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FAQ Sistema de Documentagio TELEBRAS 600-002 @ séiic ENGENHARIA MAL 1998 PAG. | DE 23 + PRATICA - PRINCIPIOS PARA PROJETO DE PROTECAO ELETRICA DE TELECOMUNICACOES REDE EXTERNA SUMARIO... -PAG. 1 GENERALIDADES .. 2 REFERENCIAS....ccscsescesstsneererinsrineeverneerneenetneeneennnensesnneeeese 2 (A) Da TELEBRAS..... 2 (B) Outras... 3. CAMPO DE APLICAGAO 4, DEFINICOES... wv 5. COORDENAGAO DE ISOLAMENTO «00 4 (A) Rede Aérea com Mensageiro Nu 4 (B) Rede Aérea ser Mensageiro Nu 9 (©) Rede Subserranea / Enterrada.....s.c0.0 10 6. COORDENAGAO DE SOBRECORRENTES «0. ..n ers 10 7. LOCALIZACAO DE PROTETORES....... 14 8. VINCULACAO E CONTINUIDADE....eceos00 16 9. CRUZAMENTOS COM LINHAS DE ENERGIA ELETRICA ......ccsstetseee IT 10. CRITERIOS DE ATERRAMENTO....... Sree 7 (A) Aterramento do Cabo Mensageiro: 7 (B) Aterramento da Blindagem... 18 (C) Aterramento Préximo a Instalagdes Elerica 21 Il. OBSERVAGAO......... ebb ldeldelebletel 23 12. APROVAGAO E DATA DE VIGENCIA 7 23 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 2 DE 23 1. GENERALIDADES 1.01 Esta pratica tem por objetivo estabelecer as justiticativas técnicas para os procedimentos de protegio elétrica especificados nas referéncias 2.01 e 2.02. 1.02 Os procedimentos aqui descritos se aplicam genericamente a uma rede de telecomunicagdes de forma a tornd-la compativel com as caracteristicas do ambiente externo, como 0 uso-miituo de posteugo com rede de energia elétrica e a natural exposigdo aos efeitos das descargas atmosféricas, 1.03 Para o caso de redes de telecomunicagdes em situagdes especificas, como no caso de longos paralelismos com linhas de energia elétrica, por exemplo, podem ser necessdrios procedimentos complementares que niio so tratados neste documento. . REFERENCIAS (A) Da TELEBRAS 2.01 SDT-235-610-604 (PADRAO) - Projeto de Protegao Elétrica na Rede Subterranea ow Diretamente Enterrada. 2.02 SDT-235-610-603 (PADRAO) - Projeto de Protegio Elétrica na Rede Aérea. (B) Qutras 2.03. The Protection of Telecommunication Lines and Equipments Against Lightning Di ITU 1974. 3. CAMPO DE APLICACAO 3.01 Esta Prética se aplica as Empresas do Sistema TELEBRAS. sendo a sua divulgagio classificada como ostensiva, 4. DEFINICOES 4.01 Uso Miituo de Posteagao - utilizagio da mesma posteagdo para suportar a rede de energia elétrica ¢ a rede de telecomunicagies. 4.02 Rede de Distribuigio de Energia Eiétrica - rede elétrica responsavel por levar energia da subestacao de distribuigdo até os consumidores. 4.03. Rede Primaria - rede de distribuigdio de energia elétrica que opera com tensbes elevadas (por exemplo, 13,8 kV) e € responsavel por levar energia desde a subestacdio de distribuigo até os consumidores (em tensao priméria) ou até os transformadores da rede secundaria. 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 3 DE 23 4.04 Rede Secundéria - rede eKtsica de distribuigfo que opera cm baixa tensdo (por exemplo, 220V) e é responsavel por levar energia desde os transformadores da rede secundaria até os consumidores. 4.05 Rede de Transmissdo de Energia Elétrica - rede elétrica responsdvel por levar energia da usina de geragdo até a subestagdo de distribuigao. 4.06 Alimentador - parte da rede primaria de distribuigio cuja protegao esté a cargo do disjuntor da subestagao. 4.07 Ramal - parte da rede priméria distribuigdo cuja protegdo esta a cargo de equipamentos localizados ao longo da rede (por exemplo, chaves fusiveis). 4.08 Disjuntor - equipamento de protegio da rede elétrica que abre 0 circuito elétrico quando acionado pelo relé de protegdo. 4.09 Religador - equipamento de protego da rede elétrica que abre ou fecha 0 cirenito elétrico quando acionado pelo relé de protegio. 4.10 Chave Fusivel - equipamento de protegao da rede elétrica que abre 0 circuito elétrico quando a corrente que passa pelo mesmo excede a caracteristica corrente x tempo do seu elo fusivel 4.11 Relés de Protecdo - dispositivo de protegdo que tem por fungiio comandar a abertura do religador ou do disjuntor quando a corrente no circuito ultrapassa a sua caracteristica corrente x tempo. 4.12 Poténcia de Curto-Circuito ~ produto entre a tenso antes do curto-circuito © a corrente de curto-cirenito em um dado ponto da rede elétrica 4.13 Coordenagao de Isolamento - especificagdo dos diversos niveis de isolamento de um sistema elétrico de forma que as descargas elétricas ocorram por caminhos pré-on >400-m TONG OUTAL TIOFE g g ASSINANTE Figura 11 - Localizagio de Protetores 8. VINCULAGAO E CONTINUIDADE, 8.01 Como decorréncia do critério adotado para a coordenagao de isolamento da rede, nenhuma vinculagdo poderd ser feita entre mensageiro e blindagem, sendo que estes condutores passam a constituir circuitos distintos. No entanto, é importante manter sempre a continuidade elétr cada um dos circuitos (mensageiro e blindagem), 8.02 A manutengo da continuidade do cabo mensageiro decorre do critério de aterramento adotado, o qual visa obter uma_resisténcia equivalente ao longo de todo 0 citcuito. Dessa forma . é interessante que os mensageiros de diferentes cabos sejam vinculados entre si. no caso destes serem instalados na mesma posteagdo, Também no caso de cabos de rotas adjacentes (mesmo que de Segdes de Servigo distintas), € interessante se langar um trecho de mensageiro para fazer a interligag2o, desde que 0 mesmo nao exceda a 100 metros ¢ exista facilidade para a sua instalagao. 8.03 A continuidade da blindagem tem varios objetivos, os quais podem ser agrupados em relativos & protecdo e A interferéncia. No caso de interferéncia, cabe ressaltar que mesmo um mau a: 600-002 EMISSAO 02, MAT 1998 PAG. 17 DE 23 contato do conector de blindagem (que usualmente nao é critico para a protegdo) j4 deteriora de forma significativa os niveis de ruido do cabo. Dessa forma, ressalta-se que deve ser feita a continuidade da blindagem com conectores que efetivamente mantenham o circuito continuo, como condigao para manter o ruido nos pares em niveis reduzidos. Esta continuidade de blindagem inclui a transigio da rede aérea para a subterrinea 8.04 Na galeria de cabos, as blindagens deverdio ser vinculadas entre si ¢ conectadas & malha de aterramento da estagdo, de forma a assegurar a equipotencialidade entre estes condutores. 8.05 Nas caixas subterrdneas, as luvas devem ser vinculadas entre si em intervalos de aproximadamente 500 m, com o objetivo de reduzir as possiveis diferengas de potenciais entre as mesmas. 8.06 A blindagem de um cabo telefdnico diretamente enterrado nfo deve ser vinculada ao condutor de blindagem (cabo guarda) enterrado em paralelo ao cabo telefénico. Este procedimento iG da capa isolante do cabo telefonico na protegio do mesmo. No entanto, tanto a blindagem quanto 0 condutor de blindagem devem ser mantidos continuos em toda a suia extensao. 9. CRUZAMENTOS COM LINHAS DE ENERGIA ELETRICA 9.01 Os cabos telefnicos ou linhas de fios deverdo cruzar uma linha de transmissio de energia eléirica formando um Angulo 0 mais proximo possivel de 90°, de forma a minimizar os acoplamentos capacitivo e indutivo entre as linhas. 9.02 Os cabos telefSnicos aéreos ou linhas de fios deverdo cruzar uma linha de transmissio de energia elétrica preferencialmente através de uma travessia subterrinea ("dips"), com 0 objetivo de se evitar a possibilidade da queda de uma fase da linha elétrica sobre a linha telefnica. Caso 0 estado de conservagio da linha elétrica seja bom o suficiente para garantir que uma ruptura da fase ou queda de torre seja um evento com una probabilidade reduzida de ocorrer, pode-se realizar travessias aéreas. 10 CRITERIOS DE ATERRAMENTO. (A) Aterramento de Cabo Mensageiro 10.01 O critério bésico de aterramento do cabo mensageiro é fornecer uma resisténcia equivalente para a terra igual ou inferior a 13 Q quando da implantagio da rede. Esta resisténcia equivalente é fungdo das resisténcias de aterramento individuais, da resisténcia do mensageiro (Q/km) e da configuragio da rede (ntimero e localizagdo de aterramentos). Sao com estes trés parémetros que se tem de atuar para se obter a resisténcia equivalente da forma mais eficiente possivel. A seguir é feita uma descrigdo destes pardmetros : 2) Os valores das resisténcias de aterramento individuais so limitados pela resistividade do solo ¢ pelo © niimero de hastes que € economicamente vidvel cravar. Em geral, este valor fica entre 15 Qe 60.2, embora existam solos em que estes valores $6 So obtidos a custa de muito esforco -600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 18 DE 23 b) O valor de resisténcia do cabo mensageiro varia de 10 a 15 Q/km para o mensageiro de 4,8 mm. Estas variagdes se dio devido as caracteristicas dos agos utilizados. ¢) A configuragdo da rede é determinada pela distribuigo espacial dos assinantes, sendo mais ficil obter uma dada resisténcia equivalente em uma rede em malha do que em uma rede em linha, por exemplo, 10.02 método simplificado para 0 projeto dos aterramentos é descrito a seguir : a) O método simplificado trabalha com parémetros conservativos, isto é, ele parte da hipétese que a configuragao da rede € linear (rede em linha) e que 0 mensageiro utilizado_ tem um clevado valor de resisténcia (15 Q/km). b) Com base nestas hipéteses, ¢ construida a Tabela 3, onde o projetista escolhe o maximo valor de resisténcia de aterramento por ponto e 0 didmetro do cabo mensageiro. Com base nestes pardmetros, a Tabeia 3 fornece a maxima distancia entre aterramentos e 0 numero minimo de aterramentos. ©) Por exemplo, para 30 Q por ponto ¢ um mensageiro de 6,4 mm de didmetro, deve-se projet aterramentos de forma que a distdncia maxima entre os mesmos seja 700 me a rede tenha no m 3 aterramentos. L:: Distancia maxima entre aterramentos —_N : Niimero minimo de aterramentos Tabela 3 - Aterramento do Cabo Mensageiro 10.03 © método computacional para 0 projeto dos aterramentos € descrito a seguir a) O método computacional utiliza o Programa RESEQ e permite ao projetista descrever toda a sua rede no computador, a partir de um diagrama esquematico. b) Ao operar com este método, 0 projetista pode alterar o valor e a localizagZo dos aterramentos individuais ¢ calcular a resisténcia equivalente ao longo da rede através do programa. ©) Algm disso, ele pode operar no modo automitico, onde apenas fornece a0 computador o valor de resisténcia por ponto com o qual pretende trabalhar e 0 programa faz. automaticamente a selegao dos locais de instalagdo dos aterramentos da forma mais eficiente possfvel. (B) Aterramento da Blindagem 10.04 A indugao magnética é originada por correntes nas linhas de energia elétrica as quais induzem tenses nas linhas telefOnicas. Essas correntes (e as tensdes por elas induzidas) sio usualmente de 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 19 DE 23 freqii@ncia industrial e suas harmdnicas impares superiores, cujas amplitudes tendem a decrescer com 0 aumento da freqiiéncia. As tensdes induzidas se manifestam tanto em modo comum (em relagio a terra) quanto em modo diferencial (entre os fios A e B do par). As tenses de modo comum esto associadas com a seguranga das pessoas ¢ dos equipamentos, enquanto que as tenses de modo diferencial causam interferéncia com o sinal de comunicagao. A influéneia do aterramento da blindagem na indugdo magnética € descrita a seguir : a) Visando reduzir a tensio de modo comum, um cabo telefonico deve ter suas extremidades aterradas com baixos valores de resisténcias de aterramento. No entanto, para as redes locais de tclecomunicagdes, as redugdes que se conseguem com os atertamentos vidveis de se obter na pratica nio so relevantes. A Figura 12 mostra o fator de blindagem para um cabo tipico da tede local, onde se observa que a redugdo na tensio induzida para baixas freqliéncias nao é significativa, Por outro, lado, as redes locais usualmente no apresentam mais do que alguns volts de tensio induzida, sendo tecnicamente desnecessario (e economicamente invidvel) projeté-las com um baixo fator de blindagem para a freqtiéncia industrial (60 Hz). b) Para 0 caso de cabos submetidos a fortes indugdes, devido a excessivos paraielismos com linhas elétricas desbalanceadas, deve-se aplicar medidas corretivas especificas em fungao das caracteristicas das linhas. Para o caso geral de que trata este documento, nao se justifica especificar o aterramento de blindagem em funcao da indugio longitudinal (modo comum), Fo Cabo Telefonico 1,00] Sim a L = 0,75| _ Sistemas de 302 302 WT Baerga Blétrica 0,50 025 Descargas Atmosféricas 60 600k ~SCOk~S COOK FG) Figura 12 - Fator de Blindagem ©) A tensio induzida transversal (modo diferencial) € fungdo do desbalanceamento do cabo telefSnico (diferenca nos valores de capacitiincia ¢ resistencia entre fios de um par) e da corrente que percorre a blindagem. Neste sentido, o procedimento de aterramento ideal para blindagem do cabo é manté-la continua e aterrada apenas na estagdo telefonica, pois desta forma a corrente que a percorre € nula. 4) No entanto, o procedimento de se aterrar a blindager nas pontas dos cabos aéreos ¢ na transiga0 o cabo aéreo para 0 sublerrineo no compromete 0 nivel de ruido da rede. Isto se dé porque as 235-600-002 EMISSAO 02, MAT 1998 PAG. 20 DE 23 correntes que so usualmente induzidas na blindagern no so suficientes para alterar significativamente 0 potencial desta em relagdo ao aterramento da central. Nos casos onde o nivel de ruido € elevado, deve-se verificar a continuidade da blindagem ao longo da rede aérea ¢ subterranea 10.5 A indugao elétrica é causada por tensbes nas linhas elétricas que induzem tensdes nas linhas telefSnicas através do acoplamento capacitivo. A influéncia do aterramento da blindagem na indugao elétrica é descrita a seguir : a) Para proteger as linhas (elefonicas das tenses eletricamente induzidas, basta que se garanta um caminho para que a blindagem do cabo escoe as cortentes induzidas para a terra, No caso de fios, a continuidade do circuit através da central de comutagio até atertamento da estagéo também garante uma atenuagao significativa da tensio induzida. 'b) Casos eriticos como longos paralelismos com linhas de transmissio de energia sto tratados com medidas corretivas espeeificas, as quais fogem do escopo deste documento. 10.6 Embora o projeto da rede tenha sido dimensionado com o objetivo de evitar que as correntes originadas por contatos com a rede etrica penetrem no nticleo do cabo telefSnico, 0 aterramento da blindagem também atua como uma protegao de retaguarda para este evento, a qual é descrita a seguir 2) Caso algum evento leve & ocorréncia de uma falta da rede de enetgia cuja corrente atinja 0 nticleo do cabo, a blindagem deve oferecer uma impedincia para a terra inferior ao limite de resistencia equivalente especificado para o mensageiro, de forms a propiciar o répido desligamento da rede elétrica, b) Este tipo de evento ocorre no caso de falha do isolamento da rede. onde o aterramento da. blindagem constitui uma protegao de retaguarda. ©) A obtengiio de baixos valores de resisténcia equivalente da blindagem ¢ relativamente facil, devido 2 baixa resisténcia das blindagens dos cabos ¢ a grande malha composta pela rede subterrinea Estudos realizados mostram que, em uma érea urbana, a resisténcia equivalente para a terra da blindagem do cabo primério no armério de distribuigao é da ordem de | Q. Dessa forma, mesmo que 0 cabo lateral tenha varios quilémetros de extenso, ainda assim a sua resisténcia equivalente € inferior a 13 Q. 10.7 Embora todas as outras fontes de perturbago tenham sido consideradas na espe aterramento de blindagem, so as descargas atmosféricas que determinam 0 procedimento a ser adotado, o qual € descrito a seguir a) O primeiro aterramento de blindagem é especificado na transigiio da rede aérea para a rede subterranea, O valor de 30. é um valor obtido com relativa facilidade na rede externa e promove uma boa atenuagdo na tensdo induzida. bb) Os aterramentos nas pontas dos cabos tém por objetivo definir um circuito longitudinal fechado para a circulagio de correntes. de blindagem, de forma a minimizar as tensGes induzidas nos pares dos assinantes. Observe-se que neste caso 0 fator de blindagem € bem eticaz devido ay altay freqiiéncias envolvidas em uma descarga atmosférica. A Figura 12 mostra o fator de blindagem para as freqiiéncias tipicas de uma descarga atmostérica. 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 21 DE 23 c) Também foram especificados aterramentos nos locais de instaligdo de protetores, conforme analisado anteriormente. © objetivo destes aterramentos é limitar a cotrente injetada na blindagem pela linha de fios. (C) Aterramentos Préximos a Instalacdes Elétricas 10.8 A ocorréncia de um curto-cireuito fase-terra em uma linha de energia cujo transformador é aterrado na subestagdo leva a circulagio de corrente pela malha de uterramento desta, Esta circulagio de corrente dé origem a um perfil de potencial no solo que circunda a subestagio. A Figura 13 mostra um caso tipico de uma subestagéo de transformagio. A seguir sio dados os itérios a serem observados para o aterramento da rede de telecomunicacdes nestas condigdes SUBESTACAO AREA = 8000 m? V(%) 0 50 100 150 200 250 300, Distane: im Figura 13 - Perfil de Potencial da Malha de Aterramento de uma Subestagao de Energia a) Caso uma linha telefénica tenha aterramentos proximos a subestacao, a elevagao de potencial do solo leva & circulagio de correntes estranhas que podem causar danos na linha telefénica, b) Define-se uma drea de influéncia de 250 metros em torno da subestagio onde ndo devem ser construidos aterramentos da rede de telecomunicagdes. Este drea de influéncia ¢ fungio das dimensdes da malha de aterramento da subestagdo, da resistividade do solo, das poténcias de curto- ciscuito das linhas elétricas e do niimero de cabos neutro e para-raios conectados & malha. ©) A definigio do valor de 250 metros como o afastamento minimo da subestago baseou-se em ctitérios conservativos. Em casos onde esta restrigdo for critica, pode-se calcular a distribuigao de potencial no solo e determinar a distancia a partir da qual © mesmo cai abaixo de 300 V, como forma de definir a area de influéncia 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 22 DE 23 10.9 Os aterramentos da rede de telecomunicagdes nunca deverdo ser projetados onde houver aterramento da rede elétrica, devendo ser mantido um afastamento minimo de 20 metros entre ox aterramentos. Para tal, basta que no se projete o aterramento da rede telefénica no poste que tenha aterramento da rede elétrica. As justificativas para este procedimento siio dadas a seguir a) O afastamento minimo do aterramento da rede elétrica esta condicionado aos potenciais de solo ctiados pela passagem de corrente através do mesmo, O valor de 2 metros de afastamento ja € suliciente para uma haste de 2.4 metros. A Figura 14 mostra os potenciais de solo causados por uma haste vertical. b) O valor de 20 metros adotado justifica-se porque, em geral, nfo se sabe as dimensdes nem a diregfio de construgdo do aterramento da rede elétrica. 100 HASTE CIRCULAR 15 ALTURA = 240 em V(%) 50 0 05 1 1s 2 25 Distancia (m) Figura 14 - Perfil de Potencial de uma Haste 10.10 Como foi visto, um poste em uso-miituo com rede de energia clétrica pode ser energizado por um curto-circuito. Dessa forma, 0 cabo de descida de aterramento da rede de telecomunicagdes deve ser isolado do poste até uma distincia de 2 metros no solo, de forma a evitar a ocorréncia de ‘uma descarga através do solo. A Figura 15 mostra o perfil de potencial relativo a um poste circular de metal ou concreto. 235-600-002 EMISSAO 02, MAI 1998 PAG. 23 DE 23 100 POSTE CIRCULAR PROFUNDIDADE = 150m RAIO= I7em V(%) 50 25 0 05 I 1S 2 Distancia (m) Figura 15 - Perfil do Potencial de um Poste Circular de Conereto 11 OBSERVACAO 11.01 Quaisquer comentarios, sugestdes, criticas ou outro tipo de informagdo relacionados com 0 presente documento devem ser dirigidos a jo de Desempenlio de Rede de Accesso € Terminagdes do Departamento de Desempenho ¢ Qualidade da Planta da TELEBRAS ow a Divisao de Servigos de Integridade da Rede do Departamento de Servigos Tecnolégicos e Conformidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) da TELEBRAS. 12 APROVACAO E DATA DE VIGENCIA. 12.01 Este documento foi aprovado pelo Gerente do Departamento de Desempenho e Qualidade da Planta, por delegagiio do Diretor de Rede da TELEBRAS, em2o, de mcrecde 1998, entrando em vigor a partir desta data.

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