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Abstract
Lately, historiographical debates about the last decades of the colonial
period seemed reduced to the issue of either a confrontation or an agre-
ement of interests between Colony and Metropole. This article attempts
to demonstrate that many among contemporary historians have already
overcome this alleged dichotomy, in favor of a more culturally contextu-
alized approach of the separation of the two countries, which takes into
account different temporalities coeval to the complex reality of the period.
It is our present intention to make such demonstration through an analysis
of the book “Independence: History and Historiography”, organized by
István Jancsó and released during the last semester of 2005 by Hucitec and
FAPESP.
Palavras-chave
historiografia, Independência, história política
Keywords
historiography, Independence, political history
“(...) uma hierarquia social tipo antigo, portanto, ciosa de suas dife-
renças, e em que a qualidade possuía um respaldo no cabedal; a inter-
ferência da política no mercado; e a sua natureza colonial, ou seja, o
cotidiano americano presenciava negociações entre poder periférico e
62 central.”62
Idem, p. 877.
Mudara, no entanto, o lugar do Rio de Janeiro na economia imperial
lusitana, seja como importador e exportador das mercadorias originárias
da Europa, seja como reexportador para a América dos produtos trazidos
de variadas regiões do Império. Segundo Fragoso, tornou-se imperativo
para as elites ao longo do Setecentos ampliar a envergadura das alianças
políticas, de negócio e de família. De acordo com a circunstância histórica
e com a dimensão de seus recursos, fossem as elites mercantis, fossem os
que ocupavam os maiores postos da administração ou aqueles membros da
velha “nobreza da terra”, esses homens necessitavam muitas vezes atuar
em dimensão imperial, alcançando uma área “supracapitanias” de influência
social e mercantil, bem como a proximidade com os grupos que atuavam
nos órgãos de administração metropolitanos.