23
FARMACOLOGIA CARDÍACA................. 46
Qualificação de compradores.. 23
SÓLIDOS .............................................. 3
Solicitação de compras ............ 24 Inibidores do sistema renina-
Pós 3
angiotensina .......................... 46
Granulações ..................................... 3 MANIPULAÇÃO.................................... 25
Inibidores da enzima conversora de
Comprimidos .................................... 3 angiotensina (ECA) .................. 46
CÁLCULOS DE CONCENTRAÇÕES.......... 26
Drágeas............................................ 3 Bloqueadores de receptores de
Cápsulas ........................................... 4 RAZÃO DE CONCENTRAÇÃO (RC) ......... 27 angiotensina (BRAs) ................ 46
Cápsulas de gelatinas (CG) ................... 4 Bloqueadores β-adrenérgicos .......... 47
Miligramas por cento (mg%) ........... 29
LÍQUIDOS ............................................ 4 Diuréticos ....................................... 47
Partes por milhão (ppm) e partes
Soluções ........................................... 4 Vasodilatadores diretos .................. 47
por bilhão (ppb)...................... 29
Preparações otológicas........................ 4 Fármacos ionotrópicos .................... 47
Soluções vaginais e retais .................... 5 CONTROLE DE QUALIDADE (CQ) .......... 29 Antagonistas da aldosterona .............. 47
Gargarejo............................................ 5 AGENTES ANTIARRÍTIMICOS .............. 48
Garantia da qualidade (GQ) ............ 30
Preparações oftálmicas ....................... 5
Gestão da qualidade .......................... 30 Classes............................................ 48
Preparações nasais .............................. 5
Classe 1 ............................................. 48
Preparações orais ................................ 5 FARMACOLOGIA DO SNC..................... 31 Classe 2 .......................................... 49
Suspensões ....................................... 6
SNA 32 Classe 3 ............................................. 49
Emulsões .......................................... 6
SNC 33 Classe 4 ............................................. 50
Pomadas .......................................... 8 ANTIAGINOSO ................................... 50
Tipos de pomadas ............................... 8
PSICOTRÓPICOS................................. 33
Hipnóticos e sedativos .................... 34 ANTI-HIPERTENSÃO ........................... 51
Ceras e ceratos.................................... 9
Ansiolítico ....................................... 34 Diuréticos ....................................... 51
Cremes ............................................. 9
Benzodiazepínicos ............................. 34 Reguladores de volume ................... 52
Pastas .............................................. 9
Barbitúricos .................................... 35 Inibidores do sistema renina-
Gel ou Pomadas-géis ........................ 9
angiotensina ........................... 52
Supositórios ...................................... 9 AGENTES ANTIDEPRESSIVOS .............. 36
Óvulos .............................................. 9 Inibidores da MAO .......................... 36 FARMACOLOGIA DA DOR .................... 53
Velas10 Inibidores da recaptação................. 36
OPIÓIDES........................................... 53
Antidepressivos tricíclicos (ADT´s) ...... 37
BIODISPONIBILIDADE .......................... 10 Inibidores seletivos da recaptação de
Morfina .......................................... 53
5HT ........................................ 37 PARACETAMOL .................................. 54
Determinação de biodisponibilidade11
Inibidores da recaptação de 5HT-NE .. 37 ANTIINFLAMATÓRIO ........................... 55
Fatores que influenciam a
FARMACOLOGIA ANTIPSICÓTICA ....... 37
biodisponibilidade .................. 11 Prostaglandinas (PG´s) .................... 55
Antipsicoticos típicos....................... 38
Extensão da absorção ..................... 11
Antipsicóticos atípicos..................... 38 FARMACOLOGIA ANTIFÚNGICA ........... 57
Eliminação de primeira passagem ... 12
ESTIMULANTES DO SNC ..................... 38
Instabilidade química ........................ 12 Inibidores da síntese de DNA ........... 57
Estimulantes psicomotores ............. 39
Natureza da formação do fármaco..... 12 Inibidores da mitose........................ 57
Metilxantinas .................................... 40
ESTABILIDADE ..................................... 13 FARMACOLOGIA RESPIRATORIA......... 40 Inibidores da membrana ................. 58
Droga antiasmática ........................ 41 Inibidores do ergosterol .................. 58
Tipos de estabilidades..................... 13 Inibidores da esqualeno epoxidase..... 58
Mecanismos mais comuns de Tosse .............................................. 41
Inibidores da 14α-esterol das
degradação química dos FARMACOLOGIA DO TGI .................... 42
metilase ................................. 59
fármacos ................................ 14 Distúrbios ácido-pépticos ................ 42
Inibidores da parede celular ............ 59
Antiácidos ......................................... 43
PRAZO DE VALIDADE ........................... 15
Inibidores H2 ..................................... 43 FARMACOLOGIA ANTIMICROBIANA .... 60
Politica de prazo de validade........... 16 Inibidores da bomba de prótons ........ 43
Mecanismo de ação ........................ 60
ARMAZENAMENTO ...................... 16 Protetores da mucosa ..................... 44
Inibição da parede celular ............... 60
Condições de armazenamento... 17 Vomito ........................................... 44
β-lactâmicos ...................................... 60
Estocagem .................................. 17 Antagonistas dos receptores
Inibidores da β-lactamase .................. 62
DISTRIBUIÇÃO .............................. 17 muscarinicos .......................... 44
Inibidores da topoisomerase ........... 62
Antagonistas dos receptores
DISPENSAÇÃO ..................................... 20 dopaminérgicos ...................... 44 Inibidores da transcrição ................. 62
Purgantes ....................................... 44 Inibidores da tradução .................... 63
Etapas ............................................ 21 Subunidade 50S ................................. 63
ADMINISTRAÇÃO DE Motilidade gastrointestinal ............. 45
Aminoglicosídios (30S) ....................... 63
COMPRAS ............................... 22 Antidiarreicos ................................. 45
Princípios .................................... 23 Loperamida ....................................... 45 FARMACOLOGIA ANTI-HELMÍNTICA .... 65
Difenoxilato e difenoxina ................... 45
Organograma.............................. 23
Inibidores da polimerização Tratamento Leishmaniose visceral INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ..... 82
tubulinica ............................... 65 (LV) ........................................ 72 Absorção ........................................ 82
Desacopladores da fosforilação Antimoniais ....................................... 72 Distribuição .................................... 82
oxidativa ................................ 66 FARMACOLOGIA ANTIVIRAL ................ 73 Metabolização ................................ 82
Coordenação neuromuscular .......... 66 Excreção ......................................... 82
Inibição de fixação e entrada dos
FARMACOLOGIA ANTIPROTOZOARIA .. 68 vírus ....................................... 73 FARMACOEPIDEMIOLOGIA .................. 83
AMEBÍASE ......................................... 68 Inibidores do descascamento viral... 73 PROCESSO DE APROVAÇÃO DE
Classificação dos medicamentos ..... 68 Inibição da replicação do genoma FARMACOS NOS EUA .................. 83
Amebicidas mistos ............................ 68 viral........................................ 74 Ensaios clínicos ............................... 84
Amebicida luminais ........................... 68 Inibição da liberação viral ............... 74 Fase 4 84
Amebicidas sistêmicos....................... 68 Moduladores do sistema imune ...... 75 Sistema de relato de eventos
FARMACOLOGIA DA MALARIA ........... 69 Inibição da maturação viral ............ 76 adversos................................. 85
Esquizonticida tissular..................... 69
Esquizonticida no sangue................... 69 ANESTÉSICOS....................................... 77
FARMACOLOGIA TRIPANOSSOMÍASE . 71 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ........ 81
FARMACOTERAPIA LEISHMANIOSE .... 72
INTERAÇÕES FARMACODINAMICAS ... 81
FORMAS FARMACÊUTICAS Vantagens:
Ou preparação medicamentosa é como o Não liberam pós durante sua armazenagem e
medicamento se apresenta para ser usado, como administração;
resultado da mistura de substância adequado para Os grãos constituintes não aderem entre si;
serem administradas com finalidade terapêutica. A São mais agradáveis de ingerir do que os
ANVISA conceitua a forma farmacêutica pós, e a posologia é facilmente mantida
substâncias que após uma ou mais operações porque a sua quantidade pode ser medida
farmacêuticas executadas com ou sem a adição por meio de colheres;
de excipientes apropriados, a fim de facilitar o seu Quando preparamos sob as formas
uso e obter o efeito terapêutico desejados, com efervescentes são susceptíveis de melhor
características apropriadas a uma determinada via conservação do que os pós-correspondentes,
de administração. tendo menor área de superfície, são menos
As formas farmacêuticas são as formas físicas afetados pela umidade;
de apresentação de medicamentos (comprimido, Ao contrário dos pós, podem ser revestidos
xarope, supositório etc.). E são classificados em com envolvimentos protetores.
sólidas, líquidas, pastosas e gasosas.
Comprimidos
SÓLIDOS São preparações farmacêuticas sólidas, de
formas variadas, cilíndrica ou lenticular, obtidas
Pós agregando-se por pressão, varias substâncias
São partículas sólidas, livres e secas, mais ou medicamentosas secas, e podendo ou não
menos finas, com um ou mais PA adicionados ou encontrar-se envolvidas por revestimentos
não adjuvantes e, se preciso com corante e especiais, formando as drágeas. Sua grande
aromatizante. São resultados da divisão das maioria é destinada à via oral, sofrendo
formas farmacêuticas sólidas, constituindo uma desagregação na boca, estômago ou intestino.
forma de administração direta ou destinada à Vantagens:
obtenção de outras formas. Para prepararmos Maior precisão de dosagem e menor
comprimidos, hóstias, pastilhas, pílulas, etc. variabilidade de conteúdo;
Precisamos pulverizar as drogas constituintes das Facilidade de manuseio, administração e
respectivas fórmulas, que só depois serão transporte pelo usuário;
trabalhadas no sentido de se obter o medicamento Maior estabilidade física e microbiológica;
desejado. A redução dos fármacos a pó apresenta Melhor adequação à produção em escala
várias vantagens, a pulverização não diminui a industrial e menor custo.
atividade dos fármacos e cria-lhes condições para Desvantagens:
que apresentem um efeito farmacológico mais Não é uma forma farmacêutica emergencial;
rápido e regular. Muitos fármacos se dissolvem Impossibilidade de adaptação de posologia
depois de pulverizados e, de um modo geral, a individual;
sua extração, é mais eficaz à medida que diminui Impossibilidade de obtenção econômica de
suas partículas. quantidades reduzidas, dado ao custo
Vantagens: elevado do equipamento;
Substituem outras preparações da mesma Impossibilidade de administração a lactantes
droga; e idosos.
Teor mais elevado de PA do que outras
formas farmacêuticas;
Obtenção mais econômica e rápida, sem
necessidade de recorrer a dissolvente e a
aparelhagem é menos complicada.
Granulações Drágeas
São formas farmacêuticas sólidas constituídas Embora possamos revestir os granulados, as
por um ou mais PA, adicionados com adjuvantes, pílulas e as capsulas, os comprimidos são as
sob a forma de grânulos homogêneos, destinados formas farmacêuticas com maior aplicação desse
à administração oral, ou como intermediários nas processo. Comprimidos revestidos são chamados
preparações de drágeas, cápsulas e comprimidos. de drágeas.
São constituídos por substâncias medicamentosas Vantagens:
associadas a açúcares ou outros adjuvantes, Administração de medicamento com PA de
apresentando-se formados por pequenos grãos ou aromas ou sabor desagradável;
grânulos irregulares, cujo conjunto tem aspecto Possibilita o uso de substâncias que
homogêneo. atacariam as mucosas;
Permite, com o envolvimento adequado, que Emulsões;
os comprimidos resistam à ação do suco Suspensões.
gástrico;
Promove fácil deglutição dos comprimidos Soluções
que desliza melhor para o estômago, já que São misturas de duas ou mais substâncias do
suas arestas foram arredondadas. ponto de vista químico e físico são homogêneas.
As soluções farmacêuticas são sempre líquidas e
Cápsulas obtidas da dissolução de um sólido ou líquido em
São formas farmacêuticas sólidas, com invólucro outro líquido. Os fatores que influenciam na
duro ou mole, de várias formas e tamanhos, dissolução são:
contendo uma dose unitária de PA. Os invólucros pH: Dependendo do pH do soluto, há maior
são formados de gelatina de origem animal, ou menor dissolução do mesmo em função
também podem ser de amido. do pH do solvente;
Agitação: em geral, quanto maior a agitação
Cápsulas de gelatinas (CG) melhor a dissolução;
São preparações feitas por invólucros gelatinosos Tamanho do soluto: quanto menor a
ocos, de forma esférica, ovoide, coradas ou partícula do soluto a ser dissolvido, melhor
brancas, contendo PA sólidos, pastosos ou sua dissolução.
líquidos. As cápsulas duras tem o invólucro é Temperatura: em geral o aumento da
constituído por gelatina. As cápsulas moles ou temperatura facilita a dissolução.
elásticas são formadas por gelatinas adicionadas Vantagens:
de emoliente. As CG duras são consideradas, a Flexibilidade de dosagem;
melhor forma para acondicionar PA, pois Facilidade de administração;
protegem contra ação da luz, da associação de Rápida absorção;
substâncias incompatíveis, impedido a percepção Homogeneidade na dosificação independente
de sabor e odor desagradável dos fármacos, com da agitação, quando comparada à forma de
pouco volume, conservam-se bem e de boa suspensão;
aparecia. Por outro lado, as substâncias Possibilidade de adição de co-solventes para
administradas na forma de CG orais são princípios ativos pouco solúveis no veículo
rapidamente liberadas quando em contato com o principal.
suco gástrico, mas podemos revesti-las com Desvantagens:
envolvimento gastrorresistentes, fazendo Maior possibilidade de alterações físico-
degradar-se no intestino. Sob a forma de CG químicas;
podemos administrar medicamentos destinados a Maior possibilidade de contaminação;
proporcionarem uma ação farmacológica líquida, São mais difíceis de serem transportados
sejam acondicionados no invólucro gelatinoso pelo paciente do que as formas sólidas.
pequenos grânulos com tempos de desagregação O paciente pode não ter acesso a sistema de
diferente. As CG podem ser administradas por medida de volume preciso e uniforme,
vias diferentes da bucal preparando-se cápsulas podendo haver variação de uma dose para
para aplicação retal, nasal e vaginal. Para outra.
satisfazer os requisitos, é preciso ter as seguintes Sistema homogêneo: É caracterizado por
qualidades: apresentar somente uma fase, podendo ser
Os PA devem ser estáveis; constituída por uma substância pura ou uma
Os receptores gelatinosos não devem sofrer mistura homogênea:
alterações; Água e sal, água e açúcar;
As cápsulas devem ser administradas sem Sempre que não podemos distinguir as fases de
qualquer incomodo causado pelo cheiro ou um sistema a olho nu ele é classificado como
pelo sabor dos seus componentes; homogêneo.
O tamanho e forma das capsulas devem ser
adequados à administração. Preparações otológicas
LÍQUIDOS São preparações destinadas à aplicação na
Podem conter uma ou mais substâncias químicas cavidade auricular, apresentadas sob formas
dissolvidas num solvente adequado, ou em uma líquidas ou semi-sólidas. São produtos semi-
mistura de solventes miscíveis, ou dispensáveis estéreis, veículo viscoso, para aderir às paredes
no que diz respeito às preparações. Representam do conduto auditivo. É usado para remoção de
a maior parte das formas farmacêuticas, quando cerume em excesso, tratamento de infecções,
comparada com a concentração do ativo. inflamações ou dores nos ouvidos.
Soluções: Líquidas: São formas destinadas à instilação
Simples e Composta; no conduto auditivo;
Xaropes; Pomadas óticas: São preparações semi-
Elixires. sólidas aplicadas no exterior do ouvido.
Dispersões:
Pós de uso ótico ou insuflações: São Errinos: Forma farmacêutica destinada ao
preparações preparadas com pó ou misturas tratamento da mucosa nasal é geralmente de
de pós finamente divididos que são ação tópica. A maior parte contem agentes
administrados no conduto auditivo. adrenérgicos e são usadas por sua atividade
descongestionante. Os descongestionantes
Soluções vaginais e retais nasais são soluções aquosas, isotônicas em
Duchas: São preparações farmacêuticas relação aos fluidos nasais, tamponados, com
líquidas destinadas a serem introduzidas em conservantes se preciso. É usado no
cavidade do corpo com finalidade de limpeza e tratamento de renite e sinusite. Os errinos
assepsia: podem ser veiculados com solução aquosa,
Enema: Forma farmacêutica líquida destinada solução oleosa e pomadas. A maioria das
a ser instilada no reto com fim laxativo ou para soluções nasais são preparações aquosas,
produzir outro efeito local ou ainda sistêmico isotônicas e tamponadas para manter a
aplicação visando à ação sistêmica com efeito estabilidade. As soluções oleosas mantêm o
rápido. principio ativo mais tempo em contato com a
Colutórios: São medicamentos que agem mucosa e ainda protege do ressecamento,
diretamente na gengiva e na mucosa bucal, porém, alteram a viscosidade dificultando o
ajudam a eliminar o mau hálito e também movimento ciliar. As pomadas apresentam alta
podem ter efeito antibacteriano anticárie. A viscosidade, prejudicando o movimento ciliar.
maioria deles é apresentada em forma de Alguns descongestionantes nasais podem ser
spray ou elixir e fazem parte da rotina de administrados na forma de inalantes. O
higiene oral de muitas pessoas. principio ativo volátil é colocado junto com o
inalante que se volatiliza lentamente a
Gargarejo temperatura ambiente liberando o PA.
São soluções aquosas à lavagem e assepsia da
boca e garganta. Suas principais características Preparações orais
são: cores fortes, veículo aquoso ou hidroalcoólico, São formas farmacêuticas líquidas destinadas ao
pode conter mel, glicerina e flavorizantes. uso oral e podem ser classificados em: xarope,
Fármacos como anticépticos, antibióticos e elixir e gotas.
anestésicos locais. Vantagens: Os líquidos são deglutidos mais
facilmente que sólidos, sendo mais indicado
Preparações oftálmicas para uso pediátrico, os fármacos devem estar
São preparações destinadas à aplicação na em soluções para serem absorvidos e quando
mucosa ocular sendo apresentada sob formas administrados nessa forma estarão
líquidas ou semi-sólidas. prontamente disponíveis para serem
Colírios: São preparações farmacêuticas absorvidos. Respostas farmacêuticas mais
aplicada nos olhos. É um medicamento para rápidas comparando com a forma sólida. A
ser aplicado nos olhos e pálpebras, de uso administração de fármacos solução pode
tópico. Soluções ou suspensões aquosas ou diminuir o efeito irritante de certos fármacos
oleosas contendo uma ou várias substâncias como aspirina e cloreto de potássio, pois serão
medicamentosas destinadas à instilação rapidamente diluídos nos fluidos corporais.
ocular. O fármaco vai se dissolver no filme Desvantagens: Os líquidos são volumosos
aquoso formado pela conjuntiva. Trata apresenta o inconveniente de transporte e
condições superficiais ou intraoculares: estocagem. Casos de quebra do frasco perde
Incluindo infecções bacterianas, fúngicas e o produto, tratando de estabilidade, sob a
virais dos olhos ou pálpebras; forma de solução os componentes são menos
Conjuntivites alérgicas ou infecções; estáveis do que quando estão sob a forma
Síndrome do olho seco. sólida.
As soluções oculares são administradas em Elixir: Forma farmacêutica líquida
pequenas quantidades, são usadas soluções em hidroalcóolica aromatizada e edulcorada com
gotas e pomadas aplicadas, em finas camadas na sacarose ou sacarina para uso oral. São
margem das pálpebras. Os colírios devem ser preparações líquidas límpidas, hidroalcoolicas
estéreis e com boa conservação. Podemos usar apresentando teor alcoólico na faixa de 20 a
conservantes para manter a esterilidade durante o 50%. Ele pode ser um veículo para outras
uso, quando livre de conservantes devem ser preparações, os elixires são preparados por
acondicionados em embalagem de dose unitária. dissolução simples e devem ser envasado em
frasco de cor âmbar e mantidos em lugar
Preparações nasais fresco e ao abrigo da luz.
São preparações destinadas à aplicação na Vantagens: A razão para se optar por
mucosa nasal, sendo apresentadas sob formas suspensões são:
líquidas ou semi-sólidas.
Aumento ou controle da biodisponibilidade; São sistemas heterogêneos em que a fase
Correção ou atenuação de sabor externa é líquida ou semissólida, e a fase interna é
desagradável; constituída por partículas sólidas insolúveis no
Aumento da estabilidade química em meio usado. O fármaco é conhecido como fase
solução; dispersa, enquanto que o veículo é chamado fase
Possibilidade de administrar fármacos dispersante, juntos produzem um sistema
insolúveis na forma líquida; disperso. Usamos as suspensões para três
Maior facilidade na correção de sabor finalidades:
desagradável de certos fármacos; Para uso oral;
Retarda o tempo de absorção de fármacos Para aplicação tópica na pele e mucosas;
por via injetáveis; Para administração parenteral.
Desvantagens: Algumas suspensões orais já vêm prontas para o
Baixa estabilidade física; uso, estão dispersas num veículo líquido com ou
Menor uniformidade; sem estabilizantes e outros aditivos farmacêuticos.
Menor velocidade de absorção. Outras estão disponíveis para o uso na forma de
pó seco, destinado a serem misturado com veículo
Xaropes: São preparações aquosas líquido. Este tipo de produto geralmente é uma
concentradas em açúcar ou outra substância mistura de pós que tem fármacos, agentes
que o substitua, com ou sem adição de suspensores e conservantes. A fase dispersa é
flavorizantes ou PA. Xaropes que contem insolúvel na fase líquida, mas, através de agitação
flavorizantes e não fármacos são chamados de podem ser facilmente suspensas. Esta mistura ao
veículos não medicamentosos, apresentam a ser diluída e agitada com uma quantidade de
finalidade de ser usado como veículo de sabor veículo forma uma suspensão apropriada para a
agradável para os fármacos que lhe serão administração, chamada de suspensão
acrescentados. extemporânea. Esta forma é ideal para veicular
Xaropes com e sem açúcar: O açúcar mais os fármacos instáveis em meio líquido. Deve ter a
usado na preparação de xaropes é a seguinte palavra: AGITE ANTES DE USAR.
sacarose, podendo ser substituído por outros
não açúcares como sorbitol, glicerina e
propilenoglicol. Muitas vezes a sacarose não
é usada na preparação dos xaropes para que
esses possam ser administrados. Aos
pacientes diabéticos, compostos como
sorbitol, glicerina e propilenoglicol não devem
contar na formulação do xarope, sendo
substituídos por compostos não glicogênicos
como metilcelulose e hidroxietilcelulose.
Xarope simples: É preparado pela
dissolução de 85g de sacarose em água
suficiente para obter 100ml de solução, sendo
que se for usada em seguida não precisa de
conservante.
Suspensões Emulsões
São formas farmacêuticas que contêm partículas São dispersões de duas fases líquidas
do PA numa dispersão uniforme, num veículo no constituída por um líquido imiscível num outro
qual o PA apresenta uma solubilidade mínima. líquido sob a forma de gotículas. Sua estabilidade
São preparações líquidas que contem uma ou depende do tipo de agentes emulsionantes
mais substâncias químicas dissolvidas num usados, e da película interfacial capaz de formar-
solvente ou numa mistura de solventes, que, de se rapidamente, impedindo a aproximação e união
acordo com as suas características, usamos as da fase dispersa.
soluções para via oral, ótica, oftálmica ou tópica. A partir dos componentes e da viscosidade
A vantagem no uso da suspensão em qualquer podemos separá-las como líquidos para uso
forma, para um líquido a maior parte limitada para internos ou externos, ou semissólidos para uso
preparações de um sólido, um líquido, e externo. As formas de uso externo são chamadas
frequentemente um gás solúvel num liquido. loções quando líquidas, de cremes quando
sólida. São classificadas pelo:
Tamanho das gotículas: microemulsões e o/a: fase interna formada por gotículas de
emulsões; óleo envoltas pela fase aquosa, são
Número de fases: bifásica, trifásica e múltipla; facilmente lavadas;
Dispersão das fases: emulsões (a/o) ou (o/a). a/o: fase interna formada por gotículas de
A maioria das emulsões é do tipo o/a: laváveis H2O, envolta por uma fase oleosa contínua.
e facilmente removidos da pele ou das roupas, Múltiplas
apresentando melhor biodisponibilidade. a/o/a: Água em óleo, em água: fase mais
interna aquosa, circundada por uma fase
intermediária oleosa, e por fim, envolvida
pela fase aquosa;
o/a/o: Óleo em água, em óleo: fase mais
interna oleosa, circundada por uma fase
intermediária aquosa, e por fim, envolvida
Figura 1: Emulsão. (a) tensoativos (agente emulsificante); (b) pela fase oleosa.
óleo; (c) água; (d) agitação; (e) emulsão.
Vantagens:
Aumento da estabilidade química da solução;
Solubilização do fármaco na fase interna ou
externa;
Mascaramento de sabor e odor desagradável
de certos fármacos pela solubilização;
Biocompatibilidade com a pele humana. Figura 3: (1) emulsões o/a: (a) água; (b) óleo. (2) emulsões
Desvantagens: a/o: (a) óleo: (b) água. (3) emulsão o/a/o. (a) água; (b) óleo; (c)
água. (4) emulsão o/a/o; (d) óleo.
Baixa estabilidade física ou físico-química;
Menor uniformidade. Uso interno e externo: O interesse da
farmacotécnica nas emulsões vem da
Pré-requisitos: As emulsões devem possibilidade da administração, numa mistura
apresentar viscosidade adequada ao uso substâncias hidro e lipossolúveis, o que,
tópico ou oral. Os tensoativos usados na conforme ao seu fim, podem ser uma emulsão
estabilização das emulsões devem apresentar de uso interno ou externo.
valores de EHL adequados e ser compatíveis Uso interno: Uma emulsão para uso interno
com uso interno ou externo. pode ser administrada oralmente ou por via
Componentes: São constituídos por duas endovenosa.
fases uma de natureza aquosa e outra oleosa, Via oral: As emulsões administradas por VO
e os agentes emulsivos sempre entre elas. pertencem ao tipo o/a, tornando palatáveis
Fase aquosa: A H2O fase obrigatória em óleos intragáveis, visto que a dispersão é
todas as emulsões podem ter em dissolução feita em veículo aquoso edulcorado e
várias substâncias, como produtos flavorizado, e a fase interna passa pelas
medicamentosos, conservantes, corantes, papilas gustativas sem entrar em contato
edulcorantes e aromatizantes. com elas, indo direto para o estômago. Os
Fase oleosa: A fase oleosa de uma emulsão agentes molhantes devem ser
pode ser constituída por óleos, resinas, hidrossolúveis, pois tais substâncias devem
goma-resina, ceras e gorduras, além de ficar concentradas na fase externa da
substâncias lipossolúveis, como o salicilato emulsão, uma vez que poderão disfarçar o
de fenilo, cânfora, vitaminas óleos solúveis, gosto da droga que queremos corrigir.
antioxidantes e anticépticos, etc. O tamanho reduzido dos glóbulos de óleo pode
torná-lo mais digerível e acelerar sua absorção.
Em alguns casos podemos corrigir o gosto
desagradável de algumas substancias
hidrossolúveis que figuram na mesma emulsão o/a
recorrendo a uma dupla emulsão. Conseguimos
encobrir o gosto amargo de um produto solúvel na
água incorporando-o primeiro na fase interna de
uma emulsão do tipo a/o por adição de um agente
Figura 2: Emulsão. (a) fase oleosa; (b) fase aquosa. emulsivo do tipo hidrófilo, resultando que a
substância amarga fica situada na parte mais
Tipos de emulsão: A fase em que o interna da fase aquosa da dupla, emulsão a/o/a,
tensoativo for mais solúvel determina a fase conseguindo-se, assim, disfarçar o seu paladar
externa. Sendo assim, as emulsões se dividem desagradável.
em simples e múltiplas. Uso externo: Para aplicação externa as
Simples: emulsões podem ser do tipo o/a ou a/o,
podendo ser preparada uma fórmula de
consistência variável. As soluções de uso Pomadas
externo, aplicáveis sobre a pele, podem ser Formas farmacêuticas plásticas deformáveis, de
preparadas na forma o/a ou a/o dependendo consistência mole, destinada ao uso externo, para
de fatores, como natureza dos agentes a ação tópica, dotadas de propriedades plásticas
terapêuticos, necessidade de um emoliente, e que permitem, mediante um esforço mecânico,
situação da superfície cutânea. Na pele que a sua forma se modifique, adaptando-se às
íntegra, as emulsões de a/o geralmente podem superfícies da pele ou às paredes das cavidades
ser aplicadas com mais uniformidade, pois a mucosas que se aplicam.
pele está coberta por uma fina película de As pomadas são usadas para ações epidérmicas,
sebo, e essa superfície é mais facilmente já que a penetrabilidade dos fármacos que
umedecida por óleo do que por água. As transportam é pouca. Nestas circunstâncias são
emulsões de a/o também são mais emolientes especialmente usados como veículos de fármacos
para a pele, pois resistem mais à secagem e antissépticos e adstringentes. São classificadas
são resistentes à retirada pela água. Por quanto à sua composição ou em relação ao tipo
vezes, a emulsificação de um medicamento de ação terapêutica, em:
numa base provoca a diminuição do ritmo de Epidérmicas: Pomadas que possui fraco ou
absorção dessa substância através da pele e nenhum poder de penetração cutânea;
das membranas mucosas e tal propriedade Endodérmicas: Pomadas que penetram na
pode ser aproveitada para obtenção de epiderme, atuando nas camadas mais
fórmulas de ação retardada. Assim a efedrina, profundas, mas sem que os fármacos
na forma de emulsão o/a, é mais lentamente veiculados cheguem à circulação.
absorvida pela mucosa nasal do que aplicada De acordo com o aspecto, consistência ou
em solução oleosa, o que torna possível composição do excipiente:
prolongar seu efeito vasoconstritor local. Pomadas propriamente ditas: São untuosas
e preparadas com excipientes gordurosos ou
com PEG;
Cremes: São preparados com excipientes
emulsivos do tipo o/a ou a/o;
Cerelos ou Cerotos: Contém uma % de
ceras;
Unguentos: Quando contém resinas;
Pasta dérmica: Apresentam-se espessas,
com muitos pós-insolúveis;
Glicerídeos: Excipiente constituído de gel de
amido com um poliol, como a glicerina;
Pomadas-geleia: Quando os seus excipientes
são géis minerais ou orgânicos.
BIODISPONIBILIDADE
A biodisponibilidade mede a quantidade de um
medicamento contido em determinada forma
farmacêutica que, ao ser administrada por
qualquer via num organismo vivo, atinge a
circulação sanguínea de forma inalterada. A
biodisponibilidade é também a quantidade de
medicamento que atinge não só a circulação
sanguínea como também o local de ação. Os
dados de biodisponibilidade são usados para
determinar:
A quantidade de um medicamento absorvido a
partir de uma determinada forma farmacêutica;
A velocidade de absorção do medicamento;
A permanência do medicamento nos líquidos calculada para a administração oral comparada
do organismo e sua correlação com as com à área calculada para a injeção IV quando a
respostas farmacológicas ou tóxicas. dosagens são equivalente.
Estas informações tem importância para a
determinação da posologia de um medicamento e
da sua forma farmacêutica.
Extensão da absorção
Determinação de biodisponibilidade Depois da administração oral, um fármaco pode
A biodisponibilidade é determinada pela ser absorvido incompletamente, por exemplo,
comparação dos níveis plasmáticos do fármaco e somente 70% de uma dose de digoxina alcançam
de uma via particular de administração (ex.: a circulação sistêmica. Isso se deve à falta de
administração oral) com os níveis plasmáticos do absorção do intestino. Outros fármacos são
fármaco obtidos por injeção IV, na qual o fármaco demasiadamente hidrofílico (Atenolol) ou lipofílico
entra na circulação rapidamente. Quando o (aciclovir) para serem absorvidos com facilidade, e
fármaco é administrado por via oral somente parte sua baixa biodisponibilidade também se deve à
da dose aparece no plasma. Lançando a absorção incompleta.
concentração plasmática do fármaco contra o Se muito hidrofílico, o fármaco não pode
tempo, podemos mensurar a área sob a curva atravessar a membrana lipídica celular; se
(ASC). Essa curva reflete a extensão da absorção lipofílico demais, o fármaco não é solúvel o
do fármaco. A biodisponibilidade de um fármaco bastante para cruzar a camada de água adjacente
administrado por via oral é a relação da área à célula. Fármacos podem não ser absorvidos por
causa de um transportador inverso associado à 1. A biodisponibilidade é menor do que 100%
glicoproteína-P. esse processo bombeia para fármacos que não são administrados por
ativamente o fármaco fora das células da parede via intravenosa.
intestinal e de volta ao lúmen do intestino. A 2. A ÁREA SOB A CURVA (ASC) é o parâmetro
inibição da glicoproteína-P e do metabolismo da farmacocinético usado para avaliar a
parede intestinal, por exemplo, por suco de biodisponibilidade absoluta.
toranja, pode se associar aumento da absorção do 3. Medicamentos de uso oral cujos fármacos não
fármaco. sejam absorvidos no trato gastrintestinal não
necessitam de estudos de biodisponibilidade
Eliminação de primeira passagem relativa.
Após a absorção através da parede intestinal, o 4. A biodisponibilidade traduz a velocidade e a
sangue da veia porta leva o fármaco ao fígado extensão de absorção de um fármaco a partir
antes da entrada na circulação sistêmica. Um de uma forma de administração.
fármaco pode ser metabolizado na parede Assinale:
intestinal (ex.: pelo sistema enzimático CYP3194), a. Se apenas a afirmativa 2 estiver correta.
ou mesmo no sangue da porta, porem, é mais b. Se apenas as afirmativas 2, 3 e 4 estiverem
comum, o fígado metabolizar antes do fármaco corretas.
atingir a circulação sistêmica. Além disso, o fígado c. Se apenas as afirmativas 2 e 3 estiverem
excreta o fármaco na bile. Qualquer desses corretas.
lugares contribui para a redução da d. Se apenas a afirmativa 4 estiver correta.
biodisponibilidade, e o processo geral é conhecido e. Correta: Se todas as afirmativas estiverem
como eliminação de primeira passagem o efeito corretas.
da eliminação hepática na primeira passagem
sobre a biodisponibilidade é expresso como a Ex.: 2: Com relação a biodisponibilidade de um
razão de extração (ER): fármaco é INCORRETO afirmar que:
𝐶𝐿𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜 a. Incorreta: Para uma dose, por via oral, de um
ER
𝑄 fármaco a biodisponibilidade pode ser superior
Onde Q é o fluxo sanguíneo hepático, a unidade ou 100%.
normalmente cerca de 9L/h numa pessoa que b. A biodisponibilidade é a fração do fármaco
pesa 70Kg. inalterado que alcança a circulação sistêmica
A biodisponibilidade sistêmica do fármaco (F) após sua administração por qualquer via.
pode ser prevista a partir da extensão de c. Para uma dose intravenosa de um fármaco, a
absorção (f) e da razão de extração. biodisponibilidade é igual à unidade ou 100%.
F=fx(1-ER) d. Para uma dose, por via oral, de um fármaco a
Um fármaco como a morfina é quase biodisponibilidade pode ser inferior a unidade
completamente absorvida (f=1), de modo que a ou 100%.
perda no intestino é irrisória. Contudo, a razão de
extração hepática para a morfina é a depuração
da morfina (60L/h/70Kg) dividida pelo fluxo
sanguíneo hepático que a biodisponibilidade da
morfina seja cerca de 33%, o que está próximo do
valor observado.
Condições de armazenamento
Estrutura física: o armazenamento de
medicamentos, produtos farmacêuticos e
dispositivos médicos devem ser feito de modo
a garantir as condições necessárias de
espaço, luz, temperatura, umidade e
segurança dos medicamentos, produtos
farmacêuticos e dispositivos médicos.
Medicamentos sujeitos a controle especial:
Recomenda-se que haja uma sala reservada
para o armazenamento destes medicamentos
e, neste caso, a esma deve atender as
especificações sobre a ventilação,
temperatura, condições de luminosidade e
umidade.
Medicamentos termolábeis: Devem ser
armazenados em equipamentos apropriados
para a conservação a frio (câmara fria ou
refrigerador). A escolha de qual deles será
usada depende do volume de medicamentos
que precisam ser armazenados.
Estocagem
A estocagem de medicamentos deve ocorrer de
forma a garantir a segurança e as características DISTRIBUIÇÃO
de qualidades dos medicamentos estocados, para Alguns dos erros possíveis de ocorrer na
realizar o armazenamento, de modo que se administração de medicamentos em pacientes
atentam as boas práticas, são necessários hospitalizados estão relacionados ao sistema de
conhecimentos técnicos sobre os produtos a distribuição dos mesmos. Quanto mais eficiente o
armazenar e sobre gestão de estoques. Para a sistema de distribuição, maior contribuição será
correta estocagem dos medicamentos, prestada para garantir o sucesso das terapêuticas
acompanha as orientações a seguir: e profilaxia instauradas. O controle de distribuição
Observe os medicamentos que exigem de germicidas, conforme o nível de atividade
cuidados especiais de armazenamento, como determinadas pelas rotinas instituídas pelos
termolábeis e psicotrópicos; serviços de CIH, é fundamental, para que somente
Estoque os medicamentos por nome genérico, pessoas treinadas tenham acesso aos mesmos.
lote e validade de forma a partir fácil Um sistema de distribuição de medicamentos
identificação. deve ser racional, eficiente, econômico, seguro e
Não arraste caixas, nem arraste ou coloque deve estar de acordo com o esquema terapêutico
muito peso sobre elas; prescrito. Quanto maior a eficácia do sistema de
distribuição, mais garantido será o sucesso da
terapêutica e da profilaxia instaurada no hospital.
O sistema a ser escolhido e implantado no Coletivo: Suas principais características são
hospital pelo profissional farmacêutico deve seguir estoques nos setores assistenciais, onde a
alguns critérios, de acordo com os aspectos farmácia fornece medicamentos e produtos de
relacionados a seguir. saúde em suas embalagens originais
Garantir o comprimento da prescrição; atendendo solicitado pelo pessoal de
Racionalizar a distribuição dos medicamentos; enfermagem, ou segundo estoque mínimo e
Garantir a administração correta do máximo para cada unidade solicitante, feito em
medicamento; nome da unidade e não de pacientes. É um
Diminuir os erros relacionados com a sistema mais caracterizado como distribuição
medicação (administração de medicamentos do que de dispensação, pois a farmácia
não prescritos, troca da via de administração, apenas transfere os produtos para as unidades
erros de doses etc.); que formam seus estoques. A farmácia se
Monitorar a terapêutica; torna um distribuidor de medicamentos, não
Reduzir o tempo de enfermagem dedicado ás tento contato com a prescrição médica, o que
tarefas administrativa e manipulação dos impede o acompanhamento da
medicamentos; farmacoterapia. Outras desvantagens deste
Racionalizar os custos com a terapêutica. sistema estão nas dificuldades no controle
A organização Panamericana de saúde indica logístico dos estoques, com altos, custos de
como objetivo de um sistema racional de estocagem, maior probabilidade de erros de
distribuição de medicamentos, as seguintes: administração de medicamentos, perdas por
Diminuir erros de medicação: estudos caducidade e ou má armazenagem e desvios,
relaciona aos sistemas tradicionais uma entre outros.
elevada incidência de erros, que incluem Vantagens:
desde a incorreta transcrição de prescrição até Rápida disponibilidade de medicamentos na
erros de vias de administração e planejamento unidade assistencial;
terapêutico; Mínimas atividades de devolução à
Racionalizar a distribuição de farmácia;
medicamentos: o sistema de distribuição Redução das necessidades de recursos
deve facilitar a administração, dos humanos e infraestruturas da farmácia
medicamentos, através de uma dispensação hospitalar;
ordenada, por horários e por paciente, e em Mínima espera na execução da prescrição;
condições adequadas para a pronta Ausência de investimento inicial.
administração; Desvantagens:
Aumentar o controle sobre os Aumento potencial de erros de medicação;
medicamentos: acesso do farmacêutico às Perdas econômicas devido à falta de
informações sobre o paciente, tais como: controle: caducidade, mas condições de
idade, peso, diagnóstico e medicamentos armazenagem e outros;
prescritos, permite efetuar avaliação da Aumento de estoque de medicamentos na
prescrição médica, monitorizara duração da farmácia hospitalar e nas unidades
terapêutica, informar sobre possíveis reações assistenciais;
adversas, interações, não cumprimento do Incremento das atividades do pessoa de
plano terapêutico, melhor forma de enfermagem;
administração e outros. Facilidade de acesso aos medicamentos por
Diminuir os custos com medicamentos: qualquer pessoa;
com a dispensação por pacientes, e no Difícil integração do farmacêutico à equipe
máximo por 24 horas, diminuem-se os custos de saúde.
de estoques e evitam-se gastos
desnecessários de doses excedentes. Estudos
neste sentido demonstraram que 25% do
consumo de medicamentos podem ser
reduzidos em hospitais que adota o sistema de
distribuição de medicamentos por dose
unitária.
Aumentar a segurança para o paciente: é
obtido pela consecução dos objetivos
anteriores, pois existe a adequação da
terapêutica, redução de erros, racionalização
da distribuição e aumento do controle dos
medicamentos.
As principais características de cada sistema de
distribuição são:
Pode ser feito de duas formas, direta ou indireta,
de acordo com o documento de solicitação:
Indireta: Neste caso, a farmácia recebe as
solicitações de medicamentos por meio de
uma transcrição de prescrição médica feita
pela enfermagem (requisição em nome do
paciente). Podem ocorrer erros de transcrição,
prescrições adulteradas e outros.
Direta: A farmácia recebe as solicitações de
medicamentos através de uma cópia da
prescrição médica, com a possibilidade do
contato com a prescrição e,
consequentemente, possível intervenção
farmacêutica minimizando erros citados
anteriormente.
O Sistema de distribuição por prescrição
individualizada pode ser implementado na forma
de sua distribuição, de duas formas:
1. Os medicamentos são dispensados num único
Figura 7: Modelo de dispensação coletiva. compartimento, podendo ser um saco plástico
identificado com a unidade de internação, o
Individualizado: Existe a necessidade de um número eleito, nome do paciente, contendo
investimento inicial em infraestrutura e todos os medicamentos de forma desordenada
recursos humanos, com necessidade de igual do sistema coletivo para um período de
plantão da farmácia para atendimento das 24 horas.
demandas, mas reduz os custos com 2. Os medicamentos são fornecidos em
medicamento reduz o tempo da enfermagem embalagens, disposto segundo o horário de
quanto às atividades com medicamento e administração constante na prescrição médica
permite aumento da integração do individualizada e identificada para cada
farmacêutico com a equipe assistencial. O paciente e para o máximo de 24 horas. Sua
fornecimento de medicamento individualizado distribuição pode ser feita em embalagem
por pacientes, não determina, em larga escala, plástica, com separações obtidas por
a diminuição do tempo de preparo de doses, termossolda ou em escaninhos adaptáveis a
erros de administração, perdas por carros de medicamentos adequados ao
deterioração, desvio e outros, mas assegura sistema de distribuição.
maior qualidade da farmacoterapia pela
participação efetiva do farmacêutico no
processo do medicamento.
Vantagens:
Diminuição do estoque nas unidades
assistenciais;
Redução potencial de erros de medicação;
Facilidade para devoluções à farmácia;
Reduz o tempo do pessoal de enfermagem
quanto às atividades com medicamentos;
Aumento da integração do farmacêutico com
a equipe de saúde.
Desvantagens:
Aumento das necessidades de recursos
humanos e infraestrutura da farmácia Figura 8: Modelo de dispensação por prescrição individual.
hospitalar;
Exigência de investimentos inicial; A modalidade 2 reduz erros e perdas,
Incremento das atividades desenvolvidas propiciando facilidade para a instalação de
pela farmácia; controle da dispensação, ou seja, a revisão de
Necessidade de plantão na farmácia todas as prescrição atendidas para verificar erros
hospitalar; de dispensação e propicia a verificação da
Permite ainda potenciais erros de interações e aumento da capacidade de controle
medicação; de estoques tanto m nível de farmácia hospitalar,
Não permite controle total sobre as perdas como das unidades de internação.
econômicas (caducidade, doses não A união desses sistemas é chamada sistema
administradas, desvios e outros). combinada de distribuição de medicamentos,
em que, para as unidades de internação, o
sistema de distribuição é por prescrição
individualizada, e para as áreas fechadas como
centro cirúrgico ambulatorial, o sistema é coletivo
ou de estoque por unidade assistencial.
Dose unitária: Os elementos que distinguem
o sistema de distribuição por dose unitária das
tradicionais são medicamentos contidos em
doses unitárias, dispostos conforme o horário
de administração e prontos a serem
administrados segundo a prescrição médica,
individualizados e identificados para cada
paciente. É o sistema que permite maior
contato do farmacêutico com a prescrição e
com toda equipe multiprofissional e, também,
pelo controle que proporciona a farmácia, no
que se refere ao uso de medicamentos. Neste
sistema ocorre o melhor controle e
racionalização no uso de medicamentos
através da monitorização terapêutica. Para
esta implantação, é preciso, um investimento
financeiro em infraestrutura e equipamentos de
acordo com as legislações específicas, além
de uma adequação do quadro de
colaboradores da farmácia atendendo as
necessidades das atividades a serem
implantadas. Uma das áreas necessária para a
efetivação desse sistema é a farmacotécnica
de medicamentos orais e de injetáveis, pois os
medicamentos são dispensados após o
preparo para administração. O preparo de
doses unitárias e unitarização de doses de
medicamentos de formas farmacêutica.
Contribui para a redução de procedimentos
definidos e registro. Deve existir plano de
prevenção de trocas ou misturas de
medicamentos em atendimentos à legislação
vigente.
DISPENSAÇÃO
Conforme a lei 5991/73, que rege o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, no Brasil, quando bem administrado a implantação de um
dispensação é o ato de fornecimento ao sistema racional de dispensação de
consumidor de drogas, medicamentos, insumos medicamentos e de outros produtos para a saúde
farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou deve ser priorizada pelo estabelecimento de
não. Esta lei exige a presença do farmacêutico ou saúde e pelo farmacêutico, de forma a buscar
substituto, sem, contudo, garantir a assistência processos que garantam a segurança do paciente,
efetiva deste profissional no ato de dispensar e a orientação necessária ao uso racional do
nas outras atividades realizadas pelas farmácias e medicamento, sendo recomendado pela portaria
drogarias, deixando transparecer apenas o 4283/10, a adoção de um sistema individual ou
aspecto comercial do ato, com interesse principal unitário de dispensação. Dependendo das
centrado no lucro. características e objetivos do estabelecimento de
A PNM regulamenta através da portaria 3926/98, saúde a dispensação também poderá ser
definiu a dispensação como o ato do profissional descentralizada, através das farmácias satélites.
farmacêutico de proporcionar um ou mais Estas poderão estar localizadas em blocos
medicamentos a um paciente, geralmente como cirúrgicos, unidades de terapia intensiva, outras
resposta à apresentação de uma receita unidades de assistência ao paciente como pronto
elaborada por um profissional autorizado. Neste atendimento e pronto socorro. É a atividade dos
ato o farmacêutico informa e orienta o paciente farmacêuticos com mais visibilidade e onde mais
sobre o uso adequado do medicamento. São se estabelece o contato com os serviços clínicos
elementos importantes da orientação, entre do hospital. O farmacêutico deve considerar como
outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a característica para um sistema adequado a
influência dos alimentos, a interação com outros racionalidade eficácia, economia e, sobretudo se
medicamentos, o reconhecimento de reações oferece segurança ao paciente. A dispensação de
adversas potenciais e as condições de medicamentos só deverá ser efetuada perante a
conservação dos produtos. Nesse conceito, o apresentação de uma prescrição médica que pode
aspecto comercial da atividade é excluído, dando- ser informatizada, manual com copia original,
lhe um caráter profissional na medida em que fotocópia, carbonada, digitalizada, onde devem
deixa claro que o farmacêutico é responsável não constar, no mínimo, os seguintes elementos.
só pelo fornecimento do medicamento, como Identificação do paciente;
também pela orientação para o seu uso Registro hospitalar;
adequado. Além disso, insere a atividade num Leito e unidade de internação;
grupo multiprofissional de assistência à saúde, Data da prescrição;
mais especificamente a assistência farmacêutica. Designação de medicamentos
Com a criação da ANVISA em 1999, surgiu outras preferencialmente por DCB ou nome de
normas sanitárias complementares à legislação registro e indicação de dose, forma
federal relativas aos estabelecimentos farmacêutica, intervala de dose e via de
farmacêuticos para colocar em pratica a PNM. A administração;
resolução 328/99, dispõe sobre requisitos Identificação do médico prescritor e assinatura;
exigidos para a dispensação de produtos de Para minimizar erros e importante evitar a
interesse à saúde em farmácias e drogaria entre transcrição médica em casos necessários e
outras coisas, institui o regulamento técnico sobre recomentada a solicitação da prescrição médica
as boas práticas de dispensação de original para a conferência do farmacêutico.
medicamentos em farmácias e drogarias. Como Aspecto legal: conforme o art. 2o da resolução
podemos ver as atribuições do farmacêutico, ao CFF357/01, a presença e atuação do farmacêutico
dispensar medicamentos, tomaram uma dimensão é requisito essencial para a dispensação de
muito maior, hoje a dispensação não significa medicamentos, sendo esta uma atribuição
apenas entregar o medicamento prescrito ou indelegável, não podendo ser exercida por
indicado pelo farmacêutico, mas se trata da mandado nem representação. De acordo com
atuação clínica do farmacêutico, com o objetivo de essa resolução, ao dispensar medicamentos, o
proporcionar ao paciente, não só o medicamento, farmacêutico deve explicar clara e
como também os serviços clínicos que o detalhadamente ao paciente o beneficio do
acompanham, promovendo o uso racional de tratamento.
medicamentos e a proteção do paciente e a
prováveis PROBLEMAS RELACIONADOS AO
USO DE MEDICAMENTOS (PRMs).
d Etapas
A dispensação de medicamentos é uma atividade É classificada em quatro etapas distintas:
técnica de orientação ao paciente de importância abordagem do paciente, análise da restrição,
para a observância ao tratamento, portanto, eficaz
exame físico dos medicamentos e orientação ao atentamente se as características físicas do
paciente: medicamento estão mantidas e se a validade é
Abordagem ao paciente: a dispensação tem compatível com o tempo proposto do uso da
inicio com a acolhida do paciente, ao procurar terapia. Na oportunidade, o paciente deve ser
atendimento farmacêutico, espera encontrar orientado para a importância da correta
um profissional com conhecimento técnico e conservação deste produto durante e após seu
postura profissional. A abordagem ideal pode uso evitando desta forma o uso ou reutilização
contribuir para a adesão ou não ao tratamento de um produto impróprio para consumo.
proposto, e o farmacêutico deve aproveitar
essa oportunidade para estabelecer uma
relação de confiança com o paciente, devendo
ouvi-lo, respeitá-lo e compreende-lo. Nessa
etapa, são coletadas as informações gerais do
paciente, tais como dados pessoais, estado
atual de saúde, hábito de vida e
comportamento adotados quando de uso de
medicamentos, sendo esta uma grande
oportunidade de conquista da confiança do
paciente. Recomenda-se que as farmácias
tenham uma área reservada para atendimento,
uma vez que o ambiente propiciará uma maior
ou menor proximidade do paciente com o
farmacêutico.
Análise da prescrição: Nesta fase serão
observados os aspectos farmacodinâmicos,
farmacocinéticos e legais da prescrição. O
farmacêutico deve iniciar, perguntando ao
portador da receita se é ele o paciente que
fará uso daquela prescrição, pois, caso não
seja, deve-se atentar para a relação existente
entre o comprador e o usuário, garantindo que
a informação prestada seja repassada com o
maior cuidado ao usuário daquele
medicamento. Antes, de repassar informações
ao usuário do medicamento, deve munir‑se de
alguns dados referentes ao usuário do
medicamento, tais como a idade, peso,
existência de outras doenças ou de
manifestações alérgicas. Estes dados visam a
auxiliar o farmacêutico na analise da
aplicabilidade da medicação e da posologia
prescrita, evitando problemas relacionados ao
medicamento devido, tanto pela efetividade
quando pelas doses usadas.
Ainda nesta fase, o farmacêutico avalia a
legibilidade, a data e os aspectos legais da
prescrição tomando-se por base as normas legais
existentes, citando-se o capítulo 6 da lei 5991/73,
das boas práticas de prescrição, das boas práticas
em farmácia descritas na resolução CFF 357/01 e
na portaria 344/98, ainda a RDC 44/09, da
ANVISA.
ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS
Função compras: É um segmento essencial
Exame físico do medicamento: O do departamento de materiais ou suprimentos.
farmacêutico deve realizar o exame físico do Tem a finalidade de suprir as necessidades de
medicamento, antes da entrega, do mesmo ao materiais ou serviços planeja-los
paciente. Nesta questão, ele irá observar quantitativamente e satisfaze-las no momento
certo com as quantidades corretas:
Objetivos: medicamentos; presta assessoria as varias
Manter um fluxo contínuo de suprimentos, a seções com informações e soluções técnicas;
fim de atender à demanda; controla prazo de entrega e elabora previsão
Coordenar o fluxo de maneira que seja periódica de compras.
aplicado um mínimo de investimento, sem 2. Acompanhador de compras (Follow-up):
afetar a operacionalidade da empresa; acompanha, documenta e fiscalizas as
Comprar materiais e insumos pelos menores encomendas e observância aos respectivos
preços, obedecendo a padrões de quantidade prazos de entregas, informa ao comprador o
definidas. resultado do acompanhamento e efetua
Procurar sempre dentre de uma negociação cancelamento, modificações e pequenas
justa e honesta, as melhores condições para compras conforme determinação da chefia.
a empresa, sobretudo quanto a condições de
pensamentos. Função de pesquisa
Comprar bem é um dos principais meios para a A pesquisa é o elemento fundamental da
redução dos custos hospitalares. Isso significa operação de compras cabem a ela as funções a
verificar cuidadosamente preços, prazos e seguir:
qualidades do material e do serviço. A seleção de 1. Estudo dos materiais: avaliação das
fornecedores é considerada ponto chave no necessidades da empresa para períodos que
processo de compra. A potencialidade do variam de um a dez anos; tendência a curto e
fornecedor deve ser confirmada, assim como suas longo prazo das ofertas e demandas;
instalações e seus produtos. É importante tendência de preço; melhorias tecnológicas e
estabelecer critérios para o cadastramento de perspectivas para possíveis substitutos e
fornecedores, assim como são recomentados desenvolvimentos de padrões e
visitas periódicas e programadas de auditoria, em especificações.
especial no caso de fornecedores que interferem 2. Análises econômicas: efeitos do ciclo
com a qualidade dos serviços prestados pelo econômicos sobre os materiais comprados;
hospital. tendência dos preços gerais; influência das
variações econômicas sobre fornecedores e
Princípios concorrentes;
Autoridade para comprar, registro de compra, 3. Análises econômicas: Qualificação dos
registro de preço, registro de estoque e consumo, fornecedores ativos em potencial; estudo das
registro de fornecedores, arquivos de instalações dos fornecedores; avaliação de
especificações e arquivos de catálogos. desempenho e análise da condição financeira;
Atividade: 4. Análise do Custo e do preço: Estudo
1. Pesquisa de fornecedores: estudo do comparativo de materiais similares (análise
mercado, estudo dos materiais, analise dos farmacoeconômico); análise de custo e da
custos, investigação das fontes de margem de lucro do fornecedor;
fornecimento, desenvolvimento de fontes de 5. Análise das embalagens e do transporte:
materiais alternativos; efeito da localização dos fornecedores sobre o
2. Aquisição: conferencia de requisição, análise custo; métodos alternativos de despacho; e
das cotações, decisão sobre compras por meio sugestões de alteração de embalagens;
de contratos ou no mercado aberto, entrevista 6. Análise administrativa:
com vendedores, negociação de contratos, Controle de formulário: Análise de
efetivação das encomendas e de compras, e organização e método; simplificação do
acompanhamento de recebimento de trabalho; uso de processamento eletrônico de
materiais; dados e elaboração de relatórios
3. Administração: manutenção de estoques
mínimos, transferência de materiais, evitar
excessos e obsolescência de estoques,
padronização de todos os aspectos possíveis.
4. Diversos: estimativa de custo, descarte de
materiais desnecessários, obsoletos ou
excedentes, preservação das relações
comerciais recíprocas.
Organograma Qualificação de compradores
1. Chefe de compras: Subordina-se ao gerente O profissional responsável pelas compras deve
de materiais ou suprimentos; estuda e analisa apresentar as seguintes características:
as solicitações de compras; coordena Ter experiência na área; ter escolaridade de
pesquisa de fornecedores e coleta preços; nível superior (desejável) formação em farmácia
organiza concorrência e estuda os respectivo ou em administração hospitalar; conhecer as
resultados; mantém contato com fornecedores; características de medicamentos e correlatos;
solicita testes de qualidade de materiais e
saber ouvir os argumentos apresentados pelos despesa de transporte, em casos de rejeição,
vendedores; estar identificados com a politica e o ficará por conta do fornecedor;
padrão de ética definidos pelo hospital, como, 3. Reservamo-nos o direito de recusar, à custo
exemplo, manutenção de sigilo em negociações do fornecedor, qualquer parcela do material
que envolvam mais de um fornecedor, ser recebido em quantidade superior ao pedido;
dotado de iniciativa e visão de oportunidade de 4. A presente encomenda não poderá ser
novos negócios que vissem à economia das efetuada por preços mais altos do que os
finanças do hospital. estabelecidos;
5. Não será aceitos responsabilidades de
Solicitação de compras pagamento referentes a transportar,
É o documento que autoriza o comprador a embalagens, seguros etc.
executar uma compra. Informa o que se deve 6. Fica entendido que o fornecedor será
comprar, a quantidade, o prazo de entrega, o local considerado responsável por qualquer
de entrega e, em casos especiais, os prováveis obrigação ou ônus decorrente da venda de
fornecedores. qualquer produto que viole leis, decretos ou
direitos de patentes;
Cotação 7. Não assumimos nenhuma responsabilidade
É o registro do preço obtido da oferta de vários por mercadorias cuja entrega não tenham sido
fornecedores em relação ao material cuja compra devidamente autorizada por um pedido de
foi solicitada não deve ter rasuras e deve compras aprovadas.
apresentar o preço, a quantidade e a data do
recebimento na seção de compras. Acompanhamento de compras (Follow-up)
Deve-se manter a cotação sempre à mão para Um comprador deve manter um arquivo para
eventuais consultas e análises de auditoria e, registrar a ``vida´´ do produto, controlando todas
também, para melhor visualização dos dados, a as fases do, processo de compra, as variações de
serem transcritos num mapa, o qual e copia das preço, as modificações das quantidades
cotações recebidas. solicitadas, as entregas recebidas e o
Condições mais usuais oferecidas pelos cumprimento das condições acertadas.
fornecedores por meio de propostas:
As propostas ficam sujeitas a confirmação; Controle de qualidade e inspeção
Os preços indicados são liquidas, para São condições importantes para o processo de
entregar na fábrica; compra:
Em caso de atraso na entrega sem culpa do Prazo: o setor de compras deve divulgar o
fornecedor, as datas do pagamento tempo preciso para completar, o processo
permanecerão as mesmas. de compras, de modo que se evitem
problemas de abastecimento;
Pedidos de compras Frete;
É o contrato formal entre a empresa e o Embalagens;
fornecedor, devendo representar todas as Condições de pagamentos e descontos,
condições e característica da compra
estabelecida. O pedido de compra aceito pelo Fontes de fornecimento
fornecedor implica o atendimento de todas as Incluem-se entre os fornecedores de um hospital:
condições estipuladas como: laboratórios farmacêuticos, distribuidoras de
Especificações; medicamentos, fabricantes e distribuidoras de
Quantidade; correlatos (chamados de cirúrgico).
Frequência de entregas; Os fornecedores podem ser selecionados e
Prazos; avaliados quanto aos seguintes aspectos:
Preço; Preço;
Local e horário de entrega. Qualidade;
No pedido de compras de hospitais, é comum Condições de pagamento;
constarem as condições da compra, como a Condições de embalagem e transporte;
seguir: Cumprimento dos prazos de entrega
estabelecidos;
1. Mercadorias devem ser entregues no prazo Manutenção dos padrões de qualidade
combinado. O não comprimento garante o estabelecida;
direito de cancelar o pedido de compra, total Politicas de preços determinados;
ou parcial, sem prejuízo de nossa parte; Assistência técnica;
2. Todo material deverá estar de acordo com o Atendimento;
pedido, e sua aceitação está sujeitas à Programa de qualidade.
aprovação de nossa inspeção. Qualquer E importante acentuar que a seleção além de
obedecer a uma mistura desses critérios, deve
seguir os preceitos legais, possíveis de alteração
por lei, portaria ministeriais, resoluções e outros
dispositivos legais que regulamentam o comércio
farmacêutico e correlato.
MANIPULAÇÃO
Os processos de manipulação devem ser feitos
por mão de obra especializada e acompanhada de
perto pelo farmacêutico responsável. Questões a
serem consideradas antes da manipulação de
uma prescrição:
Racionalidade da prescrição: ingrediente,
intenção de uso, dose e modo de
administração;
Propriedade físico-química, medicinal e uso
farmacêutico das substâncias prescritas;
Absorção e via de administração adequada:
preparação do produto manipulado de acordo
com o proposito da prescrição;
Excipiente adequado: risco de alergia,
irritação, toxicidade ou resposta organoléptica
indesejável do paciente;
pH: ideal para maior estabilidade ou
adequação ao uso;
Ingredientes da formulação: identidade
adequada do manipulador (cálculos
matemáticos, controle de qualidade: peso
médio, pH, observação visual);
Equipamentos e ingredientes disponíveis: e
em quantidade suficiente;
Referencias bibliográfica: uso, preparação,
estabilidade, administração e embalagem do
produto;
Validade: projeção razoável e racional da
validade do produto;
Quantidade dispensada: equivalente ao
prazo de validade do produto;
Correto armazenamento do produto por parte
do paciente.
CÁLCULOS DE CONCENTRAÇÕES
Densidade
Densidade (d) é massa por unidade de volume
de uma substância. A densidade é normalmente
expressa como por centímetro cúbico (g/cc).
Como o grama é definido como a massa de 1cc
de água a 4ºC, a densidade da água é d 1g/cc.
Para nossos propósitos, é considerado que 1ml
pode ser usado como equivalente. A 1cc,a
densidade da água pode ser expressa como
1g/ml. Por outro lado, um mililitro de mercúrio
pesa 13,6g. Consequentemente, sua densidade
é de 13,6/ml. A densidade pode ser calculada
dividindo-se a massa elo volume.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
Densidade = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
Assim, se 1ml de ácido sulfúrico pesam 18g,
sua densidade é:
18(𝑔)
Densidade = 10𝑚𝑙 = 1,8g/ml.
FARMACOLOGIA DO SNC
Seis sigmas: Visa detectar e eliminar as O conhecimento hoje adquirido, sobre a estrutura
causas dos erros ou falhas ocorridas durante da sinapse, demonstra que ela pode explicar as
os processos, focalizando resultados ações de praticamente todas as drogas que agem
relevantes aos clientes. É uma metodologia no SNC e no SNA, com exceção, dos AL´s que
inovadora centrada na eliminação dos bloqueiam a condução axonal de forma seletiva.
defeitos de processos dentro de uma Podemos classificar a ação das drogas em
organização e quem o objetiva de colinérgicas e adrenérgicas através das várias
proporcionar aos seus clientes um etapas em que elas atuam no ciclo dos
serviço/produto, próximo da perfeição. O neurotransmissores. No nível dos
termo 6 sigmas, representa a variação
neurotransmissores, podem exercer sua atividade é o passo limitante da síntese de Ach. A
nos seguintes pontos: colina-acetiltransferase catalisa a reação da
Interferindo na síntese do neurotransmissor; colina com a acetilcoenzima-A (CoA) para
Competindo com a via metabólica pertencente formar Ach (um éster) no citosol. A acetil-CoA
à síntese do neurotransmissor; é originada da mitocôndria e é produzida pela
Bloqueando o sistema de transporte da oxidação de piruvato e de ácidos graxos.
membrana axonal; 2. Armazenamento: A Ach é empacotada em
Bloqueando o sistema de transporte da vesícula pré-sináptica por um processo de
membrana das vesículas pré-sinápticas; transporte ativo acoplado ao fluxo de prótons.
Estimulando a liberação dos A vesícula contém também ATP e
neurotransmissores das suas vesículas de proteoglicano. A cotransmissão nos
estocagem; neurônios autônomos é uma regra, não a
Evitando a liberação dos neurotransmissores; exceção. Significa que a maioria das
Imitando a ação dos neurotransmissores pela vesículas contém o neurotransmissor primário
ação agonista nos receptores pós e pré- (a Ach), e o cotransmissor que aumenta ou
sinápticos; diminui o efeito de neurotransmissor primário.
Os neurotransmissores em vesículas são
Bloqueando a ação dos neurotransmissores ao
chamados varicosidades.
nível dos receptores pós-sinápticos ou pré-
3. Liberação: Um potencial de ação, propagado
sinápticos, por competição farmacológica;
por canais de sódio voltagem-dependentes,
Inibindo as enzimas que inativam os
chega ao terminal nervoso, abrem-se canais
neurotransmissores.
de cálcio voltagem-dependente de cálcio
intracelular. Níveis altos de cálcio promovem
SNA
a fusão das vesículas sinápticas com a
O SNA junto com o sistema endócrino coordena a
membrana celular e a liberação de seu
regulação e a integração das funções corporais. O
conteúdo no espaço sináptico. A toxina
sistema endócrino envia sinais aos tecidos-alvos,
botulínica pode inibir essa liberação.
variando os níveis de hormônios na corrente
4. Ligação da Ach ao receptor: A Ach liberada
sanguínea.
das vesículas sinápticas difunde-se através
O SN exerce a sua influência pela rápida
do espaço e se liga a um dos dois receptores
transmissão de impulsos elétricos nas fibras
pós-sináptico na célula-alvo, ao receptor pré-
nervosas, ha liberação de substâncias
sináptico na membrana do neurônio que
neurotransmissoras. Fármacos que produzem seu
liberou a ACh a outros receptores alvos pré-
efeito terapêutico primário, mimetizando ou
sinápticos. Os receptores pós-sinápticos
alterando as funções do SNA, são chamados
colinérgicos na superfície dos órgãos efetores
fármacos autonômicos. Esses fármacos
são divididos em duas classes.
autonômicos atuam estimulando porções do SNA
Os RECEPTORES NICOTÍNICOS são
ou bloqueando as ações dos nervos autônomos.
ionotrópicos, são canais iônicos de Na/K
Os fármacos que afetam o SNA são divididos em
ativados pela Ach.
dois grupos, de acordo com o tipo de neurônio
envolvido no seu mecanismo de ação. Os Os RECEPTORES MUSCARÍNICOS são
fármacos colinérgicos atuam em receptores que metabotrópicos em que o efeito final é
são estimulados pela Noe e Epi. Os fármacos dependente de segundos mensageiros.
colinérgicos e adrenérgicos atuam estimulando ou A ligação ao receptor leva a uma resposta
bloqueando receptores do SNA. fisiológica no interior da célula, como o inicio
de um impulso nervoso na fibra pós-
Neurônio colinérgico: A fibra pré-ganglionar
ganglionar ou a ativação de enzimas
que termina na suprarrenal, o gânglio
específicas nas células efetora mediadas por
autônomo e as fibras pós-ganglionares da
moléculas segundo mensageiras.
divisão parassimpática usam Ach como
neurotransmissor. A divisão pós-ganglionar
simpática das glândulas sudoríparas também
usa ACh.
5. Degradação do neurotransmissor na fenda
Além disso, neurônios colinérgicos inervam os
sináptica: O sinal no local efetor pós-juncional
músculos no sistema somático SS e também
termina rápido devido à hidrólise da Ach pela
desempenha função importante no SNC.
AChE formando colina e acetato na fenda
Neurotransmissão: Envolve 6 etapas
sináptica.
sequenciais:
6. Reciclagem de colina e acetato: A colina
1. Síntese de ACh: A colina vai para o LEC
pode ser recortada pelo sistema de transporte
para o citoplasma do neurônio colinérgico por
de alta afinidade, acoplado ao sódio, que a
um sistema carregador dependente de
leva de volta para o interior do neurônio, onde
energia que o transporta sódio e pode ser
ela é acetilada a ACh e armazenado até ser
inibido por hemicolinio. A captação da colina
liberada por um potencial de ação
subsequente.
SNC
A maioria dos fármacos que atuam no SNC altera
alguma etapa do processo de neurotransmissão.
Podem atuar pré-sinapticamente influenciando a
produção, o armazenamento, a liberação ou o
término da ação dos neurotransmissores. Outros
fármacos podem ativar ou bloquear os receptores
pós-sinápticos.
PSICOTRÓPICOS
Deste 1950 os medicamentos usados para tratar
transtornos psiquiátricos figuram entre a classe de
medicamentos mais prescritos. A eficácia do
psicoativo é apenas parcialmente previsível e
depende das propriedades e da biologia do
paciente.
Reações e efeitos adversos: Geralmente, os Reações adversas: As reações adversas
medicamentos psicotrópicos são seguros, mais comuns são: sonolência, letargia e
sobretudo em curta duração. ressaca. Coma e até morte, causadas pela
Precauções: Antes de usar um medicamento, depressão dos centros medulares vitais do
é importante estar preparado para lidar de cérebro, resultam da superdose. O uso
forma segura com qualquer dos efeitos prolongado, mesmo em doses terapêuticas,
adversos. pode causar dependência física e psíquica. A
Efeitos adversos: É um risco inevitável do retirada abrupta desses fármacos pode
tratamento medicamento. Embora seja resultar em síndrome de abstinência,
impossível ter um conhecimento de todos os caracterizada por convulsões e delírio,
efeitos adversos do medicamento, os clínicos podendo ocorrer come e também morte. a
prescrevem por estar familiarizados com os intoxicação é tratada por indução ao vômito, se
mais comuns, bem como com as possível, se não, por lavagem estomacal e
consequências médicas mais graves. manutenção da respiração e circulação
Efeitos colaterais: Podem ser explicados por adequada.
suas interações com vários sistemas de
neurotransmissores, tanto no cérebro quanto Ansiolítico
em regiões periféricas. Os medicamentos A ansiedade é um estado desagradável de
psicotrópicos mais antigos, por exemplo, tensão, apreensão e inquietação, um medo de
produzem efeitos anticolinérgicos ou se ligam origem às vezes desconhecida. Os sintomas
a receptores dopaminérgicos, histaminérgicos físicos da ansiedade são similares aos do medo e
e adrenérgicos. Os agentes mais novos envolvem a ativação simpática. Os sintomas da
costumam ter uma atividade mais especifica ansiedade intensa crônica e debilitante podem ser
sobre os neurotransmissores ou uma tratados com fármacos ansiolíticos ou com alguma
combinação de efeitos que os torna mais bem forma de tratamento comportamental ou psíquica,
toleradas que os agentes mais antigos. como muito dos fármacos ansiolíticos causam
alguma sedação, eles, com frequência funcionam
Hipnóticos e sedativos tanto como ansiolíticos quanto hipnóticos, além
Um fármaco hipnótico-sedativo indica que ele disso, alguns têm atividades anticonvulsivantes.
tem a capacidade de produzir sedação ou de Os fármacos ansiolíticos são usados no
incentivar o sono. Para um fármaco sedativo tratamento dos sintomas da ansiedade, e os
(ansiolítico) ser efetivo ele precisa exercer um fármacos hipnóticos são usados no tratamento da
efeito calmante. Um fármaco hipnótico deve insônia. Apesar dos objetivos clínicos serem
produzir sonolência e estimular o início e a diferentes, as mesmas drogas são frequentemente
manutenção de um estado de sono. Os efeitos usadas para ambas as finalidades, variando-se
hipnóticos envolvem uma depressão mais somente a dose para cada fim.
pronunciada do SNC.
Os hipnóticos e os sedativos produzem sedação
e incentivam o sono. Para ser efetivo um fármaco
sedativo deve reduzir a ansiedade e exercerem
efeitos calmantes. Um hipnótico deve causar
sonolência e estimular o início do estado do sono.
Agentes dessa classe, como os
benzoadizepinas, são usados para produzir
sedação e amnésia antes ou no decorrer de
procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos, outros
como os barbitúricos, são usados em altas doses
para induzir ou manter a anestesia cirúrgica.
Benzodiazepínicos
São fármacos mais usados como ansiolíticos e
Farmacocinética: A taxa de absorção oral dos hipnóticos, não exercem efeitos antidepressivos.
hipnótico-sedativos difere, dependendo de Eles substituíram os barbitúricos e o meprobamato
fatores, incluindo lipofilicidade. Todos os no tratamento de ansiedade por serem fármacos
hipnóticos-sedativos atravessam a barreira mais seguros e eficazes.
placentária durante a gravidez. Se forem Os benzodiazepínicos atuam seletivamente nos
administradas durante o período pré-parto, receptores GABAa que medeiam a transmissão
podem contribuir para a depressão das sináptica inibitória em todo o SNC. Os
funções vitais do recém-nascido. benzodiazepínicos intensificam a resposta GABA
facilitando a abertura de canais de cloreto ativado
pelo GABA. Eles se ligam especificamente a um dependência, que é seu principal
sítio regulatório do receptor, e atuam inconveniente. Eles produzem dependência
alostericamente, aumentando a afinidade do em indivíduos normais e em pacientes,
GABA pelo receptor. Os benzodiazepínicos não suspender abruptamente o tratamento com
afetam os receptores para outros aminoácidos. benzodiazepínicos depois de semanas ou
O Diazepam e o Alprazolam são usados para meses causa aumento dos sintomas de
aliviar a ansiedade, depressão e à esquizofrenia. ansiedade, juntamente com tremores, tonturas,
Pelo possível desenvolvimento de tolerância. O perdas de peso e sono perturbado devido ao
uso dos benzodiazepínicos deve ser intermitente. aprofundamento do sono REM. Com o
Para o tratamento da insônia é usado diazepam, os sintomas da retirada podem
benzodiazepínico como Estazolam, o demorar até 3 semanas para se tornarem
Flurazepam, o Quazepam, o Temazepam, o aparentes. O triazolam, um fármaco de ação
Triazolam, e o Zolpidem. Podem ser muito curta e que já não é usado, o efeito da
administrados por via oral, transmucosa, retirada ocorria em algumas horas, mesmo
intravenosas e intramusculares. Eles facilitam o depois de uma dose única, produzindo insônia
início do sono e aumentam a duração global do no inicio da manhã e ansiedade durante o dia,
sono. O flurazepam é de duração longa, que quando fármaco era usado como hipnótico. Os
facilitam o início e a manutenção do sono e sintomas de abstinência física e psicológica
aumenta sua duração. O Triazolam é de início tornam difícil para os pacientes deixar de
rápido, que diminui o tempo necessário para o tomar benzodiazepínicos, mas o desejo
sono. O Clonazepam é usado para efeito compulsivo, que ocorre com muitos fármacos
antiepilético, porque os efeitos anticonvulsivantes de abuso, não é o principal problema.
não são acompanhados de comprometimento
psicomotor.
O uso crônico de benzodiazepínicos induz o
desenvolvimento de tolerância, que se manifesta
na forma de uma redução na eficácia dos
benzodiazepínicos.
Os benzoadizepinas são usados como
ansiolíticos, sedativos, antiepiléticos, relaxante
muscular, bem como para a ansiedade associada
a alguma forma de depressão e esquizofrenia. Os
benzoadizepinas facilitam o inicio do sono e
também aumentam a duração global do sono.
Efeitos adversos: Podem ser divididos em:
efeitos tóxicos decorrentes da superdosagem
aguda; efeitos adversos que ocorrem durante
o uso terapêutico normal; tolerância e
dependência.
Toxidade aguda: A super dosagem aguda
são consideravelmente menos perigosa que
outros ansiolíticos/hipnóticos na
superdosagem causam soo prolongado sem
depressão grave da respiração ou da função
cardiovascular. No entanto, na presença de
outros depressores do SNC, particularmente
o álcool, eles pode causar depressão
respiratória grave ou até que ameaça a vida.
.
Inibidores da recaptação
AGENTES ANTIDEPRESSIVOS Os fármacos desse tipo incluem a fluoxetina,
Os antidepressivos são drogas capazes de paroxetina, citalopram, escitalopram sertralina,
elevar o humor. Acredita-se que a depressão é são os mais prescritos. Apresenta seletividade em
causada por déficit funcional dos transmissores relação á captura da 5HT sobre a NE, são menos
das monoaminas (noradrenalina (NE)/ serotonina propensos a causar efeitos adversos colinérgicos
(5HT)) e certos locais do cérebro, ao passo que a que os ADT´s apresentam menos risco de super
mania resulta de um excesso funcional. O dosagem. Esses fármacos aliviam os sintomas de
aumento de neurotransmissores na fenda uma variedade de transtorno psiquiátricos
sináptica se dá através do bloqueio da recaptação comuns, incluindo depressão, ansiedade e
da NE e da 5HT no neurônio pré-sináptico ou transtorno obsessivo compulsivo. São usados três
ainda, através da inibição da monoamina oxidase classes de inibidores da recaptação:
(MAO) que é a enzima responsável pela
inativação destes neurotransmissores. Será nos
Antidepressivos tricíclicos (ADT´s) Efeitos adversos: aumento agudo da atividade
Inibem a recaptação da 5HT e NE da fenda sináptica serotoninérgica, alterações mais lentas
sináptica através do bloqueio dos transportadores em várias vias de sinalização e atividade
de recaptação da 5HT e da NE, respectivamente. neutrófica.
Os ADT´s com aminas secundárias afetam o
sistema da 5HT. É sugerido que a melhora dos
sintomas emocionais reflete uma potencialização
da transmissão medida pela 5HT, e o alivio dos
sintomas biológicos resultada da facilitação da
transmissão noradrenérgica.
Efeitos adversos: Em indivíduos não
depressivos, os ADT´s causam sedação, confusão
e falta de coordenação motora. Esses efeitos
ocorrem também nos pacientes cm depressão nos
primeiros dias de tratamento, as tendem a ir Figura 12: local e mecanismo de ação dos fármacos
desaparecendo em 1 a 2 semanas, quando se antidepressivos. (a) inibidores seletivos da recaptação de
serotonina (ISRS), inibem especificamente a recaptação da 5HT
desenvolve o efeito antidepressivo. Os efeitos mediada pelos transportadores de 5HT (SERT) resultando em
atropinicos incluem boca seca, visão embaçada, níveis altos de NoE e 5HT na fenda sináptica.
constipação e retenção urinária. Ocorre
hipotensão postural com os ADT´. Outro efeito
adverso comum é a sedação, e a longa duração
de ação significa que o desempenho diurno
costuma ser afetado por sonolência e dificuldade Inibidores da recaptação de 5HT-NE
para se concentrar. Os ADT´s particularmente em Existem algumas pessoas que não respondem a
superdosagem podem causar arritmias esses fármacos, uma classe mais recente de
ventriculares associadas ao prolongamento do fármacos, os inibidores da recaptação de 5HT-NE
intervalo QT. As doses terapêuticas habituais dos que inclui a Venlafaxina e a Duloxetina. A
ADT´s aumentam pouco, porem de forma Venlafaxina bloqueia o transportador de recaptar
significativa, o risco de morte súbita de causa de 5HT e o transportador de recaptação de NE
cardíaca. Os ADT´s produzem acentuada através de um mecanismo que depende de sua
potencialização dos efeitos do álcool por motivos concentração, em baixas concentrações, o
não bem esclarecidos. fármaco comporta-se como um ISRS, ao passo
que, em concentrações elevadas, aumenta
Inibidores seletivos da recaptação de 5HT também os níveis de NE. A duloxetina também
O primeiro ISRS introduzido foi à Fluoxetina, que inibe a recaptação de NE e de 5HT, e o seu uso
contínua sendo muito prescrita. Os fármacos foi aprovado para o tratamento da dor neuropática
desse tipo incluem Citalopram, Fluroxamina, e de outras síndromes de dor, além do tratamento
Paroxetina, Sertralina e os Escitalopram. Os de depressão.
ISRS assemelham-se aos tricíclicos, em seu
mecanismo de ação, com exceção de que os
ISRS são mais seletivos para os transportadores
da 5HT. A inibição da recaptação da 5HT aumenta
os níveis sinápticos da 5HT, produzindo aumento
de ativação do receptor de 5HT e intensificação
das respostas pós-sinápticas. Aplicação clínica:
depressão maior, transtornos de ansiedade,
transtorno depressivo, transtorno do pânico,
transtorno obsessivo compulsivo, transtorno da
alimentação.
Os inibidores seletivos da recaptação de 5HT
aumentam o tônus serotoninérgico, não apenas no FARMACOLOGIA ANTIPSICÓTICA
cérebro, mas em todo, o corpo. O aumento Os fármacos usados para a esquizofrenia
serotoninérgico no SGI: diarreias e outros também são usados para tratar manias e outras
sintomas gastrointestinais. O aumento dos tônus alterações do comportamento. O termo
serotoninérgicos em nível da medula espinal e antipsicóticos denota a capacidade desses
acima está associado a uma diminuição da função fármacos de abolir a psicose e aliviar a
e interesse sexuais. Também podemos incluir desorganização do processo mental nos pacientes
como efeitos colaterais o aumento da cefaleia e esquizofrênicos. A maioria caracteriza-se como
insônia ou hiper-insônia. A sertralina está antagonista dos receptores da Dop, muitos deles
associada com diarreia, enquanto a paroxetina atuam sobre alvos, particularmente nos receptores
está associada com constipação. 5HT, contribuindo para eficácia clínica. São
também chamados de neurolépticos ou
antiesquizofrênicos, ou ainda, tranquilizantes. efeitos terapêuticos ao bloqueio dos receptores
Os fármacos antipsicóticos são divididos em dois D2.
grupos: Os efeitos antipsicóticos exigem cercar de 80%
1. Os primeiros a serem desenvolvidos de bloqueio dos receptores D2. Os compostos de
(Clorpromazina, Haloperidol) chamados de 1ª geração mostram preferência por D2 em relação
antipsicóticos típicos ou de 1ª geração, ou aos receptores D1, enquanto alguns dos agentes
convencionais; mais modernos (Sulpirida, a Missulprida) são
2. E os agentes mais recentemente altamente seletivos para receptores D2. Acredita-
desenvolvidos (Clozapina e Risperidona) se que o antagonismo dos receptores D2 na via
chamados de antipsicóticos atípicos ou de 2ª mesolimbica aliviam os sintomas positivos da
geração. esquizofrenia.
Efeitos adversos:
Alterações motoras extrapiramidais: Antipsicóticos atípicos
produzem dois tipos de alteração motora no Os cinco principais antipsicoticos são a
homem: Distonia aguda e discinesia tardias, clonazina, a olanzapina, a quetiapina, a
coletivamente chamadas efeitos adversos ziprasidona e a risperidona. Esses fármacos são
extrapiramidais. Todos eles resultam direta ou mais efetivos do que os antipsicóticos típicos no
indiretamente de bloqueio do receptor D2 por tratamento dos sintomas negativos da
via nigroestriatal. Esses efeitos adversos esquizofrenia. Os antipsicóticos atípicos produzem
constituem uma das principais desvantagens sintomas extrapiramidais, significativamente, mais
dos antipsicoticos de primeira geração. leve do que os antipsicóticos típicos em geral,
As Distonias agudas: São movimentos esse efeito adverso só aparece quando os
involuntários. Ocorrem nas primeiras fármacos são administrados em altas doses.
semanas e diminuem com o decorrer do Os antipsicoticos atípicos possuem afinidade
tempo, é reversível quando se suspende o seletivamente baixa pelos receptores D 2, ao
tratamento; contrário dos antipsicoticos típicos sua afinidade
As Discenesia tardia: consistem em pelos receptores D2 não se correlaciona com a
movimentos involuntários, muitas vezes da sua dose clinicamente efetiva.
face e da língua, mas também do tronco e da
extremidade, podem ser intensamente
incapacitante.
A sonolência e a sedação, que tendem a
diminuir com o uso contínuo, ocorrem com
muitos antipsicóticos. A atividade anti-histamínica
(H1) é uma propriedade de alguns fenotiazinas e
contribui para suas propriedades sedativas e
antieméticas, mas não para sua ação
antipsicótica. Quando bloqueiam receptores
muscarinicos reduzem vários efeitos periféricos,
inclusive, secura na boca e nos olhos,
constipação e retenção urinária.
FARMACOLOGIA RESPIRATORIA
Fármacos usados para o tratamentos das
doenças respiratórias podem ser aplicadas
topicamente na mucosa nasal, inaladas ou
administradas por via oral, como os nebulizadores
ou inaladores, são preferidos, pois o fármaco
atinge o tecido-alvo e minimiza os efeitos
adversos sistêmicos. Os fármacos clinicamente
úteis aliviam a patologia especifica por
relaxamento de músculos lisos bronquiais ou
modulação da resposta inflamatória.
.
Droga antiasmática Efeitos adversos: O mais comum é o tremor,
A asma é uma doença inflamatória das vias outros efeitos indesejáveis são taquicardia e
aéreas caracterizada por episódios de arritmia cardíaca.
broncoconstrição aguda causando encurtamento
da respiração, tosse, tensão torácica, respiração Anti-inflamatório:
ruidosa e rápida. Esses sintomas podem se Glicorticoides: São os principais fármacos
resolver com exercícios de relaxamento ou com usados por ação anti-inflamatória na asma.
fármacos de alivio rápido, como um agonista β2- Eles evitam a resposta inflamatória do
adrenérgico de ação breve. O objetivo do organismo são eficazes para reduzir os
tratamento da asma é reduzir o agravamento, sintomas da asma. Não relaxam a
diminuindo a frequência dos sintomas e o grau de musculatura lisa das vias respiratórias e, por
limitação que o paciente apresenta devido a estes essa razão, tem pouco efeito na
sintomas. Reduzir o risco, diminuindo os broncoconstrição aguda. Não são
resultados adversos associados a amas e o seu broncodilatadores, mas impedem a
tratamento. progressão da asma crônica e são eficazes
Há duas classes de fármacos antiasmáticos; na asma grave aguda. Eles diminuem a
broncodilatadores e anti-inflamatórios. Os formação de citocinas, em particular das
broncodilatadores revertem o broncoespasmo da citocinas TH2, que recrutam e ativam
fase imediata; os anti-inflamatórios inibem ou eosinófilos e são responsáveis por promover
previnem os componentes inflamatórios de ambas a produção de IgE e a expressão de
às fases. receptores de IgE. Os principais compostos
Broncodilatadores: Os principais são usados são beclometasona, budesonida,
agonistas β2-adrenérgico; outros incluem a fluticasona, mometasona e ciclesonda.
teofilina, antagonistas dos receptores de Administrada por inalação por meio de um
cisteinil-leucotrienos e antagonistas inalador com válvula mediadora de dose ou
muscarinicos. inalador de pó seco, sendo atingindo o efeito
Fármacos β2-seletivos: Os fármacos pleno sobre a hiper-responsabilidade
agonistas seletivos dos receptores β2, brônquica somente depois de semanas
(Salbutamol) são os agentes depois de semanas ou meses de terapia. São
simpatomiméticos mais usados no tratamento ais usados profilaticamente para controlar a
da broncoconstrição asmática. São efetivos asma, em vez de reverter os sintomas
quando inalados ou administrados por via oral agudos da doença. Ao estabelecer a dose
e apresentam maior duração de ação. ideal do fármaco, deve-se ter em mente que
Broncodilatadores como o salbutamol, o grau máximo de melhora da função
quando inalado são efetivos e seguros, e de pulmonar pode ocorrer apenas depois de
baixo custo. Os pacientes asmáticos que varias semanas de tratamento.
fazem uso de β2-adrenérgicos inalados os Efeitos adversos: são incomuns os efeitos
usam apenas quando precisam. indesejáveis graves com esteroides
Inibidores dos Leucotrienos: O inaladores. Pode ocorrer candidíase
Leucotrienos β4 é um quimioatrativo potente orofaríngea (sapinho), bem como irritação
de neutrófilos, e LTC4 e LTD4 exercem efeitos da garganta e voz rouca, mas o uso de
que ocorrem na asma, inclusive espaçador que diminuem a deposição
broncoconstrição, aumento da reatividade orofaríngea do fármaco e aumenta a
brônquica, edema de mucosa e deposição nas vias aéreas, reduz esses
hipersecreção de muco. São estudadas duas problemas.
abordagens para interromper a via dos
Leucotrienos:
FARMACOLOGIA DO TGI
As principais condições patológicas nas quais é
útil reduzir a secreção ácida são a ulceração
péptica, e a esofagite de refluxo.
Distúrbios ácido-pépticos
O controle da acidez gástrica é fundamental no
tratamento desses distúrbios, embora esta
abordagem não trate o processo fisiológico
fundamental.
Úlcera péptica: A terapia antissecretória da
úlcera péptica e da esofagite de refluxo
envolve a diminuição da secreção de ácido 1º a histamina liberada pelas células ECL
com antagonistas dos receptores H2 ou pela gastrina ou por estimulação local tem a
inibidores da bomba de prótons ou sua ligação ao receptor H2 da célula parietal
neutralização do ácido secretado com bloqueada;
antiácidos. O tratamento da ulcera péptica 2º a estimulação direta da célula parietal pela
deve incluir a erradicação do H. pylori com uso gastrina bloqueada Ach exercem um efeito
de antimicrobianos, como a amoxicilina e diminuindo sobre a secreção de ácido na
metronidazol. A bactéria H. pylori produz a presença de bloqueio dos receptores.
enzima uréase, que converte a ureia em São usados quatro H2-antagonistas:
amônia e CO2 que posteriormente é convertida Cimetidina, Ranitidina, Femotidina e Nizatidina.
em bicarbonato. Os fármacos usados no
tratamento dos distúrbios ácido-péptico podem Inibidores da bomba de prótons
ser divididos em duas classes: Agem através da inibição irreversível do
1. Fármacos que reduzem a acidez H+/K+ATPase, que constituí a etapa final na via de
intragástrica; secreção ácida. Temos seis inibidores da bomba
2. Fármacos que promovem a defesa da de prótons para uso clínico: Omeprazol,
mucosa. Esomeprazol, Dexlansoprazol, Rabeprazol e
Pacientes com esse problema podem tomar Pantoprazol. Todos são benzimidazólicas
antiácidos ou H2-antagonistas. Como é substituídos, parecidos com receptores H2 na sua
proporcionada uma rápida neutralização do ácido, estrutura mas com mecanismo de ação diferente.
os antiácidos produzem alivio sintomático mais Todos esses fármacos estão disponíveis em
rápido do que os antagonistas dos receptores H 2. formulações orais. Eles são administrados na
forma de pró-fármacos inativos. Uma dose diária
Antiácidos única afeta a secreção ácido durante 2 a 3 dias,
Os antiácidos são bases fracas que reagem com devido ao seu acúmulo nos canalículos.
o HCl gástrico, formando sal e água. O (omeprazol, lanoprazol e pantoprazol). O
bicarbonato de sódio reage rapidamente com o tratamento crônico com omeprazol reduz a
HCl formando dióxido de carbono e cloreto de absorção de vitamina B12. Para proteger o pró-
sódio. A formação de dióxido de carbono resulta fármaco de sua rápida destruição no TGI. Os
em distensão em distensão gástrica e eructações. inibidores da bomba de prótons são bases fracas
Atuam ao neutralizar o ácido gástrico, elevando, o lipofílicas que, após absorção intestinal, sofrem
H1 gástrico para inibir a atividade péptica, que rápida difusão pela membrana lipídica para os
cessa com um valor de pH de 5. Os antiácidos componentes acidificados.
comuns consistem de sais de magnésio e de
alumínio. Os sais de magnésio causam diarreia,
enquanto os sais de alumínio provocam
constipação. Todos os antiácidos podem afetar a
absorção de outras medicações por causa de sua
ligação ao fármaco ou aumento do pH, com
consequente alteração na dissolução ou
solubilidade do fármaco.
Inibidores H2
Os antagonistas dos receptores H2 inibem
competitivamente as ações da histamina em todos
os receptores H2, porem sua aplicação clinica
consiste na sua atuação como inibidores da
secreção de ácido gástrico. Esses agentes
reduzem a secreção ácida basal é estimulada por
alimentos, além de promoverem a cicatrização das
úlceras duodenais. São seletivos e não alteram os
receptores H1 e H3. Ocorre redução do volume de
secreção gástrica e da concentração da pepsina.
A redução da secreção de ácido pela histamina,
gastrina e pepsina ocorre por dois mecanismos:
Vomito
Vomitar é um processo complexo e exige
atividade coordenadas dos músculos respiratório
somáticos e abdominais, bem como dos músculos
involuntários do TGI através do esôfago relaxado,
associado a contração sustentadas de diafragma
e músculos abdominais, e o aumento da pressão
intra-abdominal. A náusea é a de urgência de
vomitar, ocorrendo simultaneamente a perda de
tônus e peristalse gástrica, contração de duodeno
e refluxo de conteúdo intestinal para o estomago.
A estrutura anatômica integrada do vomito é o
centro bulbar do vômito, localizado na formação
reticular lateral. São usados diferentes agentes
antieméticos para condições diferentes.
Motilidade gastrointestinal
As drogas que aumenta a motilidade
gastrointestinal são a Domperidona, a
Metoclopramida que exerce um efeito estimulante
local significativo sobre a motilidade gástrica,
causando acentuada aceleração do esvaziamento
gástrico, sem estimulação concomitante da
secreção ácida gástrica. É útil no tratamento do
refluo gastroesofágico e no distúrbio do
esvaziamento gástrico.
FARMACOLOGIA CARDÍACA Ações sobre o coração: Os inibidores da
Insuficiência cardíaca (IC): É uma alteração ECA diminuem a resistência vascular, o tônus
progressiva no qual o coração é incapaz de venoso e a pressão arterial. Diminuem a pré e
bombear sangue suficiente para suprir as pós-carga, resultando aumento do débito
necessidades do organismo. Seus sintomas são cardíaco. O uso de inibidores da ECA no
dispneia, fadiga e retenção de liquido. Ela é tratamento da IC diminui significativamente a
decorrente de uma redução da capacidade do morbidade e a mortalidade.
coração em encher-se de sangue ou ejetá-lo de Farmacocinética: Todos os inibidores da ECA
forma adequada. É frequentemente acompanhada são absorvidos de forma adequada, não
por aumento anormal do volume de sangue e de completamente, após a administração por via
líquido intersticial. Objetivos farmacológicos na oral. A presença de alimentos pode diminuir a
IC: São de aliviar os sintomas tornar lenta a absorção dos fármacos, eles devem ser
progressão da doença e aumentar a sobrevivência tomados com estomago vazio.
temos seis classes de fármacos usados para isso: Efeitos adversos: Incluem-se hipotensão
postural, insuficiência renal, hiperpotassemia,
Inibidores do sistema renina-angiotensina angiodema e tosse seca persistente. A
A IC causa ativação do sistema renina- possibilidade de hipotensão sintomática com o
angiotensina por dois mecanismos: uso de inibidores da ECA requer monitoração
a. Aumento da liberação de renina pelas células cuidadosa. Os inibidores da ECA não devem
justaglomerulares nas arteríolas aferentes ser usados em mulheres gestantes, pois estes
renais em resposta à diminuição da pressão fármacos são tóxicos para o feto.
de perfusão renal, resultante do coração
insuficiente; Bloqueadores de receptores de angiotensina
b. Liberação de renina pelas células (BRAs)
justaglomerulares promovida por estimulação São compostos ativos por via oral que são
simpática e ativação dos receptores β. A antagonistas competitivos potentes do receptor
produção de angiotensina 2, um potente tipo 1 de angiotensina. A Losartana é o fármaco
vasoconstritor, e a subsequente estimulação protótipo. Os BRAs têm a vantagem de bloqueio
da liberação de aldosterona que causa mais completo da ação de angiotensina, pois os
retenção de sal e água levam ao aumento da inibidores da ECA inibem somente uma enzima
pré-carga e da pós-carga, que é característica responsável pela produção de angiotensina 2.
da insuficiência cardíaca. Além disso, níveis Além disso, eles não afetam os níveis de
altos de angiotensina 2 e aldosterona têm bradicinina.
efeitos prejudiciais direto no músculo cardíaco, Ações sobre o coração: Todos os BRAs são
favorecendo o remodelamento, a fibrose e as aprovados para o tratamento da hipertensão
alterações inflamatórias. com base na sua eficácia clinica em reduzir a
Dependendo da gravidade da IC e de fatores pressão arterial e diminui a morbidade e a
individuais do paciente uma ou mais classes de mortalidade associada a hipertensão. Seu uso
fármacos são usados. Os benefícios da na IC é como substituto dos inibidores da ECA
intervenção farmacológica incluem redução da por pacientes com tosse intensa ou
carga do miocárdio, diminuição do volume de angiodema.
líquido extracelular, aumento da contratilidade Farmacocinética: Todos os inibidores da ECA
cardíaca e redução da velocidade remodelamento são absorvidos de forma adequada, mas não
cardíaco. completamente, após a administração via oral.
A presença de alimentos pode diminuir a
Inibidores da enzima conversora de absorção dos fármacos, eles devem ser
angiotensina (ECA) tomados com estomago vazio. Com exceção
São os fármacos de escolha na IC. Eles do captopril, os inibidores da ECA são pró-
bloqueiam a enzima responsável pela fármacos que precisam de ativação por
transformação de angiotensina 1 no potente hidrolise pelas enzimas hepáticas. A
vasoconstritor angiotensina 2. Também diminuem eliminação renal da molécula ativa é
a velocidade de inativação da bradicinina pela importante para a maioria dos inibidores da
redução dos níveis de angiotensina 2 circulante, ECA;
os inibidores da ECA também diminuem a Efeitos adversos: Incluem-se hipotensão
secreção de aldosterona, resultando em menor postural, insuficiência renal, hiperpotassemia,
retenção de sódio e de água. angiodema e tosse seca persistente. Os
inibidores da ECA não devem ser usados em
mulheres gestantes, pois são tóxicos para o
feto.
Bloqueadores β-adrenérgicos Glicosídeos digitálicos: são frequentemente
O benefício dos β-bloqueadores é atribuído, em chamados digitálicos ou digitálicos cardíacos,
parte, à sua propriedade de prevenir as mudanças pois a maioria dos fármacos é proveniente da
que ocorrem em virtude da ativação crônica do planta digitalis (dedadeira). São compostos
SNP, incluindo diminuição da frequência cardíaca quimicamente parecidos que podem aumentar
e inibição da liberação de renina dos β- a contratilidade do músculo cardíaco, vista
bloqueadores são aprovados para uso na IC: o disso, são muito usados no tratamento da IC.
carvedilol e o metoprolol de ação prolongada. O Os glicosídeos no músculo cardíaco, e dessa
carvedilol é um antagonista de β-adrenorreceptor forma, aumenta a contração do miocárdio atrial
não seletivo que também bloqueia β- e ventricular (ação ionotropica positiva). O
adrenorreceptor, o metoprolol e um antagonista β1 digitálico mais usado é a digoxina.
seletivo. O carvedilol e o metoprolol diminuem a Farmacocinética: Todos os glicosídeos
morbilidade e a mortalidade associada à IC. O digitálicos possuem as mesmas ações
tratamento deve iniciar com baixas dosagens e farmacológicas, mas variam em potencia e
gradualmente ser titulada a dosagem eficaz com farmacocinética. A digoxina é muito potente,
base na tolerância do paciente. com índice terapêutico estreito e longa meia
vida de cerca de 36 horas. A digoxina é
Diuréticos eliminada de forma inalterada pelos rins.
Aliviam a congestão pulmonar e o edema Tem amplo volume de distribuição porque
periférico. Esses fármacos são úteis na redução acumula nos músculos. A digoxina tem
dos sintomas da sobrecarga de volume, incluindo tempo de meia-vida muito longo e é
ortopneia e dispneia paroxística noturna. Os extensamente biotransformado pelo fígado
diuréticos diminuem o volume plasmático, e, antes da excreção nas fezes, e os pacientes
subsequentemente, diminuem o retorno venoso ao com doenças hepáticas podem precisar
coração, diminuindo a carga de trabalho cardíaca reduzir as doses.
e a demanda de oxigênio. Os diuréticos podem Efeitos adversos: A toxidade da digoxina é
diminuir também a pós-carga pela redução de uma das reações adversas a fármaco mais
volume plasmático, reduzindo, assim, a pressão comum encontrada. Os efeitos adversos
arterial. Os diuréticos tiazílicos são relativamente podem ser controlados suspendendo o uso
fracos e perdem eficácia em pacientes com do glicosídeo cardíaco, medindo o nível
depuração de creatina inferior a 50ml/min. Os sérico de potássio, e, se indicado,
diuréticos de alça são usados em pacientes que administrando suplemento de potássio. Os
necessitam diurese intensa e em pacientes com tipos de efeitos adversos são:
insuficiência renal. Os diuréticos de alça são os Efeitos cardíacos: o mais comum é a
diuréticos mais usados na IC. arritmia caracterizada por tonar lenta a
condução átrio ventricular associado com
Vasodilatadores diretos arritmia arterial. Diminuição do potássio
A dilatação de vasos sanguíneos venosos leva a intracelular é o fato predisponente primário
uma diminuição na pré-carca cardíaca pelo nesse efeito.
aumento da capacitância venosa; dilatadores
arteriais reduzem a resistência arteriolar sistêmica Antagonistas da aldosterona
e diminuem a pós-carga. Os nitratos são os Pessoas com doenças cardíacas avançadas
dilatadores venosos mais usados e pacientes com apresentam níveis altos de aldosterona devido à
IC congestiva. Se o paciente é intolerante aos estimulação da angiotensina 2 e à redução da
inibidores da ECA ou aos β-bloqueadores, ou se depuração hepática do hormônio. A
necessária uma resposta vasodilatadora adicional, espironolactona é um antagonista direto da
pode ser usado à associação de hidralazina e aldosterona; desta forma previne a retenção de
dinitrato de isossorbida. Esta associação é muito sal, a hipertrofia miocárdica e a hipotassemia.
eficaz em pacientes negros com IC. A hidralazina Como ela promove retenção de potássio, os
diminui a pós-carga e o nitrato orgânico reduz a pacientes não devem receber suplementação de
pré-carga. potássio. Os efeitos adversos incluem distúrbios
gástricos, como gastrite e ulcera péptica, efeito
Fármacos ionotrópicos sobre o SNC, como letargia e confusão, e
Aumenta a contratilidade do músculo cardíaco e, alterações endócrinas, como ginocomastia,
dessa forma aumenta o débito cardíaco. Embora diminuição do libido e irregularidade menstrual.
esses fármacos atuem por diferentes
mecanismos, em todos os casos a ação inotrópica
é o resultado do aumento da concentração de
cálcio citoplasmático, o qual aumenta a
contratilidade do musculo cardíaco.
AGENTES ANTIARRÍTIMICOS Classes
A meta da terapia arrítmica é reduzir a atividade Os antiarrítmicos podem ser classificados de
do marca-passo ectópico e modificar a condução acordo com seu efeito predominante sobre o
ou refradariedade nos circuitos de reentrada para potencial de ação (PA). Os antiarrítmicos são
desabilitar o movimento em circulo. Os principais organizados em quatro classes de acordo com
mecanismos farmacológicos para isso são: seu mecanismo de ação. Os agentes
1. Bloquear os canais de sódio; antiarrítmicos de:
2. Bloquear os efeitos autônomos simpáticos no 1. Classe 1: São bloqueadores dos canais de
coração; Na+;
3. Prolongar o período refratário efetivo; 2. Classe 2: São bloqueadores dos receptores β-
4. Bloqueadores dos canais de cálcio. adrenérgicos;
Os antiarrítmicos diminuem a automaticidade dos 3. Classe 3: São bloqueadores dos canais de K +;
marca-passos ectópicos mais do que a do nó SA. 4. Classe 4: Bloqueiam os canais de Ca2+.
Também reduzem a condução e a excitabilidade e
aumentam o período refratário em maior extensão Classe 1
no tecido despolarizado do que no tecido normal As drogas de classe 1 exercem bloqueio direto
polarizado. Isso é feito ao bloquear seletivamente nos canais de Na+, com tendência variável, e se
os canais de sódio ou de cálcio das células diferenciam nas subclasses:
despolarizadas. 1A: Depressão moderada da fase 0 e da
O efeito específico de determinado bloqueador velocidade de condução, com bloqueio
dos canais decorre da função da corrente adicional dos canais de K + e de retardo de
transportadora pelo canal específico no potencial repolarização;
de ação cardíaca. 1B: Depressão discreta a moderada da fase 0
e sem efeito nos canais de K+;
Ex.: Os bloqueadores dos canais de Na+ e Ca2+ alteram o 1C: Depressão acentuada da fase 0 e da
potencial limiar, enquanto os bloqueadores dos canais de K+
tendem a prolongar a duração do potencial de ação. condução, com pouco ou nenhum efeito nos
canais de K+.
Esses fármacos podem ter acesso ao canal Em consequência do bloqueio de Na +, há um
iônico ao atravessar os poros do canal ou ao menor número de canais disponíveis para
difundir-se através da dupla camada lipídica abertura, em resposta à despolarização da
dentro da qual se encontra o canal. Os membrana elevando, assim, o limiar para o
bloqueadores dos canais iônicos dependente do disparo do potencial de ação e lentificando a taxa
estado constitui um importante conceito na ação de despolarização. Ambos os efeitos estendem à
dos fármacos antiarrítmicos. Os canais iônicos são duração da fase 4 e, diminuem a frequência
capazes de assumir vários estados de cardíaca.
conformação, e as mudanças na permeabilidade
da membrana a determinado íon são mediadas
por alterações conformacionais nos canais através
dos quais este íon passa. Com frequência, os
agentes antiarrítmicos exibem afinidades
diferentes por diferentes estados de conformações Figura 14: efeitos dos agentes antiarrítmicos da classe IAM,
dos canais com maior afinidade do que outras IB e IC sobre o potencial de ação ventricular. (a) bloqueio
+
conformações do canal com maior afinidade. Esse moderado dos canais de Na , (1) classe 1A; (b) repolarização
+
prolongada; (c) bloqueio leve dos canais na ; (2) classe 1B;
tipo de ligação é conhecido como ``dependente (d) repolarização encurtada; (e) acentuado bloqueio dos
do estado´´. Um bom exemplo são os +
canais de Na ; (3) classe IC; (f) nenhuma alteração na
bloqueadores dos canais de Na+. repolarização.
+
O canal de Na sofre alterações de seu estado (aberto- Classe 1A: Os antiarrítmicos da classe 1A
fechado-inativo) enquanto dura um potencial de ação. o canal exercem bloqueio moderado sobre os canais
torna-se inativo durante a fase de platô e modifica=se de Na+ e prolongam a repolarização tanto das
novamente para a conformação em repouso (fechado)
quando a membrana é repolarizada para o seu potencial em
células do nó AS* quanto dos miocitos
repouso. ventriculares. Através dos bloqueios dos
canais de Na+, esses agentes diminuem a
Os bloqueadores dos canais de Na+ ligam-se, velocidade de ascensão da fase 0, o que
preferencialmente ao canal de Na + nos estados diminuem a velocidade de condução através
abertos e inativado, mas não do canal no seu do miocárdio.
estado de repouso (fechado). Dessa forma, os
fármacos tendem a bloquear os canais durante o
potencial de ação e a dissociar-se deles durante a
diástole.
Procainamida: Ao bloquear os canais de O labetalol e o carvediol induzem a
sódio, ela prolonga a elevação do PA e a vasodilatação ao antagonizar a vasoconstrição
condução, e prolonga a duração do QRS do mediada pelos receptores α-adrenérgicos,
ECG. O fármaco também bloqueia a APD enquanto o pindolol é um agonista parcial nos
(uma ação de classe 3) por meio do bloqueio receptores β2-adrenérgicos.
inespecífico dos canais de potássio. A
procainamida possui ações depressoras Classe 3
diretas sobre os nodos SA e AV, as quais são Bloqueiam os canais de K+; Dois tipos de
contrabalanceadas apenas discretamente correntes determinam a duração da fase do platô
pelos bloqueios vagais induzidos por do PA* cardíaco: As correntes de Ca2+
fármacos. despolarizantes para dentro da célula e as
Efeitos extracardíacos: Possui correntes de K+ hiperpolarizantes para fora da
propriedade de bloqueio ganglionar. Tal célula. Durante um PA* normal, as correntes de K+
ação a resistência vascular periférica e hiperpolarizantes diminuem a duração do platô,
pode provocar hipotensão, em particular com retorno mais rápido do PM, a seu valor em
como uso intravenoso. repouso, enquanto as correntes de K+
Toxidade: Os efeitos cardíotóxicos da hiperpolarizantes menores aumentam a duração
procainamida incluem o prolongamento do platô e retardam o retorno do PM para o seu
excessivo do PA, o prolongamento do valor de repouso.
intervalo Q-T e a indução da arritmia A Ibutilida é um agente de classe 3 que prolonga
torsades de pointes e sincope um efeito a repolarização através da inibição da corrente de
colateral preocupante da terapia com K+ retificação tardia. Esse agente também
procainamida á longo prazo é uma intensifica a corrente de Na + lenta dirigida para
síndrome que se assemelha ao lúpus dentro da célula, que prolonga ainda mais a
eritematoso e que, comumente, consiste repolarização.
em artralgia e artrite. A Dofetilida é um agente de classe 3 apenas
Farmacocinética: Podem ser administrada disponível por VO. Inibe o componente rápido da
por via intravenosa e intramuscular, sendo corrente retificadora de K + tardia e não exerce
absorvida por VO. Ela é eliminada por nenhum efeito sobre a corrente de Na + para dentro
metabolismos hepáticos e pelos rins. Tem da célula. A dofetilida aumenta a duração do PA*
meia vida de 4 a 3 horas, exigindo e prolonga o intervalo QT de forma dependente da
dosagem frequente ou uso de forma de dose.
liberação lenta. O Sotalol é um agente antiarrítmico misto das
classes 2 e 3. Esse fármaco antagoniza não
Classe 2 seletivamente os receptores β-adrenérgicos e
São os antagonistas β-adrenérgicos, atuam também aumentam a duração do PA* ao bloquear
através da inibição dos influxos simpáticos para as os canais de K+.
regiões de regulação do ritmo do coração. A A Amiodarona é o principal agente antiarrítmico
estimulação simpática libera NoE, que se liga aos da classe 3 mas também atua como antiarrítmico
receptores β-adrenérgicos nos tecidos nodais. da classe 1, 2 e 4. A capacidade da amiodarona
Essa ativação desencadeiam um aumento na de exercer essa diversidade de efeitos pode ser
corrente marca-passo que aumenta a frequência explicada pelo seu mecanismo de ação: Alteração
de despolarização da fase 4 e, leva a um disparo da membrana lipídica na qual se localizam os
mais frequente do nó. Os antagonistas β- canais iônicos e os receptores. Em todos os
adrenérgicos não seletivos que antagonizam os tecidos cardíacos, a amiodarona aumenta o
receptores tanto β1-adrenérgicos quanto β2- período refratário efetivo através do bloqueio dos
adrenergicos. São amplamente usados no canais de K+ responsável pela repolarização, esse
tratamento da taquiarritmias causadas por prolongamento da duração do potencial de ação
estimulação das catecolaminas durante o diminuindo a reentrada.
exercicio físico ou o estresse emocional.
Propanolol: Reduz a incidência de arritmias
súbitas fatais depois do infarto do miocárdio.
Reduzem a taxa de mortalidade no primeiro
ano após uma taque cardíaco, em parte devido
a sua capacidade de prevenir arritmias
ventriculares;
Metoprolol: Antagonista β-adrenérgico mais
usado no tratamento de arritmias cardíacas,
ele reduz o risco de broncoespasmo. É
extensamente biotransformado e tem ampla
penetração no SNC.
Classe 4 ANTIAGINOSO
Atuam nos tecidos nodais AS* e AV, pois eles A doença aterosclerótica das artérias coronária,
dependem das correntes de Ca 2+ para a fase de é a causa mais comum de mortalidade em todo o
despolarização do Pa*. A principal ação mundo. Os pacientes comumente morrem por
terapêutica dessa classe é lentificar a ascensão insuficiência da bomba devido a um infarto do
do PA* nas células do nó AV, resultando em miocárdio ou devido à arritmia fatal. A doença das
diminuição da velocidade de condução através do artérias coronárias pode e apresentar de
nó AV. (verapamil e diltiazem). diferentes formas, como angina de peito, síndrome
Verapamil: Apresenta maior ação no coração coronária aguda, arritmias respiração curta.
do que no músculo liso vascular, ao passo que Angina pectoris é um quadro repentino e grave
o nifedipino, um bloqueador de canal de cálcio caracterizado por dor comprimindo o peito que se
usado no tratamento de hipertensão, exerce irradia pelo pescoço, pela mandíbula, pelas costas
um efeito mais intenso no musculo liso pelos braços. É causada pelo fluxo sanguíneo
vascular do que no coração. O diltiazem tem coronário é insuficiente para suprir a demanda de
uma ação intermediária. oxigênio do miocárdio, levando à isquemia.
Farmacocinética: O verapamil e o diltiazem São usados três classes de fármacos,
são absorvidos após administração por VO. O isoladamente ou em associações, são usados no
verapamil é extensamente biotransformado tratamento de pacientes com angina estável. Eles
pelo fígado: portanto, deve-se ter cuidado diminuem a demanda de oxigênio pelo coração
quando esse fármaco é administrado em afetando a pressão arterial, o retorno venoso, a
paciente com disfunção hepática. frequência e a contratilidade cardíaca.
Efeitos extracardíacos: Bloqueia os canais Nitratos orgânicos (nitroglicerina): usados
de cálcio do tipo L ativados e inativados. no tratamento da angina pectoris são ésteres
Assim, seu efeito é mais acentuado nos simples ácidos nítricos e nitrosos com glicerol.
tecidos que se despolarizam com frequência, Esses compostos causam rápida redução na
naquelas que estão menos completamente demanda miocárdica de oxigênio, seguido por
polarizados em repouso, e naqueles em que alivio rápido dos sintomas. Os nitratos inibem a
a ativação depende apenas da corrente de vasoconstrição ou espasmo coronariano
cálcio, como os nodos AS e AV. o verapamil aumentando a perfusão do miocárdio e assim
lentifica o nodo SA e AV por meio de sua aliviam a angina vasoespaticas também
ação direta, mas sua ação hipotensora relaxam as veias, diminuindo a pré-carga e o
ocasionalmente resulta num pequeno consumo cardíaco da angina de esforço. A
aumento do reflexo da frequência SA. nitroglicerina diminui o consumo de oxigênio
Efeitos adversos: Tem propriedades pelo miocárdio em virtude da diminuição do
inotrópicas negativas e, podem ser trabalho cardíaco.
contraindicado em pacientes com função Farmacocinética: O tempo de
cardíaca deprimida preexistente. Ambos os estabelecimento da ação varia de um minuto
fármacos também podem diminuir a pressão para a nitroglicerina a mais de uma hora para
arterial devido à vasodilatação periférica um o mononitrato de isossorbida. Ela sofre
efeito que é até benéfico no tratamento da biotransformação de primeira passagem no
hipertensão. fígado. Dessa forma, é comum o seu uso por
via sublingual ou adesiva transdérmico,
evitando, assim, essa via de eliminação.
Efeitos adversos: O efeito adverso mais
comum é a cefaleia, doses altas também
causam hipotensão postural, rubor facial e
taquicardia. Os inibidores da fosfodiesterase-
5 como sildenafila, potencializam a ação dos
nitratos.
ANTI-HIPERTENSÃO Diuréticos
A hipertensão é definida como uma pressão Os fármacos que bloqueiam as funções de
sanguínea sistólica contínua maior do que transporte dos túbulos renais são ferramentas
140mmHg ou uma pressão sanguínea diastólica clinicas valiosas no tratamento desses distúrbios.
contínua maior do que 90mmHg. A hipertensão Um diurético aumenta o volume de urina, em
resulta do aumento do tônus do músculo liso quanto um natriurético provoca aumento na
arteriolar vascular periférico, que leva ao aumento excreção renal de 11Na, e um aquarético aumenta
da resistência arteriolar e à redução da a excreção de água sem solutos. Reduzem a
capacitância do sistema venoso. pressão arterial, sobretudo ao produzirem
O objetivo do tratamento é reduzir a morbidade depleção das reservas corporais de 11Na.
cardiovascular e renal e a mortalidade. Os Inicialmente, reduzem a pressão arterial ao
fármacos usados no tratamento da hipertensão diminuírem o volume sanguíneo e o débito
são classificados em quatro categorias com o cardíaco, pode ocorrer aumento da resistência
objetivo de orientar o tratamento. vascular periférica. Os diuréticos são efetivos na
Todos os agentes anti-hipertensivos atuam num redução da pressão arterial em 10 a 15mmHg na
ou mais dos quatro locais anatômicos de controle: maioria dos pacientes, e, com frequência, os
como rim, coração, artérias e veias. Produzindo diuréticos usados isoladamente proporcionam um
efeitos ao interferirem nos mecanismos normais tratamento adequado para a hipertensão leve ou
da regulação da pressão arterial. Esses fármacos moderada. Os diuréticos tiazídicos são
são divididos de acordo com o principal local apropriados para maioria dos pacientes com
regulador ou mecanismos comuns de ação. As hipertensão leve ou moderados, e com
categorias incluem: normalidade das funções cardíaca e renal. Os
1. Diuréticos: Reduzem a pressão arterial por diuréticos poupadores de 19K são úteis tanto para
meio da depleção de 11Na corporal, diminuição evitar a depleção excessiva de 19K quanto para
do volume sanguíneo, talvez, outros aumentar os efeitos natriuréticos de outros
mecanismos; diuréticos. O tratamento com doses baixas de
2. Agentes simpaticoplégicos: Baixam a diuréticos e seguro, barato e eficaz na prevenção
pressão arterial por meio da redução da de derrame, infarto do miocárdio e IC congestiva,
resistência vascular periférica, inibição da todos os quais podem causar morte.
função cardíaca e aumento do acúmulo Diuréticos tiazilicos: Todos os diuréticos
venoso nos vasos de capacitância. Esses orais são eficazes no tratamento da
agentes são ainda subdivididos de acordo com hipertensão, mas os tiazilicos tem sido os mais
seus supostos locais de ação no arco-reflexo usados. Os tiazílicos, como a hidroclorotiazida
simpático; e a clortalidona, diminuem a pressão arterial
3. Vasodilatador direto: Reduzem a pressão ao inicialmente por aumentar a excreção de sódio
relaxarem o músculo liso vascular, relaxando, e água. Isso causa uma redução do volume
os vasos da resistência e, aumentando extracelular, resultando em diminuição do
também a capacitância; debito cardíaco e do fluxo sanguíneos renal.
4. Agentes que bloqueiam a produção ou Farmacocinética: Os diuréticos tiazílicos
ação da angiostensina: Reduzem a são ativados por VO. A velocidade de
resistência vascular periférica e o volume absorção e eliminação vária embora
sanguíneo. nenhuma vantagem nítida exista entre eles.
Todos os tiazilicos são substratos ar o
sistema excretor de acido orgânico do
néfron e, como tal, podemos competir com o
ácido úrico pela eliminação.
Efeitos adversos: Os diuréticos tiazilicos
induzem hipotassemia e hiperuricemia em
70% dos pacientes e hiperglicemia em 10%.
Podem causar ataque agudo da gota.
Agentes que diminuem a reabsorção renal Reguladores de volume
de Na+: O rim modifica a composição iônica do Inibidores do sistema renina-angiotensina
filtrado glomerular através da ação combinada Usa 3 estratégias para a interromper o sistema
de transportadores e canais iônicos nas renina-angiotensina-aldosterona (RAA):
membranas. Esse transporte pode ser 1. Os inibidores da ECA reduzem a pressão
modulado farmacologicamente pelas ações de arterial reduzindo a resistência vascular
agentes diuréticos para regular o volume e a periférica sem aumentar reflexamente o débito,
composição da urina. A inibição da reabsorção a frequência ou a contratilidade cardíaca. Eles
de íons leva a uma redução da força bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina1
propulsora osmótica que favorece a para formar a angiotensina2. Também é
reabsorção de H2O nos segmentos do néfron responsável pela degradação da bradicinina
permeáveis à H2O. Os diuréticos atuam sobre que aumenta a produção de óxido nítrico e
a reabsorção de 11Na ao longo dos 4 prostaciclina nos vasos sanguíneos. Diminuem
segmentos dos néfron. O rim concentra e os níveis de angiotensina2 e aumenta os de
secreta esses fármacos na luz tubular, bradicinina ocorre vasodilatação de arteríolas
permitindo que os diuréticos alcancem e veias como resultado de combinação de
concentrações mais altas no túbulo do que no efeitos de vaso constrição diminuída causada
sangue. pela redução dos níveis de angiotensina2 e
Diuréticos de alça: Atuam no ramo vasodilatação devido ao aumento da
ascendente da alça de Henle, causando bradicinina. Reduzindo os níveis de
inibição competitiva do co-transportador de angiotensina2, os inibidores da ECA diminuem
Na+ e -K+, na membrana apical das células do a secreção de aldosterona, resultando em
ramo ascendente da alça. Ocorre também menor retenção de 11Na e H2O. Os inibidores
inibição da reabsorção no túbulo contorcido da ECA diminuem a pré-carga e a pós-carga
distal, podendo resultar em aumento do aporte cardíaca, reduzindo, assim, o trabalho
de 20Ca e 12Mg luminal nos locais distais de cardíaco.
reabsorção no túbulo contorcido distal, 2. Os antagonistas dos receptores de
resultando em excreção aumentada de 20Ca e angiotensina: Como a Losartana e a
de 12Mg. Valsartana, inibem a ação da AT2 em seu
Diuréticos do ducto coletor (poupadores de receptor. Aumenta indiretamente a atividade
potássio): Aumentam a reabsorção de 19K no do relaxamento vascular dos receptores AT2.
néfron. Os agentes pertencentes a essa classe Tanto os inibidores da ECA quanto os
interrompem a reabsorção de Na + das células antagonistas AT1 aumentam a liberação de
principais do ducto coletor através de 2 renina como mecanismo compensatório, no
mecanismos. Os agentes como a caso do bloqueio AT1, o aumento da AT2
espirolactona inibem a biossíntese de novos resulta em sua interação aumentada com
canais de Na+ nas células principais, enquanto receptores AT2.
os agentes como a amilorida bloqueia a 3. Os antagonistas do receptor de minérios ou
atividade dos canais de Na + na membrana corticoides bloqueiam a ação da aldosterona
luminal dessas células. A espironolactona inibe no ducto coletor do néfron.
a ação da aldosterona através de sua ligação
ao receptor de mineralocorticoides, impedindo
a sua translocação nuclear e amilorida é um
inibidor competitivo do canal de Na + epitelial
na membrana apical das células epiteliais.
Diuréticos osmóticos: Como o Manitol, são
pequenas moléculas filtradas no glomérulo,
mas que não sofrem reabsorção subsequente
no néfron. Consequentemente, representam
uma força osmótica intraluminal que limita a
reabsorção de H2O através dos segmentos do
néfron permeáveis à H2O. Os efeitos dos
agentes osmóticos são maiores no túbulo
proximal, onde ocorre a maior parte da
reabsorção isosmótica de H2O.
Diuréticos inibidores da anidrase
carbônica: É encontrada em locais do néfron,
onde catalisam a desidratação do H3CO3 à
CO2 na membrana luminal e a reidratação do
CO2 a H3CO3 no citoplasma. Ao bloqueá-la os
inibidores reduzem a reabsorção de NaHCO 3 e
causam diurese.
FARMACOLOGIA DA DOR A morfina ou a diamorfina (heroína) administradas
A dor é subjetiva, difícil de definir, embora por via intravenosa, o resultado será um ``ímpeto
saibamos o que significa. É a resposta direta a um súbito´´ que se assemelha a um orgasmo
evento indesejável ligado a lesão tecidual, como abdominal. A euforia produzida depende das
trauma, inflamação ou câncer, as dores intensas circunstâncias. Nos pacientes angustiados, é
podem originar-se de qualquer causa pronunciado, as nos pacientes acostumados a dor
predisponente obvia ou persistir por muito tempo crônica, a morfina causa analgesia com pouca ou
depois que a lesão esteja resolvida. Também nenhuma euforia. Alguns pacientes relatam
pode ocorrer em consequência de lesão cerebral agitação, e não euforia, sob estas circunstâncias.
ou de nervo. As afecções dolorosas do segundo Depressão respiratória: Resultando em
tipo são geralmente descritos como dores aumento da PCO2 arterial, ocorre com uma
neuropáticas. São causa comuns de incapacidade dose normal analgésica de morfina ou
e angustia e, em geral, respondem menos aos compostos relacionados, embora em pacientes
analgésicos convencionais que as afecções em com dor grave o grau de depressão
que a causa imediata está clara. respiratória produzido possa ser menor do que
E condições normais, a dor associa-se à o antecipado. A depressão respiratória e
atividade de impulsos em fibras aferentes mediada por receptores μ. O efeito depressor
primárias dos nervos periférico. Estes nervos está associado à diminuição da sensibilidade
possuem terminações sensitivas nos tecidos do centro respiratório à PCO2 arterial e à
periféricos e são ativados por estímulos de vários inibição da geração do rito respiratório.
tipos (mecânicos, térmicos e químicos). A maioria Depressão do reflexo da tosse: A supressão
dos neurônios de fibras não-mielinizadas (C*) é da tosse surpreendentemente, não se
associado as terminações nociceptivas polimodais relaciona com as ações analgésicas e
e transmite dor profunda, difusa e em queimação, depressoras dos opióides, e seu mecanismo
enquanto as fibras mielinizada (Aδ) transmitem ao nível dos receptores não está claro. A
dor aguda bem localizada. As fibras C* e Aδ codeína e a folcodina suprimem a tosse em
transmitem a informação nociceptiva proveniente doses subanalgésica, porém causam
do musculo e das vísceras, assim como as da constipação como efeito adverso.
pele. A lesão tecidual é a causa imediata da dor e Náuseas e vômitos: Ocorrem em até 40%
resulta e liberação local de uma variedade de dos pacientes a quem se administra morfina, e
substâncias químicas que atuam sobre as não parecem ter efeitos separáveis do efeito
terminações nervosas, seja ativando-as analgésico entre uma variedade de analgésico
diretamente, ou potencializando sua sensibilidade opioides. O local de ação é a área postrema,
a outras formas de estimulação. região do bulbo e que muitos tipos de
estímulos químicos podem iniciar os vômitos.
OPIÓIDES Náuseas e vômitos após a injeção de morfina
O ópio é um extrato do suco da papoula, que geralmente são transitórios e persistem e
contém morfina e outros alcaloides relacionados. possam limitar a adesão do paciente. A
São usados para fins medicinais a milhares de administração aguda da morfina-6-glucuronida,
anos, como agente promotor de euforia, analgesia um metabolito ativo da morfina, pode produzir
e para evitar a diarreia. náuseas e vômitos, devido ao fato de ser mais
polar e não penetrar na área postrema, como a
Morfina morfina.
Os efeitos, mas importantes da morfina ocorrem Constrição pupilar (miose): É causada por
no SNC e no TGI, embora tenham sido descritos estimulação do núcleo do nervo oculomotor
vários efeitos de significativos menores sobre mediado pelos receptores μ e k. Pupilas
outros sistemas. puntiformes são características para
Efeitos no SNC: diagnosticar intoxicação por opioides, porque a
Analgesia: Tem efeito na maioria dos tipos maioria das causas de coma e depressão
de dores agudas e crônicas, em geral, menos respiratória produz dilatação pupilar. A
eficaz nas síndromes de dor neuropática do tolerância não se desenvolve à constrição
que nas dores associadas à lesão tecidual, induzida pelos opioides e, portanto, pode ser
inflamação ou crescimento tumoral. Ela observado em usuários de drogas
também reduz o componente afetivo da dor. dependentes de opioides que estejam usando
Euforia: A morfina causa potente sensação opióide por tempo considerável.
de contentamento e bem estar. É um Efeitos no TGI: Os opióides aumentam o
componente importante de seus efeitos tônus e reduz a motilidade em muitas pares do
analgésicos, porque a agitação e a ansiedade sistema do TGI, resultando em constipação, eu
associadas a uma doença dolorosa ou pode ser grave e problemática para o paciente.
trauma, são assim reduzidos. O atraso resultante nos esvaziamento gástrico
pode retardar a absorção de outros fármacos.
A pressão no trato biliar aumenta em razão da
contração da bexiga e constrição do esfíncter PARACETAMOL
biliar. Os opioides devem ser evitados em Os fármacos anti-inflamatórios não esteroidais
pacientes que sofrem de dores biliares devido (AINEs) são usados para tratar afecções
a cálculos, nos quais pode ser aumentada ao inflamatórias dolorosas e para reduzir quadros
invés de aliviadas. febris. Ele difere dos outros AINEs por produzir
Outras ações dos opióides: A morfina efeitos analgésicos e antipiréticos, enquanto lhe
libera histamina dos mastócitos através de faltam os efeitos anti-inflamatórios. Não possui a
ação não relacionada aos receptores opióide. tendência de outros AINEs para causar ulceração
A liberação de histamina pode causar efeitos gástrica e sangramento. O paracetamol é bem
locais, como urticária e prurido no local da absorvido por VO, e sua meia vida plasmática é
injeção, ou efeitos sistêmicos, chamados de cerca de 3 horas. É metabolizado por
broncoconstrição e hipotensão. O efeito hidroxilação, conjugação principalmente como
broncoconstritor pode ter serias glicuronideo e eliminado na urina. A
consequências para os pacientes asmáticos superdosagem de paracetamol causa grave lesão
,aos quais a morfina não deve ser hepática, comumente fatal, e o fármaco costuma
administrada. A hipotensão e a bradicardia ser usado em tentativas de suicídios.
ocorrem com doses elevadas da maioria dos
opioides, devido à ação sobre a medula. Com
a morfina e fármacos similares, a liberação
de histamina pode contribuir para a
hipotensão. Os efeitos no músculo liso são
leves embora possam ocorrer espasmos
uterinos, da bexiga e dos ureteres. Os
opioides exercem efeitos imunossupressores
complexos, e podem ser importantes, como
ligação entre o SN e a função imunológica.
Tolerância e dependência: Os diferentes
mecanismos adaptativos celulares são
responsáveis pela tolerância e dependência.
Estes fenômenos ocorrem, sempre que os
opioides são administrados por mais que
alguns dias.
Tolerância: A tolerância às muitas ações dos
opioides desenvolve-se em alguns dias, como
administração repetitiva. A rotatividade de
fármaco e frequentemente usado na clinica
para superar a perda da eficácia.
Dependência física: Refere-se a
determinado estado em que a retirada do
fármaco causa efeitos fisiológicos adversos,
ou seja, síndrome de abstinência.
Farmacocinética: A absorção da morfina por
VO é variável. A própria morfina é absorvida
sendo comumente administrada por via
intravenosa ou intramuscular para tratar dor
aguda, intensa, a morfina por via oral, costuma
ser usada para aumentar sua duração de
ação. A codeína é bem absorvida e
administrada por via oral. A maioria dos
fármacos parecidos à morfina passa por
considerável metabolismo de primeira
passagem, e, portanto, eles são muito menos
potentes quando usado por VO, e não
injetados. A meia vida plasmática da morfina é
de 3 a 6 horas. O metabolismo hepático é a
principal modalidade de inativação, geralmente
por conjugação com glicuronideo.
Efeitos adversos: A superdosagem aguda
com morfina resulta em coma e depressão
respiratória, caracteristicamente com
constrição pupilar.
ANTIINFLAMATÓRIO As duas enzimas são homologas; no entanto, a
A inflamação é uma resposta normal de conformação para os sítios de ligação ao
proteção às lesões teciduais causadas por trauma substrato e regiões catalíticas é um pouco
físico, agentes químicos ou microbiológicos diferente.
nocivos. A inflamação é a tentativa do organismo
de inativar ou destruir os organismos invasores, Ex.: A COX2 apresenta um canal de substrato maior e mais
remover os irritantes e preparar o cenário para o flexível do que a COX1 que apresenta um espaço maior no
sítio de ligação dos inibidores.
reparo tecidual. Quando a recuperação está
completa, normalmente o processo inflamatório 2. Via da lipoxigenase: Alternativamente, muitas
cessa. Entretanto, pode ocorrer ativação impropria
lipoxigenases podem agir sobre o ácido
do sistema imune resultando em inflamações e
araquidônico para formar 5HPETE, 12HPETE
causando doenças imunomediadas, como a artrite
e 15HPETE, que são derivados peroxidados
reumatoide (AR*) A reação inflamatória está
instáveis e se convertem nos correspondentes
presente em quase todas as lesões produzidas no
derivados hidroxilados (Os HETES) ou em
organismo humano. As manifestações clínicas do
leucotrienos ou lipoxinas, dependendo do
processo inflamatório são dor, hiperalgésia,
tecido. Os fármacos antileucotrienos, como o
eritema, edema e limitação funcional. Os fármacos
zileutona, o zafirlucaste e o montelucaste, são
AINEs e celecoxibe (inibidor do COX 2).
uteis no tratamento da asma alérgica
moderada.
Prostaglandinas (PG´s)
Todos os AINEs inibem a síntese das PG´s.
Bimatoprosta e latanoprosta: A latanoprosta
Assim, para entender os AINEs, precisamos
é um análogo da PGF2 indicado para o
compreender a atividade e biossíntese da PG´s.
tratamento do glaucoma de ângulo aberto e
As PG´s e os compostos relacionados são
pressão intraocular alta. O bimatoprosta
produzidos em mínimas quantidades por
mimetiza as prostamidas endógenas
praticamente todos os tecidos. Geralmente atuam
resultando na mesmo redução da pressão
localmente nos tecidos, onde são sintetizados,
intraocular eficaz. Assim, o bimatoprosta
sendo rapidamente metabolizados em produtos
aumenta a proeminência, o comprimento e a
inativos nos seus locais de ação. Eles não
pigmentação dos cílios e também esta
circulam em quantidades significativas no sangue.
aprovado para o tratamento da hiposicose dos
Síntese: O ácido araquidônico é o principal
cílios.
precursor da PG´s e dos compostos Mecanismo de ação: Fixando-se ao receptor
relacionados. Está presente em componentes
FP das PG´s, latanoprosta e travoprosta
dos fosfolipídios das membranas celulares. O
aumenta o efluo uveoescleral diminuindo a
acido araquidônico livre é liberado dos
pressão intraocular. O efeito do bimatoprosta
fosfolipídios teciduais pela ação da fosfolipase
é similar.
A2 e outra acidrolases por um processo
Efeitos adversos: As reações oculares
controlado por hormônios e outros estímulos.
incluem visão turva, alteração na coloração
Existem duas vias para a síntese de
íris (aumenta a pigmentação marrom),
eicosanoides a partir do ácido araquidônico:
aumento do número e pigmentação dos
1. Via da ciclo-oxigenase: Todos os
cílios, irritação ocular e sensação de corpo
eicosanoides com estrutura de anéis (PG´s,
estranho,
tromboxanos e prostaciclinas) são
sintetizados pela via da ciclo-oxigenase.
Temos duas isoformas relacionadas das
enzimas ciclo-oxigenase.
a. Ciclo-oxigenase1 (COX1): Responsável
pela produção fisiológica de prostanóides. A
COX1 é uma enzima constitutiva, regulando
os processos celulares normais, como a
citoproteção gástrica, a homeostase
vascular, a agregação plaquetária e as
funções reprodutiva e renal.
b. Ciclo-oxigenase2 (COX2): Provoca a
produção elevada de prostanóides que
ocorrem em locais de doença e inflamação
crônica. A COX2 é expressa de forma
constitutiva em tecidos, como cérebro, rins e
ossos. Sua expressão em outros locais
aumenta durante os estados inflamatórios
crônica.
Ação terapêutica: As PG´s tem papel Ibuprofeno: Possui atividade anti-inflamatória,
principal na modulação da dor, inflamação e analgésica e antipirética, além disso, podem
febre. Também controla funções, como alterar a função das plaquetas e prolongar o
secreção ácida e a produção de muco no TGI, tempo de sangramento. São inibidores
a contração uterina e o fluxo de sangue nos irreversíveis da ciclo-oxigenase, inibindo a
rins. As PG´s também estão entre os síntese de PG´s, mas não de leucotrienos. É
mediadores químicos liberados nos processos bem absorvido por VO, ligando-se quase que
alérgicos e inflamatórios. totalmente à albumina plasmática. Sofrem
Ação anti-inflamatória: Os AINEs inibem a biotransformação hepática e são excretados
ciclo-oxigenase e, consequentemente, pelos rins.
provocam a redução das PG´s vasodiladoras Efeitos adversos: Os mais comuns são no
(PGE2 e PGI2) e que está associado a menor TGI, variando desde dispepsia até
vasodilatação e, indiretamente, menos sangramento. Também foram registrados
edema. Não há redução de acumulo de efeitos adversos envolvendo o SNC, como
células inflamatórias, porem os AINEs cefaleia, zumbidos e tonturas.
impedem a saída do exsudato (enzimas, Piroxicam e Meloxicam: Usados no
células de defesa, citocinas, proteínas do tratamento da AR* da espondilite anquilosante
complemento) o paracetamol não possui e da osteoartrite, apresenta meias-vias longas,
ação anti-inflamatória considerável. o que permiti a administração uma vez ao dia.
Ação antipirética: Devido, a diminuição da O fármaco original e os metabólitos são
PGE2 que é responsável pela elevação do excretados pelos rins na urina. o meloxicam
ponto de ajuste hipotalâmico para o controle inibe a COX1 e a COX2, com ligação
de temperatura na febre. Os anti-inflamatórios preferencialmente a COX2 e em doses baixas
ativam o hipotálamo e este induz a expressão a moderadas, provoca menos irritação do TGI
de COX2 que produz as PG´s. do que o piroxicam. A excreção do meloxicam
Ação analgésica: A diminuição de PG´s é realizada principalmente na forma de
significa menos sensibilização das metabolitos e ocorrem igual proporção na urina
terminações nervosas nociceptivas a e nas fezes.
mediadores inflamatórios, como a bradicinina.
O alivio da cefaleia é devido à menor
vasodilatação cerebral mediada pelos PG´s.
as PG´s são responsáveis por diminuir o
limiar de excitabilidade dos nociceptores das
fibras C e Ag responsáveis pela sensação de
dor.
Salicilatos (AAS): O ácido salicílico foi
descoberto devido às suas ações antipiréticas
e analgésicas. A aspirina provoca inativação
irreversível da COX1 e COX2. Também é eficaz
em baixas doses, em distúrbios
cardiovasculares devido a sua ação
antiplaquetária. Os tipos de dores que são
aliviadas pelos salicilados são de pouca
intensidade e originam-se mais de estruturas
tegumentares que das vísceras, especialmente
cefaleia, mialgia e artralgia.
Efeitos adversos: Desconforto epigástrico,
náuseas, vômitos. Não pode ser usados em
pacientes hemofílicos ou que usam heparina
ou anticoagulantes orais, devido ao risco de
hemorragias. A ingestão de salicilados causa
o prolongamento do tempo de sangramento.
Este efeito é devido à acetilação irreversível
da cicloxigenase plaquetária e a consequente
redução da formação de tromboxano A 2.
FARMACOLOGIA ANTIFÚNGICA Inibidores da síntese de DNA
Os fungos são células eucarióticas sem Flucitosina (5FC): Agente antifúngico sintético
mobilidade. Diferente das plantas eles não fazem que, administrado por VO, mostra-se ativo
fotossíntese e são de natureza parasitária. Tem contra uma gama limitada de infecções
parede celular rígida composta de quitina, um fúngicas sistêmicas, sendo eficaz em
polímero de N-acetil-glicosamina, em vez de infecções causadas por leveduras.
peptideoglinao. As membranas celulares fungicas Administrado só desenvolve resistência à
contém ergosterol, em vez de colesterol, droga durante o tratamento razão pela qual é
encontrados nas membranas de mamíferos. comum ser associada com anfotericina para
Essas características químicas são úteis no infecções graves, como a meningite. Isto se dá
tratamento das infecções bacterianas, e, ao devido ao fato de ocorrer mutações na citocina
contrário, as bactérias são resistentes aos permease ou citosina desaminase do fungo.
fármacos antifúngicos. Mecanismo de ação: A 5FC é convertida no
As infecções fúngicas são chamadas de antimetabólito 5-fluoracil (5FU) por células
micoses, podem ser dividida em infecções dos fungos, mas não em células humanas. O
superficiais e sistêmicas. 5FU inibe a timidilato sintetase e, portanto a
As infecções fúngicas superficiais: Podem síntese de DNA. Em geral, a flucitosina é
ser classificadas em dermatomicoses e administrada por infusão intravenosa, mas
candidíase. também pode ser usado por VO.
As dermatomicoses são infecções da pele, Farmacocinética: A 5FC é bem absorvida
dos cabelos e das unhas causadas por por VO. Distribui-se por toda a água corporal
dermatófitos. e penetra bem no LCR. A 5FC é detectável
A candidíase superficial, o microrganismo em pacientes e resulta da biotransformação
leveduriforme infecta as mucosas da boca da 5FC pelas bactérias intestinais. A
(afta) ou da vagina ou pele. excreção do fármaco e seus metabolitos é
As infecções sistêmicas (micoses por filtração glomerular, a dosagem precisa
profundas): Podem envolver órgãos internos ser ajustada em pacientes com função renal
ou acometer todo o organismo do hospedeiro, comprometida.
produzindo variado quadro anatomopatológico. Efeitos adversos: A 5FC causa neutropênia,
Os fungos dimórficos estão muito associados a trombocitopenia reversível e depressão dose-
esta condição. dependente da medula óssea. Deve-se ter
Os agentes antifúngicos devem possuir quatro cautela e pacientes submetidos à radiação ou
características: quimioterapia com fármacos que deprimem a
1. Amplo espectro de ação contra uma variedade medula óssea. Pode ocorrer disfunção
de fungos patógenos; hepática reversível com elevação das
2. Baixa toxicidade farmacológica; transaminases êmese e diarreia, são comuns,
3. Múltiplas vias de administração; e pode ocorrer também grave enterocolite.
4. Excelente penetração no líquido
cefalorraquidiano. Inibidores da mitose
Os principais alvos moleculares da terapia Griseofulvina: Agente antifúngico de pequeno
antifúngica consistem em enzimas e outras espectro. Interfere na mitose pela ligação com
moléculas envolvidas na síntese de DNA, na os microtúbulos fúngicos, pode ser usado para
mitose, na síntese de membrana plasmática e na tratar as infecções desmatofiticas da pele ou
síntese das paredes celular dos fungos. das unhas, quando o tratamento local é
ineficaz, tratamento precisa ser prolongado.
Farmacocinética: é administrado oralmente
é pouco hidrossolúvel, e absorção varia com
o tipo de preparação; em partículas, o
tamanho da partícula. Ela é cantada
seletivamente pela pele recém-formada e
concentrada na queratina. A meia vida
plasmática é de 24 horas, porém ela fica
Figura 41: Os fármacos antifúngicos atualmente disponíveis retida na pele por muito mais tempo. Ela
atuam sobre alvos moleculares distintos. (a) núcleo; (b) As induz potencialmente as enzimas P450 causa
alilaminas, as benzilaminas, osimidazólicos e os triazólicos
inibem a via de síntese do ergosterol no retículo varias interações farmacológicas importantes.
endoplasmático. (c) As equinocandinas inibem a síntese da Efeitos adversos: São frequentes, porém o
parede celular dos fungos. (d) Os polienos ligam-se ao
ergosterol na membrana fúngica e, portanto, rompem a
fármaco pode causar alterações gástricas,
integridade da membrana plasmática. A anfotericina é um cefaleia e fotossensibilidade. Reações
polieno representativo. (e) A flucitosina inibe a síntese de alérgicas (erupções cutâneas, febre) também
DNA do fungo. (f) A griseofulvina inibe a mitose dos fungos
através da ruptura do fuso mitótico. podem ocorrer. Não deve ser usado em
gestantes.
Inibidores da membrana Inibidores do ergosterol
Nistatina: É um antibiótico macrolídeo Constituem um grupo de agentes fungistáticos
poliênico de estrutura semelhante à da sintéticos, com amplo espectro de atividade. Eles
anfotericina e com o mesmo mecanismo de inibem as enzimas P450 fúngicas responsáveis
ação, ela também atua mediante ligação ao pela síntese do ergosterol, o principal esterol
ergosterol e formação de poros nas encontrado na membrana das células fúngicas. A
membranas celulares dos fungos. Seu uso depleção de ergosterol altera a fluidez da
limita-se a infecções fúngicas da pele e do TGI membrana, interferindo na ação das enzimas
da pele da vagina. associadas à membrana. O efeito global consiste
Anfotericina: É um antibiótico de estrutura em inibição da replicação.
complexa, caracterizada por um anel de átomo
de carbono com múltiplos membros. Ela liga- Inibidores da esqualeno epoxidase
se às membranas celulares e interfere na Estes fármacos atuam inibindo a esqualeno
permeabilidade e nas funções de transporte. epoxidase, resultando no bloqueio da biossíntese
Forma um poro na membrana, criando com a do ergoesterol, um componente essencial da
parte central hidrofílica da molécula um canal membrana celular dos fungos. Os agentes
iônico transmembranar. A anfotericina é ativa antifúngicos que inibem a esqualeno epoxidase
contra a maioria dos fungos e leveduras. são divididas em alilaminas e benzilaminas, com
Quando administrada por via oral, a bases nas suas estruturas químicas em
anfotericina é pouco absorvida, razão pela Terbinafina e naftifina são alilaminas, enquanto a
qual só é administrada por esta via para butenatina é uma benzilamina. As alilaminas e
infecções fúngicas do trato gastrintestinal. benzilaminas tópicas e mais eficazes que o
Mecanismo de ação: Varias moléculas de azólicos tópicos contra dermatófitos comuns,
anfotericina se ligam ao ergosterol nas particularmente os que causam tinha do pé.
membranas plasmáticas das células dos Terbinafina: É o fármaco de escolha para
fungos sensíveis. Ela formam poros (canais) tratar dermatofitose, especialmente da
que precisam de interações hidrofóbicas onicomicose. É bem mais tolerado, a duração
entre o segmento lipofílico do antibiótico do tratamento é menor e mais eficaz do que
polieno e o esterol. O poro desorganiza a com itraconazol.
função da membrana, permitindo o Mecanismo de ação: Inibe a esqualeno
vazamento de eletrólitos e pequenas epoxidase do fungo, diminuindo, assim, a
moléculas, resultando na morte da células. síntese de ergoesterol, o que acumula
Farmacocinética: É administrado por infusão grandes quantidades tóxicas e esqualeno,
IV lenta. Ela é insolúvel em água, e a determina a morte da célula fúngica.
preparação injetável precisa de adição de Farmacocinética: Está disponível para
desoxicolato de sódio, que produz uma administração oral e tópica, embora sua
dispersão coloidal solúvel. A anfotericina se biodisponibilidade seja só 40%. Devido à
liga extensamente às proteínas plasmáticas e biotransformação de 1ª passagem. A
se distribui por odo o organismo, ligando-se absorção não aumenta com a alimentação.
extensamente aos tecidos. 99% da terbinafina liga-se às proteína
Efeitos adversos: Tem baixo índice plasmáticas, deposita-se na pele, nas unhas
terapêutico. Pequenas doses podem ser e na gordura. Ela se acumula no leite e, por
administrados para avaliar o grau de resposta isso, não deve ser usado em gestantes. Te
negativa do paciente, com o anafilaxia ou longa meia-vida terminal de 200 a 400 horas,
convulsões. o que pode refletir a lenta liberação desses
. tecidos. A terbinafina oral é extensamente
biotransformada, antes da excreção urinária.
Efeitos adversos: Os mais comuns são
distúrbio do TGI (diarreia, dispepsia e
náusea), cefaleia e urticária foi registrados
distúrbios de gosto e visão, e elevação
temporária das concentrações séricas de
enzimas. Todos esses efeitos adversos
cederam com a interrupção do fármaco.
Naftifina: É um inibidor da esqualeno
epoxidase com amplo espectro de atividade
antifúngica. Só está disponível na forma
tópica, em creme ou gel.
Inibidores da 14α-esterol das metilase
Um alvo importante na via da síntese do
ergosterol é a 14α-esterol desmetilase, uma
enzima do citocromo P450 que converte o
lanosterol em ergosterol. A diminuição na síntese
de ergosterol e o acúmulo de 14α, etil esteróis
rompem as cadeias acil agrupadas dos
fosfolipídios nas membranas dos fungos. A
estabilização da membrana fúngica leva à
disfunção das enzimas associadas à membrana,
podendo levar, à morte celular. Os azólicos são
agentes antifúngicos que inibem a enzima 14α-
esterol. Os azois são compostos sintéticos que
podem ser classificados como imidazois ou
triazois de acordo com o número de átomo de
nitrogênio no anel zólico de 5 membros. Os
imidazois consistem no cetoconazol, no miconazol
e no clotrimazol. As duas substâncias são usadas
apenas na terapia tópica. Os triazois incluem o
itraconazol o fluconazol, o voriconazol e o
poaconazol.
Cetoconazol: Foi o primeiro azol a ser
administrado por via oral no tratamento das
infecções fúngicas sistêmicas. É bem
absorvido pelo trato gastrointestinal, seu
principal risco é a sua alta toxicidade.
Fluconazol: É administrado por via oral ou por
intravenosa. Pode tornar o fármaco de primeira
escolha na maioria dos tipos de meningite
fúngica.
Itraconazol: Está disponível em formulações
orais e intravenosas. É administrado por via
oral e, após absorção, sofre extenso
metabolismo hepático. Não penetram no
líquido cefalorraquidiano. A hepatoxicidade
constitui o principal efeito adverso associado à
terapia com itraconazol.
Antimoniais
Não são usados devido às graves manifestações
toxicas que podem produzir.
Estiboglinato: Junto com a anfotericina é
usada no tratamento de acompanhamento.
Mecanismo de ação: não está bem claro.
Questiona-se a possibilidade de estimularem
mecanismos imunitários do individuo
parasitado.
Farmacocinética: Como não é absorvido por
VO, o estiboglinato de sódio deve ser
administrado por VP se distribui no
compartimento extravascular. A
biotransformação é mínima, e o fármaco é
excretado com a urina.
Efeitos colaterais: Incluem no local de
injeção, indisposição gastrointestinal e
arritmias cardíacas. As funções hepáticas e
renais devem ser monitoradas
periodicamente.
Oxicodona Metadona
Referência: Oxycontin (Zodiac); Referência: Mytedom (Cristália);
O que é: analgésico opioide; O que é: analgésico opioide;
Para que serve: dor; Para que serve: dor grave, síndrome de
abstinência a opioide;
Como age: liga-se a receptores no SNC inibindo a respiratória considerável, especialmente quando
transmissão do impulso doloroso. Impede ou equipamentos para monitoramento ou
atenua sintomas de abstinência quando ressuscitação não estão disponíveis.
administrado em substituição a outros opioides no Risco x benefícios: arritmia cardíaca,
tratamento de desintoxicação. comprometimento da capacidade de manter a
Risco na gravidez: C; pressão sanguínea, por diminuição do volume de
Não usar o produto: alergia a opioide; sangue ou uso de determinados medicamentos,
Risco X benefícios: arritmia cardíaca, diminuição hepática, idoso e paciente debilitado,
comprometimento da capacidade de manter a predisposição a hipoventilação.
pressão sanguínea, por diminuição do volume de Reações mais comuns:
sangue ou uso de determinado medicamento, • Dermatológico: coceira e suores;
diminuição da função hepática, idoso e paciente • SGI: dor abdominal, constipação, boca seca,
debilitado, predisposição a hipoventilação etc. diarreia, náusea, má digestão e vômito;
Reações comuns: • Respiratório: dificuldade para respirar;
• SGI: náusea e vômito; • SNC: sedação, sonolência, sentidos confusos,
• SNC: sentidos confusos, tonturas, sensação de euforia, confusão mental, fraqueza, ansiedade,
queda iminente, sedação e sonolência. depressão, tontura, dor de cabeça, insônia e
Atenção com outros produtos: nervosismo.
• Pode aumentar o risco de hábito e de Atenção com outros produtos. a fentanila
depressão do SNC com: álcool, outro depressor transdérmica:
do SNC; • Pode aumentar os efeitos depressores do SNC,
• Pode ter sua ação diminuída por: Buprenorfina; os efeitos depressores respiratórios e os efeitos
• Pode apresentar graves reações com: IMAO; hipotensores com: álcool, outro depressor do
• Pode ter sua ação antagonizada por: Naxolona SNC;
e Nalfrexona; • Pode ter seus efeitos opioides reduzidos com:
• Pode aumentar o risco de constipação grave indutor de CY3A4; (Carbamazepina);
com: anticolinérgico ou outro medicamento com • Pode ter seus efeitos opioides aumentados ou
efeito anticolinérgico; prolongados com: inibidor de CY3A4
• Pode apresentar sintomas de abstinência em (Claritromicina);
pacientes tratados por dependência a opióides • Pode ser ineficaz com: Naltrexona.
com: Rifampicina, Fenitoina; Considerações importantes: cuidado ao dirigir ou
• Considerações importantes: não ingerir bebida executar atividades que exijam atenção. o
alcoólica, cuidado ao dirigir ou executar tarefas aumento de temperatura da pele pode aumentar a
que exijam atenção; este produto não é absorção de fentanila de sistema transdérmicos.
recomentado para analgesia obstétrica.
casos novos
Densidade de incidência = pessoas (ano em risco)
Ex.: 3: Sobre as característica dos estudos Ex.: 4: Dentre os diferentes usos da
epidemiológicos, numere a coluna da direita de epidemiologia, propostas por Morris, incluem-se:
acordo com os tipos de delineamento 1. Diagnósticos a situação da saúde de uma
apresentados na coluna da esquerda. comunidade;
Coluna 1ª Coluna 2ª 2. Identificar possíveis associações causais de
1 Coorte ( ) Adequado para avaliação de risco de
doenças;
doenças raras;
2 Caso ( ) A incidência é a sua absoluta medida
3. Estimar os r individuais e as probabilidades
controle de risco; de adoecer;
Ensaio ( ) Permite avaliar o risco de varias 4. Avaliar os serviços de saúde.
3 clínico exposições simultaneamente; Desses usos, estão mais vinculados ao
Corte ( ) Permite calcular o número de pessoas planejamento em saúde.
4 transversal necessárias para se detectar um desfecho;
a. Todos
( ) Adequado para levantar hipótese de risco; b. Correta: Somente 1, 3 e 4;
( ) Muito suscetível ao viés de memória. c. Somente 1, 2 e 4;
d. Somente 1 e 4;
Marque a sequência CORRETA: e. Somente 3 e 4.
a. 4-1-3-4-3-1;
b. Correta: 2-1-1-3-4-2; Ex.: 5: A epidemiologia é uma prática da saúde
c. 2-4-1-3-2-3; pública com aplicadores diferenciados, tais como
d. 1-3-4-1-1-2. exceto:
Resp.: a. Avaliar o quanto os serviços de saúde
Alternativa 1: Os estudos de Caso-controle respondem aos problemas e necessidades das
são úteis para avaliação de risco de doenças populações;
raras porque já partem do desfecho. O b. Testar a efetividade e o impacto de estratégia
pesquisador identifica os casos e controles e de intervenção que controlam, previnem e
com o estado é avaliado se uma exposição tratam os agravos de saúde na comunidade;
está associada a esse desfecho. No caso de c. Prever tendências;
doenças raras, essa modulagem é a ideal, pois d. Incorreta: Identificar apenas fatores de risco
já se tem os desfechos (portadores de doença de forma isolada;
rara). e. Descrever o aspecto clinico da doença e sua
Alternativa 2: A incidência É a fração de um história natural.
grupo de pessoas que inicialmente não
possuía a doença e que desenvolve num Ex.: 6: A epidemiologia visa ao estudo da
determinado período de tempo. Refere-se frequência e distribuição dos eventos relacionados
então a novos casos de uma doença que à saúde a seus determinantes. A respeito desse
aparecem numa população os estudos de assunto, analise as afirmações abaixo:
coorte, como são estudos longitudinais, de 1. A epidemiologia permite realizar o
acompanhamento; diagnóstico de saúde de uma população;
Alternativa 3: Os estudos de coorte como 2. O objetivo principal dessa ciência é o estudo
são estudos longitudinais e avaliam as das epidemias e sua propagação;
associação em risco de forma simultânea de 3. Estudos epidemiológicos não permitem
varias exposições; conhecer a história natural de uma doença.
Alternativa 4: Estudos investigativos Após análise das afirmações acima podemos
clínicos epidemiológicos ou experimentais concluir que:
(ensaios clínicos) objetivam descrever a. Todas estão corretas;
fenômenos ou comparar o comportamento de b. Corretas: Apenas 1 está correta;
variáveis em subgrupos de uma população. c. Apenas 1 e 2 estão corretas;
Para tanto, não se realiza o estudo de todo o d. Apenas 2 e 3 estão corretas.
universo populacional, usualmente porque não
é necessário quando se dispõe de uma
amostra representativa para a realização de
inferências à população alvo;
Alternativa 5: O estudo transversal pode ser
usado como um estudo analítico, ou seja, para
avaliar hipóteses de associações entre
exposição ou característica e eventos;
Alternativa 6: O viés de memória é
característica dos estudos retrospectivos, pois
a informação depende da memoria.
PROCESSO EPIDÊMICO Resp.:
1. Endemia: É a ocorrência de determinada Alternativa (a) incorreta: A pandemia é uma
doença que acomete sistematicamente espécie de epidemia. A incidência normal de
populações em espaços característicos, e certa doença numa determinada área
determinados no decorrer de um longo período geográfica e num determinado período
(temporalmente ilimitado), e que mantém uma (endemia) é ultrapassada, porém esse
incidência relativamente constante, permitindo argumento se expande para uma grande área
variações cíclicas e sazonais. A endemias é geográfica como um continente ou mesmo
classificada como endêmica (típica) de uma todo o planeta.
região quando acontece com muita frequência Alternativa (b) correta: A epidemia é a
no local. concentração de determinados casos de uma
doença num local e época, claramente em
Ex.: 1: Pelo termo ``endemia´´ deve-se entender excesso e relação ao que seria teoricamente
que se trata de doença: esperado;
a. Rara; Alternativa (c) incorreta: O termo infestação
b. Que ocorre de forma muito além do estipulado se originou do latim (infestatio) e se refere à
para uma região; localização de parasitas em alguma superfície
c. Que ocorre dentro de limites estabelecidos externa por exemplo, carrapatos e piolhos;
pelos serviços de vigilância em saúde; Alternativa (d) incorreta: Latência se refere
d. Que ultrapassa a média e dois desvios-padrão a um período de tempo entre o inicio de um
de limite de segurança para uma área. determinado evento e o momento em que seus
Resp.: efeitos tornam-se perceptíveis;
Alternativa (a) incorreta: A endemia não se Alternativa (e) incorreta: A virulência se
refere à raridade de uma doença, antes, refere à capacidade infecciosa de um
refere-se a frequência da doença em microrganismo, medida pela mortalidade que
determinada região; ele produz ou poder de invadir tecidos do
Alternativa (b) incorreta: essa hospedeiro.
características refere-se à epidemia;
Alternativa (c) correta: essa características 3. Surto epidêmico: É a ocorrência de dois ou
refere-se endemia; mais casos epidemiológicos relacionados,
Alternativa (d) incorreta: não se refere à alguns autores chamam de surto epidêmico, ou
endemia. surto, a ocorrência de uma doença ou fenômeno
restrita a um espaço extremamente delimitado:
2. Epidemia: É a ocorrência numa comunidade colégio. Quartel, creches, grupos reunidos numa
ou região de casos de natureza parecida, festa, um quarteirão etc.
claramente excessiva em reação ao esperado.
O conceito usado na epidemiologia é uma Ex.: 1: É um tipo de dinâmica de disseminação de
alteração espacial e cronologicamente doença, a qual atinge uma pequena área
delimitada, do estado de saúde-doença de geográfica delimitada ou população
uma população, caracterizada por uma institucionalizada (creches, escolas etc.). essa
elevação inesperada e descontrolada dos dinâmica é caracterizada como:
coeficientes de incidência de determinada a. Correta: Surto;
doença, ultrapassando valores do limiar b. Uma endemia;
epidêmico pré-estabelecido para aquela c. Uma endemia progressiva;
circunstância e doença. d. Uma epidemia progressiva;
Resp.:
Ex.: 1: A imprensa de uma região noticiou que Alternativa (a) correta: Ocorre quando há o
houve o aumento do registro de casos de dengue, aumento repentino do número de casos de
em números que ultrapassou a incidência normal uma doença numa região especifica passa a
prevista. Essa situação epidemiológica e ser considerado surto, o aumento de casos
chamada: deve ser maior o que o esperado pela
a. Pandemia; autoridades;
b. Correta: Epidemia; Alternativa (b) incorreta: A endemia não
c. Infestação; está relacionada a uma questão quantitativa
d. Latência; uma doença é classificada como endêmica
e. Virulência. (típica) de uma região quando acontece com
muita frequência no local. As doenças
endêmicas podem ser sazonais;
Alternativa (c) incorreta: Representa o INDICADORES DE SAÚDE
aumento de prevalência da doença, ou seja, Para quantificarmos a saúde, fazemos
aumento do número de casos esperados ara a comparações na população, usando os
dada doença numa determinada região em indicadores de saúde. Eles devem refletir
cero período de tempo; fielmente, o panorama da saúde populacional.
Alternativa (d) incorreta: Também conhecido Muito desses indicadores medem doenças,
coo epidemia de contato ocorre um aumento mortes, gravidade de doenças, o que mostra ser
progressivo de casos, mas a fonte de infecção mais fácil, às vezes, medir doença do que medir
não é a única, sendo representada por saúde.
exposições sucessivas e em cadeia. Esses indicadores podem ser expressos em
termos de frequência absoluta ou como frequência
4. Pandemia: Caracterizado por uma epidemia relativa, onde incluímos os coeficientes e índices.
com larga distribuição. Se o gráfico atingir Os valores absolutos são os dados mais
mais de um continente. Um exemplo é a prontamente disponíveis e, frequentemente,
epidemia da AIDS que atinge todos os usados na monitoração de ocorrência de doenças
continentes do planeta. infeciosas especialmente em situações de
epidemia, quando as populações envolvidas estão
Ex.: 1: Associe os termos de restritas ao mesmo tempo e a um determinado
mortalidade/morbidade à sua definição na local, pode assumir-se que a estrutura
alternativa CORRETA: populacional é estável e, assim, usar valores
1. É a ocorrência de certo número de casos absolutos. Entretanto, para comparar a frequência
controlado em determinada região; de uma doença entre diferentes grupos, deve-se
2. É o aumento do número de casos de ter em conta o tamanho das populações a serem
determinada doença muito acima do comparadas com sua estrutura de idade e sexo,
esperado e não delimitado a uma região; expressando os dados em forma de taxas ou
3. Compreende um número de casos de doença coeficientes.
acima do esperado, sem respeitar limites Coeficientes (taxas ou rates): São as
entre paises ou continente. Os exemplos medidas básicas de ocorrência das doenças
mais atuais são a AIDS e a tuberculose. numa determinada população e período. Para
a. 1-epidemia; 2-endemia; 3-pandemia; o calculo dos coeficientes ou taxas,
b. Correta: 1-endemia; 2-eppidemia; 3- considerando que o número de casos está
pandemia; relacionado ao tamanho da população que deu
c. 1-pandemia; 2-epidemia; 3-endemia; origem. O numerador refere-se ao número de
d. 1-pandemia; 2-endemia; 3-epidemia. casos detectados que se quer estudar.
Resp.:
1-Endemia, 2-Epidemia; 3-Pandemia. Ex.: mortes, doenças, fatores de risco etc.
A partir da identificação dos conceitos, segundo a
E o denominador, reflete o número de casos
ordem do enunciado.
acrescidos do número de pessoas que poderiam
tornar-se casos, naquele período de tempo. As
vezes, dependendo do evento estudado,
precisamos excluir algumas pessoas do
denominador.
Incidência e prevalência na
farmacoepidemiologia
Nela além do uso padrão da epidemiologia, os
conceitos de incidência e prevalência podem ser
aplicados ao estudo do uso e efeitos dos
fármacos. Podem ser usados para medir eventos
medicamentos, bem como identificar novos
usuários de fármacos, medir o uso existente de
fármacos e assim por diante. Uma analise
farmacoepidemiologica do uso do fármaco, está,
por natureza baseado na população.
Por exemplo, para aumentar o uso de estatina entre os
diabéticos ou com doença arterial coronária sem
prescrição para estatinas nos últimos 6 meses, um
laboratório de gestão de beneficio de farmácia enviou
materiais educacionais para os benefícios. O estudo
mostra que 12,1% dos membros, cujos prescritores
receberam a intervenção, e 7,3% do grupo controle
iniciaram a terapia com estatina durante u período de
acompanhamento de quatro meses.
Conceito de prevenção
O conceito de prevenção é definido como ação
antecipada, baseada no conhecimento da história Figura 15: Taxa de mortalidade por tuberculose padronizada
por idade na Inglaterra e país de Gales, 1840-1968.
natural a fim de tornar improvável o progresso
posterior da doença. A prevenção apresenta-se Ex.: 1: Em se tratando de prevenção primaria,
em três fases. podemos ciar como medidas de proteção
1. Prevenção primária: Seu objetivo é evitar a especifica.
emergência e estabelecimento de padrões de a. Correta: Imunização/saúde ocupacional
vida, que aumentam o risco de desenvolver /controle dos vetores;
doenças, com ações dirigidas à população ou b. Imunização/controle dos vetores/diagnóstico
grupo selecionado. Suas consequências são precoce;
os efeitos múltiplos em várias doenças: c. Imunização/saúde ocupacional/diagnóstico
A interrupção do fumo na gravidez seria precoce;
uma importante medida de ação primária, já d. Imunização/diagnóstico precoce/inquéritos
que mães fumantes, no estudo de coorte de epidemiológicos;
pelotas de 1993, tiveram duas vezes maior e. Diagnóstico precoce/tratamento/reabilitação.
risco para terem filhos com retardo de
crescimento intrauterino e baixo peso ao
não sendo esse um dos determinantes mais
importantes de mortalidade infantil.
2. Prevenção secundária: Seu objetivo é a
detecção precoce patológico em doentes, seu
procedimento é o rastreio. Sua consequência é
a diminuição da incidência da doença: