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Estatuto

do idoso
Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003

15
Edição Comemorativa

Anos

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003

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Estatuto
do idoso
Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003

15
Edição Comemorativa

Anos

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Michel Temer
Presidente da República Federativa do Brasil

Gustavo do Vale Rocha


Ministro de Estado dos Direitos Humanos

Rogério Luiz Barbosa Ulson


Secretário Nacional de
Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

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MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS
SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO E DEFESA
DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

ESTATUTO DO IDOSO
Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003

Brasília - DF
2018

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Su
Estatudo do idoso 60+

MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS


SECRETARIA NACIONAL DE
PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Setor Comercial Sul – SCS. Quadra 9. Lote C. Edifício Parque Cidade Corporate
Torre A. 9º Andar. CEP: 70308-200. Brasília – DF. Brasil – (061) 2027–3014/3899

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Sumário Apresentação.........................................................................................................09

Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003.......................................................11

Título I – Disposições Preliminares..................................................................11

Título II – Dos Direitos Fundamentais..........................................................14

Capítulo I – Do Direito à Vida.......................................................................14

Capítulo II – Do Direito à Liberdade, ao Respeito


e à Dignidade .....................................................................................................14

Capítulo III – Dos Alimentos.........................................................................15

Capítulo IV – Do Direito à Saúde.................................................................16

Capítulo V – Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer...............................20

Capítulo VI – Da Profissionalização e do Trabalho...................................22

Capítulo VII – Da Previdência Social...........................................................23

Capítulo VIII – Da Assistência Social...........................................................24

Capítulo IX – Da Habitação...........................................................................25

Capítulo X – Do Transporte...........................................................................27

Título III – Das Medidas de Proteção............................................................28

Capítulo I – Das Disposições Gerais............................................................28

Capítulo II – Das Medidas Específicas de Proteção.................................29

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Título IV – Da Política de Atendimento ao Idoso.....................................30

Capítulo I – Disposição Gerais...................................................................30

Capítulo II – Das Entidades de Atendimento ao Idoso ..........................31

Capítulo III – Da Fiscalização das Entidades


de Atendimento................................................................................................34

Capítulo IV – Das Infrações Administrativas...........................................36

Capítulo V–Da Apuração Administrativa de Infração às Normas


de Proteção ao Idoso......................................................................................37

Capítulo VI – Da Apuração Judicial de Irregularidades em


Entidade de Atendimento..............................................................................39

Título V – Do Acesso à Justiça......................................................................4 0

Capítulo I – Disposições Gerais..................................................................40

Capítulo II – Do Ministério Público...........................................................42

Capítulo III – Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos,


Coletivos e Individuais Indisponíveis ou Homogêneos...........................45

Título VI – Dos Crimes....................................................................................50

Capítulo I – Disposições Gerais..................................................................50

Capítulo II – Dos Crimes em Espécie........................................................51

Capítulo III – Disposições Finais e Transitórias......................................55

Portaria nº 341, de 14 de Novembro de 2018...............................................61

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APRESENTAÇÃO
Há aproximadamente 15 anos foi promulgada a Lei n° 10.741, de 1º
de outubro de 2003, também denominado Estatuto do Idoso, a qual
representa um grande marco na garantia dos direitos da pessoa idosa.
Por ela, a família, a comunidade, a sociedade e o Poder Público devem
garantir a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar e comunitária, com prioridade absoluta.
A partir dele, o Ministério dos Direitos Humanos desenvolveu diversas
ações para melhorar a situação das pessoas idosas no país, tais como:
a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, o recadastramento dos
Conselhos Municipais e Distrital, concurso literário nacional, parceria
com universidades/escolas para inclusão digital da população idosa,
campanhas de divulgação dos direitos, cursos à distância sobre
garantia de direitos,mapeamento das ILPI em conjunto com a UNESCO,
acompanhamento de convênios com entidades governamentais e não
governamentais, entre outras.
A defesa dos direitos da pessoa idosa é permanente e está em
constante aperfeiçoamento, como ocorreu com a edição da Lei
nº13.466, de 12 de julho de 2017, que estabeleceu tratamento ainda
mais diferenciado aos maiores de 80 (oitenta) anos.
O conhecimento do texto legal do Estatuto do Idoso é de extrema
importância para dar concretude aos direitos nele previstos. Neste
sentido, é com prazer que o Ministério dos Direitos Humanos reedita
e distribui o texto do Estatuto do Idoso, devidamente atualizado.
A partir da implementação dos direitos previstos no Estatuto podemos
tornar realidade a frase do filósofo Romano Lucius Sêneca, permitindo
que estejam entre os anos mais doces da pessoa : “Quando a velhice
chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes
amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os
mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado
o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres”.

Gustavo do Vale Rocha


Ministro de Estado dos Direitos Humanos

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LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso


Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Disposições Preliminares

Art. 1. É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular


os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior
a 60 (sessenta) anos.

Art. 2. O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes


à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual
e social, em condições de liberdade e dignidade.

Art. 3. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e


do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,
à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada


pela Lei nº 13.466, de 2017)

I – atendimento preferencial imediato e individualizado


junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços
à população;

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II – preferência na formulação e na execução de políticas


sociais públicas específicas;

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas


relacionadas com a proteção ao idoso;

IV – viabilização de formas alternativas de participação,


ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;

V – priorização do atendimento do idoso por sua própria


família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que
não a possuam ou careçam de condições de manutenção da
própria sobrevivência;

VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas


áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços
aos idosos;

VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a


divulgação de informações de caráter educativo sobre os
aspectos biopsicossociais de envelhecimento;

VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de


assistência social locais.

IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de


Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).

§ 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos


maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades

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sempre preferencialmente em relação aos demais idosos.
(Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017)

Art. 4. Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de


negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão,
e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será
punido na forma da lei.

§ 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos


direitos do idoso.

§ 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da


prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 5. A inobservância das normas de prevenção importará em


responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.

Art. 6. Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade


competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
testemunhado ou de que tenha conhecimento.

Art. 7. Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal


e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro
de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso,
definidos nesta Lei.

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TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais

CAPÍTULO I
Do Direito à Vida

Art. 8. O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua


proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação
vigente.

Art. 9. É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a


proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável
e em condições de dignidade.

CAPÍTULO II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar


à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade,
como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos,
individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

§ 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os


seguintes aspectos:

I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos


e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;

II – opinião e expressão;

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III – crença e culto religioso;

IV – prática de esportes e de diversões;

V – participação na vida familiar e comunitária;

VI – participação na vida política, na forma da lei;

VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.

§ 2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da


integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação
da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias
e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.

§ 3o É dever de todos zelar pela dignidade do idoso,


colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

CAPÍTULO III
Dos Alimentos

Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma


da lei civil.

Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso


optar entre os prestadores.

Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser


celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título

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executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.


(Redação dada pela Lei nº 11.737, de 2008)

Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições


econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder
Público esse provimento, no âmbito da assistência social.

CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde

Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do


idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS,
garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção,
promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a
atenção especial às doenças que afetam preferencialmente
os idosos.

§ 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão


efetivadas por meio de:

I – cadastramento da população idosa em base territorial;

II – atendimento geriátrico e gerontológico em


ambulatórios;

III – unidades geriátricas de referência, com pessoal


especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;

IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para


a população que dele necessitar e esteja impossibilitada
de se locomover, inclusive para idosos abrigados e

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acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou
sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com
o Poder Público, nos meios urbano e rural;

V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia,


para redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.

§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,


gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

§ 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde


pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.

§ 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação


incapacitante terão atendimento especializado, nos termos
da lei.

§ 5o É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo


perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o
seguinte procedimento: (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)

I - quando de interesse do poder público, o agente


promoverá o contato necessário com o idoso em sua
residência; ou (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)

II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará


representar por procurador legalmente constituído.
(Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)

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§ 6o É assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar


pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado
de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema
Único de Saúde - SUS, para expedição do laudo de saúde
necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção
tributária. (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)

§ 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta


anos terão preferência especial sobre os demais idosos, exceto
em caso de emergência. (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017).

Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é


assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão
de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua
permanência em tempo integral, segundo o critério médico.

Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde


responsável pelo tratamento conceder autorização para o
acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
justificá-la por escrito.

Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
saúde que lhe for reputado mais favorável.

Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de


proceder à opção, esta será feita:

I – pelo curador, quando o idoso for interditado;

II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador


ou este não puder ser contactado em tempo hábil;

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III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de
vida e não houver tempo hábil para consulta a curador
ou familiar;

IV – pelo próprio médico, quando não houver curador


ou familiar conhecido, caso em que deverá comunicar
o fato ao Ministério Público.

Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos


critérios mínimos para o atendimento às necessidades
do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos
profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares
e grupos de auto-ajuda.

Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência


praticada contra idosos serão objeto de notificação
compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados
à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente
comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
(Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011)

I – autoridade policial;

II – Ministério Público;

III – Conselho Municipal do Idoso;

IV – Conselho Estadual do Idoso;

V – Conselho Nacional do Idoso.

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§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra


o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público
ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico
ou psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)

§ 2o Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória


prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei no 6.259, de
30 de outubro de 1975. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)

CAPÍTULO V
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer

Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte,


lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que
respeitem sua peculiar condição de idade.

Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso


do idoso à educação, adequando currículos, metodologias
e material didático aos programas educacionais a ele
destinados.

§ 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo


relativo às técnicas de comunicação, computação e demais
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

§ 2o Os idosos participarão das comemorações de caráter


cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e
vivências às demais gerações, no sentido da preservação
da memória e da identidade culturais.

Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de


ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao

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processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização
do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir
conhecimentos sobre a matéria.

Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais


e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo
menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos
artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso
preferencial aos respectivos locais.

Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços


ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade
informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre
o processo de envelhecimento.

Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão


às pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo
da vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a
distância, constituídos por atividades formais e não formais.
(Redação dada pela lei nº 13.535, de 2017)

Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de


universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará
a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão
editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura,
considerada a natural redução da capacidade visual. (Incluído
pela lei nº 13.535, de 2017)

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Estatudo do idoso 60+

CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho

Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade


profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais
e psíquicas.

Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou


emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
casos em que a natureza do cargo o exigir.

Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em


concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
idade mais elevada.

Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:

I – profissionalização especializada para os idosos,


aproveitando seus potenciais e habilidades para
atividades regulares e remuneradas;

II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria,


com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio
de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus
interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais
e de cidadania;

III – estímulo às empresas privadas para admissão de


idosos ao trabalho.

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CAPÍTULO VII
Da Previdência Social

Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do


Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua
concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real
dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos
da legislação vigente.

Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção


serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-mínimo,
pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do
seu último reajustamento, com base em percentual definido
em regulamento, observados os critérios estabelecidos pela
Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991.

Art. 30. A perda da condição de segurado não será


considerada para a concessão da aposentadoria por idade,
desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
contribuição correspondente ao exigido para efeito de
carência na data de requerimento do benefício.

Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto


no caput observará o disposto no caput e § 2o do art. 3o da
Lei no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo
salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência de
julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de 1991.

Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios,


efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência
Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência

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Estatudo do idoso 60+

Social, verificado no período compreendido entre o mês que


deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.

Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, é a data-


base dos aposentados e pensionistas.

CAPÍTULO VIII
Da Assistência Social

Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de


forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos
na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional
do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas
pertinentes.

Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos,


que não possuam meios para prover sua subsistência, nem
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica
da Assistência Social – Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007)

Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer


membro da família nos termos do caput não será computado
para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que
se refere a Loas.

Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-


lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada.

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§ 1o No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
facultada a cobrança de participação do idoso no custeio
da entidade.

§ 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho


Municipal da Assistência Social estabelecerá a forma de
participação prevista no § 1o, que não poderá exceder a 70%
(setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou
de assistência social percebido pelo idoso.

§ 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante


legal firmar o contrato a que se refere o caput deste artigo.

Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social,


por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência
econômica, para os efeitos legais. (Vigência)

CAPÍTULO IX
Da Habitação

Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da


família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus
familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
pública ou privada.

§ 1o A assistência integral na modalidade de entidade


de longa permanência será prestada quando verificada
inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência
de recursos financeiros próprios ou da família.

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Estatudo do idoso 60+

§ 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso


fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena
de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.

§ 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas


a manter padrões de habitação compatíveis com as
necessidades deles, bem como provê-los com alimentação
regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com
estas condizentes, sob as penas da lei.

Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou


subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de
prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
observado o seguinte:

I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das


unidades habitacionais residenciais para atendimento
aos idosos; (Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)

II – implantação de equipamentos urbanos comunitários


voltados ao idoso;

III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas,


para garantia de acessibilidade ao idoso;

IV – critérios de financiamento compatíveis com os


rendimentos de aposentadoria e pensão.

Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para


atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no
pavimento térreo. (Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011)

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CAPÍTULO X
Do Transporte

Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica


assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos
urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
regulares.

§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso


apresente qualquer documento pessoal que faça prova de
sua idade.

§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este


artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos
para os idosos, devidamente identificados com a placa de
reservado preferencialmente para idosos.

§ 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre


60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério
da legislação local dispor sobre as condições para exercício
da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput
deste artigo.

Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual


observar-se-á, nos termos da legislação específica:
(Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de 2006)

I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para


idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
mínimos;

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 27

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Estatudo do idoso 60+

II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo,


no valor das passagens, para os idosos que excederem
as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois)
salários-mínimos.

Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os


mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos previstos
nos incisos I e II.

Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da


lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos
públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma
a garantir a melhor comodidade ao idoso.

Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do


idoso nos procedimentos de embarque e desembarque nos
veículos do sistema de transporte coletivo. (Redação dada
pela Lei nº 12.899, de 2013)

TÍTULO III
Das Medidas de Proteção

CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis


sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:

I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou


entidade de atendimento;

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III – em razão de sua condição pessoal.

CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção

Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei


poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão
em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento
dos vínculos familiares e comunitários.

Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas


no art. 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a
requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras,
as seguintes medidas:

I – encaminhamento à família ou curador, mediante


termo de responsabilidade;

II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime


ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;

IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de


auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes
de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa
de sua convivência que lhe cause perturbação;

V – abrigo em entidade;

VI – abrigo temporário.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 29

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Estatudo do idoso 60+

TÍTULO IV
Da Política de Atendimento ao Idoso

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por


meio do conjunto articulado de ações governamentais e
não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:

I – políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842,


de 4 de janeiro de 1994;
II – políticas e programas de assistência social, em
caráter supletivo, para aqueles que necessitarem;
III – serviços especiais de prevenção e atendimento às
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
crueldade e opressão;
IV – serviço de identificação e localização de parentes
ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais
e instituições de longa permanência;
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa
dos direitos dos idosos;
VI – mobilização da opinião pública no sentido da
participação dos diversos segmentos da sociedade no
atendimento do idoso.

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CAPÍTULO II
Das Entidades de Atendimento ao Idoso

Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela


manutenção das próprias unidades, observadas as normas de
planejamento e execução emanadas do órgão competente da
Política Nacional do Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994.

Parágrafo único. As entidades governamentais e não-


governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à
inscrição de seus programas, junto ao órgão competente
da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa,
e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da
Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento,
observados os seguintes requisitos:
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho
compatíveis com os princípios desta Lei;
III – estar regularmente constituída;
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.

Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de


institucionalização de longa permanência adotarão os
seguintes princípios:
I – preservação dos vínculos familiares;
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos;

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 31

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Estatudo do idoso 60+

III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo


em caso de força maior;
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias,
de caráter interno e externo;
V – observância dos direitos e garantias dos idosos;
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento
de ambiente de respeito e dignidade.

Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de


atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente pelos
atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das
sanções administrativas.

Art. 50. Constituem obrigações das entidades de


atendimento:

I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço


com o idoso, especificando o tipo de atendimento, as
obrigações da entidade e prestações decorrentes do
contrato, com os respectivos preços, se for o caso;
II – observar os direitos e as garantias de que são
titulares os idosos;
III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e
alimentação suficiente;
IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas
de habitabilidade;
V – oferecer atendimento personalizado;

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VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos
familiares;

VII – oferecer acomodações apropriadas para


recebimento de visitas;

VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a


necessidade do idoso;
IX – promover atividades educacionais, esportivas,
culturais e de lazer;

X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem,


de acordo com suas crenças;

XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;

XII – comunicar à autoridade competente de saúde


toda ocorrência de idoso portador de doenças infecto-
contagiosas;

XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público


requisite os documentos necessários ao exercício da
cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;

XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens


móveis que receberem dos idosos;

XV – manter arquivo de anotações onde constem


data e circunstâncias do atendimento, nome do idoso,
responsável, parentes, endereços, cidade, relação de
seus pertences, bem como o valor de contribuições,
e suas alterações, se houver, e demais dados que

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 33

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Estatudo do idoso 60+

possibilitem sua identificação e a individualização do


atendimento;

XVI – comunicar ao Ministério Público, para as


providências cabíveis, a situação de abandono moral
ou material por parte dos familiares;

XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com


formação específica.

Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos


prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
judiciária gratuita.

CAPÍTULO III
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento

Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais


de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos
do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros
previstos em lei.

Art. 53. O art. 7º da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar
com a seguinte redação:

“Art. 7º Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o


desta Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização
e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
respectivas instâncias político-administrativas.” (NR)

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Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas
dos recursos públicos e privados recebidos pelas entidades
de atendimento.

Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem


as determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo
da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido
processo legal:

I – as entidades governamentais:

a) advertência;

b) afastamento provisório de seus dirigentes;

c) afastamento definitivo de seus dirigentes;

d) fechamento de unidade ou interdição de


programa;

II – as entidades não-governamentais:

a) advertência;

b) multa;

c) suspensão parcial ou total do repasse de


verbas públicas;

d) interdição de unidade ou suspensão de programa;

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 35

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Estatudo do idoso 60+

e) proibição de atendimento a idosos a bem do


interesse público.

§ 1o Havendo danos aos idosos abrigados ou


qualquer tipo de fraude em relação ao programa, caberá
o afastamento provisório dos dirigentes ou a interdição da
unidade e a suspensão do programa.

§ 2o A suspensão parcial ou total do repasse de verbas


públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio
de finalidade dos recursos.

§ 3o Na ocorrência de infração por entidade de atendimento,


que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei,
será o fato comunicado ao Ministério Público, para as
providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão
das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição
de atendimento a idosos a bem do interesse público, sem
prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância
Sanitária.

§ 4o Na aplicação das penalidades, serão consideradas a


natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes
ou atenuantes e os antecedentes da entidade.

CAPÍTULO IV
Das Infrações Administrativas

Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as


determinações do art. 50 desta Lei:

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Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
(três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime,
podendo haver a interdição do estabelecimento até que
sejam cumpridas as exigências legais.

Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento


de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos
para outra instituição, a expensas do estabelecimento
interditado, enquanto durar a interdição.

Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável


por estabelecimento de saúde ou instituição de longa
permanência de comunicar à autoridade competente os
casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:

Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00


(três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.

Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre


a prioridade no atendimento ao idoso:

Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00


(um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme
o dano sofrido pelo idoso.

CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às
Normas de Proteção ao Idoso

Art. 59. Os valores monetários expressos no


Capítulo IV serão atualizados anualmente, na forma da lei.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 37

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Estatudo do idoso 60+

Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade


administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
terá início com requisição do Ministério Público ou auto
de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
possível, por duas testemunhas.

§ 1o No procedimento iniciado com o auto de infração poderão


ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e
as circunstâncias da infração.

§ 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-


se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24
(vinte e quatro) horas, por motivo justificado.

Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a


apresentação da defesa, contado da data da intimação,
que será feita:

I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando


for lavrado na presença do infrator;

II – por via postal, com aviso de recebimento.

Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a


autoridade competente aplicará à entidade de atendimento
as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
fiscalização.

Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a


vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade

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competente aplicará à entidade de atendimento as sanções
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências
que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas
demais instituições legitimadas para a fiscalização.

CAPÍTULO VI
Da Apuração Judicial de Irregularidades em
Entidade de Atendimento

Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento
administrativo de que trata este Capítulo as disposições das
Leis no 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de
janeiro de 1999.

Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade


em entidade governamental e não-governamental de
atendimento ao idoso terá início mediante petição
fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do
Ministério Público.

Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade


judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente
o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras
medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos
do idoso, mediante decisão fundamentada.

Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo


de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
documentos e indicar as provas a produzir.

Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na


conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 39

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Estatudo do idoso 60+

audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a


necessidade de produção de outras provas.

§ 1o Salvo manifestação em audiência, as partes e o


Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer alegações
finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.

§ 2o Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo


de dirigente de entidade governamental, a autoridade
judiciária oficiará a autoridade administrativa imediatamente
superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e quatro)
horas para proceder à substituição.

§ 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade


judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o
processo será extinto, sem julgamento do mérito.

§ 4o A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da


entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento.

TÍTULO V
Do Acesso à Justiça

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste


Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos
nesta Lei.

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Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas
e exclusivas do idoso.

Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos


e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais
em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.

§ 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude


este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício
à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que
determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se
essa circunstância em local visível nos autos do processo.

§ 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,


estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro
ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta)
anos.

§ 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos


na Administração Pública, empresas prestadoras de
serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento
preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados
e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência
Judiciária.

§ 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso


o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 41

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Estatudo do idoso 60+

§ 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade


especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei
nº 13.466, de 2017).

CAPÍTULO II
Do Ministério Público

Art. 72. (VETADO)

Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta


Lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.

Art. 74. Compete ao Ministério Público:

I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a


proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos,
individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
idoso;

II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de


interdição total ou parcial, de designação de curador
especial, em circunstâncias que justifiquem a medida
e oficiar em todos os feitos em que se discutam os
direitos de idosos em condições de risco;

III – atuar como substituto processual do idoso em


situação de risco, conforme o disposto no art. 43 desta
Lei;

IV – promover a revogação de instrumento procuratório


do idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei,
quando necessário ou o interesse público justificar;

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V – instaurar procedimento administrativo e, para
instruí-lo:

a) expedir notificações, colher depoimentos ou


esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
injustificado da pessoa notificada, requisitar
condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil
ou Militar;

b) requisitar informações, exames, perícias


e documentos de autoridades municipais,
estaduais e federais, da administração direta
e indireta, bem como promover inspeções e
diligências investigatórias;

c) requisitar informações e documentos


particulares de instituições privadas;

VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências


investigatórias e a instauração de inquérito policial,
para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de
proteção ao idoso;

VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias


legais assegurados ao idoso, promovendo as medidas
judiciais e extrajudiciais cabíveis;

VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares


de atendimento e os programas de que trata esta
Lei, adotando de pronto as medidas administrativas

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 43

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Estatudo do idoso 60+

ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades


porventura verificadas;

IX – requisitar força policial, bem como a colaboração


dos serviços de saúde, educacionais e de assistência
social, públicos, para o desempenho de suas atribuições;

X – referendar transações envolvendo interesses e direitos


dos idosos previstos nesta Lei.

§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis


previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo dispuser a lei.

§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem


outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições
do Ministério Público.

§ 3o O representante do Ministério Público, no exercício de


suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento
ao idoso.

Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for


parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em
que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
documentos, requerer diligências e produção de outras provas,
usando os recursos cabíveis.

Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer


caso, será feita pessoalmente.

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Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta
a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a
requerimento de qualquer interessado.

CAPÍTULO III
Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e
Individuais Indisponíveis ou Homogêneos

Art. 78. As manifestações processuais do representante


do Ministério Público deverão ser fundamentadas.

Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de


responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao idoso,
referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:

I – acesso às ações e serviços de saúde;

II – atendimento especializado ao idoso portador de


deficiência ou com limitação incapacitante;

III – atendimento especializado ao idoso


portador de doença infecto-contagiosa;

IV – serviço de assistência social visando ao


amparo do idoso.

Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não


excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
do idoso, protegidos em lei.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 45

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Estatudo do idoso 60+

Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas


no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências
da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais
Superiores.

Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses


difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
consideram-se legitimados, concorrentemente:

I – o Ministério Público;

II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios;

III – a Ordem dos Advogados do Brasil;

IV – as associações legalmente constituídas há


pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre os fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos da
pessoa idosa, dispensada a autorização da assembléia,
se houver prévia autorização estatutária.

§ 1 o Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os


Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos
interesses e direitos de que cuida esta Lei.

§ 2o Em caso de desistência ou abandono da ação por


associação legitimada, o Ministério Público ou outro
legitimado deverá assumir a titularidade ativa.

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Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos
por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação
pertinentes.

Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de


autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido
e certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que
se regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.

Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de


obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento.

§ 1o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo


justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil.

§ 2o O juiz poderá, na hipótese do § 1o ou na sentença, impor


multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor,
se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo
razoável para o cumprimento do preceito.

§ 3o A multa só será exigível do réu após o trânsito em


julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida
desde o dia em que se houver configurado.

Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão


ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 47

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Estatudo do idoso 60+

Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados


ao atendimento ao idoso.

Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta)


dias após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas
por meio de execução promovida pelo Ministério Público,
nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais
legitimados em caso de inércia daquele.

Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos,


para evitar dano irreparável à parte.

Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser


condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de
peças à autoridade competente, para apuração da responsabilidade
civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.

Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em


julgado da sentença condenatória favorável ao idoso sem que
o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados,
como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de
inércia desse órgão.

Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
e quaisquer outras despesas.

Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério


Público.

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Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá,
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação
civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais,


no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento
de fatos que possam configurar crime de ação pública contra
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa,
devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério
Público, para as providências cabíveis.

Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado


poderá requerer às autoridades competentes as certidões
e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas
no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua


presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa,
organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá
ser inferior a 10 (dez) dias.

§ 1 o Se o órgão do Ministério Público, esgotadas


todas as diligências, se convencer da inexistência de
fundamento para a propositura da ação civil ou de peças
informativas, determinará o seu arquivamento, fazendo-o
fundamentadamente.

§ 2o Os autos do inquérito civil ou as peças de informação


arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 49

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Estatudo do idoso 60+

Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão


do Ministério Público.

§ 3o Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,


pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por
Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
associações legitimadas poderão apresentar razões escritas
ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças
de informação.

§ 4o Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de


Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar
a promoção de arquivamento, será designado outro membro
do Ministério Público para o ajuizamento da ação.

TÍTULO VI
Dos Crimes

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as


disposições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.

Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos,
aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber,
as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)

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CAPÍTULO II
Dos Crimes em Espécie

Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal


pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181
e 182 do Código Penal.

Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou


dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios
de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro
meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania,
por motivo de idade:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar,


menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer
motivo.

§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima


se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.

Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando


possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 51

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Estatudo do idoso 60+

Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da


omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte.

Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,


entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei
ou mandado:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.

Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou


psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas
ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o
a trabalho excessivo ou inadequado:

Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.



§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

§ 2o Se resulta a morte:

Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.



Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano e multa:

I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público


por motivo de idade;

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II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou
trabalho;

III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou


deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa,
a pessoa idosa;

IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo


motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação
civil a que alude esta Lei;

V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos


indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta
Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.

Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo,


a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte
ou interveniente o idoso:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos,


pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-
lhes aplicação diversa da de sua finalidade:

Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,


como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração
à entidade de atendimento:

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 53

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Estatudo do idoso 60+

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária


relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem
como qualquer outro documento com objetivo de assegurar
recebimento ou ressarcimento de dívida:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.

Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de


comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
injuriosas à pessoa do idoso:

Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.

Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus


atos a outorgar procuração para fins de administração de
bens ou deles dispor livremente:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar,


contratar, testar ou outorgar procuração:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

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CAPITULO III
Disposições Finais e Transitórias

Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do


Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro


de 1940, Código Penal, passa a vigorar com as seguintes
alterações:

“Art. 61. ........................................................................................


................................................................

II - ..................................................................................................
......................................................

h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo


ou mulher grávida; ...............................................................
..............” (NR)

“Art. 121. .....................................................................................


...................................................................

§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3


(um terço), se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa
de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir
as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 55

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Estatudo do idoso 60+

1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor


de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

.............................................................................” (NR)

“Art. 133. .....................................................................................


...................................................................

§ 3o ................................................................................................
........................................................

III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.” (NR)

“Art. 140. .....................................................................................


...................................................................

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos


referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
............................................................................ (NR)

“Art. 141. .....................................................................................


...................................................................

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora


de deficiência, exceto no caso de injúria.

.............................................................................” (NR)

“Art. 148. .....................................................................................


...................................................................

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§ 1o.......................................................................

I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do


agente ou maior de 60 (sessenta) anos.

............................................................................” (NR)

“Art. 159.......................................................................................
.................................................................

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas,
se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
quadrilha.

............................................................................” (NR)

“Art. 183.......................................................................................
.................................................................

III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual


ou superior a 60 (sessenta) anos.” (NR)

“Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do


cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para
o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta)
anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou
faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente
acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de
socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:

............................................................................” (NR)

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 57

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Estatudo do idoso 60+

Art. 111. O Art. 21 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de


outubro de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a
vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:

“Art. 21..........................................................................................
..............................................................

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até


a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.” (NR)

Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei no 9.455, de


7 de abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o ..........................................................................................
..............................................................

§ 4o .....................................................................

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador


de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

............................................................................” (NR)

Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de


outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18..........................................................................................
..............................................................

III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a


menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade

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igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha,
por qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade
de discernimento ou de autodeterminação:

............................................................................” (NR)

Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de


2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com


idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão
atendimento prioritário, nos termos desta Lei.” (NR)

Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará
ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo
Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em
cada exercício financeiro, para aplicação em programas e
ações relativos ao idoso.

Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados


relativos à população idosa do País.

Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso


Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do
Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica
da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao
direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento
sócio-econômico alcançado pelo País.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 59

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Estatudo do idoso 60+

Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa)


dias da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do
art. 36, que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004.

Brasília, 1o de outubro de 2003;


182o da Independência e 115o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho
Rubem Fonseca Filho
Humberto Sérgio Costa LIma
Guido Mantega
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Benedita Souza da Silva Sampaio
Álvaro Augusto Ribeiro Costa

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PORTARIA Nº 341, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2018

Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional dos


Direitos da Pessoa Idosa - CNDI, biênio 2018 - 2020.
O MINISTRO DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS, no
uso das atribuições que lhe conferem o inciso II do parágrafo
único do art. 87 da Constituição, o art. 3º do Decreto n° 5.109,
de 17 de junho de 2004, e a Lei nº 13.502, de 1º de novembro
de 2017, e tendo em vista o contido na Lei nº 8.842, de 4 de
janeiro de 1994, no art. 55 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999, na Ata da Assembleia de Eleição do Conselho Nacional
dos Direitos da Pessoa Idosa s/nº (ID SEI nº 0562944), de 25
de setembro de 2018, e na Ata da 96ª Reunião Ordinária do
Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa s/nº (ID SEI
nº 0596204), de 25 de outubro de 2018, resolve:
Art. 1º Designar, a partir de 25 de outubro de 2018, os
seguintes representantes para compor o Conselho Nacional
dos Direitos da Pessoa Idosa – CNDI, biênio 2018-2020:

I - Ministério das Relações Exteriores:


a) titular: Durval Luiz de Oliveira Pereira; e
b) suplente: Viviane Ferreira Lopes Diniz.

II - Ministério do Trabalho:
a) titular: Priscila Bezerra Temperani; e
b) suplente: Denis dos Santos Freitas.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 61

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Estatudo do idoso 60+

III - Ministério da Educação:


a) titular: Elaine Cristina Sampaio; e
b) suplente: Francisco Moraes da Costa Marques.

IV - Ministério da Saúde:
a) titular: Mariana Souza Silva; e
b) suplente: Elizabete Ana Bonavigo.

V - Ministério da Cultura:
a) titular: Giselle Dupin; e
b) suplente: Teresinha Alves Pereira.

VI - Ministério do Esporte:
a) titular: Ueslei José Pinto da Silva; e
b) suplente: Aline Sá Cavalcanti.

VII - Ministério da Justiça:


a) titular: Magda Fernanda Medeiros Fernandes; e
b) suplente: Silvana Maria Amaral Silveira.

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VIII - Ministério da Fazenda:
a) titular: Avelina Alves Lima Neta; e
b) suplente: Feruccio Branco Bilich.

IX - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações:
a) titular: Sônia da Costa; e
b) suplente: Ircílio Chissolucombe.

X - Ministério do Turismo:
a) titular: Samarina Silva Carreira; e
b) suplente: Anna de Oliveira Modesto Leal.

XI - Ministério do Desenvolvimento Social:


a) titular: Felipe Jardim Ribeiro Lins; e
b) suplente: Leonardo Milhomem Rezende.

XII - Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:


a) titular: Maria do Rosário de Holanda Cunha Cardoso; e
b) suplente: Eduardo Franca Neves Bassani.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 63

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Estatudo do idoso 60+

XIII - Ministério das Cidades:


a) titular: Cristiana Scorza Guimaraens; e
b) suplente: Pedro Henrique Lopes Batista.

XIV - Ministério dos Direitos Humanos:


a) titular: Rogério Luiz Barbosa Ulson; e
b) suplente: Fábio Moassab Bruni.

XV - Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais


Agricultores e Agricultoras Familiares:
a) titular: Josefa Rita da Silva; e
b) suplente: Adriana Pereira de Souza.

XVI - Ordem dos Advogados do Brasil:


a) titular: Raphael Franco Castelo Branco Carvalho; e
b) suplente: Rosângela Maria Lucinda.

XVII - Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas


e Idosos:
a) titular: Luiz Legnãni; e
b) suplente: Carlos Olegário Machado Ramos.

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XVIII - Associação Nacional de Gerontologia do Brasil:
a) titular: Maria Joana Barni Zucco; e
b) suplente: Isabel de Fátima Amorim Gonzalez Lopizic.

XIX - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia:


a) titular: Sérgio Antônio Carlos; e
b) suplente: Vicente de Paula Faleiros.

XX - Sindicato Nacional dos Trabalhadores, Aposentados,


Pensionistas e Idosos:
a) titular: Maria Coreti dos Santos; e
b) suplente: Raimundo Carlos Moreira Costa.

XXI - Serviço Social do Comércio:


a) titular: Rita de Cássia Gonzaga Martorelli; e
b) suplente: Claire da Cunha Beraldo.

XXII - Associação Nacional dos Defensores Públicos:


a) titular: Bianca Cobucci Rosiere; e
b) suplente: João Carlos Gavazza Martins.

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 65

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Estatudo do idoso 60+

XXIII - Associação Nacional de Membros do Ministério


Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com
Deficiência:
a) titular: Cristiane Branquinho Lucas; e
b) suplente: Luiz Cláudio Carvalho de Almeida.

XXIV - Federação Nacional das APAES:


a) titular: Leila Regina de Castro; e
b) suplente: Rodolpho Luiz Dalla Bernardina.

XXV - Associação Brasileira de Alzheimer;


a) titular: Walquiria Cristina Batista Alves Barbosa; e
b) suplente: Michelline Canguçu Iwamoto Visconde.

XXVI - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas


pela Hanseníase:
a) titular: Eni Carajá Filho; e
b) suplente: Leomar Cesar Brigagão.

XXVII - Pastoral da Pessoa Idosa:


a) titular: Maria Lúcia Secoti Filizola; e
b) suplente: Ana Maria Ferreira Melo.

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XXVIII - Confederação Nacional das Instituições Financeiras:
a) titular: Luís Eduardo de Lima Almeida Mercês; e
b) suplente: Simone Gallo Azevedo.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

GUSTAVO DO VALE ROCHA

Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 67

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