 2 agravante nao apresentou, no praz0 do aye, gt, a sua habilitagao. Somente apos 3 publicagao da lista de credores apresentada pelo administrador judicial 6 Oe apresentou. pea impugnagae, apontando a auséncia Ge 6° crédito, A sua habilitagdo é, assim, strardataria, e, como consequencia, NOS ferme, Go art, 10, §1° da mesma Lei: "na Tecuperagao judicial, os titulares de crédios wrardatarios, excetuados os fitulares de reedito derivados da relagao de trabalho, n30 ferdo direito a voto nas deliberagao das assembleia de credores” Por seu turno, 20 disciplinar a assembleia geral de credores, 0 art. 39 assim dispéde: »prt. 39 - Terdo direito a voto na assemblelia geral as pessoas arroladas no quadro geral de credores ou, na sua falta, na Telagao de credores apresentada pelo administrador judicial na forma do art. 7°, §2° desta \ei, ou, ainda, na falta desta, na relagao apresentada pelo proprio devedor nos termos do Ar St, inciso lil e IV do caput, art. 99, inciso Mt do Caput ou art. 105, inciso |! desta Lei, snrgecidas, em qualquer caso, das que estelam habilitadas na data da realizagao da eemblela, ou que tenham crédito admitidos, 8 aiterados por decisao judicial, inclusive qe ‘enham obtido reserva de importancias, Sbservado o dispostos nos §§1° e 2° do art. 10 desta Lei.” Vé-se que 0 legislador levou em consideragao, inicialmente, para definir quem tem |direito de votos, o quadro geral de credores, que fixa, apés a fase administrativa € judicial, Descrigado do Tema © teal passivo do devedor na data em que apresentou seu pedido de recuperag: Em segundo lugar, na auséncia desse quadro-geral, a relagao de credores elaborada pelo administrador judicial, que é auxiliar do juizo e que levou em consideragao, para a sua elaboragao, nao apenas os livros contabeis € documentos comerciais e fiscais do devedor, mas também informagdes & documentos apresentados pelos credores em suas habilitagdes e divergéncias (art. 7°, caput). Por derradeiro, caso também esta relagdo nao |tenha sido elaborada, a relagdo elaborada pelo proprio devedor e que acompanhou o seu pedido de recuperacao judicial. Nestas duas ultimas hipoteses - relacao do administrador judicial e relagao do devedor - acrescentando-se os credores que, na data da assembleia geral tenham sido habilitados ou tenham seus craditos sido admitidos ou alterados por decisao judicial ho ullizar a expresso “das que tenham sido habilitadas na data da assembleia geral", 0 legistador ndo se referiu as habilitagoes apresentadas no prazo e ainda nao Secididas, mas Aquelas ja admitidas, ou seja, j4 decididas favoravelmente aos habilitantes. De qualquer modo, ainda que, cuidando-se de habilitagao ja admitida, ou mesmo crédito ja admitido ou alferado, ou ainda com reserva de importancia, deixou clara a ressalva dos §§1° € 2° do art. 10: as habilitagdes retardatarias, ainda que admitidas e julgadas, nao dao direito aos respectives credores de ter voto nas assembleias gerais. Argumenta-se com a possiblidade de traude por pare do devedor, que omite intencionaimente crédito em sua relagdo. Mas, a exigéncia de participagao ativa dos rretores no processo de recuperacao exigia que aquele que teve o seu crédito omitido! ingressasse com a sua habiitagao perante 0 administrador judicial, pasando a ostentar condigao de crédito nao retardatario. Esse argumento nao beneficia a agravante, pols omitiu-se ela de apresentar a sua habilitagao na fase administrativa, somente fazendo-o na fase judicial e, nao se poderia presumir 0 risco de fraude do administrador judicial, em sua relagao de credores, dada @ sua posigao na recuperacao judicial Desta forma, com a vénia devida da orientagao contraria, nao vislumbro qualquer’ ilegalidade na decisao judicial atacada, que aplicov Corretamente o disposto no art. 10, §1° 39, ambos da Lei 11.101/2008. Etapas Data | Rubrica Entrega a0 Prof. Resp. | 2305/2017 Spy TAprovagao do Prot. 23/08/2017 Resp. wn Inclusdo no SIEM 24/05/2017 Caso concreto para prova final CPVIC Licata = Revisao de Portugués | 24/05/2017 CPVI.04.06 06.CC.29 Revisdo DIACD asios | A) ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: We _[|__Valor__[__Rubrica do Prof. Resp ATENCAO: A copia impressa a partir ELABORACAO DE CASO CONCRETO cd | Diseiptina Questao \ a i v 01-Constiucional "] 02- Ci 1 03-Pena Prova Caderno. Oye 8) O6-Aémmsraiwo C] 06 Tebténo | £2]. £2 07-Processo iwi () 08-ProcessoFPenal C) 09- Prevseraéro OW 5 10-cnamae 11 Tecnica de 12. Responsabidade Final Cy v P saaescote — 1 senenga OF elw bn Consumdor (1 4-Amben) 0) 15- Beto |RECUPERAGAO JUDICIAL. Plano especial de recuperacao. Legitimidade ativa, Condigées. ‘Efeitos. Assembleia de credores. Objegdes dos credores. Efeitos E Fecuperagao judicial. Convolacao da recuperagao judicial em faléncia, EMPRESA LUMINOSA S.A, manejou agravo de instrum: a decisao interlocutéria que indeferiu 0 seu requerimento de convolagao da recuperagdo judicial em faléncia de FORJAFRIO COMERCIO DE PECAS Ltda., porque nao estariam presentes os Pressupostos previstos na Lei 11.101/2005. Em suas razdes recursais, a recorrente sustenta que a agravada esta usando e contando com 0 aval do Poder Judiciario para nao pagar as contas devidas, eis que a inadimpléncia € no montante de R$ 3.650.922,61. Em suma, a agravante no se conforma com o nao pagamento das faturas de energia eletrica vencidas apés o pedido de recuperagao judicial. Assiste razo a agravante? Resposta do Caso Concreto |O agravo nao deve ser provido. O aluno devera sustentar que o crédito da agravante nao se submete a recuperacao judicial, de acordo com o art. 49, caput da Lei 11.101/05 e ainda que a hipétese nao configura apta para a convolagao da recuperagao judicial em faléncia (nos termos do art. 73 da Lei 11.101/05). Para pontuagdo integral necessaria a fundamenta¢ao nos artigos legais citados Agravo de Instrumento n ° 041478031.2010.8.26.0000 - TISP Agravante: ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S/A Agravada: FORJAFRIO COMERCIO DE PECAS LTDA. EMENTA - Recuperagdo judicial. Inadimpléncia da agravada em relacdo as contas de energia elétrica posteriores & recuperagao. Hipdtese que nao se enquadra em nenhum dos quatro incisos do art. 73 da Lei n." 11.101/2005. e sim na previsdo de seu paragrafo unico. Necessidade de ajuizar ago /alimentar com base no art. 94 © em qualquer de seus trés incisos. Agravo de instrumento nao provido. A Lei n.° 11.101/2005 dispés sobre a convolagao da recuperagao judicial em faléncia no artigo 73, prevendo quatro hipdteses, a saber: | - por deliberagao da assembleia geral de credores, na forma do art. 42; Il - pela nao apresentacao, pelo devedor, do plano de recuperagao no prazo do art. 53; Ill - quando houver sido rejeitado o plano de recuperagao, nos termos do § 40 do art. 56; IV - por descumprimento de qualquer obrigagao assumida no plano de recuperacao, na forma do § lo do art. 61 E incontroverso que a espécie dos autos nao se identifica com nenhuma dessas hipéteses. [Na verdade, a agravante queixa-se que continua oferecendo energia elétrica a agravada, | Descrigdo do Tema _ i | fnesmo depois de ajuizado 0 pedido de recuperagao judicial, e que as faturas mensais, qué se sucedem, nao estao sendo pagas. Como é evidente, incide aqui o disposto no paragrafo unico do referido artigo 73 da Lei n.° 11,101/2005, isto é, "o disposto neste artigo nao impede a decretagao da faléncia por inadimplemento de obrigacdo nao sujeita & recuperagdo judicial, nos termos dos incisos 1 ‘ou I! do caput do art. 94 desta Lei, ou por pratica de ato previsto no inciso III do caput do | art. 94 desta Lei". |Como ensina MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO, “ha obrigagées que nao estao sujeitas @ recuperagao e, para estas, continua incidindo normaimente o art. 94, em seus tres incisos, de tal forma que o credor pode requerer normalmente a faléncia’ Cumpre apenas fazer uma distingdo, ou seja, "para os casos previstos nos quatro incisos do art. 73, a faléncia sera decretada por sentenga prolatada nos prdprios autos nos quais esta sendo processada a recuperacao", enquanto que "no caso deste paragrafo Unico, o credor devera ajuizar pedido regularmente instruido, distribuindo-o normalmente, sendo os autos remetidos para 0 juiz da recuperagao, ja prevento na forma do § 80 do art. 60" {Lei de Recuperagao de Empresas e Faléncias Comentada, 6a edi¢do, S40 Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 174). Assim, @ inconteste que a hipdtese ndo é de convolagdo de recuperacao judicial em faléncia, com base em qualquer dos incisos do art. 73 da Lei n.° 11.101/2005. Pelo contrario, a hipétese & de no pagamento de obrigacdes nao sujeitas a recuperagao judicial, para a qual a credora deve utilizar a faculdade prevista no art. 94, inciso I, da Lei n° 14.101/2005. Em suma, aqui, a pretensao da agravante ndo pode mesmo ser atendida___ [Observagdes Etapa Data_|_Rubrica Entrega ao Prot 23/05/2017 | COR Aprovagio do Prof. em) Resp 23/08/2017 Caso concreto para prova final CPVI C Eee een vis def _| 241052017 CPVI.04.06 08.CC.30 Revisdo DIACD asios | Un Se 0 caso conereto for questo de prova: QUESTOES OBJETIVAS PROVA FINAL cPvi-c 3) Relativamente a Recuperacdo Judicial e Extrajudicial, regida pela Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, é incorreto afirmar: a) O plano de recuperacao judicial no podera prever prazo superior a 1 (um) ano para Pagamento dos créditos derivados da legislacao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperagao judicial b) O plano de recuperacao judicial no podera prever prazo superior a 30 (trinta) dias Para 0 pagamento, até o /imite de § (cinco) salérios-minimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores a0 pedido de recuperagdo judicial. ©) Os créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho poderéo ser abrangidos pela recuperagao extrajudicial, desde que observada sua preferéncia sobre 08 créditos de outra natureza, @) O pedido de homologacdo judicial do plano de recuperagao extrajudicial nao acarretara suspenséo de direitos, agdes ou execugdes, nem a impossibilidade do pedido de decretagao de faléncia pelos credores nao sujeitos ao plano de recuperagao extrajudicial. ) Apés a distribuigao do pedido de homologacao judicial do plano de recuperagao extrajudicial, os credores no poderdo desistir da adesdo ao plano, salvo com a anuéncia expressa dos demais signatarios GABARITO: C 4) NAO so atribuigses compreendidas na competéncia legal do comité de credores da sociedade empresaria em recuperacdo judicial: a) Escolher 0 administrador judicial e determinar o seu afastamento quando constado qualquer desvio de conduta. b) Fiscalizar as atividades do devedor e requerer ao juiz a convocacao da assembleia geral de credores. ©) Fiscalizar a execugao do plano de recuperacao judicial e denunciar a qualquer tempo ao juiz o seu descumprimento. 4d) Apurar reclamagdes dos credores e zelar pelo bom andamento do processo. ) Opinar sobre a constituigao de garantias reais e a alienagao de bens do ativo permanente do devedor. Gabarito: A, na forma do art. 31 da Lei 11.101/05. B art. 27, inciso |, alineas ae c da Lei 11.101/05, Cart. 27, inciso II, alinea b e inciso | aliena c da Lei 11.101/05. D-art. 27, inciso |, aliena d da Lei 11.101/05. -art. 27, inciso Il, aliena c da Lei 11.101/05. 5) Quanto a recuperagao extrajudicial, @ correto afirmar: a) O plano podera contemplar 0 pagamento antecipado de dividas aos credores que a ele aderirem. b) Apés a distribuigéo do pedido de homologagio do plano de recuperacao extrajudicial, os credores poderao desistir da adesao, independentemente da anuéncia dos demais signatarios. c) O devedor podera requerer a homologacao do plano de recuperagdo extrajudicial, que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais da % de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. 4) Na alienagéo de bem objeto de garantia real, a supressdo da garantia ou sua Substituigao somente sera admitida mediante a aprovagéo expressa do credor titular da garantia. €) Os credores tém prazo de 15 dias, contados da publicagdo do edital, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito. Gabarito: D, na forma do art. 163, §4° da Lei 11.101/05, A-incorreta, na forma art. 161, §2° da Lei 11.101/05. 8 - incorreta, na forma do art. 161, §5° da Lei 11.101/05. C-incorreta, na forma do art. 163 da Lei 11.101/05, E — incorreta, na forma do art. 164, §2° da Lei 11.101/05. 6) No tocante ao encerramento da recupera¢do judicial, aponte a alternativa incorreta. a) Cumpridas as obrigagdes vencidas no prazo de 2 anos, 0 juiz declararé por ‘sentenga 0 encerramento da recuperacao judicial e determinara a apuracao do saldo das custas judiciais a serem recolhidas. b) Cumpridas as obrigagées vencidas no prazo de 2 anos, o juiz declararé por sentenga 0 encerramento da recuperacao judicial e determinara o pagamento do saldo de honorarios a0 administrador judicial, somente podendo efetuar a quitagdo dessas obrigagdes mediante prestagao de contas, no prazo de 30 dias, e a aprovagdo do relatério circunstanciado elaborado pelo administrador judicial. ©) Cumpridas as obrigagSes vencidas no prazo de 2 anos, o juiz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperagao judicial e determinaré a dissolugao do ‘Comité de Credores e a exoneragdo do administrador judicial. @) Cumpridas as obrigagées vencidas no prazo de 2 anos, o juiz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperacao judicial e determinaré a comunicago 20 Registro Publico de Empresas Mercantis para as providéncias cabiveis. e) Cumpridas as obrigagées vencidas no prazo de 2 anos, o juiz declarara por sentenga 0 encerramento da recuperacdo judicial e determinara a apresentagdo de relatério circunstanciado do administrador judicial, no prazo maximo de 30 dias, versando sobre a execugao do plano de recuperacao pelo devedor. Gabarito - E - incorreta, na forma do art. 63, inciso Ill da Lei 11.101/05. A-~correta, na forma do art. 63, inciso Il da Lei 11.101/05, 8 -correta, na forma do art. 63, inciso | da Lei 11.101/05. C ~correta, na forma do art. 63, inciso IV da Lei 11.101/05. D —correta, na forma do art. 63, inciso V da Lei 11.101/05. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARAA CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2? CHAMADA DE DIREITO EMPRESARIAL. QUESTOES DISCURSIVAS CPVI BC 1 2017 PROVA: 28/03/2017 4 QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) CONSTRUTORA FORTAL Ltda. interpds agravo de instrumento contra a decisio proferida pelo Juizo da 3* Vara Empresarial, que, nos autos da recuperagao judicial Tequerida pela agravante, decretou, de oficio, a faléncia desta ultima, considerando o descumprimento do artigo 53, § Unico, da Lei 11.101/05 e a existéncia de atos fraudulentos praticados pela recuperanda. Em suas razdes, 0 agravante defende que, da simples leitura da redagao do dispositive supracitado, percebe-se que apenas o atraso na apresentacao do plano de recuperagdo impée inevitavelmente a quebra da recuperanda. No caso, afirma que apresentou tempestivamente o referido plano, nao havendo, portanto, que se falar em decretagao da faléncia. Destaca, quanto a efetiva publicacdo do edital previsto no dispositivo em comento, que informou ao julzo a quo que nao tinha conhecimento da forma como se realiza tal publicagao, considerando tratar-se de lei recente e com diversas peculiaridades procedimentais, além do fato de que a responsabilidade pela publicagdo do edital ¢ do proprio cartério. Prossegue asseverando que foi exarado despacho ordenando o recolhimento das custas, sem explicar a forma de dito recolhimento, sendo publicado no periodo no qual patrono anterior havia renunciado aos poderes a ele conferidos. E, uma vez constituido novo patrono, foi requerido, expressamente, 0 prazo de noventa dias para o recolhimento das custas pertinentes, pedido que nao foi apreciado pelo magistrado de piso, o qual simplesmente decretou a quebra da recuperanda por este motivo. Entende, assim, que equivocada a decretagao da faléncia da agravante pelo suposto descumprimento do § unico, do artigo 53 da Lei 11.101/2005, a uma, porque as hipéteses de conversdo da recuperagaio judicial em falancia so taxativamente elencadas; a duas, porque tdo logo constituido novo ppatrono, pleiteou prazo para o recolhimento das custas relativas ao edital, requerimento este Que sequer chegou a ser apreciado. Assim, requer, entdo, seja reformada a decisto agravada, determinando-se o regular processamento da recuperagao judicial. Diante do caso conereto, indaga-se: Pode o Juiz decretar a faléncia de oficio no curso do processo de recuperagdo judicial? No caso conereto, o recurso deve ser provido? (Ola) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou 20 comando da questo. E indispensavel a fundamentagao juridica e, quando necessario, 08 fundamentos legais. A simples mengao ou transcrigao de artigo, sem a sua andlise e contextualizagdo com o enunciado, nao pontua. A resposta deve observar o limite de 45 (quinze) linhas. 22 QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) woo EDWARD interpés agravo de instrumento, visando a combater a decisdo proferida pelo Juizo da 1* Vara Empresarial, nos autos da agéo de recuperagao judicial de CONSTRUTORA RIO Ltda. € outros, requerendo 0 seu provimento, com a total invalidagao da decisdo que homologou o plano de recuperagdo, na forma da lei. © agravante narra como causas de pedir que os agravados intentaram pedido de recuperagao judicial do grupo econémico, alegando que as 4 (quatro) sociedades empresarias integrantes do grupo tém as mesma obrigagdes, os mesmos credores € os mesmos sécios quotistas, identificando o que a doutrina denomina de recuperagao siamesa. Ressalta o Agravante que o MM. Juizo a quo homologou a Assembleia Geral de Credores e 0 Plano de Recuperago Judicial, decretando a recuperagao judicial das autoras, na forma prevista no Plano e delimitada em Assembleia Geral em virtude da novagao das dividas, determinou a expedigao de oficio aos érgaos de crédito, SERASA, SPC, BACEN, CARTORIOS DE PROTESTOS do 1° e 2° Oficio e CREDORES, para que estes cancelem definitivamente todos os registros de dividas vencidas ocorridas até a data do deferimento da recuperagéo judicial (10/06/2016) em nome das recuperadas e de seus sécios, diante da NOVAGAO dos débitos e contratos ocotrides em sede destes autos, no prazo de 05(cinco) dias apés o recebimento da ordem, sob pena de multa de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por dia de descumprimento por cada CNPJ ou CPF. ‘Suscita o Agravante que a homologacao foi eivada de vicios, durante 0 curso do processo, consumando assim dano irreparavel ou de dificil reparagao aos seus direitos. Em contrarraz6es, as agravadas afirmam a validade da homologacao do plano, haja vista que 0 mesmo foi aprovado pelas 3 (trés) classes de credores (trabalhista, garantia real e quirografério), de forma unanime, na Assembleia Geral de Credores. Foi correta a decisdo do magistrado? O{a) aluno(a) devera responder objetivamente ao que fol perguntado ou ao comando da questio. E indispensavel a fundamentagdo juridica e, quando necessario, 08 fundamentos legais. A simples mengdo ou transcrigdo de artigo, sem a sua analise © contextualizagdo com o enunciado, ndo pontua. A resposta deve observar o limite de 45 (quinze) linhas. ATENCAO; Responda uma unica questao em cada folha. > EMERJ - ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO.: DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu _| Periodo: 2017.1 ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet é copia ndo controlada, cP Disciplina Toma Questo Oo}! 01-Constitucional C) 02-Civil CO 03-Pena | Prova Caderno Cl |B o4- empresanat C) 05-Acminisratin 08 Tributxio [HD or-Prcesso cit C1) 08-ProcessoPenat C1 08 -Preidencisio 08 2 OPW}, 10-ciergae 11 Tenica de 12--Responsatidade CTP cecescote — serenga Do Jchamada [WD 1-consunidor O14 Ambient 0 15-Btord Descrigao do Tema RECUPERACAO JUDICIAL. Plano especial de recuperagao. Legitimidade ativa. Condiges. Efeitos. Assembleia de credores. Objegdes dos credores. Efeitos. Encerramento da recuperac3o judicial. Convolagao da recuperagao judicial em falanci Descrigao do Caso Concreto CONTRUTORA FORTAL Lida. interpds agravo de instrumento contra a decisdo proferida pelo Juizo da 3* Vara Empresarial que, nos autos da recuperago judicial requerida pela agravante, decretou, de oficio, a faléncia desta Ultima, considerando o descumprimento do artigo 53, § nico, da Lei 11.01/05 e a existéncia de atos fraudulentos praticados pela recuperanda. Em suas razées, o agravante defende que, da simples leitura da redagao do dispositivo Supracitado percebe-se que apenas 0 atraso na apresentagdo do plano de recuperacao impée, inevitavelmente a quebra da recuperanda. No caso, afirma que apresentou tempestivamente o referido plano, no havendo, portanto, falar-se em decretago da faléncia. Destaca, quanto a efetiva publicagao do edital previsto no dispositive em comento que informou ao juizo a quo que nao tinha conhecimento da forma como se realiza tal publicacdo, considerando tratar-se de lei fecente e com diversas peculiaridades procedimentais, além do fato de que a responsabilidade pela publicagao do edital é do proprio cartério. Prossegue asseverando que foi exarado despacho ordenando o recolhimento das custas, 0 qual, sem explicar a forma de dito recolhimento, sendo publicado no period no qual o patrono anterior havia renunciado aos poderes a ele conferidos. E, uma vez constituido novo patrono, foi requerido, expressamente, 0 prazo de noventa dias para o recolhimento das custas pertinentes, pedido que nao foi apreciado pelo magistrado de piso, o qual simplesmente decretou a quebra da Tecuperanda por este motivo. Entende, assim, que é equivocada a decretagao da faléncia da agravante pelo suposto descumprimento do § unico, do artigo 53, da Lei 11.101/2005, a uma, Porque as hipéteses de conversdo da recuperacdo judicial em faléncia so taxativamente elencadas; a duas, porque tao logo constituido novo patrono, pleiteou prazo para o recolhimento das custas relativas ao edital, requerimento este que nem sequer chegou a ser apreciado. Assim, |requer, entdo, seja reformada a decisao agravada, determinando-se o regular processamento da | fecuperacdo judicial Diante do caso concreto indaga-se: Pode o Juiz decretar a faléncia de oficio no curso do processo de recuperagao judicial? No caso concreto, o recurso deve ser provido? O(a) aluno(a) deverd responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questo. & indispensdvel a fundamentagdo juridica e, quando necessério, os fundamentos legais. A simples jmengao ou transcrigao de artigo, sem a sua andlise e contextualizagao com 0 enunciado nao |pontua. A resposta deve observar o limite de 15 (quinze) linhas. Resposta do Caso Concreto E possivel a decretag&o de oficio da faléncia no curso do processo de recuperacdo judicial, em fazdo de quaisquer circunstancias previstas no art. 73 da Lei 11.10/05. E assim @ porque, na faléncia incidental, como é 0 caso, nao se pode entender que a quebra tenha sido decretada sem qualquer tipo de provocacao. Observe-se que, na hipétese, a jurisdi¢do nao estava inerte, haja vista a existéncia de provocacao no sentido do deferimento do processamento da recuperago judicial. ' :[Descrigao do Tema No caso concreto, ao postergar imolivadamente a publicagao do edital de que trata o artigo 53, § 1°, da lei 11.101/05, inviabilizando 0 prosseguimento do feito, identifica-se situagao que equivale rejeigo do préprio plano, ou, ao menos, a nao apresentagao do referido plano, ja que impedidos os credores de discutirem a viabilidade da recuperagao pretendida. Ainda neste aspecto, para concluir, ha que se mencionar que a alegacao de desconhecimento dos procedimentos relativos @ recuperago nao tem 0 condao de afastar o que acima se decidiu, até mesmo porque ja houve a publicacao de outro edital, aquele previsto no artigo 52, § 1°, da Lei 11.101/05, sem que nenhuma dificuldade fosse invocada pela recuperanda, sendo entdo, de rigor, a decretagao da faléncia. AGRAVO DE INSTRUMENTO N? 0056535-95.2010.8.19.0000 - TIRJ RELATOR: DES. HELENO RIBEIRO PEREIRA NUNES AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALENCIA INCIDENTAL. POSSIBILIDADE DE SUA DECRETAGAO DE OFICIO, NO CURSO DO PROCESSO DE RECUPERAGAO JUDICIAL. QUEBRA DECRETADA EM RAZAO DO DESCUMPRIMENTO DO ARTIGO 53, § UNICO, DA LE! 11.101/05 E DA EXISTENCIA DE FORTES INDICIOS NO SENTIDO DA PRATICA DE ATOS FRAUDULENTOS PELA RECUPERANDA (ARTIGO 73, PARAGRAFO UNICO, C/C ARTIGO 94, , DA LEl EM REFERENCIA. 1) Na faléncia incidental, como € 0 caso dos autos, nao se pode entender que a quebra tenha sido decretada sem qualquer tipo de provocagao. E assim é porque, na hipétese, a jurisdigao nao estava inerte, haja vista a existéncia de provocagao no sentido do deferimento do processamento da recuperagao judicial. 2) Deveras, inobstante a desidia da parte em proceder a publicagao do edital de que trata 0 § unico, do artigo 53, da Lei de Faléncias, ndo esteja taxativamente prevista entre as circunstancias que dao causa & convolagao da recuperacdo judicial em faléncia, na forma do que dispde o artigo 73, da lei em referéncia, nao se pode olvidar que a situacdo equivale & rejei¢ao do proprio plano, ou, ao menos, 4 no apresentacdo do referido plano, j4 que impedidos os credores de discutirem a viabilidade da recuperagdo pretendida. 3) Na verdade, em que pesem os principios que norteiam a lei em estudo, ndo se pode permitir| que a recuperanda permaneca usufruindo, indefinidamente, do favor legal, e, como resultado, beneficie-se da auséncia das consequéncias juridicas previstas nos artigos 62, 73 e 94, da lei ‘examinada, ou do retardamento delas, nao servindo de escusa a alega¢ao de desconhecimento dos tramites legais. 4) Por seu tumo, constatada a existéncia de fortes indicios no sentido de que a recuperanda praticou ato tendente a retardar pagamentos ou fraudar credores, na forma do que dispée 0 artigo 94, Il, ‘b’, da Lei 11.101/05, ndo ha mesmo como afastar 0 pronunciamento atacado. que decretou a faléncia da agravante. 5) Recurso ao qual se nega provimento. Observacées Etapas Data | Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 06/03/2016 |Aprovagao do Prof, | Resp. 13/03/2016 Cato conereto par 2* chamada do CPVI Inclusao no SIEM 14/03/2016 Revisdo de Portugués | 14/03/2016 CPVL04.06.08.CC.25 Revisdo DIACD. Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. ot 35 ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO. DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu Eetedas 2017.1 “ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet é copia nao controlada, cP Disciplina Tema Questao CO 1 Plor-consituconal CI 02-civt CO 0-Pena Prova Caderno TO [1B ot empresart C) 05-Adrinsratvo C) 08 Tibwario TTD 0r-Processo ci!) 08-Processofenal C09 -Previdencisio 2 | » GT wt, 00-cieyae 11. Téericade 12—Responsaidade CTP Aeclescerie OF senenga Dow jchamada IM 13-Consumidor __C)_14- Ambiental C1 15-bit Descrigao do Tema RECUPERACAO JUDICIAL. Requisitos para o pedido. Efeitos em relagdo 4 pessoa do devedor. Restriges. Responsabilidade dos coobrigados. Efeitos. Administragao do negécio pelo devedor. Nomeagao de gestor judicial. Hipdteses. Efeitos. Descrigao do Caso Concreto EDWARD interpés agravo de instrumento visando combater a decisao proferida pelo Juizo da 1* Vara Empresarial que, nos autos da agao de recuperagdo judicial de CONSTRUTORA RIO Lida. € outros, requerendo o seu provimento, com a total invalidagao da decisdo que homologou o plano de recuperagao, na forma da lei. O agravante narra como causas de pedir que os agravados intentaram pedido de recuperacao judicial do grupo econémico, alegando que as 4 (quatro) sociedades empresarias integrantes do grupo possuem as mesma obrigacdes, os mesmos credores e os mesmos sécios quotistas, identificando o que a doutrina denomina de recuperacao siamesa. Ressalta o Agravante que o MM. Juizo a quo, homologou a Assembleia geral de Credores e o Plano de Recupera¢do Judicial, decretando a recuperacao judicial das autoras, na forma prevista no Plano e delimitada em Assembleia Geral, que em virtude da novago das dividas, determinou a expedi¢ao de oficio aos érgdos de crédito, SERASA, SPC, BACEN, CARTORIOS DE PROTESTOS. do 1° e 2° Oficio e CREDORES, para que estes cancelem definitivamente todos os registros de dividas vencidas ocorridas até data do deferimento da recuperaco judicial (10/06/2016) em nome das recuperadas e de seus sdcios, diante da NOVAGAO dos détitos e contratos ocorridos em sede destes autos, no prazo de 05(cinco) dias apés 0 recebimento da ordem, sob pena de multa de RS 1.000,00 (hum mil reais) por dia de descumprimento por cada CNPJ ou CPF. Suscita 0 Agravante que a homologagdo foi eivada de vicios, durante 0 curso do processo, consumando assim, dano irreparavel ou de dificil reparagdo aos seus direitos. Em contrarrazées, as agravadas afirmam a validade da homologagao do plano, haja vista que o mesmo foi aprovado pelas 3 (trés) classes de credores (trabalhista, garantia real e quirografério), de | forma unanime, na assembleia geral de credores. | Foi correta a deciséo do magistrado? O(a) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questao. E indispensavel a fundamentagdo juridica e, quando necessario, os fundamentos legais. A simples | Mengo ou transcricdo de artigo, sem a sua analise e contextualizacdo com o enunciado nao {pontua. A resposta deve observar o limite de 15 (quinze) linhas. [Resposta do Caso Concreto Sim. Isso porque a expedigao de oficios a expedigdo de oficios aos érgaos de restrigdo ao crédito Para que estes cancelem definitivamente todos os registros de dividas vencidas decorre da Rovagao dos dabitos, o que garantird aos Agravados créditos e meios para fomentar a circulagao monetéria. No caso em tela, determinar a restricéo aos Agravados é criar obstaculo para evitar a recuperagao das empresas, além de prejudicar todos os demais, como trabalhadores, fornecedores, consumidores e, parceiros negociais. E necessério destacar que todos os credores que se habilitaram no prazo de 15 (quinze) dias do *(Descrigao do Tema 'arligo 7° §1° da Lei 11.101 72005, tiveram seu direito de voto respeitado, e aqueles que habilitaram | tardiamente, como é 0 caso dos Agravantes, a Lei garante aos mesmos 0 que determina 0 artigo 10. da Lei, in verbis: Art. 70 A verificagdo dos créditos seré realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contabeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que the forem apresentados pelos credores, podendo contar com 0 auxilio de profissionais ou empresas especializadas. § 10 Publicado o edital previsto no art. 52, § 10, ou no paragrafo Unico do art. 99 desta Lei, os credores terao 0 prazo de 15 (quinze) dias para apresentar a0 administrador judicial suas habilitagdes ou suas divergéncias quanto aos créditos relacionados. Art. 10. N&o observado o prazo estipulado no art. 70, § 10, desta Lei, as habilitagées de crédito sero recebidas como retardatérias. Processo: 0019057-21.2010.8.14.0301- TJPA EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGAO DE RECUPERAGAO JUDICIAL (Proc.: 0019057- 21.2010.814.0301). Na deciso guerreada, o Juizo a quo homologou a Assembleia geral de Credores e 0 Plano de Recuperacao Judicial, decretando a recuperagao judicial das autoras, na forma prevista no Plano e delimitada em Assembleia Geral, que em virtude da novacao das dividas, determinou a expedicao de officio aos érgaos de crédito, SERASA, SPC, BACEN, CARTORIOS DE PROTESTOS do 1° 2° Oficio e CREDORES, para que estes cancelem definitivamente todos os Tegistros de dividas vencidas ocorridas até data do deferimento da recuperacao judicial (10/06/2010) em nome das recuperadas e de seus sécios, diante da novagéo dos débitos e contratos ocorridos em sede destes autos. Ademais, verifiquei que o plano de recuperagao judicial das empresas Agravadas, ja foi aprovado nas 3 classes de credores (Trabalhista, Garantia Real e Quirografarios) & unanimidade em assembleia geral de credores datada de 26/11/2010, E que em 07 de fevereiro de 2011 foi homologado a Assembleia Geral de Credores e 0 Plano de Recuperacao Judicial, decretando a recuperagao judicial das autoras, na forma prevista no plano de delimitada em assembleia geral. Verifiquei, portanto, que tais argumentos no so suficientes para Satisfazer aos Agravantes danos imeparaveis ou de dificil reparagdo. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISAO UNANIME. Vistos, ACORDAM os Excelentissimos Senhores Desembargadores que integram a Turma Julgadora da 1* Camara Civel Isolada do Egrégio Tribunal de Justica do Estado do Para, 8 unanimidade, em CONHECER e NEGAR PROVIMENTO 20 RECURSO, nos termos do voto da relatora Observacdes Etapas Data_| Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 06/03/2016 ‘Aprovagao do Prof. me 4103/2016 ‘Caso concreto para 2° chamada do CPVI eee SEM a Revisdo de Portugues _| 14/03/2016 (CPVI.04,06.08.C¢.25 Revisdo DIACD [ Se.0 caso concreto for questdo de prova: Ne | Valor | _Rubrica do Prof. Resp. [02 38 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Em relagao aos institutos da recuperacao judicial e extrajudicial, assinale a afirmativa correta. a) Contra a sentenga que conceder a recuperacao judicial caberd apelagao, sem efeito suspensivo, podendo ser interposta por qualquer credor e pelo Ministerio Publico. b) Caso 0 plano de recuperagdo judicial preveja a supressao da garantia real outorgada a um credor, a eficdcia dessa clausula somente sera admitida mediante aprovagao unanime da classe dos credores com garantia real. ©) Os credores do devedor em recuperagao judicial conservam seus direitos privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. 4d) O devedor pode negociar um plano de recuperacao extrajudicial com os credores com garantia trabalhista, garantia real, quirografério e subordinado. e) Os credores, apés a distribuigao do pedido de homologagao de plano de recuperagao extrajudicial, jamais poderao desistir da adesdo ao plano, salvo com a anuéncia expressa de 3/5 dos demais signatarios. 6" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) No processo de recuperagao judicial da empresa Colchées de Mola Dorme Bem Utda., a devedora apresentou plano de recuperacao que previa: (i) 0 pagamento, no prazo de 30 (trinta) dias, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores a0 pedido de recuperagao judicial, até o limite de 5 (cinco) salaries minimos por trabalhador; (ji) 0 pagamento, no prazo de 1 (um) ano, dos demais créditos derivados da legislagao do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperacdo judicial; (iii) o Pagamento, no prazo de 5 (cinco) anos, de todos os créditos quirografarios, com abatimento de 20% (vinte por cento); e (iv) 0 pagamento, no prazo de 10 (dez) anos, de todos os créditos com garantia real, com abatimento de 30% ({rinta por cento). Oferecida objecao por um dos credores trabalhistas, foi convocada Assembleia Geral de Credores para deliberar sobre o plano. Nessa assembleia, o plano restou aprovado por todas as classes de credores, segundo os quéruns previstos em lei. Diante dessas circunstancias e tendo em vista as normas de ordem publica que disciplinam a elaboragao do plano de recuperagdo, conclui-se que o juiz a) n&o deve homologar 0 plano nem conceder a recuperacdo judicial, pois a lei Proibe que se estabelega prazo superior a 2 (dois) anos para o pagamento de quaisquer créditos, j4 que esse é 0 prazo maximo durante o qual o devedor podera permanecer em recuperagao judicial. ») nao deve homologar o plano nem conceder a recuperagao judicial, pois a lei proibe que se estabelega o pagamento dos créditos com garantia real em condigées piores do que as previstas para o pagamento dos créditos quirografédrios. ¢) deve homologar o plano e conceder recuperagao judicial, desde que satisfeitas as demais exigéncias legais. 4d) nao deve homologar o plano nem conceder a recuperagdo judicial, j4 que, por exigéncia legal, os créditos derivados da legislagao do trabalho devem ser pagos até, no maximo, seis meses. €) nao deve homologar 0 plano nem conceder a recuperagao judicial, j que, por exigéncia legal, os créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores a0 pedido de recuperacao judicial devem ser pagos no prazo de 30 (trinta) dias até o limite de 150 (cento e cinquenta) salarios minimos por trabalhador. - EMERJ- ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A. CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2° CHAMADA DE DIREITO EMPRESARIAL ag QUESTOES OBJETIVAS HCL CPVI BC 1 2017 PROVA: 28/03/2017 NOME: MATRICULA: 0. i) 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Com relagdo ao instituto da recuperagdo judicial, assinale a alternativa incorreta: a) Um dos objetivos mais importantes do sistema de recuperago judicial previsto na Lei 11.101/2005 é a manutengdo dos interesses dos credores, na medida em que impede a desisténcia do devedor apés 0 deferimento do processamento do pedido de recuperagao, submetendo a assembleia de credores ndo somente essa deliberacdo, como também outras que possam afetar o interesse dos credores. b) Deve-se observar os principios da unidade, universalidade do concurso e igualdade de tratamento dos credores como diretrizes para as solugdes judiciais nas relages patrimoniais nao reguladas expressamente pela Lei 11.101/05. ©) A Lei 11.101/05 busca incentivar a manutengdo de meios produtivos 4 empresa, concedendo privilégios gerais de recebimento em caso de faléncia, aos credores quirograférios que continuarem a prover bens e servicos empresa em recuperagao. 4) Contra a massa falida nao sdo exigiveis os juros vencidos apés 0 pedido de faléncia, se 0 ativo apurado nao bastar para o pagamento dos credores subordinados. e) Na faléncia do espdlio, ficara suspenso o processo de inventério, cabendo ao administrador judicial a realizagdo dos atos pendentes em relacdo aos direitos e obrigagdes da massa falida. 4* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre a recuperagao especial de que trata a Lei 11.101/05, assinale a alternativa incorreta. a) Nesse modelo recuperacional, nao ser convocada assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano, cabendo exclusivamente ao magistrado analisar 0 atendimento, pelo devedor, das exigéncias legais e conceder a recuperagao judicial. b) Ainda que haja objecdo de mais da metade de uma classe de credores, 0 juiz poderd conceder a recuperacdo judicial, se estiverem presentes os requisitos legais. ©) Os credores nao atingidos pelo plano especial de recuperagao judicial nao terao seus créditos habilitados na recuperagao. d) O pedido de recuperagao judicial com base em plano especial no acarreta a suspensdo do curso da prescrigo nem das agdes e execugées por créditos nao abrangidos pelo plano. e) O plano especial de recuperacao judicial estabeleceré a necessidade de autorizagao do juiz, apés ouvido o administrador judicial e 0 Comité de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados. - EMERS - QUESTOES OBJETIVAS PROVA DE 2* CHAMADA CPVI 3) Com relago ao instituto da recuperagdo judicial, assinale a alternativa incorreta a) Um dos objetivos mais importantes do sistema de recuperacao judicial previsto na Lei 11.101/2005 € a manutengdo dos interesses dos credores, na medida em que impede a desisténcia do devedor apés o deferimento do processamento do pedido de recuperagao, submetendo a assembleia de credores ndo somente essa deliberaao, como também outras que possam afetar o interesse dos credores. b) Deve-se observar os principios da unidade, universalidade do concurso e igualdade de tratamento dos credores como diretrizes para as solugdes judiciais nas relagées Patrimoniais ndo reguladas expressamente pela Lei 11.01/05 ©) A Lei 11.101/05 busca incentivar a manutengao de meios produtivos @ empresa, concedendo privilégios gerais de recebimento em caso de faléncia, aos credores quirograférios que continuarem a prover bens e servigos a empresa em recuperagao. 4) Contra a massa falida ndo so exigiveis os juros vencidos apés o pedido de faléncia, se 0 ativo apurado nao bastar para o pagamento dos credores subordinados. e) Na faléncia do espélio, ficara suspenso 0 processo de inventario, cabendo ao administrador judicial a realizaco dos atos pendentes em relacdo aos direitos e obrigagdes da massa falida Gabaritord A-~correte s. 47 c.c art. 52, §4°c.c art. 35, B-correta art. 126, Lei 11.101/05. C ~correta ~ art. 67, § Unico, Lei 11.101/05. D -incorreta — art. 124, Lei 11.101/05. E -correta — art. 125, Lei 11.101/08. linea f da Lei 11.101/05. 4) Sobre a recuperagao especial de que trata a Lei 11.101/05, assinale a alternativa incorreta. a) Nesse modelo recuperacional, ndo sera convocada assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano, cabendo exclusivamente ao magistrado analisar o atendimento, pelo devedor, das exigéncias legais e conceder a recuperacdo judicial. b) Ainda que haja objeco de mais da metade de uma classe de credores, o juiz podera conceder a recuperagao judicial, se estiverem presentes os requisitos legais. ©) Os credores no atingidos pelo plano especial de recuperagao judicial no terdo seus créditos habilitados na recuperacao. d) O pedido de recuperacdo judicial com base em plano especial ndo acarreta a suspensdo do curso da prescrigao nem das agdes e execugdes por créditos ndo abrangidos pelo plano. e) © plano especial de recuperacdo judicial estabeleceré a necessidade de autorizacdo do juiz, apés ouvido o administrador judicial e 0 Comité de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados. Gabartaid A= correta, fa forma do art. 72 da Lei 11.101/05. B — incorrefa, na forma do art. 72, § Unico da Lei 11.101/08. C— correta, na forma do art. 70,§unico da Lei 11.101/05. D - correta, na forma do art. 71,§ unico. E -correta, na forma do art. 71, inciso IV da Lei 11.101/05. 5) Em relagdo aos institutos da recuperagdo judicial e extrajudicial, assinale a afirmativa correta. a) Contra a sentenga que conceder a recuperagao judicial cabera apelagao, sem efete suspensivo, podendo ser interposta por qualquer credor e pelo Ministerio iblico. b) Caso 0 plano de recuperagdo judicial preveja a supressao da garantia real outorgada a um credor, a eficacia dessa clausula somente sera admitida mediante aprovacdo undnime da classe dos credores com garantia real. ) Os credores do devedor em recuperacao judicial conservam seus direitos privilégios contra os coabrigados, fiadores e obrigados de regresso. d) O devedor pode negociar um plano de recuperagao extrajudicial com os credores com garantia trabalhista, garantia real, quirografario e subordinado. e) Os credores, apés a distribuicao do pedido de homologacdo de plano de recuperacao extrajudicial, jamais poderao desistir da adesdo ao plano, salvo com a anuéncia expressa de 3/5 dos demais signatérios. Gabarito; 6) No processo de recuperacao judicial da empresa Colchées de Mola Dorme Bem Utda., a devedora apresentou plano de recuperacao que previa: (i) 0 pagamento, no prazo de 30 (trinta) dias, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores ao pedido de recuperacao judicial, até o limite de 5 (cinco) salarios minimos por trabalhador; (ii) 0 pagamento, no prazo de 1 (um) ano, dos demais créditos derivados da legistagao do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperagao judicial; (ji) 0 pagamento, no prazo de 5 (cinco) anos, de todos os créditos quirografarios, com abatimento de 20% (vinte por cento); e (iv) 0 pagamento, no prazo de 10 (dez) anos, de todos os crédites com garantia real, com abatimento de 30% (trinta por cento). Oferecida objecdo por um dos credores trabalhistas, foi convocada Assembleia Geral de Credores para deliberar sobre o plano. Nessa assembleia, o plano restou aprovado por todas as classes de credores, segundo os quéruns previstos em lei. Diante dessas circunstancias e tendo em vista as normas de ordem publica que disciplinam a elaboracao do plano de recuperago, conclui-se que 0 juiz a) no deve homologar plano nem conceder a recuperagdo judicial, pois a lei proibe que se estabeleca prazo superior a 2 (dois) anos para o pagamento de quaisquer créditos, j4 que esse é o prazo maximo durante o qual o devedor podera permanecer em recuperagao judicial. b) ndo deve homologar o plano nem conceder a recuperacao judicial, pois a lei proibe que se estabeleca 0 pagamento dos créditos com garantia real em condigées piores do que as previstas para o pagamento dos créditos quirografarios. ) deve homologar o plano e conceder recuperagao judicial, desde que satisfeitas as demais exigéncias legais. 4d) ndo deve homologar o plano nem conceder a recuperagao judicial, ja que, por exigéncia legal, os créditos derivados da legislacao do trabalho devem ser pagos até, no maximo, seis meses. e) no deve homologar 0 plano nem conceder a recuperagao judicial, ja que, por exigéncia legal, os créditos de natureza estritamente”salarial vencidos nos 3-(trés) meses anteriores ao pedido de recuperagao judicial devem ser pagos no prazo de 30 (trinta) dias até o limite de 150 (cento e cinquenta) salérios minimos por trabalhador. Gabariter@ A = incorreta, pois ha previséo no art. 58 de prazo superior ao mencionado na questo, B - incorreta, na forma do art. 58, §2°, Lei 11.101/05 De E = Incorretas, na forma do art. 54, caput e § Unico da Lei 11.101/05. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MERA - CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVIC 12017 PROVA: 17/03/2017 1® QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) SBR - INDUSTRIA, COMERCIO E SERVICOS Ltda. - EM RECUPERAGAO JUDICIAL interpés agravo de instrumento contra a decisao proferida nos autos da agdo de despejo proposta por MAIO PARTICIPACAO Ltda. que indeferiu a suspensdo do feito. Em suas raz6es recursais, 0 agravante defende ter havido violagao dos arts. 6° e 47 da Lei n° 11.101/2005, sustentando, em sintese, que a suspensdo das obrigagdes do devedor a partir do deferimento da recuperacao judicial inclui eventual aco de despejo que estiver em curso, sob pena de ferir 0 principio da preservagao da empresa. O recurso deve ser provido? fa) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questo. E indispensdvel a fundamentagdo juridica e, quando necessério, 0s fundamentos legals. A simples mengao ou transcri¢ao de artigo, sem a sua anélise @ contextualizagao com 0 enunciado nao pontua. A resposta dave observar o limite de 15 (quinze) linhas. 2* QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) ALTAMIR FRAZAO interpés agravo de instrumento contra a decisdo proferida pelo juizo da 6* Vara Empresarial que indeferiu seu pedido de habilitagdo de crédito no processo de recuperagao judicial de EDITORA GRAFOS Ltda. Em suas raz6es recursais 0 agravante afirma ser credor da agravada, sendo seu crédito consistente em boletos bancarios originados de duplicatas mercantis, acompanhadas dos respectivos protestos, além de notas fiscais de servico. O recorrente alega que 0 fato de inexistir comprovante de prestagao de servicos no inviabiliza a habilitagao de seu crédito. O recurso deve ser provido? Ofa) aluno(a) deveré responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questo. E indispensavel a fundamentagdo juridica e, quando necessario, os fundamentos legals. A simples mengdo ou transcrigao de artigo, sem a sua anal: e contextualizagdo com 0 enunclado nao pontua. A resposta deve observar o limite de 48 (quinze) linhas. ATENGAO: Responda uma unica questo em cada folha. - EMERJ - ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO.; DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu __| Periodo: 2017.1 ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet 6 copia nao controlada. oP Discipline Tema | Questo oF OT! Preensttucionas C1 92-ciii — C) 08-Penat Prova Cademo by 04 - 05 OY]! Plempresaiat pémistatvo Cl 08~Thbutrio. C1} m Dgrecesse cy PB Feces 7 09. Prevdenciévio 03 OT WT o-ring 11. Técnica ae aoa 10-crangae |= Técnica de F Ov PP Adotscenta 2 sentenga Ol Responsabiizade a 19-Consumidor (1 14- Ambiental] 15. Eletoral Descrigao do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Efeitos da recuperacdo em relacdio aos credores. Créditos sujeitos recuperacao judicial. Créditos excluides dos efeitos da recuperaco. Efeitos da recupera¢do em felagao aos contratos do devedor. Obrigagdes contraidas durante a recuperacao. Efeitos. DescricaodoCasoConcreto _-v An 7 SBR - INDUSTRIA, COMERCIO E SERVICOS Lida. — EM RECUPERAGAO JUDICIAL interpas agravo de instrumento corftra a decisdo proferida nos autos da agao de despejo proposta por MAIO. PARTICIPACAO Ltda {indeferiu a suspensao do feito. Em suas razées recursais, o agravante defende ter havido violago dos arts. 6° e 47 da Lei n° 11.101/2005, sustentando, em sintese, que a suspensdo das obrigagdes do devedor a partir do deferimento da recuperacao judicia inclui eventual aco de despejo que estiver em curso, sob pena de ferir 0 principio da preservagao da empresa O recurso deve ser provido? fa) alungfa) deverd responder objetivamente ao que fol perguntado ou ao comando da questio. E indispensavel a fundamentacdo juridica e, quando necessério, os fundamentos legais. A simples mengao ou transcrigao de artigo, sem a sua andlise e contextualizacdo com © enunciado nao pontua. A resposta deve observar o limite de 15 (quinze) linhas. Resposta do Caso Concreto RECURSO ESPECIAL n° 1.490.672 - SP (2014/027 1956-1) RELATOR : MIN. MARCO AURELIO BELLIZZE EMENTA: RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE LOCAGAO, PROSSEGUIMENTO DA AGAO DE DESPEJO. POSSIBILIDADE. NAO SUJEICAO DO PROPRIETARIO DO IMOVEL AOS EFEITOS DA RECUPERACAO JUDICIAL. PRECEDENTE DA SEGUNDA SEGAO, RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. Trechos do acérdao: © acérdao recorrido encontra-se em consonancia com a jurisprudéncia desta Corte, no sentido de nao sujeitar o credor proprietario do imével, quando da retomada do bem, aos efeitos da recuperacao judicial, tendo em vista 0 disposto no art. 49, § 3°, da Lei n. 11.101/2005, Destaca-se 0 seguinte precedente: CONFLITO POSITIVO DE COMPETENCIA. RECUPERACAO JUDICIAL. LOCACAO. AGAO DE DESPEJO. SUJEIGAO AO JUIZO NATURAL. 1. Em agao de despejo movida pelo proprietario locador, a retomada da posse direta do imével [Descricao do Tema locado a sociedade empresaria em recuperagao judicial, com base nas previsdes da lei especifica (a Lei do Inquilinato n. 8.245/91), no se submete a competéncia do Juizo universal da recuperagao. 2. credor proprietario de imével, quanto 4 retomada do bem, nao esta sujeito aos efeitos da recuperaco judicial (Lei 11.101/2005, art. 49, § 3°). 3._Conflito de competéncia néo conhecido. (CC 122.440/SP, Relator 0 Ministro Raul Araujo, SEGUNDA SECAO, DJe de 15/10/2014); Ante 0 exposto, com fundamento no art. 587, caput, do CPC, nego seguimento ao recurso especial. Observacées Etapas Data | Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 15/02/2017 | Gh ‘Aprovagio do Prof. . A Resp. 1510212017 | 2 -wrQuad SIEM 017 | J Caso concreto para prova regular CPVI-C fnelis#a na) uaa iy - Revisdo de Portugues | 20/02/2017 | “tistic CPVI04.06.03.CC.23 Revisdo DIACD _ alors} A ‘Se 0 caso concreto for questo de prova’ ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 01 35 rn) ELABORACAO DE CASO CONCRETO UO.: DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu _| Periodo: 2017.1 ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet é copia nao controlada. cP Discptna Tena [Questo OG]! Der siucion 2 92-CHd —C) 03-Pena Prova Cademo | ae esenat O Srinistatvo ©) 08- Trbutso Co] m aS, Processo py PE Erocesso ] 9. Prevdenciaio alee a Se Det oe Ree . TELL WD 13-Consunidor C) 14-Ambiental 15-Betoa Descrigao do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Habilitagao e oposigao dos credores. Prazo. Melos de recuperagao. Procedimento da recuperagdo judicial. Apresentagao do plano de recuperagso. Credores trabalhistas. Restrigdes. Prazo para apresentagao. Inobservancia. Publicagdo de egital. Descrigado do Caso Concreto aed “ALTAMIR FRAZKO interpés agravo de instrumento contra a decisao proferida pelo juizo da 6* Vara Empresarial que indeferiu seu pedido de habilitagao dé crédito no proceso de recuperagso judicial de EDITORA GRAFOS Ltda. / Em suas razdes recursais 0 agravante afirma sep’ credor da agravada, sendo seu crédito consistente em boletos bancérios originados de dypjicatas mercantis, acompanhadas dos respectivos protestos, além de notas fiscais de servicoAlega que 0 fato de inexistir comprovante de prestagao de servicos nao inviabiliza a habilitagdo de seu crédito. O recurso deve ser provido? O(a) aluno(a) devera responder objetivamente ao que fol perguntado ou ao comando da questo. E indispensavel a fundamentacdo juridica e, quando necessario, os fundamentos legais. A simples mengdo ou transcrigdo de artigo, sem a sua analise @ contextualizago com o enunciado nao pontua. A resposta deve observar o limite de 15 (quinze) linhas. Resposta do Caso Concreto © recurso no deve ser provido. Consoante previsdo nos incisos II @ Ill do art. 6° da Lei n° 41.101/05, a habilitagdo de crédito realizada pelo credor nos termos do art. 7°, § 1°, desta Lei, devera conter: "il -o valor do crédito, atualizado até a data da decretagéo da faléncia ou do pedido de recuperagao judicial, sua origem e classificacao; Ill - os documentos comprobatérios do crédito e a indicagao das demais provas a serem produzidas”, Com efeito, a obrigagao cambial nao é, certamente, uma obrigago sem causa, mas é uma obrigago cuja causa ¢ a letra, e sobre a causa da letra nenhuma influéncia direta vale exercer. Todavia, no proceso falimentar_e de recuperacdo judicial tal principio no prevalece, impondo-se ao credor fazer expressa mengdo ao negécio subjacente, isto @, 4 causa da divida, ainda que! representada por cambiais. No presente caso, 08 documentos apresentados pela agravante como fundamento do seu crédito consistem em boletos bancérios supostamente originados de duplicata mercantil, seus Tespectivos protestos, além de notas fiscais de servigo sem comprovante de recebimento. Estes ‘documentos, ndo se prestam a fundamentar pedido de habilitagao de crédito, visto que ausente a 1 [Descrigao do Tema identificagao de sua origem. Sem a comprovago de que os servigos graficos foram efetivamente prestados pela agravante a agravada, invidvel o deferimento do pedido recursal. Observagées Etapas Data Rubrica Entrega a0 Prof, Resp. | 15/02/2017 | /) Aerovacdo do Prof.) ss/02%2017 Resp. & mod Caso concreto para prova regular CPVI-C Inclusde no SIEM zoo2m017 | a) Revisdo de Portugués 20/02/2017. Stig ‘CPV1.04.06.05.60.24 Revisao DIACD Alou Fh Se 0 caso concreto for questao de prova Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. o | 38 |e mart Questées objetivas PROVA REGULAR CPVI-C 3) Mostardas, Tavares & Cia Ltda. EPP requereu sua recuperacao judicial tendo 0 pedido sido despachado pelo juiz com a nomeagao de Frederico Portela como administrador judicial Em relagdo & remuneragao do administrador judicial, seré observada a seguinte regra: a) a remuneragao nao excedera 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos a recuperacao judicial. b) caberé ao devedor arcar com as despesas relativas a remuneragdo do administrador judicial e das pessoas eventualmente contratadas para auxilid-lo. ©) a remuneragao devera ser paga até 0 final do encerramento da verificago dos créditos e publicagao do quadro de credores. d) sera devida remuneracdo proporcional ao trabalho realizado quando o administrador judicial for destituido por descumprimento de deveres legais. e) no caso de o administrador judicial ter suas contas recusadas, fara jus a remunerago proporcional ao trabalho prestado, sendo a sua remuneracdo fixada pelo juiz Gabarito: B ~ (questo adaptada do XX Exame unificado da OAB). A-incorreta, na forma do art. 24, §5° da Lei 11.101/05. B - correta, na forma do art. 25 da Lei 11.10/05. C = incorreta, na forma do art. 24, §2° da Lei 11.101/05. D - incorreta, na forma do art. 24,§ 3° da Lei 11.101/05. E - incorreta, na forma do art. 24, §4° da Lei 11.101/05. 4) Calgados Machadinho Lida. requereu sua recuperagao judicial e 0 pedido foi devidamente processado. O devedor nao alterou, no plano de recuperagao, 0 valor ou as condigdes originais de pagamento do crédito de Curtume Arroio do Sal Ltda. EPP, Teferentes ao contrato de fornecimento de couro sintético, no valor de R$ 288.000,00 (duzentos e oitenta e oito mil reais). Com base nessas informagées e nas disposigdes da Lei n° 11.101/2008, assinale a afirmativa correta. a) A credora nao tera direito a voto nas assembleias de credores realizadas durante a Tecuperago judicial e 0 crédito ndo serd considerado para fins de verificagao de quérum de deliberagao. b) O crédito sera novado com a concessao da recuperagao judicial, apés a aprovagao do plano pela assembleia de credores, como todos os demais créditos suieitos a recuperagao. ©) A credora poderd votar nas assembleias de credores realizadas durante a recuperagéo, com base no valor de seu crédito, na classe dos credores microempresarios e empresarios de pequeno porte (Classe 4). 4) A partir do processamento da recuperacao judicial, é permitido & credora ajuizar ago de cobranga em face do devedor pela manutengdo das condigdes originais de pagamento do crédito no plano de recuperacd e) A credora podera votar nas assembleias de credores realizadas durante a recuperago, com base no valor de seu crédito, na classe dos créditos com privilégio especial. Gabarito: A - art. 45, § 3°, Lei 11.101/05 (questo adaptada do XVIII Exame Unificado da OAB. 5) Passa Sete Servigos Médicos S/A apresentou a seus credores plano de fecuperacao extrajudicial, que obteve a aprovagdo de mais de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a producao de efeitos anteriores 4 homologagdo judicial, exclusivamente em relagdo a forma de pagamento dos credores signatérios que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com desagio de 30% (trinta por cento). ‘A companhia consultou seu advogada, que se pronunciou corretamente sobre © caso, da seguinte forma: a) 0 plano ndo pode estabelecer a producdo de efeitos anteriores a homologacdo, devendo o juiz indeferir sua homologago, permitindo, contudo, novo pedido, desde que sanada a irregularidade. b) 0 plano nao pode estabelecer a produgao de efeitos anteriores & homologagdo, devendo 0 juiz negar liminarmente sua homologacao e decretar a faléncia. ©) € licito que o plano estabelega a produgao de efeitos anteriores 4 homologacao, desde que exclusivamente em relagdo a modificagéo do valor ou da forma de Pagamento dos credores signatérios. 4) 6 licito que © plano estabeleca a producdo de efeitos anteriores & homologaco, desde que exclusivamente em relagdo a supressdo da garantia ou sua substituigao de bem objeto de garantia real ) licito que 0 plano estabelega a produgao de efeitos anteriores 4 homologacdo, desde que exclusivamente em relagdo aos credores trabalhistas, Gabarito: C ~ art. 165, §1° da Lei 11.101/05. (questéo adaptada do XIV Exame Unificado da OAB) 6) Caso seja concedida pelo juiz, a recuperagao judicial de sociedade empreséria, conforme a Lei n.® 11.101/2005, sé entdo ocorrera, necessariamente, a a) novagao dos créditos anteriores ao pedido, sem prejuizo das garantias oferecidas por fiadores e obrigados de regresso. ») formagao de assembleia geral de credores para acompanhar a recuperagdo judicial até 0 seu término regular ou a sua convolagdo em faléncia. ©) suspensdo do curso da prescrigéo e de todas as agdes e execugées em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sécio solidério. 4) substituigdo dos antigos administradores da sociedade empresaria devedora por administrador judicial, a quem competira fazer cumprir 0 plano de recuperagao aprovado em assembleia de credores. €) formagao, a cargo do administrador judicial, do quadro-geral de credores, que deve ser submetido & homologagao do juiz em até quarenta e cinco dias. Gabarito: A A correta, pois a novagao é efeito da concesso da recuperacao judicial, na forma do art. 89 da Lei 11.101/05. B — incorreta, pois a assembleia geral de credores sé 6 convocada em caso de Objegdes ao plano de recuperagao judicial, conforme prevé o art. 56 da Lei 11.101/05, C ~incorreta, pois nao é efeito da concessdo, mas do deferimento do processamento, na forma do art. 52, Ill c/c art. 6°, ambos da Lei 11.101/05, D - Incorreta, pois, conforme prevé o art. 64 da Lei 11.101/05, os administradores da sociedade empresaria permanecem na administragdo da mesma, salvo se qualquer dele: | ~ houver sido condenado em sentenca penal transitada em julgado por crime cometido em recuperagao judicial ou faléncia anteriores ou por crime contra o patriménio, a economia popular ou a ordem econémica previstos na legistagao vigente; l= houver indicios veementes de ter cometido crime previsto nesta Lei; “Ill — houver agido com dolo, simutagao ou fraude contra os interesses de seus credores; IV ~ houver praticado qualquer das seguintes condutas: a) efetuar gastos pessoais manifestamente excessivos em relagdo a sua situagdo patrimonial; b) efetuar despesas injustificaveis por sua natureza ou vulto, em relagdo ao Capital ou género do negécio, ao movimento das operagdes e a outras circunstancias anélogas; ¢) descapitalizar injustificadamente a empresa ou realizar operagdes prejudiciais ao seu funcionamento regular, 4) simular ou omitir créditos ao apresentar a relagdo de que trata o inciso Ill do caput do art. 51 desta Lei, sem relevante razio de direito ou amparo de decis&o judicial; V = negar-se a prestar informagées solicitadas pelo administrador judicial ou pelos demais membros do Comité; Vi-tiver seu afastamento previsto no plano de recuperago judicial E- Incorreta, pois 0 prazo de 46 dias @ para “fazer publicar o edital’ e no para submeter 4 homologacao do juiz. 5® QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Passa Sete Servicos Médicos S/A apresentou a seus credores plano de recuperacao extrajudicial, que obteve a aprovago de mais de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a producao de efeitos anteriores a homologagao judicial, exclusivamente em relagao a forma de pagamento dos credores senataroe que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com desagio de 30% (trinta por cento) A companhia consultou seu advogado, que se pronunciou corretamente sobre 0 caso, da seguinte forma: a) 0 plano nao pode estabelecer a produgao de efeitos anteriores & homologagao, devendo 0 juiz indeferir sua homologacao, permitindo, contudo, novo pedido, desde que sanada a irregularidade. b) 0 plano no pode estabelecer a producdo de efeitos anteriores & homologagao, devendo o juiz negar liminarmente sua homologagao e decretar a faléncia, ©) & licito que o plano estabeleca a producdo de efeitos anteriores 2 homologacdo, desde que exclusivamente em relagdo 4 modificagdo do valor ou da forma de pagamento dos credores signatarios. d) 6 licito que o plano estabeleca a producao de efeitos anteriores & homologacao, desde que exclusivamente em relagdo A supressao da garantia ou sua substituigao de bem objeto de garantia real €) € licito que o plano estabelega a produgao de efeitos anteriores & homologagao, desde que exclusivamente em relacdo aos credores trabalhistas. 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Caso seja concedida pelo juiz, a recuperagao judicial de sociedade empresaria, conforme a Lei n.° 11.101/2005, s6 entdo ocorreré, necessariamente, a a) novagao dos créditos anteriores ao pedido, sem prejuizo das garantias oferecidas por fiadores e obrigados de regresso. b) formagao de assembleia geral de credores para acompanhar a recuperagao judicial até o seu término regular ou a sua convolacao em faléncia ‘c) suspensdo do curso da prescrigdo e de todas as aces e execugdes em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sécio solidairio. ) substituigao dos antigos administradores da sociedade empresaria devedora por administrador judicial, a quem competira fazer cumprir 0 plano de recuperagao aprovado em assembleia de credores e) formagao, a cargo do administrador judicial, do quadro-geral de credores, que deve ser submetido a homologagao do juiz em até quarenta e cinco dias. - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIC 1 2017 PROVA: 17/03/2017 NOME: MATRICULA: 3° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Mostardas, Tavares & Cia Ltda. EPP requereu sua recuperagao judicial tendo o pedido sido despachado pelo juiz com a nomeagao de Frederico Portela como administrador judicial, b Em relagdo a remuneragao do administrador judicial, seré observada a seguinte regra: a) a remuneracaio nao excedera 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos recuperagao judicial, b) caberé ao devedor arcar com as despesas relativas a remuneragdo do administrador judicial e das pessoas eventualmente contratadas para auxilié-lo ©) a remuneracao devera ser paga até 0 final do encerramento da verificacdo dos créditos e publicagao do quadro de credores. ¢) serd devida remuneragao proporcional ao trabalho realizado quando o administrador judicial for destituido por descumprimento de deveres legais. €) no caso de o administrador judicial ter suas contas recusadas, fard jus a remuneragao proporcional ao trabalho prestado, sendo a sua remuneragao fixada pelo juiz. 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Calgados Machadinho Ltda. requereu sua recuperagao judicial e 0 pedido foi devidamente processado. O devedor nao alterou, no plano de recuperacao, o valor ou as condigdes originais de pagamento do crédito de Curtume Arroio do Sal Ltda. EPP, referentes ao contrato de fornecimento de couro sintético, no valor de R$ 288.000,00 (duzentos e oitenta e oito mil reais) Com base nessas informagoes e nas disposigdes da Lei n° 11.101/2005, assinale a afirmativa correta. a) A credora nao tera direito a voto nas assembleias de credores realizadas durante a recuperagao judicial e 0 crédito nao sera considerado para fins de verificagéo de quérum de deliberagao. b) © crédito sera novado com a concessdo da recuperacao judicial, apés a aprovagao do plano pela assembleia de credores, como todos os demais créditos sujeitos a recuperagao. ¢) A credora podera votar nas assembleias de credores realizadas durante a fecuperagao, com base no valor de seu crédito, na classe dos credores microempresarios ¢ empresarios de pequeno porte (Classe 4), ¢) A partir do processamento da recuperagao judicial, é permitido a credora ajuizar agéo de cobranga em face do devedor pela manutengdo das condigdes originals de Pagamento do crédito no plano de recuperacao. ®) A credora poderd votar nas assembleias de credores realizadas durante a fecuperagao, com base no valor de seu crédito, na classe dos créditos com privilégio especial, - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2* CHAMADA DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVI ABC 2 2015 PROVA: 09/10/2015 4* QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) BANCO BANDIT S.A, nos autos da recuperagéo extrajudicial de RADIT ELETRONICA S.A, agravou da decisdo que permitiu o aditamento do plano de recuperagao extrajudicial homologado, por entender nao ser possivel a alteracao do plano, ainda que haja clausula no plano de recuperagao extrajudicial autorizando o aditamento. Sustenta 0 agravante que o aditamento protocolado pela recuperanda, por nao ter se submetido 4 homologacao judicial, no tem forca vinculante perante os credores nao signatérios e terceiros. Afirma que 0 aditamento afronta a disposicao contida no art. 161, § 3° da Lei 11.101/2005, pois o aditamento se deu antes do decurso de dois anos da homologacao do primeiro plano. Pugna, ao final, pelo provimento de seu recurso. ‘Assiste razdo ao agravante? Responda, de forma fundamentada, em até 15 linhas. 2? QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) DESTILARIA ALCOOL JA Lida. formulou pedido de recuperagao judicial que foi distribuido para a 4* Vara Empresarial da Comarca de Para do Norte. © magistrado, verificando a ordem da documentagao apresentada no pedido inicial, deferiu 0 processamento da recuperacao judicial ‘Apos 0 regular processamento, 0 plano de recuperagéo apresentado pela recuperanda foi homologado. ‘Ocorre que AGRICOLA SANTA MARIA Lida. um dos credores da recuperanda, agravou da decisdo salientando que o magistrado deveria reconhecer a nulidade de uma das clausulas incluidas no plano de recuperagao judicial aprovado, com fundamento de que esta consubstanciaria condigao puramente potestativa, vedada pelo art. 122 do CC/02. © Tribunal de Justica, no entanto, negou seguimento ao recurso ao fundamento de que a assembleia de credores é soberana em suas decis6es quanto aos planos de recuperagao judicial, de modo que as deliberagdes tomadas nessa assembleia nao sao passiveis de controle pelo Poder Judiciario. Diante dessa situagao indaga-se: o Tribunal agiu corretamente? A resposta de ser objetivamente fundamentada e respeitar 0 limite maximo de 15 linhas. ATENGAO: Responda uma unica questao em cada folha. - EMERJ - ELABORAGAO DE CASO CONCRETO. Elaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: 2015.2 2394 4 partir da intranet 3 ¢Syia nao controlada. Oisciplina Tema Questia [OQ] | Dor-consitucona CO) 02-ciat Ci G-Penal | Prova Cademo TH] 24 Enpresonat O06 -Acmrisrane 06 —Trbutro CTO o7-recessa cit [] 8-ProvessoPena 1) 09. Prevcenciario 09 OT WI, 10-cragae 11 Téenica de 12 Responsabidate me Space ole og coe COT WG 13-consuitor O) 14-arons O15. Sed Descrigao do Tema RECUPERAGAO EXTRAJUDICIAL. Conceito. Objeto. Finalidades. Natureza juridica ;Acordo extrajudicial homologavel. Condigdes gerais. Condigées especiais. Credores excluidos. Instrug&o do pedido. Impugnacao dos credores. Fundamentos. Efeitos. Sentenca de homologacao. Natureza. Efeitos. Recurso. Alienagao de filiais. Requisitos. Sentenga nao homologatéria. Efeitos. Descrigao do Caso Concreto BANCO BANDIT S.A, nos autos da recuperagao extrajudicial de RADIT ELETRONICA SAY / agravou da decisdo que permitiu o aditamento do plano de recuperacao extrajudici homologado, por entender nao ser possivel a alteragao do plano, ainda que haja cldusula|/ « no plano de recuperacao extrajudicial autorizando o aditamento. Sustenta 0 agravante que o aditamento protocolado pela recuperanda, por nao ter se ssubmetido @ homologaco judicial, nao tem forca vinculante perante os credores nao signatarios e terceiros. Afirma que o aditamento afronta a disposigao contida no art. 161, § | 3° da Lei 11.101/2005, pois o aditamento se deu antes do decurso de dois anos da homologagao do primeiro plano. Pugna, ao final, pelo provimento de seu recurso. LAssiste razao ao agravante? Responda, de forma fundamentada, em até 15 linhas. [Resposta do Caso Concreto |Agravo de Instrumento n° 0161134-22.2012.8.26.0000 - TUSP | |RECUPERACAO EXTRAJUDICIAL. Aditamento ao Plano de Recuperacao Extrajudicial. |Aprovagao do aditamento por quorum de credores previsto no artigo 163 |da Lei n° 11.101/05, sem alegacdo de qualquer irregularidade formal. Plano homologado| ‘pelo juizo da Recuperacao. Auséncia de preclusdo, vez que, a questdo trazida pelo agravante nao havia sido apreciada anteriormente. Deciséo agravada que efetivamente| ‘julgou pedido do agravante. Aditamento que nao se confunde com novo Plano de Recuperacdo Extrajudicial. Negdcio novativo regularmente aprovado que se submete a autonomia privada dos credores no trato de seus direitos patrimoniais disponiveis. Sujei¢ao incontroversa do agravante aos termos do aditamento. Recurso nao provido. | Observagdes. Etapas Data | Rubrica i | Entrega ao Prof. Resp. | 10/09/2015 |Cilh) | ; Caso concreto para prova 2* chamada CPVI Eee Prot | 0/00/2018 [Emm rears CPVL04.06.09.0C.27 Inclusdo no SIEM | 18/09/2015 |-*7) ! TRevisdode Portugues | 157092095 |(\JAf * }Observagdes Etapas Data | Rubrica Reviséo DIACD | ‘Se 0 caso concreto for questio de prova: Ne Valor | Rubrica do Prof. Resp. | 1 35 emunnw i SR ELABORAGAO DE CASO CONCRETO ae) | UO DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu | Perlodor | 2015.2 ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet 6 copia nio controlada. oP Diseiptina Tema | _Quostio 1 (ot-consineienat C 02=Cin O 03. Penat | Prova Cader WB cs-Eneresanad C] 06-Adminsreto O) 06- Thbutao | | 0) 07-Processo cit] 08-ProcessaPend C)} 09- Previdenciio | 06 | Wp W-Crawae py He Teoneade 5 12- Resse Nerseees VP Adclesconta Sentenca Cin CII 0 8-cowurior Ambon —_) 15-stoad Descrigdo do Tema RECUPERACAO JUDICIAL. Manifestagao dos credores. Objecdo ao plano. Prazo. Procedimento da obje¢ao ao plano. Convocagao de assembleia geral. Quorum geral. Aprovagéo do plano (quorum geral e quorum especial). Aprovacéo do plano com alteragdes. Requisitos. Rejeigao ao plano. Poderes do juiz. | Descrigdo do Caso Concreto DESTILARIA ALCOOL JA Ltda. formulou pedido de recuperagao judicial que foi distribuido’ para/4? Vara Empresarial da Comarca de Para do Norte. a O magistrado, verificando a ordem da documenta¢ao apresentada no pedido inicial, deferiu | 0 processamento da recuperagao judicial. | | Apés o regular processamento, o plano de recuperacdo apresentado pela recuperanda foi homologado. Ocorre que AGRICOLA SANTA MARIA Ltda., um dos credores da recuperanda, agravou da decisao salientando que o magistrado deveria reconhecer a nulidade de uma das cléusulas incluidas no plano de recuperagao judicial aprovado, com fundamento de que | esta consubstanciaria condicao puramente potestativa, vedada pelo art. 122 do CC/02. !O Tribunal de Justiga, no entanto, negou seguimento ao recurso ao fundamento de que a jassembleia de credores é soberana em suas decisdes quanto aos planos de recuperagao \judicial, de modo que as deliberagdes tomadas nessa assembleia nao sao passiveis de | controle pelo Poder Judiciario. i | Diante dessa situagdo indaga-se: o Tribunal agiu corretamente? | | A resposta de ser objetivamente fundamentada e respeitar o limite maximo de 15 linhas. Resposta do Caso Concreto © Egrégio Superior Tribunal de Justica, em acérdao da relatoria da Ministra NANCY| ANDRIGHI assentou que cabe ao Poder Judiciario promover o exame de legalidade das) condigées propostas nos planos de recuperacao, ainda que aprovados pela maioria dos credores na Assembleia Geral de Credores. Vide ementa do julgado: REsp 1314209/SP Relator(a): Ministra NANCY ANDRIGHI (1118) , Orgao Julgador: TERCEIRA TURMA Data do Julgamento: 22/05/2012 Data da Publicagao/Fonte: OJe 01/06/2012 RP vol. 46 p. 129 | Oescrigao do Tema | RECURSO ESPECIAL. RECUPERAGAO JUDICIAL. APROVAGAO DE PLANO PELA ASSEMBLEIA DE CREDORES. INGERENCIA JUDICIAL. _IMPOSSIBILIDADE. CONTROLE DE LEGALIDADE DAS DISPOSIGOES DO PLANO. POSSIBILIDADE. RECURSO IMPROVIDO. 1. A assembleia de credores é soberana em suas decisdes quanto aos planos de recuperagdo judicial. Contudo, as deliberagées desse plano estao sujeitas aos requisitos de validade dos atos juridicos em geral, requisitos esses que esto sujeitos a controle judicial. 2. Recurso especial conhecido e nao provido. A Ministra NANCY ANDRIGHI destacou em seu voto que: "A apresentaco, pelo devedor, de plano de recuperagao, bem como sua aprovacao, pelos credores, seja pela falta de oposicdo, seja pelos votos em assembleia de credores (arts. 56 e 57 da LFRJ) consubstanciam atos de manifestagao de vontade. Ao regular a recuperagao judicial, com efeito, a Lei submete a vontade da coletividade diretamente interessada na realizagao do crédito a faculdade de opinar e autorizar os procedimentos de reerguimento econémico da sociedade empresaria em dificuldades, chegando-se a uma solugao de consenso, Disso decorre que, de fato, no compete ao juizo interferir na vontade soberana dos credores, alterando 0 contetido do plano de recuperagao judicial, salvo em hipéteses expressamente autorizadas por lei (v.g. art. 58, §1°, da LFRU). A obrigagao de respeitar 0 contetide da manifestagao de vontade, no entanto, nao implica impossibilitar ao juizo que promova um controle quanto a licitude das providéncias decididas em assembleia. Qualquer negécio juridico, mesmo no ambito privado, representa | uma manifestagao soberana de vontade, mas que somente é valida se, nos termos do art. 1104 do CC/02, provier de agente capaz, mediante a utilizagdo de forma prescrita ou nado |defesa em lei, e se contiver objeto licito, possivel, determinado ou determinavel. Na auséncia desses elementos (dos quais decorre, com adicao de outros, as causas de nulidade previstas nos arts. 166 e seguintes do CC/02, bem como de anulabilidade dos arts. 171 e seguintes do mesmo diploma legal), 0 negécio juridico é invalido. A decretagao |de invalidade de um negécio juridico em geral ndo implica interferéncia, pelo Estado, na livre manifestagéo de vontade das partes. implica, em vez disso, controle estatal _justamente sobre a liberdade dessa manifestacao, ou sobre a licitude de seu conteudo. | |OBS.: Para 0 aluno obter a pontuagdo maxima devera citar o art. 56 da Lei 11.101/05 e 0 ‘art. 104 do Cédigo Civil. Além disso, deve ser destacado de forma clara que cabe @j | assembleia geral de credores julgar eventuais oposigdes ao plano de recuperagdo judicial, ' notadamente em relago ao contetido desse plano. Contudo, como a aprovacao do plano consubstancia uma manifestagao de vontade, considerada pelo ordenamento juridico como | um negécio juridico, ¢ perfeitamente possivel que o magistrado analise a validade do! referido negocio, a luz do art. 104 do CC. | Observagées I Etapas. T Data | Rubrica | j Entrega ao Prof. Resp. | 10/09/2015 | 1.) i Aprovarde Jo PFOt| soioarzons |i | Res Trews Caso concreto para prova 2* chamada CPVI E 1 | Tnclusdo no SIEM | 1510972015 | -% Y | CPVi04.06.06.c¢.28 "Revisdo de Portugues _| 16/092015 |\UAT | ! | Revisdo DIACD I Se 0 caso conereto for questo de prova: *. [Observacdes Data | Rubrica E ne; | Valor Rubrica do Prof. Resp. QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Leia as alternativas sobre o Plano de Recuperacao Judicial ; | © plano de recuperagao sera apresentado' pelo devedor, em julzo, no prazo improrrogavel de 60 dias da publicacéo da decis4o que deferir 0 processamento da recuperagao judicial, sob pena de convolagao em faléncia, \l- O plano de recuperagao judicial nao podera prever prazo superior a 2 anos para pagamento dos créditos derivados da legislacdo do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho, vencidos até a data do pedido de recuperagao judicial. __ lll = Quanto aos créditos de natureza estritamente salarial, vencidos nos 4 meses anteriores ao pedido de recuperagao judicial, o plano nao podera prever prazo superior a 90 dias para 0 pagamento, até 0 limite de 5 salarios-minimos por trabalhador. IV - O plano de recuperacao judicial devera conter. i) discriminagao pormenorizada dos meios de recuperagdo a serem empregados; ii) demonstracdo de sua viabilidade econémica e ii) laudo econdmico-financeiro e de avaliagao de bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou por pessoa juridica especializada. Esta correto 0 que se afirma em: a), Ile lV. b)le lll, o)lelv. d) tell e)lell, 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) No que diz respeito a recuperagao judicial, assinale a altemativa incorreta. a) Depois de homologado ou aprovado pelo juiz 0 plano de recuperagao, sendo este cumprido pelo beneficiado, os credores nao tém mais competéncia para, em assembleia, volar a convolagéo em faléncia. 7 b) A lei estabelece que o requerente do beneficio deve se submeter ao juiz 0 plano de recuperacéo, no prazo de 60 dias, contados do despacho que determina o processamento da aco, sendo vedada sua prorrogacao, seja qual fora a justificativa que 0 evedor apresente. ¢) O juiz decretara a faléncia durante o processo de recuperacao judicial se nao tiverem sido apresentadas, no prazo legal, as certidées tributarias negativas, em se verificando a omissao do devedor. ; d) Prevé a legislacdo que a dilacdo de prazo ou a revisdo das condigdes de pagamento sdo meios de recuperagao da atividade econémica. | e) No direito brasileiro, abstraida a hipdtese de desisténcia, quem requer o beneficio da recuperagao judicial, ou a obtém e cumpre, ou tera sua faléncia decretada. - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2 CHAMADA DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIABC 2 2015 PROVA: 09/10/2015 NOME: MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre a recuperacdo extrajudicial, assinale a alternativa CORRETA: ‘a) 0 devedor nao poder requerer a homologacao de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperagdo judicial ou se houver obtido recuperacdo judicial ou homologagao de outro plano de recuperagao extrajudicial ha menos de 2 (dois) anos; b) constitui um procedimento exclusivamente extrajudicial, ndo sujeito 4 apreciagdo ou homologacdo judicial, ¢) 0 pedido de homologago do plano de recuperagao extrajudicial acarreta suspensdo de direitos, agdes ou execucées; ) apés a distribuicao do pedido de homologacdo, os credores poderao desistir da adesao ao plano, independentemente da anuéncia expressa dos demais signatérios; e) 0 pedido de homologagéo do plano de recuperagao extrajudicial acarreta a impossibilidade do pedido de decretacao de faléncia pelos credores nao sujeitos ao plano de recuperacao extrajudicial. 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) No que diz respeito 4 recuperacao de empresas, assinale a alternativa correta. a) Apesar da importancia da assembleia geral de credores no procedimento recuperatorio, ndo pode o juiz deferir cautelares para sua suspensao, a pedido de eventuais credores, em razao da discussdo judicial sobre a validade ou existéncia de seus respectivos créditos. 'b) Para que uma determinada sociedade empresaria, constituida apés a entrada em vigor da Lei 11.101/2005 possa pretender recuperacdo judicial, precisaré demonstrar, cumulativamente: nao ser falida; nao ter, ha menos de cinco anos, obtido concessao de recuperagao judicial com base no plano especial; e nao ter como administrador ou sécio controlador pessoa condenada por qualquer dos crimes falimentares. c) A recuperacao judicial tem por objetivo viabilizar a superagao da situagao de crise econdmico-financeira do devedor, de modo a preservar-lhe a atividade econémica, promover a fungdo social da empresa eo estimulo a atividade econémica. Em razdo disso, 0 procedimento de recuperacdo se aplica a todos os tipos de sociedades andnimas, consideradas empresariais por exceléncia, 4d) A Lei 11.101/2005 estende os efeitos da recuperacdo extrajudicial a todos os créditos existentes e validos na data do pedido, mesmo que nao vencidos. e) Considere que 0 juizo competente tenha deferido 0 pedido de recuperagao judicial de certo devedor empresdrio. Nesse caso, a desisténcia do pedido somente teria sido possivel com a aprovagao do administrador judicial nomeado. PROVA OBJETIVAS 2° CHAMADA TURMAS: CPV ABC Ques’ OBJETIVA: 3) Sobre a recuperagao extrajudicial, assinale a alternativa CORRETA: 8) 0 devedor nao podera requerer a homologagao de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperacdo judicial ou se houver obtido recuperacao judicial ou homologago de outro plano de recuperagdo extrajudicial hd menos de 2 (dois) anas; b) constitui um procedimento exclusivamente extrajudicial, ndo sujeito 4 apreciagao ‘ou homologagao judicial; ©) 0 pedido de homologagéo do plano de recuperagao extraju suspensdo de direitos, agdes ou execucées; 4d) apés a distribuicdo do pedido de homologacdo, os credores poderdo desistir da adesao ao plano, independentemente da anuéncia expressa dos demais signatérios; e) 0 pedido de homologacao do plano de recuperagdo extrajudicial acarreta na impossibilidade do pedido de decretacao de faléncia pelos credores no sujeitos 20 plano de recuperagdo extrajudicial. ial acarreta GABARITO: A 4) No que diz respeito a recuperacao de empresas, assinale a alternativa correta a) apesar da importancia da assembleia geral de credores no procedimento recuperatério, nao pode o juiz deferir cautelares para sua suspensio, a pedido de eventuais credores, em razdo da discussdo judicial sobre a validade ou existéncia de seus respectivos créditos. b) Para que uma determinada sociedade empresaria, constituida apés a entrada em vigor da Lei 11.101/2005 possa pretender recuperacao judicial, precisara demonstrar, cumulativamente: ndo ser falida; ndo ter, ha menos de cinco anos, obtido concessao de recuperagde judicial com base no plano especial; e no ter como administrador ou sécio controlador pessoa condenada por qualquer dos crimes falimentares. ¢) A recuperagao judicial tem por objetivo viabilizar a superagao da situago de crise econémico-financeira do devedor, de modo a preservar-lhe a atividade econémica, promover a funcao social da empresa e o estimulo a atividade econémica. Em razdo disso, 0 procedimento de recuperagdo se aplica a todos os tipos de sociedades anénimas, consideradas empresariais por exceléncia. 4) A Lei 11.101/2005 estende os efeitos da recuperagao extrajudicial a todos os créditos existentes e validos na data do pedido, mesmo que nao vencidos. e) Considere que 0 juizo competente tenha deferido 0 pedido de recuperagao judicial de certo devedor empresario. Nesse caso, a desisténcia do pedido somente teria sido possivel com a aprovagao do administrador judicial nomeado. Gabarito: A (art. 39, Lei 11.101/2005) 5) Leia as alternativas sobre o Plano de Recuperagao Judicial. 1 — © plano de recuperacdo sera apresentado pelo devedor, em juizo, no prazo improrrogavel de 60 dias da publicagao da decisdo que deferir o processamento da recuperago judicial, sob pena de convolagao em faléncia. 11-0 plano de recuperagdo judicial ndo podera prever prazo superior a 2 anos para pagamento dos créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho, vencidos até a data do pedido de recuperacao judicial. Il ~ Quanto aos créditos de natureza estritamente salarial, vencidos nos 4 meses anteriores ao pedido de recuperacdo judicial, o plano ndo podera prever prazo superior a 90 dias para o pagamento, até o limite de 5 salarios-minimos por trabalnador. IV - 0 plano de recuperagao judicial devera conter: i) discriminagao pormenorizada dos meios de recuperagao a serem empregados; ii) demonstracao de sua viabilidade econémica ¢ iii) laudo econémico-financeiro e de avaliagdo de bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou por pessoa juridica especializada, Esta correto o que se afirma em: a) I, MelV, b)lelll ole. d) ite. e)iell. Gabarito: C - art. 53, Lei 11.101/2005; 6) No que diz respeito 4 recuperacdo judicial, assinale a alternativa incorreta. a) Depois de homologado ou aprovado o plano de recuperagao pelo juiz, sendo este cumprido pelo beneficiado, os credores ndo tem mais competéncia para, em assembleia, votar a convolagao em faléncia. b) A lei estabelece que o requerente do beneficio deve se submeter ao juiz o plano de recupera¢ao, no prazo de 60 dia, contados do despacho que determina o processamento da agao, sendo vedada sua prorrogaco, seja qual fora a justificativa ‘que o devedor apresente. ©) O juiz decretard a faléncia durante 0 processo de recuperacao judicial se nao tiverem sido apresentadas, no prazo legal, as certidées tributdrias negativas, em se verificando a omiss4o do devedor. 4) Prevé a legislagao que a dilapdo de prazo ou a reviséo das condigées de pagamento sao meios de recuperagao da atividade econdmica. 2) No direito brasileiro, abstraida a hipétese de desisténcia, quem requer o beneficio da recupera¢ao judicial, ou a obtém e cumpre, ou tera sua faléncia decretada. Gabarito: C — art. 57, Lei 11.101/2005. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIB 1 2017 PROVA: 16/02/2017 NOME: MATRICULA: 38 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Acerca da recuperagao extrajudicial prevista na Lei 11.101/2005, analise as assertivas e assinale a opgao correta: a) Nao podem requerer a recuperagao extrajudicial os titulares de créditos de natureza tributaria, os derivados de legislagao do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho, assim como o credor titular da posicao de proprietario fiduciério de bens moveis ou iméveis, de arrendador mercanti, de proprietario ou promitente vendedor de imével cujos contrates contenham clausula de irrevogabilidade ou irretratabilidade ou de proprietario em contrato de venda com reserva de dominio e por fim os credores cujo crédito decorra de contrato de cambio para exportagao b)O plano de recuperagao extrajudicial pode prever 0 pagamento antecipado dos créditos trabalhistas vencidos nos trés meses anteriores ao pedido. €)0 pedido de homologagao do plano de recuperagao extrajudicial suspende por 180 dias os direitos, agdes ou execugées existentes em face do devedor. 3) Apés a distribuigéo do pedido de homologacéo do plano de recuperagao extrajudicial, os credores poderao desistir da adesdo, desde que contem com a anuéncia de % dos demais signatarios, e) O devedor pode requerer a homologagao de plano de recuperagao extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 1/6 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. - EMERJ - 4 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) A sociedadle empreséria ‘PESCADO PURO LTDA.” formulou pedido de reouperagao judicial, apresentando plano que previa © pagamento de todas as suas dividas em 60 |gessenta) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a primeira 10 dia da concessdo da recuperagao © as demais no mesmo dia dos meses subsequentes. Regularmente aprovaéo © plano pela assembieia-geral de credores, a recuperagao fol concedida pelo juiz. Porem, Gepois de pontualmente adimplidas as trinta primeiras parcelas, a devedora nao conseguit honrar com as demais, por dificuldades de fluxo de caixa. Nose caso, de acordo com o que prevé a Lei 11.101/05, 0 descumprimento das obrigagées assumidas no plano |) nao autoriza a convolagao da recuperacao judicial em faléncia, mas pode justificar novo pedido de faléncia. D) autoriza a convolagao da recuperagéo judicial em faléncia, que pode ser decretada de oficio. i ¢) autoriza a convolagao da recuperacao judicial em faléncia, desde que requerida por qualquer credor tt) autoriza a convolagéo da recuperagao judicial em faléncia, desde que requerida pelo administrador judicial. e) nao autoriza a convolago da recuperagao judicial em faléncia, mas apenas a agao de cobranga individual pelos credores. 5° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) ‘Acerca da recuperacao judicial e da recuperagao extrajudicial previstas na nova lel de Faléncias, analise as assertivas e assinale a op¢ao correta: | - Ambos os procedimentos exigem que o devedor apresente plano de recuperaeao, © qual somente vinculara os envolvidos se devidamente aprovado em assembleia geral de credores. Il Os membros do Comité de Credores nao terdo sua remuneragao custeada pelo devedor em recuperagao Ill Ambos os procedimentos envolvem a negociagao de todos os créditos oponivels ao devedor, sendo a recuperagdo extrajudicial reservada apenas as microempresas @ empresas de pequeno porte. IV - Nao pode ser incluido no plano de recuperagao extrajudicial o crédito trabalhista. V - Diferentemente do previsto para a recuperagao extrajudicial, 0 pedido de recuperagao judicial podera acarretar a suspensdo de agdes e execugdes contra o devedor antes que o plano de recuperagao do empresario seja apresentado aos credores. a) Apenas as assertivas |, IIe Ill sao verdadeiras. b) Apenas as assertivas |, || e IV sdo verdadeiras. c) Apenas as assertivas ll, Ill e IV séo verdadeiras. d) Apenas as alternativas Il, Ill e V séo verdadeiras. e) Apenas as assertivas Il, IV e V sao verdadeiras. - EMERS - 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Acerca do Comité de Credores constituido em processo de recuperacao judicial, regulado pela Lei no 11.101 (Lei de Recuperacéo de Empresas e Faléncia), de 9 de fevereiro de 2005, pode-se afirmar que a) Caso nao seja possivel a obtenco da maioria em suas deliberagées, o impasse devera ser resolvido pelo Juiz b) Nao havendo Comité de Credores, cabe apenas ao administrador judicial exercer as atribuigées daquele érgao. c) As despesas realizadas pelo Comité de credores para a realizagéo de atos previstos na Lei 11.101/05, se devidamente comprovadas e autorizadas pelo Juiz, serao ressarcidas pelo devedor, atendendo-se as disponibilidades de caixa. d) E impedido de integrar 0 Comité quem tiver relagdo de parentesco ou afinidade até o 2° grau com 0 devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente. e) O Comité de Credores sera constituido por deliberago de qualquer das classes de credores na assembleia-geral e sera composto por 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes, 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes; 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografarios e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes e 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. -EMERJ - AP Ova, de yo Groner 0) v Resposta do Caso Concreto - Geaanip A — | Folincorreta 2 decieso do magistrado. Isso poraue, em que gese nBo $¢ consiituir como crédito \existente, a_verba_honor: sumbenc refer tral soci ntes da. \dig&o de fraail in fi igh fo, portan 39 submeter a recuperacdo judicial, na forma do art. 49 da Lei 11.101/05, a ‘autos, 0 fato dos créditos em debate t nstituidor jistintos 040 Ihes retira a rela de dependéncia, uma vi lus le. i Jem cedéncla da_d irabalhista. So vi joura_plausi excl ba honoraria do regi 1 i crédito (rabalhista a regime | menos benéfico, visto que tais verbas mesma natureza alimentar. | recurso ESPECIAL N° 1.443 750 - RS (2014/0063498-5) RELATOR : MINISTRO MARCO AURELIO BELLIZZE = , TEMENTA RECURSO ESPECIAL. PEDIOO DE HABILITAGAO DE CREDITO. HONORARIOS [ADvocaTicios SUCUMBENCIAIS CONSTITUIDOS APOS O PEDIDO DE RECUPERACAO | JUDICIAL, SUJEICAO A RECUPERAGAO JUDICIAL. INTERPRETAGAO DO ART 49, CAPUT DA LEI N° 11.101/2005 EMPRESA /1, Cinge-se a controversia a definir se 0 crédito oriundo de ho:.orarios advocaticios sucumbenciais \constituido apds 0 pedido de recuperac&o judicial se sujeita ou n&o ao plano de recuperagao \judicial e a seus efeitos, a luz do disposto no art. 49, caput, da Lei n® 11.101/2006. No caso dos autos, o crédito em questo decorre dos honorarios advocaticios sucumbenciais reconhecidos na sentenga prolatada em reciamagao trabalhista em favor do advogado do ex-empregado reclamante. | 2. Apesar da inegavel autonomia entre © crédito trabalhista @ o crédito resultante de honorarios | ‘Advocaticios sucumbenciais e da circunstancia de terem sido constituldos em momentos distintos, \ configura-se verdadeira incongruéncia a submissa0 do principal aos efeitos da recuperacdo judicial! = condenagao ao pagamento de verba trabaihista - ea exclusao da verba honoraria. .3- alam de ambos ostentarem natureza alimentar. & possivel afirmar, em virlude do principio dat \ausalidade, que os honordrios advocaticios esto intrinsecamente ligados & demanda que thes deu ongem, afigurando-se, portanto, como inaceitavel situagao de desigualdade a integracao do. Gredito trabalhista ao plano de recuperacao judicial @ a ndo sujeigao dos honorarios advocaticios gos efeitos da recuperacdo judicial, visto que empresta ao patiuno da causa garantia maior do que a conferida ao trabalhador/reclamante. 14. A exclusao dos créditos constituidos apés 0 pedido de recuperagao judicial tem @ finalidade de| | proporcionar o regular funcionamento da empresa, assegurando a0 devedor 0 acesso a contratos eeoeerciais, bancarios, trabalhisias ‘e outros tantos relacionados com a alividade fim do lempreendimento, com o objetivo de viabilizar a reabilitagao da empresa. Nesse contesto, a loneueao do plano de racuperag&o judicial de honordrios advocaticios ligados @ demanda ovacionada com 0 crédito trabalhista constituldo em momento anterior a0 pedide de recuperagéo, diga-se, crédito previsivel, nao atende ao principio da preservagdo da empresa, pois.: |finalisticamente, nao contribui para o soerguimento do negdcio 5 Recurso especial provido A LUZ DOS PRINCIPIOS DA IGUALDADE E DA PRESERVAGAO DA! Gabarito 2: A decisao do magistrado esta correta. O ceme da questao reside na definigfo do momento de conslituigao do crédito, a fim de que se identifique a partir de quando ele pode ser considerado “existente" nos termos do art. 49 da Lei n° 11.101105. No caso em tela, anteriormente ao transito em julgado da decisdo que fixou honorarios advocaticios na Justiga do Trabalho, HEMMER tinha apenas uma expectativa de crédito, que somente entao passou a existir. Assim, a mera preexisténcia dos fatos que ensejaram a decisaio que fixou os honorarios advocaticios (acasiao em que o crédito € constituido) ao deferimento do processamento da Recuperacao Judicial da CONSTRUTAL ENGENHARIA S.A nao ¢ capaz de tornar tal crédito concursal. Neste sentido: INFORMATIVO N° 510. Periodo: 18 de dezembro de 2012. Terceira Turma * O crédito trabalhista sé estara sujelto novacao imposta pelo plano de recuperagao judicial quando jé estiver consolidado ao tempo da propositura do pedido de recuperagao. Conforme art. 59 da Lein. 11.101/2005, 0 plano de recuperago judicial implica novagao dos créditos anteriores ao pedido. De acordo com o art. 6°, § 1°, da referida le, esto excluidas da vis atractiva do julzo falimentar e do efeito suspensivo dos pedidos de faléncia e recuperagao as agdes nas quais se demandem quantias iliquidas (no consolidadas). O § 2° desse mesmo artigo acrescenta que as agdes de natureza trabalhista serdo processadas perante ajustiga especializada alé a apuragdo do respectvo crédito, que sera inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentenca. Dessa forma, na sistematica introduzida pela Lei de Faléncias, se ao tempo do pedido de recuperagto o valor ainda estiver sendo apurado em agao trabalhista, esta seguiré o seu curso narmal e o valor que neta se apurar sera incluido nominalmente no quadro-geral de credores, nao havendo novagao, LAT, Rel. Min. Sidnei Beneti,julgado em 27/11/2012. DIREITO EMPRESARIAL. RECUPERAGAO JUDICIAL. CREDITO CONSTITUIDO POR SENTENCA CONDENATORIA APOS 0 DEFE RIMENTO DO PLANO. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 59 DA LEI 11.101/2005. 1. O crédito exequendo foi constituido por sentenga condenatoria proferida apos o deferimento do processo de recuperacdo judicial . 2. Inexisténcia do crédilo a parlir do evento danoso, pois reconhecido em momento posterior ao plano de recuperagdo judicial. 3. Inocorrente a novago, no sendo aplicvel, in casu, a previsdo contida no artigo 59 da Lei 11.101/2005. 4. Desprovimento do recurso. (TURJ, Agravo de Instrumento n° 0043727- 58.2020 .8.19.0000, Des. Rel. Adolpho Andrade Mello, 3 Camara Civel, . em 24.11.2010) cconsumidor. repetigao de indébito. assinatura de revistas renovada automaticamente, sem a autorizacao do autor. cobranca de valores superiores aos contralados. direito a restituigd0 do montante indevidamente pago. competéncia do juizado especial civel, ainda que a ré esteja em recuperagao judicial. 1. O Juizado Especial Civel apresenta competéncia para o conhecimento da Causa, pois, na forma do disposto no ar. 6°, § 1°, da Lei 11.101/2008, prossegue no juizo no qual se esliver processando a ago que demandar quantialiquida. Além disso, segundo o disposto no art, 49, da mesma Lei, submetem-se a recuperacdo judicial os créditos “existentes" na data do pedido e no os que dependem de apuragdo em processo de conhecimento, no havendo assim Como sequer cogitar de extingdo do processo por incompeténcia do JEC. 2. Inexistindo prova de ue 0 autor tenha solicitado a renovagao do contrato de assinalura das revistas, tampouco que o valor contratado a titulo de mensalidade tenha sido aquele cobrado pela ré, o que a esta incumbia provar (art. 6°, Vill, do CODECON e 333, II, do CPC), faz jus, 0 consumidor, a devolugao do montante indevidamente pago. Sentenga confirmada por seus proprios fundamentos. Recurso improvido. (TJRS, Recurso Inominado n° 71002761609, Des. Rel. Ricardo Torres Hermann, 18 Turma Recursal Civel, jem 28.10.2010) + AYOUB, Luiz Roberto e CAVALLI, Cassio, A Construgao Jurisprudencial da Recuperacdo Judicial de Empresas, 2." edicao, Forense, Rio de Janeiro, 2016, p. 37/38. TJMG, Agravo de Instrumento n.° 1.0647.09.097460-9/001, Des. Rel. Alberto Henrique, 13.2 Camara Civel, j. em 11.11.2010 TSP, Agravo de Instrumento n.° 994.09.300763-0, Des. Rel. Gilberto de Souza Moreira, 7° Camara de Direito Privado, j. em 24.04.2010, ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO; DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu‘ Periodo: 2017.1 ATENGAO: A cépia impressa a partir da intranet é copia nao controlada. cP Discplina Tema | Questo OC]! Dr eerettucionay [2 2-H CO) 03- Penal Prova Caderno CO] 0 fat eater CO Sminstatio 1 98- Tbutrio | m fr Or Precesso cy BE EOr*sS C09 Previdenciro 05 Reguar CSB coarse To Tkate Repratiae ™ [Vi _D 13-Consumidor_() 14-Ambiental_ [)_15- Eleitoral Descrigéo do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Habilitagdo e oposigao dos credores. Prazo. Melos de recuperacdo. Procedimento da recuperagdo judicial. Apresentagao do plano de recuperagéo. Credores trabalhistas. Restrig6es. Prazo para apresentagao. Inobservancia. Publicagao ge edital meet? Descrigéo do Caso Concreto La ATER Om Fee habilitagao de créditof "proveniente da dondenagao da recuperanda no paggmento de honorarios ‘advocaticios na reclamatéria trabalhista r.0065000-43.2008.5.04.0029, que tramitou na 29" Vara do Trabalho de Porto Alegre, movida,por Paulo Roberto Mendes Schone, éfd@ o requerente atuou como procurador da parte reclamante". &, segundo argumentou "por se tratar de crédito de carater| alimentar (saldrio), conforme dispée o art. 24 da Lei 8.906/94", pugnou pela sua classificagdo como privilegiado, em cotejo com os demais créditos habilitados, O pedido de recuperagao judicial teve 0 seu processamento deferido €69 20/5/2008, enquanto que 0 transito em julgado da deciséo que fixou os 6nus sucumbenciais ocorreu 40s)15/4/2009. A recuperanda consentiu com o pedido de habilitacao, desde que a atualizagao do crédito se desse até a data do pedido de recuperagao judicial. © Juizo da 3" Vara Empresarial denegou a pretensdo de HEMMER, sob o fundamento de que 0 crédito trabalhista do requerente ficou constituide em momento posterior ao pedido de recuperagao judicial. Correta a decisao do magistrado? Ofa) aluno(a) deverd responder objetivamente ao que foi perguntado ou ao comando da questéo. E indispensdvel a fundamentacdo juridica e, quando necesséio, os fundamentos legais. A simples mengo ou transcrig&o de artigo, sem a sua analise @ contextualizagdo com 0 enunciado nao pontua. A resposta deve observar a limite de 15 (quinze) linhas. Resposta do Caso Concreto i incorreta a decisdo do magistrado. sso porque, em jase Nao se constituir como crédi Zastente, a verba honoraria _sucumbencial_se_refere_a débitos contraldos_pela_sociedade empresaria antes da sua condicao de fragilidade, constituindo crédito previsivel, devendo, portanto. ‘se submeter 4 recuperacdo judicial, na forma do art. 49 da Lei 11.101/05. No bojo da recuperagao judicial ae INSTRUTAL ENGENHARIA S.A, se requereu a ‘No caso dos autos, 0 fato dos créditos em debate terem sido constituidos em momentos distintos, na tira a relacao de dependéncia, uma vez que as verbas de sucumbéncia somente exist ‘em fazdo da procedéncia da demanda trabalhista. Sob esse _viés, ndo se_afiaura_plausivel_a excluséo da verba honoraria do regime concursal e a submissao do crédito trabalhista a reaime menos benéfico, visto que tais verbas tém a mesma natureza alimentar. RECURSO ESPECIAL N° 1.443.750 - RS (2014/0063498-5) RELATOR : MINISTRO MARCO AURELIO BELLIZZE Descricgéo do Tema EMENTA: RECURSO ESPECIAL, PEDIDO DE HABILITACAO DE CREDITO. HONORARIOS. JADVOCATICIOS SUCUMBENCIAIS CONSTITUIDOS APOS O PEDIDO DE RECUPERACAO JUDICIAL, SUJEIGAO A RECUPERACAO JUDICIAL. INTERPRETACAO DO ART. 49, CAPUT , DA LEI N® 11.101/2005 A LUZ DOS PRINCIPIOS DA IGUALDADE E DA PRESERVAGAO DA EMPRESA. 1. Cinge-se a controvérsia a definir se o crédito oriundo de honorarios advocaticios sucumbenciais constituido apés 0 pedido de recuperacao judicial se sujeita ou nao ao plano de recuperacéo judicial e a seus efeitos, 4 luz do disposto no art. 49, caput, da Lei n° 11.101/2005. No caso dos autos, 0 crédito em questo decorre dos honorarios advocaticios sucumbenciais reconhecidos na sentenga prolatada em reclamagao trabalhista em favor do advogado do ex-empregado reclamante. 2. Apesar da inegavel autonomia entre o crédito trabalhista e 0 crédito resultante de honorarios ‘advocaticios sucumbenciais e da circunstancia de terem sido constituidos em momentos distintos, configura-se verdadeira incongruéncia a submissao do principal aos efeitos da recuperagao judicial - condenagao ao pagamento de verba trabalhista - e a exclusao da verba honoraria. 3, Além de ambos ostentarem natureza alimentar, é possivel afirmar, em virtude do principio da causalidade, que os honorarios advocaticios esto intrinsecamente ligados 4 demanda que Ihes deu origem, afigurando-se, portanto, como inaceitavel situagdo de desigualdade a integragdo do crédito trabalhista ao plano de recuperacao judicial e a nao sujeigao dos honorarios advocaticios a08 efeitos da recuperago judicial, visto que empresta ao patrono da causa garantia maior do que a conferida ao trabalhadorireclamante. 4. A exclusao dos créditos constituidos apés 0 pedido de recuperagdo judicial tem a finalidade de proporcionar o regular funcionamento da empresa, assegurando ao devedor 0 acesso a contratos comerciais, bancérios, trabalhistas e outros tantos relacionados com a atividade fim do empreendimento, com 0 objetivo de viabilizar a reabilitagao da empresa. Nesse contesto, a excluséo do plano de recuperagao judicial de honorérios advocaticios ligados a demanda relacionada com o crédito trabalhista constituido em momento anterior a0 pedido de recuperacao, diga-se, crédito previsivel, ndo atende ao principio da preservaco da empresa, pois, finalisticamente, no contribui para o soerguimento do negécio. 5, Recurso especial provido Observacées Etapas Data Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 02/02/2017 | @) Aprovagdo do Prot.) gog2/201% |KO Resp. Caso concreto para prova regular CPVI-B ineuseo re Se oeoareore | CA) Revisto de Portugues | 06/02/2019 | han CPVI.04.06.05.66.21 Reviséo DIACD eloai1 | amy ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 01 35 Omuno ELABORAGAO DE CASO CONCRETO Elaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: 2017.1 ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet é copia nao controlada. oP Disciplina Toma | _ Questio O} | Fee uciona’ 2 02-Cwl 0) 03-Penal Prova Cademo o4- 05- O] pee esaran 7 Reiministatio 2 08 Tributtro, 07-Processo (4 OB- Processo Oo} w OSa O Pena C1 09- Previdencidrto 03 Of w 10-Crianca e 11- Tecnica de ee Gel CO] v Pl adoescente "l sentenga 1 Gesponsaiidede BEL WD 13-Consumidor_ 0) 14-Ambiental__[]_15-Eleitoral Descrigéo do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Efeitos da recuperacao em relagao aos credores. Créditos sujeitos recuperagdo judicial. Créditos excluidos dos efeitos da recuperagao. Efeitos da recuperagdo em telag&o aos contratos do devedor. ObrigagSes contraidas durante a recuperagao. Efeitos. Descrigéo do Caso Concreto No bojo da recuperagao judicial de BOX DISTRIBUIGAO DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA., 0 Juizo da 4* Vara Empresarial deferiu, liminarmente, 0 pedido efetuado pelas recuperanda, para, em Telago a0 BANCO MATIL S.A., determinar a liberagao das garantias denominadas “travas bancérias" e, portanto dos saldos e valores creditados em conta vinculada a Cédula de Crédito Bancério n. 10153765, existente na data do pedido de recuperacao judicial e apés 0 deferimento de ‘seu processamento, bem como para que a instituico bancdria se abstenha de reter tais valores, disponibilizando-os para livre movimenta¢ao. Em contrariedade srdecaun BANCO MATIL S.A. interpés agravo de instrumento, 0 qual foi provido pelo Tribunal dé Justica, reconhecendo que os créditos garantidos por cesséo fiducidria pertencentes ao banco agravante ndo se sujeitam aos efeitos da recuperacao judicial, sendo o registro prescindivel para validade dos instrumentos. Nas raz6es do recurso especial, BOX DISTRIBUIGAO DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA. - EM RECUPERAGAO JUDICIAL sustenta, em suma, que, a partir da entrada em vigor da Lei n. 10,931/2004, deve-se conferir tratamento distinto e individualizado entre as espécies de negécio fiduciério, de um lado, a alienagdo fiducidria de coisa mével ou imovel, em que se atribui ao credor a posse direta e indireta do bem objeto de propriedade fiduciaria, e, de outro, caso dos autos, a cessio fiduciaria de direitos sobre coisas méveis ou titulos de crédito, em que se atribui ao credor a posse direta e indireta apenas do titulo representativo do direito ou do crédito. ‘Afirma, por fim, que, se somente com o registro do contrato de cessdo fiduciaria se constitui a propriedade fiduciaria do credor em relacdo aos titulos, aqueles contratos que ainda no estavam registrados no Registro de Titulos e Documentos quando do deferimento do processamento da recuperagao judicial no serviram para transformar aqueles credores em proprietarios fiduciérios dos titulos objeto das cessées. E prossegueyf: "nao tendo aqueles credores assumido a posigao de proprietarios fiducidrios dos direitos de crédifo da devedora quando iniciada a recuperacao judicial —| porque 0s contratos de cessdo ainda néo tinham sido registrados -, os seus créditos perante a Tecuperanda nao foram atingidos pela exceco prevista no art. 49, § 3°, da Lei de Recuperagao de Empresa, devendo submeter-se aos efeitos da recuperagao judici Diante do caso concreto, indaga-se: 0 contrato de cessa9 fiduclarja de crédito existente na data do pedido de recuperacdo judicial, mas ainda nao registrad. jeit§/ recuperagao? O(a) aluno(a) devera responder objetivamente ao que foi perguritado ou a0 comando da questéo. E indispensavel a fundamentagdo juridica e, quando necessario, os fundamentos legais. A simples meno ou transcrigo de artigo, sem a sua andlise e contextualizagéo com 0 enunciado ndo hy | Descrigdo do Tema pontua. A resposta deve observar 0 limite de 15 (quinze) linhas. Resposta do Caso Concreto No, A exigéncia de registro, para efelto de constituicio da propriedade fiduciaria, néo se faz sente no tratamento leaal ofertado pela Lei n. 4.728/95, em seu art. 66-B (introduzido pela Lei n, 10,931/2004) & cesso fiducidria de direitos sobre coisas maveis, bem como de titulos de crédito ibens incorpéreos e fungiveis, por exceléncia), tampouco com ela se coaduna, ‘A constituicso da propriedade fiduciaria, oriunda de cess4o fiducidria_de direitos sobre coisas méveis e de titulos de crédito, d4-se a partir da propria contratacai desde entao, lenamente valid: tes. A consecucéo do reaistro do contrato, no t a garantia ali inserta, afiqura-se relevante, quando muito, para produzir efeitos em relacao a terceiros, dando-Ihes a correlata publicidade. RECURSO ESPECIAL N° 1.559.457 - MT (2015/0136561-0) RELATOR : MINISTRO MARCO AURELIO BELLIZZE EMENTA: RECURSO ESPECIAL. RECUPERAGAO JUDICIAL. CESSAO FIDUCIARIA SOBRE DIREITOS SOBRE COISA MOVEL E SOBRE TITULOS DE CREDITO. CREDOR TITULAR DE POSIGAO DE PROPRIETARIO FIDUCIARIO SOBRE DIREITOS CREDITICIOS. NAO SUJEIGAO AOS EFEITOS DA RECUPERACAO JUDICIAL, NOS TERMOS DO § 3° DO ART. 49 DA LEI N. 11.101/2005. MATERIA PACIFICA NO AMBITO DAS TURMAS DE DIREITO PRIVADO DO STJ. PRETENSAO DE SUBMETER AOS EFEITOS DA RECUPERAGAO JUDICIAL, COMO CREDITO QUIROGRAFARIO, OS CONTRATOS DE CESSAO FIDUCIARIA QUE, A EPOCA DO PEDIDO DE RECUPERACAO JUDICIAL, NAO SE ENCONTRAVAM REGISTRADOS NO CARTORIO DE TITULOS E DOCUMENTOS DO DOMICILIO DO DEVEDOR, COM ESTEIO NO § 1° DO ART. 1.361-A DO CODIGO CIVIL. INSUBSISTENCIA. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 41. Encontra-se sedimentada no ambito das Turmas que compéem a Segunda Seco do Superior Tribunal de Justiga a compreensdo de que a alienagéo fiducidria de coisa fungivel e a cessao fiduciaria de direitos sobre coisas méveis, bem como de titulos de créditos (caso dos autos), justamente por possuirem a natureza juridica de propriedade fiduciaria, ndo se sujeitam aos efeitos| da recuperagao judicial, nos termos do § 3° do art. 49 da Lei n. 11.101/2008. 2. O Cédigo Civil, nos arts. 1.361 a 1.368-A, limitou-se a disciplinar a propriedade fiduciaria sobre bens méveis infungiveis. Em relagao as demais espécies de bem, a propriedade fiduciaria sobre eles constituida € disciplinada, cada qual, por lei especial propria para tal propésito. Essa circunscrigéo normativa, ressalta-se, restou devidamente explicitada pelo proprio Cédigo Civil, em seu art. 1.368-A (introduzido pela Lei n. 10.931/2004), ao dispor textualmente que "as demais espécies de propriedade fiduciaria ou de titularidade fiducidria submetem-se a disciplina especifica das respectivas leis especiais, somente se aplicando as disposigées desse Cédigo naquilo que nao for incompativel com a legistagao especial". 2.1 Vé-se, portanto, que a incidéncia subsididria da lei adjetiva civil, em relagdo a propriedadeftitularidade fiductaria sobre bens que nao sejam méveis infugiveis, regulada por leis especiais, 6 excepcional, somente se afigurando possivel no caso em que 0 regramento especifico apresentar lacunas e a solugo ofertada pela “lei geral’ ndo se contrapuser as especificidades do instituto por aquela regulada. 3. A exigéncia de registro, para efeito de constituig&o da propriedade fiducidria, nao se faz presente no tratamento legal ofertado pela Lei n. 4.728/95, em seu art. 66-B (introduzido pela Lei n. 10.931/2004) 4 cessdo fiducidria de direitos sobre coisas méveis, bem como de titulos de crédito (bens incorpéreos e fungiveis, por exceléncia), tampouco com ela se coaduna 3.1. A constituigo da propriedade fiducidria, oriunda de cessao fiduciaria de direitos sobre coisas méveis e de titulos de crédito, da-se a partir da propria contratagao, afigurando-se, desde entao, plenamente valida e eficaz entre as partes. A consecugao do registro do contrato, no tocante & garantia ali inserta, afigura-se relevante, quando muito, para produzir efeitos em relagao a terceiros, dando-thes a correlata publicidade. 3.2 Efetivamente, todos os direitos e prerrogativas conferidas ao credor fiducidrio, decorrentes da’ cesséo fiduciaria, devidamente explicitados na lei (tais como, 0 direito de posse do titulo, que pode ser conservado e recuperado ‘inclusive contra o proprio cedente’; 0 direito de receber diretamente dos devedores os créditos cedidos fiduciariamente’, a outorga do uso de todas as agées e| instrumentos, judiciais e extrajudiciais, para receber_os créditos cedidos, entre outros) s40/ 2 , Descrigéo do Tema ‘exercitavels Imediatamente & contratagao da garantia, independente de seu registro. 3.3 Por consectério, absolutamente descabido reputar constituida a obrigagao principal (muituo bancério, representado pela Cédula de Crédito Bancério emitida em favor da instituicao financeira) e, ao mesmo tempo, considerar pendente de formalizacéo a indissociavel garantia aquela, condicionando a existéncia desta ultima ao posterior registro. 3.4 Nao 6 demasiado ressaltar, aliés, que a funcao publicista é expressamente mencionada pela Lei n. 10.931/2004, em seu art. 42, ao dispor sobre cédula de crédito bancério, em expressa referéncia & constitui¢ao da garantia, seja ela fidejusséria, seja ela real, como no caso dos autos. O referido dispositivo legal preceitua que essa garantia, "para valer contra terceiros", ou seja, para ser oponivel contra terceiros, deve ser registrada. De se notar que o credor titular da posigao de proprietario fiducidrio sobre direitos crediticios (excluido dos efeitos da recuperagao judicial, segundo 0 § 3° do art. 49 da Lei n, 11,101/2008) ndo opée essa garantia real aos credores da recuperanda, mas sim aos devedores da recuperanda, o que robustece a compreensdo de que a) garantia sob comento nao diz respeito @ recuperagao judicial. Assentado que est que 0 direito ‘erediticio sobre o qual recai a propriedade fiduciéria é de titularidade (resolivel) do banco fiduciario, este bem, a partir da cessdo, n&o compée o patriménio da devedora fiduciante — a recuperanda, sendo, pois, inacessivel aos seus demais credores e, por conseguinte, sem qualquer repercussao na esfera juridica destes. Nao se antevé, por conseguinte, qualquer frustragdo dos demais credores da recuperanda que, sobre o bem dado em garantia (fora dos efeitos da recuperago judicial), no guardam legitima expectativa. 4, Mesmo sob 0 enfoque sustentado pelas recorrentes, ad argumentandum, caso se pudesse ‘entender que a constituigao da cessdo fiduciaria de direitos crediticios tenha ocorrido apenas com 0 registro e, portanto, apos 0 pedido recuperacional, o respectivo crédito, também desse modo, afastar-se-ia da hipétese de incidéncia prevista no caput do art. 49 da Lei n. 11.101/2005, in verbis: Esto sujeitos 4 recuperagdo judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que no vencidos". 5, Recurso improvido. Observagoes Etapas Data | Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 02/02/2017 | if) ‘Aprovagao do PFOf.| o192/2016 YL Resp. Caso concreto para prova regular CPVI-B lnousse no SIN osezra01e | 8 Revisdo de Portugués | 06/02/2016 CPVI.04.06.03.C6.21 Revis8o DIACD gout ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor _ | _Rubrica do Prof. Resp. 02 35 OnLWD JESTOES OBJETIVAS PROVA REGULAR CPVI-B 3) Acerca da recuperagdo extrajudicial prevista na Lei 11.101/2005, analise as assertivas e assinale a op¢do correta: a) Nao podem requerer a recuperago extrajudicial os titulares de créditos de natureza tributéria, os derivados de legislacdo do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho, assim como 0 credor titular da posigéo de proprietario fiduciario de bens méveis ou iméveis, de arrendador mercantil, de proprietario ou promitente vendedor de imével cujos contratos contenham cldusula de irrevogabilidade ou iretratabilidade ou de proprietario em contrato de venda com reserva de dominio e por fim os credores cujo crédito decorra de contrato de cambio para exportagao. b)O plano de recuperagao extrajudicial pode prever 0 pagamento antecipado dos créditos trabalhistas vencidos nos trés meses anteriores ao pedido. ©)0 pedido de homologago do plano de recuperago extrajudicial suspende por 180 dias 0s direitos, ages ou execugées existentes em face do devedor. d) Apés a distribuigéo do pedido de homologagdo do plano de recuperagao extrajudicial, os credores poderao desistir da adesdo, desde que contem com a anuéncia de % dos demais signatarios. e) O devedor pode requerer a homologacdo de piano de recuperagao extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que Tepresentem mais de 1/6 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. Gabiaite Ae ate 161, S1% Lek #107708, Incorretas: b-art. 161, §2°, Lei 11.101/05 Cart. 161, §4°, Lei 11.101/06. D-art. 161,§5°, Lei 11.101/05. E-art. 163, Lei 11.101/06. 4) A sociedade empresaria “PESCADO PURO LTDA” formulou pedido de recuperagdo judicial, apresentando plano que previa o pagamento de todas as suas dividas em 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a primeira no dia da concessio da recuperagio e as demais no mesmo dia dos meses subsequentes. Regularmente aprovado o plano pela assembleia-geral de credores, a recuperagdo foi concedida pelo juiz. Porém, depois de pontualmente adimplidas as trinta primeiras parcelas, a devedora no conseguiu honrar com as demais, por dificuldades de fluxo de caixa. Nesse caso, de acordo com o que prevé a Lei 11.101/05, o descumprimento das obrigagdes assumidas no plano a) no autoriza a convolagdo da recuperagao judicial em faléncia, mas pode justificar novo pedido de faléncia. ') autoriza a convolagdo da recuperacdo judicial em faléncia, que pode ser decretada de oficio. ©) autoriza a convolagdo da recuperacao judicial em faléncia, desde que requerida por qualquer credor. ¢) autoriza a convolago da recuperagao judicial em faléncia, desde que requerida pelo administrador judicial e) ndo autoriza a convolago da recuperagao judicial em faléncia, mas apenas a a¢40 de cobranga individual pelos credores. (questéo aplicada na prova da magistratura do TJSC — ano 2018). A resposta é resultado da combinacao dos arts. 62, 73, § . © 94, I, "g". Art, 61. Proferida a decisdo prevista no art. 58 desta Lei, o devedor permanecerd em recuperagéo judicial até que se cumpram todas as obrigagdes previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessao da recuperacdo judicial § 10 Durante 0 periodo estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de qualquer obrigagao prevista no plano acarretaré a convolagao da recuperagdo em faléncia, nos termos do art. 73 desta Lei. § 20 Decretada a faléncia, os credores terdo reconstituidos seus direitos e garantias nas condigées originalmente contratadas, deduzidos os valores eventualmente pagos € ressalvados os atos validamente praticados no Ambito da recuperacao judicial Art. 62. Apés 0 periodo previsto no art. 61 desta Lei, no caso de descumprimento de qualquer obrigagao prevista no plano de recuperagao judicial, qualquer credor podera requerer a execugo especifica ou a faléncia com base no art. 94 desta Lei At. 73. O juiz decretara a faléncia durante 0 processo de recupera¢do judicial: | - por deliberagao da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei; Il pela no apresentago, pelo devedor, do plano de recuperacao no prazo do art. 53 desta Lei; Ill - quando houver sido rejeitado o plano de recuperagao, nos termos do § 4o do art. 56 desta Lei; IV — por descumprimento de qualquer obrigagao assumida no plano de recuperagao, na forma do § 10 do art. 61 desta Lei. Pardgrafo tinico. O disposto neste artigo nao impede a decretagao da faléncia por inadimplemento de obrigagéo nao sujeita a recuperagdo judicial, nos termos dos incisos | ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por pratica de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei. ‘Art. 94. Sera decretada a faléncia do devedor que: Ml = pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperacao judicial: ) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigagéo assumida no plano de recuperacao judicial. 5) Acerca da recuperagao judicial e da recuperagao extrajudicial previstas na nova lei de Faléncias, analise as assertivas e assinale a op¢ao correta: | — Ambos os procedimentos exigem que 0 devedor apresente plano de recuperagao, 0 qual somente vinculara os envolvidos se devidamente aprovado em assembleia geral de credores. iI = Os membros do Comité de Credores nao ter&o sua remuneracao custeada pelo devedor em recuperagao Ill - Ambos os procedimentos envolvem a negociagao de todos os créditos oponiveis ao devedor, sendo a recuperacdo extrajudicial reservada apenas as microempresas € empresas de pequeno porte. IV — Nao pode ser incluido no plano de recuperagao extrajudicial o crédito trabalhista. V = Diferentemente do previsto para a recuperacéo extrajudicial, o pedido de recuperago judicial poderd acarretar a suspenséo de agbes @ execugées contra o devedor antes que o plano de recuperagdo do empresario seja apresentado aos credores. a) Apenas as assertivas |, Ile Ill so verdadeiras. b) Apenas as assertivas |, Ile IV s&o verdadeiras. ) Apenas as assertivas Il, Ill e IV so verdadeiras. 4d) Apenas as alternativas ll, Ill e V sao verdadeiras. ) Apenas as assertivas Il, IV e V sao verdadeiras. \correta, conforme artigos 162 € 163 da Lei 11.101/05. 2 Il- correta, conforme art. 29 da Lei 11.101/05. Ill -incorreta, conforme arts. 48 e 161 da Lei 11.101/05. IV ~ correta, na forma do art. 161, §1° da Lei 11.101/05. V = correta, na forma do art. 161, §4° da Lei 11.101/05. 6) Acerca do Comité de Credores constituido em processo de recuperacao judicial, regulado pela Lei no 11.101 (Lei de Recuperacao de Empresas e Faléncia), de 9 de fevereiro de 2005, pode-se afirmar que a) Caso no seja possivel a obten¢do da maioria em suas deliberagdes, 0 impasse deverd ser resolvido pelo Juiz. b) Nao havendo Comité de Credores, cabe apenas ao administrador judicial exercer as atribuigdes daquele érgdo. ¢) As despesas realizadas pelo Comité de credores para a realizagao de atos previstos na Lei 11.104/05, se devidamente comprovadas e autorizadas pelo Juiz, serao ressarcidas pelo devedor, atendendo-se as disponibilidades de caixa ¢) E impedido de integrar 0 Comité quem tiver relagao de parentesco ou afinidade até © 2° grau com 0 devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente. e) O Comité de Credores sera constituido por deliberagao de qualquer das classes de credores na assembleia-geral e sera composto por 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes; 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes; 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografarios @ com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes e 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. Gabaritole A= incorreta — art. 27, §2°, Lei 11.101/05. B - incorreta — art. 28, Lei 11.101/05. C =incorreta — art. 29, Lei 11.101/05. D —incorreta — art. 30,§1°, Lei 11.101/05. E -Correta — art. 26, Lei 11.101/05. on oo! ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVIB 12016 PROVA: 04/04/2016 4® QUESTA : (Valor - 3,5 pontos) |_DIMITRI ALVAREZ e LAERTE ALVAREZ ajuizaram, em face de INDIGO INDUSTRIA E COMERCIO DE OLEOS BIODIESEL LTDA. - em recuperagao judicial -, pedido de cumprimento de sentenga referente a crédito de honordrios de sucumbéncia, no valor histérico de R$ 100,000,00 (cem mil reais), sendo tal crédito constituldo apés o pedido de recuperagao judicial. ‘A executada impugnou o pedido de cumprimento de sentenga, em resumo, aduzindo que 0 crédito deveria ser habilitado no Julzo da recuperacao judicial (1 Vara de Faléncias e Recuperagées Judiciais de Campo Pequeno). Sustentou ainda que, pelo fato de a sociedade ‘empresaria em recuperacao nao poder realizar pagamentos sem previsdo no plano, também nao haveria a incidéncia da multa de 10% prevista no art. 475-J do CPC. Na qualidade de Juiz da causa, componha a lide, abordando as particularidades do caso. Responda em até 16 linhas. 2* QUESTAO: (Valor - 3,5 pontas) MXL Comercial Ltda., cessionaria do uso da marca TELECFREE, teve seus bens e 0s de seus sécios bloqueados por deciséo judicial, em 03/09/2013. Em virtude dessa decisdo, a referida sociedade passou a enfrentar dificuldades financeira, ingressando com pedido de recuperaco judicial em 19/11/2013, 0 qual foi indeferido pelo Juizo da 1* Vara Empresarial da Comarca de Coqueirinho, sob os seguintes argumentos: i) a sociedade empreséria foi constitulda como sociedade limitada, cujo objeto social era a atuagao no ramo de comércio varejista de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, e seu contrato social foi fegistrado na Junta Comercial em 01/02/2010; ii) em 01.03.2012, a sociedade requerente firmou contrato de cessdo de uso de marca com TELECFREE L.L.C, pessoa juridica estabelecida sob as leis dos Estado Unidos da América, cujo objeto era a prestacdo de servigos de divulgagdo da contratada e a cessao do uso da marca pelo prazo de 05 anos; ii) que a partir da Assembleia Geral de transformacao, realizada em 03/07/2013, a requerente adotou a forma de Sociedade Anénima, passando a se denominar MXL COMERCIAL S.A. a ter os seguintes objetos sociais: a atuacao no ambito de portals, provedores de internet no de processamento de dados, compra e venda de bens moveis e representagao comercial; iv) que 0 pedido de recuperacdo judicial se fundamenta no exercicio dessa segunda atividade, que teve inicio em 03/07/2013, tendo menos de 02 anos de exercicio regular da atividade empresarial. Correta a decisao judicial? Responda a questao, de forma fundamentada, em até 15 linhas. ATENGAO: Responda uma tinica questao em cada folha. - EMERJ- . ELABORAGAO DE CASO CONCRETO 3 U0: DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: L 2016.1 ATENGAO: A copia impressa a parlir da intranet @ copia no controlada. cP Disciplina Tema Questio | Ot OF}! DB Consttuciona ©) 02-civd —C) 03- Penal Prova Caderno os os— OD} Benpresaiat O Adinisratvo C1 96 Tribus | CO] im Par Proceso [OB Frocesso C09 Previdencivio a ow te Regular 10-Crangae -, 11- Técnica de Fol v Paccescene sentence 1 Respensabitdede BIW 19-consumidor C1 14-Ambiontal O) 15-Eletorl Descrigdo do Tema oO RECUPERAGAO JUDICIAL. Conceito, Objeto. Finalidades. Natureza juridica. Fundamentos do| » institute. Nogdes gerais. Principios. Sujeitos ativos: legitimacao ordinaria e especial. Sujeitos }- passivos. Descrigéo do Caso Concreto MXL Comercial Lida. bessionaria do uso da marca TELECFREE teve seus bens ade seus sécios bloqueados por delisap judicial em 03/09/2013. Em virtudé dessa deciséo{passou a enfrentar dificuldades financeirg, ingressafdo com pedido de recuperagao judicial em 19/11/2013, 0 qual foi indeferido pelo Juizo“da G1* Vara Empresarial da Comarca de Coqueirinho, sob@® os seguintes argumentos: i) a sociedade empresaria foi constituida como sociedade limitada, cujo ‘objeto social era‘@) ramo de comércio varejista de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, cOjo|¢ *~ contrato social foi registrado na Junta Comercial em 01/02/2010; ii) em 01.03.2012/a sociedade requerente firmou contrato de cessdo de uso de marca com TELECFREE L.L.C. pessoa juridica estabelecida sobg as leis dos Estadd Unidos da América, cujo objeto era a prestacdo de servicos| / /. de divulgacao da contratada e a cessao do uso da marca pelo prazo de 05 anos; ii) que a partir da Assembieia Geral de transformagao, realizada em 03/07/2013, a requerente adotou a forma de Sociedade anénima, pasando a se denominar MXL COMERCIAL S.A. e a ter os seguintes objetos scciais: portais, provedores de intemet efpracessamento de dados, compra e venda de bens méveis @ representacdo comercial; iv) que 0 pedido de recuperacao judicial se fundamenta no exercicio dessa segunda atividade, que teve inicio em 03/07/2013, tendo menos de 02 anos de exercicio regular da atividade empresarial, =i Corteta a decisao judicial? Responda a questo, de forma fundamentada, em até 15 linhas. Resposta do Caso Concreto (_aew & RECURSO ESPECIAL N° 1.476.001 - ES (2014/0218146-8) oa Np EMENTA: RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E RECUPERAGAO JUDICIAL. INTELIGENCIA DO ART. 48, CAPUT, DA LEI 11.101/2005. DEVEDOR. EXERCICIO REGULAR DAS ATIVIDADES HA MAIS DE DOIS ANOS. MUDANGA DE RAMO. ILEGITIMIDADE ATIVA. EXTINGAO DO PROCESSO SEM RESOLUGAO DE MERITO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. 0 exercicio regular de atividade empreséria reclama inscricao da pessoa fisica ou juridica no Registro Pablico de Empresas Mercantis (Junta Comercial). Trata-se de critério de ordem formal. 2. Assim, para fins de identificar "o devedor que, no momento do pedido, exerca regularmente suas atividades", a que alude o caput do art. 48 da Lei 11.101/2005, basta a comprovagao da inscri¢ao no Registro de empresas, mediante a apresenta¢ao de certidéo atualizada. 3, Porém, para o processamento da recuperagdo judicial, a Lei, em seu art. 48, no exige somente 2 regularidade no exercicio da atividade, mas também o exercicio por mais de dois anos, devendo- ‘se entender tratar-se da pratica, no lapso temporal, da mesma atividade (ou de correlata) que se pretende recuperar. 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Assinale a alternativa correta. a) © pedido de homologacao do plano de recuperacdo extrajudicial acarreta @ suspensao de direitos, ages ou execugées pelo prazo de 180 dias. ) Apés a distribuiggo do pedido de homologagao do plano de recuperacdo extrajudicial, 0s credores poderao desistir da adesao ao plano, desde que o fagam motivadamente e que tal requerimento seja acolhido pela autoridade judiciaria ‘e) O devedor poderé requerer a homologacao do plano de recuperagao extrajudicial, que obrigara a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. d) O devedor nao poderd requerer a homologagao de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperagao judicial ou se houver obtido recuperagao judicial ou homologagao de outro plano de recuperacao extrajudicial ha menos de § (cinco) anos. e) Os credores terdo prazo de 15 (quinze) dias, contado da publicagao do edital, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito. 6" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Com relagéo ao procedimento de recuperagao judicial, assinale a alternativa incorreta. 2) © plano de recuperaco judicial poderd sofrer alteragdes na assembleia geral, desde que 0 Ministério PUblico acolha tais alteragdes e as mesmas sejam homologadas pelo Juiz. b) Havendo objegdes ao plano de recuperagao judicial, 0 juiz convocaré a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano. ‘o) A recuperacdo judicial somente podera ser concedida com base no cram down se nao implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado. 'd) Se o plano de recuperacao judicial envolver alienagao judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, 0 juiz ordenara a sua realizagao, sendo certo que o objeto da alienagdo estard livre de qualquer 6nus e nao haverd sucesso do arrematante nas cobrigagées do devedor, inclusive as de natureza tributaria. e) Os créditos quirografarios sujeitos @ recuperagao judicial pertencentes a fornecedores de bens ou servigos que continuarem a prové-los normalmente apés o pedido de recuperagao judicial terao privilégio geral de recebimento em caso de decretagao de faiéncia, no’ limite do valor dos bens ou servigos forecidos durante 0 periodo de recuperagao. - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIB 12016 PROVA: 04/04/2016 MATRICULA: 3° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Quanto 20 administrador judicial, assinale a alternativa correta. 2) Nao poderd ser administrador judicial quem, nos iitimos 5 anos, no exercicio do cargo de administrador judicial, tenha sido destituldo, renunciado, substituido, deixado de Prestar contas dentro do prazo legal ou teve a sua prestaco de contas desaprovada ») E impedido de exercer a funcao de administrador judicial quem tiver relagdo de Parentesco ou afinidade, até o quarto grau, com 0 devedor, seus administradores. controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente, ).O Ministerio Publico nao tem legitimidade para requerer a substiuigdo do administrador judicial. <) © administrador judicial, logo que nomeado, sera intimado pessoalmente para que, em até § dias, assine na sede do julzo o termo de compromisso. ©) © administrador judicial poder exigir dos credores, do devedor ou de seus administradores quaisquer informagées e, havendo por parte deste recusa, deverd requerer a0 Juiz suas respectivas intimagées para que comparegam em julzo, a fim de sore interrogados pelo magistrado, em sua presenca. 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre a assembleia geral de credores, assinale a altemativa incorreta a) A assembleia de credores devera ser instalada para deliberar sobre o pedido de Gesistencia do devedor, quando tal requerimento tenha sido formulado apés a decisao que deferir 0 seu processamento. ) As deliberacdes da assemblela geral nao serdo invalidadas em razao da posterior decisdo judicial acerca da existéncia, quantificacdo ou classificagao do credito, ©) A assemblela de credores deve deliberar sobre a escolha do gestor judicial, na hipétese de afastamento do devedor da conducao de seus negécios. ¢) Credores que representem no minimo 05% do valor total dos créditos de uma determinada classe poderao requerer ao juiz a convocagao de assemblela geral. ¢) N&o sera deferido provimento liminar, de carater cautelar ou antecipatorio dos efeitos da tutela, para a suspensdo ou adiamento da assembleia geral de credores, em racao de Pendéncia de discussao acerca da existéncia, da quantificagdo ou da classificagao de créditos. - EMERJ - Descricdo do Tema 5, Recurso especial parcialmente provido. [4, Reconhecda a legitimidade ativa do devedor para 0 pedido de recuperagao judicial, extingue-se © processo sem resolugao de mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC. Observacies Etapas Data__| Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 28/01/2016 Bh ‘Aprovag3o do Prof. a Resp. 02/02/2016 | = ans Caso concreto para prova regular CPVI-B Incluséo no SIEM tsyoazor6| Revisdo de Portugués 18/02/2016 | 21g, (CPVI_04.06.01.00.26 Revisdo DIACD oleae: Ay ‘Se 0 caso concreto for questdo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 02. 35 3 PRO' R CPVI-B QUESTOES OBJETIVAS 3) Quanto ao administrador judicial, assinale a alternativa correta. a) Nao poderé ser administrador judicial quem, nos ultimos 5 anos, no exercicio do cargo de administrador judicial, tenha sido destituido, renunciado, substituido, deixado de prestar contas dentro do prazo legal ou teve a sua prestacao de contas desaprovada. b) E impedido de exercer a funcéo de administrador judicial quem tiver relacdo de parentesco ou afinidade, até o quarto grau, com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente. c) O Ministério Publico nao tem legitimidade para requerer a substituigdo do administrador judicial. d) 0 administrador judicial, logo que nomeado, sera intimado pessoalmente para que, em até 5 dias, assine na sede do juizo o termo de compromisso. e) © administrador judicial poderd exigir dos credores, do devedor ou de seus administradores quaisquer informacées e, havendo por parte deste recusa, devera requerer ao juiz suas respectivas intimacdes para que comparecam em juizo, a fim de serem interrogados pelo magistrado, em sua preseng: Gabarito: art. .22,§2°, Lei 11,101/2005, 4) Sobre a assembleia geral de credores, assinale a alternativa incorreta a) A assembleia de credores deveré ser instalada para deliberar sobre o pedido de desisténcia do devedor, quando tal requerimento tenha sido formulado apés a decisdo que deferir 0 seu processamento. b) As deliberagdes da assembleia geral nao serdo invalidadas em razéo da posterior decisio judicial acerca da existéncia, quantificacdo ou classificacao do crédito. c) A assembleia de credores deve deliberar sobre a escolha do gestor judicial, na hipétese de afastamento do devedor da conducéo de seus negécios, d) Credores que representem no minimo 05% do valor total dos créditos de uma determinada classe poderdo requerer ao juiz a convocagéo de assembleia geral. e) N&o seré deferido provimento liminar, de cardter cautelar ou antecipatério dos efeitos da tutela, para a suspensdo ou adiamento da assemblela geral de credores, em razao de pendéncia de discussdo acerca da existéncia, da quantificagao ou da classificaco de créditos. Gabarito: of art.-36, §2°, Lel 11.101/2005. 5) Assinale a alternativa correta. a) 0 pedido de homologacao do plano de recuperacdo extrajudicial acarreta a suspensao de direitos, acdes ou execucdes pelo prazo de 180 dias. b) Apés a distribuicéo do pedido de homologacao do plano de recuperacao extrajudicial, os credores poderdo desistir da adesdo ao plano, desde que o 1 fagam motivadamente e que tal requerimento seja acolhido pela autoridade judiciaria, <) © devedor poderd requerer a homologacao do plano de recuperagdo extrajudicial, que obrigard a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. d) O devedor no poderd requerer a homologacao de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperacdo judicial ou se houver obtido recuperaco judicial ou homologacéo de outro plano de recuperacdo extrajudicial ha menos de 5 (cinco) anos. e) Os credores teréo prazo de 15 (quinze) dias, contado da publicagéo do edital, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito. Gabarito: Cart. 163, Le! 11.101/2005. 6) Com relagio a0 procedimento de recuperagéo judicial, assinale a alternativa incorreta. a) O plano de recuperagio judicial poder sofrer alteragées na assembleia geral, desde que 0 Ministério Publico acolha tais alteracées e as mesmas sejam homologadas pelo Juiz. b) Havendo objegdes ao plano de recuperagao judicial, o juiz convocaré a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano. c) A recuperaco judicial somente podera ser concedida com base no cram down se nao implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado, d) Se 0 plano de recuperagao judicial envolver alienago judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, 0 juiz ordenaré a sua realizaco, sendo certo que 0 objeto da alienacdo estard livre de qualquer énus e nao haverd sucessao do arrematante nas obrigagées do devedor, inclusive as de natureza tributéria, e) Os créditos quirograférios sujeitos 4 recuperacao judicial pertencentes a fornecedores de bens ou servicos que continuarem a prové-los normalmente apés 0 pedido de recuperacao judicial tero privilégio geral de recebimento em caso de decretagio de faléncia, no limite do valor dos bens ou servicos fornecidos durante o periodo de recuperaco. Gabarito: af CARR ELABORAGAO DE CASO CONCRETO [ 4 UO. DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu | Perlodor 2016.1 | ATENGAO: A cépia impressa a partir da Intranaté copia nic controlada, oT. Disciplina Tema | Questio 01- [O} |! Detnstiucionat © 02-Civl ) oa-Pona Prova Cademno os- 7 | | Beara Soman 0 0- Tiaine 07 Proce: 08- Pr oO} m Dees Penal °C 09- Previdencisio 05 ot a Regular 10-Crangae - 11- Técnica de Ov Pace” Ost 2 Rtn ; ot EIT WD 19-consumidor C1 14-ambients! 19-Eletora) Descrigao do Tema |RECUPERACAO JUDICIAL, Habiltagdo oposigao dos credores. Prazo. Meios de recuperagao. Procedimento da recuperagao judicial. Apresentagao de plano de recuperacao. Credores trabalhistas, Restrigées. Prazo para apresentacdo, Inobservancis, Publicacao de ecital, Descricdo do Caso Concreto DIMITRI ALVAREZ @ LAERTE ALVAREZ ajuizaram em Tae de INDIGO INDUSTRIA E COMERCIO DE OLEOS BIODIESEL LTDA. - em recuperagao judicial -, pedido de cumprimento de sentenca referente @ crédito de honordrios de sucumbéncia, no valor higtoree de R$ 100.000,00 (cem mil reais), sendo tal crédito constituido apés o pedido de Fecuperagao judicial. A executada impugnou 0 pedido de cumprimento de sentenga, em resumo, aduzindo que o crédito Geveria ser habiltado no Juizo da recuperagao judicial (1° Vara de Faléncias e Recuperagées dudiciais de Campo Pequeno). Sustentou ainda que, pelo fato de a sociedade empresgria em] /,; recuperagao no poder realizar pagamentos sem previs de 10% prevista no art. 475-J de CPC. Na qualidade de Juiz da causa, componha a lide, abordando as Particularidades do caso. Responda em até 15 linhas. Resposta do Caso Concreto a RECURSO ESPECIAL N° 1.206.670 - MS (201 10298999-3) jEMENTA: DIREITO EMPRESARIAL. RECUPERACAO JUDICIAL. ADVOCATICIOS POSTERIOR AO PEDIDO. NAO SUJEIGAO AO & 5 8 ¢ z 2 a 3 = 2 2 z gi a 5 5 3 3 a B & 3 5 3 2 3 °. 72 nm z 5 2 # B > judicial estéo excluidos do plano e de seus efeitos (art 49, caput, da Lei n. 11.101/2005). Isso porgue, "se assim ndo fosse, o devedor nao conseguiria mais acesso Nenhum a crédito comercial Gu banca, inviabilizando-se o objetivo da recuperacdo" (COELHO, Fabio Ulhoa. Comentarios 4 lei de faléncias e de recuperagao de empresas. 8. ed. Sa0 Paulo: Saraiva, 2011, p. 191). 2. Nesse diapaséo, devem-se privilegiar os trabalhadores e os investidores que, durante a crise econémico-financeira, assumiram os riscos e proveram a Fecuperanda, viabilizando a continuidade de sua atividade empresarial, sempre tendo em mente que a noticia da crise acarreta " ‘Descrigao do Tema ‘rabaihistas. juizo universal deve exercer 0 controle sobre atos de constriggo ou expropriagdo patrimonial, aquilatando a essencialidade do bem a atividade empresarial. 6. Recurso especial parcialmente provido. ‘Trechos do acérdao: A questo controvertida, de inicio, consiste em defini se ha a suspenséo do feito qual o juizo competente para conhecer de pedido de cumprimento de sentenga reerene © crédito de qaacrarios advocaticios sucumbencials constituide apés 0 pedido de recuperacao judicial err juizo diferente daquele onde esta tramita, {(.) Quanto ao tema, impende anotar, independentemente da natureza do crédito, que a Puebrudéncia se sedimentou no ambito desta Corte de Justia no sentido de que aqueles Com efeito, artigo 49 da Lei n. 11.101/2005 assim dispée: “Ar. 49. Estéo sujeitos a recupera¢ao judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que nao veneidos” Depreende-se do caput do mencionado dispositivo da Lei que estdo sujeitos a recuperacao Judicial e, portanto, aos seus efeitos, todos os créditos existentes alé a data em que protocolizado o Pedido. Nesse diapasdo, o Juizo universal da recuperago é o competente para decidir acerca da forma de pagamento dos débitos da sociedade empresaria, constituldos até aquele momento. Extrai-se, também, do mesmo comando legal que os créditos constituidos apés 0 pedido de recuperagao judicial ficarao excluidos dos seus efeitos. Fabio Ulhoa Coelho, 20 comentar © artigo 49 da Lei de Faléncias, faz as seguintes consideragées acerca da questao: esse credores, por terem contribuido com a tentativa de reerguimento da empresa em crise tera Seus créditos reclassificados para cima, em caso de faléncia (art. 67) Assim, ndo se sujeita aos efeitos da recuperagao judicial (tals como a suspensao da execugao, novagao ou alteragao pelo Plano aprovado em Assembléia, participago em Assembiéia, etc) aquele credor cuja obrigagdo constituiu-se apés 0 dia da distribuigso do pedido de fecuperagao judicial. (COELHO, Fabio Ulhoa. Comentérios a lei de faléncias e de recuperagao de empresas . 8.ed. Sao Paulo: Saraiva, 2011, p. 191) () ____Qprimeiro aspecto a observar é o marco temporal, qual seja, a data do pedido. Os credores | Deserigdo do Tema 7 Posieriores a0 pedido n&o podem ser incluidos no plano de recuperagao, mesmo que este seja elaborado @ apresentado posteriormente. Alids, a lei atribui efeitos diametralmente opostos aos jcredores posteriores, considerando-os inclusive extraconcursais na hipétese de faléncia do devedor, segundo o artigo 67 da nova lei E visivel, neste ponto, o interesse do legislador em estimular os fornecedores, de produtos ou dinheiro, a manter fornecimentos com concessao de crédito ao empresario que postulou sua Tecuperagao, eis que a manutencdo sadia da atividade nao s6 é 0 objetivo da lei, como é primordial Para o mister da recuperacao. Assim sendo, sujeitar os fornecedores posteriores seria um desestimulo a continuidade de parcerias e futuros negécios. (LUCCA, Nilton de; SIMAO FILHO, Adalberto (coordenadores). Comentarios & nova lei de recuperagao de empresas e de faléncias | S40 Paulo: Quartier Latin, 2005, p. 228-229) Frederico Augusto Monte Simionato denomina os credores posteriores de "credores na recuperagao judicial", j4 que “o nascimento das suas obrigagdes e direitos decorre de uma sociedade empresaria que se encontra em processo de reorganizacao judicial, e que, portanto, e para bem do crédito, tem um tratamento juridico distinto dos demais credores anteriores a0 pedido de recuperagéo". (SIMIONATO, Frederico Augusto Monte. Tratado de direito falimentar. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 201). O objetivo do legislador, a meu sentir, ao excluir as obrigagdes constituidas posteriormente a0 pedido de recuperacdo, foi possibilitar ao devedor ter acesso a contratos comerciais, bancarios e trabalhistas, a fim de viabilizar a recuperagao da empresa. No voto condutor des EDc! nos EDel nos EDc! no AgRg no CC 105.345/DF, julgado em 9/11/2011, DJe 25/11/2011, 0 Ministro Raul Araujo fez consideragées pertinentes sobre o tema: “Além disso, 0 artigo 49 da LFR tem como objetivo especificar quais os:créditos, desde que nao Pagos e nao inseridos nas excegdes apontadas pela propria lei (§ 3° do art. 49), que se submeterdo ‘ao regime da recuperacao judicial e aqueles que estarao fora dele. Isso, porque, como se sabe, na Fecuperacdo judicial, a sociedade empreséria continua funcionando normalmente e, portanto, com empregados e negociando con; bancos, fornecedores e clientes, Nesse contexto, se, apés 0 pedido de recuperagao judicial, os débitos contraidos pelo devedor se submetessem a seu regime, nado haveria quem com ele quisesse negociar. Assim, para possibilitar a continuidade dos negécios, finalidade ultima da recuperagéo Judicial, 0 legislador nao somente excluiu os créditos constituidos apds 0 protocolo do pedido de frecuperagao, como, na verdade, os cercou de privilégios, como, por exemplo, serem clasificados como extraconcursais, no caso de ser decretada a faléncia da sociedade empreséria (art. 67 da Lei 11.101/2005). Dai a importancia do art. 49 da LFR, que determina quais créditos se submetem ao regime De fato, a recuperagao judicial nao pode ser observada a partir da amesquinhada visdo de que 0 instituto visa a proteger os interesses do empresério, em detrimento de outros ndo menos legitimos. Na verdade, 0 valor primordial a ser protegido ¢ 0 da ordem econémica, bastando analisar com mais vagar 08 meios de recuperagao da empresa legalmente previstos (como, por ‘exemplo, os incisos Il, IV, V, XIll e XIV do art. 50 da LF) para perceber que, em alguns casos, é exatamente 0 interesse individual do empresario que ¢ sacrificado, em deferéncia da preservacdo da empresa como unidade econémica de inegavel utilidade social Cumpre sublinhar também que, em se tratando de recuperagao judicial, a nova Lei de Faléncias traz uma norma-programa de densa carga principiolégica, constituindo a lente pela qual devem ser interpretados os demais dispositivos. A inovacdo esta no art. 47, que serve como um Parémetro a guiar a operacionalidade da recuperacao judicial, vale dizer, “Viabilizar a superacao da situagao de crise econémico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutencdo da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservacdo da empresa, sua funcdo social e o estimulo & atividade econémica’. {Descrigao do Tema Com efeito, a hermenéutica conferida a Lei n. 11.101/2005, no particular relativo @ |recuperacdo judicial, deve sempre se manter fiel aos propésites do diploma, isto é, nenhuma interpretagao pode ser aceita se dela resulta circunsténcia que, além de nao fomentar, na verdade inviabilize @ superagdo da crise empresarial, com consequéncias pemiciosas ao objetivo de | preservacao da empresa economicamente vidvel, a manutencdo da fonte produtora e dos postos |de trabalho, além de nao atender a nenhum interesse legitimo dos credores, sob pena de tornar jinvidvel toda e qualquer recuperagao, sepultando o instituto. Isso porque é de presumir que a sociedade empreséria que se socorre da recuperagao judicial se encontra em dificuldades financeiras tanto para pagar fornecedores e passivo tributario (obtendo certidées negativas de débitos) como, inclusive, para obter crédito e mao de obra na praga em razéo do aparente risco de seus negécios; por conseguinte, inevitavelmente, ha fragilizagao em sua atividade produtiva e capacidade competitiva. E em razéo disso que os créditos constituidos posteriormente ao pedido de recuperagao judicial devem ficar excluidos dos efeitos desse pedido, funcionando, tal regra, como uma espécie de prémio/compensagao para aqueles que, assumindo riscos, vierem a colaborar para a superagao de crise, justamente porque, numa legislagao vocacionada ao saneamento financeiro de empresa em crise, sera inécua se ndo contemplar privilégios especiais aqueles que, assumindo riscos, colaboraram efetivamente para o soerguimento da empresa deficitaria. Nesse diapaséo, devem-se privilegiar os trabalhadores e os investidores que, durante a crise econémico-financeira, assumiram os riscos e proveram a recuperanda, viabilizando a continuidade de sua atividade empresarial, sempre tendo em mente que a noticia da crise acarreta inadvertidamente a retragao do mercado para a sociedade em declinio. Realmente, tal definicdo, além de trazer maior seguranca juridica a esse credor/investidor da recuperacdo judicial, confere maior operabilidade, celeridade e eficiéncia, permitindo o aumento das possibilidades de acesso ao crédito e a prestagdo de servico pelo devedor em crise. No caso em exame, 0 crédito de honorérios s6 estaria sujeito 4 novacao imposta pelo plano de recuperag3o judicial se ja estivesse consolidado ao tempo da propositura do pedido Tecuperacional. Todavia, a sentenga que fixou honorarios foi proferida posteriormente ao pedido de recuperagao e seu transito em julgado s6 ocorreu depois de o plano estar efetivamente aprovado pela assembleia e homologado pelo Juizo. Ressalte-se, ademais, ndo haver base juridica na argumentagdo da recorrente no sentido de que, se 0 crédito resultante da aco principal submete-se recuperagdo judicial, os honorarios advocaticios também se sujeitariam, por ser decorrentes do litigio estabelecido para a cobranca desse crédito. Ao contrario, nao ha relagdo de acessoriedade entre o crédito buscado na execugdo e os honorarios de sucumbéncia resultantes desse processo. Isso porque os honordrios advocaticios remuneram o advogado por seu trabalho e constituem direito autdnomo do patron, como dispée a literalidade da lei, verbis Art. 23. Os honordrios incluidos na condenagdo, por arbitramento ou sucumbéncia, Pertencem ao advogado, tendo este direito auténomo para executar a sentenga nesta parte, podendo requerer que 0 precatério, quando necessario, seja expedido em seu favor. Urge, todavia, seja realizada uma ressalva. Na linha do raciocinio acima tragado, os credores da empresa em recuperagdo necessitam de garantias para que o crédito possa fluir com maior seguranca em beneficio da recuperanda e para que o préprio soerguimento da empresa nao fique prejudicado. Tais credores so, notadamente, os fomecedores - e, de um modo geral, credores negociais - e os trabalhadores de seu quadro, quem, efetivamente, mantém relagées juridicas com a empresa em recuperagdo e contribuem para seu soerguimento. Descrigao do Tema Dai a importancia de tais créditos permanecerem livres das amarras do plano de recuperagao judicial. Caso contrario, no havera quem queira celebrar contrato com a recuperanda. Deste modo, parece que tal raciocinio no pode ser puramente aplicado a todo e qualquer crédito pelo sé fato de ser posterior ao pedido de recuperago judicial, sob pena de completa inviabilizagdo do cumprimento do plano. Somente aqueles credores que, efetivamente, contribuiram com a empresa recuperanda nesse delicado momento - como & 0 caso dos contratantes trabalhadores - devem ser tidos como os destinatarios da norma. Nao € 0 caso, por exemplo, de credores de honordrios advocaticios de sucumbéncia, que so resultantes de processos nos quais a empresa em recuperacao ficou vencida. Vale dizer, nao so credores que contribuiram para o soerguimento da recuperanda no periodo posterior a0 deferimento da recuperago judicial. Muito pelo contrario, sao créditos oriundos de trabalhos prestados em desfavor da empresa, ‘0s quais, muito embora de elevadissima virtude, néo se equiparam - ao menos para o propésito de ‘soerguimento empresarial - a credores negociais ou trabalhistas. A seu turno, n&o pode tal crédito posterior integrar 0 plano, seja porque ja foi aprovado em assembleia, seja porque vulnera a literalidade da Lei n, 11.101/2005. Assim, parece-me correto 0 uso do mesmo raciacinio que guia o art. 49, § 3°, da Lei n, 11.101/2005, segundo 0 qual mesmo os credores cujos créditos no se sujeitam ao plano de recuperacao ndo podem expropriar bens essenciais a atividade empresarial, na mesma linha do que entendia a jurisprudéncia quanto ao crédito fiscal, antes do advento da Lei n. 13.043/2014. Vale dizer, 0 crédito nao se sujeita ao plano de recuperagao e as execugdes prosseguem, mas 0 juizo universal deve exercer 0 controle sobre atos constritivos de patrimonio, aquilatando a essencialidade do bem a atividade empresarial. Quanto a possibitidade de controle sobre a constricao de bens, mesmo no caso de o crédito ser excluido com base no art. 49, § 3°, da Lei n. 11.101/2005, confira-se o seguinte julgado da Segunda Secao: CONFLITO DE COMPETENCIA. IMISSAO DE POSSE NO JUIZO CiVEL. ARRESTO DE IMOVEL NO JUIZO TRABALHISTA. RECUPERAGAO JUDICIAL EM CURSO. CREDOR TITULAR DA POSICAO DE PROPRIETARIO FIDUCIARIO. BEM NA POSSE DO DEVEDOR. PRINCIPIOS DA FUNGAO SOCIAL DA PROPRIEDADE E DA PRESERVAGAO DA EMPRESA. COMPETENCIA DO JUuIZO DA RECUPERACAO. 1. Em regra, 0 credor titular da posi¢ao de proprietario fiduciario de bem imével (Lei federal 1, 9.514/97) ndo se submete aos efeitos da recuperacao judicial, consoante disciplina o art. 49, § 3°, da Lei 11.101/05. 2. Na hipétese, porém, ha peculiaridade que recomenda excepcionar a regra. E que o imével alienado fiduciariamente, objeto da aco de imissao de posse movida pelo credor ou proprietario fiduciario, @ aquele em que situada a propria planta industrial da sociedade empresdria sob Fecupera¢o judicial, mostrando-se indispensavel a preservacéo da atividade econémica da devedora, sob pena de inviabilizagao da empresa e dos empregos ali gerados. 3. Em casos que se pode ter como assemelhados, em acdo de busca e apreens&o de bem mével referente & alienagdo fiduciaria, a jurisprudéncia desta Corte admite flexibiizag3o a regra, permitindo que permanega com o devedor fiduciante * bem necessério a atividade produtiva do réu"* (v. REsp 250.190-SP, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, DJ 02/12/2002). 4. Esse tratamento especial. que leva em conta 0 fato de o bem estar sendo empregado em beneficio da coletividade, cumprindo sua fungao social (CF, arts. 5°, XXIV, e 170, Ill), ndo significa, porém, que 0 imével no possa ser entregue oportunamente ao credor fiduciério, mas sim que, em atendimento ao principio da preservagdo da empresa (art. 47 da Lei 11.101/05), cabera ao Juizo da Recuperacao Judicial processar e julgar a a¢a0 de imiss3 de posse, segundo prudente avaliagao ‘| Déscrigdo do Tema propria dessa instancia ordinaria, 5. Em exame de conflito de competéncia pode este Superior Tribunal de Justica declarar a | competéncia de outro Juizo ou Tribunal que ndo o suscitante e o suscitado. Precedentes. 6. Conflito conhecido para declarar a competéncia do Juizo da 2* Vara Civel de Ntaquaquecetuba - SP, onde processada a recuperacdo judicial da sociedade empresaria. (CC |110.392/SP, Rel. Ministro RAUL ARAUJO, SEGUNDA SECAO, julgado em 24/11/2010, Due 22/03/2011) | Diante do exposto, dou parcial provimento ao recurso especial para definir a competéncia do juizo da recuperagao judicial no tocante a atos de constric&o ou alienacao.patrimonial, rosseguindo a execugo, quanto ao mais, no juizo comum. | Observagoes: Etapas Data Rubrica [Entrega ao Prof. Resp. | 28/01/2016| 4% i Anrvarto do Prot.) orap016 | 2 rAALe | Caso concreto para prova regular CPVI-B weuseno SEM pena2Ue) | Reviséo de Portugués _ | 15/02/2016 CPVI.04.06.05.60.25 Reviso DIACD ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. on 35 fe ae x nd ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2? CHAMADA DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVI ABC 1 2016 PROVA: 19/04/2016 1° QUESTAO: (Valor - 3,8 pontos) Trata-se de agravo de instrumento manejado pelo Comité de Credores constituido ha recupera¢ao judicial da INDUSTRIA DE ALIMENTOS BOLACHAO S.A., insurgindo-se contra decisao que indeferiu autorizagéo para que a agravante tenha acesso direto aos dados, documentos ¢ ativos da recuperanda, bem como as contas do administrador judicial, Para sua analise e conviceao, além de indeferir o pedido de elaboragao mensal dos relatérios legais. Assim, requer: a) que seja ordenado ao administrador judicial para passar a enviar até 9 dia 10 de cada més, diretamente a0 Comité de Credores, cépia do seu relatorio de atividades na recuperanda e sobre suas contas, para que seja possivel a fiscalizacdo; b) que Seja ordenado a devedora para enviar até o dia 10 de cada més, diretamente ao Comité de credores, o balancete mensal, o relatério de entrada de mercadorias, o relatorio de venda de Produtos, o relatério de estoque de produtos, o relatorio de pagamento aos trabalhadores e a0 administrador judicial, requerendo, ao final, o provimento do recurso. Em sua resposta, a agravada defende 0 improvimento dos pedidos, haja vista que o Comité tem recebido dados sobre o gerenciamento da recuperanda, nao se justificando o acesso a todas as informacées pleiteadas. a Deve ser acolhido o pleito do agravante? RespGnda, fundamentadamente, em até 15 linhas. 2? QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) No curso da recuperagao judicial de BWS Comércio e Servicos em Informatica Ltda., 0 julzo da 1* Vara Empresarial, acolhendo impugnagao formulada pelo Banco Mais S.A... excluiu o crédito da instituigao financeira, no valor de R$ 180.988,80, do quadro de Quirografarios, por entendé-lo garantido por cessao fiduciaria de direitos creditorios, Em sede de agravo de instrumento, 0 Tribunal de Justiga reformou a decisao, pois a garantia fiduciaria nao teria se perfectibilizado mediante 0 registro do contrato junto ao Cartério de Titulos e Documentos, revelando-se quirografarios os créditos em questo. Pergunta-se: O registro do contrato de cessao de crédito em carater fiducidrio requisito indispensavel para a constituicéo da garantia fiducidria do credor, para o fim de exclusao do crédito dos efeitos da recuperacdo judicial, nos termos do art. 49, § 3°, da Lei n? ~ 11,101/2005? Responda a questo, de forma fundamentada, em até 15 linhas. et 08 338 ATENGCAO: Responda uma unica questao em cada folha. CL ant: 1368 A “Lp jog Uae? nk oP4 dia yelZ - EMERJ- » at LY NW Ash at ; SOD OP oeSuNy ediouud € Onb ezre|9 Woo eBISWS "GOO COV 11.U 87 EP Zz “Ue Op EIN] ED epuesednoe ep Jeosy 8 eusoueuy ogbeniis @ feloIpn| Jopesiuiwipe op opbenye e ‘see seu “Jeyuediuode e1epod ‘$9J0Pa10 Op gUIWOD 0 ‘SOUOIEIA! Sle] WS SEQ WOD ‘OSS! Jog ‘SepEpiANe Sens ap oUdIeIe: ‘OZINT ‘ou ‘ajuawjesuaw ‘eyuasaide ef jeloipn| JopesjsiuIpe © ‘sesopaig ap @uwog op opipad 0 suajepu! oF opesisiBeW B1jSNI| © nowesses weq oWOD (~) ToEpIODe op Soup opinosdut onesBy “epuesednoai ep jevesesdwe epin BU eSseAap ejduie sezijeas ap o1lssIp 0 wa) OBU ‘sagdinqUIe SENS Bp O19/O1eXS OU ‘gIIWOD O ‘1a] EU SEISIAEIG a]UWIEAyexe) sasaiodiy seu Sope|seje OgJeS 9s anb ‘soUPINe|se SesopeNsiuWpe snes ep oF1sa6 2 gos enuquos oedesadnoas we eseidwe y ‘sepepiaite sens ep oyuadulasep eqeo oe SEUESse0U SEQdeWOIL! 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Observacies Etapas Data | Rubrica | | Entrega ao Prof. Resp. | 09/10/2015 Bn, Aprovacao do Prof. Ne) Resp. 13/10/2015 |E-Hor. | 1 M1 | Caso conereto para prova final CPVI ABC Inclusao no SIEM 402018 | Gy Revisao de Portugues | 14/10/2015 | (Wy (CPVI.04.06.01.CC.30 Revisdo DIACD. ASTON | 4) ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 02 4 Moar 4? QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Dartin Comércio Lida. requereu homologagao de plano de recuperagao extrajudicial no lugar do seu principal estabelecimento, Poxoréo/MT. No plano de recuperagdo apresentado e aprovado por credores que titularizam mais de trés quintos dos créditos de cada classe abrangida, ha um crédito quirografario em moeda estrangeira, com pagamento segundo a variagao cambial do Euro, sendo, porém, previsto o afastamento dessa clausula e (© pagamento em Real em quinze parcelas fixas. O credor titular desse crédito ndo assinou o plano. De acordo com as disposigdes da Lei n® 11.101/2005, sobre a recuperacao extrajudicial, assinale a afirmativa correta. a) © plano pode ser homologado, porque foi atingido o quorum em cada uma das classes por ele abrangidas, obrigando os credores dissidentes. b) O plano ndo pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variagéo cambial s6 podera ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar Neomeen ta previsdo diversa no plano de recuperagao extrajudicial. » }, ¢) O plano pode ser homologado, porque o afastamento da variagao cambial & Permitido para a preservagao da empresa do devedor, desde que nao haja quebra da par conditio creditorum. d) O plano ndo pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variagao cambial 86 pode ser afastada com o consentimento de todos os credores da classe ‘em que se insere o crédito. e) O plano pode ser homologado, porque o consentimento expresso do credor s6 & exigido para os créditos com garantia real, néo se aplicando a exigéncia aos créditos quirografarios. 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre 0 administrador judicial, na recuperacdo judicial, assinale a opgao correta: (A) Na administragao dos interesses comuns dos credores, o administrador judicial goza de absoluta autonomia. (B) A contratagéo pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessora-lo no desempenho de suas atribuigdes jamais vincula a massa, mesmo quando realizada mediante autorizago judicial. (C) A contratacéo pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessora-lo no desempenho de suas atribuices nao poderd ser realizada sem anterior autorizagao judicial. (D) A contratacéo pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessora-lo no desempenho de suas atribuicdes, sem anterior autorizagao judicial, implica sua responsabilidade pessoal pelo pagamento do profissional ou auxiliar. (E) 0 administrador judicial pode transigir sobre créditos e negécios da sociedade em recuperagao judicial, bem como conceder desconto ou abatimento, sobretudo quando o crédito for de dificil cobranga, independente de prévia autorizagao judicial. - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA FINAL DE DIREITO EMPRESARIAL -— QUESTOES OBJETIVAS roa CPVI ABC 22015 GENE PROVA: 08/11/2015 MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) No que se refere a recuperagdo judicial, assinale a op¢do correta. (2) Transcorridos cento e citenta dias contados do deferimento do processamento da Fecuperagao judicial, é restabelecido 0 direito dos credores de iniciar ou continuar suas ages e execugSes, independentemente de pronunciamento judicial e do motivo do atraso no cumprimento do plano de recuperacao judicial. (b) Caso tenham ocorrido, nos dias 10/10/2014 e 16/4/2015, respectivamente, a Penhora @ a adjudicagdo de bem imével em execugao trabalhista, com superveniente deferimento da recuperagdo judicial do devedor no dia 17/4/2015, a posterior expedigao do auto de adjudicagao sera de competéncia do julzo falimentar, devido a forga atrativa deste. (c) Em se tratando de execugao fiscal, no so decididos pelo juizo universal os atos que importem constri¢ao do patriménio de sociedade empresarial em recuperacao judicial. (d) A assembleia de credores é soberana em suas decisées sobre a aprovacao ou desaprovacao do plano de recuperacao judicial, razo por que as suas deliberagdes esto infensas ao controle judicial, salvo no que se refere aos requisitos de validade dos atos juridicos em geral. (e) Deve ser suspensa a agao de execugdo em que o autor seja portadordet'nota promisséria firmada por.empresario em recuperacdo e 0 -réu seja o garante deSeitulo executivo extrajudicial, uma vez que a recuperacdo judicial do devedor principal induz suspensao de agdes contra seus coobrigados. Oo Gy - EMERJ - © 6 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre 0 voto de sécio da sociedade recuperanda nas assembleias de credores, assinale a alternativa correta. (A) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, Controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 20% (vinte por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham Participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderdo participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e ndo sero considerados para fins de verificagéo do quorum de instalagao e de deliberacao. (8) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham Participagdo superior a 10% (dez por cento) do capital social, nao poderao participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto endo sero considerados para fins de verificagao do quorum de instalacdo e de deliberagao. (C) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagdo superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que 0 devedor ou algum de seus sécios detenham Participagéo superior a 10% (dez por cento) do capital social, poder&o participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e nao sero considerados para fins de verificagao do quorum de instalacdo e de deliberacao. (0) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham Participagdo superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderao participar da assembleia-geral de credores, com direito a voto e seréo considerados para fins de verifica¢do do quorum de instalacdo e de deliberacao. (E) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 20% (vinte por Cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham Participagéo superior a 20% (vinte por cento) do capital social, poderdo participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e no sero considerados para fins de verificagéo do quorum de instalacdo e de deliberacdo. QBJETIVAS 3) No que se refere a recuperagao judicial, assinale a oped correta. {@) Transcorridos cento e oitenta dias contados do deferimento do processamento da recuperagao judicial, & restabelecido 0 direito dos credores de iniciar ou continuar suas agdes e execugdes, independentemente de pronunciamento judicial e do motivo do atraso no cumprimento do plano de recuperacao judicial. (b) Caso tenham ocorrido, nos dias 10/10/2014 e 16/4/2015, respectivamente, a penhora e a adjudicagdo de bem imével em execugao trabalhista, com superveniente Geferimento da recuperagao judicial do devedor no dia 17/4/2015, a posterior expedigaio do auto de adjudicacao serd de competencia do juizo falimentar, devido & forga atrativa deste. (¢) Em se tratando de execucdo fiscal, nao so decididos pelo juizo universal os alos gue importem constricéo do patriménio de sociedade empresarial em recuperagao judicial. (d) A assembleia de credores é soberana em suas decisdes sobre a aprovagao ou desaprovacao do plano de recuperagdo judicial, razo por que as suas deliberagdes esto infensas ao controle judicial, salvo no que se refere aos requisites de validade dos atos juridicos em geral. (e) Deve ser suspensa a ado de execugo em que 0 autor seja portador de nota promisséria fimada por empresério em recuperagao e o réu seja 0 garante dese titulo executivo extrajudicial, uma vez que a recuperagao judicial do devedor principal induz suspensao de a¢des contra seus coobrigados. Gabaritf d)uuie TIPE - 2018) 4) Dartin Comércio Ltda. requereu homologagéo de plano de recuperagao extrajudicial no lugar do seU principal estabelecimento, Poxoréo/MT. No plano de recuperagao apresentado e aprovado por credores que ftularizam mais de trés quintos dos créditos de cada classe abrangida, ha um crédito quirografario em moeda estrangeira, com pagamento segundo a variac3o cambial do Euro, sendo, porém. previsto © Pfastamento dessa cldusula e o pagamento em Real em quinze parcelas fixas. credor titular desse crédito ndo assinou o plano. De acordo com as disposicées da Lei n° 11.101/2005, sobre a recuperagao extrajudicial, assinale a afirmativa correta. 2) © plano pode ser homolagado, porque foi atingido 0 quorum em cada uma das classes por ele abrangidas, obrigando os credores dissidentes. b) O plano no pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variagao cambial s6 podera ser afastada se 0 credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsdo diversa no plano de recuperagao extrajudicial ©) O plano pode ser homologado, porque o afastamento da variagdo cambial & permitide para a preservagdo da empresa do devedor, desde que ndo haja quebra da par conditio creditorum. &) 0 plano nao pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira. 2 variagao cambial s6 pode ser afastada com 0 consentimento de todos os credores da classe em que se insere 0 crédito. @) O plano pode ser homologado, porque 0 consentimento expresso do credor $0 & exigido para os créditos com garantia real, ndo se aplicando a exigéncia aos créditos quirografarios. Gabantf 9) 2014. FGV -SEFAZ- MT - Auditor Fiscal Tributario da Receita Municipal). 5) Sobre 0 administrador judicial, na recuperagao judicial, assinale a opedo correta: (A) Na administragdo dos interesses comuns dos credores, © ‘administrador judicial goza de absoluta autonomia. (8) A contratagéo pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessorélo no desempenho de suas atribuigdes jamais vincula a massa, mesmo quando realizada mediante autorizago judicial. (©) A contratagao pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessoré-lo no desempenho de suas atribuigSes n&o podera ser realizada sem anterior autorizago judicial. (D) A contratagao pelo administrador judicial de profissionais e auxiliares para assessora-lo no desempenho de suas atribuigdes, sem anterior autorizagao judicial, implica sua responsabilidade pessoal pelo pagamento do profissional ou auxiliar. (E) 0 administrador judicial pode transigir sobre créditos e negécios da sociedade em recuperago judicial, bem como conceder desconto ou abatimento, sobretudo quando © crédito for de dificil cobranga, independente de prévia autorizagao judicial. 6) Sobre 0 voto de sécio da sociedade recuperanda nas assembleias de credores, assinale a alternativa correta (A) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 20% (vinte por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham participacao superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderao participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto @ nao sero considerados para fins de verificagdo do quorum de instalagao e de deliberagao. (B) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, Controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social, nao poderdo participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e nao serao considerados para fins de verificagdo do quorum de instalagao e de deliberacao. (C) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social, poder&o participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e nado serao considerados para fins de verificagdo do quorum de instalagao e de deliberagao. (D) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sécios detenham participagao superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderao particioar da assembleia-geral de credores, com direito a voto e serdo considerados para fins de verificagdo do quorum de instalagdo e de deliberacao. (E) Os sécios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, Controladas ou as que tenham sécio ou acionista com participagao superior a 20% (vinte por cento) do capital social do devedor ou em que 0 devedor ou algum de seus sécios detenham participaco superior a 20% (vinte por cento) do capital social, poderao participar da assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e ndo seréo considerados para fins de verificagao do quorum de instalagao e de deliberagao. Gabatto: ¢ Gabarit ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A. CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVIB 22015 PROVA: 25/09/2015, 1" QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) Em 29/01/2013, ABC Barraca de Areia Ltda. ajuizou sua recuperagao judicial, distribuida a 1* Vara Civel da Comarca de Viradouro. Em 03/02/2013 foi publicado no Diario de Justiga © despacho de processamento da recuperagao judicial que, dentre outras Providéncias, nomeou o economista Jodo como administrador judicial da sociedade. Decortidos 15 (quinze) dias da publicago do despacho de processamento, alguns credores apresentaram a Jodo as informagées que entenderam corretas acerca da classificagao e do valor de seus créditos. Apés 45 dias, foi publicado no Diario da Justi¢a e num jornal de grande circulagao Novo edital, contendo a relacdo dos credores elaborada pelo administrador judicial. No dia 20/05/2013, o administrador judicial é procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda., os quais Ihe apresentam um contrato de compra e venda firmado com a fecuperanda, datado de 04/12/2011, pelo qual aquela fomeceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo prego de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), que deveria ter sido pago em 28/01/2012, mas nao 0 foi. Diligente, vocé verifica no edital mais recente que nao consta da relagao de credores 0 crédito de XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartorio, constata que © quadro-geral de credores ainda nao foi homologado pelo juiz. Qual a orientagdo do administrador judicial a ser dada ao credor? Resposta fundamentada, em até 15 linhas, apresentando a fundamentagdo legal pertinente. 2 QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) Ap6s a concessdo da recuperagao judicial de uma sociedade empresaria com sede em Lagoa da Confusao/TO, o juiz da comarca de Cristalandia/TO convocou assembleia de credores para deliberar sobre a decreta¢do da faléncia da devedora diante do inadimplemento de obrigagdes do plano de recuperagao e da inércia dos sécios em prover a sociedade de condigdes de garantir o adimplemento. Pergunta-se: a deliberagao dos credores na assembleia para decidir sobre eventual convolagao da recuperacao em faléncia deve atender ao procedimento de votacao e quérum do art. 45 da Lei n. 11.101/2005? Justifique. (Resposta de forma fundamentada, em até 15 linhas), ATENGAO: Responda uma inica questéo em cada folha. - EMERJ - 5° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) 5 Sobre a recuperagao judicial, a) O plano de recuperagao judi prazo improrrogavel de 90 dias. ») 0 plano de recuperagaio judicial nao poder prever prazo superior a 180 dias para pagarpente dos créditos derivados da relacgo de trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. <) 0 Plano de recuperagao judicial nao poderd prever prazo superior a 30 dias para o Pagamento, até o limite de § salarios-minimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido de recuperagao judicial ¢) Rejeltado 0 plano de recuperagao pela assembleia geral de credores, o juiz Geterminaré que 0 devedor apresente novo plano de recuperagao judicial ou alteragao do Plano apresentado, devendo decretar a faléncia do devedor se tais procedimentos nag forem cumpridos pelo devedor. ®) Na recuperagao judicial, 6 defeso ao administrador judicial requerer a faléncia do devedor, mesmo no caso de descumprimento de obrigagéo assumida no plano de Tecuperagao sinale a afirmativa CORRETA devera ser apresentado pelo devedor em juizo, no 6" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre a recuperagao extrajudicial, assinale a alternativa correta: | - O devedor poderé requerer a homologagao em juizo do plano de recuperagao extrajudicial, juntando sua justificativa e 0 documento que contenha seus termos ¢ condig6es, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram. lI - 0 devedor podera requerer a homologacao de plano de recuperacao extrajudicial, desde que assinado por credores que representem mais de % de todos os eréditos de cada espécie por ele abrangidos, o qual obrigaré tanto aqueles que aderiram quanto os que nao concordaram com o plano til - © pracedimento de recuperacio extrajudicial € 0 mecanismo criado pela Lei 11.101/2005 para facilitar a recuperacao das microempresas e empresas de pequeno porte. IV - O plano de recuperacao extrajudicial ndo podera ser aplicado aos créditos de natureza tributaria, aos créditos com garantia real e aos créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho a) As afirmativas |,I, III e IV estao corretas. b) As afirmativas | e IV estao corretas. ¢) Apenas a alternativa | esta correta. d) Apenas as afirmativas | e Il estao corretas. e) Todas as alternativas estao incorretas. - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIB 22015 PROVA: 25/09/2015, NOME: MATRICULA: 3" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Deferido 0 processamento da recuperagao judicial a) sero suspensas as execugées de natureza fiscal, mas nao as de natureza trabalhista com penhora efetivada b) serao atraidas pelo Juizo que o deferiu todas as demandas por quantias iliquidas, ©) suspende-se 0 curso da prescrigao em face do devedor, nao se dando, todavia, essa suspensdo quando 0 pedido de recuperagao judicial se fizer com base em plano especial apresentado por microempresa ou empresa de pequeno porte, no tocante aos créditos por ele nao abrangidos. d) 0 Juiz nomeara administrador judicial, que néo podera, em nenhuma hipétese, ser pessoa juridica e, preferencialmente, a nomeagao recairé em advogado ou contador de notéria idoneidade e experiéncia profissional comprovada ©) ficaré o devedor dispensado da apresentacdo de certidées negativas para contratagao com 0 Poder Publico, mas, no respectivo contrato devera ser acrescida, apos o nome empresarial, a expressao “em recuperagdo judicial" 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) O juiz convolaré a recuperagao judicial em faléncia: |- quando houver sido rejeitado o plano de recuperagao judicial: Il por descumprimento de qualquer obrigagao assumida no plano; IIL - pela nao apresentacao, pelo devedor, do plano de recuperacéo, no prazo improrrogavel de 30 dias da publicagao da deciséo que deferir 0 processamento da recuperagao judicial; IV - se 0 devedor, sem previsio no plano de recuperagao judicial, procede a liquidagao precipitada de seus ativos. correto apenas o que se afirma em a)I, Helv, b) I, tell. c)lell dll e) IV. - EMERJ - ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO: DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: 2015.2 ‘ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet é copia nao controlada, [op Disciplina Tema Questio CO] + Dor-consttcionat C02 cit 0 03-Pena Prova Caderno TC] os-Emoresanat (2 05-Adminisvatvo (] 08~ Tributirio C1 [WD or-Prcessoccivt C) 08-ProessoPenat C] 09. Prevdencio 0s Of Ww W-Chanae oO ‘11- Tecnica de a 12 Responsablidade Regular Tv P Aedlescrte Senienga cit BID 3-Consumigor _C) 14-Anbiond O15 Ebstore a was {Descrigao do Tema i ‘i RECUPERAGAO JUDICIAL. Habilitagdo @ ,oposi¢ao dos credores. Prazo. Meios de recuperagao. Procedimento da recuperacao judicial. Apresentacdo do plano de recuperagao. Credores trabalhistas. Restrigdes. Prazo para apresentacao. Inobservancia. Publicacao de edital. Descrigao do Caso Concreto / A aA Em 2970172013, ABC Baraca de Are Lida. ajuizou sua if ba judicial, disinbuida & 7 Vara Civel da Comarca de Viradouro. Ein 03/02/2013 foi publicadd no Diario de Justia o despacho de processamento da recuperagao ate dentre outras providéncias, nomeou 0 economista Jo8e como ‘administrador judicial da sociedade. Decorridos 15 (quinze) diasl alguns credores apresentaram a Jodo as informagdes que entenderam corretas acerca da classificacao e do valor de seus créditos. “cD&camiges 45 dias, foi publicado no Diario da Justiga e num jomal de grande circulagaqfnovo edital, contendo a relacdo dos credores elaborada pelo admynistrador judicial. No dia 20/08/2013, o administrador judicial procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda. ‘08 quais the apresentam um contrato de compra e Venda firmado com a recuperanda, datado.de.04/12/2011, pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo prego de'RS 200.000,00 (cem mil realg, que deveria ter sido pago em 28/01/2012, mas no 0 foi. be Diligente, voce verifica no edital mais recente que nao consta fla relagdo de credores o crédito dé XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartério, constata que o quadro-geral de credores ainda ndo foi homologado pelo juz. Qual a orientagao do administrador judicial a ser dada ao credor? Resposta fundamentada, em até 15) linhas, apresentando a fundamentacao legal pertinente. Resposta do Caso Concreto ‘Rorientagao a ser dada a0 credor é que seja apresentada uma habiltagao de crédito retardataria, com base fo art. 10, caput, da Lei n. 11.101/05, porque o prazo para a habilitagdo tempestiva ja se esgotou ~ art. 7°, § 4°. Tal habilitagdo retardataria ser processada como impugna¢o ao quadro de credores, mesmo que 0 | crédito nao tenha sido relacionado nele, com base no art. 10, § 5°. Observacées Etapas Data__|_Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 19/08/2015 | 4) Aprovagdo do Prof.) seiqgy2015 |EsHOUD Resp. Caso concreto para prova regular CPVI-B a 2010872015 |-¥) Revisdo de Portugués | 20/08/2015 | SdvGw~ CPV1.04.06.05.CC.25 Revisdo DIACD ISALSNS] ‘Se 0 caso concreto for questdo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 1 35 = MOnp Oe ELABORAGAO DE CASO CONCRETO 7 U0; DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu "ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet 6 cOpia nao controlada, cP Disciplina Tema Questio: QO] + Porconsitucenst C3 02—civi O03. Penal Prova Gademo TO [1 04-Empresarit CO) 05~Adrniisravo 08 ~ Trib COTW Di cr-Proessocint C) 08-ProcessoPend C) 08- Previdenciéo 0s COTW t0- chase py H-Técncade 5 12—Respensate Regular TP Acctescete Sentenga wi [TWO 13-conssnitr _) t4-Antienis 1) 15- Belin Descrigao do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Manifestagdo dos credores. Objeco 20 plano, Prazo, Procedimento da objecao 20 plano, Convocagdo de assembleia geral. Quorum geral. Aprovagéo do plano (quorum geral e quorum especial). Aprovacao do plano com alteragdes. Requisitos. Rejeicao ao plano. Poderes do juiz. Descrigdo do Caso Goncreto ‘2 ‘Apés @ concesséo da recuperagao judicial de uma socledade empresaria com sede em Lagoa da Confusdo/TO, 0 juiz-da comarca de Cristalandia/TO convocou assembleia de credores para deliberar sobre a decretagao da faléncia da devedora diante do inadimplemento de obrigacdes do plano de recuperagao eXinércia dos sécios em prover a sociedade de condicdes de garantir 0 adimplemento Pergunta-se: a deliberagso dos credores na assemblela para decidir sobre eventual convolagdo da recuperagdo em faléncia deve atender ao procedimento de votacdo e quorum do art. 45 da Lein. 11.101/2005? Justifique. (Resposta de forma fundamentada, em até 15 linhas). Resposta do Caso Concreto No, o procedimento de volagao @ 0 quorum previstos no art.45 sao exigivels apenas nas deliberagbes sobre’ ‘0 plano de recuperag3o. No caso da deliberacao sobre a eventual convolago da recupera¢ao em faléncia deverd ser observado 0 quérum do art. 42, por determinag&o do art. 73, |. Assim sendo, a proposta de convolagdo de recuperagdo em faléncia sera aprovada se obtiver votos favoraveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes a assembleia-geral, independentemente da classe do crédito que titularize o credor. Observacées Etapas Data_| Rubrica Entrega ao Prof. Resp. | 19/08/2015 | OA ‘Aprovagao do Prof.| saiggiaq1 | E-MOud Resp. Caso concreto para prova regular CPVI-B ineiueso 02 SIEM 20/08/2018 (aA Revisdo de Portugues _| 20/08/2015 L fis, CPVI.04.06.06.CC.26 Revisdo DIACD In\2e | 0 ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 02 35 |E-mrow QUESTGES OBJETIVAS 3) Deferido 0 processamento da recuperacao judicial a) sero suspensas as execugées de natureza fiscal, mas ndo as de natureza trabalhista com penhora efetivada ») Serdo atraldas pelo Julzo que o deferu todas as demandas por quantias iliquidas. ©) suspende-se 0 curso da prescrigéo em face do devedor, no se dando, todavia, essa suspensdo quando o pedido de recuperaco judicial se fizer com base em plano especial apresentado por microempresa ou empresa de pequeno porte, no tocante aos créditos por ele nao abrangidos. d) 0 Juiz nomeara administrador judicial, que no podera, em nenhuma hipétese, ser pessoa juridica e, preferencialmente, a nomeagdo recairé em advogado ou contador de notéria idoneidade € experiéncia profissional comprovada. ) ficaré 0 devedor dispensado da apresentacao de certidées negativas para contratagao com 0 Poder Publico, mas, no respectivo contrato devera ser acrescida, apés 0 nome empresarial, a expresso “em recuperagao judicial’. Gabarito: C (art. 71, § Unico, Lei 11.101/2005). 4) O juiz convolara a recuperacao judicial em faléncia: |— quando houver sido rejeitado o plano de recuperagao judicial; Il - por descumprimento de qualquer obrigagdo assumida no plano; Ill - pela no apresentacao, pelo devedor, do plano de recuperagao, no prazo improrrogavel de 30 dias da publicagdéo da decisaéo que deferir o processamento da recuperagao judicial; IV ~ se 0 devedor, sem previso no plano de recuperagdo judicial, procede & liquidagao precipitada de seus ativos. E correto apenas 0 que se afirma em a) I.llelv. b) I, Nell. c) lel, d) e) IV. Gabarito: — art. 73, Lei 11.101/2005. 5) Sobre a recuperagao judicial, assinale a afirmativa CORRETA: a) O plano de recuperago judicial devera ser apresentado pelo devedor em julzo, no prazo improrrogavel de 90 dias. b) O plano de recuperagdo judicial nao poder prever prazo superior a 180 dias para pagamento dos créditos derivados da relagdo de trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. ¢) O plano de recuperagao judicial no poder prever prazo superior a 30 dias para 0 pagamento, até o limite de 5 saldrios-minimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 meses anteriores a0 pedido de recuperagao judicial. d) Rejeitado o plano de recuperagao pela assembleia geral de credores, o juiz determinard que o devedor apresente novo plano de recuperacao judicial ou alteragao do plano apresentado, devendo decretar a faléncia do devedor se tais Procedimentos nao forem cumpridos pelo devedor. e) Na recuperacao judicial, & defeso ao administrador judicial requerer a faléncia do devedor, mesmo no caso de descumprimento de obrigagao assumida no plano de recuperagao. Gabarito: C — art. 54, Lei 11.101/2005. 6) Sobre a recuperagao extrajudicial, assinale a alternativa correta: | — © devedor podera requerer a homologagdo em juizo do plano de Tecuperacdo extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condigdes, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram. I = 0 devedor podera requerer a homologagao de plano de recuperagdo extrajudicial, desde que assinado por credores que representem mais de % de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos, o qual obrigara tanto aqueles que aderiram quanto os que ndo concordaram com o plano. I= O procedimento de recuperagao extrajudicial 6 0 mecanismo criado pela Lei 11.101/2005 para facilitar a recuperagao das microempresas e empresas de pequeno porte. IV = 0 plano de recuperagao extrajudicial nao poderé ser aplicado aos créditos de natureza tributaria, aos créditos com garantia real e aos créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. a) As afirmativas |,lI, Ill e lV estao corretas. b) As afirmativas | e IV estao corretas. ¢) Apenas a alternativa | esta correta. d) Apenas as afirmativas | e Il estdo corretas. e) Todas as alternativas estado incorretas, Gabarito: C - Art. 162, Lei 11.101/2005. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES DISCURSIVAS CPVIA 22015 PROVA: 27/08/2015, 4? QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) Irmaos Castroman Importadora e Exportadora Ltda. cogita requerer a sua recuperago judicial. Antes de tomar qualquer medida, os sécios administradores submetem © caso a um especialista. Em relacdo ao caso acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos juridicos apropriados e a fundamentacao legal pertinente ao caso. a) Os créditos quirograférios, decorrentes de compra e venda pura de produtos, constituidos até a data do pedido a ser formulado, mas nao vencidos, estéo sujeitos a recuperacao judicial? b) O credor titular de importancia entregue ao devedor em moeda corrente nacional decorrente de adiantamento a contrato de cambio para exportagao deveré se habilitar a0 proceso de recuperagao caso seja 0 pedido processado? c) Caso seja processado 0 pedido de recuperacdo, as execugdes de natureza fiscal ficam com seu curso suspenso durante 0 proceso? d) O devedor poder negociar no plano de recuperacao judicial um prazo razoavel para 0 pagamento dos créditos derivados da legislacao do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperagao judicial? (Respostas limitadas a 15 linhas). 2° QUESTA (Valor - 3,5 pontos) Sociedade empreséria teve sua recuperagdo judicial concedida em 10.11.2013 em decisdo que homologou 0 plano de recuperagao judicial aprovado em assembleia de credores. (0 plano previa basicamente: (a) repactuacdo dos créditos quirograférios, com um desagio de 40% (quarenta por cento) sobre o valor principal; (b) remissdo dos juros e multas; e (c) pagamento em 240 (duzentas e quarenta) parcelas mensais, iguais © sucessivas, vencendo a primeira delas 30 (trinta) dias apés a concessao da recuperacao judicial. Em 15.05.2015, sob a alegagdo de que tinha cumprido regularmente as obrigagdes decorrentes do plano de recuperagdo judicial vencidas até entdo, a devedora requer a0 Juizo da Recuperagao que profira sentenca de encerramento da recuperagao judicial. ‘A respeito do processo de recuperacao judicial, indaga-se: a) Considerando-se as datas da concesséo da recuperacéo e do pedido de encerramento, pode o Juizo proferir sentenga de encerramento? b) Caso a devedora tenha descumprido alguma obrigagao prevista no plano, qual 0 efeito do inadimplemento em relagdo @ recuperagao judicial e aos créditos incluidos no plano? (Respostas limitadas 15 linhas). - EMERJ - ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA REGULAR DE DIREITO EMPRESARIAL QUESTOES OBJETIVAS CPVIA 2 2015 PROVA: 27/08/2015 NOME: MATRICULA: 3° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) O plano especial de recuperagao judicial a) abrangerd os créditos trabalhistas e fiscais existentes na data do pedido. b) abrangera os créditos trabalhistas existentes na data do pedido, mas nao envolverd os créditos fiscais. c) somente abrangera os créditos quirografarios. d) nao envolverd os créditos bancarios, desde que assegurados por garantias reais. e) nao envolvera os créditos bancdrios, independentemente de serem assegurados por garantias reais. 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre a recuperagdo extrajudicial, assinale a alternativa correta a) O plano de recuperagao extrajudicial produz efeitos apds a sua homologagao, sendo |icito, contudo, que o plano estabelega a produgao de efeitos anteriores & homologacdo, desde que exclusivamente em relacdo a classificagao de créditos. ) O plano de recuperacao extrajudicial produz efeitos apds a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabelega a produgao de efeitos anteriores a homologagao, desde que refira-se as garantias dos credores reais. ) © plano de recuperacdo extrajudicial produz efeitos apds a sua homologagao, sendo licito, contudo, que o plano estabelega a producao de efeitos anteriores a homologagao, desde que exclusivamente em relagao a modificagdo do valor ou da forma de pagamento dos credores signatarios. d) O plano de recuperagao extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo lcito, contudo, que o plano estabeleca a producéo de efeitos anteriores a homologagao, desde que seja aprovado por 2/3 dos credores signatarios ) O plano de recuperacdo extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabelega a produgao de efeitos anteriores a homologacdo, desde que exclusivamente em relagdo a subsisténcia da atividade econémica desenvolvida pelo devedor. - EMERJ - 5° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) * A respeito do instituto de recuperagao judicial, assinale a opgaio CORRETA: 2) As instituigdes financeiras privadas podem requerer a recuperagao judicial b) O prazo para pagamento dos créditos trabalhistas previsto no plano de recuperagao judicial deverd ser de no maximo (1) um ano. O plano nao podera, ainda, prever brazo superior a 60 (sessenta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salarios- minimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (trés) meses anteriores ao pedido de recuperacao judicial, c) Se o devedor néo apresentar 0 plano de recuperacao judicial no prazo de 60 dias, contados da data de ajuizamento da aco, 0 juiz deve decretar sua faléncia. 4) Ao juz cabe o julgamento de objegao ao plano de recuperacao, devendo informar sua decisao aos credores em Assembleia Geral, convocada no prazo de 150 dias, contados do despacho de processamento da recuperagao judicial. €) Deferido 0 processamento da recuperacao judicial, suspendem-se, pelo prazo de 480 dias, todas as acdes e execugdes, em face do devedor. E permitido pleitear perante 0 administrador judicial a habilitagao de créditos derivados da relaco de trabalho, mas as agées de natureza trabalhista serao processadas perante a justiga especializada até a apuracao do respectivo crédito, que sera inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentenga. Apos o fim da suspensao, as execugoes trabalhistas poderao ser normalmente concluidas. 6 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Na recuperagao judicial, a assembleia geral de credores seré composta por a) alé quatro classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; classe Ill, composta dos titulares de créditos quirografarios e subordinados; e classe IV, composta dos fitulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. b) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe Il, composta dos titulares de créditos com garantia real; e classe Ill, composta dos titulares de créditos quirografarios, com privilégio especial, com privilégio geral e subordinados, bem como dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. ©) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe Il, composta dos titulares de créditos com garantia real; e classe Ill, composta dos titulares de créditos quirografarios, com privilégio especial, com privilégio geral e subordinados. d) até quatro classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho: classe II, composta dos titulares de créditos com garantia real; classe III, composta dos titulares de créditos quirografarios, com privilégio especial, com privilégio geral e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. ) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; e classe Il, composta dos titulares de créditos quirografarios e subordinados. - EMERJ - a ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO: DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu | Periodo: 2015.2 ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet é copia nao controlada. i Disciplina Tema ‘Questo. OT] 1 Pror-consincions C 02- cit 1 08-Penal Prova. Cademo TL ot-empresarat 0 05-Adrisvaio () 08~ Truro ea -ProcesoCivl (2) 08-ProsssoPend C]_08-Pevienixo 03 COAG t0-cianae 5 HeThenzads 4 12- Resprabidoe Regulat Ol v ‘Addescerte ‘Sentenga, Civil BL 1-comumie O 14-Aniiend __C)_15-Eeinrd Descrigéa do Tema RECUPERAGAO JUDICIAL. Efeitos da recuperagao em relagao aos credores. Créditos sujeitos recuperagao judicial. Créditos excluidos dos efeitos da recuperagao. Efeitos da recuperacao em relago aos contratos do devedor. Obrigagdes contraidas durante a recuperagao. Efeitos. Desericac do Caso Concreto imdos Castroman Importadora e Exportadora Ltda. cogita requerer @ sua recuperacao judicial. ‘Antes de tomar qualquer medida, os sécios administradores submetem 0 caso a um especialista. Em relagdo ao caso cima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos juridicos apropriados e a fundamentagao legal pertinente ao caso 2) O8 crédites quirograférios, decorrentes de compra e venda pura de produtos, constituldos até a data do pedido a ser formulado, mas nao vencidos, esto sujeites 4 recuperacao judicial? b) O credor titular de importancia entreque ao devedor em moeda corrente nacional decorrente de adiantamento a contrato de cambio para exportagio devera se habilitar a0 proceso de recuperaga, caso seja 0 pedido processado? ©) Caso seid processado 0 pedido de recuperagao, as execugdes de natureza fiscal ficam com seu ‘curso suspenso durante 0 processo? @) O devedor padera negociar no plano de recuperagdo judicial um prazo razodvel para © pagamento dos créditos derivados da legislago do trabalho vencides alé a data do pedide de recuperagao judicial? Resposta da Caso Concreto. a) Sim, eis que, como Tegra, 08 crédios quirografarios existentes na data do ajuizamento do pedico de recuperagao, mesmo que ndo vencidos, estao sujeitos aos efeitos da recuperagao judicial As excegdes s20 numerus clausus, decorrente de expressa previsdo legal (caput e §§3° e 4° do artigo 49 da Lei 11.101/2008); b) no, porque os créditos oriundos das operagies de ACC, a que se refere 0 inciso MI do artigo 86 da Lei 11.101/2005, esto expressamente excluidos da recuperagao judicial, nao se submetendo Gesim aos seus efeitos, consoante determinado pelo §4° do artigo 49 da Lei 11.101/2008; ©) nao, as execugées fiscais ndo sdo suspensas pelo deferimento da recuperacao judicial, poraue & eybranga judicial do crédito triutario ndo est sujeita a habilitago nos processos de recuperagao judicial nos termos do §7° do artigo 6° da Lei 11.101/2005 e do art. 187 do CTN. 4) néo, porque o plano de recuperacdo judicial ndo podera prever prazo superior @ um aro pale pagamento dos créditos derivados da legislagao do trabalho vencidos até a data do pedido de recuperago (artigo 54 da Lei 11.101/2008). Obearvacdes Etapas Data__| Rubrica aso concreto para prova regular CPVI-A Entrega ao Prof. Resp. | 10/08/2015 oA fObservagdes Etapas Data Rubrica Aprovacdo do Prof. | CPV1.04.06.03.¢¢.21 Resp. 10/08/2015 | 2: rran) Inclusao no SIEM 73/08/2018 |UABAD), Reviséo de Portugués | 14/08/2015 | + Revisto DIACD Jai2irs| F) Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. ot 35 devo) ELABORAGAO DE CASO CONCRETO UO. DIACD Elaborador: Ana Paula Abreu ‘| Periodo: | 2016.2 ATENGAO: A copia impressa a partir da intranet é cépia nao controlada. cr Disciplina Tema | Questo OD} | Dot-Consitucional C) 02-civit 0 @-Pena Prova Cadermo. TB ot-Empresaria C) 05-Adminisvaino () 06 ~ Tibutrio 7 (1 0?-ProsessoCiv ]_08-Processo Penal C) 09 -Previdencivo 08 W_} 10-Criamgae 11. Técnica de 12 Responsabiidade Regular Ev acceso Ol senenga OF cw TOL WE 1-cConaridor _O] 14-ambiond O15 Beier Descrigdo do Tema. RECUPERAGAO JUDICIAL. Plano especial de recuperagao. Legitimidade ativa. Condigées. Efeitos. Assembleia de credores. Objecdes dos credores. Efeitos. Encerramento da recuperagao judicial, Convolacao da recuperagao judicial em faléncia. Descrigda do Caso Concrete: Sociedade empresaria teve sua recuperagao judicial concedida em 10.17.2013 em decisdo que homologou o piano de recuperacdo judicial aprovado em assembleia de credores. © plano previa basicamente: (a) repactuago dos créditos quirograférios, com um desagio de 40% (quarenta por cento) sobre 0 valor principal; (b) remissdo dos juros e multas; ¢ (c) pagamento em 240 (duzentas e quarenta) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira delas 30 (trinta) dias apés a concessdo da recuperagao judicial. £m 15.05.2015, sob a alegago de que tinha cumprido regularmente as obrigag6es decorrentes do plano de recuperagao judicial vencidas até entdo, a devedora requer ao Juizo da Recuperagao que profira sentenga de encerramento da recuperacao judicial. ‘A respeito do proceso de recuperagao judicial, indaga-se: a) Considerando-se as datas da concessdo da recuperagao efxdo pedido de encerramento, pode o Juizo proferir sentenca de encerramento? ») Caso a devedora tenha descumprido alguma obrigacao prevista no plano, qual 0 efeito do inadimplemento em relacdo a recuperagao judicial e aos créditos incluidos no plano? Resposta.do.Caso Concreto ay Nao, © julz somente poderd decrelar 0 encerramento da recuperagao judicial por sentenga apos ‘© cumprimento de todas as obrigacdes previstas no plano que se vencerem até dois anos depois da concessio da recuperagao (art. 61, caput, lc art. 63, da Lei n. 11.101/2005) No caso em tela, como o plano prevé o pagamento de obrigagdes em 240 (duzentos @ quarenta) parcelas, mensais e sucessivas, aps a concessio da recuperagao e que, ao tempo do pedido de Encerramento da recuperagdo, passaram-se menos de dois anos da data de concessao, embora 0 Gevedor tenha cumprido todas as suas obrigagdes até a data do pedido. Contudo, restam ainda obrigagées pendentes a vencer no interregno de dois anos entre a concessdo e 0 encerramento legal. b) Tendo em vista que nao houve o decurso de dois anos da concessao da recuperagao judicial, a recuperacdo judicial seré convolada em faléncia (art. 61, § 1° cic art. 73, IV, da Lei n. 11 4101/2005). Com a decretagdo da faléncia, os credores teréo reconstituldos seus direitos e garantias, nas condigées originalmente contratadas, deduzidos os valores eventualmente pagos durante a recuperacdo judicial (art. 61, § 2° da Lei n. 11.101/2005). ‘Observagdes: Etapas Data | Rubrica: ‘Caso concreto para prova regular CPVI-A. Entrega ao Prof Resp._| 1070872015 (AO Aprovagto do Prot| aqiggyzo15 [EOD Resp. CPVI.04,08.08.6C.22 [onservagdes Etapas Data Rubrica . Inclusdo no SIEM 13/08/2015 | OPI] Revisdo de Portugués | 14/08/2015 | _/. Revisdo DIACD qalans [A ‘Se 0 caso concreto for questo de prova: Ne Valor Rubrica do Prof. Resp. 02 36 erro Prova reqular CPVI-A Questées objetivas: 3) O plano especial de recuperagao judicial: a) Abrangera os créditos trabalhistas e fiscais existentes na data do pedido. b) Abrangera os créditos trabalhistas existentes na data do pedido, mas nao envolvera 08 créditos fiscais. ©) Somente abrangeré os créditos quirograférios. d) Nao envolverd os créditos bancarios, desde que assegurados por garantias reais. e) Nao envolvera os créditos bancérios, independentemente de serem assegurados por garantias reais. Gabarito: B 4) Sobre a recuperagao extrajudicial, assinale a alternativa correta: a) O plano de recuperacao extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabeleca a produgao de efeitos anteriores & homologaco, desde que exclusivamente em relacao a classificagao créditos. b) © plano de recuperacao extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabeleca a produgdo de efeitos anteriores a homologagdo, desde que refira-se as garantias dos credores reais. ¢) O plano de recuperacao extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabelega a produgdo de efeitos anteriores a homologacao, desde que exclusivamente em relagao 4 modificacao do valor ou da forma de pagamento dos credores signatarios. 4) © plano de recuperagdo extrajudicial produz efeitos apés a sua homologacao, sendo licito, contudo, que o plano estabeleca a producdo de efeitos anteriores a homologaco, desde que seja aprovado por 2/3 dos credores signatarios. e) O plano de recuperagdo extrajudicial produz efeitos apés a sua homologagao, sendo licito, contudo, que o plano estabeleca a produgdo de efeitos anteriores & homologacao, desde que exclusivamente em relagdo a subsisténcia da atividade econémica desenvolvida pelo devedor. Gabarito: C 5) A respeito do instituto de recuperagao judicial, assinale a op¢ao CORRETA: a) As instituigdes financeiras privadas podem requerer a recuperagao judicial. b) O prazo para pagamento dos créditos trabalhistas previsto no plano de recuperagao judicial devera ser de maximo (1) um ano. O plano nao podera, ainda, prever prazo superior a 60 (sessenta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salarios- minimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (rés) meses anteriores ao pedido de recuperagao judicial. c) Se 0 devedor ndo apresentar o plano de recuperacao judicial no prazo de 60 dias, contados da data de ajuizamento da ago, o juiz deve decretar sua faléncia. d) Ao juiz cabe 0 julgamento de objegao ao plano de recuperagao, devendo informar sua decisao aos credores em Assembleia Geral convocada no prazo de 150 dias contados do despacho de processamento da recuperago judicial. e) Deferido 0 processamento da recuperago judicial, suspendem-se, pelo prazo de 180 dias todas as acdes e execucées, em face do devedor. E permitido pleitear, perante o administrador judicial, a habilitacdo de créditos derivados da relagao de trabalho, mas as agées de natureza trabalhista serao processadas perante a justi¢a especializada até a apuracao do respectivo crédito, que ser inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentenca. Apés o fim da suspensdo, as execugées trabalhistas poderdo ser normalmente concluidas. Gabarito: E ~ Juiz do Trabalho - TRT 8* Regido 6) Na recuperacao judicial, a assembleia geral de credores seré composta por a) até quatro classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagéo do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe 1, composta dos titulares de créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; classe Ill, composta dos titulares de créditos quirograférios e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. b) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legisiagao do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos com garantia real; e classe Ill, Composta dos titulares de créditos quirograférios, com privilégio especial, com Privilégio geral e subordinados, bem como dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. ©) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legistagdo do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe Il, composta dos titulares de créditos com garantia real; e classe Ill, composta dos titulares de créditos quirograférios, com privilégio especial, com privilégio geral e ‘subordinados. 4d) até quatro classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislaco do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe Il, composta dos titulares de créditos com garantia real, classe Il, composta dos fitulares de créditos quirografarios, com privilégio especial, com privilégio geral e subordinados; ¢ classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte €) até trés classes de credores, assim distribuidas: classe |, composta dos titulares de créditos derivados da legislagéo do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; e classe Ill, composta dos titulares de créditos quirografarios e subordinados. Gabarito: D (Juiz substituto - TIPE - FCC) —_- Ss ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO > EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2% CHAMADA DE DIREITO CIVIL - SUCESSOES QUESTOES DISCURSIVAS CPVI ABC 22015 PROVA: 29/10/2015, 4* QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) Joao, sem descendentes, ascendentes e cdnjuge, ¢ titular de um vasto patriménio e resolve fazer testamento puiblico, no intuito de contemplar alguns amigos que possui. No testamento, obedecidas as formalidades legais, Jodo deixa a casa de praia em Buzios para Ant6nio e os demais bens existentes para Pedro, Paulo e Patricio. Passados dois anos da estipulagdo testamentaria, Joo vende a casa de Buzios para Ricardo e, trs anos depois, vem a readquiri-ta. Diante do exposto, pergunta-se: Quando Jodo falecer, qual serd o destino da casa de Buzios? Responda fundamentadamente em, no maximo, 15 linhas. 2" QUESTAO: (Valor - 3,5 pontos) Cristina propée demanda de investigagao de paternidade clc petigao de heranga em face de Luiz e Ricardo, herdeiros de Osmar. Alega a autora, em sintese, que sua mae manteve um romance com o pai dos demandados, advindo desse relacionamento sua concepedo e nascimento. Nao obstaste isso, aduz que foi registrada como filha do marido de sua mae e que teve conhecimento desses fatos ha pouco tempo. Assim sendo, pretende 0 reconhecimento da patemnidade biolégica e, consequentemente, alteragao do nome, bem como sua inclusdo, como herdeira necessaria, no inventario de Osmar. Em defesa, sustentam os réus que inexistiu relacionamento entre a mae da autora e © de cujus, sendo certo ainda que a autora nao contribuiu para a construcao do patriménio familiar do falecido. Por fim, sustentam os demandados 0 notério vinculo sccioafetivo da autora com 0 marido da mée dela, devendo isso prevalecer sobre a relago biolégica, o que afasta 0 direito sucessério da requerente quanto aos bens da heranca. Em sede probatéria foi produzido exame de DNA que confirmou ser Cristina filha biolégica de Osmar. Por outro lado, restou provada a existéncia do vinculo socioafetivo entre a autora e o marido de sua mde por mais de 20 anos. Por fim, restou também demonstrado a pratica da "adogdo a brasileira", bem como foi omitida ao longo desse tempo a verdade biol6gica da autora. Decida, fundamentadamente, a questéo e analise a existéncia ou nao dos direitos sucess6rios de Cristina quanto aos bens deixados em vida por Osmar. ATENCAO;: Responda uma unica questo em cada folha. Pa ELABORAGAO DE CASO CONCRETO. 4 Tor Eaborador - Prriodor : pwaco BRUNO MAGALHAES DE MATTOS | 20152 ATENGAO: A cipia impressa a pant da maira,2: 8 copia nae contrilada, cp Disciptina Tema | Questio D1 Dor Consinasona 9 02 Cia 0 @-Pea Poa Cadena (OTD o4-enpresaiad O) 05-Aaminsvaio 08 Tibuthio CLE Aiwr-Pressocs C] O6-Prcss Pend O) 0-Peninio a CW, acinar pt Téenicade 12. Respmadate 2 Chamata O [VF Acescente Sentenga Gi w WD 8 -Comunitor O) 14-Amberis 0) 15-Betora Descrig4o do Tema Sucessio Testamentiria. Historica, Pressupostos. Capacidade ativa « capacidade passiva no Tesamenio. RearigOes liberdade de testar. Codicilo. Formas de Testamento: testamentos comuns. piblico, cerrado e particular, Caracteristicas. Testamentos espetiais. Testemento maritimo, serondutico ¢ militar. Caducidade. Testamento nuncupativo. Descrigao do Caso Concreto Joao, sem descendentes, ascendentes © cOnjuge, & titular de um vasto patrimanio © resolve Tazer lestamento PUblico, no intuito de contemplar alguns amigos que possui. No testamento, obedecida as formalidades legais, Jodo deixa a casa de praia em Buzios para Anténio € os demais bens existentes para Pedro, Paulo e Patricio, Passados. dois anos da estipulagdo testamentaria, Jodo vende a casa de Biizios para Ricardo e. irés anos depois, vem a readquiri-ta Diante do Exposto, pergunta-se: Quando Jodo falecer, qual seri o destino da casa de Bizios? Responda fundamentadamente em, no maximo, 15 linhas. Resposta do Caso Concreto ‘Antigo 1.939, 11 do Codigo Civil. Explica a doutrina que, no caso de 0 testador readquirr a coisa alienada, o legado nto retoma a sua vitalidade, pois. ao alienar voluntariamente 0 bem, o disponente manifestou tacitamente a sua vontade em revogar o beneficiotestamentario. Neste caso, a casa volta a integrar o patriménio do titular da heranca, devendo, ap6s o seu falecimento, ser transmitida aos herdeiros legitimos ¢ na falta deles ser arrecadado pelo Estado como bem vage. Nio ha que se falar ainda em direto de acrescer dos herdeiros testamentarios a titulo universal justamente porque 0 direito de acrescer somente se opera entre herdeiros universais ou entre os préprios legatrios. e quanto aos primeiros, hhaverd a necessidade de serem chamados conjuntamente, na mesma disposigao do testamento, para o recebymento. da ‘mesma heranga, sem qualquer disposi¢ao acerca dos quinhdes que thes tocardo. Note-se que o que a lei pretende com o insttuto do direito de acrescer, diame da auséncia de estipulagdo de um substiruto, buscar a vontade presumida do testador, uma vez que o seu real querer ndo poderd mais ser observado em razto de alguma causa superveniente. ‘Assim sendo, pode-se concluir que, em nenhum momento, pretendeu o testador beneficiar os herdeiros testamentarios universais com a casa de Biizios, pois. se assim o fosse, os tera arolado como substtulos na falta do legatério, ou sequer: teria arrolado a casa como legado, mantendo-a apenas como bem integrante do acervo hereditério. o que contemplaria os herdeiros testamen‘érios universais. Fonte: Cédigo Civil Interpretado Conforme a Consttuigdo da Repiblica. V IV. Gustavo Tepedino, Heloisa Helena Barboza e Maria Celina Bodin, Rio de Janeiro: Renovar. 2014 Direito das Sucessdes - Giselda Hironaka e Francisco Cahali. Sto Paulo: Revista dos Tribunais, 2014 Gabarito elaborado por Bruno Magalhaes de Mattos - DIACD/EMERJ Observacdes Etapas Data Rubriea Ena aorrt Re (Zi Tio | roraocoPrt Ree | A | iG, Indust ne SIEM myo | CPII.02.06.08Cc0s2 oes ones) 6 wil Revsto DIACD aie Te Se 0 caso concreto for questio de prov w Valor Rubica do Prof Reap. n Ps Ta Feat | FRM-EMER4.004-02 Rev: 08 Data: 1704/2011 Poa: 1 ELABORAGAO DE CASO CONCRETO Wor Elaborador Pardo ouco [BRUNO macaLHaes 0c maTTos | "20152 STENGAG: A copia imeressa a partir da Intranot s copia naa aairniada, cP Disciplina Tema Questao oO 1 ‘O1-Constitucional (J 02- Civil O 03-Pena Prova Cademo_ CTD o4- Empresarial ©) 05-Adninstratvo () 06 - Tributario CTO c-Preessocw C) O8-Promiored (] @-Pemerom |g Ol Ww 1 ease Dy tt Teena do o8 $2-Respenaniete Reguar CO] )- escente Senlenga BIOCH cowwme OC wanes 0 tag Descri¢do do Tema Sucessio Legitima. Ordem de vocagao hereditaria. Formas de suceder e de partilhar. Sucessio em linha reta, Sucessdo dos descendentes. Sucessio dos ascendentes. Sucessio do cdnjuge. Direito real de habitagao. = Descrigdo do Caso Concreto ae Cristina propde demanda de investigagao de patemidade c/c petigao de heranga em face de Luiz e Ricardo, herdeiros de Osmar. Alega, em sintese, que sua mie manteve um romance com 0 pai dos demandados, advindo deste relacionamento sua concepgdo‘e nascimento. Nao obstaste isso, aduz que foi registrada como filha do marido de sua mae © que teve conhecimento desses fatos ha pouco tempo. Assim sendo, pretende o reconhecimento da paternidade bioldgica e/consequentementejalteragdo do nome, bem como sua incluso, ‘como herdeira necesséria, no inventirio de Osmar. Em defesa, sustentam os réus que inexistiu relacionamento entre a mae da autora e 0 de cujus, sendo certo ainda que a autora no contribuiu para a construgo do patriménio familiar do falecido. Por fim, sustentam os demandados 0 notério vinculo socioafetivo da autora com o marido da-sue-mae, devendo este prevalecer sobre a relagio biolégica, o que afasta o direito sucessdrio da requerente quanto aos bens da heranca., Em sede probatéria/foi produzido exame de DNA que confirmou ser Cristina filha biolégica de Osmar. Por| /, outro lado/restou provadg a existéncia do vinculo socioafetivo entre a autora e o marido de sua mae por mais| /; de 20 ano’. Por fim, restou também demonstrado a prftics da “adogdo & brasileira”, bem como foi omitide a0] longo desse tempo a verdade bioldgi Decidajfundamentadamente/ a questio € analise a existéncia ou ndo dos direitos sucessorios de Cristina quanto| / aos bens deixados em vida por Osmar. Resposta do Caso Concreto FAMILIA. FILIAGAO. CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AGAO DE INVESTIGACAO DE PATERNIDADE E PETICAO DE HERANCA. VINCULO BIOLOGICO. PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. IDENTIDADE GENETICA. ANCESTRALIDADE. DIREITOS SUCESSORIOS. ARTIGOS ANALISADOS: ARTS. 1,593; 1,604 ¢ 1,609 do Cédiyo Civil; ART. 48 do ECA; e do ART. 1° da Lei 8.560/92. 1. Agio de peticao de heranga, ajuizada em 07.03.2008. Recurso especial concluso ao Gabinete em 25.08.2011. 2. Discussio relativa a po: da paternidade biolégica. 3. A maternidade/paternidade socioafetiva tem seu reconhecimento juridico decorrente da relagio juridica de afeto, marcadamente nos casos em que, sem nenhum vinculo biolégico, os pais criam uma crianca por escolha propria, destinando-Ihe todo o amor, ternura e cuidados inerentes a relagao pai-filho. 4. A prevaléncia da paternidade/matemnidade socioafetiva frente & biolégica tem como principal fundamento 0 interesse do proprio menor, ou seja, visa garantir direitos aos filhos face as pretensdes negatorias de paternidade, quando é inequivoco (i) 0 conhecimento da verdade bioldgica pelos pais que assim o declararam no registro de nascimento ¢ (ii) a existéncia de uma relagdo de afeto, cuidado, assisténcia moral, patrimonial e respeito, construida ao longo dos anos. 5. Se € 0 proprio filho quem busca o reconhecimento do vinculo biolégico com outrem, porque durante toda a sua vida foi induzido a acreditar em uma verdade que the foi imposta por aqueles que o registraram, nao é razodvel que se Ihe imponha a prevaléncia da paternidade socioafetiva, a fim de impedir sua pretenséo. 6. O reconhecimento do estado de filiagdo constitui direito personalissimo, indisponivel e imprescritivel, que pode ser exercitado, portanto, sem qualquer restrigto, em face dos pais ou seus herdeiros. | lidade do vinculo socioafetivo com o pai registririo impedir 0 reconhecimento FRM-EMERJ.006-02 Rev: 08 Data: 1570472011 Peas | Déscrig&o do Caso Concreto 7. A patemidade traz em seu bojo diversas responsabilidades, sejam de ordem moral ou patrimonial, devendo ser assegurados os direitos sucessérios decorrentes da comprovagdo do estado de filiagdo. 8. Todos os filhos sio iguais, nio sendo admitida qualquer distingio entre eles, sendo desinfluente a existéncia, ou nao, de qualquer contribuigao para a formayao do patriménio familiar. 9. Recurso especial desprovido. REsp 1274240 / SC RECURSO ESPECIAL 201 1/0204523-7 Relator(a) Ministra NANCY ANDRIGHI (1118) Oreo Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 08/10/2013 Data da Publicacdo/Fonte DJe | 15/10/2013 RIOBDF vol. 82 p. 175 Observagses a = Entrega ao Pro, Resp. Tio Aprovagae do Prot. Resp. Lip Incusto no SEM lip CPII.02.08.05¢C050 Revato de Ponugute Tilio Revisio DIACO Py, ‘bd Se 0 caso conreo for quesito de prova: ne Valor Rubrica do Prof. Resp. Zz 5 | Sean he 2 FRM-EMERJ.004.02 Rev.:08 Data: 1504/2011 Pia: 1/1 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZACAO EM DIREITO PARA A CARREIRA DA MAGISTRATURA PROVA DE 2* CHAMADA DE DIREITO CIVIL - SUCESSOES QUESTOES OBJETIVAS CPVI ABC 2 2015 PROVA: 29/10/2015 NOME: MATRICULA: 3° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) A respeito do Direito das Sucessées, e de acordo com o ordenamento juridico patrio, a) a sucesso e a legitimacao para suceder s4o reguladas pela lei vigente ao tempo do nascimento do sucessor. b) a rentincia da heranga deve constar expressamente de instrumento publico ou privado ou de termo judicial. ©) a ago de petigao de heranga, quando exercida por um sé dos herdeiros, s6 compreendera os bens que lhe couber. ) as pessoas nascidas ou j4 concebidas no momento da abertura da sucessdo so expressamente legitimadas a suceder. ©) a deixa de bens ou direitos ao filho do concubine ¢ ilicita, ainda quando seu pai for © proprio testador. 4° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Quanto as cldusulas restritivas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, sobre os bens da legitima: a) pode 0 testador impé-las livremente, sem qualquer justificativa prévia. » b) pode 0 testador imp6-tas, desde que declare justa causa no proprio testamento. c) 86 so imponiveis se precedidas de autorizago judicial. P d) 6 vedada a imposigao de clausulas restritivas aos bens da legitima, s6 cabiveis'_) quanto a parte disponivel do testador. e) NRA y - EMERJ - 5° QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) ed De acordo com previsao no Cédigo Civil, assinale a alternativa correta. a) Por se tratar de bem mével por equiparagao, o direito a sucessao aberta, bem como 0 quinhao de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessao por escritura publica ou instrumento particular. b) A renuncia da heranga deve constar expressamente de declaragao particular, instrumento publico ou termo judicial. ¢) O co-herdeiro, a quem nao se der conhecimento da cesséo, podera, depositado metade do prego, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até em noventa dias apés a transmisséo. 1) A companheira ou companheiro participara da sucesso do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigéncia da uniao estavel, se concorrer com filhos comuns, teré direito a uma quota equivalente & que por lei for atribuida ao filho. e) NRA 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) ‘Acerca da partilha de bens na sucessdo, assinale a opgao correta. a) As liberalidades e doagdes recebidas deverdo ser colacionadas nos autos de inventério pelos herdeiros descendentes, ascendentes e pelos que renunciaram a heranga ou foram dela excluldos por indignidade ou desercao. b) A partifha pode ser realizada de forma consensual, ou extrajudicial, quando houver acordo entre os herdeiros, mediante escritura publica, por termos nos autos de inventério, em qualquer caso, de negécio juridico plurilateral, sendo essencial a assinatura do instrumento por todos os interessados e do curador do interditado, se houver. c) A agdo de declaragao de nulidade relativa da partiha ajuizada dentro do prazo legal da rescisdo da partilha consensual e do transito em julgado da sentenga de partilha judicial, em caso de declaragio de procedéncia do pedido, determina nova partilna, dispensando-se, entretanto, aos herdeiros a reposicao de frutos e rendimentos auferidos até a anulaggo. ’) Da partiha deverd constar auto de orgamento, incluldos os nomes do autor da heranga, do inventariante, do cOnjuge sobrevivente, dos herdeiros, dos legatérios e dos credores admitidos, bem como 0 ativo, o passivo e o liquido partivel, e o valor de cada quinhao. ) Por ser livre a manifestagao de vontade na sucesso legitima ou testamentaria, os tos juridicos de aceitago e rentincia de heranga podem ser retratados até a apresentagao das dltimas declaragdes nos autos da agdo de inventario. - EMERJ - QUESTOES DE MULTIPLA ESCOLHA Arespeito do Direito das Sucessdes, e de acordo com o ordenamento juridico patrio, a) a sucesso € a legitimacao para suceder sdo reguladas pela lei vigente ao tempo do nascimento do sucessor. b) a rendncia da heranca deve constar expressamente de instrumento puiblico ou privado ou de termo judicial. ¢) a ago de peti¢ao de heranca, quando exercida por um sé dos herdeiros, s6 compreenderé 5 bens que Ihe couber. d) as pessoas nascidas ou jé concebidas no momento da abertura da sucesso so expressamente legitimadas a suceder. @) a deixa de bens ou direitos ao filho do concubino é ilicita, ainda quando seu pai for o préprio testador. GaB: of | Valor ds nate: CS pontes. (eto a rpcovasto UA 6 wae Quanto as cldusulas restritivas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, sobre os bens da legitima: 4) pode o testador impé-las livremente, sem qualquer justificativa prévia. } pode o testador impé-las, desde que declare justa causa no préprio testamento. €) $6 so imponiveis se precedidas de autorizaco judicial. 4) € vedada a imposicdo de clausulas restritivas aos bens da legtime, 6 cabivels quanto a parte disponivel do testador. Siovs CZs = acl e) NRA pre S¢/ ances yp tanmard3C] f Gracin: SEO 5g" 1 7 cane $ Questions) Valor dls questo: (25 pontas, \ GS poe, Lvistoda apeovsgto U/C jr. ae De acordo com previsio no Codigo Civil, assinale a alternativa correta. 2) Por se tratar de bem mével por equiparago, o direito & sucesso aberta, bem como o quinho de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessdo por escritura publica ou instrumento particular. b) A rentincia da heranca deve constar expressamente de declarac3o particular, instrumento pubblico ou termo judicial. €) O co-herdeiro, a quem nao se der conhecimento da cesso, poderd, depositado metade do prego, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até em noventa dias apés a transmissao 4d) A companheira ou o companheiro participard da sucesso do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vig&ncia da unio estével, se concorrer com filhos comuns, ters direito a uma quota equivalente & que por lei for atribuida a0 filho. e} NRA aos GAB: D Acerca da partilha de bens na sucessio, assinale a opc3o correta. a) As liberalidades e doacdes recebidas deverdo ser colacionadas nos autos de inventério pelos herdeiros descendentes, ascendentes e pelos que renunciaram & heranca ou foram dela excluidos por indignidade ou desercao. b) A partiha pode ser realizada de forma consensual, ou extrajudicial, quando houver acordo entre os herdeiros, mediante escritura publica, por termos nos autos de inventério, em qualquer caso, de negécio juridico plurilateral, sendo essencial a assinatura do instrumento por todos os interessados e do curador do interditado, se houver. ¢) Aagio de dectaracao de nulidade relativa da partilha ajuizada dentro do prazo legal da rescisBo da partilha consensual e do trénsito em julgado da sentenca de partilha judicial, em caso de dectaracao de procedéncia do pedido, determina nova partilha, dispensando-se, entretanto, aos herdeiros a reposicdo de frutos e rendimentos auferidos até a anulacdo. 4d) Da partilha deveré constar auto de orcamento, incluidos os nomes do autor da heranca, do inventariante, do conjuge sobrevivente, dos herdeiros, dos legatérios e dos credores admitidos, bem como 0 ativo, o passivo € o liquido partivel, e o valor de cada quinhio. ) Por ser livre a manifestaggo de vontade na sucesso legitima ou testamentéria, 0s atos juridicos de aceita¢do e rendncia de heranca podem ser retratados até a apresentacao das lltimas declaragdes nos autos da ago de inventério. Gokanito +0 LE... vate agente = potas. A visto ue epvovagt_L/ ©

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