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Aula 9
1 – CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Quanto ao sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, desde que possua
material.
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Porém, não é esse o entendimento de Cezar Roberto Bitencourt, pois, para
este autor o que caracteriza o concurso material não é simplesmente a
soma ou cumulação das penas como prevê o dispositivo em exame, mas a
pluralidade de condutas, já que, no concurso formal impróprio também há
cumulação de penas.
Assim, o § 2º, do art. 146 do CP não criou uma espécie sui generis de
concurso material, mas adotou tão somente o sistema do cúmulo material
de aplicação de pena. Portanto, quando a violência empregada na prática
do crime de constrangimento ilegal constituir em si mesma outro crime,
havendo unidade de ação e pluralidade de crimes, estaremos diante de
concurso formal simples, porém, a aplicação das penas seguirá o sistema do
cúmulo material, independentemente de tratar-se de concurso formal
próprio ou impróprio.
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Segundo parte da doutrina, arma de brinquedo não configura esta causa de
aumento, porque, falta-lhe idoneidade lesiva.
Por fim, cabe mencionar que, quando o § 1º, do art. 146 do CP menciona
que as penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, significa que o juiz
deve aplicar cumulativamente as penas de detenção e de multa, fixadas em
dobro.
2– AMEAÇA
A ameaça não é delito próprio. Assim, qualquer pessoa pode ser sujeito
ativo.
Quanto ao sujeito passivo, também pode ser qualquer pessoa, desde que
tenha capacidade de entendimento.
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Segundo Cezar Roberto Bitencourt, ameaça é um crime tipicamente
subsidiário: se a ameaça deixa de ser um fim em si mesmo, já não se
configura um crime autônomo, passando a constituir elemento, essencial ou
acidental de outro crime. Nesse caso a ameaça é absorvida por esse outro
crime, ou seja, quando for elemento ou meio de outro delito.
Seqüestro e cárcere privado não são crimes próprios. Assim podem ser
praticados por qualquer pessoa. Tratando-se de funcionário público no
exercício de suas funções, pode haver outro crime como, por exemplo,
abuso de autoridade.