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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
1ª Vara do Trabalho de Sorocaba

Processo: 0010546-39.2018.5.15.0003
AUTOR: CELSO MARTINS DOS SANTOS
RÉU: TEL TELECOMUNICACOES LTDA. e outros

SENTENÇA

RELATÓRIO

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CANDY FLORENCIO THOME


http://pje.trt15.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120416061777700000098034475
Número do processo: RTOrd-0010546-39.2018.5.15.0003
Número do documento: 18120416061777700000098034475 ID. b33cd65 - Pág. 1
Data de Juntada: 28/01/2019 13:13
CELSO MARTINS DOS SANTOS, qualificado na petição inicial, ajuizou
ação trabalhista em face de TEL TELECOMUNICAÇÕES LTDA e TELEFONICA BRASIL S.A, também
qualificadas nos autos. Pleiteia, pelas razões expostas, o recebimento de horas extras, intervalo intrajornada,
vale-refeição, responsabilidade subsidiária, indenização por danos morais, demais pedidos da petição inicial,
honorários advocatícios e os benefícios da justiça gratuita. Juntou documentos. Deu à causa o valor de R$
153.576,75.

Devidamente notificadas, as reclamadas apresentaram defesas com


documentos, impugnando o mérito.

Apresentada impugnação às defesas das reclamadas.

Em audiência de instrução, foram colhidos os depoimentos pessoais do


reclamante e 1ª reclamada e foram ouvidas uma testemunha do reclamante e uma testemunha da reclamada.

A requerimento das partes a instrução processual foi encerrada.

Razões finais escritas (reclamante) e remissivas (reclamadas).

Tentativas conciliatórias infrutíferas.

É o relatório.

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DECIDE-SE:

IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA

Rejeita-se a impugnação ao valor dado à causa apresentada pela reclamada,


pois o valor atribuído à causa guarda correlação com os pedidos efetuados na petição inicial.

IMPUGNAÇÃO À JUSTIÇA GRATUITA

A reclamada impugna o requerimento de Justiça gratuita do reclamante,


sustentando que não se insere na Lei 1.060/50, tampouco preenche os requisitos contidos no art. 14 da Lei nº
5.584/70.

Os benefícios da Justiça gratuita são devidos a todos aqueles que, em Juízo,


declarem sua miserabilidade jurídica, conforme Lei nº 1060/50, sendo que a mera declaração já basta para a
concessão da Justiça gratuita, não sendo necessária a comprovação da miserabilidade jurídica, conforme
entendimento da Súmula 33 do TRT da 15ª Região.

ILEGITIMIDADE DE PARTE

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Afasta-se a preliminar porquanto a mera alegação de que as partes têm, entre
si, uma relação material controvertida já preenche a condição da ação de legitimidade de parte. Ademais,
segundo a teoria da prospectação, se a inexistência das condições da ação for aferida só a final, diante da
prova produzida (e não há preclusão nesta matéria, podendo o juiz rever sua anterior manifestação), a
sentença, nesse caso, será com julgamento do mérito.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Oportunamente arguida, acolhe-se a prejudicial de mérito, suscitada pela


reclamada, para declarar prescritos todos os eventuais créditos anteriores a 06.04.2013.

APLICAÇÃO AO CASO DA RECENTE REFORMA TRABALHISTA

A regra em nosso sistema jurídico é o ato normativo não retroagir, não ser
válido para o passado, tudo em nome da segurança jurídica e pacificação social.

Registra-se que não é aplicável ao caso em desate o disposto na Lei


13.467/2017 (salvo honorários, cuja aplicação é imediata), vez que o início da vigência do pacto laboral
ocorreu anteriormente à sua edição.

Prevalece ao caso, em consonância com nosso ordenamento jurídico, a ideia


de irretroatividade.

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RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA 2ª RECLAMADA

O reclamante foi contratado pela 1ª reclamada para exercer a função de


técnico ADSL, sempre de forma exclusiva para a 2ª reclamada (Telefonica), que é uma concessionária de
serviço público (telecomunicações).

Saliente-se, por oportuno, que não há que se falar em aplicação da OJ n. 191


do TST, uma vez que tal orientação jurisprudencial se aplica aos casos de dono da obra pessoa física, não
sendo esse o caso da 2ª reclamada.

Conforme se depreende dos autos, a 2ª reclamada (Telefônica) explora a


prestação de serviços públicos de telefonia e foi beneficiária da prestação de serviços do reclamante em sua
atividade-fim.

Dessa forma, tratando-se de terceirização ilícita e à luz dos princípios tuitivos


do Direito do Trabalho, os interesses do empregado e o seu direito de receber a contraprestação pelo trabalho
executado devem se sobrepor, motivo pelo qual fica reconhecida a existência de responsabilidade solidária
entre as reclamadas por eventuais créditos devidos ao reclamante.

Neste sentido, já se pronunciou o C. TST:

"(...) II - RECURSO DE REVISTA - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.


EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ATIVIDADE-FIM. Esta Corte
tem entendido que o art. 94, II, da Lei nº 9.472/97 (Lei Geral das Telecomunicações), ao autorizar a

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contratação de terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao
serviço, diz respeito apenas às atividades-meio da empresa. A instalação e manutenção de linhas telefônicas
constitui atividade-fim, ficando vedada a terceirização, portanto. Precedentes. Aplicação da Súmula 331, I,
do TST. Recurso de Revista não conhecido." (RR - 106400-66.2010.5.17.0009 , Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 01/06/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 03/06/2016)".

"TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. CABISTA. INSTALAÇÃO E REPARAÇÃO


DE LINHAS TELEFÔNICAS. EMPRESA DE TELEFONIA. ATIVIDADE-FIM.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS RECLAMADAS. RECLAMANTE NÃO PLEITEOU
VÍNCULO DE EMPREGO COM A TOMADORA. 1. A Corte local manteve a sentença que reconheceu a
ilicitude na terceirização perpetrada, ao fundamento de que o serviço prestado pelo autor - instalação e
reparos em linhas telefônicas - insere-se na atividade principal da Telemar, tomadora de serviços, que atua
na área de telecomunicações. Consignou que, para atender às suas finalidades, a Telemar não poderia abrir
mão das atividades prestadas pelo recorrido. Assim, diante da ilicitude da terceirização, consoante dispõe o
artigo 9º da CLT, manteve a responsabilidade solidária das demandadas (art. 942 do Código Civil)
reconhecida pelo Juízo sentenciante. 2. À luz da jurisprudência desta Corte, o art. 94, II, da Lei 9.472/97 não
autoriza a terceirização dos serviços de instalação de linhas telefônicas pelas empresas de telefonia,
porquanto inseridos em sua atividade-fim, sendo devido, nesses casos, o reconhecimento do vínculo de
emprego diretamente com o tomador dos serviços, nos moldes da Súmula 331 do TST ("A contratação de
trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos
serviços, salvo no caso de trabalho temporário"). 3. Inafastável, nesse contexto, a aplicação da Súmula nº
331, em seu item I, do TST. Óbice da Súmula 126 do TST. Precedentes. 4. Não obstante o entendimento
acerca da formação do vínculo empregatício com a empresa tomadora de serviços, nos moldes do item I da
Súmula 331/TST, cumpre manter a condenação solidária imposta em respeito aos limites da lide, e ao
princípio da non reformatio in pejus. 5. Óbice do art. 896, §7º (§4º vigente à época), da CLT e aplicação da
Súmula 333/TST. (...) Recurso de revista integralmente não conhecido." (RR - 414-76.2010.5.03.0086,
Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 20/04/2016, 1ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 25/04/2016)".

Por oportuno, despicienda a alegação de que o pedido foi o de condenação


subsidiária, pois o juiz conhece o direito e o aplica a despeito da qualificação jurídica dada aos fatos pela
parte.

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Data de Juntada: 28/01/2019 13:13
HORAS EXTRAS. INTERVALO

O reclamante descreve que trabalhava das 07h00min às 19h30min/20h00min


horas, em média, de segunda à sexta; aos sábados e domingos das 07h00min às 17h00min, também em
média, com folga apenas em um sábado e domingo por mês, com intervalo intrajornada irregular, que variava
entre 30 a 40 minutos.

É do empregador o ônus de provar as efetivas jornadas cumpridas pelos


empregados, já que detém os mecanismos de controle de horário, consoante Súmula 338 do C.TST. No
entanto, sendo impugnados os cartões de ponto pelo reclamante, a ele incumbe demonstrar a veracidade de
suas alegações relativas à irregularidade das anotações.

Afasta-se a tese da 2ª reclamada de trabalho externo, com ausência de


fiscalização do intervalo, na medida em que os cartões de ponto apresentados possuem anotações do período.

De acordo com a prova produzida em audiência, a testemunha do reclamante


comprovou a adulteração nos cartões de ponto, no fechamento de cada mês. Seu depoimento é claro, trazendo
com detalhes o proceder da reclamada.

A incorreção das anotações foi comprovada nos autos, portanto.

Quanto aos horários trabalhados, divergiram as testemunhas ouvidas. Vale


lembrar que ambas trabalharam com o reclamante, conhecendo a realidade fática vivida pelo obreiro.
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A testemunha do reclamante afirmou que: "quando fazia a mesma coisa que o
reclamante começava a trabalhar entre 7h e 7h10 e terminava o último serviço entre 19h30 e 20h; que não
fazia intervalo para refeição; que trabalhava de segunda a domingo com apenas uma folga por mês; que aos
sábados e domingos começava às 7h/7h10; que parava de trabalhar entre 17h e 17h30; (...) que parava uns
minutos para comer e continuava; que parava cerca de 30 minutos para comer".

Já a testemunha da reclamada, acerca do tema, afirmou: "7h42; que parava de


trabalhar às 17h50/18h; que o depoente trabalhava de segunda a sábado; que trabalhava domingo sim,
domingo não, algumas vezes; que no sábado trabalhava no mesmo horário, no domingo também; (...) que
não via o reclamante fazendo intervalo para refeição; (...) que 1 a 2 vezes por semana o depoente passa das
18h em média; que chega a trabalhar até às 18h30, mas não chega a trabalhar até às 19h".

Restou provada, cabalmente, a supressão do intervalo intrajornada.

A concessão de pausa inferior ao mínimo legal não atende ao fim preconizado


pelo legislador, implicando no pagamento de todo o período assegurado, e não apenas dos minutos abolidos,
bem como os seus reflexos, nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT e dos itens I e III da Súmula 437 do TST.

Confrontando as alegações da petição inicial (e seus limites) com o teor da


prova oral, tem-se que o reclamante trabalhou na seguinte jornada, ora acolhida, pela média:

- de segunda à sexta-feira, das 07h23min às 19h00min, com 30 minutos de


intervalo;

- três sábados e três domingos por mês, das 07h23min às 17h00min, com 30
minutos de intervalo.
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Verificado o labor em sobrejornada, acolhe-se, portanto, o pedido de
pagamento de horas extras a partir da 8ª hora diária e 44ª semanal, com os reflexos postulados, além de uma
hora referente ao intervalo para refeição e descanso irregularmente concedido (art. 71 da CLT), com reflexos.

O cálculo das horas de intervalo observará: evolução salarial, a globalidade


salarial, os dias efetivamente trabalhados, integração de todos os adicionais nos títulos postulados, mas os
descansos semanais remunerados assim enriquecidos não produzirão novos reflexos para que se evite a
duplicidade de repercussões, divisor 220, adicional de 50% ou o normativo, se superior, adicional de 100%
ou o normativo, se superior, apenas pelos domingos laborados e não compensados, considerando que não foi
comprovado trabalho em feriados.

Fica autorizada a dedução dos valores pagos, que constam dos recibos de
pagamento juntados aos autos.

VALE-REFEIÇÃO

Afirma o reclamante nunca ter recebido o vale-refeição a que tinha direito,


somente em relação aos sábados e domingos, com base nas convenções coletivas. Requer o pagamento deste
benefício, de forma indenizada.

A reclamada admite a existência do direito, mas alega que sempre pagou,


nada sendo devido. A argumentação defensiva é de que efetuava o pagamento regular, no mês seguinte,
lançando tal verba nos holerites.

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Contudo, não é o que se constata após uma simples análise dos holerites. Não
há nos recibos quaisquer lançamentos a tal título.

Sendo a prova dessa matéria de natureza eminentemente documental,


inexistindo prova do pagamento, procede a versão obreira.

Acolhe-se o pedido de pagamento do vale-refeição, em relação aos sábados e


domingos efetivamente trabalhados, com base nas Convenções Coletivas juntadas, observados os valores ali
estatuídos, bem com a respectiva vigência de cada instrumento normativo.

APLICAÇÃO DO ARTIGO 523 DO CPC

A discussão a respeito da aplicação ou não do artigo 523, §1º, do CPC/2015


(antigo 475-J) não é matéria afeta à fase de conhecimento, mas sim à fase de execução.

Sendo assim, não é oportuno, neste momento processual, verificar a


aplicabilidade do referido dispositivo legal, de modo a pontuar que tal apreciação caberá ao Juízo da
execução no momento da liquidação da condenação, na exata medida em que a questão é de ordem pública,
insuscetível de preclusão, e que poderá ser apreciada, inclusive, de ofício.

DEDUÇÃO
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Data de Juntada: 28/01/2019 13:13
Para que não haja enriquecimento sem causa, deverão ser deduzidos os
valores pagos pela empregadora sob a mesma rubrica das verbas deferidas, conforme comprovantes de
pagamentos juntados aos autos.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Diante dos termos do art. 791-A da CLT, inserido pela Lei n. 13.467/17, os
pedidos da demanda foram julgados procedentes.

Dessa forma, determina-se o pagamento de honorários sucumbenciais, por


parte da reclamada, no importe de 10% do valor líquido da condenação. Esse valor deverá deduzido dos
honorários contratuais devidos pelo reclamante.

JUSTIÇA GRATUITA

Os benefícios da Justiça Gratuita são devidos a todos aqueles que, em juízo,


declarem sua miserabilidade jurídica, conforme Lei nº 1060/50.

Pedido deferido ao reclamante, sendo que a mera declaração já basta para a


concessão da justiça gratuita, não sendo necessária a comprovação da miserabilidade jurídica, conforme
Súmula 33 do TRT da 15ª Região.

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Data de Juntada: 28/01/2019 13:13
DISPOSITIVO

A 1ª Vara do Trabalho de Sorocaba julga PARCIALMENTE


PROCEDENTE a demanda ajuizada por CELSO MARTINS DOS SANTOS em face de TEL
TELECOMUNICAÇÕES LTDA e TELEFONICA BRASIL S.A para, observada a prescrição declarada,
condenar as reclamadas, solidariamente, a pagarem ao reclamante as seguintes verbas: horas extras e
intervalo, ambos com reflexos; vale-refeição para os sábados e domingos efetivamente trabalhados,
observados os valores e vigências das normas coletivas; honorários advocatícios.

As verbas deferidas serão apuradas em liquidação de sentença, nos exatos


termos da fundamentação, que ora integra esse dispositivo. Há dedução a ser observada.

As seguintes verbas têm caráter indenizatório: vale-refeição; honorários


advocatícios. As demais verbas têm caráter remuneratório.

Descontos fiscais e previdenciários na forma da Consolidação dos


Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.

Autorizados os descontos fiscais e previdenciários, com alíquotas incidentes


mês a mês, observando-se o teto do salário-de-contribuição e o princípio constitucional da progressividade
(art. 153, parágrafo segundo, I, da Constituição Federal de 1988).

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Data de Juntada: 28/01/2019 13:13
Na forma da lei, os juros de mora e, desde a distribuição do feito, a correção
monetária, tomada como época própria o mês do efetivo pagamento.

Custas pelas reclamadas, no importe de R$ 2.000,00, calculadas sobre o valor


da condenação, ora arbitrado em R$ 100.000,00.

Intimem-se as partes.

Sorocaba, 28 de janeiro de 2019.

Candy Florencio Thome

Juíza Titular de Vara do Trabalho

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