Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Ensaio Filosófico
Índice
Introdução:
Formulação do problema
Corpo do Ensaio:
dessa posição
Conclusão
Bibliografia/Cibergrafia
Introdução
Formulação do problema
A pena de morte, ou pena capital, é o nome que se dá à punição que tira a vida de um
criminoso.
Todos os dias são executadas pessoas por ordem do Estado como castigo por uma
variedade de crimes violentos. Mas a pena de morte, por si mesma, é um ato de violência.
Esta punição é a negação dos direitos humanos. Condenar alguém à morte é negar-lhe o
direito à vida, direito este que está reconhecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Pretendo com este ensaio demonstrar que a aplicação da pena de morte não é moralmente
aceitável.
Existem muitas variantes que temos que ter em conta, que tornam a aplicação desta
punição errada.
Há países que aplicam este castigo aos seus criminosos, e outros que não o fazem. Mas a
aplicação deste castigo por parte de alguns países, não significa que os seus cidadãos concordem
com tal punição.
Portugal foi o primeiro Estado soberano moderno da Europa a abolir a pena de morte, em
1867. Atualmente, nenhum estado-membro da União Europeia aplica a pena de morte.
A Convenção Europeia dos Direitos Humanos recomenda a sua proibição.
Entre os países com sistemas políticos democráticos, os Estados Unidos e o Japão por
exemplo, aplicam a pena de morte. Em países como a República Popular da China, o Irão e a
maior parte do Médio Oriente, a pena de morte é aplicada com frequência.
A corrente de pensamento que defendo é a que condena a aplicação da pena de morte, por
considerar que tem muitas variáveis que a tornam errada, e por isso moralmente inaceitável.
É a negação dos direitos humanos: Condenar alguém à morte é negar-lhe o direito à vida
– direito consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A pena de morte é um castigo definitivo e irreversível: Os erros acontecem: haverá
sempre algum risco de executar uma pessoa inocente.
Não impede o crime: Não há provas de que a pena de morte seja mais eficaz na redução
do crime do que a pena de prisão, que pelo contrário, tem uma vertente educativa de
reabilitação.
É usada em sistemas judiciais deturpados: Alguns dos países que executam mais pessoas
(Exº: a China) possuem sistemas legais profundamente injustos. Muitas sentenças de
morte são emitidas depois de “confissões” obtidas sob tortura.
É usada como ferramenta política: As autoridades em alguns países (Exº: o Irão), usam a
pena de morte para punir os seus opositores políticos.
A pena de morte garante que um criminoso não cometerá mais crimes: De facto esse
criminoso que é morto não cometerá mais crimes, mas o Estado está a cometer o mesmo
crime que o criminoso praticou ao condená-lo à morte.
A pena de morte ajudaria a reduzir a lotação das prisões: De facto as prisões estariam
menos lotadas, mas a verdadeira utilidade seria construir novas prisões. Para além de criar
novos postos de trabalho, se as construíssem, por exemplo, em zonas rurais poderiam
aproveitar os reclusos como mão-de-obra para o trabalho na agricultura.
Muitos criminosos começariam a pensar duas vezes antes de cometer certos crimes: A
maior parte dos crimes ocorre por impulso ou em situações extremas, onde não há
premeditação. Os países onde existe a pena de morte não têm menor índice de
criminalidade.
Retribuição: O criminoso pagaria com a própria vida, pela vida que tirou a inocentes:
Uma sociedade que preze a vida em harmonia com valores morais de interajuda entre
todos, não pode incentivar a vingança. Por outro lado, uma sociedade que se rege por um
Estado de Direito, não deve incentivar que a justiça seja aplicada como forma de
retaliação.
A pena de morte, nos países mais evoluídos, é aplicada apenas a crimes repugnantes e
violentos: A definição de repugnante e violento é subjetiva e é algo que varia de acordo
com o julgamento de cada pessoa, de cada sociedade. E condenar alguém à morte é
igualmente um ato repugnante de violência.
Conclusão
Na minha opinião, a pena de morte é um crime. É um crime tão ou mais violento, como
o que o condenado à morte praticou. É a punição mais impiedosa, bárbara e desumana. Logo,
na minha opinião não é moralmente aceitável, e a sua aplicação é errada.
Mais de metade dos países do mundo inteiro, aboliram a pena de morte e já não a
praticam. A erradicação total é o único caminho e os países que ainda a usam têm de colocar-se
do lado certo da História. Orgulho-me de pertencer a um país pioneiro na escolha desse lado
certo.
Bibliografia/Cibergrafia
• www.amnistia.pt
• pt.wikipedia.org
• José Ferreira Borges, Marta Paiva, Orlanda Tavares, NOVOS CONTEXTOS, Manual e
Caderno do Aluno (Filosofia de 10.º Ano)