Apresentado no
10° Congresso de Inovação, Ciência e Tecnologia do IFSP ou no 4º Congresso de Pós-Graduação do
IFSP
27 e 28 de novembro de 2019- Sorocaba-SP, Brasil
ABSTRACT: The research presents as one of its objectives, the accomplishment of a quantitative
survey of the deaf school population and graduates of the Basic Education, in the municipalities
surrounding Boituva, namely: Boituva, Iperó, Cerquilho and Porto Feliz, in municipal and state
schools, public and private. In order to contribute to the organization of the local deaf community and
in order to found an association of deaf people, the research is justified because it aims to make
possible the guarantee of the rights related to the linguistic specificity of this public and to have them
evidenced in the municipalities, schools and hospitals in the listed cities, as required by the Brazilian
deaf community and guarantee the documents that guide the national politics of social inclusion. To
perform the data collection, will be visited the teaching boards and / or departments of Education of
the municipalities and later the school units that serve and / or have attended deaf students, in order to
locate them and include them in this research. . It is expected to locate the largest number of deaf
residents in these cities and to found an association that collaborates with the promulgation of the
Brazilian sign language and is a linguistic reference for the deaf and public agencies of the region.
A Lei nº 10.436/02 (BRASIL, 2002) mais conhecida como lei de libras, e o Decreto nº
5626/05 (BRASIL, 2005), possibilitaram para a comunidade surda brasileira o direito e acesso aos
espaços públicos a partir de sua língua natural, a de sinais. A língua brasileira de sinais (Libras) é
utilizada pela comunidade surda brasileira e passou a ser compreendida como uma língua após estudos
científicos realizados pelo pesquisador Willian Stokoe (1960), que pioneiramente investigou
elementos das línguas sinalizadas e comprovou que estas são dotadas de uma gramática própria e
características que as tornam independentes das línguas orais.
O reconhecimento linguístico da Libras foi comemorado pela comunidade surda brasileira
apenas nos anos 2000 e o tempo entre o reconhecimento científico das línguas de sinais e a
promulgação da lei de libras foi marcado por diversos movimentos políticos promovidos pela
comunidade surda em nosso país, conforme evidenciam as pesquisas de Oliveira & Silva (2018). E em
contínua luta política, a comunidade surda de nosso país defende seus direitos linguísticos para que
estes sejam respeitados, garantidos pelo poder público, e valorizados pela sociedade.
Aceitar a diferença e valorizá-la como constitutiva do humano determina
um novo olhar para a diversidade, para o eu (ouvinte/ surdo) e para o outro
(surdo/ouvinte), a fim de que, no retorno a si próprio, seja revelado aquilo que
incomoda. (LODI, 2013, pág. 61)
MATERIAL E MÉTODOS
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 25 abr. 2002. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> Acesso em: 01 Set.. 2019.
OLIVEIRA, P.S.J. SILVA, L.C. Movimento surdo e suas repercussões: tramas nas/das
políticas educacionais brasileiras. 1- ed. Curitiba: Appris, 2018.
STOKOE, W.C. (1993 [1960]). Sign Language Structure. An Outline of the Visual
Communication Systems of the American Deaf. Silver Spring: Linstok Press.