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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

CURSO DE ENGENHARIA
DIOGO CARVALHO COSTA BRITO GAMA - 181003692
ERISON DAMASCENO MACHADO - 141002634
FLÁVIA JAMILE LEITE DE CARVALHO - 181003595
GLEICE KELLY CORREIA MEIRELES LEAL - 161003113
HORTÊNCIA DONATO DE SOUZA SANTOS - 151003725
ÍCARO DA SILVA PEREIRA - 151008542
INGRID SILVA GAMA - 191002502
ISAC FILIPE DA SILVA SANTOS - 151000079
JOÃO PEDRO LIMA DE FREITAS MIRANDA - 151009106
KLEBER TRINDADE APOLONIO SANTOS - 171001271
LAÍS DE JESUS ASSIS - 151001271
LUIZA CARLA SANTOS DE SOUZA – 151000505
MAIARA LUANA FREITAS NEVES DE SOUZA – 151009956
MAINE FREITAS RAMOS – 151000241
MARIANA OLIVEIRA DE MEDEIROS – 151008433
MARISTELA SOUZA PINTO DE SOUZA – 151005145

REFORÇO DE FUNDAÇÕES

SALVADOR
2019
DIOGO CARVALHO COSTA BRITO GAMA - 181003692
ERISON DAMASCENO MACHADO - 141002634
FLÁVIA JAMILE LEITE DE CARVALHO - 181003595
GLEICE KELLY CORREIA MEIRELES LEAL - 161003113
HORTÊNCIA DONATO DE SOUZA SANTOS - 151003725
ÍCARO DA SILVA PEREIRA - 151008542
INGRID SILVA GAMA - 191002502
ISAC FILIPE DA SILVA SANTOS - 151000079
JOÃO PEDRO LIMA DE FREITAS MIRANDA - 151009106
KLEBER TRINDADE APOLONIO SANTOS - 171001271
LAÍS DE JESUS ASSIS - 151001271
LUIZA CARLA SANTOS DE SOUZA – 151000505
MAIARA LUANA FREITAS NEVES DE SOUZA – 151009956
MAINE FREITAS RAMOS – 151000241
MARIANA OLIVEIRA DE MEDEIROS – 151008433
MARISTELA SOUZA PINTO DE SOUZA - 151005145

REFORÇO DE FUNDAÇÕES

Artigo científico apresentado como requisito


parcial para aprovação na disciplina de
Fundações, no curso de Engenharia do Centro
Universitário Jorge Amado.

Orientador: Prof. Rodolfo Araújo.

SALVADOR
2019
Palavras-chave:

Reforços de fundações, Estaca, terreno.,

1. INTRODUÇÃO

O reforço de fundações acontece quando algumas fundações foram feitas


inadequadamente sem estudo correto e, por consequência, com os cálculos de
esforços insuficientes para a carga do edifício. Outra situação acontece quando há
mudança no uso da edificação que pode gerar um aumento da carga desse edifício,
ocasionando um colapso da estrutura da edificação, saindo da margem do coeficiente
de segurança da fundação. Quando as fundações são inadequadas, resultam em dois
tipos de situações para a edificação: o recalque total (o edifício por inteiro sede alguns
centímetros, mas não danifica a estrutura) ou o recalque diferencial (há sérios
problemas de estrutura, pois é comum apresentar rachaduras em vigas, pilares e até
paredes). Essas fundações, portanto, passam a necessitar de reforço, que representa
uma intervenção no sistema solo-fundação-estrutura existente, e que precisa ser
estudado com atenção. O presente trabalho aborda um estudo de caso do bloco 3 da
biblioteca no Campo Universitário localizado no Amazonas, onde ocorreu
manifestações patológicas devido à acomodação do solo frente ao mal
dimensionamento e escolha de fundação adequada associados ao renivelamento da
estrutura, necessário quando o mau desempenho da fundação gera, além de danos
estruturais, danos arquitetônicos e funcionais. O renivelamento, portanto, se torna
interessante por reestabelecer a estética original e a funcionalidade da edificação,
evitar as más impressões e preocupações dos usuários e contribuir para a solução
dos problemas de refluxos ou rupturas de redes de esgotos e/ou águas pluviais, mal
funcionamento de portas, janelas e elevadores.

Devemos saber que os problemas com as fundações podem ser dos mais
variados e que, algumas vezes, podem ocorrer de maneira simultânea, e a
identificação destes problemas nos permite analisar e buscar a melhor solução para
resolvê-los.

2. OBJETO DO TRABALHO

Faz-se objeto deste trabalho a apresentação de dados de forma organizada


para contribuir com o conhecimento sobre os Reforços de Fundações no que tange
seus principais tipos de reforços, onde são necessários quando uma edificação se
mostra inadequada, gerando riscos de desabamento e diminuindo a segurança da
edificação, incluindo também, os motivos que levam uma fundação a se degradar com
o tempo até ser imprescindível a intervenção de um engenheiro. Para isso, expomos
um caso real, onde abordaremos os estudos preliminares da situação e a solução
dada para o problema.

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do estudo e a consequente elaboração deste artigo,


buscou-se, inicialmente, pela realização de um processo de revisão bibliográfica da
literatura, através do levantamento de normas, artigos, dissertações, revistas
anteriormente publicadas sobre o tema em foco e coletas de dados disponibilizadas
na rede mundial de computadores (internet), com intuito de se trazer uma maior
fundamentação teórica para o presente trabalho. Posterior a esta etapa foi realizada
uma análise de estudo de caso. Por fim, realizou-se organização dos dados e
informações reunidos ao longo do estudo, de forma que fosse possível obtenção de
posicionamento sobre o assunto discutido ao decorrer desde artigo.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 Escolha do tipo de reforço

O diagnóstico, a caracterização do terreno e o tipo de fundação executado são


parâmetros iniciais para a escolha do tipo de reforço a ser aplicado. Condicionantes
técnicas, econômicas e de segurança são parâmetros afim de solucionar o problema
existente.
Tecnicamente a compatibilidade entre solo, estrutura e reforço são
imprescindíveis. o tempo de execução do reforço deve ser compatível com a resposta
da obra quanto a velocidade do seu ganho de estabilidade afim de não aumentar os
danos. Avaliação do custo benefício , uma vez que o custo para reforçar a estrutura
deve ser menor do que a construção, há situações que reforçar a fundação caracteriza
a obra como reforma, gerando um aproveitamento maior do terreno , em casos de
monumentos históricos e edifícios públicos independente do custo o reforço torna -se
indispensável diante do valor intrínseco da edificação. A área de atuação deve
oferecer condições mínimas para a instalação de equipamentos e movimentação dos
colaboradores, em casos que a estrutura esteja em processo de recalque a atenção
deverá ser redobrada já que se trata de situação de risco.
Garantir a ação estrutural da peça restaurada, o compartilhamento de cargas
entre o reforço e a estrutura já existente e considerar as diferentes inercias nos casos
em que haja diferença entre o modelo já utilizado com o que será empregado são
fundamentos para o êxito do reparo da fundação.

4.2 Reforço de fundaçao de microestacas

Alternativa para reforço de fundação em área limitada, As micro estacas,


geralmente possuem diâmetros inferiores a 160 mm, permitem execução de furos
inclinados , a execução se dar o mais próximo da fundação já existente e ligadas por
meio de uma viga de realçamento a estas .Consiste na cravação á percussão de tubos
de aço, realizada por um micro bate-estacas elétricos, perfuração rotativa ou
retropercursiva, seguido por injeção de calda de cimento sob pressão.

Figura 1: fundação microestacas

Os equipamentos utilizados são pequenos e ideais para locais de baixa altura,


aumenta a capacidade de suporte em solos erodidos ou sob tensão e é apropriado
para solos resistentes .

4.3 Reforço de Fundação com congelamento do solo


A congelação artificial do terreno baseia-se na transformação de água
intersticial em gelo, ficando as partículas rigidamente unidas e os poros tornam-se
impermeáveis a circulação de água. Consegue-se introduzindo no terreno uma rede
de tubos ou sondas refrigerantes que absorvem o calor do terreno. A congelação do
terreno é útil quando se querem realizar reforços por poços de reforço atravessando
camadas granulares sob o nível freático cujo esgotamento ou encerramento seria
impossível de outro modo, ou quando se querem realizar escavações temporárias sob
muros ou sapatas que colapsariam ao não dar maior resistência ao terreno de apoio
das mesmas na área de trabalho. A congelação pode fazer-se em qualquer tipo de
terreno úmido ou saturado. É importante ter em causa que o processo de congelação
pode produzir empolamentos, enquanto o descongelamento do terreno produz uma
redução de volume e uma perda de resistência notáveis pelo que se devem estudar
as ditas situações.

Em muitos casos, combina-se este tratamento com uma injeção prévia do


terreno já que, se existe água em circulação no solo, a operação de congelamento
torna-se muito difícil. Os sistemas mais utilizados são: Equipamentos frigorifico
evaporador + condensador atuando sobre um fluído do tipo amoníaco ou anidrido
carbônico, em circuito fechado que percorre as sondas instaladas no terreno. Situação
de Azoto líquido a uma temperatura de 196 C, através de sondas, absorvendo o calor
do terreno até sair em forma gasosa para atmosfera a 60 C.

Um caso espetacular brasileiro que faz parte da literatura internacional sobre


patologia das fundações refere-se ao reforço das fundações do Edifício da Companhia
Paulista de Seguros na Rua Líbero Badaró, em 1940 (abril a junho) que saiu do prumo
cerca de 1 m em 100 m de altura. É um “CASO HISTÓRICO” que ficou famoso pois
foi a primeira vez que se congelou, aqui no Brasil, o solo para evitar o colapso do
prédio e permitir reforçar as fundações. Para congelar o terreno foram cravados, numa
área de 12 m de frente por 17 m de fundo, cerca de 130 tubos de ponta fechada, com
4´´ de diâmetro, até 13 m de profundidade. Por dentro desses tubos desciam dois
outros de 2´´ de diâmetro. Entrando pelos tubos externos e subindo pelos internos,
circulava uma salmoura que na entrada tinha temperatura de -18o C e na saída 16o
C. Assim fez-se o congelamento da água do solo. O trabalho iniciou-se em
09/02/1942; em 25 de maio foi instalado o último tubo congelador e os recalques
chegaram à estabilização no início de julho. Foi congelado um volume total de 2.600
m3 de solo por um período de 150 dias.

4.4 Reforço de fundação por aumento de área de apoio


O reforço de fundação por aumento de área de apoio é um tipo de reforço de
fundação sem aprofundamento, baseia-se na ampliação da seção em planta da
sapata ou da base do tubulão, na sua superfície horizontal de contato com a
superfície, sendo aplicáveis em terrenos caracterizados como insuficientes,
ocasionando a deficiência de capacidade de carga, devida a baixa resistência do solo
comparado às solicitações atuantes na estrutura ou adotado em situações onde se
utilizou valores inadequados para as tensões admissíveis do solo. Para o aumento de
tamanho da base no caso de sapatas isoladas ou tubulão, a sua metodologia é
composta pelo chumbamento de ferragens na peça existente, com apicoamento de
suas superfícies e o uso de resinas colantes, bem como traços especiais do novo
concreto a ser lançado, garantindo a forte retração e aderência entre o concreto antigo
e o novo.

Figura 2 – Aumento de tamanho de base de Tubulão


Fonte: http://www.clubedoconcreto.com.br

Para assegurar que as fundações originais e o reforço trabalhem como um


sistema único, com aplicabilidade uniformemente mediante toda área de reforço, na
etapa de produção da fundação contínua, atenta-se para o funcionamento ideal,
evitando-se a má distribuição dos esforços, para isto se faz necessário iniciar o
processo executivo com escoramento, através de escoras macacos que aliviam as
tensões que descarregam na mesmo, permitindo a suspensão da fundação original e
disponibilizando a montagem perimetral de moldes em concreto armado, que são
interligados nas extremidades com longarinas. A variação desta sistemática está na
construção de vigas de recalçamento paralelo as paredes e a instalação de barras
pré-esforçadas.

Figura 3 – Reforço de fundação contínua com recurso a vigas recalcamento pré-esforçadas.


Fonte: NEVES, João. Técnicas de Recalçamento e reforço de fundações.

Em situações cujas fundações são constituídas por alvenarias, o recalçamento


pode ser tratado com operações mais complexas, ditado com a divisão, escavações
sucessivas e lançamento do concreto. Com intuito de diminuir os impactos a
alternativa é do procedimento realizado com recalce de ambos os lados da fundação.
Entretanto, a existência de solução mais viável, com perspectiveis de ganhos em nível
de resistências, porém são mais compatíveis em fundações suficientemente robustas
para o suporte verticais permanentes. No que tange ao recalçamento o elemento é
confinado lateral e simultaneamente o alargamento.
Os métodos e conceitos estudados devem abranger as tensões de compressão
do solo, em virtude as cargas permanentes e os seus cálculos basear-se somente a
largura da base de fundação original. Para melhor desempenho atentar-se aos
aspectos de ligações entre o concreto novo e concreto antigo. Vale salientar a suma
importância sobre questões relacionadas a consideração das novas taxas de trabalho
e contato das bases com o solo, nos dimensionamentos, além da prevenção de
deformações secundárias até a estabilização de novas condições de trabalho.

4.5 Reforço de fundação com injeção de cimento ou micro cimento

Diante a um cenário onde a fundação está apoiada em um solo que apresenta


baixa competência de suporte de cargas nas regiões sob tensão, há necessidade de
um reforço visando uma melhoria do seu desempenho no que tange a relação
solo/fundação.
Entre as principais soluções para reforços de fundações, o sistema por meio
de injeção de cimento ou microcimento mostra-se bastante viável e eficiente para
melhoria do solo entorno das fundações.
A sistemática de execução basear-se na injeção de nata de cimento no solo
através de jatos horizontais ou verticais com pressão e velocidade controlada. Antes
do processo executivo, é de suma importância a realização de ensaios que visam
verificar a compatibilidade entre o solo de a água existentes no local com o cimento
que será injetado. Pois, só após a análise dos dados coletados é que são definidos os
parâmetros de injeção.

Figura 4: injeção de cimento ou micro cimento

4.6 Reforço de fundação com estacas pré-fabricadas

Com intuito de uma melhor edificação e qualificação em fundações que tenham


indícios de patologia iniciada por falta de manutenção ou outros casos, e necessário
antes o estudo do local e a verificação de espaço suficiente para a movimentação de
peças, materiais e maquinas pesada, tendo em vista que no reforço com estacas pré
fabricadas existe toda uma mobilização e normas a serem cumpridas.
Nos processos de cravação de estacas pré-fabricadas normalmente e feita em
lugares que não possuem edificações vizinhas, pois o procedimento emite altas
vibrações no solo. Isso porque as bate-estacas podem se movimentar sobre o local e,
assim, gerar vibrações.
Para o processo de cravação consiste antes em um método de investigação de
solo, no qual consiste em perfurações, feito por meio de trado ou sendo utilizada para
a cravação de amostra dor padrão. Dessa maneira, pode-se obter a medida de
resistência adequada à penetração, coleta de amostra e determinação do nível de
água.
As estacas pré-fabricadas podem ser encontradas em grandes escalas e
tamanho padronizado. Esses materiais asseguram a máxima resistência e
durabilidade do procedimento, que será capaz de suportar intempéries, choques
mecânicos.
Além da utilização em reforço por sua resistência, a estaca pré-moldada ou (pré
fabricada) é indicada para áreas onde é necessário transpor camadas extensas de
solo, em especial, quando está mole, em terrenos de profundidade homogênea. O
procedimento não tem restrição quanto ao uso abaixo do lençol freático.
Todo o procedimento de cravação deve ser efetuado em consonância com as
normas técnicas, como é o caso da NBR 16.258:201, que zela pelas estacas pré-
fabricadas em concreto.

4.7 Reforço de fundações com estaca Raiz

A estaca raiz, chamadas também de micro estacas. É designada a solução


mais adequada para reforço de fundações. Correspondente a sua eficácia da
fundação original, seja devido ao acréscimo de carga, possuindo reduzidas dimensões
nos equipamentos, conseguindo reforçar-se em áreas restritas e com pé direito
reduzido.
Perfurando sapatas e blocos existentes, concedendo ser incorporada sem a
necessidade de estruturar novos blocos e fundação. Além do mais as estacas raiz não
transmiti esforços adicionais para a estrutura durante a transferência de carga.
O seu uso é apropriado em fundações de obras com imediações sensíveis a
vibrações, poluição sonora, áreas com presença de matacões, concreto e rocha.
Devido a multifuncionalidade dos equipamentos usados, mesmo sendo de pequeno
porte, acessam áreas com tamanhos limitados e casos de difícil acesso.
Se houver necessidade perfurar matacões, blocos de concreto ou embuti-las
em rocha, necessitará complementar com uso de martelo hidráulico até a
profundidade desejada.
Figura 5: reforço de fundação com estaca raiz

4.8 Reforço com Estacas Convencionais

Nos casos em que haja altura suficiente para a instalação de um bate-estacas,


é possível considerar se o emprego de estacas um tanto mais convencional de
concreto armado ou protendido. Ou ainda estacas metálicas por perfis soldados,
laminados, trilhos ou tubos de parede grossa. Em geral, serão necessárias emendas,
pois raramente o pé-direito disponível será tal que permita a cravação de peças
únicas.
Ainda é possível, nestes casos, considerar o uso de estacas moldadas “in loco”
tipo Strauss, pois o equipamento, constituído por um tripé, em geral consegue ser
instalado em locais com pé-direito um tanto restrito (cerca de 5,0 metros). Neste caso,
há necessidade do uso de tubos de revestimento de pequeno comprimento (cerca de
2,0 metros).

4.9 Reforço com Sapatas, Tubulões e Estacas Adicionais


Trata-se da instalação de mais apoios, por meio do acréscimo de sapatas,
tubulões ou estacas, de tal forma a reduzir o carregamento nas fundações originais.
Tal medida visa a compensar o aumento de carregamento ou a adoção de uma tensão
aplicada ao solo, que tenha sido elevada diante da qualidade do material de apoie.

4.10 ESTACAS MEGA

4.10.1 Características gerais


As estacas cravadas a reação ou estacas prensadas, são compostas por
segmentos de concreto armado ou metálicos. Sua principal característica é a cravação
estática através de macaco hidráulico, reagindo contra a estrutura existente,
contraponto se a mesma resistir aos esforços que nela serão aplicados.

4.10.2 Cravação

O devido processo deve ser realizado através de macaco hidráulico acionado


por bomba elétrica ou manual. A escolha do macaco hidráulico deve ser tomada a
partir do devido tipo e dimensão da estaca, características do solo, carga definidas
no projeto e peculiaridades do local. Em locais com a presença de solos porosos, a
cravação pode ser auxiliada através da saturação do solo e em areias compactas
com jatos de água pelo interior do segmento. Quando os segmentos forem de
concreto, a emenda será feita por simples nivelamento ou através de solidarização
especificada em projeto. As emendas de segmentos metálicos serão feitas por solda
ou rosca.
Chegando ao fim da cravação, é posto o cabeçote sobre a estaca para permitir o
encunhamento que deve ser feito por cunhas e calços.

4.10.3 Característica das estacas mega


Os equipamentos utilizados para o emprego das estacas mega são de pequeno
porte, possuindo pequena dimensão e pouco peso, para trabalharem em espaços
confinados e de difícil acesso. Normalmente são cilindros hidráulicos, ligados a
unidades elétricas/hidráulicas de pequeno porte. A execução desta estaca não faz
barulho, não precisa da utilização de água e nem refrigeração.
A produtividade está mais vinculada com instalações e acessos, do que com a
cravação propriamente dita. Em condições favoráveis de trabalho, uma equipe pode
cravar duas estacas por dia. Todas as estacas mega (concreto ou metálicas) após
finalizadas, transferem a carga da estaca para a estrutura.
Para que ocorra a transferência de carga é necessário : cabeçotes de concreto
armado, blocos e cunhas de concreto armado com fibras metálicas e/ou polietileno.

4.10.4 Registros da qualidade dos serviços


Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo
constar pelo menos as seguintes informações:
a. Identificação da obra, local, número da estaca e nome do contratante e executor;
b. Data da cravação;
c. Tipo de estaca e características geométricas;
d. Ensaios de resistência do concreto, quando for o caso;
e. Comprimento cravado da estaca;
f. Quantidade de segmentos utilizados;
g. Carga de cunhamento;
h. Características do cabeçote e da estrutura de reação;
i. Desaprumo e desvio de locação;
j. Características e identificação do equipamento de cravação;
k. Número e dimensão de calços e cunhas;
l. Descrição da eventual armadura;
m. Características da calda ou argamassa de preenchimento quando empregadas;
n. Anormalidades de execução;
o. Observações pertinentes.

4.10.5 Estacas Mega de Concreto

4.10.5.1 MM (Mega Metálica)

O corpo de uma estaca MM é constituído de tubos metálicos; espessura de


parede compatível com sua carga estrutural; segmentos de 75 cm cada, interligados
com roscas e luvas feitas em tornos mecânicos de alta precisão. Na prática, relevando
a fabricação e estocagem, encontram-se no mercado para uso imediato dois tipos de
MM: as de 4,5’’ para carga de cravação de até 45 t e as de 6,5’’ para carga de cravação
de até 75 t.
Após a cravação, antes do cunhamento, estas estacas são preenchidas com
concreto armado com fibras, aumentando substancialmente o coeficiente de
segurança estrutural desse reforço de fundação. Como todas as estacas mega, ela é
cunhada e tem sua cabeça concretada preenchendo os vazios existentes entre cunha
e blocos.
Ao contrário das estacas mega de concreto e de forma similar às estacas
metálicas com trilhos ou perfis, a MM penetra no solo por cisalhamento.
Algumas de suas características são:

● Penetram bem mais fundo que uma estaca mega de concreto ou uma pré-moldada
de concreto antiga e adjacente, colocando-se em novo horizonte de apoio e permitindo
somar a carga das fundações antigas com a carga da MM, algo que não ocorre nas
estacas mega de concreto;

● Com frequência uma MM penetra 30% mais do que uma pré-moldada de concreto
adjacente;
● Apresentam ganho na capacidade de carga com o tempo. O oposto ao relaxamento
citado nas estacas mega de concreto
● O gráfico de cravação, metro a metro, desde seu início é uma excelente sondagem,
caracterizando com precisão o tipo de subsolo em cada estaca, permitindo corrigir e
ajustar o projeto original.

4.10.5.2 Estacas MM (Mega Metálica Injetada)

Essas se caracterizam por limpar a terra embuchada no interior dos tubos


metálicos das estacas MM e posteriormente injetar nata de cimento , formando um
novo bulbo na ponta da estaca e aumentando a adesão entre a estaca e o solo no
fuste. Para a limpeza do solo que entrou no interior da MM utiliza-se lavagem d’água
em circuito fechado e/ou equipamentos específicos desenvolvidos para este uso.
Inúmeros testes e medições feitos neste tipo de estaca MMI indicam um ganho de
carga de trabalho da ordem de 50% comparada às MM tradicionais. Em alguns casos
este ganho foi até maior.
É importante lembrar que não há ganho de carga de cravação somente para
trabalho e ruptura. Além desta grande vantagem podemos citar outras:

● Em casos em que a reação é limitada, a carga de cravação também fica, e é


impossível garantir o coeficiente de segurança de 1,5 para a carga de trabalho. As
MMI podem ser aprofundadas ainda mais, mesmo após atingir a carga de cravação.
Se o miolo de terra no meio das MM ultrapassando sua ponta for limpo, é possível
recravar esta estaca atingindo horizontes mais profundos.
● Outra vantagem é a possibilidade de se obter estacas com carga de ruptura e/ou de
trabalho muito altas. Em obras emergenciais, com riscos inaceitáveis, as MMI
configuram-se como não somente a melhor, mas a única solução;
4.11 REFORÇOS DE FUNDAÇÕES COM SILICATIZAÇÃO.
Existem vários tipos de reforços de fundação, nos quais são utilizados os
métodos de injeções de um os mais produtos no terreno, para poder estabilizar e
melhorar a capacidade e resistência de um maciço seja ele terroso ou rochoso.
O Reforço com Silicatização consiste em uma laboração química, que se
baseia em injetar no solo, de maneira isolada uma da outra, duas soluções reativas:
polissicato de sódio e sulfeto de alumínio, e que quando essas duas soluções entram
em contato uma com a outra petrificam o maciço e estabiliza. Esse tipo de reforço é
muito similar ao reforço de fundação com injeção de cimento e micro cimento, ambos
têm como o principal objetivo aumentar a capacidade do solo, para que ele suporte
sofrer grandes pressões, o com silicatização também é particularmente usado em
escavações perigosas, e em situações especificas.

5. ESTUDO DE CASO

5.1 Apresentação
O edifício, objeto deste estudo de caso, é o Bloco 3 da Biblioteca do campus
Benjamin Constant em terreno da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. O
campus está localizado no Município de Benjamin Constant, no estado do Amazonas,
na rua Primeiro de Maio no Bairro Colônia 5.
Figura 6: Localização do empreendimento
Fonte: Google Maps (2019).

Figura 7: Fachada principal do prédio


Fonte: De Amazônia (2017).

5.2 Situação Problema

No ano de 2011, estudantes e professores levaram à imprensa local denúncias


relacionadas a manifestações patológicas no empreendimento em questão. A
construção do grupo de prédios, segundo o site de notícia de Amazônia (2017), fora
concluída em 2010, totalizando um investimento de mais de 10 milhões de reais. A
matéria também aponta algumas imagens de manifestações patológicas do edifício
em questão.

Através da figura 8, é demonstrada uma fissura na horizontal que se propaga a


partir da esquadria em biblioteca do campus. É demonstrado também abertura em
piso provavelmente da movimentação da fundação, conforme Figura 9.
Figura 8: Fissura em biblioteca do prédio.
Fonte: De Amazônia (2017).

Figura 9: Fissura em piso do prédio.


Fonte: De Amazônia (2017).

A obra de reforço de fundação fez parte de um grupo de intervenções


necessárias à correção das manifestações construção da biblioteca. Dentro deste
grupo está presente o reforço de fundação do Bloco 3. Para a execução desta obra,
se tratando de um prédio público da união, foi realizada uma licitação do tipo
empreitada por preço global para a contração de empresa especializada em Regime
Diferenciado de Contrato –RDC Nº007/2018.

5.3 Descrição das intervenções

A descrição das intervenções que foram realizadas será com base na obtenção
dos documentos técnicos presentes no processo licitatório RDC Nº007/2018. Os
documentos são:

● Especificações Técnicas da Obra;


● Projeto Geotécnico de Fundação – Injeção de Nata de Cimento;
● Orçamento Estimado do Reforço de Fundação do Bloco 3.

A especificação técnica da intervenção do reforço começa relatando como


serviço preliminar a demolição de piso cerâmico e lastro de concreto nos locais onde
serão feitos os serviços de reforço da fundação. Após, é relatado os procedimentos
para execução do reforço de fundação em modalidade escolhida de injeção de nata
de cimento. A intervenção de injeção de nata de cimento é utilizada para a melhoria
de condição do maciço onde a fundação está implantada. Na hipótese das
manifestações patológicas em questão, o recalque diferencial produzido pela suposta
acomodação do solo seria combatido com a injeção de nata de cimento.

Está prevista a execução de furos, que podem ser a trado ou equipamento que
realize rotação ou roto percussão. Com o objetivo de demonstração da técnica,
meramente ilustração, a Figura 10 apresenta a escavação dos furos por meio de
equipamento de roto percussão. A especificação alerta a possibilidade de utilização
de revestimento na execução do furo, bem como a possibilidade da existência de lajes
de pisos de edificações existentes, sendo necessário a utilização de equipamentos
diamantados.

Figura 10: Equipamento de perfuração por roto percussão.


Fonte: Consultoria Naresi (2019).

Após os furos realizados, seria necessária a preparação do sistema de injeção


com a perfuração do terreno até a cota desejada. A injeção indicada é a de argamassa
de baixa pressão (4,0kg/cm²), executando-se a bainha. Após a confecção da bainha
por injeção de argamassa de baixa pressão, após 24 horas, injeta-se calda de cimento
de baixo para cima, em cada válvula por um obturador, e com pressão controlada. A
injeção é possibilitada através da utilização de tubos de PVC mancheteados. As
válvulas manchetes, após aplicação de nata sobre pressão, abrem-se permitindo o
transbordamento da nata de cimento para a parte exterior do tubo, interagindo, assim,
com o solo em questão (Figura 11).
Figura 11: Introdução do tubo de PVC mancheteado
Fonte: Consultoria Naresi (2019).

O projeto demonstra a existência de 24 sapatas alinhadas onde em cada uma


delas se prevê a execução de 8 tubos de injeção de nata de cimento (Figura 12).

Na planta demonstram sapatas isoladas de dois tamanhos diferentes, mas a


localização da execução dos tubos são as mesmas. A Figura 13 apresenta os detalhes
da localização dos furos, tendo-se uma inclinação vertical. A inclinação vertical é de
10°, sendo que o centro do final do tubo distancia-se horizontalmente 0,20m, conforme
perfil do tubo de injeção (figura 14, 15 e 16).
Figura 12: Disposição das sapatas existentes e diagramação dos furos para injeção
Fonte: Projeto (2016).

Figura 13: Demonstração de localização dos tubos e distancia horizontal do centro da base
Fonte: Projeto (2016).

Figura 14 – Corte em tubo de injeção


Fonte: Projeto (2016).
Figura 16 – Vista esquemática dos elementos do tube de
injeção.
Fonte: Unicome Engenharia (2016).

Figura 15: Perfil do tubo de injeção


Fonte: Projeto (2016).

O memorial de especificações técnicas estabelece que para cada furo deverá


ser feito um boletim contendo as pressões de rompimento da bainha, admissão e de
injeção propriamente dito.

O orçamento prevê a execução de serviços de demolição, perfuração do solo,


tubos de PVC D=32mm com válvulas manchetes, aplicação de argamassa para
preparação das bainhas e o serviço de injeção pressurizada propriamente dito, além.
A Tabela 1 apresenta o orçamento que foi licitado. O projeto apresenta como nota
alguns materiais a serem adotados no tubo, quantidade de cimento a serem
empregadas nas cotas e o número total de sacos de cimento de 42,5 kg.
Figura 17: Previsão de quantitativo e especificação de material do projeto
Fonte: Projeto (2016).

Tabela 1: Orçamento Licitado


Fonte: RDC 007/2018 (2016).
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer do desenvolvimento do trabalho foi possível compreender a


importância de um estudo técnico relacionado as características do terreno a ser
construído, pois diante das informações sobre o tipo de solo, das cargas que serão
aplicadas e o tipo de fundação que será executada, a construção poderá ser feita
corretamente. A não realização desse estudo e uma má escolha sobre o tipo de
fundação poderá acarretar enumeras manifestações patológicas, de modo que para
cada patologia haverá diversas maneiras de recuperação ou reforços de fundação.
Sendo assim, os diversos métodos de reforços descritos no estudo serviram para
demonstrar que cada um possui suas características especificas, suas metodologias
de aplicação e sua determinada situação de aplicabilidade.

Apresentou-se através do estudo de caso de uma edificação localizada no


Bloco 3 da biblioteca no Campo Universitário localizado no Amazonas, um dos tipos
de reforços de fundação descritos no interior do trabalho com o intuito de aprimorar
ainda mais o conhecimento através de uma situação exemplo. Ocorreram dentro do
campo diversas manifestações patológicas, desde fissuras de paredes á abertura de
pisos. Durante o projeto de licitação da obra para o reforço foi demonstrado o tipo de
modalidade escolhida, que nesse caso foi a injeção de cimento e a descrição do
processo de acordo com o recalque diferencial apresentado pela suposta
acomodação do solo e os materiais a serem utilizados. Assim, a escolha do modelo
de esforço foi decorrente primeiramente a investigações sobre as causas das
patologias existentes seguido de informações técnicas do projeto para uma possível
solução, pois quanto antes ocorrer o reparo maior as chances de economia.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● SENAI, Série Construção Civil. Reforço de Fundações. Brasília: SENAI/DN,


2012.
● HACHICH, WALDEMAR. Et al. Fundações teoria e pratica. 2ª edição.
ABSM/ABEF.
● RODRIGUES, Urbano. Reforço Das Fundações Do Edifício Da Companhia
Paulista De Seguros. Portal da Geotecnia, 2018. Disponível em:
<http://www.portaldageotecnia.com.br/wp-
content/uploads/2018/10/Refor%C3%A7o-de-funda%C3%A7%C3%B5es-Cia-
Paulista.pdf>. Acesso em: 31 de outubro de 2019.
● OLIVEIRA, Armando. Tipos de Reforço de Fundação. Mega de Reforça.
Disponível em : <https://www.reforca.com.br/tipos-de-reforco-de-fundacoes/>.
Acesso em: 29 de outubro de 2019.
● Reforço de Fundação Com Injeção de Cimento. Engestab. Disponível em:
<https://www.engestab.com.br/reforco-fundacao-injecao-cimento> Acesso em:
30 de outubro de 2019.
● Cravação de estacas. Refort Fundações. Disponível em:
<www.refortfundacoes.com.br/cravacao-estacas-pre-moldadas>. Acesso em:
29 de outubro de 2019.
● Drenagem e Estabilização do solo. LFTC Civil. Disponível em:
<http://lftc.civil.uminho.pt/Textos_files/construcoes/cp1/Cap.%20V%20-
%20Drenagem%20e%20Estabiliza%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Solos.pdf
> Acesso em: 28 de outubro de 2019
● Reforço de Fundações. AEC Web. Disponível em:
<https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/reforco-de-fundacoes-permite-
aumentar-carga-sobre-edificacoes-existentes_18182_10_0>. Acesso em: 31
de outubro de 2019.
● Estacas raiz. TecGeo Sondagens e Fundações. Disponível em:
<http://www.tecgeo.com.br/servicos/estacas-raiz-11>. Acesso em: 31 de
outubro de 2019.
● BRASIL. Licitação Rdc nº 007/2018, de 2018. Amazonas, AM, Disponível em:
<https://proadm.ufam.edu.br/menu06item01/licitacoes01/rdc-s-
eletronicos01.html>. Acesso em: 19 out. 2019.
● NARESI JÚNIOR, Luiz Antônio. Injeção de Consolidação para Impedir
Recalque em Plataforma Ferroviária. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/langeotecniaefundacao/contato/49-injecao-de-
consolidacao-para-impedir-recalque-em-plataforma-
ferroviaria?tmpl=%2Fsystem%2Fapp%2Ftemplates%2Fprint%2F&showPrintD
ialog=1 >. Acesso em: 19 out. 2019.

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Diogo Carvalho Costa Brito Gama – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Erison Damasceno Machado – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Flávia Jamile Leite de Carvalho – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Gleice Kelly Correia Meireles Leal – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Hortência Donato de Souza Santos – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Ícaro da Silva Pereira – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Ingrid Silva Gama – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Isac Filipe da Silva Santos – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
João Pedro Lima de Freitas Miranda – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Kleber Trindade Apolônio Santos – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Laís de Jesus Assis – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Luiza Carla Santos de Souza – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Maiara Luana Freitas Neves de Souza – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Maine Freitas Ramos – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Mariana Oliveira de Medeiros – Turma B – Grupo B

Resumo:

REFORÇOS DE FUNDAÇÕES
Maristela Souza Pinto de Souza – Turma B – Grupo B

Resumo:

O reforço de fundação é um tipo de técnica desenvolvida para intervir na


fundação já existente afim de promover a segurança, recuperação da eficiência e
melhora no seu desempenho. Os principais problemas evidenciados para execução
desse reforço são em muitos casos: O mal desenvolvimento da investigação
geotécnica ou a falta dela, a escolha errônea do tipo de fundação, sua má execução,
quando ocorre alteração das condições do terreno como, o rebaixamento do nível
freático ou descompressão do solo e outro fator que pode influenciar no processo é
o aumento de cargas atuantes. É possível citar alguns tipos de soluções, como reforço
com fundação de estaca raiz é utilizada principalmente em obras que não podem
ocorrer vibrações, além disso por se tratar de equipamento de pequeno porte pode
possibilitar o acesso a locais limitados. Outro exemplo é o reforço com injeção de
cimento e micro cimento que tem por finalidade restabelecer as estruturas
promovendo o preenchimento dos vazios dos solos, garantindo solos mais estáveis e
impermeáveis e sua execução é feita através da injeção de cimento por meio de uma
perfuração no solo. O reforço por aumento de área de apoio é feito sem
aprofundamento, utilizando sapatas corridas, individuas ou tubulão a céu aberto e seu
dimensionamento do reforço deve considerar uma nova taxa de trabalho do solo, no
contato das bases com o mesmo. O reforço por congelamento do solo, onde a água
intersticial é transformada em gelo e são feitas introdução de sondas refrigerantes no
terreno com o objetivo absorver o calor do mesmo, o reforço de fundação por estacas
mega que consistem na cravação de cilindros de metal e a cravação é feita de forma
estática através de um macaco hidráulico. Reforço de micro estacas é um tipo de
recuperação que se faz pela cravação a percussão de tubos de aço que acontece com
uma micro bate-estacas elétricos, perfuração rotativa ou retropercusiva, através de
uma calda de cimento. O reforço com estacas pré-fabricadas, são feitas onde não há
edificações vizinhas pois o método emite vibrações no solo. E por último o reforço por
estacas convencionais é feito através da cravação de estacas um tanto convencionais
feitas de concreto armado ou protendido.

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