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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM

ENGENHARIA CIVIL

EDIONIF RIBEIRO MAGNO

O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO AÇO NOS ESTADOS UNIDOS:


OS PIONEIROS DESTE PROCESSO E A DISSEMINAÇÃO DO AÇO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

SANTARÉM
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM
ENGENHARIA CIVIL

EDIONIF RIBEIRO MAGNO

O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO AÇO NOS ESTADOS UNIDOS:


OS PIONEIROS DESTE PROCESSO E A DISSEMINAÇÃO DO AÇO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho apresentado como requisito parcial


para avaliação da disciplina Projeto de
Estruturas de Aço, do curso de Engenharia
Civil do CEULS/ULBRA.

Orientador: Professor Eng. Nadir Pires


Martins

SANTARÉM
2019
Lista de Figuras

Figura 1 - Seção transversal esquemática de um conversor Bessemer. A parte


inferior da figura mostra as três posições típicas do conversor no decorrer do
processo........................................................................................................................6
Figura 2 - Representação esquemática de um forno Siemens-Martin.......................68
Figura 3 - John Rockefeller...........................................................................................9
Figura 4 – Ponte Eads.................................................................................................11
Figura 5 - Edifício Home Insurance.............................................................................13
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 GUERRA DA SECESSÃO 5
3 EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE AÇO 5
3.1 Processo Bessemer 5
3.2 Processo Siemens-Martin 7
3.3 Processo Thomas 8
4 ROCKFELLER 8
5 ANDREW CARNEGIE, O HOMEM DO AÇO 10
6 O AÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 11
7 CONCLUSÃO 14
REFERÊNCIAS 15
4

1 INTRODUÇÃO

Alguns acontecimentos políticos e econômicos ocorridos nos Estados Unidos


entre 1860 e 1917, contribuíram para elevar esse país à condição de grande
potência industrial no início do século XX. Em 1865 chega ao fim a Guerra de
Secessão (1861-1865), em que os capitalistas industriais do Norte venceram os
capitalistas agrários do Sul, e o que se viu a partir disso foi uma modernização da
estrutura econômica norte-americana, que levou os Estados Unidos a ultrapassarem
economicamente as nações europeias no início do século XX.
O aço foi uma das principais impulsionadoras da evolução dos Estados Unidos
e sua obtenção foi sendo aprimorada ao longo dos anos. Henry Bessemer foi quem
deu o ponto de partida para a produção em massa desse produto. Seu processo foi
sendo aprimorado, até que grandes investidores, como Rockfeller e Andrew
Carnegie, resolvessem apostar no aço como fonte de riqueza.
O aumento da produção deste produto resultou em opções para a sua
aplicabilidade na construção civil. Pontes e prédios foram umas das estruturas em
que o aço foi empregado.
A pesquisa apresentada a seguir busca mostrar através de fácil entendimento o
processo histórico, econômico e administrativo que levaram os estados unidos a
decolar no ranking mundial de desenvolvimento, tornando-a numa grande potência.

2 GUERRA DA SECESSÃO

De acordo com Ito (2005), o período entre o fim da Guerra de Independência


(1793) e o da Guerra de Secessão (1861-1865) foi marcado por progressivas
5

mudanças na estrutura econômica dos Estados Unidos. Até 1860, a maior parte da
produção americana ainda era considerada agrícola, possuindo um conjunto
industrial pouco amplo. De acordo com Robertson (1964), a população dos Estados
Unidos, em 1790, era de 3.900.000 habitantes, sendo que 95% desse número
viviam na zona rural. Embora nem todos os residentes rurais fossem
autossuficientes e nem todos os residentes urbanos necessariamente preocupados
em produzir para o mercado, ainda sim, o mercado interno americano poderia ser
considerado reduzido.
A Guerra de Secessão foi uma guerra civil que aconteceu entre 1861 e 1865 nos
Estados Unidos. A batalha deixou cerca de 620 mil mortos, o que representava algo em
torno de 2% da população. A guerra colocou em lados opostos os estados do norte, já
industrializado, e os do Sul, estados escravocratas e latifundiários. Os interesses dos
dois lados da disputa eram bem diferentes, enquanto o Norte queria políticas que
favorecessem o crescimento do mercado interno e precisava de barreiras que
protegessem a produção, o Sul queria facilidade para exportar seus produtos
agropecuários e comprar produtos industrializados baratos, mesmo que importados. A
expansão da industrialização norte-americana ocorreu após a vitória da burguesia
do Norte.

3 EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE AÇO

3.1 Processo Bessemer

Conforme Silva (2014), durante a Revolução Industrial, o ferro fundido e


moldado foram os materiais escolhidos na criação de pontes, trilhos de trens,
construções e armas. O aço era raramente utilizado devido aos altos custos de
produção e pelos processos vagarosos. O ferro fundido, no entanto, não era muito
confiável em casos de pontes e trilhos de trens. Muitos acidentes aconteceram com
a viga do ferro que entrava em colapso e os trilhos dos trens quebravam. Aço de alta
qualidade barato poderia ser a solução para tornar estas e outras estruturas seguras
e confiáveis.
Muitos inventores procuraram reduzir os custos de fabricação do aço através
da criação de novos processos. William Kelly dos Estados Unidos começou a
trabalhar em um sistema promissor no qual o ar soprava o carbono para fora do

Figura 1 - Seção transversal esquemática de um conversor Bessemer. A parte inferior


da figura mostra as três posições típicas do conversor no decorrer do processo.
6

ferro-gusa para eliminar as impurezas, mas ele não obteve os recursos financeiros
necessários para aperfeiçoar o processo. O senhor Henry Bessemer, da Inglaterra,
que estava trabalhando em um processo similar, foi capaz de desenvolver e torná-lo
um sucesso comercial. O processo Bessemer, figura 1, consistia no sopro do
ar através das aberturas perto da parte inferior de um conversor Bessemer, alinhado
a um pote em sílica ou argila de modo a manter o ferro fundido, enquanto o silício,
manganês e os óxidos de carbono foram separados e eliminados, resultando em aço
de alta qualidade. Todo o processo foi barato e rápido, levando apenas 15 a 20
minutos de duração.

Muitas pessoas acreditam que o processo Bessemer, patenteado em 1856,


marcou o início da Segunda Revolução Industrial. A medida que o aço tornava-se
rápido de se produzir a baixo custo, mais estradas e pontes eram construídas, e o
primeiro arranha-céu foi criado. Nos Estados Unidos, o processo Bessemer permitiu
que a parte ocidental do país fosse colonizada com mais de 48.000 km de trilhos de

Fonte: DAVI ALVES et al., 2011.

trens através da produção do ferro. O pode militar dos Estados Unidos


também aumentou com a produção em massa das armas, canhões e navios de
guerra feitos através do aço. Do outro lado do oceano, o Império Britânico cresceu e
se expandiu devido a produção em massa do aço também.
7

3.2 Processo Siemens-Martin

O processo Siemens-Martin, também designado processo de soleira aberta,


consiste em um processo para obtenção de aço, idealizado pelo metalurgista
francês Pierre Martin e desenvolvido pelo engenheiro e físico Wilhelm Siemens
(1823-1883). Resultou da adaptação de um tipo de forno regenerativo a gás,
inventado pelo irmão de Wilhelm, o também engenheiro Friedrich Siemens (1826-
1904), e utilização do vidro.
O processo Siemens-Martins surgiu cerca de 1865, numa altura em que o
processo Bessemer era encarado com uma certa desconfiança, e veio a ser adotado
extensivamente na Grã-Bretanha como base da indústria do aço, então em rápida
expansão naquele país. O processo também tinha a vantagem, quando comparado
com processo convertedor, de poder utilizar grandes quantidades de sucatas de aço
(por exemplo 50% de sucata e 50% de gusa), as quais, por alturas de 1870, já
existiam em quantidades bastante apreciáveis.
Os fornos são constituídos de um mufla de tijolos refratários para receber a
carga que pode ser sólida ou líquida, e de dois pares de câmaras recuperadoras,
também de tijolos refratários, como pode ser observado na figura 2. O forno funciona
pelo sistema de regeneração do calor os gases quentes que saem do forno vão
aquecendo o gás (combustível se for o caso) e o ar, respectivamente, dando entrada
no forno em alta temperatura. A inversão da câmara é feita de hora em hora, por
meio de válvulas, com o aquecimento da coroa, as chamas de natureza oxidante
vão reduzindo o teor de carbono, silício e manganês da gusa. Os materiais
refratários utilizados no revestimento dos fornos dependem da natureza da carga, se
for silicosa (ácida) reveste-se com refratários ácidos, se for fosforosa (básica)
reveste-se com refratários básicos.
8

Figura 2 - Representação esquemática de um forno Siemens-Martin

Fonte: DAVI ALVES et al., 2011.

3.3 Processo Thomas

Constitui-se de uma carcaça cilíndrica de aço resistente ao calor, e seu interior


é revestido por materiais refratários de magnesita ou de dolomita, que permite a
esse interior resistir ao ataque da escória à base de cal, possibilitando que se
trabalhe com gusa com alto teor fósforo. É semelhante ao Bessemer, pois as
características físicas e de sopragem são iguais ao Bessemer, e também, processa
gusa líquido e usa ar nesse processo. As reações químicas que acontecem dentro
desse tipo de conversor são praticamente as mesmas que acontecem no conversor
Bessemer, ou seja, a oxidação de impurezas, a combustão de carbono e a oxidação
do ferro. Porém, no conversor Thomas, o fósforo é retirado com a pela utilização da
cal e do enxofre isto é possível devido ao revestimento do forno de natureza básica.
Neste processo há duas desvantagens: a não eliminação do enxofre do gusa e
o ataque do silício ao revestimento interno, daí a necessidade do gusa ter um baixo
teor de silício.

4 ROCKFELLER, FUNDADOR DA STANDARD OIL

O empresário norte-americano John Davison Rockefeller foi um dos


responsáveis por criar duas importantes instituições do mundo dos negócios, uma
visando o bem – a filantropia – e outra nem tanto – os cartéis. Fundador da primeira
grande petroleira da história, a Standard Oil, Rockefeller combinou, durante toda a
9

sua vida, duas atitudes aparentemente opostas. Por um lado, sempre contribuiu com
a Igreja e outras instituições de caridade; por outro, fez fortuna utilizando práticas
antiéticas.

Figura 81 - John Rockefeller

Fonte: Terra, 2016.

John D. Rockfeller tinha uma


rara mente empreendedora. Ele era um visionário, imaginava um mundo em que o
querosene iluminaria milhões de residências.
Rockefeller assumiu o comando da refinaria em um momento estratégico. O
óleo de baleia, usado como combustível na época estava muito caro, o que abriu
espaço para a exploração de novas fontes de energia.
Com o fim da Guerra Civil Americana, em 1865, o petróleo despontou como um
recurso vital para a expansão da economia norte-americana rumo ao Oeste, por
meio da construção de ferrovias e de indústrias movidas pelo combustível. O
empresário soube aproveitar as oportunidades. Tomando empréstimos e
reinvestindo os lucros na empresa, Rockefeller se tornou proprietário da maior
refinaria de petróleo do mundo.
Em junho de 1870, ele abriu uma nova empresa, a Standard Oil, que nos anos
seguintes se tornaria a administradora de praticamente todas as refinarias e
transportadoras de petróleo dos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, o império de Rockefeller incluía 20 mil poços domésticos,
4 mil quilômetros de gasodutos, 5 mil vagões-tanque e mais de cem mil funcionários.
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Mas a partir da década de 1880, novas descobertas na Rússia e na Ásia começaram


a desafiar a proeminência da indústria norte americana do petróleo. Nesse contexto,
Rockefeller, que chegou a refinar 90% do petróleo mundial abriu mão de controlar
100% de todo o óleo disponível no planeta. Mas nem por isso ele abriu mão de
começar a atuar na Europa, tornando-se uma das primeiras multinacionais
modernas.
Ainda nessa época, o empresário inovou ao tentar influenciar o preço do
petróleo bruto, exercendo o controle indireto ao alterar as taxas de armazenagem de
petróleo para atender às condições de mercado. Também passou a ordenar a
emissão de certificados de petróleo armazenados em seus dutos, que muitas vezes
eram alvo de especulação. Na década seguinte, Rockefeller expandiu seus negócios
para exploração e transporte de minério de ferro, entrando em rota de colisão com
outro magnata: Andrew Carnegie.

5 ANDREW CARNEGIE, O HOMEM DO AÇO

Após a centralização do poder, os Estados Unidos apresentaram grande


crescimento industrial apoiado nas inovações proporcionadas pela Segunda
Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XIX. Sendo assim,
empresários como John D.Rockefeller e Andrew Canargie iniciaram investimentos
nas indústrias de petróleo e de aço, respectivamente, as quais possuíam uma
demanda acelerada.
Como já visto a produção em massa de aço iniciou-se após a criação do
processo Bessemer por Henry Bessemer. Conforme Ferreira (1993), o processo de
mudanças tecnológicas, que se desencadeou a partir do século XVlII e se
intensificou, particularmente, nas últimas década do século passado, engendrou a
usina siderúrgica Integrada - conjunto integrado de meios de trabalho para a
fabricação do ferro-gusa, do aço e dos produtos laminados -, que constitui o
instrumento por excelência da produção em massa na siderurgia.
Conforme Gonçalves (2014), Andrew Carnegie, o homem do aço, como
também era conhecido, nasceu na Escócia, em 1835. Foi um dos homens mais ricos
do século XIX, e também um dos homens mais ricos de todos os tempos com sua
fortuna de 480 milhões de dólares - 281.2 bilhões de dólares em 2006 -, resultante
da venda da Carnegie Steel Company, fabricante de ferro fundido. Com os
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conhecimentos adquiridos com Thomas Scott, Andrew Carnegie investiu pesado no


processo Bessemer de fabricação de aço.
Dilallo (2015) cita que Carnegie não foi o primeiro homem a
construir uma usina siderúrgica. O que ele fez foi procurar maneiras
de tornar a siderúrgica melhor, o que resultou na criação de uma das
primeiras companhias siderúrgicas tecnologicamente inovadoras da
América. Ao fazê-lo, Carnegie transformou sua empresa homônima,
a Carnegie Steel Company, em uma das empresas de produção de
aço mais eficientes de sua época, o que resultou em enormes lucros
fluindo para os bolsos da Carnegie.

6 O AÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A Ponte Eads, mostrada na figura 4, localizada nos Estados Unidos e que liga a
cidade de St. Loius, estado do Missouri à East St. Louis, no estado de Illinois, é
considerada uma das obras de aço mais importantes da arquitetura de todos os
tempos. Construída há mais de um século, a obra, idealizada e financiada por
Andrew Carnegie. Mas, foi batizada com o nome de seu construtor, James B. Eads,
é uma combinação de estrada comum e estrada de ferro sobre o famoso Rio
Mississippi.

Figura 4 – Ponte Eads

Fonte: site da GIASSI


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Sua importância para o segmento do aço é que a Ponte Eads foi a primeira
construção feita exclusivamente com o metal ao redor do mundo. O projeto é ainda
considerado muito ambicioso, principalmente quando se leva o ano de início de sua
construção, 1867, em consideração.
Além de ser uma das estruturas mais longas que se tem registro na época.
Uma das ousadias da Ponte Eads é que ela foi construída com altura suficiente para
que os barcos a vapor, muito comuns na época, pudessem navegar tranquilamente
por debaixo dela.
Estruturas de metais já eram utilizadas nas construções desde o século XII.
Mas, a construção da Ponte Eads serviu como marco histórico para a utilização do
aço nos projetos criados a partir do ano em que foi erguida.
A construção da Ponte Eads foi concluída sete anos após o seu início, em
1874. A obra possui 1,964 metros de comprimento e 14 metros de largura. Abaixo,
os arcos permitem a passagem de um navio de até 27 metros de altura.
À época de sua construção, o arco de aço ondulado era considerado algo
bastante desafiador. Especialmente no que se refere ao uso do metal como principal
material de composição de estruturas. Além disso, a Ponte Eads foi a primeira a ser
erguida usando métodos exclusivos de escoramento e uma das primeiras obras a
utilizar plataformas pneumáticas submergidas.
O século XIX trouxe para os Estados Unidos da América grande
desenvolvimento. Tanto a malha ferroviária, quanto às indústrias proliferaram por
todo o país gerando um grande crescimento. Em Chicago os acontecimentos não
foram diferentes. A cidade teve um grande crescimento industrial e, principalmente
em suas fronteiras, uma forte infra estrutura industrial foi sendo formada.
Entre as décadas de 1880 e 1890 a população da cidade dobrou e o preço de
seus bens imobiliários deu um grande salto. O espaço foi ficando cada vez mais
escasso na cidade e sua necessidade cada vez maior. A arquitetura que até então
utilizava grandes áreas horizontais agora tinha que crescer de outra forma, e
cresceu. Em 1885 William Le Baron Jenney construiu o Edifício Home Insurance,
figura 5, dito como o primeiro arranha-céu do mundo. Era a primeira vez que um
edifício de grande altura tinha, tanto suas lajes internas, quanto as paredes externas,
suportadas por uma forte estrutura metálica.
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Figura 5 - Edifício Home Insurance

Fonte: site da USP.

Neste sentido de inovações, o edifício projetado por Jenney fez uso de uma
série de novas tecnologias e materiais disponíveis. Entre eles: elevadores, estrutura
a prova de fogo, o que tornou a estrutura segura e a eletricidade que atendeu às
necessidades dos escritórios que ali se instalariam.
Diferentemente da construção tradicional para a época, na qual as paredes
externas eram auto-portantes e, devido a isso, muito espessas, o arranha-céu foi
formado por um esqueleto composto principalmente por colunas de aço as quais
permitiam grandes alturas recebiam elas mesmas as cargas dos pisos e não as
paredes. Desta forma a parede exterior se caracterizava como um elemento não
estrutural, mas sim de vedação.
Esse novo sistema construtivo permitia também uma grande redução na
espessura das paredes o que tornou possível não só se melhorar o aproveitamento
do espaço, mas também as alturas se tornarem cada vez maiores, já que se tinha
uma grande redução de cargas. Além disso, reflexos foram percebidos também pela
fachada. Antes marcadas por pesados e densos elementos, as fachadas agora
dispunham da possibilidade de serem formadas por grandes espaços vazios
permitindo a instalação de janelas, o que traria um grande aproveitamento da luz do
dia iluminando os ambientes internos.
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Assim o final do século XIX ficou marcado por todo os Estados Unidos com
uma grande ambição cultural e pelas inovações dos arquitetos de Chicago. O
Edifício Home Insurance foi demolido em 1931.

7 CONCLUSÃO

Diante de tais fatos, percebe-se que o processo de desenvolvimento dos


estados Unidos se deu principalmente depois da Guerra da Secessão. O processo
Bessemer, criado antes dessa guerra, teve grande importância na revolução
Industrial desse país. A busca pelo aprimoramento da qualidade do aço resultou em
um contínuo avanço do processo inventado por Bessemer ao longo dos anos, que
foi o ponto de partida para novos estudos melhorando e gerando uma maior
quantidade de aço.
A economia dos EUA foi diretamente influenciada por Andrew Carnegie, que
apostou em conhecimentos obtidos no setor siderúrgico e conseguiu criar uma
grande empresa que contribuiu para a evolução do país. Participando também da
construção de uma grande estrutura, a Ponte Eads, que trouxe ainda mais
visibilidade pro crescimento da utilização do aço na construção civil.
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REFERÊNCIAS

ALVES, Davi et al. Processo de Fabricação do aço. 2011. Trabalho de Conclusão


de Curso. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE PINDAMONHANGABA – SP. São
Paulo.
DILALLO, Matthew.Carnegie Steel Company: An Early Model of Efficiency and
Innovation. 2015. Disponível
em:<https://www.fool.com/investing/general/2015/06/12/carnegie-steel-company-an-
early-model-of-efficienc.aspx>. Acesso em: 10 de Mar. de 2019.
GIASSI. Ponte Eads: um marco para o Aço. Disponível
em:<https://giassiferroeaco.com.br/ponte-eads-um-marco-para-o-aco/>. Acesso em:
09 de Mar. de 2019.
GONÇALVES, Elton. Andrew Carnegie, O Homem Do Aço Americano. 2014.
Disponível em:<http://vclider.blogspot.com/2014/03/andrew-carnegie-o-homem-do-
aco-americano.html>. Acesso em: 09 De Mar. De 2019.
Processo Siemens-Martin in Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-
2019. Disponível em: < https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$processo-siemens-
martin>. Acesso em: 10 de Mar. de 2019.
ROBERTSON, R. M. História da Economia Americana. Distribuidora Record. Rio
de Janeiro v1 e v2, 1964.
SCANSOURCEBR. A produção em massa do aço inicia a segunda Revolução
Industrial. 2015. Disponível em:<http://blogs.scansource.com.br/2015/07/27/a-
producao-em-massa-do-aco-inicia-a-segunda-revolucao-industrial/>. Acesso em: 10
de Mar. de 2019.
SILVA, Wesley N. Da. Estados Unidos (1865-1917): De nação dividida a potência
continental. Revista Científica Semana Acadêmica. Fortaleza, 2014, Nº. 000052,
03/04/2014. Disponível em: <https://semanaacademica.org.br/artigo/estados-unidos-
1865-1917-de-nacao-dividida-potencia-imperial-continental>. Acesso em: 10 de Mar.
2019.
USP. Edifício Home Insurance. Disponível em:
<http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/Insurance.htm>. Acesso em 09
de Mar. de 2019.

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