PROGRAMA DE RESIDÊNCIA JUDICIAL (PÓS-GRADUAÇÃO LATO
SENSU)
PRÁTICA DEFERIDA
Autor(es):
Categoria: Tribunal
Estado: Natal - RN
PRÊMIO INNOVARE - EDIÇÃO XI - 2014
Link de Vídeo
Descrição resumida
O Programa de Residência Judicial, promovido pela
Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte
(ESMARN) em parceria com a Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN), possui natureza de Curso
de Pós-Graduação Lato Sensu que visa desenvolver
competências e habilidades em pro ssionais do direito
com aspiração para o exercício da magistratura,
mediante categorias formativas que envolvem
módulos teóricos e práticos. A inspiração para o
Programa surgiu com o reconhecimento dos novos
desa os que a sociedade complexa impõe à prática
judicial e aos pro ssionais que nela atuam, de modo
que a ESMARN reconhece seu crescente compromisso
com a formação desses novos agentes, evocados a
exercer sua pro ssão não apenas a partir de atributos
técnicos, mas também tendo em conta a consciência
do papel que desempenham no ambiente das
instituições políticas brasileiras. Dentre seus principais
objetivos, pode-se destacar: a) o conhecimento de
aspectos éticos, conceituais e funcionais do exercício
da magistratura; b) o aprofundamento e experiência
dos conhecimentos a serem aplicados na função
judicante; c) o treinamento do discente na prática
judiciária; e d) o desenvolvimento do senso de
responsabilidade e da capacidade de
ponderação/decisão entre os residentes. Para tanto,
dito Programa se desenvolve ao longo de uma carga
horária teórica de 360 horas, seguida de 1440 horas de
prática vivencial em Varas Judiciais, totalizando 1800
horas de Curso. Ao nal do período de residência, e
para a obtenção do título de Especialista, o aluno
deverá desenvolver Trabalho de Conclusão de Curso,
na modalidade de artigo cientí co, estudo de caso ou
relatório analítico de atividades. Com as características
e atributos que serão apresentados ao longo do
presente documento, o Programa de Residência
Judicial, atendendo a uma demanda da ESMARN,
con gura-se como O 1º CURSO NO PAÍS A REUNIR TAL
FORMATO HÍBRIDO, CONTEMPLANDO SEU EGRESSO
COM UMA CERTIFICAÇÃO NO ÂMBITO DE
ESPECIALIZAÇÃO (PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU) e
lhe oferecendo uma experiência em residência judicial
que soma 1440 horas de atividade judicante em
ambiente forense.
Há quanto tempo a prática está em
funcionamento?
Um ano.
Qual a principal inovação da sua prática?
O Programa de Residência Judicial se apresenta como
O 1º CURSO NO PAÍS A CONTEMPLAR SEU EGRESSO
COM UMA CERTIFICAÇÃO NO ÂMBITO DE
ESPECIALIZAÇÃO (PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU) e
lhe oferecendo uma experiência em residência judicial
que soma 1440 horas de atividade judicante em
ambiente forense, sendo sua principal inovação o seu
pressuposto formativo, qual seja o de considerar a
aprendizagem como um processo eminentemente
social, no qual se destaca a in uência da cultura e das
relações sociais, de modo a reconhecer o aluno como
sujeito de seu processo educativo. Por isso, busca
implementar uma prática pedagógica comprometida
com a construção e reconstrução do conhecimento,
inclusive em suas dimensões social e afetiva, assim
como com forte ênfase no relacionamento entre teoria
e prática, numa permanente contextualização de
saberes. Nessa esteira de pensamento é que se pode
delinear como os seus principais pressupostos e
princípios pedagógicos: a) a integração das atividades
de ensino, pesquisa e extensão, propiciando a prática
investigativa e a educação continuada. b) o
desenvolvimento de atitudes e valores éticos que
orientem a atuação pro ssional. c) a sólida formação
humanística e técnico-cientí ca, evidenciando
competências necessárias ao desempenho pro ssional.
d) a exibilidade curricular desenvolvendo atividades
complementares, com o estudo de temas atuais ou a
realização de outros procedimentos metodológicos que
ampliem as dimensões cientí ca, técnica e cultural da
formação pro ssional. e) a articulação entre a teoria e
a prática que pressupõe o estudo dos fundamentos
teóricos e a sua aplicação em situações reais. f) a
interdisciplinaridade, possibilitando as relações entre
conhecimentos a ns e a construção de uma formação
integral.
Explique o processo de implementação da
prática
A implementação inicio com o estabelecimento da
parceria entre a Escola da Magistratura do RN com a
Universidade Federal do rio Grande do Norte, posto
que, por tratar-se de uma Pós-Graduação Lato Sensu,
apenas poderia ser ofertado mediante parceria com
uma Instituição de Ensino Superior (IES), aqui
designada como “instituição formadora”. Esta parceria
estabeleceu a responsabilidade da ESMARN quanto ao
fornecimento de estrutura física e corpo docente,
enquanto à UFRN restou a responsabilidade pela
criação e administração pedagógica da especialização
Lato Sensu. Uma vez estabelecida esta parceria o
processo de implementação da prática passou a se
relacionar intrinsecamente com a própria implantação
do Projeto Político Pedagógico do Curso, cujo propósito
é oferecer aos residentes conteúdos de diferentes
enfoques jurídicos e de áreas a ns, permitindo-lhes o
desenvolvimento de uma sólida formação teórica e
técnica, bem como uma ampla perspectiva
humanística, crítica e interdisciplinar. Num
desdobramento mais pormenorizado, o Programa de
Residência Judicial vem dividido em dois grandes Eixos
e quatro categorias de formação. 1. Eixo de Formação
Teórica (Estudos Preparatórios) Em síntese, pode-se
resumir abaixo a representação da matriz curricular do
Programa de Residência Judicial da ESMARN/UFRN: -
DISCIPLINA / CARGA HORÁRIA (horas) -
HERMENÊUTICA E ARGUMENTAÇÃO JUDICIAL / 20 -
ÉTICA JURÍDICA / 12 - LINGUAGEM JURÍDICA / 12 -
TÉCNICA DE DESPACHOS E DECISÕES CÍVEIS / 24 -
TÉCNICA DE DIFERENCIAÇÃO DE TUTELA
JURISDICIONAL / 36 - TÉCNICA DE SENTEÇAS CÍVEIS /
44 - PRÁTICA DE TUTELA ANTECIPADA CÍVEL / 36 -
GESTÃO DE VARA JUDICIÁRIA CÍVEL / 12 - TÉCNICA DE
DESPACHOS E DECISÕES CRIMINAIS / 32 - TECNICA DE
SENTEÇAS CRIMINAIS / 44 - PRÁTICA DE TUTELA
CAUTELAR PENAL / 32 - GESTÃO DE VARA JUDICIÁRIA
CRIMINAL / 12 - TÉCNICAS DE CONCILIAÇÃO 32 -
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 12 TOTAL: 360
HORAS Concluída essa etapa do Programa, o discente
estará apto a ingressar no Eixo de Formação Prática,
também denominado de “Prática Pro ssional
Tutelada”. 2. Eixo de Formação Prática: Prática
Pro ssional Tutelada No presente componente
curricular, o educando entra em contato com o
ambiente de trabalho e com a prática cotidiana da
carreira da magistratura. Trata-se de importante etapa
na formação do residente por lhe trazer maturidade
pro ssional e técnica, fomentando o contato com
pro ssionais da área e a própria vivência da atividade
judicante. Desenvolvendo-se no âmbito das Varas
Judiciais da capital do Rio Grande do Norte, os espaços
nos quais a Prática Pro ssional Tutelada poderá
ocorrer atendem às regras em vigor de Organização
Judiciária do Poder Judiciário do Estado. Desse modo,
os discentes desenvolvem 1440 horas de atividades,
que são planejadas mediante planos de trabalho e
cumpridas sob a orientação de um magistrado
preceptor/tutor. Dentre as atividades a serem
realizadas pelo residente, sem a exclusão de outras
de nidas pelo tutor, destacam-se: I – realização de
pesquisas jurídicas atinentes aos processos judiciais
em tramitação; II – elaboração de relatórios e
fundamentações de atos judiciais; III – elaboração de
minutas completas de decisões, despachos e
sentenças; IV – elaboração de minutas de informações
e ofícios relacionados à atividade judicante; V – análise
de petições, a m de veri car a sua regularidade
processual, a documentação que a instrui e o
fundamento jurídico do pedido, para assim promover a
triagem do processo e contribuir para a administração
da Vara; VI – colaboração em audiências que serão
presididas pelo magistrado orientador, com a
possibilidade do Residente conduzir audiência de
conciliação; VII – outras atividades necessárias ao
impulso dos processos judiciais. 3. Atividades
Acadêmicas Complementares Como antecipado, além
dos dois grandes eixos de desenvolvimento do
Programa, ainda o integra a modalidade formativa
denominada Atividades Acadêmicas Complementares.
4. Trabalho de Conclusão de Curso Finalmente, o
Trabalho de Conclusão de Curso tem o objetivo de
revelar a apropriação, por parte do residente, do
domínio da linguagem cientí ca e da precisão
terminológica na ciência jurídica, com a aplicação dos
conhecimentos apreendidos. Considerar-se-á
aprovado o aluno que obtiver a média mínima, igual
ou superior a 7,0 (sete) pontos.
Quais os fatores de sucesso da prática?
São fatores que contribuem para o sucesso da prática:
a) A estrutura física e tecnológica da Escola de
Magistratura do RN, que proporciona um ambiente
adequado para a aplicação das disciplinas; b) A adoção
de uma proposta didático-pedagógica com foco
central na intensa relação entre teoria e prática, de
modo a proporcionar uma profunda aproximação do
aluno com as vivências da magistratura, desde os seus
Estudos Preparatórios, pretensão esta que já se
converteu numa realidade, o que intensi cou o
interesse pela participação dos estudantes. c) A bolsa
de estudos fornecida aos estudantes da Residência
Judicial, que, por estarem atuando nas atividades da
Prática Pro ssional Tutelada, e estarem, portanto,
impedidos de advogar, proporciona uma renda,
possibilizado o custeio durante o período da Residência
Judicial.
Descreva resumidamente as etapas de
funcionamento da prática
As etapas de funcionamento do Programa podem ser
descritas sob diversos pontos de vista. Até o momento,
deu-se ênfase à estrutura pedagógica do Curso,
sobretudo ao tratar de seus dois grandes Eixos,
desenvolvidos em quatro categorias formativas. Por
outro lado, o funcionamento do Programa também
pode ser delineado a partir de seu processo de
acompanhamento e avaliação, o que representa
verdadeiro instrumento de aferição da qualidade de
seu projeto. Os variados métodos de aferição do
desempenho discente do Programa contemplam desde
provas teóricas, exames práticos e demais
instrumentos elaborados ou aceitos pelo docente
responsável, sempre de acordo com as especi cidades
de cada disciplina, tendo em conta a
interdisciplinaridade e a relação entre teoria e prática.
Para aprovação em cada componente do Eixo de
Formação Teórica (Estudos Preparatórios), o aluno
deve atingir resultado igual ou superior a 7,0 pontos e
frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas,
facultando-lhe a progredir no Curso e ingressar no
Eixo Prático (Prática Pro ssional Tutelada). Para o
desenvolvimento da Prática Pro ssional Tutelada, o
residente deve, antes de tudo, elaborar um Plano de
Trabalho, sob a orientação do seu respectivo Preceptor
(magistrado designado na forma do art. 3º da
Resolução TJ/RN Nº 007/2013, atualizada pela
Resolução n.º 02/2014-TJ). O Plano de Trabalho do
residente deve ser apresentado segundo o modelo
institucional, no prazo de até 30 (trinta) dias corridos
a contar da última sessão de aula dos Estudos
Preparatórios, salvo previsão distinta em calendário
acadêmico anual a ser xado pela Coordenação do
Programa. Vislumbrando sua adaptação e
aperfeiçoamento, o Plano de Trabalho poderá ser
alterado, desde que com a anuência do Preceptor e
aprovação do Colegiado e da Coordenação do Curso.
Por sua vez, a avaliação da Prática Pro ssional
Tutelada, desenvolvida no âmbito da Residência
Judicial propriamente dita, é constituída por dois
instrumentos de aferição de desempenho: a) Prova
Prática: instrumento de avaliação individual e escrito a
ser elaborado pelo magistrado preceptor ou Colegiado
do Programa, cuja aplicação deverá ocorrer com, no
mínimo 50% e máximo de 80% da carga horária total
da Prática Pro ssional Tutelada, contemplando o
desenvolvimento das habilidades previstas no Projeto
Político Pedagógico do Curso e de nidas pelo art. 3º da
Resolução TJ/RN nº 007/2013, atualizada pela
Resolução n.º 02/2014-TJ, de 22 de janeiro de 2014.
b) Prova de Desempenho: instrumento de avaliação
individual de nido por modelo institucional próprio, no
qual o magistrado preceptor apreciará, ao nal do
período da Prática Pro ssional Tutelada: I - Relatório
de Atividades do Residente, no qual se veri cará a
evolução de seu aprendizado no desenvolvimento das
atividades judicantes, conforme os indicadores
de nidos pelo Colegiado do Programa e de nidos em
seu Regulamento; II - atitudes e comportamento
pro ssional do Residente, conforme os indicadores
de nidos pelo Colegiado do Programa e integrados ao
seu Regulamento; Para ns de avaliação nal, o
desempenho global do Residente no Eixo da Prática
Pro ssional Tutelada será homologado pelo Colegiado
do Programa, que levará em conta: I – o Relatório
Final apresentado pelo Residente e sua adequação às
exigências de nidas pelo Programa, em conformidade
com o que de nir o Regulamento do Programa; II - o
parecer do Preceptor sobre as atividades judicantes
desenvolvidas, bem como sobre os aspectos éticos e
atitudinais do aluno, em conformidade com descritores
de nidos por seu Regulamento; III – a frequência às
atividades teóricas e práticas da Residência Judicial; IV
– os resultados acadêmicos do Residente na Prova
Prática e Prova de Desempenho. Todos estes
instrumentos de acompanhamento e avaliação do
desenvolvimento do residente constituem no âmbito
do Programa um processo permanente, que é
planejado, conduzido e realizado de modo a
transformar seus resultados em subsídios capazes de
promover mudanças. A partir dos resultados já
obtidos, vem sendo possível elaborar quadros, grá cos
e tabelas que permitem um estudo evolutivo da
experiência, assim como propor e implementar ações
de melhoria. Assim, tanto a discussão dos resultados
alcançados pelo Curso a partir de suas metas e
objetivos, quanto dos resultados obtidos mediante
seus variados instrumentos de aferição e
acompanhamento servem de subsídio para a
implementação de ações que aprimorem o Projeto
Político Pedagógico do Programa, o que vem fazendo
dele uma das experiências mais inovadoras do país no
âmbito da formação continuada da área jurídica.
Quais as di culdades encontradas?
Todo projeto que propõe uma inovação enfrenta, ao
menos minimamente, o obstáculo da superação de
uma prática já familiar e aceita pelos sujeitos
envolvidos. No caso de um processo formativo, os
sujeitos do processo de ensino e aprendizagem são os
educadores e educandos, cujos papéis precisaram se
modi car para que a metodologia ativa proposta fosse
adequadamente implementada. Do docente, foi
necessário exigir uma mudança nas suas estratégias de
ensino e avaliação, de modo a fazê-lo se debruçar,
inicialmente, sobre instrumentos de motivação que
levassem o aluno a se engajar neste amplo processo,
vislumbrando seu desenvolvimento acadêmico e
cognitivo. Ademais disso, o docente do Programa de
Residência Judicial precisou se adequar à exigência de
organizar e dirigir situações de aprendizagem,
observando o progresso de cada residente, criando
elementos de diferenciação para tal desenvolvimento,
oferecendo-lhe um permanente feedback e,
nalmente, ajudando o aluno no seu processo mental
de construção de pensamento. Certamente este não é
um processo simples e no ensino superior a
complexidade é ainda maior, considerando a
necessidade de levar o aluno a apreender a realidade e
a construir signi cados. Para além disso, existe grande
imprevisibilidade sobre aquilo que acontece em sala de
aula, o que exigiu do docente não apenas o
planejamento de suas aulas, mas também o domínio
de técnicas diversi cadas de ensino, proporcionando
aulas mais exíveis, interessantes e motivadoras.
Tratando-se de um público adulto e de um processo
formativo complexo, necessário se faz que o Programa
adotasse ações ou práticas capazes de produzir
resultados cognitivos visíveis, de modo que
pudéssemos transformar as estruturas de
conhecimento de todos os sujeitos envolvidos, a
começar pelo pressuposto de que o “erro” deve se
converter num instrumento analítico e não
permanecer sendo um objeto de frustração.
Finalmente, no que tange ao processo avaliativo, foi
um grande desa o para o Programa fazer desse tema
um objeto de prévia re exão e planejamento do
professor desde o princípio da estruturação de sua
disciplina, sobretudo no que diz respeito aos critérios,
mecanismos e instrumentos de tal avaliação.
Procurando relacionar estas atividades com as
habilidades e competências a serem desenvolvidas em
cada conteúdo ou prática, o docente foi estimulado a
planejar os aspectos a serem aferidos, os objetivos a
serem alcançados em cada atividade e os instrumentos
a serem utilizados, tudo em conformidade com o
Projeto Político Pedagógico do Curso. Isso porque no
cenário formativo e pedagógico delineado pelo
Programa, entende-se que a avaliação não poderia se
resumir apenas aos eventos episódicos de provas ou
exames, mas sim que deveria ocorrer durante todo o
processo de ensino e aprendizagem. Com um grande
compromisso dos docentes envolvidos, foi possível
fazer deste processo avaliativo algo que serviu o
desenvolvimento do futuro magistrado, bem como
favoreceu a aferição das habilidades e competências
delineadas para a dita pro ssão na atualidade.
Infraestrutura
No que tange a seus recursos e condições
infraestruturais, o Programa de Residência Judicial
dispõe de recursos materiais permanentes e de
consumo, em quantidade e qualidade adequadas à sua
proposta pedagógica. Para o bom desenvolvimento de
suas nalidades didáticas, os residentes contam com
laboratório de informática, assim como os educadores
podem lançar mão de variados recursos para o
desenvolvimento de suas atividades acadêmicas em
sala de aula. Os espaços nos quais se desenvolvem as
atividades relacionadas à Prática Pro ssional Tutelada
também possuem infraestrutura própria, com
acomodação física para os estudantes e recursos de
informática para o pleno manejo das ferramentas
necessárias. Ademais, além da infraestrutura ofertada
pela instituição formadora (UFRN), o Programa conta
com os recursos físicos e materiais da ESMARN, que
possui salas de aula equipadas com recursos
multimídia, contando com adequada iluminação e
climatização, além do acesso como usuários à sua
Biblioteca local (Biblioteca Desembargador Jose Gomes
da Costa), cujo acervo atinge o número aproximado de
9.000 volumes, disponibilizados em diversos suportes
de informação. Finalmente, o Programa de Residência
Judicial também dispõe do assessoramento integral da
ESMARN no que diz respeito a setores de apoio ao
aluno e ao docente, com sua Secretaria de Cursos,
Reprogra a e serviço de Copa.
Equipe
A equipe que integra e implementa a experiência do
Programa de Residência Judicial é aquela responsável
pela própria gestão do curso, cujos compromissos
básicos norteadores são a articulação entre teoria e
prática, a integração entre atividades de ensino,
pesquisa e extensão, bem como a busca constante de
sua excelência acadêmico-pro ssional. Para tanto, foi
planejada uma estrutura acadêmica e administrativa
que favorecesse a agilidade e a organicidade dos
processos de gestão, estando voltada para o
cumprimento da missão do Curso e articulada às
políticas mais amplas de gestão propostas pelas
instituições parceiras. Nessa perspectiva, o Programa
de Residência Judicial apresenta a seguinte
estrutura/equipe: Coordenação do Programa A
Coordenação do Programa de Residência Judicial divide
suas atribuições em dois eixos que, embora distintos,
se completam e são igualmente importantes para a
condução desejável de seu papel. O primeiro dos eixos
se volta para as atribuições administrativas, eixo de
atividades que se desdobra nas nalidades de
coordenação de rotinas, organização acadêmico-
administrativa e atenção aos discentes. No segundo,
enquadram-se as atividades voltadas aos aspectos
político-pedagógicos do curso, contemplando uma
série de elementos. Colegiado do Programa O
Colegiado do Programa de Residência Judicial, em
consonância com os propósitos e diretrizes de seu
Projeto Político Pedagógico, constitui órgão
deliberativo e de execução, cuja atuação se pauta na
construção coletiva de políticas pedagógicas, assim
como sua implementação e acompanhamento. Assim,
tem como principal propósito contribuir para a
consolidação do per l pro ssional pretendido pelo
Curso, zelando pela integração das diferentes
atividades constantes do seu currículo e proposta
acadêmica, tendo como princípio a gestão democrática
e coletiva. Sua constituição contempla cinco
integrantes, dos quais o Diretor da Escola da
Magistratura do Rio Grande do Norte (ESMARN) indica
quatro, dentre professores e coordenadores da Escola,
possuindo um Presidente, um Vice-Presidente e dois
membros, cando a indicação do quinto componente a
cargo do Presidente do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte. Órgãos e Setores de Assessoramento
Para o bom desenvolvimento das atividades do Curso,
o Programa de Residência Judicial também conta com
órgãos de assessoramento direto, sendo eles uma
Secretaria de Assuntos Acadêmicos e a Divisão
Pedagógica da ESMARN.
Outros recursos
Objetivando oferecer as condições de bom
desenvolvimento da experiência, em regime de
dedicação integral, o residente tem direito a receber
uma bolsa de estudos, custeada pela ESMARN, no valor
atual de R$ 1.650,00 (hum mil, seiscentos e cinquenta
reais) mensais, a ela fazendo jus a partir do ato de
matrícula e assinatura de Termo de Compromisso, pelo
período de 18 meses.
Parceria
O Programa de Residência Judicial se caracteriza por
uma distinta preocupação com as atuais expectativas
sociais quanto à formação do magistrado, bem como
com as exigências e padrões de qualidade impressos
pela legislação educacional em vigor e seus órgãos de
scalização. Tratando-se de uma Pós-Graduação Lato
Sensu, apenas poderia ser ofertado mediante parceria
com uma Instituição de Ensino Superior (IES), aqui
designada como “instituição formadora”. Sendo tal IES
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
o Programa de Residência Judicial se insere num dos
ambientes acadêmicos mais quali cados entre os
grupos de ensino superior do país. Atuando nos três
níveis do ensino superior (Graduação, Pós-Graduação
Lato Sensu e Pós-Graduação Stricto Sensu), a UFRN
possui o total de 74 cursos de graduação presencial,
cinco de Educação a Distância e 200 grupos de
pesquisa, com temas de abrangência nacional e
internacional. Ademais disso, acrescenta a seus
números os 45 Cursos de Mestrado e 28 Programas de
Doutorado, que congregam hoje mais de 5.000 alunos
e equivale a mais de 90% de matrículas em todo o
Estado neste grau acadêmico. Com dita parceria, o
Programa não apenas ganha reconhecimento por sua
inovação e vanguardismo, mas respeitabilidade pelo
respaldo institucional que a UFRN lhe oferece,
contribuindo enormemente para o sucesso e excelência
da experiência.
Equipamentos/sistemas
Importa informar que, mediante a parceria com a
ESMARN, os residentes recebem, em regime de
comodato, um notebook de última geração, no qual
podem acessar os programas especí cos de
acompanhamento e gerenciamento de suas atividades,
possibilitando a familiarização do futuro magistrado
com os ambientes considerados de vanguarda no
âmbito das tecnologias de informação e comunicação.
Os equipamentos disponibilizados para a implantação
do Programa constituem em sua maioria os recursos
de infraestrutura já descritos em item próprio (acima).
Contudo, merece detalhamento as con gurações do
notebook disponibilizado a cada residente em caráter
de comodato, conforme descrições a seguir: •
Windows® 7 Professional 64-Bit em Português; • 3ª
Geração do Processador Intel® Core™ i5-3230
(2.6GHz até 3.2GHz com Intel® Turbo Boost 2.0, 4
Threads, 3Mb Cache); • Memória 4GB, Dual Channel
DDR3, 1600MHz (2x2Gb); • Disco Rígido 500GB, SATA;
• Tela de LED-iluminada 14.0" de Alta De nição
(1600x900) e Anti-re exo; • Unidade de 8X DVD+/-
RW w/Roxio e Cyberlink Power DVD; • Webcam
Integrada com Microfone; • Placa Wireless Intel®
Centrino® Advanced-N 6205 802.11 A/B/G/N; •
Bateria Primária de 6 células; • 3 anos Dell ProSupport
mais 3 anos serviço no local; • Certi cação Energy Star
5.0 - EPEAT Gold; • Mochila Dell Roller para
notebooks. Ademais, os sistemas de informação e
aplicativos envolvidos no projeto envolvem o próprio
sistema de controle acadêmico da instituição
formadora, assim como os sistemas de controle e
movimentação processual utilizados na justiça
estadual potiguar e que são manejados pelos
residentes quando do cumprimento da Prática
Pro ssional Tutelada, nomeadamente: SIGAA –
Sistema Integrado de Gestão de Atividades
Acadêmicas/UFRN SAJ - Sistema de Automação da
Justiça; PROJUDI - Processo Judicial Digital; PJE -
Processo Judicial Eletrônico.

Orçamento
O orçamento do Programa de Residência Judicial é
passível de cálculo ao considerar cada turma
implantada e o custo de suas respectivas atividades.
Há uma planilha, que poderá ser enviada a quem se
interessar, que apresenta os custos da 1ª Turma do
Programa, com ingresso no ano de 2013 e previsão de
término ao nal de 2014, quando se integralizarem 18
meses de atividade. Dentre estes custos, alguns ainda
são mera estimativa, por ainda estarem pendentes de
realização até nal do ano em curso.
Explique como sua prática contribui para
o aperfeiçoamento da Justiça
O Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em
Residência Judicial tem como m uma primeira
aproximação de bacharéis do direito ao contexto da
prática judicante, capacitando-os para a prática no
âmbito da carreira propriamente dita, bem como os
iniciando na compreensão de seu papel social e de sua
missão institucional, ambos de nidos pela
Constituição da República Federativa do Brasil,
nomeadamente mediante a Emenda Constitucional nº
45/2004. Para além disso, e levando-se em conta os
novos desa os que a sociedade complexa impõe à
prática judicial, reconhece-se que cada vez mais se faz
necessário fomentar uma re exão quanto aos aspectos
tidos como essenciais para a formação do pro ssional
de futuros magistrados, nomeadamente aqueles
relacionados à interdisciplinaridade, à permanente
atualização de saberes e à formação ética. Em sua
missão de formar pessoas - através de ações de
ensino, pesquisa e extensão -, o Programa de
Residência Judicial alia a macro visão de mundo a uma
formação pro ssional integral, dado que propõe reunir
a teoria e a prática, assim como desenvolver
competências técnicas relacionadas a uma formação
pro ssional ética e socialmente responsável. Assim,
sua concepção nasce de uma cultura formativa que se
fundamenta em princípios não apenas didáticos e
pedagógicos, mas também a componentes éticos e
políticos, ensejadores de uma re exão acurada sobre
as competências e habilidades que são exigidas do
novo pro ssional do direito, em particular da
magistratura, cada vez mais convocada a estabelecer o
melhor encontro entre o universo jurídico e as demais
esferas nas quais se desenrola a vida social como um
todo. Desse modo, o Curso de Residência Judicial
representa uma experiência inovadora, uma vez que se
afasta do mero dogmatismo tecnicista tradicional e se
aproxima da sociedade em evolução, sem descuidar
dos avanços normativos decorrentes do amplo debate
acadêmico que vem acarretando uma sensível
mudança na formação pro ssional do magistrado em
todo Brasil. Sua contribuição essencial pode ser
descrita no per l do egresso que se desenvolve
mediante os recursos pedagógicos do Programa,
idealizado para fornecer o aparato teórico instrumental
adequado para a formação do futuro magistrado que,
ao nal do Curso, deverá ser capaz de: a) integrar a
formação humanística, técnico-jurídica e prática,
enquanto fator indispensável à adequada compreensão
interdisciplinar do fenômeno jurídico e das
transformações sociais; b) dominar os conceitos e a
terminologia jurídica, com capacidade para analisar,
compreender e elaborar textos e documentos técnico-
jurídicos, utilizando-se corretamente da linguagem,
com clareza, precisão, propriedade, uência verbal e
riqueza de vocabulário; c) desenvolver postura
re exiva e crítica que fomente a aptidão para a
aprendizagem autônoma e dinâmica e a adequada
intervenção na realidade, de forma a contribuir para a
realização da Justiça? d) possuir senso ético
pro ssional, associado à responsabilidade social, com a
compreensão da causalidade e nalidade da norma
jurídica? e) aliar ao raciocínio lógico a consciência da
necessidade de permanente atualização? f) equacionar
problemas e buscar soluções harmônicas com as
exigências sociais, visando à sustentabilidade? g)
desenvolver formas extrajudiciais de prevenção e
solução de con itos individuais e coletivos? h) atuar
nas diversas áreas, instituições e carreiras jurídicas de
forma crítica e condizente com o constante dinamismo
da legislação, doutrina e jurisprudência; i) ter visão
atualizada de mundo e consciência dos problemas de
seu tempo e de seu espaço, percebendo o fenômeno
jurídico em suas formas de expressão cultural.
Explique como sua prática contribui para
o melhor funcionamento do sistema
penitenciário, tornando-o mais justo e
e caz?
Nada a declarar