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AULA 3 A língua é um código usado por determinado grupo social para a comunicação
oral e escrita. Os principais níveis de linguagem são a norma culta, considerada
padrão; e a linguagem coloquial, usada de maneira natural no dia a dia, com va-
riáveis regionais.
Dentre tantos autores que abordam o conceito de linguagem, uma definição sucinta, mas ob-
jetiva, é a do francês Charles Bally, pioneiro nos estudos de estilística. Ele trata a linguagem como
sendo “um sistema de símbolos de expressão” e defende que “ela expressa o conteúdo de nossos
pensamentos, além de nossas ideias e sentimentos, elementos intelectuais e afetivos”.
Nossa rotina é composta de palavras, gestos, sons e imagens; nossas experiências criam em
nós uma relação com o mundo. O cotidiano é, portanto a mídia que faz a interação entre nós e as
nossas narrativas, nossas histórias. O pão com manteiga, por exemplo, de tanto que o comemos,
todos os dias, o sabor, o aroma, a consistência, a textura da massa parecem natural para nós.
O mesmo acontece com a linguagem cotidiana: tácita (compreendemos o que está à nossa
volta sem esforço de interpretação) e irrefletida (ninguém se preocupa em analisá-la para entender
a si próprio e o mundo).
Artigo publicado na edição de 16.07.2013 do jornal Cruzeiro do Sul. Fragmentos adaptados.
Figuras de Linguagem
Estilística é a parte da gramática que
estuda o grande número de recursos que
podemos empregar para tornar a linguagem
Embora a linguagem coloquial seja mais expressiva. As figuras de linguagem
importante para comunicação informal no fazem parte da estilística, trata-se de um
cotidiano, esta não deve ser privilegiada, conhecimento essencial tanto para interpre-
em detrimento da linguagem culta ou tar textos como para o estudo da gramática.
formal que implica em aprendizagem e Podemos dividir as figuras de linguagem em
conhecimento. três tipos: figuras de sintaxe ou construção;
figuras de palavras ou tropos; figuras de
pensamento.
Linguagem culta ou coloquial: Linguagem figurada x Linguagem literal
você sabe a diferença, na
hora de fazer a redação? A linguagem figurada é aquela pela
qual uma palavra exprime uma ideia re-
correndo a outros termos, apelando as-
sim a uma semelhança, seja esta real ou
imaginária. A linguagem figurada opõe-
se à linguagem literal, já que esta usa as
palavras com o seu verdadeiro significa-
do, isto é, refere-se às coisas tais como
elas são.
Por exemplo, o termo cão refere-se,
no sentido literal, a um mamífero qua-
drúpede pertencente à família dos caní-
Nas propostas de redação feitas por deos. Contudo, na linguagem figurada, o
concursos, provas e vestibulares é comum conceito permite fazer referência a algo
• Da parte pelo todo: “Não há teto • “Amor é fogo que arde sem se ver,
para todos os necessitados.” (A parte teto É ferida que dói e não se sente...”
está no lugar do todo, “casa”) (Camões)