Há muitos jogos e esportes que envolvem a movimentação de objetos que podem ser impulsio-
nados diretamente pelo atleta ou de maneira indireta por meio de um equipamento adequado. No caso
do futebol, os atletas têm um objetivo muito específico: impulsionar a bola, chutando-a em direção ao
gol. O chute pode ser interpretado pela Física como a relação estabelecida entre a força que o jogador
aplica na bola e o intervalo de tempo que essa força atua sobre ela. O chute, portanto, nada mais é do
que o impulso que aplicado à bola vai determinar a variação de quantidade de movimento, resultando
em maior ou menor velocidade.
A massa da bola, segundo as regras da FIFA, deve ter entre 410 e 450 gramas. Logo no início
do jogo, a bola é colocada no chão pelo juiz e permanece em repouso até que seja autorizado o chu-
te inicial. Neste caso, a quantidade de força aplicada é calculada de tal forma que a bola desenhe o
trajeto desejado e o passe chegue ao pé do colega de equipe em segurança. Os princípios da Física
de impulso e de quantidade de movimento fazem toda a diferença no resultado: se os princípios foram
corretamente aplicados, o jogador tem mais chances de alcançar seu alvo.
Já no caso da cobrança de falta ou de pênalti, a bola fica em repouso até que o jogador dê um
chute, aplicando determinada força sobre a massa da bola que inicia o movimento, normalmente rumo
ao gol. Num primeiro momento tínhamos a bola em repouso; após o chute, a bola pode chegar a uma
velocidade equivalente à 100 km/h. O impulso dado pelo contato entre o pé do atleta e a bola, fez com
que a quantidade de movimento da bola fosse alterada. E mais uma vez os princípios da Física se
mostram determinantes para obter os resultados desejados.
I = F . ∆t
Resolução:
Como ∆t (intervalo de tempo) é um núme-
ro positivo, as características do vetor I são: A intensidade do Impulso é:
I = F . ∆t
Módulo: I = F . ∆t
Como F = 50 N e ∆t = 0,05 s,
Direção: a mesma que F
I = F . ∆t
Sentido: o mesmo que F I = 50 . 0,05
Unidade no SI: N.s I = 2,5 N.s
I2 = A2
F2 Área
F1
A2
A1 0
t
0 t1 t2 Observação: Para o caso em que
∆t1 ∆t2
a força muda de direção, o método das
► se em ∆t1 = t1 - 0, a força é cons- áreas não é suficiente.
tante e igual a F1, conforme mostra o grá- O cálculo do impulso de força que
fico acima, temos que: varia de direção envolve operações
matemáticas mais complexas e por isto,
I1 = F1 . ∆t1, mas A1 = F1 . ∆t1 não iremos estudar.
∆t = 25 segundos
Como I = F . ∆t
I = 5 N . 25 s
Os foguetes são máquinas que se
deslocam expelindo atrás de si um gás
I = 125 N . s a alta velocidade. Pelas leis da conser-
vação da quantidade de movimento, o
b) o gráfico é: foguete se desloca no sentido contrário
ao dos gases expelidos. É dessa força
F(N) que ele ganha velocidade e faz sua via-
gem ao espaço.
0 5 10 15 20 25 t(s)
Resolução:
F(N)
V Q Resolução:
m = 10 kg
m
Dados Pedido: Q = ?
V = 16 m/s
Q=m.V
Q=m.V
• Para um sistema
Q = 10 . 16
V1 m2
m3 Q = 160 kg.m/s
V3
m1 V2
a = ∆V
∆t a) impulso: I = F . ∆t
na nossa equação F=2N
F=m.a ∆t = 30 segundos
chegaremos a:
Usando a fórmula:
F = m ∆V
∆t I = F . ∆t
I = 2 . 30
Multiplicando ambos os membros desta
equação por ∆t, ela não se altera e teremos: I = 60N . s
F . ∆t = m ∆V . ∆t
∆t b) I = Q2 - Q1 = ∆Q
F . ∆t = m . ∆V, como ∆V = Vf - Vi então, se I = ∆Q.
F . ∆t = mVf - mVi ∆Q = 60 kg m
s
c) Vi = ?
Como I = F . ∆t e Q = m . V, podemos
I = 60 N.s
escrever:
m = 20 kg
Vf = 20 m/s
I = Qf - Qi ou
Como,
I = ∆Q I = mVf - mVi
então,
O impulso (I) de uma força em um cor-
po mede a variação da quantidade de movi- 60 = 20 . 20 - 20 . Vi
mento (Q) deste corpo, no mesmo intervalo 60 = 400 - 20 Vi
de tempo (∆t). Este é o teorema do impulso.
20 . Vi = 400 - 60
20 . Vi = 340
Veja o exemplo a seguir que
explicita esse teorema: Vi = 340
20
VA VB
NA VA NB
VB
I = Qf – Q i F
I = m.Vf – m.Vi
Teorema da conservação da
quantidade de movimento
5
a) ( ) 5 kg.m/s, vertical, para cima.
b) ( ) 50 kg.m/s, vertical, para baixo
t(s)
0 10 c) ( ) 100 kg.m/s, vertical, para cima.
d) ( ) 150 kg.m/s, vertical, para baixo.
a) ( ) 100 N.s
b) ( ) 75 N.s 8. (FUVEST. Adaptada) Após o chute
c) ( ) 50 N.s para a cobrança de uma penalidade máxima,
d) ( ) 25 N.s uma bola de futebol de massa igual 0,40 kg
sai com velocidade igual a 24 m/s. O tempo
4. Um corpo de 2 kg, inicialmente em de contato entre o pé do jogador e a bola é
repouso sobre uma superfície horizontal sem de 3,0 . 10 - 2 s. A quantidade de movimento
atrito, é atingido por outro corpo de 1 kg, que adquirida pela bola e a força média aplicada
trafegava nesta superfície com velocidade de pelo pé do jogador, valem, respectivamente:
5 m/s. Qual será a velocidade final do corpo
de 2 kg, sabendo-se que a velocidade final do a) ( ) Q = 4,0 kg.m/s e F = 120 N
corpo de 1 kg é de 4 m/s? b) ( ) Q = 9,6 kg m/s e F = 320 N
c) ( ) Q = 9,6 kg m/s e F = 120 N
a) ( ) 5 m/s d) ( ) Q = 6,0 kg m/s e F = 200 N
b) ( ) 1,5 m/s
c) ( ) 3 m/s
d) ( ) 0,5 m/s
4. d) ( x ) 0,5 m/s
7. b) ( x ) 50 kg m/s, vertical, para
Comentário. Resolução: baixo.
mA = 2kg
Vi,A = 0 Pedido: Vf,A = ? Comentário. Resolução:
Dados mB = 1kg
Como Q = m . V e m = 10 kg e V = 5 m/s,
Vi,B = 5m/s
Vf,B = 4 m/s Q = 10 . 5 = 50 kg . m/s
Como o sistema pode ser considera-
do isolado: Observe que a fórmula é vetorial,
Qinicial = Qfinal (pois é constante) Q=m.V
Qi,A + Qi,B = Qf,A + Qf,B
Então, como m é sempre positiva, a di-
mA . Vi,A + mB . Vi,B = mA . Vf,A + mB . Vf,B reção e o sentido de Q é sempre igual as de V.