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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR


PRÁTICAS DE BIOQUÍMICA DE CARBOIDRATOS

RELATÓRIO PRÁTICA 01: EXTRAÇÃO DE CARBOIDRATOS DE TECIDOS


VEGETAIS (CARBOIDRATOS TOTAIS. AMIDO E PECTINA)

Amanda Pacheco 89346


Danilo Canettieri 89345
Jeniffer Martins 89350
Matheus Aragão 89349

VIÇOSA
MINAS GERAIS
SETEMBRO/2019
1. INTRODUÇÃO

O mel é uma substância viscosa, aromática e açucarada obtida do néctar de flores


ou nectários extraflorais encontrados em colmeias de insetos sociais (EMBRAPA 2011),
seu uso se dá desde a antiguidade devido a seu potencial energético e terapêutico para o
homem e animais. Sua composição depende exclusivamente da origem e do
enriquecimento via ação metabólica dos insetos e microrganismos, sendo in maioria
composto por 3 a 87% de açúcares e 7 a 40% de água, enzimas, proteínas de defesa a
microbiota patogênica, lipídeos e outros metabólitos secundários (Alves, 2008).

Os carboidratos do mel são representados por 85 a 95% de glicose e frutose e


cerca de 5 a 15% de carboidratos oriundos da ação metabólica secundária, a glicose via
interação com a água impõe a viscosidade característica do mel, já a frutose representa
a gustação atribuída ao composto (Marchini et al., 2004). Esses açucares se encontram na
forma dissacarídea ou na forma livre, podendo ser identificado por métodos qualitativos
e quantitativos.

O índice de açucares livres (forma monossacarídea) pode ser obtida via emprego
de técnicas sofisticas como cromatografia com adição de padrões, espectrofotometria e
reação enzimática (MORRISON; BOYD, 2011). Em contraponto os dissacarídeos ou
polissacarídeos só são passiveis de análise total quando dissociados via clivagem da
ligação glicosídica. As técnicas com sensores enzimáticos ou colunas cromatográficas
costumam ser caras e trabalhosas, já o uso de espectrofotometria junto a técnicas
colorimétricas em gradação é uma alternativa barata e de fácil metodologia na maioria
dos casos.

O uso do método do ácido 3-5-dinitrossalicílico permite a quantificação indireta


de todos os açúcares redutores, esse na presença de açucares redutores é reduzido a ácido
3-amino-5-nitrossalicílico, e o grupamento aldeído do carboidrato é convertido em ácido
carboxílico (figura 2). Essa oxirredução altera a faixa de absorção energética a 540nm
pela molécula de DNS e pode ser linearizada pela relação concentração de glicose X
absorbância (Miller, 1959).
2. MATERIAIS E MÉTODOS

3. REGISTRO DE RESULTADOS

Construção da curva padrão para posteriores análises.


Leituras da absorbância realizadas em espectrofotômetro em 540nm.
Solução padrão de glicose: 5 μmols/mL

H20 destilada Solução Padrão


Tubos Ml mL ABS
Branco 1 - 0,1
1 0,8 0,2 0,255
2 0,6 0,4 0,391
3 0,4 0,6 0,834
4 0,2 0,8 1,01
5 - 1 1,195
Curva Padrão
1.20

1.00

0.80
Absorbância

0.60 y = 0.774x + 0.0296


R² = 0.9671
0.40

0.20

0.00
0.0000 0.2000 0.4000 0.6000 0.8000 1.0000 1.2000 1.4000

Concentração μmols/mL

Dosagem de açucares redutores (AR) pelo método de DNS:


Resultados de absorbância foram aplicados na curva padrão feita anteriormente,
determinado assim a concentração de cada amostra em questão.
Equação da reta usada para cálculo de concentração: Y=0,774X + 0,0296
AR 1: Diluição de 1 mL de melaço em balões volumétricos de 100 mL.
AR 5: Diluição de 5 mL de melaço em balões volumétricos de 100 mL.
AR 10: Diluição de 10 mL de melaço em balões volumétricos de 100 mL.
Concentração
Tubos ABS μmol/ml
AR 1 0,495 0,60129199
AR 5 0,562 0,687855297
AR 10 0,869 1,084496124

Dosagem de açucares redutores totais (ART) pelo método de DNS:


Resultados de absorbância foram aplicados na curva padrão feita anteriormente,
determinado assim a concentração de cada amostra em questão.
Equação da reta usada para cálculo de concentração: Y=0,774X + 0,0296
ART 2: Diluição de 2 mL do hidrolisado diluído para balões volumétricos de 100 mL.
ART 10: Diluição de 10 mL do hidrolisado diluído para balões volumétricos de 100
mL.
ART 25: Diluição de 25 mL do hidrolisado diluído para balões volumétricos de 100
mL.

Concentração
Tubos ABS μmol/ml
ART 2 0,122 0,119379845
ART 10 0,192 0,209819121
ART 25 0,746 0,925581395

4. DISCUSSÃO

No caso do AR, calculamos a quantidade de açúcares redutores que existem no


melaço, ou seja, os monossacarídeos (glicose e frutose), já que a sacarose não tem carbono
anomérico livre, e, portanto não se classifica como açúcar redutor. Observamos que a
quantidade de açúcar redutor foi proporcional à quantidade de melaço utilizada, logo os
nossos dados estão coerentes, visto que a diluição foi a mesma para todas as amostras. O
mesmo pode ser observado nos açúcares redutores totais, a cada aumento na quantidade
de melaço, tendo-se a mesma diluição, temos um aumento também na concentração de
açúcares redutores totais, logo os dados do experimento estão coerentes.

5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS

Alves, E.M. 2008. Identificação da flora e caracterização do mel orgânico de abelhas


africanizadas das Ilhas Floresta e Laranjeira, do Alto Rio Paraná. 63 f. Tese
(Doutorado em Zootecnia)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PA.

Marchini, L.C.; Sodré, G.S.; Moreti, A.C.C.C. 2004. Mel brasileiro: composição e
normas. Ribeirão Preto: A. S. Pinto, 111 p.

MILLER, G. L. Use of dinitrosalicylic acid reagent for determination of reducing


sugar. Analytical Chemistry, v. 31, n. 3, p. 426 — 428, 1959.

MORRISON, R. T.; BOYD, R. N. Química orgânica. Lisboa: Calouste Gulbenkian,


2011. 1510 p.

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