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RESUMO/CITAÇÕES/PALAVRAS-CHAVE
Graham Clarke começa por salientar a relação entre a fotografia de paisagem e a linguagem
pitoresca, fazendo notar que a evolução de landscape photography surgiu quando os pintores
procuravam um novo realismo, do mundo natural, que explorasse as terras e fizesse delas novas,
através da estética pictural. Este fenómeno deve-se a uma maior atenção à forma como as imagens
entregavam uma estética mais poética e sensorial em contraste com o que seria de esperar do objeto,
e não tanto com as feições do próprio.
Já no registo de fotografia turística, Roger Fenton faz refletir no seu trabalho o ponto de vista
do turista, selecionando de forma cautelosa o caminho por onde guiamos o olhar até à paisagem.
Como podemos notar na imagem [1] existe uma escolha do plano que delineia qual o peso da
paisagem na fotografia. É uma abordagem mais social e física do real.
Contrariamente à fotografia de postal, muitos fotógrafos abordavam a paisagem de forma
mais filosófica e reveladora, usando a água como peça central na linguagem espiritual da fotografia.
Os elementos da luz, textura, contraste e padrão dos objetos naturais têm presença e significam algo
mais, como vemos na imagem [2], fotografia de Carleton Watkins.
Já Ansel Adams tinha posse de uma técnica que imprime o contexto histórico do próprio
local. Para fotografar o Monte McKinley, imagem [3], a mais alta montanha dos Estados Unidos,
precisava de inserir na fotografia uma revelação filosófica do mesmo porte. A imagem acaba por ser
constituída de informações horizontais, que por si traduzem espaço e uma respiração livre ao
guiarmos os olhos pelos planos da fotografia até à lua. Uma frase a notar neste capítulo 4 de “The
Photograph”, é esta na página 65: “Adams is here the spectator recording the otherness of a world of
mutual form and energy.”
Este capítulo do livro “The Photograph” de Graham Clarke aborda mais especificamente a
fotografia de paisagem e o seu género. Com o decorrer do tempo este estilo fotográfico oscila em dois
tipos de referência: a fotografia de paisagem natural e idílica, e a do tipo turística.
Clarke começa por exemplificar estes dois géneros com trabalhos de alguns fotógrafos, como
por exemplo o de Roger Fenton, em que o seu trabalho reflete um vocabulário altamente relacionado
com a busca do lado mais turístico das diferentes paisagens, ao contrário do trabalho de outros
autores como por exemplo Ansel Adams, em que o autor fotografa o monte McKinley procurando
representar o lado mais natural e maravilhoso da paisagem, aborda também o lado mais
industrializado de Inglaterra e da sua fotografia de paisagem com autores como John Davies na
Agecroft Power Station, tendo como objetivo representar muito dos problemas derivados de tal
avanço, como por exemplo o desastre de Aberfan de 1966, entre outros.
BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA
https://www.theguardian.com/news/2007/jun/01/obituaries.mainsection?fbclid=IwAR0hB7-
evPERoNNeAlWJW1dipuUFq0iCEnsvm7VajwtHMqSKs0kM77O_Sh4
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/286513
http://anseladams.com/about-ansel-adams/
ÍNDICE DE IMAGENS