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versão 2 – 27.10.2016
1
Índice
1. Introdução.......................................................................................... 3
2. Compromisso com o referencial ............................................................. 6
3. Missão, visão, valores e cultura .............................................................. 7
4. Princípios éticos e deontológicos............................................................. 9
5. Autonomia ........................................................................................ 12
6. Independência .................................................................................. 14
7. Sigilo profissional............................................................................... 16
8. Funções do inspetor do trabalho ........................................................... 18
8.1. No âmbito das relações de trabalho (RL) ............................................. 19
8.2. No âmbito da segurança e saúde no trabalho (SST) .............................. 21
8.3. Outras funções ............................................................................... 24
9. Atividade inspetiva da ACT .................................................................. 27
9.1. Origem e principais destinatários da atividade inspetiva ........................ 27
9.2. Desenvolvimento da ação inspetiva .................................................... 28
9.2.1. Conceitos e definições ................................................................... 28
9.2.2. Impulso da intervenção inspetiva .................................................... 31
9.2.3. Prioridades de intervenção inspetiva ................................................ 32
9.2.4. Momentos da intervenção inspetiva ................................................. 33
9.2.4.1. Planeamento ............................................................................. 35
9.2.4.2. Preparação da ação inspetiva ...................................................... 36
9.2.4.3. Visita inspetiva .......................................................................... 37
9.2.4.4. Análise e elaboração de informação .............................................. 42
9.2.4.5. Decisão do dirigente .................................................................. 46
9.2.4.6. Vicissitudes da intervenção inspetiva ............................................ 49
10. Procedimentos inspetivos .................................................................. 50
10.1. Outros apoios à atividade inspetiva .................................................. 66
11. Gestão por processos – Fluxogramas .................................................. 68
ANEXOS............................................................................................... 70
2
1. Introdução
3
autonomia técnica do inspetor do trabalho - prerrogativas do exercício da sua
atividade - e na definição de um conjunto de opções decorrentes do leque de
competências e de funções, balizadas pelo respeito e limites do princípio da
legalidade e demais princípios da administração pública, nomeadamente os da
justiça, da imparcialidade e o da proporcionalidade.
1
Convenções n.os 81, 129 e 155 da OIT.
2
Decreto-Lei n.º 102/2000, de 2 de junho (Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho).
4
em vigor, apresentando-lhe propostas sobre o aperfeiçoamento da
legislação.
A necessidade de interligação de processos entre os inspetores do
trabalho e demais profissionais da rede nacional de prevenção de riscos
profissionais, da administração do trabalho, da justiça e outras, com a
certeza que o nível de adesão de todos determinará melhorias
significativas na prossecução do interesse público.
5
2. Compromisso com o referencial
6
3. Missão, visão, valores e cultura
•Quer a missão quer a visão estão suportadas nos valores organizacionais que são a base da
identidade coletiva da ACT (de partilha comum a todos os trabalhadores, independentemente
da carreira em que se integrem), de entre os quais sobressaem referenciais de progresso e de
CULTURA e boa governação pública, nomeadamente:
VALORES
A promoção do diálogo
O reconhecimento do
social e da participação
direito das mulheres e
como essência e
dos homens a um
metodologia para o
trabalho digno e
respeito, promoção e
produtivo, em
aplicação dos princípios
condições de liberdade,
e dos direitos
equidade, segurança e
fundamentais do
dignidade humana.
trabalho.
O empenho constante,
Os princípios éticos
com base na perspetiva
consignados na “Carta
estratégica da
Ética da Administração
organização, em
Pública”, mormente a
encontrar um
imparcialidade, a
compromisso entre a
igualdade, a lealdade e a
pertinência, eficiência e
integridade.
eficácia.
3
Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Referencial sobre Políticas e Estratégias para
2010-2015, Agenda do Trabalho Digno da OIT, Diretiva Quadro 89/391/CE (e diretivas especiais dela
decorrentes), Estratégias Comunitária e Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho, Estratégia Europa
2020 e Plano Nacional de Reformas – crescimento inteligente, verde e sustentável, Compromisso para o
Crescimento, Competitividade e Emprego de janeiro de 2012, Plano Nacional para a Igualdade de Género,
Cidadania e Não Discriminação, Plano Nacional contra o Tráfico de Seres Humanos, Plano Nacional para a
Integração de Imigrantes.
7
A identidade e a cultura de uma organização constituem um conjunto de
caraterísticas diferenciadoras que a tornam única perante outras. Essa
identidade e cultura são expressas, interna e externamente, pela adoção de um
modo de ser, estar e fazer idênticos, assegurando a utilização de suportes
documentais cujo conteúdo e grafismo potenciam a afirmação institucional junto
dos seus interlocutores e destinatários (serviço informativo, requerimentos e
autorização administrativas, comunicações, solicitações, entre outros) e se
projetam na qualidade dos serviços prestados aos destinatários da atividade
inspetiva da ACT.
A ACT, por força da missão e atribuições que lhe estão legalmente cometidas,
cultiva um conjunto de valores associados ao bem-estar no trabalho e ao facto
de ser o único organismo responsável por ativamente contribuir - por si só ou
congregando as parcerias necessárias para o efeito -, para a melhoria das
condições do trabalho.
8
4. Princípios éticos e deontológicos
Serviço público
Princípio da legalidade
4
http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/crc/PublicacoesElectronicas/Documents/Codigo_global_de_integridade_para_a_inspeccao_do_trabalho.pdf
9
Princípio da Igualdade
Princípio da proporcionalidade
Princípio da lealdade
Princípio da integridade
10
A AIIT elaborou o Código de Integridade, de aplicação mundial, no sentido de
sustentar o profissionalismo das atividades desenvolvidas pela inspeção do
trabalho. Simultaneamente, o compromisso com os valores consagrados no
Código assegurará o funcionamento das inspeções do trabalho segundo os
princípios da transparência e da responsabilidade, constituindo-se como uma
salvaguarda para todos os funcionários da inspeção do trabalho no exercício das
suas funções.
•CONHECIMENTOS E COMPETÊNCIAS
Aquirido através da aprendizagem contínua e do empenho no reforço
Valor 1 das capacidades.
•HONESTIDADE E INTEGRIDADE
Uma conduta que inspire respeito e confiança.
Valor 2
•CORTESIA E RESPEITO
Demonstração de empatia, compaixão e compreensão, reconhecimento
Valor 3 da diversidade da comunidade.
11
5. Autonomia
É neste contexto que deve ser enquadrada a autonomia técnica dos inspetores
do trabalho (artigos 13.º e 17.º da Convenção n.º 81 e artigos 18.º e 22.º da
Convenção n.º 1295, ambas da OIT).
5
Ratificada pelo Decreto n.º 91/81, de 17/07.
12
Este conceito encontra expressão, por exemplo, na capacidade de iniciativa do
inspetor do trabalho para identificar e selecionar os alvos da intervenção
inspetiva, bem como para delimitar os respetivos âmbitos e matérias a apreciar,
sem prejuízo do contexto de planeamento a que está obrigado.
13
6. Independência
6
Ratificadas, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 44148, de 06/01/1962 e pelo Decreto n.º 91/81, de
17 de julho.
14
Constituição da República Portuguesa) e legal (artigos 3.º a 10.º do Código do
Procedimento Administrativo).
15
7. Sigilo profissional
Este dever de sigilo está também consagrado no artigo 15.º da Convenção n.º
81 e no artigo 20.º da Convenção n.º 129, ambas da OIT, que estabelecem, sob
reserva das exceções que a legislação nacional possa prever, que o inspetor do
trabalho:
7
Decreto-Lei n.º 102/2000, artigo 21.º.
16
O cumprimento do dever de sigilo concorre significativamente para a eficácia da
ação inspetiva na medida em que constitui garantia das partes da relação laboral
e responsabilização do inspetor e da própria ACT.
O sigilo profissional está salvaguardado nos termos dos artigos 135.º, 136.º e
182.º do Código de Processo Penal8, por força do artigo 1.º, n.º 2 alínea a) do
Código de Processo do Trabalho9. Nos termos destas normas, o inspetor ou os
demais funcionários a quem a lei impõe que guardem sigilo, podem escusar-se a
depor sobre os factos por ele abrangidos e não fornecer documentos ou
informações sigilosas.
8
Decreto-Lei n.º 78/87, de 17/02 com última alteração pela Lei n.º 1/2016, de 25/02.
9
Decreto-Lei n.º 480/99, de 09/11, com última alteração pela Lei n.º 63/2013, de 27/08.
17
8. Funções do inspetor do trabalho
10
Artigos 3.º e 5.º da Convenção n.º 81 da OIT, artigos 6.º e 12.º da Convenção n.º 129, ambas da OIT e
artigos 10.º e 11.º do Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho.
18
8.1. No âmbito das relações de trabalho (RL)
19
Avaliar do cumprimento do dever de informação e
consulta aos trabalhadores;
20
Participar das eventuais infrações à segurança social e
à administração tributária
21
adequadas aos riscos verificados;
22
Avaliar do exercício das atividades dos serviços de
segurança e saúde no trabalho da empresa;
23
8.3. Outras funções
24
Elaboração de estudos sobre sinistralidade laboral e doenças
profissionais e monitorização da evolução da taxa de acidentes de
trabalho e das doenças profissionais;
25
- O conhecimento das leis laborais por parte dos empregadores e
trabalhadores,
26
9. Atividade inspetiva da ACT
Para além dos pedidos que provêm dos principais destinatários da intervenção
inspetiva (trabalhadores, empregadores e seus representantes), existe um
conjunto de solicitações que decorre do cumprimento de obrigações legais 11
(tribunais - realização de inquéritos sumários e urgentes de acidentes de
trabalho; entidades coordenadoras – licenciamento; outros serviços inspetivos –
no quadro da colaboração entre serviços da administração pública).
11
Artigo 104.º n.º 2 do Código de Processo do Trabalho, artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de
outubro, artigos 14.º, 44.º e 57.º do Sistema de Indústria Responsável, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
169/2012, de 1 de agosto.
27
medida dos pedidos de intervenção ou, estrategicamente enquadrados
pelo plano de ação inspetiva, agrupados por setores de atividade, ou
através de outros critérios considerados pertinentes e adequados aos fins
propostos (p. ex., dimensão da empresa, localização geográfica,…);
Processo
inspetivo
Visita
Doença inspetiva
profissional (1.ª, 2.ª e
outras)
Acidente de
trajeto ou Empregador
in itinere
Conceitos
Acidentes de Local de
trabalho trabalho
Estabeleci- Posto de
mento trabalho
Estaleiro
28
Tais conceitos permitem representar a atividade inspetiva em resultados
passíveis de tratamento estatístico, designadamente para efeitos de
cumprimento dos compromissos de informação e comunicação internacionais,
bem como da realização do relatório anual sobre o trabalho dos serviços de
inspeção12.
Conceito Definição
Processo inspetivo Conjunto sequencial de atos que visam promover a melhoria das
condições do trabalho através do controlo do cumprimento das
normas em matéria laboral e da legislação relativa à segurança e
saúde no trabalho, quer no âmbito das relações laborais privadas
quer no âmbito da Administração Pública.
Visita inspetiva Deslocação a um estabelecimento, estaleiro temporário ou móvel
ou local de trabalho, efetuada por inspetor do trabalho no
exercício das suas funções, tendo em vista inspecionar os locais
de trabalho verificando, avaliando e controlando o cumprimento
de normas legais, convencionais e regulamentares integradas no
âmbito de competências da inspeção do trabalho.
Primeira visita Visita inspetiva efetuada pela primeira vez a um dado
estabelecimento, estaleiro temporário ou móvel ou local de
trabalho, no âmbito de um processo inspetivo.
Segunda e outras Deslocação ou deslocações necessárias à verificação do
visitas cumprimento/incumprimento de procedimentos determinados,
acompanhamento de situações laborais, consolidação da recolha
de dados necessários e concretização da intervenção inspetiva
que não foi possível realizar na primeira visita, realizada no
âmbito do processo inspetivo.
Empregador Entidade jurídica (pessoa singular ou coletiva), com pessoas ao
seu serviço, que se dedica à produção de bens e/ou serviços,
através de um processo organizacional de transformação de
inputs em outputs.
12
Artigos 20.º e 21.º da Convenção n.º 81 e os artigos 26.º e 27.º da Convenção n.º 129, ambas da OIT.
29
Conceito Definição
Posto de trabalho Local onde o trabalhador desenvolve a sua atividade, bem como o
veículo utilizado por causa e no decurso do exercício de qualquer
tarefa inerente às suas funções.
Estaleiro Local onde se efetuam trabalhos de construção de edifícios ou
outros no domínio da engenharia civil, nomeadamente trabalhos
de escavação, terraplenagem, montagem e desmontagem de
elementos pré-fabricados, demolição, bem como os locais onde se
desenvolvem atividades de apoio direto aos mesmos.
Acidente de Aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza
trabalho direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de
ganho ou a morte13.
São também considerados acidentes de trabalho os acidentes de
viagem, de transporte ou de circulação, nos quais os
trabalhadores ficam lesionados e que ocorrem por causa ou no
decurso do trabalho, isto é, quando exercem uma atividade
económica, ou estão a trabalhar, ou realizam tarefas para o
empregador.
Para a OIT, entende-se por acidente de trabalho todo o
acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo os atos de
violência, derivado do trabalho ou com ele relacionado, do qual
resulta uma lesão corporal, uma doença ou a morte, de um ou
vários trabalhadores14.
13
Artigo 8.º da Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro.
14
Resolução da OIT sobre as estatísticas das lesões profissionais devidas a acidentes de trabalho, adotada na
16.ª Conferência Internacional de Estaticistas do Trabalho em 1998.
30
Conceito Definição
15
Artigo 9.º da Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro.
16
Artigos 93.º e seguintes da Lei n.º 98/2009 e 283.º, n.º 2 do Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º
7/2009 de 12 de fevereiro; ver também o Portal da Saúde em
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+no+trabalho/doencasprofissionais.ht
m.
31
O tratamento dos pedidos de intervenção deve considerar a legitimidade do
requerente, a credibilidade da fonte e a relevância do objeto da reclamação:
17
A este propósito, o artigo 246.º n.º 5 do Código Processo Penal estipula que «A denúncia anónima só pode
determinar a abertura de inquérito se: a) Dela se retirarem indícios da prática de crime; ou b) Constituir crime.
32
Situação causadora de probabilidade séria de lesão da vida, ou da saúde
física ou mental dos trabalhadores;
33
2.ª visita
34
Este referencial permite o acesso a hiperligações que foram desenvolvidas no
sentido de agilizar o acesso aos recursos criados, em sede de preparação da
visita inspetiva, na recolha de elementos na entidade visitada, ou na
concretização de procedimentos, cujos modelos são disponibilizados na intranet
ou no Sistema de Informação (SI) da ACT.
9.2.4.1. Planeamento
35
Numa perspetiva macro, este será o momento onde são equacionadas eventuais
situações de articulação com outros serviços desconcentrados ou com outras
entidades, com programação de visitas conjuntas, as quais podem ocorrer por
iniciativa ou solicitação de qualquer das partes.
36
O planeamento e a preparação adequados da visita inspetiva são cruciais para o
seu sucesso.
Por regra, a visita inspetiva realiza-se sem aviso prévio, ou seja, não é
anunciada, de forma a garantir ao inspetor a observação e verificação das
condições que efetivamente existem no local de trabalho, facilitando a evidência
da prova.
Sempre que exista justificação para o efeito, a visita pode ser anunciada, no
sentido de garantir a presença de interlocutores específicos, ou no quadro de
intervenções com metodologias específicas que aconselhem esse tipo de
procedimento.
37
i) Início da visita
38
medições; pode também recolher e levar para análise amostras de produtos,
materiais e substâncias utilizados nos locais de trabalho, dando do facto
conhecimento ao empregador ou ao seu representante.
39
Deste deve resultar a proposta de aplicação e acompanhamento da
implementação, pelo empregador, das medidas de controlo dos riscos
profissionais que se revelarem necessárias à sua eliminação ou minimização.
Visita conjunta
23
Artigo 10.º, n.º 1, alínea g) do Decreto-Lei n.º 102/2000.
40
Assegurar a articulação de valências, em função da estratégia do ato
inspetivo, por forma a garantir o efeito útil da intervenção.
24
Artigo 12.º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 102/2000.
41
Enunciar as irregularidades detetadas, o seu fundamento legal e as
respetivas consequências;
Termo
Início
Solicita/analisa a intervenção.
documentação considerada
pertinente e
proporcionada.
42
Esta etapa permite determinar a eventual necessidade da realização de outros
procedimentos, de notificação para apresentação de documentos ou para
determinação de nova visita inspetiva para verificação do cumprimento de
medidas anteriormente determinadas.
25
Ofício-circular n.º 7/DirACT/13 sobre alterações e orientações ao registo da atividade inspetiva.
43
Recolha de informação necessária à definição de estratégias de
intervenção por sector de atividade, região, tipologia de irregularidades,
etc.
Permitir a realização de análises e estudos diversos sobre o cumprimento
da lei.
44
ação, salientando, também, as irregularidades voluntariamente corrigidas e a
consequente melhoria das condições do trabalho.
0. Gestão
1. Empregador
27
Estruturada por domínios – relações de trabalho / segurança e saúde, descrição do que foi verificado,
eventual remissão para listas de verificação ou outros documentos, …
28
Estruturada por domínios – relações de trabalho / segurança e saúde, análise das situações sob o ponto de
vista técnico-jurídico mediante consulta de legislação, incluindo a contratação coletiva se aplicável, bem como
de fluxogramas se necessário; eventual análise sob o ponto de vista económico ou social e referência aos
documentos analisados.
45
9.2.4.5. Decisão do dirigente
Correção ou esclarecimento;
i) Disponibilização do relatório/informação
46
Muita da informação contida no relatório diz respeito a condições/factos
particulares de determinado local de trabalho, que foram recolhidos pelo
inspetor, considerando a sua pertinência e utilidade para a boa resolução de
situações concretas – circunstância que tende a limitar a possibilidade de
utilização da informação por outros.
29
LADA - Lei n.º 26/2016, de 22 de agosto.
30
Artigo 6.º da Lei n.º 46/2007.
31
Para evitar que a publicitação destes atos implique a inibição do poder inspetivo e problemas de confiança
pública nesta instituição.
32
Incluindo sindicatos (ação por solicitação/denúncia do sindicato, nos termos do artigo 18.º, n.os 2 e 3 do
Decreto-Lei n.º 102/2000: “as associações sindicais têm o direito de ser informadas, sempre que o requeiram,
do resultado da ação inspetiva”, sendo que “a informação prestada (…) deverá salvaguardar o segredo de
justiça e os direitos dos arguidos) e associações empresariais do setor, no caso de ações nacionais, se isso
servir a estratégia subjacente à ação.
47
- Ser transmitida em momento anterior àquele em que o empregador ou o
seu representante dela possa ter conhecimento (por exemplo, só deve ser
dada informação sobre a adoção de procedimento coercivo depois de o
infrator ser informado do mesmo);
48
9.2.4.6. Vicissitudes da intervenção inspetiva
49
10. Procedimentos inspetivos
A ação inspetiva, em qualquer das suas modalidades, tem sempre como objetivo
a promoção da melhoria das condições do trabalho, em todas as suas vertentes.
Advertência
Auto de
Suspensão
advertência
Trabalho digno
Trabalho seguro
Legalidade
Igualdade
Coerência
Participação Auto notícia
Consistência
Equidade
Eficácia
Prevenção
Dissuasão
Notificação
Notificação
apuramento
para tomada
quantias em
medidas
dívida
Inquérito
acidentes
trabalho e
doenças
profissionais
50
Todos os procedimentos inspetivos devem ser formalizados e assinados pelo
inspetor que os assume.
Devem, pois, ser entendidos como meios através dos quais o inspetor do
trabalho procura garantir a melhoria das condições do trabalho nos locais de
trabalho objeto da sua ação.
Recomendação;
Advertência;
Autos:
Auto de advertência;
Auto de notícia.
Notificações:
51
Notificação para suspensão imediata de trabalhos;
Participações:
Participação;
Participação-crime;
Inquéritos:
o Recomendação
52
81 da OIT, artigos 6.º, n.º 1, alínea b) e 22.º, n.º 2 da Convenção n.º 129
da OIT e artigo 5.º, n.º 1 do Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho).
o Advertência
o Auto de Advertência
33
Ofício-circular n.º 20/DirACT/2013
53
social (artigo 10.º, n.º 1, alínea d) do regime processual das
contraordenações laborais e da segurança social34).
34
Lei n.º 107/2009, de 14 de setembro.
35
Decreto-Lei n.º 102/2000.
36
Ofício-circular n.º 26/DirACT/2013.
54
O incumprimento da notificação para apresentação de documentos, para
além de se constituir como uma contraordenação leve, prevista no artigo
552.º, n.º 2 do Código do Trabalho e no artigo 13.º, n.º 2 do Estatuto da
Inspeção-Geral do Trabalho, é também suscetível de configurar a prática
de um crime de desobediência qualificada, nos termos previstos,
designadamente, no artigo 547.º, alíneas a) e b) do Código do Trabalho e
no artigo 348.º, n.º 2 do Código Penal.
37
Nos termos do disposto no artigo 38.º, n.º 1 do regime geral das contraordenações (ilícito de mera
ordenação social), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro, e com últimas alterações
introduzidas pela Lei n.º 109/2001, de 24 de Dezembro.
38
Decreto-Lei n.º 102/2000.
55
apuramento é obrigatório (artigo 7.º n.º 6 do Estatuto da Inspeção-Geral
do Trabalho).
O inspetor deve, sempre que possível, referir quais as situações que darão
origem ao levantamento de auto de notícia.
56
o Notificação para a suspensão imediata de trabalhos
57
o Notificação de autorização para recomeço de trabalhos
Os trabalhos que tenham sido suspensos por via de uma notificação para
suspensão imediata de trabalhos só podem ser retomados com
autorização expressa do inspetor do trabalho, nos termos previstos no
artigo 10.º, n.º 2 do Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho.
39
Artigo 68.º n.º 1 e artigo 83.º do Código do Trabalho.
40
Artigo 72.º n.º 2 e no artigo 83.º do Código do Trabalho.
58
72.º do regime jurídico da promoção da segurança e saúde no
trabalho41.
Importa notar que a prática dos factos acima descritos, para além de
constituir contraordenação muito grave (no caso do exercício, por menor,
de qualquer das atividades proibidas previstas nos artigos 61.º a 66.º do
referido regime jurídico, nos termos do artigo 67.º do mesmo regime), é
também suscetível de configurar a prática do crime de utilização indevida
de trabalho de menor (artigo 82.º do Código do Trabalho).
41
Aprovado pela Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e posteriormente alterado pela Lei n.º 42/2012, de 28
de agosto, e pela Lei n.º 3/2014, de 28 de janeiro.
42
Tendo sobretudo em conta o que a propósito do concurso de crime e contraordenação dispõe o artigo 38.º
n.º 1 do regime geral das contraordenações (ilícito de mera ordenação social), aprovado pelo Decreto-Lei n.º
433/82 na redação em vigor.
59
o Auto de notícia
60
o os factos que constituem a contraordenação e que foram verificados
pelo inspetor do trabalho, incluindo os referentes à imputação
subjetiva;
o Participação
43
Lei n.º 107/2009.
44
Artigo 8.º, n.º 1 do Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho e artigos 13.º, n.º 4 e 15.º, n.os 1 a 3 da Lei n.º
107/2009.
61
o Participação a outras entidades
45
Decreto-Lei n.º 102/2000.
46
A título exemplificativo, a utilização indevida de trabalho de menor (artigo 82.º do Código do Trabalho).
62
consequência necessária da sua conduta, ou a conformação da realização
do facto como consequência possível da sua conduta); e tudo o mais que
tiver sido apurado acerca da identificação dos agentes
(nome/denominação social, NIF, morada/sede social, representantes
legais, etc.) e dos ofendidos, bem como os meios de prova conhecidos,
nomeadamente das testemunhas que puderem depor sobre os factos47.
47
Artigos 13.º e 14.º do Código Penal e artigo 243.º do Código de Processo Penal.
48
Decreto-Lei n.º 102/2000.
49
Lei n.º 107/2009.
63
esclarecimento de quaisquer situações laborais e/ou que sejam
ocultados, destruídos ou danificados (artigo 348.º do Código Penal
conjugado com artigo 547.º do Código do Trabalho).
50
Lei n.º 63/2013, de 27 de agosto.
51
Aditado à Lei n.º 107/2009 pelo artigo 4.º da Lei n.º 63/2013, de 27 de agosto.
64
Do auto devem constar os factos verificados que indiciem a
existência de uma relação de trabalho, dando particular
relevo/ênfase ao elemento da subordinação jurídica 52.
52
Ofício-circular n.º 28/DirACT/2013.
53
Idem.
54
Ofício-circular n.º 28/DirACT/2013
65
o Inquérito de acidente de trabalho ou de doença profissional
66
À colaboração de outros serviços da administração pública com funções
inspetivas, para participação em ações inspetivas conjuntas, em razão da
transversalidade das matérias em análise (caso da Segurança Social e da
Inspeção Tributária, no caso do trabalho não declarado; do SEF, no caso
de estrangeiros extra comunitários; etc.);
67
11. Gestão por processos – Fluxogramas
68
Anexo 1 Processo inspetivo tipo
Anexo 2 Trabalho totalmente não declarado
Anexo 3 Trabalho dissimulado - Falso estágio, falsa formação e falso
voluntariado
Anexo 4.1 Trabalho dissimulado – Utilização indevida do contrato de prestação de
serviços (fase investigação)
Anexo 4.2 Trabalho dissimulado – Utilização indevida do contrato de prestação de
serviços (fase de instrução)
Anexo 5 Falta de pagamento pontual da retribuição
Anexo 6 Redução/suspensão do contrato de trabalho por facto respeitante a
trabalhador / Situação de crise empresarial / Encerramento e
diminuição temporária de atividade
Anexo 7 Despedimento coletivo
Anexo 8 Extinção do posto de trabalho
Anexo 9 Greve
Anexo 10 Proteção dos direitos dos representantes dos trabalhadores
Anexo 11 Processo inspetivo tipo (SST)
Anexo 12 Segurança de máquinas e equipamentos de trabalho
Anexo 13 Segurança e saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis
Anexo 14 Transportes rodoviários
Anexo 15 Inquérito de acidentes de trabalho
Anexo 16 Inquérito de doenças profissionais
Anexo 17 Amianto – notificação e pedido de autorização prévia57
Anexo 18 Licenciamento industrial
Anexo 19 Destacamento de trabalhadores
Anexo 20 Declaração de situação de desemprego - Modelo 5044
Anexo 21 Fundo de garantia salarial
Anexo 22 Fundo de compensação do trabalho
Anexo 23 Requisição/Notificação para apresentação de documentos
Anexo 24 Notificação para apuramento de quantias em dívida aos trabalhadores
e/ou à segurança social
Anexo 25 Notificação para suspensão imediata de trabalhos / Notificação de
autorização para o recomeço de trabalhos
Anexo 26 Utilização indevida de trabalho de menor
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Contém uma parte de processo administrativo.
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ANEXOS
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