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301 Q894746 Português > Fonologia , Ortogra a , Crase Acentuação grá ca: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas e Hiatos
Ano: 2018 Banca: SUGEP - UFRPE Órgão: UFRPE Provas: SUGEP - UFRPE - 2018 - UFRPE - Técnico em Contabilidade ...

TEXTO 1
O desperdício nosso de cada dia
Em recente pesquisa feita pelo Instituto Akatu, foi constatado que uma família brasileira joga fora, em média, R$ 180 por
mês em alimentos. Isso equivale a dizer que para cada R$ 100 em compras, quase R$ 30 são jogados fora. No Brasil, onde
mais de 7 milhões de pessoas passam fome, cheguei a sentir um embrulho no estômago com tamanho desperdício. Para se
ter uma ideia, se esse valor perdido fosse colocado em um investimento tradicional todo mês, ao nal de 30 anos, se teria
próximo de R$ 120 mil, já descontada a in ação.
A compra sem planejamento, de alimentos e de outros produtos, como remédios, por exemplo, evidencia a nossa quase
sempre falta de controle. Recentemente, fui à farmácia comprar um xarope e a balconista me apresentou a versão de
100ml do produto. Pergunto sempre se é o menor volume comercializado. Ela me disse que não, que existia o mesmo
xarope no volume de 60ml (mas ora, por que não me disse antes?). Minha pergunta me fez trocar o xarope de 100ml de R$
50 pelo de 60ml, que me custou R$ 30 (tive uma economia de 40%). E, antes que me perguntem, o xarope de 60ml tem
volume su ciente para curar duas gripes iguais à que eu enfrentava naquele momento. Provoco o leitor a visitar a
farmacinha que tem em casa e a re etir sobre quais medicamentos são desperdiçados por falta de uso. E, se seguiu meu
conselho, estimulo-o também a olhar suas roupas e a con rmar que, algumas delas, foram adquiridas por impulso e
apenas enfeitam o seu guarda-roupa.
O desperdício vai além... Se, por exemplo, alguém tem uma casa de quatro quartos e mora somente com seu
companheiro(a), estes podem estar desperdiçando espaço e dinheiro. Se gasta em média 5Gb de internet no celular e paga
um plano de 20Gb, também desperdiça. E a pessoa continua desperdiçando dinheiro quando:
- paga juros altos em nanciamentos, por falta de um planejamento nanceiro; paga tarifas bancárias, quando existe um
pacote gratuito de tarifas exigido pelo Banco Central, que os bancos não divulgam; não inclui o CPF nas notas scais de
serviços, para ter desconto no IPTU; não aproveita o desconto da taxa de condomínio ao pagá-la até o vencimento (a
maioria oferece esse benefício); não utiliza o regime de coparticipação dos planos de saúde, que reduz a mensalidade em
troca de pagamento percentual a mais apenas quando usá-lo; não pergunta se o pagamento à vista oferece algum desconto
na compra; e também quando não divide o pagamento sem juros, caso não tenha tal desconto (lembrei que certa vez
comprei uma vela de aniversário para meu irmão, de R$ 3, em 10 vezes).
En m, são inúmeras oportunidades de usar seus recursos com mais inteligência e sem desperdícios. Pequenos exemplos
como esses farão enorme diferença no futuro. O orçamento é um acordo que você faz com seu dinheiro, de nindo
previamente para onde ele vai no decorrer do mês. Sugiro que liste todas as suas despesas e busque identi car
oportunidades de otimizá-las, evitando assim o desperdício nosso de cada dia.
Benjamin Rodrigues da Costa Miranda. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/opiniao/46,97,4
3,74/2018/04/11/interna_opiniao,185999/o-desperdicio-nosso-decada-dia.shtml. Acesso em 15/04/2018. Adaptado.

Considerando alguns aspectos formais da língua portuguesa e as regras ortográ cas vigentes, analise as proposições
abaixo.
1) Estão grafadas segundo as regras vigentes de ortogra a, as palavras desperdiçar e economizar. 2) Assim como em
desperdício, também são acentuados os substantivos subsídio e subterfúgio. 3) No trecho: “O desperdício vai além...” (3º
parágrafo), as reticências cumprem a função de sinalizar a completude do enunciado. 4) No trecho: “Recentemente, fui à
farmácia comprar um xarope” (2º parágrafo), o sinal indicativo de crase é facultativo, já que a regência do verbo “ir” é
exível. Estão corretas:

A 1, 2, 3 e 4.

B 1 e 4, apenas
C 3 e 4, apenas.
D 1 e 2, apenas.
E 1, 3 e 4, apenas.

302 Q894681 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: SUGEP - UFRPE Órgão: UFRPE Provas: SUGEP - UFRPE - 2018 - UFRPE - Analista de Tecnologia da Informação -

Suporte e Rede ...

Assinale a alternativa na qual o emprego do sinal indicativo de crase está correto.

A Acho que o reconhecimento deve ser extensivo às mulheres em geral.


B O respeito é devido à toda pessoa, seja mulher ou homem.

C Mulheres são extraordinárias, mas àquelas que são mães merecem aplausos especiais.
D Temos mesmo que parabenizar à quem foi tão importante para a história de nosso país.
E Tomara que “Extraordinárias mulheres” suscite em nós um novo olhar para às mulheres.

303 Q893079 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Indaiatuba -SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Indaiatuba -SP - Auxiliar

Administrativo / Recepcionista

Leia o texto para responder a questão abaixo.

A última crônica

    A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o
momento de escrever.

        A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco no
cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental, quer num agrante de esquina, quer nas
palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”.
Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma
crônica.

        Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa. Três
seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom e aponta no
balcão um pedaço de bolo sob a redoma. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o
no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

    A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Vejo que os três, pai, mãe e
lha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer
coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém
mais os observa além de mim.

    São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve o refrigerante, o pai
risca o fósforo e acende as velas. A menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra
você...”. A menininha agarra nalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para
ela com ternura – ajeita-lhe a tinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo
botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo,
nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar
e en m se abre num sorriso.

    Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto à ocorrência ou não da
crase.

A À compostura da humildade, acrescente-se a presença da menininha pobre.


B A menininha lança o olhar a fatia de bolo enquanto a família obedece à um ritual.
C O pai pôs-se à contar o dinheiro discretamente à m de veri car se era o su ciente.
D O pai pediu ao garçom a fatia de bolo e cou a espera para dar início a comemoração.

E A luz das velinhas, ela canta “parabéns pra você” e se junta à eles, discretamente.

304 Q892846 Português > Crase , Sintaxe , Regência


Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara - SP Prova: IBFC - 2017 - Câmara Municipal de Araraquara - SP -

Agente Administrativo

O verbo destacado em “O juiz procedeu à contagem regulamentar e proclamou Raul o vencedor.” (2º§) é transitivo
indireto e rege a preposição “a”. Tal fato justi ca a ocorrência da crase no trecho. Dentre os verbos destacados
abaixo, assinale o que NÃO possui mesma transitividade e regência de acordo com a normal padrão.
A assistir (no sentido de ver).
B obedecer.

C querer (no sentido de ter afeto).


D aspirar (no sentido de respirar).

305 Q892652 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Garça - SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Professor de Educação

Básica I

Leia o trecho da entrevista da professora Magda Soares à Pesquisa Fapesp para responder a questão abaixo.
    O sociólogo Pierre Bourdieu foi meu grande guru. Ele mostrou como a linguagem é usada como instrumento de poder na
sociedade. Portanto, é importante dar às pessoas esse instrumento. As camadas populares têm que lutar muito contra a
discriminação e a injustiça, e a linguagem é um instrumento fundamental. Alfabetização e letramento têm esse objetivo: dar
às pessoas o domínio da língua como instrumento de inserção na sociedade e de luta por direitos fundamentais. Em
relação à língua escrita, a criança tem que aprender duas coisas. Uma é o sistema de representação, que é o sistema
alfabético. Esse é um processo que trabalha determinadas operações cognitivas e tem que levar em conta as características
do sistema alfabético, é saber decodi car o que está escrito, ou codi car o que deseja escrever. Mas isso deve ser feito em
contexto de letramento, com textos reais, não com o clássico exemplo “Eva viu a uva”. Que Eva? Que uva? Tradicionalmente
a alfabetização se resumia a codi car e decodi car, porque o foco era a criança aprender apenas o código. Mas a questão é
que a criança precisa aprender o código sabendo para o que ele serve.
    A escrita é uma tecnologia como outras. É importante aprender a escrever, conhecer a relação fonema-letra, saber que se
escreve de cima para baixo, da esquerda para a direita, aprender as convenções da escrita. Mas essa tecnologia, como toda
tecnologia, só tem sentido para ser usada: para saber interpretar textos, fazer inferências, ler diferentes gêneros, o que
signi ca outra coisa e exige outras habilidades e competências. Aprender o sistema de escrita é alfabetização. Aprender os
usos sociais do sistema de escrita é letramento.
(http://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado)

Leia as frases:
• A criança precisa aprender o código sabendo _______ que ele se destina. • Não basta que a criança obedeça_______
tecnologia da escrita: ela só tem sentido para ser usada. • Magda Soares refere-se ________ Pierre Bourdieu como seu
grande guru. De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

A a ..,.à . .. à
B à. .. a .... à
C a .... à .... a
D à. .. à.... a

E a .... a .... à

306 Q892427 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco do Brasil Prova: CESGRANRIO - 2018 - Banco do Brasil - Escriturário

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório na palavra
destacada em:

Os pais, inseguros na sua tarefa de educar, não percebem que falta de limites e superproteção comprometem a
A
formação dos lhos.

A indisciplina nas salas de aula aumentou a partir do momento em que as mídias divulgaram a necessidade de dar
B
maior liberdade aos estudantes.
A atenção e a motivação são condições que levam a pessoa a pensar e agir de forma satisfatória para desenvolver o
C
processo de aprendizagem.

As famílias e as escolas encontram-se, na atualidade, frente a jovens com quem não conseguem estabelecer um
D
diálogo produtivo.
As escolas chegaram a etapa em que os professores estão cada vez mais com di culdade para exercer o seu
E
importante papel de ensinar.

307 Q891234 Português > Interpretação de Textos , Crase , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Dois Córregos - SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Dois Córregos - SP - Diretor

Contábil Legislativo

                                 Destruindo Riqueza
      A economia cresce encontrando soluções, em geral tecnológicas, para reduzir ine ciências e, nesse processo, libera mão
de obra.

      Um exemplo esclarecedor é o do emprego agrícola nos EUA. Até 1800, a produção de alimentos exigia o trabalho de 95%
da população do país. Em 1900, a geração de comida para uma população já bem maior mobilizava 40% da força de
trabalho e, hoje, essa proporção mal chega a 3%. Quem abandonou a roça foi para cidades, integrando a força de trabalho
da indústria e dos serviços.

      Esse processo pode ser cruel para com indivíduos que cam sem emprego e não conseguem se reciclar, mas é dele que
a sociedade extrai sua prosperidade. É o velho fazer mais com menos.

      A internet, com sua incrível capacidade de conectar pessoas, abriu novos veios de ine ciências a eliminar. Se você tem
um carro e não é chofer de praça nem caixeiro viajante, ele passa a maior parte do dia parado, o que é uma ine ciência. Se
você tem um imóvel vago ou mesmo um dormitó rio que ninguém usa, está sendo improdutivo. O mesmo vale para outros
apetrechos que você possa ter, mas são subutilizados.

      Os aplicativos de compartilhamento, ao ligar de forma instantânea demandantes a ofertantes, permitem à sociedade


fazer muito mais com aquilo que já foi produzido (carros, prédios, tempo disponível etc.), que é outro jeito de dizer que ela
ca mais rica.

      É claro que isso só dá certo se não forem criadas regula ções desnecessárias que embaracem os acertos voluntários
entre as partes. A burocratização da oferta de serviços de aplicativos torna-os indistinguíveis. Dá para descrever isso como a
destruição de riqueza.

                      (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 31.10.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, no trecho que completa a frase a seguir, o acento indicativo da crase está empregado
corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua.

A internet tem se consolidado como uma ferramenta indispensável na sociedade atual, especialmente no que diz respeito

A à algumas atividades mais recentes do mercado de trabalho.


B à quem pretende ingressar em novos campos de trabalho.

C à novas formas de produção e de geração de riquezas.


D à capacidade da rede em diminuir distâncias entre pessoas e empresas.

E à eliminar ine ciências que impedem a produtividade.

308 Q891193 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Barretos - SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Barretos - SP - Professor I

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Novo Analfabetismo

        O Instituto de Estatísticas da Unesco alerta, em informe recente, que grande parte dos jovens da América Latina não
alcança níveis apropriados de pro ciência em leitura. São 19 milhões de adolescentes que concluem o ensino fundamental
sem conseguir ler parágrafos simples e deles extrair informações, num fenômeno que Silvia Montoya, dirigente do instituto,
chama de “nova de nição do analfabetismo”.
    A preocupação da diretora procede, pois a falta de competência leitora fragiliza a cidadania. A nal, quem não consegue
ler jornais ou livros depende do que a televisão lhe recomenda como condutas corretas e não consegue formular seus
próprios juízos.
        Além disso, em tempos em que o mundo do trabalho extermina postos baseados em tarefas rotineiras, que não
demandam capacidade de concepção, as chances de sucesso pro ssional e de realização pessoal de quem tem letramento
insu ciente se tornam muito limitadas.
    Aqui, só 30% dos alunos saem do 9o ano com aprendizado adequado em leitura e interpretação, de acordo com dados
do Inep. É menos que a média da América Latina, que tanto chocara Silvia Montoya.
   Ora, num país de elites não leitoras, o fato de tantos jovens não estarem aptos a ler livros talvez não choque.
  Não é mais su ciente ter um nível mínimo de alfabetização. Não ter competência leitora traz obstáculos para a vida em
sociedade, especialmente no tocante à di culdade em compreender os próprios direitos e deveres como cidadão, ainda
mais num mundo em turbulência como o que vivemos.
(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 27.10.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, no trecho reescrito a partir do texto que completa a frase a seguir, o acento indicativo da
crase está empregado corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua. Uma competência leitora insu ciente acaba
criando obstáculos para a vida em sociedade, especialmente quanto

A à algumas atividades requeridas por novas formas de trabalho.

B à ser capaz de praticar a leitura e ciente de livros e de jornais.


C à compreensão e ciente de responsabilidades e de direitos sociais.
D à novas exigências praticadas no mercado de trabalho atual.
E à uma aprendizagem escolar rica e plenamente satisfatória.

309 Q891142 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Dois Córregos - SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Dois Córregos - SP - O cial de

Atendimento e Administração

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.

A Algumas pessoas com supermemória chegam à sofrer com dores de cabeça.

B Há lembranças tão vivas que nos fazem voltar à episódios de nosso passado.
C Lembrar-se do passado pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas pessoas.

D Ela referiu-se à vontade de esquecer completamente os momentos dolorosos.


E Ao nos atermos à uma experiência ruim, desconsideramos o que ela traz de bom.

310 Q890219 Português > Morfologia , Preposições , Artigos Crase


Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Agente de Necrópsia

                 Cuidar de idoso não é só cumprir tarefa, é

                             preciso dar carinho e escuta     

                                                                                                 Cláudia Colluci

      A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados recentes
divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, contra 5,5 por 100 mil entre a população
em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família,
maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco.

      Em se tratando de idosos, há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas
para esse m. Ano passado, uma em cada três pessoas mortas por atropelamento em São Paulo tinha 60 anos ou
mais. Pessoas mais velhas perdem re exos e parte da visão (especialmente a lateral) e da audição por conta da
idade.

      Levando em conta que o per l da população brasileira mudará drasticamente nos próximos anos e que, a partir
de 2030, o país terá mais idosos do que crianças, já passou da hora de governos e sociedade em geral encararem
com seriedade os cuidados com os nossos velhos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da população).

      Com a mudança do per l das famílias (poucos lhos, que trabalham fora e que moram longe dos seus velhos),
faltam cuidadores em casa. Também são poucos os que conseguem bancar cuidadores pro ssionais ou casas de
repouso de qualidade. As famílias que têm idosos acamados enfrentam desa os ainda maiores quando não
encontram suporte e orientação nos sistemas de saúde.

      Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-passo.
Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão arterial disparou (ele já teve dois infartos e
carrega quatro stents no coração), depois um  dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por
último, o braço imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele em ir ao
pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e sem um serviço de retaguarda do
plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi desesperadora. Mas essas situações também trazem
lições. A principal é a de que o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo,
medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida. Cuidado envolve, sobretudo, carinho e escuta. É
demonstrar que você está junto, que ele não está sozinho em suas dores.

      Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, já ordenhava
vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou
uma família, educou duas lhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra forças para
enfrentar o luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É onde descobre caminhos para as limitações
que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, então vou plantar mandioca").

      Ouvir do médico que só estará liberado para suas atividades normais em três meses foi um baque para o meu
velho. Ficou amuado, triste. Em um primeiro momento, dei bronca ("pai, a cirurgia foi um sucesso, custa ter um
pouco mais de paciência?"). Depois, ao me colocar no lugar desse octogenário hiperativo, que até dois meses atrás
estava trepado em um abacateiro, podando-o, mudei o meu discurso ("vai ser um saco mesmo, pai, mas vamos
encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com o aval do médico"). 

      Sim, envelhecer é um desa o sob vários pontos de vista. Mas pode car ainda pior quando os nossos velhos não
contam com uma rede de proteção, seja do Estado, da comunidade ou da própria família.
      Os números de suicídio estão aí para ilustrar muito bem esse cenário de abandono, de solidão. Uma das
propostas do Ministério da Saúde para prevenir essas mortes é a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial
(Caps). A presença desses serviços está associada à diminuição de 14% do risco de suicídio. Essa medida é
prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante.

      Mais do que diagnosticar e tratar a depressão, apontada como um dos mais importantes fatores
desencadeadores do suicídio, é preciso que políticas públicas e pro ssionais de saúde ajudem os idosos a
prevenir/diminuir dependências para que tenham condições de sair de casa com segurança, sem o risco de
morrerem atropelados ou de cair nas calçadas intransitáveis, que ações sociais os auxiliem a ter uma vida de mais
interação na comunidade. E, principalmente, que as famílias prestem mais atenção aos seus velhos. Eles merecem
chegar com mais dignidade ao nal da vida.

Adaptado de <http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/claudiacollucci/ 2017/ 09/1921719-cuidar-de-idoso-nao-e-so-


cumprir-tarefa-e-preciso-dar-carinho-e-escuta.shtml 26/09/2017> . Acesso em: 6 dez. 2017.

Acerca do termo destacado em “Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à
implantação de um marca-passo.”, é correto a rmar que

A possui acento grave indicativo de crase entre duas preposições.

B é composto por um artigo e por uma preposição que introduz um complemento verbal.
C possui acento grave indicativo de crase entre dois artigos.

D é composto por um artigo e por uma preposição os quais acompanham complemento nominal.
E possui acento agudo indicativo de crase entre preposição e artigo inde nido.

311 Q890040 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Provas: CESGRANRIO - 2018 - Banco da Amazônia - Técnico Cientí co -

Tecnologia da Informação ...


O acento grave marca, na escrita, o fenômeno da crase, isto é, representa a fusão de dois a.

Dessa forma, o acento indicativo da crase está corretamente empregado em:

A Meu sonho é conhecer à Paris dos romances.

B Todos deveriam sempre lembrar à quem agradecer.


C Restrinjo-me àquilo que cou combinado na reunião.

D Ensinaram à ela muito sobre a história da psicanálise.


E Referimo-nos à toda raiva acumulada em nossos corações.

312 Q889553 Português > Crase , Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Provas: FCC - 2018 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Administrativa

...

Atenção: Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo.


    Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que em nossos dias há o enaltecimento de uma
cultura global, a cultura-mundo, que, apoiando-se no apagamento das fronteiras, cria denominadores culturais dos quais
participam sociedades e indivíduos, apesar das diferentes tradições, crenças e línguas que lhes são próprias.

        Embora seja um estudo perspicaz, algumas a rmações me parecem discutíveis. Uma que se diria pouco procedente
consiste em supor-se que, em vista de milhões de turistas visitarem locais como a Acrópole e os an teatros gregos da
Sicília, a cultura não perdeu valor em nosso tempo. Mas as visitas de multidões a grandes museus e monumentos históricos
não representam um interesse genuíno pela “alta cultura” (assim a chamam), visto que isso faz parte da obrigação do
turista. Em vez de despertar seu interesse pelo passado e pela arte, exonera-o de conhecê-los a fundo. Essas visitas dos
turistas “em busca de distrações” desnaturam o signi cado real desses museus e monumentos.

    Um estudo recente do sociólogo Frédéric Martel mostra que tal “cultura-mundo” de que falavam Lipovetsky e Serroy já
cou para trás, defasada pela voragem de nosso tempo.

    As reportagens e os testemunhos coligidos por Martel são representativos de uma realidade que a sociologia e a loso a
ainda não tinham se atrevido a reconhecer. A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura que não seja
aquela que, antes, era considerada passatempo, sem parentesco com as atividades intelectuais e artísticas que constituíam
a cultura. O autor vê com simpatia essa transformação, porque, graças a ela, a cultura do grande público arrebatou a vida
cultural à pequena minoria, que antes a monopolizava.

        A diferença essencial entre a cultura do passado e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam
transcender o tempo presente, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e
desaparecer.

    Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial. A distinção entre preço e valor
se apagou. É bom o que tem sucesso; mau o que não conquista o público. O único valor existente é agora o xado pelo
mercado.

(Adaptado de: LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo: Uma radiogra a do nosso tempo e da nossa cultura. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2012. Edição digital)

A um segmento do texto segue-se uma nova redação, em que se mantêm a correção e a lógica, em:

As reportagens e os testemunhos coligidos por Martel são representativos de uma realidade // Martel levou em
A
consideração reportagens e testemunhos inerentes à uma realidade

B A distinção entre preço e valor se apagou // Não se observam mais a diferença entre valores e preços
a sociologia e a loso a ainda não tinham se atrevido a reconhecer // a sociologia e a loso a ainda não haviam tido a
C
ousadia de admitir

Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial // À essa nova cultura não
D
pode faltar, a produção industrial maciça e o sucesso comercial
já cou para trás, defasada pela voragem de nosso tempo // já é ultrapassada, devido a defasagem arrebatada pela
E
época atual

313 Q889415 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Prova: CESGRANRIO - 2018 - Banco da Amazônia - Técnico Bancário
      

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve ser empregado na palavra
destacada em:

A A intenção da entrevista com o diretor estava relacionada a programação que a empresa pretende desenvolver.

As ações destinadas a atrair um número maior de clientes são importantes para garantir a saúde nanceira das
B
instituições.
As instituições nanceiras deveriam oferecer condições mais favoráveis de empréstimo a quem está fora do mercado
C
formal de trabalho.

As pessoas interessadas em ampliar suas reservas nanceiras consideram que vale a pena investir na nova moeda
D
virtual.
Os participantes do seminário sobre mercado nanceiro foram convidados a comparar as importações e as
E
exportações em 2017.

314 Q888181 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: FCC - 2018 - ALESE - Técnico Legislativo - Taquigra a

                                  Dialeto do Planalto
Brasília é recente - foi fundada há menos de 60 anos -, mas, com contribuições de várias partes do país, formou a
própria identidade. Descubra expressões típicas de lá que ajudam a revelar o jeito de ser do povo da capital federal.

Ele é muito aguado.

Refere-se a alguém que chora por qualquer coisa e de forma ngida - ou seja, um manteiga-derretida especializado em
lágrimas de crocodilo.

Nunca vi garçom tão apagado!

É assim que os brasilienses se referem a alguém lento, lerdo. “Apagar” também pode ser sinônimo de assassinar.

Só pode ser agá.

“Agá”, em Brasília, é piada. E por lá corre o seguinte “agá”: não é à toa que o prédio do Congresso Nacional tem o formato
dessa letra...

Eu vou de camelo.

Famoso por fazer parte da letra da música Eduardo e Mônica, da Legião Urbana, o termo “camelo” denota bicicleta.

Quando ela chegou, dei de cabrito.

Sabe-se lá por que o lhote da cabra ganhou essa fama no Distrito Federal: “dar de cabrito” é sair de ninho, à francesa.

(Adaptado de: IACONIS, Heloísa. Todos. São Paulo: Mol, Fevereiro/março, p. 37)

A alternativa que apresenta alterações em fragmento do texto, mantendo a correção e o sentido originais, é

As palavras referem-se a pessoas que choram por quaisquer coisas e de forma ngida - ou seja, uns manteigas-
A
derretidas especializados em lágrimas de crocodilo.

As palavras referem-se à pessoas que choram por quaisquer coisas e de forma ngida - ou seja, manteigas-derretida
B
especializados em lágrimas de crocodilo.
As palavras refere-se à pessoas que chora por quaisquer coisas e de forma ngida - ou seja, uns manteigas-derretidas
C
especializadas em lágrimas de crocodilo.
As palavras refere-se à pessoas que choram por quaisquer coisas e de forma ngida - ou seja, uns manteiga-
D
derretidas especializados em lágrimas de crocodilo.
As palavras referem-se à pessoas que choram por quaisquer coisas e de formas ngidas - ou seja, umas manteigas-
E
derretidas especializados em lágrimas de crocodilo.

Português > Pontuação , Uso da Vírgula , Uso dos dois-pontos Interpretação de Textos ,
315 Q887330 Signi cação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. , Coesão e coerência , Crase , Sintaxe ,
Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Provas: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Perito Criminal - Químico ...

                                                  Insulto, logo existo

                                                                                                Leandro Karnal

                           No momento em que eu apenas uso o rótulo,

                              perco a chance de ver engenho e arte

      A crítica e o contraditório são fundamentais. Grande parte do avanço em liberdades individuais e nas ciências
nasceu do questionamento de paradigmas. Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas. A base da
democracia é a liberdade de expressão. Sem oposição, não existe liberdade.

      Uma crítica bem fundamentada destaca dados que um autor não percebeu. Um juízo ponderado é excelente.
Mais de uma vez percebi que um olhar externo via melhor do que eu. Inexiste ser humano que não possa ser alvo
de questionamento. Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar
(QuandoquebonusdormitatHomerus - ArsPoetica, 359). A crítica pode nos despertar.

      Como saber se a avaliação é boa? Primeiro: ela mira no aperfeiçoamento do conhecimento e não em um ataque
pessoal. A boa crítica indica aperfeiçoamento. Notamos, no arguidor sincero, uma diminuição da passionalidade.
Refulgem argumentos e dados. Mínguam questões subjetivas. Há mais substantivos e menos adjetivos. Não digo o
que eu faria ou o que eu sou. Indico apenas como algo pode ser melhor e a partir de quais critérios. Que
argumentos estão bem fundamentados e quais poderiam ser revistos. Objetividade é um campo complexo em
loso a, mas, certamente, alguém babando e adjetivando foge um pouco do per l objetivo.

      Duas coisas ajudam na empreitada. A primeira é conhecimento. Há um mínimo de formação. Não me re ro a


títulos, mas à energia despendida em absorver conceitos. Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei. Pouco
posso dizer sobre o que escassamente domino. A segunda é a busca da impessoalidade. Critico não por causa da
minha dor, da minha inveja, do meu espelho. Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito ou a que
me incomoda pelo simples sucesso da sua existência. Critico o defeito e não a luz. [...]

Disponível em:<https://jomalggn.com.br/noticia/insulto-logo-existo-por-leandro-karnal>  . Acesso em: 11 dez. 2017.

Assinale a alternativa correta.

Em "Não me re ro a títulos, mas à energia despendida em absorver conceitos.”, a crase ocorre pela contração da
A
preposição exigida pela regência do verbo "referir-se” e do artigo feminino que antecede o substantivo "energia”.

Em "Grande parte do avanço em liberdades individuais e nas ciências nasceu do questionamento de paradigmas.”, o
B
verbo em destaque poderia estar no plural, concordando, assim, com o núcleo do sujeito "liberdades”.
Em "Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei.”, o termo em destaque pode ser trocado por "cujo”, sem haver
C
prejuízos gramaticais ou mudança de sentido.

Em "Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]”, as vírgulas são utilizadas
D
para separar um aposto explicativo.
Em "Como saber se a avaliação é boa? Primeiro: ela mira no aperfeiçoamento do conhecimento e não em um ataque
E
pessoal.”, os dois-pontos são utilizados para introduzir uma síntese do que foi dito anteriormente.

316 Q887303 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Provas: FUMARC - 2018 - CEMIG - MG - Advogado JR ...

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]

      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como
“uma lógica cultural” do capitalismo tardio, lho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois
está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo
desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como
verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os
valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural:
literatura, arte, loso a, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que,
rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura:
morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada
da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o
reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das
leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura
contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela
incredulidade face ao metadiscurso losó co – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se
disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico
da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como
uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto,
via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes
tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo a rmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como
gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas
coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar
segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão
cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo lósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada
de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe
o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um
discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o de nitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se
falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às
grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a
incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao
consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser
vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o
relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais
nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-
estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu
um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e
valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada
de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio
nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao
ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os
bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores.
Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca,
sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell
chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos.
Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão,
que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no
Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard,
ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande lme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo
magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista /
racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela
estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma
atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual.
Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de
coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à
sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão,
mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a
irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em
21/01/18. 

Crase signi ca fusão de dois fonemas “a”, em circunstância marcada por uma exigência verbal ou nominal; é, portanto,
fenômeno tanto fonológico quanto morfossintático. Sabe-se que há situações de crase obrigatória, outras em que o acento
grave é considerado facultativo e, nalmente, casos em que sua presença é proibida.

Atente para as asserções sobre excertos do texto. A seguir, assinale a opção que traz a a rmativa CORRETA:

“A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental.”
A → Crase proibida. Haveria, porém, crase em: A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face à face com esse “mal-
estar” do homem ocidental.
“A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador.”
B → Crase proibida. Haveria, porém, crase diante da forma feminina: A pós-modernidade talvez seja uma reação à essa
grave situação.

“A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis
perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos.”
C
→ Crase proibida. Haveria, porém, crase obrigatória, se alterássemos a preposição para “... que chegam até hoje,
vagando até à incerteza”.
" A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido
à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global” segundo Jameson”.
D
→ Crase facultativa. O autor poderia ter optado por não colocar crase antes do pronome possessivo: “... muitas
razões, devido a sua prolongada irracionalidade”.

317 Q887229 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Provas: FUMARC - 2018 - CEMIG - MG - Técnico de Gestão Administrativa I ...

Leia o trecho abaixo e complete as lacunas, levando em consideração o uso da crase.


O iOS 11.3 deve ser liberado para o público em breve. O próximo grande update para o sistema do iPhone e iPad adicionará
alguns recursos interessantes. O principal é o "Gerenciamento de desempenho”, uma resposta da Apple para _____
polêmica relacionada ________ bateria. Com ele, o usuário poderá escolher entre manter ______ performance do dispositivo
ou dar prioridade para a autonomia.

(globo.com 28/03/2018)

As lacunas no trecho são preenchidas corretamente por:

A a–a–a
B a–à–a

C a–à–à
D à–à–a

318 Q886273 Português > Ortogra a , Pontuação , Uso da Vírgula Crase , Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: FCC - 2018 - ALESE - Técnico Legislativo - Técnico-Administrativo

Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo:

(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em: folha.uol.com.br. Acesso em:
10/3/2018)

Está correta a redação do seguinte comentário:


A formação de um leitor e de um espectador autônomo e re exivo envolvem esforço e dedicação para compreender
A
aquilo que não conhecem ou que sentem-se inclinados a rejeitar à primeira vista.
Construindo com humor, a imagem clichê do crítico de arte, uma propaganda recorreu ao personagem cujo discurso
B
afetado tratava-se de analisar uma suposta obra de arte.

É grande a probabilidade de que as listas dos livros mais vendidos que se divulga no mundo todo in uenciem na
C
opinião dos leitores, criando-se desse modo uma espécie de consenso a cerca de uma obra.
Grande parte das estratégias de mercado usadas por grandes corporações da internet apoiam-se no discurso que
D
enaltece a inovação democrática.

Com o intuito de dar voz ao leitor, que desse modo pode levantar dúvida à respeito das opiniões muitas vezes
E
incompreensíveis de alguns críticos, dos quais não representam a opinião da maioria.

319 Q885373 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: SAP-SP Prova: MS CONCURSOS - 2018 - SAP-SP - O cial Administrativo

Em qual alternativa o uso do sinal de crase está incorreto?

A Eles chegaram atrasados à reunião.

B O aluno foi levado à presença do diretor.


C O centro da cidade é muito movimentado, por isso, pre ro ir à pé.

D Será que essa água faz mal à saúde?


E Usa cabelo à Luan Santana.

320 Q885372 Português > Crase


Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: SAP-SP Prova: MS CONCURSOS - 2018 - SAP-SP - O cial Administrativo

Leia os itens quanto ao uso de crase e assinale a alternativa correta.

I - Crase é a fusão, na escrita e na fala, de duas vogais idênticas.

II - Ocorre crase em locuções adverbiais e prepositivas formadas por substantivos femininos, tais como: à toa, à
custa de, às claras, às pressas.

III - Ocorre crase nas expressões proporcionais: à medida que, à proporção que.

IV - Ocorre crase quando estão subentendidas as expressões à moda de, à maneira de.

Ocorre crase antes de nomes de lugares (topônimos), desde que eles sejam determinados pelo artigo.

A Somente os itens I, II e III estão corretos.

B Somente os itens II, III e IV estão corretos.


C Somente os itens I, III e IV estão corretos.

D Somente os itens III e IV estão corretos.


E Todos os itens estão corretos.

Respostas

301: D 302: A 303: A 304: D 305: C 306: E 307: D 308: C 309: D 310: B 311: C

312: C 313: A 314: A 315: A 316: D 317: B 318: D 319: C 320: E

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