A Administração Financeira, com o objetivo de maximizar a riqueza dos
proprietários da empresa, deve dedicar-se a avaliação da empresa e das decisões financeiras em termos de seu impacto na criação de valor. O propósito de criar valor pode ser desmembrado em subobjetivos:
I. Maximizar o lucro: O lucro é uma boa medida de eficácia organizacional.
Entretanto, está sujeito a diversas restrições e questionamentos. O lucro é determinado por princípios contábeis amplamente aceitos, não evidenciam a capacidade de pagamento da organização, pois se baseia no regime de competência, e não no de caixa. Outra crítica é que o lucro contábil não mensura o risco inerente à atividade empresarial, pois as projeções não levam em consideração o risco de variações nos fluxos de rendimento. O lucro, portanto, é uma (e não a única) das medidas de desempenho das empresas.
II. Maximizar o valor de mercado da empresa: O valor de mercado é
considerado um dos melhores critérios para a tomada de decisões financeiras. De fato, os benefícios operacionais podem ser expressos em termos de fluxo de caixa, que devem ser descontados a valor presente mediante uma taxa mínima de atratividade. Essa taxa deve refletir a remuneração mínima aceitável para os acionistas diante do risco assumido. Duas variáveis são determinantes para o cálculo do valor de mercado da empresa: o retorno de caixa esperado e a taxa de oportunidade envolvida. O que importa aqui é a capacidade de gerar resultado futuro, e não o histórico de resultado acumulado. Portanto, o objetivo é promover a maximização do valor de mercado da ação da empresa.
III. Maximizar a riqueza e garantir a continuidade do empreendimento: A
elevação da riqueza do acionista é conseguida mediante incremento no valor econômico da ação da empresa, o que constitui o objetivo principal das empresas. Esse processo envolve a detecção de oportunidades, e a implementação de avanços na gestão, tecnologia e inovação.
objetivo de geração de riqueza (objetivo primário) não deve ser visto de
forma isolada, mas sim como consequência da consecução dos objetivos secundários. Modernamente, as empresas devem incorporar objetivos ambientais e sociais, visando atender aos anseios da sociedade, o que possibilita a sustentabilidade empresarial.
A sustentabilidade é alcançada quando a empresa busca atender ao
conjunto dos seusstakeholders (partes interessadas) com transparência e ética. Desta forma, a sustentabilidade e a maximização da riqueza contribuem para preservar os recursos ambientais e culturais e reduzir a desigualdade social.