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Introdução …………………………………………………………………... 2
Cabras produtoras de pêlo…………………………………………………....3
Cabras para carne…………………………………………………………….4
Cabras leiteiras……………………………………………………………….5
Raças Exóticas……………………………………………………………….8
Raças Nacionais……………………………………………………………...9
Leite…………………………………………………………………………11
Composição do Leite………………………………………………………..12
Características dos principais constituintes do leite…………………………14
Produção do leite…………………………………………………………….18
Qualidade do leite……………………………………………………………19
Contaminação Microbiológica……………………………………………….21
Mercado Nacional……………………………………………………………24
Comércio Internacional de Caprinos…………………………………………26
Consumo Per Capita de Leite e Lacticínios………………………………….29
Consumo Internacional Português……………………………………………31
Bibliografia…………………………………………………………………...32
1
Introdução
Desde a antiguidade, na mitologia, na arqueologia estão estampadas referências à cabra
como animal companheiro, colaborador do homem e como parte integrante da sua
existência e trajectória. Até na astronomia esta é referida, sendo-lhe atribuída a
constelação de “Capricórnio”, pela sua silhueta cábrea, que esse grupo de estrelas
desenha no espaço celeste.
Tais referências mostram-nos que a domesticação da cabra vem desde as mais remotas
origens (Sá, Fernando Vieira, 1978, “A cabra”, clássica editora).
A cabra pertence á ordem dos ruminantes e juntamente com os carneiros, ao grupo dos
ovídeos cavicórneos.
Zoologicamente, podemos classificar os caprinos como vertebrados, pertencem à classe
dos mamíferos e à subclasse dos enteríneos (mamíferos placentários), ordem dos
ungalados: subordem dos artiodáctilos (ou ungalados de dedos pares também chamados
de bisulcos); secção dos artiodáctilos poligástricos ou ruminantes, subfamilia os ovinos
e género Capra (a cabra).
O género Capra, na sua forma domestica deriva das formas selvagens e que em
Portugal é representado pela cabra do Gerês que se encontra em extinção e que segundo
alguns autores era considerada como pertencendo á espécie capra pirinaica, e segundo
outros, à espécie capra espânica.
A cabra pode ser classificada como um animal sociável, manso, inteligente, grato, ágil,
resistente, traquina, caprichosa, lasciva e vagabunda. Dá algum trabalho para conseguir
que não se afaste das companheiras do rebanho, pois adora vaguear pelos ermos, escalar
despenhadeiros, dormir á borda dos rios e precipícios.
Ao nascer, tem um aspecto belíssimo e um corpinho frágil que fortalece imediatamente,
diz-se que provem da cabra selvagem, que vive e se reproduz nas montanhas da Pérsia.
Conhecemo-la tão bem, desde a mais remota antiguidade, pois já se fala dela na Génese
e Aristóteles descreve-a.
É um dos animais domésticos mais úteis e preciosos. Podemos extrair dela a carne, que
é útil à nossa alimentação, o pelo para fazer agasalhos, o leite como matéria-prima dos
lacticínios e a pele utilizada em luvas, fatos e sapatos. Assim, podemos classificá-la
como um dos melhores auxílios do homem. (Sales, L. S., A cabra produtiva, métodos
modernos e práticos de criação e exploração, 1978, biblioteca agrícola litexa).
Das várias pessoas que escreveram sobre cabras, nenhuma delas conseguiram entra em
consenso relativamente ás raças, pois os diversos tradutistas têm conceitos diferentes.
Tal acontece nas raças humanas, uns crêem que há a raça branca, a negra, a cobreada, a
amarela e outros somente duas: a branca e a negra, nas cabras verifica-se o mesmo.
Uns subdividem a cabra em: raça europeia, a asiática e a africana, enquanto outros
subdividem-na em aproveitamento de pêlo, de carne ou leite.
O método mais simples consiste em especificar as raças exploradas para pêlo, carne e
leite.
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Cabras produtoras de pêlo
Raça de Cachemira:
Assim denominada porque o seu pêlo dá os famosos
cobertores e outros artefactos executados na região de
Cachemira
Tamanho regular (70-80cm)
Dotada de pequenos chifres
Pelagem exterior formada por pêlos compridos,
desbotados, ásperos e debaixo deles uma maior quantidade
de pêlo finíssimo de comprimento regular que serve para
tecer os produtos do vale de Cachemira
O pêlo das fêmeas é mais fino que o dos machos
As fêmeas dão muito pouco leite e produzem muito pêlo
De uma cabra pode-se obter 200-250gr de pêlo
Quase sempre de cor branca ou acinzentada
Nunca parem dois cabritos, mas geralmente um
Raça do Tibete:
Raça de Angorá:
Raça do Pameiro
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Cabras para carne
Não existem raças de cabras distintas excepcionalmente à produção de carne, pois as
cabras sacrificadas são aquelas que dão pouco leite ou criadas em paragens onde o leite
é pouco apreciado ou cujos pastos estão muito distantes dos centros de consumo do
leite.
Contudo, em alguns países explora-se a cabra como animal de talho, utilizando-se
principalmente animais com seis meses de idade.
A raça mais usada é a Angorá pois tem pouco osso.
Em Portugal a carne de cabra é pouco apreciada por duas razões. A primeira razão é
porque o animal constitui um excelente produtor de leite, está sempre mais ou menos
fraco, embora bem alimentado, por outro lado quando se pense em sacrificá-lo é
relativamente velho, a carne é muito dura, seca e de mau sabor, sendo por isso, pouco
apetecível e apreciável.
A segunda razão é a mais importante, pois tem por fundamento o cheiro forte,
desagradável, até por vezes repulsivo que provém dos caprinos, cheiro que também
interessa á própria carne. O cheiro, que por vezes é pouco sensível nas cabras de
Angorá, nem sequer se nota nas de Alto Egipto, é muito pronunciado por exemplo nas
cabras indígenas, espanholas, sobretudo durante o período de cio, e sobretudo nos
bodes.
A forma de acabar ou de atenuar o cheiro dos animais destinados à matança, consiste,
simplesmente em castrar esses animais, pois a castração facilita a engorda, tornando a
carne mais macia, mais saborosa, mais apetitosa, fazendo desaparecer ou atenuar o
cheiro característico dos caprinos.
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Cabras leiteiras
Raça Murciana
Raça de Castela
Raça de Málaga
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Chifres compridos e robustos com pontas levemente torcidas para fora
Pêlo cor de canela
65-70cm de altura
Mamas bastante volumosas
Produz 3-4L de leite diário
São excelentes mães
Deixam-se ordenhar sem resistência
Raça de Granada
Raça de Núbia
Habita na África
Cabeça convexa
Orelhas caídas
Pescoço robusto
Corpo comprido
Pernas relativamente grossas
Tetas pequenas quando não têm criam
Não têm chifres
Não têm barba
Pêlo é raso e espesso
Cauda levantada e curva
É muito magra, logo tem pouca carne
Produz grande quantidade de leite
Raça de malta
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Raças Alpinas ou dos Alpes Suíços
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Raças Exóticas
De entre as acima referidas encontramos também as seguintes cabras
exóticas:
Cabras Francesas
Cabras Alemãs
Boas leiteiras
Dão carne muito abundante porque todas elas têm
grande estatura
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Cabras Nacionais
Cabras Portuguesas
Sub-raça Charnequeira
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Aparelho mamário com um desenvolvimento mediano
Produz, em média, 1L de leite diariamente
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Leite
Como referimos anteriormente, da cabra podemos extrair o pêlo, a pele, a carne e o
leite. Neste trabalho iremos dar especial atenção ao leite.
O leite de cabra é um liquido branco, opaco, com um sabor um pouco adocicado, sem
odor, desde que tenha sido obtido e conservado de forma correcta.
A principal função do leite de cabra é a de ser o alimento exclusivo dos cabritos
acabados de nascer.
Recomenda-se tal alimento, principalmente pelo alto valor nutritivo e por ser facilmente
digerido pelas crias. O leite é um alimento de alto valor nutricional, pois contém uma
elevada riqueza em gordura.
O leite é um alimento que deverá conter elevados cuidados, principalmente com o calor,
pois altera a sua composição.
A sua composição varia com a duração do ciclo de lactação de uma espécie animal para
espécie, poise influenciada por diversos factores como por exemplo a saúde do animal.
Segundo o Dr. Edmond Perrier, membro da Academia de Medicina de Paris, o leite de
cabra tem três vantagens:
Abundância
Analogia de composição com o leite da mulher
Isenção completa do terrível micróbio da tuberculose
Disse também, que é mais económico que o leite de vaca, mais digestível para as
crianças a quem não se pode dar o leite materno.
O leite de cabra é produzido em maior ou menor quantidade, consoante a raça, o manejo
e a alimentação do animal.
Portanto, o leite de cabra e seus derivados são alimentos que devem ser apreciados, não
como alimentos comuns, mas como alimentos indispensáveis na alimentação humana.
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Composição do leite
O leite de cabra é composto por: água, gordura, proteína, lactose, vitaminas, enzimas e
sais minerais.
A quantidade de cada componente varia com as espécies e raças.
Elementos Percentagem
Água 86,1
Gordura 4,8
Lactose 4,4
Proteína 3,9
Sais 0,8
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Contudo, segundo os estudos feitos por French e Mackensie, entre outros, podemos
observar as semelhanças existentes na composição do leite de cabra, vaca e leite
humano, através do seguinte quadro:
Com a observação deste quadro, referente à composição do leite destas três espécies
podemos concluir que o leite de cabra é o leite que pode ser classificado como o mais
completo.
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Podemos também comparar o leite de cabra com o leite de outras espécies através do
seguinte quadro:
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Características dos principais constituintes do LEITE
ÁGUA
A água representa a maior fracção do leite, na ordem de 900 a 910 g/L.
Sendo o seu teor aquoso, no caso da cabra, de 86.1%.
GORDURA
PROTEÍNA
A. Caseína
B. Proteínas Solúveis
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C. Formas Azotadas Não Proteicas
LACTOSE
VITAMINAS
ENZIMAS
O leite contém uma grande variedade de enzimas, que têm origem nos
leucócitos e células epiteliais da glândula mamária, ou na actividade microbiana.
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SAIS MINERAIS
g/kg K Na Ca Mg Cl P
Cabra 0,17 0,11 0,02 0,15 0,12
Vaca 0,15 0,05 0,12 0,01 0,11 0,1
Fonte: Ana Cristina Olivença (1996)
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Produção do Leite
A produção mundial de leite de cabra ocupa um bom lugar no ranquig, pois encontra-se
em terceiro lugar, ultrapassando assim o leite de ovelha.
Portugal é um país tradicionalmente produtor de leite de cabra.
As qualidades da cabra como produtora de leite são incontáveis, nenhum animal, em
relação ao seu peso vivo conseguir atingir produções tão altas. Algumas produções
chegam já a 1200 e 1500 litros anuais.
São vários os factores que ifluenciam a produção do leite, pretendo-se a lactação,
fundamentalmente com dois: o primeiro de natureza sexual e o segundo de natureza
alimentar.
Como a lactação é o resultado de um parto, este deverá efectuar-se numa época que
garantam uma produção de erva que posa não só alimentar a cabra, como também os
cabritos, que pouco a pouco vão entrando nos hábitos de ruminação.
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Qualidade do Leite
A qualidade do leite e o custo da sua produção diferem hoje e continuarão, o beneficio
que os produtores obtêm e é por esta razão que todos os intervenientes no ciclo
económico do leite devem efectuar uma análise profunda e imediata sobre todos os
factores que directa ou indirectamente afectam a qualidade do produto e os custos da
produção.
A qualidade do leite não pode ser medida, apenas pelo seu aspecto à vista ou pelo
cheiro.
A qualidade do leite é, usualmente avaliada recorrendo a uma série de análises, feitas
em laboratórios, devidamente equipados.
A avaliação qualitativa do leite baseia-se, resumidamente, em dois aspectos:
1. Qualidade higiénica
2. Qualidade fisco-química
Qualidade Físico-Química
A qualidade físico-química é orientada mais para o valor alimentar e rendimento
industrial, o que tem, evidentemente, muita importância do ponto dietético, alimentar e
económico.
Quando o leite é avaliado relativamente às qualidades físico-químicas, deve ter
quantidades suficientes das substâncias que se consideram como fonte natural
reconhecida: prótidos, lípidos, lactose, vitaminas, sais minerais e enzimas, deferindo de
espécie para espécie.
Qualidade Microbiológica
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Assim, os métodos mais utilizados são:
Qualidade Organoléptica
A qualidade organoléptica é conseguida quando se analisa o leite, no momento em que
este sai do úbere e é armazenado num recipiente próprio. Podemos concluir que o leite
respeita as normas da qualidade organoléptica através do cheiro, da cor, do sabor e da
presença ou não de grumos.
O leite tem de se apresentar limpo, para obtermos a melhor qualidade possível.
Através do leite podem ser transmitidas doenças, logo há limitações nestes parâmetros.
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Contaminação Microbiológica
O Animal
Quando existem germes na mama do animal, estes passam para o leite através da
ordenha.
O animal é uma causa indirecta da infecção, devido aos seus excrementos e às
partículas destes, que aquando a sua recolha podem facilmente chegar ao leite. É,
necessário proceder à sua recolha com o devido cuidado.
A Glândula Mamária
À saída da mama sã, ainda que se tomem as necessárias precauções de assepsia, é
difícil obter um leite estéril. Pois, no interior da mama existem germes inócuos que
contaminam o leite no momento da sua obtenção.
O Exterior do Úbere
Pode ocorrer contaminação através:
Pele da mama
O ambiente
O estado do ordenhador
Os utensílios e máquinas
A qualidade da água
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Formas de Prevenção
Métodos Preventivos
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Pode ser feita a seco ou a húmido, a primeira é usada principalmente em
técnica laboratorial e a segunda é a que serve aos usos industriais para a
esterilização de material como anos, cubas, utensílios de queijaria e todo o
material de leitaria, sem distinção.
Método UHT – permite obter um leite sem maiores modificações que o leite
pasteurizado, no que se refere às propriedades químicas e organolépticas.
A esterilização obtém-se entre os 140º C a 150º C, durante 1 a 5 segundos. A
elevação e decréscimo da temperatura é instantânea e à saída do aparelho
deve embalar-se assepticamente o leite.
Esse moderno tratamento o leite tem grande vantagens, e por outro lado não
assegura uma actividade irreversível da fosfatase, em pouco tempo, a prova
torna-se positiva.
Por outro lado, a estabilidade do leite tratado a UHT é menor que a do leite
esterilizado pelo método clássico. ( pesquisa feita no trabalho de fim de
curso sobre o leite, existente na biblioteca.)
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Mercado Nacional
Outros
Caprinos
24,9%Chivas
Cobertas
Cabras 7,8%
67,3%
Outros
Caprinos
30,3%
Cabras Chivas
62,0% Cobertas
7,7%
Abates de caprinos aprovados para consumo: 128 595 cabeças (821 toneladas) em
2004, registando-se em relação ao ano anterior uma quebra de 7,7% em cabeças e de
10,6% em toneladas. O peso médio de uma carcaça de caprino foi de 6,4 kg. A principal
categoria abatida foi a dos caprinos, que representou por si só, 83,3 % do volume total
do abate. Em 2004, verificou-se em relação ao ano anterior, uma redução muito
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significativa do abate de adultos (-35,7% toneladas). Tais dados podem verificados na
tabela 1 abaixo referida.
Tal como para os ovinos, os meses com um maior número de abates foram
Abril (Páscoa) e Dezembro (Natal), com, respectivamente, 21,6% e 31,7%
do volume total do ano, podendo eleger-se o natal como a quadra de
consumo de carne de cabrito por excelência. Em dois meses abateram-se
mais de 53% dos animais.
As principais regiões produtoras de carne de caprino em 2004 foram o Entre-
Douro-e-Minho (28,0%), a Beira Litoral e o Ribatejo e Oeste (ambas com
20,6%)
Açores
Madeira
E. Douro e Minho
trás-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve
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Comércio internacional de caprinos
Em 2004 o deficit da balança comercial do sector caprino (-3 040 385 EUR)
sofreu um desagravamento devido, principalmente, à diminuição das
entradas de animais vivos. As entradas foram de 1 069,5 toneladas, sendo
compostas na sua maioria por carne (70,2%); desta carne 71,7% é
fresca/refrigerada.
De 2003 para 2004, enquanto a entrada de carne se reforçou, quer
fresca/refrigerada (+7,6%), quer congelada (+5,0%), a entrada de animais
vivos reduziu-se (-30,5%). O preço médio de entrada da carne congelada
(2,99 EUR / kg) foi mais favorável que o da fresca/refrigerada (4,33 EUR /
kg).
Quanto às entradas de animais vivos, os reprodutores de raça pura são pouco
representativos (15 animais em 2004) e os outros caprinos registaram uma
redução (de 23 969 para 15 984 animais).
No que se refere às saídas do sector, estas atingiram 10,1 toneladas em 2004,
sendo constituídas exclusivamente por animais vivos (875 caprinos
expedidos para França). Pelo contrário, em 2003 as saídas tinham sido
apenas de carne (0, 95 toneladas).
A principal origem das nossas compras do sector foi a Espanha (70,9%), que
domina em todos os produtos, excepto no caso dos reprodutores, cuja origem
foram os Países Baixos.
As duas tabelas representadas em baixo permitem-nos comparar o comércio
internacional de caprinos em 2003 e 2004.
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Comércio Internacional de Caprinos
Entrada Saída
Produto
Origem Unidades Toneladas Euros Destino Unidades Toneladas Euros
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Caprinos
Vivos Canadá 39 2,0 18.919,00 €
Reprodutores
e de Raça
Pura Total 39 2,0 18.919,00 €
1.458,00
Alemanha 0,2 1.096,00 € Espanha 0,6 €
1.491.749,00 2.119,00
Total 500,6 € 0,8 €
França 25 108.134,00 €
Carne de
Irlanda 2,4 8.763,00 €
Caprino
Nova
Refrigerada
Zelândia 15,1 48.175,00 €
Países
Baixos 64,4 412.203,00 €
28
Reprodutores
e de Raça
Pura Total 15 0,3 600,00 €
França 40 230.373,00€
Carne de
Caprino Nova
Refrigerada Zelândia 5,9 20.815,00€
Países
Baixos 23,5 156.449,00€
Consumo per capita de carne de ovino e caprino: 3,3 kg/hab. /Ano 2003,
valor idêntico à média da U.E. (3,4 kg).
No ano de 2003, em Portugal, o consumo per capita de leite para consumo registou um
acréscimo de 0,5%, e o consumo per capita de leites acidificados (nos quais se inclui o
iogurte) registou um acréscimo de 1%. Relativamente a 2002 registaram-se decréscimos
29
nas bebidas à base de leite, na manteiga e no queijo, de 5,5%, 10,0% e 2,0%,
respectivamente.
Relativamente a outros produtos frescos (nos quais se inclui a nata), ao leite em pó
gordo e meio gordo e ao leite em pó magro, os níveis de capitação mantiveram-se iguais
aos verificados no ano anterior. De acordo com os dados disponibilizados pela
Comissão Europeia, em 2004 o consumo per capita de manteiga na EU-25 sofreu um
decréscimo de 2,3%, relativamente ao ano anterior, enquanto no mesmo período, o
consumo per capita de queijo cresceu 1,2%. Tais dados podem observar-se na tabela 4.
30
novos (EM), nomeadamente a República Checa, Lituânia, Hungria e Eslováquia.
Relativamente a 2002, registaram-se decréscimos de capitação na Bélgica, Alemanha e
Reino Unido, de 2,2%, 8,6% e 2,9%, respectivamente.
Dos novos EM foram a Letónia, Malta e Eslovénia, que registaram maiores decréscimo,
de 6,5%, 1,4%e 7,9%, respectivamente.
Nos restantes países os níveis de captação mantiveram-se iguais ou muito próximos dos
verificados no ano anterior.
Relativamente a Portugal, importa salientar que ainda subsistam diferenças
significativas no consumo per capita de alguns produtos face à média de EU-25,
nomeadamente, na manteiga e no queijo, cujas capitações representam apenas 41,9% e
58,0% da média da EU, respectivamente.
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Anote-se que no total do valor de entradas e saídas de iogurte em 2003, o
comércio com Espanha representou respectivamente 50,6% e 28,2%, contra
52,8% e 24,0% e 2004.
O défice da balança comercial, que em 2003 se situou nos 150 723 959
EUR, aumentou em 2004 para 160 068 398 EUR, o que representa um
agravamento de 6,2%.
As entradas totais em valor registaram um aumento de 15,2%. No que diz
respeito às saídas totais, verificou-se um acréscimo de 25%. No entanto,
apesar do valor das saídas ter crescido mais que o valor das entradas, o
défice comercial agravou-se em 9 344 446 EUR. (dados obtidos por pesquisa
no anuário pecuário.)
Bibliografia
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www.google.pt
Anuário Pecuário
www.sapo.pt
www.wikipédia.pt
www.bicharada.net
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