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TEORI

AGERALDI
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TOCI
VIL1º
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goCi
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2.Li
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I -Obri
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II -Dir
eit
odascoi
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vroI
V -Dir
eit
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5.Li
vroV -Dir
eit
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erásai
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al.Est
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sapli
cávei
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eit
oCiv
il
.

ODi reit
oCi v i
léum r amododi rei
topri
vadoe,inseri
donesteencontr
amosoDi rei
todas
coisas, daf amília,dasobr igaçõesedassucessões.
Odi reitociv i
lcont ém di sposiçõesquesãoapl icávei
saosrestant
esr amosdedi r
eit
o
pri
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açõesj urí
dicopri
vadase,nãoapenasaosdi r
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osquenopr ópri
o
dir
ei t
oci vil
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Dent rododi reitopr iv
adoencont ramosodi r
eitopr i
vadocomum eodi reit
opr i
vado
especial ,
ex.Di reitodot rabalho
O Di r
eitoci vilnãoseapl i
caquandoexi staumanor maespecífi
caquer eguleesse
assunt o.
ODi r
eitoci vi
lger aloucomum,encont ra-
senoLi v
roIdoCCeodi r
eitocivi
lespecial
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os.

ODi
rei
toCi
vi
léabasedoDi
rei
toem ger
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Div
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denament
ojur
ídi
coci
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l=Nor
maJur
ídi
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ager
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eit
oCiv
il Teor
iager
aldar
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urí
dicaci
vi
l

Nota:OCódi goCivi
lvi
gent
edatade1966.Opr i
meir
ocódi
gociv
ilpor
tuguêsdat
ade
1877,denomi nadodeSeabra.O nossoact
ualcódi
goder
ivadomodelogermânico
(Pl
anoSavigny )

Or
denament
ojur
ídi
co=conj
unt
odenor
mas

Af ontedodirei
toCivi
l
,nosent
idododi pl
omaondepodemosencont rarasnor mas
j
urídi
cascivi
s,éoCCbem comoal egisl
açãoavul
sapost
erioreal
gumasdasnor mas
civ
isconstant
esnaCRP.Dessasnormaspodemosenunci arosdirei
tos,garant
iase
l
iberdadesconst
antesdamesma( di
reit
oàv i
da,àident
idade,ài
ntimidade,aobom
nome…)

Cur
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ras

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go875º
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mal
Excepci
onal

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al

Not
a:Quandopar
aumasi t
uaçãoexi
steumanormager
aleumanor
maexcepci
onal
,
éestaúl
ti
maquev aipreval
ecersobr
eaout r
a.Nocasodenãoexi
sti
rqual
quer
nor
maexcepci
onalapli
car-
se-
áanor mager
al.
Adi f
erençaentr
eosCódigoseal egi
slaçãoavul
sa,équeosprimeir
osseencontram
organizadosdefor
masist
emáticaenquantoquealegi
slaçãoav
ulsaseenunciasobr
e
apenasum assuntonãoestando,porisso,deacor
docom amesmaor ganizaçãodo
Código.

Pág.47a62-ODi
rei
toCi
vi
lédi
rei
topr
ivadocomum (
COMENTE-EXAME)
.
ODirei
toCivi
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cáv
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eit
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todoTr
abal
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vadoeaoutr
osDi
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tosquesur
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ODir
eit
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ém di
rei
toapl
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i
cáv
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rei
toé
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eespeci
aldoCódigo.
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gos1ºa14º-Par
teger
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ntr
oduçãoaodi
rei
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Capí
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oII
I–ar
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gos15ºa65º-Di
rei
tosdosest
rangei
ros(
nãosai
)

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oII–ar
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gos66ºa396º-dasRel
açõesJur
ídi
cas
O Di
rei
topriv
ador egeasrelaçõesentrepar
ticul
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eit
oCiv
ilconst
it
uio
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rei
toprivado,
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onãoquererádizersert
odoodir
eit
opri
vado,
masapenasodireit
opri
vadocomum ouger al
.
Histori
camenteodi reit
opr i
vadoconfunde-secom oDirei
toCivi
l.Com odesenv ol
ver
dasoci edadesurgiram necessidadesespecífi
casem deter
minadossect or
es.Daía
necessidadedesur gir
em regrasespeci
aisparaessessect
orespart
icul
ares.Dentr
odo
di
reitoprivadosurgir
am assim porespecial
izaçãoàsnormasdoDi rei
toCivi
l,nor
mas
autónomasdodi reit
o.
Essas normas de dir
eito autónomas,são act
ual
mente designadas porDi
rei
to
ComercialeDirei
todoTr abalho,quesãodir
eitopr
ivadoespecialenquant
oqueo
Dir
eit
oCi v
ilédi
rei
topr
ivadocomum.
Ou seja,o Dir
eit
o Civi
ltem regrasaplicadasao Di r
eit
o Comer ci
al,ao Dir
eit
o do
Trabal
ho eout r
os,contendo1 regi
meger alnasr elaçõesj ur
ídi
co pri
vadas,o que
signi
fi
caquehádi rei
topri
vadocomum ( Direi
toCiv
il
)oudi r
eitopri
vadoespecial
,onde
temososout r
osramosdedi rei
topri
vado(Comer ci
al,Trabalho…).
I
remosest
udarr
egr
aspar
aoDi
rei
todasObr
igações,Coi
sas…,sóquenãoseapl
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oCivi
l,quandohánor
masespeci
ais,oprópr
ioCódi
goCi
vi
l,t
em 1par
teger
al–
Li
vroI,e1part
eespeci
al–osr
est
antesl
ivros.

Âmbi
todaTeor
iaGer
aldoDi
rei
toCi
vi
l

Esteper tenceaoDi reit


oPr ivadoer eger elaçõesest abelecidasf undamental mente
entr
epessoaspar ti
cul areseoEst ado,quandoest eestádest it
uí dodoseupoderde
mando( iurisi
mper i
).
Caracteriza-se como Di reito Privado Comum,por que engloba t odas as relações
pri
vadasnãosuj eit
asaor egimeespecí fi
codeout r
osr amosdeDi reit
oPrivado.
ODi r
ei t
oCi vi
l
,paraal ém der egularoest abeleciment oder elaçõespr i
vadas,funciona
também comosubsi diáriodor egimeest abelecidonoDi reitoComer ci
alounoDi rei
to
doTr abal ho.Ousejaosi stemar ecor r
eàsnor masdoDi r
eit
oCi vilparacolmataressas
omissões.
ODi r
ei t
oCi vi
lconsti
tuionúcl eof undament aldet odooDi reit
oPr i
vado.Em suma,o
Dir
eitoCi v i
lengl
obat odasasnor masdeDi rei
toPr i
vado,com excepçãodasdoDi rei
to
doTrabal hoeComer ci al
.
Ospr incípiosgeraisdoDi reit
oCi vilsãoaquel esqueest ãocont idosnagener al
idade
dasnor masdoTí tul
oIdoCódi goCi vilportuguês.
Conclui-sequeoDi reitoCi viléum Di r
eitoPr i
vadoComum eéporsuav ezsubsidiári
o
deout rosr amosdeDi rei
tosj urídi
co- ci
v i
s.

Oliv
roIdoCódigoCivi
l
,designadoporpar
teger
al,abar
caot í
tul
oI–DasLei
s,sua
i
nter
pret
açãoeapl
i
cação,i
stoé,Lei
sciv
isenãoci
vi
s,asLeisem ger
al.
Apar
teger
alj
áfoi
est
udadaem I
ntr
oduçãoaoDi
rei
to(
--
-14)
.
Ocapítul
oII
Icor
respondeaoDi
rei
tosdosEst
rangei
roseconj
unt
odaslei
s(art
igos14a
65),daqualencontr
amos1r amodedi r
eit
oaquechamamosDi r
eitoInt
ernaci
onal
pri
vado.
ATeor
iaGeralsói
nici
anotí
tul
o“dasr
elaçõesj
urí
dicas”quecomeçanoar
ti
go66ºat
é
aof
im dol
i
vroI,ar
ti
go396º
.
Pág.25
Di
vi
sãodeTeoriaGeraldoDir
eit
oCi
vi
l:Teor
iaGer
aldoOr
denament
oCi
vi
leTeor
ia
Ger
aldaRel
açãoJur
ídi
caciv
il
.
OPr of
.Mot aPint
o,divi
deem 2par
tesoest udodaTeoriaGeraldoDireit
oCi vil
,Di
rei
to
Civi
leprivadocomum, quecont
ém regrasgerai
sapli
cadasanor mascivisenãoci vi
s.
Porout r
ol ado,temosaTeor i
ager aldo ordenamentojurí
dico (
Const i
tui
ção,Leis
avul
sas,CódigoCi v
il
)eporoutr
oaTeor i
ageraldarel
açãojurí
dicaciv
il(arti
gos66ºa
396º).
Aor
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ojur
ídi
coéoconj
unt
odenor
mas,odi
rei
to,ousej
a,at
eor
iager
aldo

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l=nor
maj
urí
dica.
Quandof alamosdanor majurí
dicacivi
léi gualàsoutrasnor
masj urí
dicas,amesma
est
rutur
a, classif
icação,
car
act
eríst
icas,
aúni cadif
erençasãoasfontes(ondeestãoas
nor
masj ur ídicaspenais– CódigoPenal,ondeest ãoasnor masj urí
dicasconst.–
CódigoConst ….)
.Anor majur
ídi
cat em sedeconformeoor denamentoj urí
dicoaque
per
tence( ondeest á).
OCódi goCiv
ilPortuguêsv
ident
eéde1966,entrouem vi
gora1deJaneirode1967.
Antesdesteexist
iuo1ºCódigoPor
tuguês,queerade1867desi
gnadoporCódi
gode
Seabra,quevi
gorou90anos.
OCódi
goCi
vi
lcont
ém r
egr
asquer
egul
am oor
denament
ojur
ídi
codecadapaí
s.
“A contr
ariosensu”acompr aev endadebensmóv eisév ál
idaenãoépr eci
so
escri
tur
a( ar
ti
gos874ºe875ºC. C.
).Aval
idadedocontrat
odecompr aevendade1
automóveléa f orma quea leiexi
gepara serv
áli
do.Para osimóveis(casa)é
necessári
oescrit
urapúbli
ca,masparaosbensmóv eis,car
roincl
usi
ve,também é
necessári
o.
O cont
rat
o decompra ev enda apenasexi gedecl
aração decompra ev enda.O
pagament
oé1obr i
gaçãoqueocompr adordevecumpri
requandoov endedorrecebe
deveemit
ir1r
eci
bodequit
ação.
(
Art
igo219ºCC)nor
mager
al,
(ar
ti
go875ºCC)nor
maexcepci
onal
,por
queécont
rár
ioà
r
egr
a.
Quandoexi
stenormaexcepcionaléessaqueprev
alecesobreager al(
nacomprae
vendadebensimóveis)
,quandonãohánor maexcepcional(nacompraevendade
bensmóvei
s),
entãoapli
camosar egr
ager
al(ar
ti
go219ºCC) .
Ouseja,em 1ºl ugarvamosàpar teespeci
aldocódigopar av
erseexi
steregr
a
especí
fi
ca(porex:seforcasament
ocatóli
covamosaoDi r
eit
odaFamí
li
aev emosa
norma)quandonãoexist
eremetemosparaoart
igo219ºCC.
Nocontratodecompraevendade1bem aut
omóvelapl
i
camosoar ti
go219ºCC,
bast
aqueov endedordi
gav
endoeocompr
adordi
gacompro,podeserf
ormaver
bal
,
porescr
it
o…
Af
ormaév
ari
ável
sef
orbem móv
elexi
stel
i
ber
dadedef
orma.
Osbensmóv eisestãosuj eitosaregistonaconservatór
iaondef i
caadescriçãodo
bem.Or egi
stov isadescrev erosbensedepoi sainscri
çãoqueparaalém dedizermos
ascaracter
ísti
cast em quef icarnosl
ivrosdaConser v
atór
ia,oti
tul
araquem per tence
é1obr i
gação, ouseja,aquel equecompr ar1aut
omóv eldevechegaràconserv
at óriae
regi
starnoseunome, tem quesepr ovarqueseadqui r
iuobem.Adecl ar
açãodev enda
nãoéocont ratoei st
opr ecisadadeclaraçãodecompr aevenda.
Em suma,
sempr
equeseadqui
re1bem móv
eldev
eserr
egi
stado,
masoquei
nter
essa
Cur
soSol
i
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ador
ia1º
.Ano
7
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AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
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ogi
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ãode
Fel
guei
ras

éocont
rat
o.Or
egi
stot
ornaoact
opúbl
i
coeef
icazcont
rat
ercei
ros.
Então,
semprequeest i
ver
mosatrat
arde1si
tuação,
porexemplo,
sucessões,
vamosà
parteespeci
al– f amí
li
a,masapar t
egeralpodet erregr
asimportant
eseentão
fazemosaaplicaçãodemaisdoque1nor
ma( das2part
esdoC.).
Lei
sav
ulsas.Sãol
eisqueest
ãopar
aal
ém doCódi
go,
nãopr
eci
sav
am deexi
sti
r.
NaleiConst i
tuci
onal,t
emost odasli
ber
dadeegar anti
as,
sãolei
scivi
s.Odirei
toàv i
da,
àliberdade;à integri
dade pessoal
,li
berdade de expr
essão,l
iber
dade de cr
iação,
cul
tural
,estesdir
eitosconsagradosnaConsti
tui
ção.SãotodasqueestãonoC.C.
Al eici
vi
lconsagr
aodi rei
toàv i
da,masdizquetodoaquelequelesaroutr
ot em que
repararos danos causados,consagr
a pri
ncí
pios sobr
e o casamento,a f i
l
iação,
procri
ação…Ouseja,
aConst i
tui
ção,t
rat
adosdir
eitosdaspessoas,
dasfamíl
ias…

Teor
iager
aldar
elaçãoj
urí
dicaci
vi
l
(
art
s.66ºa396º
)

Ar
ti
gos66ºa396ºCC
A expressãor elaçãoj
urí
dicapodesert
omadanum sent
idoampl
oenum sent
ido
r
estri
toout écnico.
Ar
elaçãoj
urí
dicaem sent
idoampl
oé1si
stemadav
idasoci
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elev
ant
epar
aodi
rei
to.
Arel
açãojur
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idoest
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nadapel
odir
eit
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 Consti
tui
çãoRepubli
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tuguesa(
CRP)
 CódigoCivi
l+l
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or

.
  
 FontesdeDi reitoCivilPortuguês
Sãofont esclássicasdeDi reit
o:
a) 
  
  Lei,todaadi sposiçãoi mper
at iv
aeger aldecr iaçãoest adualqueéemanada
do ór gãos est aduai s compet entes segundo a Const itui
ção da Repúbl i
ca
Portuguesaar t.1ºCC.
b) 
  
  Assent os,doTr ibunalpl eno,estesassentossãopr oferi
dosem r ecur sopar ao
mesmoTr ibunal,ousej a,quandohádoi sacór dãosdoSupr emoTr i
bunalde
Justiça,quer elativament eàmesmaquest ãodeDi reit
ot enham est abel eci
do
rel
ações di amet ralment e opost as e se tais acórdãos f or
am pr of eridos no
domí niodamesmal egislação,
ent ãoumadaspar tesquenãoseconf or mepode
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
8
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

recorrerparaoTr ibunalPlenopar aqueest eemi taum assent o,ar t.2ºCC.


(revogadopel oacór dãodoTr ibunalConstit
ucional810/93de7deDezembr oem
que decl ar
ou i nconstit
ucionala emi ssão de doutri
na com f or
ça obr i
gatór
ia
geral.
).
c) 
  
  Usos,ael er efereoar t.3ºCC. ,sóvalem quandoaLeiodet erminar.Porsisó
nãosãof ontedeDi reit
oCi vi
l.
d) 
  
  Equi dade,segundooar t.4ºCC. ,podem aindaost ribunaisdeci diroscasos
que l he sejam pr esentes segundo o pr incípi
o da equi dade ( i
gualdade).A
equidade só é t ambém admi ti
da quando haj a uma disposi ção legalque o
permi taequandoai ndaaspar tesassim oconv enci
onar
em.
ALei éfont eexclusivadoDi rei
toCiv i
lpor
tuguês.

Pág.178

Est
rut
uradar
elaçãoj
urí
dica


tul
oII–daspessoas(
suj
eit
os)

Capí
tul
oI–daspessoas(
suj
eit
os)
Capí
tul
oII
I-Subt
ít
uloI
I–dascoi
sas(
obj
ect
o)
Subt
ít
uloI
II–dosf
act
osj
urí
dicos

Arel
açãojur
ídi
caédet
ermi
nadacomoumasi
tuaçãodav
idasoci
alqueser
evel
apar
a
odir
eit
o.

Est
amesmar el
açãoéconsti
tuídapeloselementos:
 Sujei
tos–pessoas
 Objecto–umav ezqueincidesobrealgo
 Factojur
ídi
co–Insul
to,contrat
odet r
ansporte,
detrabal
ho….
 Garanti
a–existem naleinor masquepr otegem osindiv
íduosat
ri
bui
ndo-
lhes
di
reit
os

Asrel
açõesj
urí
dicassurgem semprequeentr
amosem cont
act
ocom aspessoase
est
abel
ecemosumal i
gaçãoqueint
eresseaoDi
rei
to

Aos el
ementos da r
elação j
urí
dica t
ambém se chama Pl
ano Sav
ignyou model
o
ger
mânico.


.Aul
a14.
03.
2007
Cur
soSol
i
cit
ador
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.Ano
9
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.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Sumários:Osist
emadoCódi goCivi
lde1966Ascaracterí
sti
casdoti
podeformulaçõesuti
l
izadoAsci
rcunst
ânci
ashi
stóri
casda
suaelabor
açãoeal egi
slaçãoposter
ior
Sumários:Par
teI-Teori
aGer aldoDirei
toCi
vi
lCap.I-Fontesdodir
eit
ocivi
lpor
tuguês1.Formasdesurgi
mentodasnormas
j
urí
dicasciv
is2.Dipl
omasf undamentaisdodi
rei
toci
vil3.OCódigoCivi
lde1966

Pri
nci
piodoreconhecimento da pessoa e dos di
rei
tos de
per
sonali
dade–arts.
66ºa81º.

Personal
i
dade–Conceit
omaisi
mportant
edoDirei
to,
poi
sdi
zrespei
toàspessoas,
ao
serhumano,éamat
ériamai
snobredodir
eit
o,ar
ti
go66º.

Personali
dadeJurídica–Apt i
dãopar
asert i
tul
ar/
sujeit
oder
elaçõesjur
ídi
casdi
rei
tose
obrigações.È uma qual idade dos seres humanos,adquiri
da no moment o do
nascimento compl eto e com v i
da (pessoa si
ngular)
.As empresas t
ambém t êm
personali
dadejur
ídica,t
rata-sedepessoascolect
ivas.

APer sonal
idadeJur ídi
cat raduz-sepreci
sament enasuscept ibi
li
dadedesert i
tul
ar
dedireit
oseseest aradstr
itoav inculações,
art.66º/1CC.
À PersonalidadeJur í
dicaéi nerenteaCapaci dadeJur ídi
caouaCapaci dadede
Gozodedi rei
tos( art
.67ºCC) .
Fala-
sepoi s,deper sonalidadepar aexprimiraqual i
dadeoucondi çãojur
ídi
cado
enteem causa–ent equepodet erounãot erpersonal
idade.Fala-
sedeCapaci dade
Jurí
dicapar aexpr i
miraapt i
dãopar asertit
ulardeum cí rcul
o,com mai soumenos
rest
ri
ções, derelaçõesjurí
dicas–podepori ssot er-
seumamedi damai oroumenorde
capacidade,segundocer t
ascondi çõesousi tuações,sendo-sesempr epessoa,seja
qualforamedi dadacapaci dade.

Per
sonal
i
dadej
urí
dica

Di
zrespei
toàspessoas Éaapt i
dãoparasesert
itul
ar(
sujei
to)de
r
elaçõesjur
ídi
cas(
dir
eit
oseobrigações)
.

Nodirei
tomodernoPor tuguêsenasNaçõesci v
il
izadas,t
odooserhumano,t
em
per
sonal
idadej
urí
dica.Gozam dedi
rei
toseobr
igações.
 Ohomem ét
it
ulardedi
rei
toseobr
igações.
 Todososser
eshumanost
êm apt
idãopar
aser
em suj
eit
os/
pessoasj
urí
dicas
 Aspessoast
êm obr
igaçõesper
ant
eosani
mai
s,j
áqueest
esnãot
êm di
rei
tos
 Asempr
esas(
ent
idadesdot
adasdeper
sonal
i
dadej
urí
dica)t
êm per
sonal
i
dade
Cur
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Fel
guei
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j
urí
dica–apt
idãoj
urí
dica
Nost emposmai sremot os,oescravonãot inhadireitosnem dever
es,por t
antonão
ti
nhapersonali
dadejur
ídica.Oescravoera1obj ect
oenãoosuj ei
to,nãotinhadirei
tos
nem obri
gações.Aindahoj eexi
stem soci
edadesqueadmi tem aescrav
atura,nãosão
port
antoEstadosdeDi r
eitoenãopossuem Const i
tuição,quegarant
aaexi stênci
ade
di
rei
tosedev er
esaosci dadãos.
Todosossereshumanost êm est
aaptidãopar
aserem suj
eit
osenãoobj ect
o( quesão
coi
sas– plantas,animai
s…).Assim osanimaisnãot êm dir
eit
os,porquenãot êm
per
sonal
idadejurí
dica,
masosser eshumanostêm odevereaobrigaçãodetratarbem
osani
mais.
Par
aal ém daspessoassi ngul
aresjur
ídicas(ser
eshumanos),temosaspessoas
col
ect
ivas(
empresas,associ
ações…),
entidadesdot
adasdeper
sonali
dadej
urí
dica.
Começo da per sonalidade jur
ídi
ca.Nos t ermos do ar t
igo 66º,nº1 do C. C.“A
personali
dadejurídi
caadqui r
e-secom onasci ment ocompl eto”
,em ter
mosjurídi
cos,
acontecequandoobebésesepar acompl etamentedocor podamãe,ousej a,quando
écor tado o cordão umbili
cal.Seo bebémor r
erapóst ersido cort
ado o cor
dão
umbili
caladquiri
uper sonali
dadejurí
dica,massemor rerduranteagestaçãoouantes
docor tedocordãoumbi li
cal,
nãoadqui r
iupersonal
idadejurí
dica.
Of
etonãot
em di
rei
todepr
opr
iedade,
masadqui
re-
oapósonasci
ment
ocompl
eto.
Aleipermi
tequesef açam doaçõesaosnasci t
urosconcebidosounãoconcebi dos
(ar
ti
go95º,nº2C. C.
)esedef i
nam sucessõessem qualquerrestr
ição.Quantoaos
concebi
dos(ar
ti
go2033, nº1C.C.)eapenastest
amentári
aecont rat
ualmente,quanto
aosnãoconcebi
dos(ar
tigo2033º,nº2C.C.)
.
Exemplo:Oav ôtem um carr
oant i
goev al
i
oso,decolecção,eresol
vedoá-l
opor
escri
toem reuniãodefamíl
ia,aobebéqueaindanãonasceu,masobebéaindanão
étit
ulardodirei
todepropri
edadeenquantonãoaconteceronasci
mentocompleto.
Entr
etanto,
ocar roj
ásaiudopat r
imóni
odoav ômastambém aindanãoédobebé.
O bebé ai nda não tem personali
dade j
urí
dica por
que ainda não t em v i
da
j
uridicamente,masapósonasci mentocom vi
daobebépassaat erdir
eit
o.Sepor
venturamor rerpassadashoras,diasou meses,o automóv elqueer adasua
herançapassaaper t
enceraospaisporser
em osherdei
rosdir
ect os.Masseobebé
nascemor toounascev iv
omasnãoécor t
adoocor dãoumbilicalantesdemor r
er,
ocar rovolt
apar aopat r
imóni
odoav ô,j
áqueobebéj ur
idicament enãot omou
possedasuaher ança.
Concept
urososqueai
ndav
ãoserconcebi
dos.Podem serf
eit
ost
est
ament
osaf
avor
dest
es.
O ar
ti
go 66º
,nº2 do C.
C.est
abel
ece que osdi
rei
tosr
econheci
dosporl
eiaos

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ãode
Fel
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ras

nascit
uros dependem do seu nasci mento,ou sej
a,apesarde não ter
em ainda
personal
idadejurí
dicae,port
antonãoserem suj
eit
osdedirei
to(ar
ti
go66,nº1C.C.)a
nossaleireconheceaosnasci t
uros“di
rei
tos”
emboradependent
esdoseunasci
ment o
completoecom v i
da( ar
t.66,nº2).
Vamossuporque:
a)Durant
eagest açãoomédi coprescr
eve1medi camentoparaamãequev em a
causardanosf
ísicosoumentaisaobebé.Apósonascimentocomplet
oobebéou
al
guém,porel e uma vez que o bebé não o pode f
azer,pode pedi
ruma
i
ndemnizaçãopordanossofri
dos.
b)Amedicaçãoprescri
tav
em aprovocaramort
eant esdonasci
mentoouant eso
bebémor r
eantesdonascimentocomplet
o,apenasospai spodem pedi
ruma
i
ndemnizaçãoporper
dadobebéeporevent
uai
sdanossofr
idosporel
es.
Vert
odosdoC.
C.(
nº2doar
ti
go66º)
ar
ti
go952º-r
elat
ivament
eaosnasci
tur
os
ar
ti
go1855º-r
elat
ivament
eàper
fi
lhação
ar
ti
go1878º-r
elat
ivament
eaopoderpat
ernal
ar
ti
go2033º-r
elat
ivament
eàsucessão
ar
ti
go2240º-r
elat
ivament
eàsucessãot
est
ament
ári
a
Decuj
osoquemor
reu.

Exi
stem si
tuaçõesem queodi
rei
tonãot
em suj
eit
o,éocasodosnasci
tur
os.

Exi
stem ai
ndasi
tuaçõesquesãoumaf
icçãodal
ei.

Not
a:Concept
uros–al
guém queai
ndav
aiserconcebi
do

Ant
esdonasci
ment
onãohádi
rei
tosnem obr
igações

Apersonal
idadejur
ídi
caacabacom amor
te,i
stoé,osdi
rei
toseobr
igaçõescessam
par
aof al
ecido.


decuj
us”–Mor
to/Fal
eci
do

Rel
ati
vamenteadetermi
nadosdirei
toseobr
igaçõescessam par
asiquemor
re,mas
sãotr
ansmit
idospar
aosherdei
ros.

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Osquepassam par aosher deir


ossãoosmat eri
aiseosquenãopassam sãoos
pessoais.
Osdi rei
tospatrimoniai
s,aval
iadosem dinhei
rotransmi t
em- se;osdirei
tospessoai s
comooéodi r
eitoàv i
da,àhonr a,nãosetr
ansmitem,sãooschamadosdi rei
tosde
personali
dade.
Odi r
eitoparaapessoaquemor redesapar
ece,noent anto,osseusf amili
arestêm o
di
reitodeexi girquesej am respeit
adososdirei
tosdeper sonali
dade( art
.71ºCC) .
Exi
steodi r
eitodesal vaguardarai magem,ar eputação,porpar tedosf amili
ares
daquelequejápar ti
u.

Di
rei
toPer
sonal
i
dade

Cessacom aMor
te

Di
rei
toàVi
da
Di
rei
toNome
I
magem
Honr
a

Estespodem noent
ant
oserev
ocadossegundooar
ti
go71ºCC“
Ofensasapessoasj
á
fal
ecidas”

Amor
tej
urí
dicacoi
nci
decom amor
temédi
cae,
amor
temédi
caéamor
tecer
ebr
al.

Direitosdeper sonal i
dade
Desi gna-seporest afórmulaum cer t
onúmer odepoder esjurídicosper t
encent esa
todasaspessoas, porfor
çadoseunasci ment o.
Todaapessoaj ur
ídi
caéef ecti
v ament e,ti
tul
ardeal gunsdi r
eitoseobr igações.
Mesmoque, nodomí niopat
rimoni
allhenãoper tençam porhipót esequai squerdireit
os
–oqueépr aticament einconcebí
vel–sempr eapessoaét i
tul
ardeum cer t
onúmer o
dedi rei
tosabsol utos,quesei mpõem aor espeit
odet odososout ros,inci
dindosobr e
osv ár i
osmodosdeserf ísi
cosoumor aisdasuaper sonalidade.São chamados
dir
ei tosdeper sonal idade(art
.70ºseg.CC) .Sãodi r
eitosgerais,ext rapatri
moni aise
absol utos.
Sãoabsol utos,por quegizam depr otecçãoper antet odososout roscidadãos;são
nãopat r
imoni ais,por quesãodi r
eitosinsuscept ívei
sdeav ali
açãoem di nheir
o;são
i
ndi sponí v
eis,por quenãosepoder enunciaraodi r
eit
odeper sonalidade,sef i
zeressa
vont adeénul a,nost ermosdoar t
.81º /1CC;sãoi ntransmissíveis,querporv ida,quer

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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

pormorte,est
es dir
eit
os const
iuem “
t o mí
nimo necessár
ioei
mpr
esci
ndí
veldo
cont
eúdodapersonal
i
dade”
.

Dir
eitosdeper
sonali
dade-Todoaquelequenascecompl
etoecom vi
daadqui
reum
conjunt
odedirei
tosqueinci
dem sobr
eosmodosdeserf í
sicosepsí
qui
cosdeuma
pessoa.

Noçãodedi rei
tosdeper sonal i
dade(CapeloseSousa)
Osdi reit
osdeper sonalidadesãodi r
eit
ossubj ect
ivospr i
vados, absolutos, gerai
s,extra
patri
moni ai
s( não av aliávei
s em di nhei
ro),i natos,per pétuos,i ntr
ansmi ssíveis,
rel
ativament eindi
sponív eis,t
endoporobj ectoosbenseasmani festaçõesdapessoa
humana,v isando tutel
ara i ntegri
dade e o desenv ol
viment of ísi
co e mor aldos
i
ndivíduose,obr i
gandot odosossuj ei
tosdedi r
eitoaabst erem- sedepr at i
caroude
deixardepr ati
caractosque,i l
icit
amenteof endam aper sonalidadeal heia,sem oque,
sobpenadei ncorrer
em em r esponsabil
idadeci vi
le/ ounasuj ei
çãoàspr ov i
dencias
cív
eisadequadas, aevit
araconsumaçãodaameaçaouaat enderosef ei
tosdaof ensa
comet ida.

SegundooPr of.Capel odeSousa, queest udouosdi reit


osdeper sonal i
dadedur ant e20
anos,par ael e.OsDi r
eitosdePer sonal i
dadesãoDi rei
tosSubj ect ivos( sãopr i
vados) ,
absolutos(osdi rei
tospodem serabsol utos, comoéocasododi rei
todeper sonalidade
e os direitos reai s,ou direi
tos r elat
ivos,que são os di r
eitos de cr édit
o),ger ai
s,
extr
apat ri
moni ais,(nãosãoav ali
áv ei
sem di nheiro)inatos,(surgem com onasci ment o)
perpétuos,( duram t odav ida)i ntransmi ssíveis,(nãopodemost r
ansmi ti
rpar aout ra
pessoa, sãonossospar atodaav ida)relativament ei ndi
sponí v
ei s, t
endoporobj ectoos
benseasmani festaçõesinterioresdapessoahumana, visandot utelarai nt
egridadee
odesenv olvi
ment of í
sicoemor aldosi ndiv í
duoseobr igandot odosossuj eitosde
dir
eit
o aabst erem- sedepr aticaroudedei xardepr at i
caract osquei l
ici
tament e
ofendam ouameacem of enderaper sonalidadeal hei asem oque( ousobpena)de
i
ncorrerem em r esponsabili
dade ci vile/ ou na suj eição às pr ov i
dencias cí veis
adequáv eisaev it
araconsumaçãodaameaçaouaat enuarosef ei
tosdaof ensa
comet i
da.
Expl
i
caçãodar
azãodoPr
of.Capel
odeSousa.
Osdirei
tosabsolut
ossãodi r
eit
osqueseopõem at odasaspessoas,queseimpõe.Os
di
rei
tosabsolutosdevem serrespei
tadosport odasaspessoasàf acedaterr
a.Ex:O
di
rei
toáv idaéabsoluto,por
quesei mpõeat odasaspessoaseest áaci
madet odos
osoutrosdir
eit
osepori ssodeveserrespei
tado.
Contrapõe-
se-
lhes1deverger
aldeabst
racção,
queéaobri
gaçãoquer
ecai
sobreout
ra
pessoa,ousej a,1dir
eit
oabsolut
o,ouchamadaobr i
gaçãopassi
vauniver
sal
.É1

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Escol
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

obr
igaçãoenão1di rei
to,éger
alment
euni
ver
salporr
ecaisobretodoseé1obri
gação
denãof azer.Tenhodir
eit
oaomeunomequenãodev eseridênt
icoaodeout
rapessoa,
omeudi reit
oài magem quenãodeveserr
epr
oduzi
danocomér cio.
Di
rei
tosabsol
utos–er
gaomi
nis–querdi
zer“
opõe-
seat
odos”
Relat
ivamentei
ndi
sponí
vei
s.Porquepodemosaut
ori
zarquecer
tosactospossam
ofenderanossaint
egri
dadefí
sica.(
dir
eit
odei
magem – ar
ti
go81º,nº
s.1e2do
CódigoCivi
l)
Osdi r
eit
osreais(dir
eit
odepr opr
iedade)sãoabsol
utosporquerecaem sobr
easoutras
pessoasedev em serrespeit
adosepodem seri mpostos.Comoéof actodeeuexi
gir
queni nguém violeami nhapr opri
edade.O propri
etár
iousa,frui(arr
enda)
,di
spõe
(vendendo,doando,empr est
ando),ouseja,osdirei
tosreai
stambém sãoabsolutos.
(Osdirei
tosabsolutosnãosãoquant i
fi
cávei
s.MASOSREAI SSÃO).
Quando1direi
tor
ealédestr
uídoéquant
if
icadoepori
ssopoder
áhav err
esti
tui
ção“in
natur
a”oupormer oequiv
alent
e,masquandoéodi r
eit
odepersonali
dadeapenas
podehaveri
ndemni
zação.Oqueelest
êm em comum éofact
odeserem absol
utos.

Dt
o.Per
sonal
i
dade
Absol
utos

ergomnes” Dt
o.Reai
s
Di
rei
tos
Rel
ati
vos Dt
o.Cr
édi
to(
ex.odi
rei
todedébi
to
(
dir
eit
odocr edorsobr
eodev
edor
).

Deverjur
ídi
co”

Di
rei
tosAbsol
utos–Di r
eitosdepersonal
i
dadeedireit
osreais–i
mpõem-
seat
odos
aspessoasedevem serrespei
tadosportodossem excl
usão.

Di
rei
tosGer
ais–Todosgozam dest
esdi
rei
tos

Di
rei
tosExt
raPat
ri
moni
ais–Nãosuscept
ívei
sdeav
ali
açãopecuni
ári
a.

Dir
eit
osI
nat
os–Decorrem donasci
ment
o,sãoautomáti
cos,cont
udoodir
eit
oao
nomenãodecor
redonasci
mentomassim doregi
sto,
assim comoodir
eit
odeautor
.

Di
rei
tosPer
pét
uos–Osquesãopar
atodaav
ida

Di
rei
tosI
ntr
ansmi
ssí
vei
s–Nãopodem sert
ransmi
ti
dos,
sãodecadaum par
asempr
e.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
15
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Di
rei
tosReai
s–Di
rei
todepr
opr
iedade(
bens)
,também éabsol
uto.

Di
rei
tosRel
ati
vos–Dev
erj
urí
dico,
deporexempl
oodi
rei
todocr
edorsobr
eodev
edor
.

Deverger
aldeabst
enção–Obrigaçãodetodasaspessoasper
ant
eum poderabsol
uto
oudenominadodeObri
gaçãopassivauni
ver
sal.

Dev
erdeabst
ençãoper
ant
eum di
rei
to–obr
igaçãodenãof
azer

I
ndisponívei
s,porquenão podemosdi spordo direi
to deper sonal
idade( podemos
autor
izarquedisponham donossocorpoparaseroperado,porqueépar anossobem).
Aleinãoper mitequeaspessoasdisponham dosseusdireit
osdeper sonali
dade(não
podemosdei xardeter
mosnomeounãopodemosv enderum rim,etc.
.).
Art
igo81º,nº1e2doC. C.
.Sãodireit
osquepodem serdisponívei
s.Pode-sedi
spordo
di
reit
odepersonali
dade,masnãopossodi spordodirei
toàvida.Nãopossoesegundo
oarti
go81ºal imit
açãovolunt
ári
aénul a.Oquemost raqueol egi
sladornãoquerque
aspessoasdisponham dosseusdirei
tosdepersonal
i
dade.


.Aul
a21.
03.
2007

Sumár i
os:Aper sonal
idadejurí
dica:iníci
o,concei
toet er
moAaccçãodej ustif
icaçãodeóbi toOr egimejurí
dicoapl
i
cávelaos
nasci
turoseaosconcept urosOsdi reitosdepersonal
idade:noção,enumeraçãoet ut
elajur
ídicaAr el
evânci
adoconsentimentodo
l
esadoAl imi
taçãodosdi rei
tosdeper sonal
idade
Sumár i
os:Cap.II-Ospr i
ncípi
osf undament aisdodir
eitoci
v i
lpor
tuguês1.ºIntrodução2.ºOr econhecimentodapessoaedos
di
reit
osdeper sonali
dade1-Or econheci mentodaper sonal
idadejur
ídi
caat odososser eshumanos2-Or econheci
mentodeum

rculodedir
eitosdeper sonal
idade

Cur
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cit
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16
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Capaci dadej urí


dica
ÀPer sonal i
dadeJur í
dicaéi nerenteaCapaci dadeJurídicaouCapaci dadedeGozo
dedi reitos.O ar t.67ºCC,t r
aduzindoest ai ner ênci
a,est eceque “
abel aspessoas
podem sersuj eit
asdequai squerr elaçõesj urídicas,salvodi sposiçãoem cont rário:
nistoconsi steasuaCapaci dadeJur ídica” .
A Capaci dadedeExer cício,éai donei dadepar aactuarj uri
dicament e,exercendo
direitosoucumpr i
ndodev eres,adqui r i
ndodi r
eitosouassumi ndoobr igações,poract o
própr ioeexcl usiv
ooumedi ant eum r epr esentant ev ol
unt
ár i
ooupr ocurador,i
stoé, um
repr esent anteescol hi
dopel opr ópri
or epresent ado.Apessoa,dot adadaCapaci dade
deExer cíciodedi reit
os,agepessoal ment e,i
st oé,nãocar ecedesersubst ituí
da,na
prát i
cadosact osquemov i
ment am asuaesf eraj urídi
ca,
porum r epresentantelegal,e
ageaut onomament e,istoé,nãocar ecedeconsent i
ment o,anterioroupost er
iorao
acto, deout ra.
Quandoest acapaci dadedeact uarpessoal ment eeaut onomament efal
ta,estamos
per anteaI ncapacidadedeExer cí
ciodedi r
eit
os.Est apodeserespecí f
icaougenér ica.
AI ncapaci dadedeExer cíciogenér ica,équandoumapessoanãopodepr ati
car
todososact os.
AI ncapaci dadedeExer cí ci
oespecí f
ica,équandoumapessoanãopodepr ati
car
algunsact os.

Responsabi
l
idadeci
vi
l=obr
igaçãodei
ndemni
zar(
tor
narapessoai
ndemne,
sem
dano)

Responsabi
l
idadeci
vi
lporact
osi
l
íci
tos

I
ndemni
zaçõespodem ser
:

1.Restauraçãonat ur
al“i
nnat ur
a”– art.562ºCC (rest
auraçãoour ei
ntegr
ação
natural
)
2.Restauraçãoporequiv
alentepecuni
ári
o,pormeroequival
ente(ar
t.
566ºCC)
3.Compensação( em di
nheir
o)–ar t.
496ºCC( danosnãopat ri
moniai
s,moraise
ext
r apatri
moniais.

Baselegal
:art
.483ºcom r
emi
ssãopar
aosar
ti
gos562º
,566º
,496º
,564º
,488ºdo
Códi
goCi v
il
.

Not
a:Oquenãoépr
ovadonãoexi
stepar
aoDi
rei
to

Modal
i
dadesdar
esponsabi
l
idadeci
vi
l:

Cur
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ogi
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ãode
Fel
guei
ras

→ Responsabi li
dade civ i
lporf actos i

cit
os – r egra ger
al( 5 pressupost
os)–
responsabil
i
dadeci v
ilsubject
ivaporqueassentanaculpadoagent e–ar t.
483ºCC
→ Responsabi l
idadepel osr i
scos– excepção/ sem culpa– art.499ºesegui nt
es-
Responsabili
dade excepção, poi s só exi ste nos casos pr ev
ist
os na l ei
.
Responsabili
dadeci vi
lqueumapessoat em sem culpaoui ndependentementeda
culpa.Desenvol
v eumaact ivi
dadegerador
ader iscoparaosoutros
→ Responsabi
l
idadeporf
act
osl
í
cit
os–excepção–ar
t.
339º
,1349ºnº
3,1367ºCC

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ãode
Fel
guei
ras

Pressupost
osda
Obri
gação
deindemnizar

I
li
cit
ude–v i
olaçãododireit
odeout
rem ou
qualquerdi
sposiçãodesti
nadaapr
oteger
int
eressesalhei
os.

Fact
ov ol
unt
áriodoagent e–compor tament
o
dominadopelav ont
adedoagent e(quenãoé
hi
pnoti
zado,instr
umental
izado,coagi
do,
maniet
ado)

Cul
pa–dolo(
int
ençãodecausardanos);mera
cul
paounegl
i
gencia(
494º)
(omi ssãododever
decuidadoededil
igencia)

Dano–patr
imonial
(danoscessant
es–
ar
t.
564ºCCedanosemer gent
es–art.
564º
CC)
;moral
eNãoPat ri
moniai
s

Nexodecausal
i
dadeadequado–l i
gação
causal
entr
eofactogeradordodanoeo
própr
iodano.

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Em suma,éor oldesi
tuaçõesproveni
entesdof actoquepr ov
ocouodano.
Tem deexisti
rumarelaçãodecausaef eito,ouseja,nexodecausal i
dade
adequada.(
Odanosóépr ovocadoem situaçõesextraor
dinár
ias.Exemplo:
mortedeum homem quesofredocoração,porterlevadoumachapada)

Ospr incípiosfundament aisdeDi r


eit
o
Exist em novepr incí piosbasepar aasnor masdoDi rei
t oCivil
(set enomanual ):
1º.Per sonifi
caçãoj urídicadoHomem;
2º.Reconheci ment odoDi reit
osdeper sonalidade;
3º.I gualdadedosHomensper anteal ei;
4º.Reconheci ment odaf amí l
iacomoi nstrument of undament al;
5º.Per sonali
dadecol ectiva;
6º.Aut onomi apr i
v ada;
7º.Responsabi lidadeci v i
l;
8º.Pr opri
edadepr ivada;
9º.Reconheci ment odof enómenosucessór io.
 
 
 
  
  
  
 
Pri
ncípi odaper soni fi
caçãoj urí
dicadohomem
OHomem éaf i
gur acent raldet odoodi reit
o.NoDi rei
toCi vilháumat endência
humani staeaíoHomem eosseusdi r
eitosconst i
tuem opont omai si mportant edo
tr
atament odosconf litosdei nteressequesãor egidospel oDirei
toCi vi
l Port
uguês.
TodososHomenssãoi guaisper anteal ei
.APer sonal i
dadeJur ídicadoHomem é
i
mpost aaoDi reit
ocomoum conj untodef undament osdev áriaor dem,comosendo
um v alori r
recusáv el.Oar t.1ºdaCRPéquem r econheceest epr incípio.Noar t.12º
CRPét ambém f r
isado.Est epr i
ncípioganhamai simpor tânciaquandonoar t.16º /
2
CRPdi zqueospr ecei tosconst ituci
onai sel egaisr elativosaosdi r
ei t
osf undament ai
s
devem seri nterpretadosei ntegradosdehar moni acom aDecl araçãoUni versaldos
Dir
eitosdoHomem.Oar t.66ºCCdi zque, aper sonal i
dadeadqui re-senomoment odo
nasciment ocompl et oecom v i
da.Apr ópri
aPer sonal i
dadeJur í
dicaéi ndispensáv el.No
art
.69º ,ninguém poder enunci ar,not odoouem par te,àsuaCapaci dadeJur ídica.A
Personal idadeJur ídicaéumaqual i
dadei mpost aaoDi r
eitoequeencont r
apr ojecção
nadigni dadehumana.
 
Pri
ncípi odor econheci ment odosdi r
eitosdeper sonalidade
Reconheci ment odeum cí rculofundament aldedi reitosdeper sonal idade.Têm um
conteúdoút iledet otal pr otecçãopar aoHomem.
Per sonifi
caroHomem env olveum conj untomáxi modedi r
eitosdecont eúdonão
patri
moni al.
 

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Princípiodai gual dadedoshomensper anteal ei


OPr incí piodaI gual dadedosHomensPer ant eaLeiencont ra- senaConst ituiçãono
seuar t.13º .Nãosedei xader eferi
rnaConst it
ui çãoopr incí piodet ratardesi gual
aqui l
oqueédesi gual .
ALei Const it
uci onal proíbet odasasf ormasdedi scr i
minação.
 
Princípiodor econheci ment odaf amí l
iacomoi nst rument ofundament al
A Const itui çãor econheceaf amí l
iacomoel ement of undament aldasoci edade.
Est aqual idadeépr essupost odapr ot ecçãoqueasoci edadeeoEst adodev em à
famí l
ia.Oar t.67º /1CRPdi zque“ aFamí l
ia,comoel ement of undament aldasoci edade,
tem di reit o àpr ot ecção dasoci edadeedo Est ado eàef ect i
vação det odasas
condi çõesqueper mi tam ar eal i
zaçãopessoaldosseusmembr os” .
Estat utel aéassegur adaàf amí li
apel aConst ituição,assent enum conj unt ode
l
inhasf undament ais:
1. 
   
 Reconheci ment odaf amí li
acomoel ement of undament aldasoci edadecom a
iner ent econsagr açãododi reit
odet odososci dadãosacont raírem casament oe
aconst i
t uír
em f amí l
ia, conf ormeoar t.36º /1CRP;
2. 
   
 Af i
rmaçãodal i
ber dadedeconst i
tuirfamí l
iasem dependênci adocasament o.
Pr i
ncí pi odai gual dadedet ratament odaf amí l
iaconst ituídadest emodooupor
viadocasament o;
3. 
   
 Aaf irmaçãodocar áct eressenci alment elai codocasament oeapossi bili
dade
de di ssol ução do mesmo pordi vór cio,i ndependent ement e da f or ma de
celebr ação( art.36º /2CRP) ;
4. 
   
 Amat ernidadeepat erni dadeconst it
uem v alor essoci ai si manent es,ar t.68º /2
CRP;
5. 
   
 Reconheci ment odocar ácteri nsubst it
uív eldospr ogeni toresem r el açãoà
pessoadosseusf ilhosnoquet ocaàsuai ntegr alr eal
izaçãocomohomens, arts.
68º / 2, 36º /
5/ 6CRP.
 
Princípiodaper sonal i
dadecol ect iva
AsPessoasCol ect i
v asj ur ídicascr iadaspel oef eitodoDi reitodemar cam- sedas
pessoasj urídi cassi ngul ar es,embor af unci onem t ambém com cent rosaut ónomosde
i
mput açãodedi reitosedev eres,ar t.12º /2CRP,asPessoasCol ect i
vasgozam de
direit
oseest ãosuj eitasaosdev erescompat í
veiscom asuanat ur eza.Est ear t
igo
reconheceumai ndi vidual idadepr ópri
aàsPessoasCol ectivasquandoaf irmaqueel as
gozam dedi rei tosquesãocompat í
veisàsuanat ureza.
 
Princípiodaaut onomi apr ivada
Osef eitossósepr oduzem namedi daem queoDi reit
oosadmi teoupr ev ê.Isto
por quesãof enómenoscr iadospel oDirei t
o.
Este pr i
ncí pio est á di r
ect ament el i
gado ao pr incípio da l i
ber dade cont ratual,
segundooqual ,él ícitot udooquenãoépr oibido.Aest epr incípiocont rapõe- seo
princípiodacompet ênci a.Segundoest e,sóél ícitoaqui l
oqueéper mi tido.
 

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Pr i
ncípi odar esponsabi li
dadeci v il
Encont raf undament onopr incí piodal i
ber dadedoHomem.Est aidei aassent avana
i
mput açãopsi col ógi cadoact odoagent e.
Com a ev olução das r elações comer ciais passou a sur girum concei to de
responsabi li
dadeobj ect i
va.Jánãot em av ercom odol odoagent emassi m com o
ri
scoqueacompanhat odaaact i
v idadehumana.
 
Pr i
ncípi odapr opr iedadepr iv ada
At ut elaconst it
uci onaldapr opr iedadepr ivadaest áexpr essament econsagr adano
art.62º /1CRP, segundooqual“ at odoségar antidoodi reitoàpr opr iedadepr ivadaeà
suat ransmi ssãoem v i
daouem mor te,nost er
mosdaconst it
uição” ,bem comonos
arts.61ºe88ºCRP, relativosàt ut eladai niciat i
vaedapr opriedadepr ivadas.
OCódi goCi vil
,nãodef ineodi rei todepr opr i
edade,masoar t
.1305ºcar acteri
za- o,
dizendoque “ opr opr ietáriogozademodopl enoeexcl usivodosdi r
eit
osdeuso,
fruiçãoedi sposi çãodascoi sasquel heper tencem,dent rodosl imi t
esdal eiecom
obser v ânci adasr est riçõesporel ai mpost as”.
·
   
    Sect orPúbl ico:benseuni dadesdepr oduçãoper tencent esaoEst adooua
out rasent idadespúbl icas, ar t.82º /2CRP;
·
   
    Sect orPr i
v ado:per tencem osmei osdepr oduçãodapr opr i
edadeegest ão
pr ivadaquenãoseenquadr enosect orpúbl iconem nocooper ati
vo,art.82º /3
CRP;
·
   
    Sect orCooper ativo:osect orcooper ati
v or efere-seaosmei osdepr odução
possuí dos e ger i
dos pel as cooper ativas,em obedi ênci a aos pr incípios
cooper at i
v os;aosmei osdepr oduçãocomuni tários,possuí doseger i
dospor
comuni dadesl ocai s;aosmei osdepr oduçãoobj ect odeexpl oraçãocol ect i
vapor
t r
abal hador es, ar t.82º /4CRP.
 
Opr i
ncí piosucessór io
Aor dem j ur ídicapor tuguesar econheceof enómenodasucessãomor t
iscausa.No
nossosi st emaj urídico,est epr incí piodecor redocor oláriol ógi
codor econheci ment o
dapr opr iedadepr ivada, art.62º /1CRP.
Princí piodat ransmi ssibilidadedagener al i
dadedosbenspat rimoni s,ex.v
ai il
egi s:
arts.2024º ,2025º ,2156º( quot ai ndi sponível).
Quot ai ndi sponí v el,ot itulardosbenst em umaampl al i
berdadepar atestar.Por
esteef ei topodeaf astardasucessãoum conj untodef ami li
aresquenãoest ejam
i
ncl uídosnoconcei todepequenaf amí l
ia.Asucessãol egitimári
a,f unci onasempr ea
favordosher deirosl egi ti
már ios: cônj uge, descendent esascendent es.

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Casopr
áti
co1:

Num actodedesesper
oAt ent
asuicidar-
sedeixandoescr
itaumacartaem
queproíbet
ermi
nantementequeot entem sal
var.
Encontr
ado em agoni
a él ev
ado inconscient
epar a o hospi
talondeé
submetidoaumainter
vençãocir
úrgica.

a)Poder
áAexi gi
rumaindemnizaçãopel
ofactodet ersi
dosubmet i
doàoperação
cont
raasuav ont
ade?
b)Eseoci r
urgi
ãopordescui
dopr ov
ocagrav
el esãoem A,ter
áest edi
rei
toauma
i
ndemnização?Porquedanos?Aquepoderápedirtali
ndemnização?

RE:
a)Trat
a-sedeum acto que,ai
ndaquecensuráv
el(
jur
idi
cament
e)ai
ndaquenão
puní
vel
.
Acart
adeixadanãot
em qual
querval
orj
urí
dico

Al
einãoper
mit
equeni
nguém i
nfl
i
jamaus-
tr
atosf
ísi
cos

Então:
Osui cídi
onãoécr ime;
Osui cídi
oécensur ável
éticaej uri
dicamente;
Aspessoasnãot êm odireitodedi spordasuav i
da;
Qualquerdeclaraçãodosui cida,impedindoasuasalvaçãonãoéj ur
idi
camente
atendível–art.
81ºnº1;
Adecl araçãodacar t
aénul apor queoseucont eúdocontrar
iaaordem públ
i
ca.
Anãopodepedi rumai ndemni zaçãopor queasuadeclaraçãonãotem qual
querv
alor
j
urídi
co.

b)Nest aalí
neapr esume-sequeaoper açãofoiconsenti
da.
Facto–oper ação
Consequênci a–l esõesgr aves
Exi
st edescuido

RESPONSABI LI
DADECI VIL
I
li
citude–v iolaçãododi reit
oài nt
egr i
dadefísi
cadeA
Factov ol
untár i
odoagent e–agedomi nadopelasuav ontade
Culpa–Omédi conãoact uoucom di l
igênci
a
Dano–nãopat rimoniai
s( dor,
humi lhação)epatri
moniais(medi
cament
os,
fisi
oter
api
a
eout ros)
Nexodecausal idade–t ambém exi stiu

Av
eri
fi
caçãodet
odosospr
essupost
osdál
ugaràr
esponsabi
l
idadeci
vi
lporact
os

Cur
soSol
i
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Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

i
l
íci
tos–ar
t.
383CC,
logoAt
em di
rei
toaumai
ndemni
zação.

Estaindemni zaçãoodeserpedi daaomédi coquef ezaoper ação,aoDirect


ordo
Hospitalpar aoqualomédi cot r
abal
haouaambososi ndiví
duos.Sur
geaquia
possibil
idadedaexi stênciader esponsabil
idadesoli
dári
a,istoé,exist
eumadupl a
responsabili
dade,oHospi tal
éco-responsável.
Tem odi rei
todepedirai ndemnizaçãoaomédi copor
quefoielequeooperou(art
483º)
mas t ambém ao di rector do Hospi t
al por ser responsável pel
o médico e
consequent ementepelor i
sco(art
.500º)
.
Assim,Apodepedi rai ndemnizaçãototalaBouaH,oupar teaAepar t
eaH,por que
sev er
ifi
caumaco- responsabili
zação.
Aéocr edor–497º


.Aul
a28.
03.
2007

Sumários:Aut
onomi
apr ivadaeli
berdadecontrat
ualExempl i
fi
caçãosobreasexcepçõesaopri
ncípi
odal
iber
dadecont r
atual
Resol
uçãodecasospráticossobr
edi r
eit
osdeper sonali
dade
Sumários:3.
ºOpri
ncípiodaautonomiapr i
vada1.Sentidoeimpor t
ânci
a2.Ali
berdadedecelebr
açãodoscontr
atos.Excepções3.
Ali
berdadedemodelaçãodocont eúdodoscont r
atos.Excepções

1.Pr
inci
piodaautonomiadavontade
2.Pr
inci
piodaboaf é
3.Pr
inci
piodapropri
edadepri
vada
4.Pr
inci
piorel
ati
voàf amí
li
a(di
rei
todaf
amí
l
iaedassucessões)

1.Pr
inci
piodaaut
onomi
adav
ont
ade

Aut
onomi apri
vada–éopr i
ncí
piosegundooqualospar t
icul
ar est
êm opoderdeaut o-
gover
noouaut o-r
egul
açãodasuaesf eraj
urí
dica.Asuaesf erajur
ídi
caécompost a
pel
oconjuntoderel
açõesj
urí
dicasact
ivas(
dir
eitos)epassiv
as( obri
gações)
,pessoais
epatr
imoniai
sdequeumapessoaésuscept í
veldeserti
tular
.

Aaut
onomi
adav
ont
ademani
fest
a-sepor
:

1.Li
vreexer cí
ciodosdi
rei
tossubjecti
vos
2.Celebraçãodenegóciosjurídi
cos.Estespodem seruni
l
ater
aisoubi
l
ater
ais–
pr
incípiodaliber
dadecontr
atual(ar
t.
405ºCC)

Pr
incí
piodal
i
ber
dadedecont
rat
ar:

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
24
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

1.Li
ber
dadedecel
ebr
açãodecont
rat
os–di
zrespei
toàf
acul
dadequet
emosde
cel
ebr
arounãoum cont
rat
o(ar
t.
405ºdoCCi
mpl
í
cit
o).Exi
stem excepções,
ist
oé,
exist
em deter
minados contrat
os que em det
erminadas si
tuações não se podem
reali
zar
.Ex.Um casalque,casadoem comunhãodebens,omar i
doquerf azeruma
venda,sóopoder
áf azerem concor
dânci
acom aesposa.
2. Li
ber
dadedemodel
açãoouf
ixaçãodocont
eúdodoscont
rat
os-Di
zrespei
toàs
clausul
asquequer emoscol ocarnocont rat
o(ar
t.405ºCCexpresso).Existem
também excepções, poi
sexist
em cl
ausulasquepodem sernulas(ar
t.288ºCC) .
Existem det
erminadasnor masi mperati
vasquei mpedem quedet erminadas
cláusul
assejam colocadasnoscontratos.Ex.Al
einãoper
mit
equeot r
abalhador
acei
teumacláusulaquelhereti
reodi
rei
toafér
ias.Nestal
iber
dadeháquerespei
taras
normasimperat
ivas,opri
ncípi
odaboaf éeassituaçõesprev
ist
asnoart
.280ºe282º
CC(terem at
ençãoesteúlt
imo)
3.Cont
ratosdeadesão–ocont r
atoestáfei
toe,ouéacei t
ecomoum t odoou
si
mplesment
enãoéaceite.Nãopodeseralt
eradoem nenhumacl áusul
a,éum
cont
rat
o em quenão exist
ea li
berdadedemodel ação ou f
ixação do seu
cont
eúdo.

2.Pr
inci
piodaboaf
é

Éum compor t
ament odel ealdade,dehonest i
dade,quei mpedequeaspar tes,ao
actuardeseenganar em mut uamenteouout ros.
Seexistir
em duasnor masimper ati
vas,essanormanãopodesercol ocada“ àparte”do
negócio/contr
ato.
Tantonospr el
imi narescomonopóscont rat
ualtem queseveri
fi
caraboaf é.
Tanto no exercício do Dir
ei t
o como no cumpr i
mento dasobrigações,al ealdade,
honestidadesãopr incí
piosor i
entador
esdodi rei
tonoscontrat
os.

3.Pr
inci
piodapr
opr
iedadepr
ivada

Consagr
adoconst
it
uci
onalmente,aleir
econheceaospr
opr
iet
ári
ospoder
esdeusar
,
usuf
rui
redi
spordasuapropr
iedade.

Caract
eríst
icaseoutr
osdirei
tosdepropri
edade
Osdi r
eit
osr eai
soudascoi sas,confer
em aoseut it
ularopoderdirect
oei
medi
ato
sobreumacoi sa.Osdi
rei
tosreai
squeexistem sãoosprevi
stosnal
ei.
Tudo aquil
o quev amosadquir
indo ao l
ongo dav i
da(bensmóveiseimóv
eis)é
propr
iedadenossa.Todososbensquenospertencem,possuí
mossobr
eel
esodirei
to
depropri
edade.
Cur
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i
cit
ador
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REI
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.ANO

Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Di
rei
tosReais:
1.Di r
eitodepr opri
edade–poder esi ndeterminadoscom excepçãodospoder es
queal eiexpressament eproíbe.Incidesobr eosnossosbens, adquiri
dospor que
compr amos,pordoação ou sucessão.É um poderampl o com al gumas
l
imitações.Éum di reit
operpétuoai ndaqueospr opriet
ári
osnãof açam usodel e.
2.Di r
eitos reaisl i
mitados – de gozo ( usufruto,uso e habi tação,direito de
superfí
cie,servi
dãopr edial
,ti
me- sharing–di reitorealehabitaçãoper i
ódica);de
garanti
a ( consignação de r endimentos, penhor a, hipoteca, pr i
vil
égios
executóri
osespeci ais,di
rei
toder etenção);deaqui sição(contratodepr omessa
com eficáciareal–ar t
.413ºedi reit
odepr ef
er ênci
acom ef i
cáciar eal–art421º)

Osdirei
tosr
eai
sconf
erem aoseut
it
ularum poderdi
rect
ooui
medi
ato
sobr
eumacoisa.

Di
rei
tosReai
s(di
rei
tor
eal
máxi
mo)

Poder
esl
i
mit
ados
Di
rei
todePr
opr
iedade
Poder
esper
pét
uos
Di
rei
todesuperf
íci
e
Usuf
rut
o
Direi
tos Li
mit
adosdegozo
Usoehabi
tação
reais Di
rei
tos r
eai
s Di
rei
todeservi
dão
Li
mit
ados

Li
mit
adosdegar
ant
ia
Li
mitados de
aqui
sição
Odi
rei
todePr
opr
iedadeé1Di
rei
toReal
máxi
mo
ODi r
eitodePropriedadeconcedeaoseut it
ularpoder
esindet
erminados,except
oos
poderesqueal eiexpressamenteproíbe(
porexemplo,aCâmaranãoper mitequeeu
construanomeut er r
eno1pr édi
ocom mai sdoXandar es,outenhoqueoconst rui
r
afast
adodaviapúbl i
caXmet ros)
,tendoem vi
stasal
vaguar
darosdirei
tosdosoutr
os.
Poder
esl
i
mit
ados–quandoosmeusdi
rei
toscol
i
dem com osdi
rei
tosdosout
ros.
Usucapi ão.Recaisobr e pr
édi
os,que só podem serl egal
i
zados se est
iver
em
verif
icadosospr essupost
osdosar t
igos1316,1287ºesegs.doC. C.
.Sópodeser
alegadoousucapi ãoquandoopr opr
ietár
iohámui tosanos,maisde10,20nãoquer
saberousedesi nter
essadaquel
asuapr opr
iedade.

Cur
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i
cit
ador
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Dir
eit
odepr opr
iedade:poderesindet
erminadosedir
eit
operpét
uo(nãoseext ingue
pel
onãouso,masext i
ngue-sepeloabandono).Nãosãodi
rei
todepropr
iedade,mas
i
ncidem sobr
epropri
edadealhei
a.
Ascoi
sasdodomí
niopúbl
i
conãosãoapr
opr
iáv
eis(
art
igo202ºdoC.
C.)
.
Apossenãoquerdi
zerpr
opr
iedade,
maspodeocasi
onarapr
opr
iedadeporusucapi
ão.
VernoCódi
goCi
vi
l–Li
vroI
II–Di
rei
todasCoi
sas-dapági
na341a352

Di
rei
todeUsuf
rut
o

Usuf rut
o, usaref ruir(t
otal
)
Direi
tos Uso e habi tação ( só o di rei
to de
“habitar”. Usar na medi da da
reais necessi dadedapessoa.
Li
mit
adosdegozo
Limitados
Direito de super fí
cie ( di
rei
tos que
oner am opr édio)
Direitodeser vidãopr edial
,depassagem
(di
reitosqueoner am ospr édios)
Timesher ing ( direit
o de habi tação
periódica /f érias),est á em legi
slação
avulsa
Consignaçãoder endi ment
o
Li
mit
adosdegar
ant
ia
Penhor(bensmóv eis)
Capí
tul
oVI–Li
vroI
I
Hipoteca(bensimóv ei
s)
Pri
v i
l
égioscreditórios
Direi
todeRet enção
Contr
ato pr
omessa com efi
cáciareal
(ar
ti
go413ºCC)
Li
mitadosdeaquisi
ção
Dir
eit
odepr ef
erênci
acom ef
icáci
areal

tul
oI–Li v
roII (ar
ti
go421CC)

Di
rei
tosReais:
 Di r
eitodepr opr
iedade–poder esindeterminadoscom excepçãodospoder es
queal eiexpressament eproí
be.Incidesobreosnossosbens, adquiri
dosporque
compr amos,pordoação ou sucessão.É um poderampl o com al gumas
l
imitações.Éum di r
eitoperpétuoaindaqueospr opriet
ári
osnãof açam usodel e.
 Di r
eitos reaislimitados – de gozo ( usufrut
o,uso e habi tação,direit
o de
superfí
cie,servi
dãopr edi
al,t
ime-shari
ng–di rei
tor ealehabi
taçãoper i
ódica);
de
Cur
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i
cit
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

garant
ia ( consi
gnação de r endimentos, penhora, hipot
eca, pr
ivi
légi
os
execut
óriosespeciai
s,dir
eit
oderetenção);deaquisi
ção(contr
atodepr
omessa
com efi
cáciareal–art.
413ºedi
reit
odepr eferênci
acom efi
cáciar
eal–art
421º)

Osdir
eit
osr
eai
sconf
erem aoseut
it
ularum poderdi
rect
ooui
medi
atosobr
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sa.

Usuf rut
o, usaref ruir(t
otal
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Direi
tos Uso e habi tação ( só o di rei
to de
“habitar”. Usar na medi da da
reais necessi dadedapessoa.
Li
mit
adosdegozo
Limitados
Direito de super fí
cie ( di
rei
tos que
oner am opr édio)
Direitodeser vidãopr edial
,depassagem
(di
reitosqueoner am ospr édios)
Timesher ing ( direit
o de habi tação
periódica /f érias),est á em legi
slação
avulsa
Consignaçãoder endi ment
o
Li
mit
adosdegar
ant
ia
Penhor(bensmóv eis)
Capí
tul
oVI–Li
vroI
I
Hipoteca(bensimóv ei
s)
Pri
v i
l
égioscreditórios
Direi
todeRet enção
Contr
ato pr
omessa com efi
cáciareal
(ar
ti
go413ºCC)
Li
mitadosdeaquisi
ção
Dir
eit
odepr ef
erênci
acom ef
icáci
areal

tul
oI–Li v
roII (ar
ti
go421C C)

TPC

-Af
amíli
a–noçãodeDi rei
todaf amíli
a
Asfont
esdasr elaçõesf
ami l
iar
es:
 Casament o–modal idade;formasdeext
inção;
regi
mesdebens
 Opar entesco–modal i
dade
 Aaf i
nidade–noção
 Aadopção–noçãoemodal idade
Cur
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i
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ador
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-Asucessão–noção
 For mas de sucessão – sucessão l
egi
ti
ma;sucessão l
egi
ti
mar
ia;sucessão
test
amentár
ia

Noçõesbásicas:
Herdeir
o–sucedenatotal
i
dadeounacot apar
tei
dealdaher
ança
Legatár
io– oquesucedenum det er
minadobem,numadet er
minadapar
teda
herança(aquel
ebem f
icoudi
rectament
eparaaquel
apessoaesópodeacontecer
atr
avésdasucessãot
estamentár
ia)
Casopr
áti
co2:

A,cienti
sta,conheci
dopelasuai
mensaf or
tunaepelasuaincl
inaçãoparaoexercíci
o
de invest
igações no campo da genéti
ca,consegui
uat r
oco de vult
uosa quanti
a
entr
egue de i mediat
o a B,obtero consent i
mento deste paraar eali
zação de
experi
ênciasaltamentel
esi
vasdadignidadehumanaededuv i
dosautil
i
dadecienti
fi
ca.

1.Poder
áBr ecusar-
semaistar
deaconsenti
rnessasexperi
ênci
as?
2.Suponhaagor aqueB sel imi
taraaconsent i
rnacedênciadeum seurim em
benef
íci
odeAequeest eocompensaradei mediat
ocom aquanti
ade10.
000€como
for
madef azerfaceàsext
remasdi
ficul
dadeseconómicasdeB?

RE:
1.ApagaaBpar aqueest esesubmet aexper iênciaslesivasdadigni
dadehumana;
Bpermi t
equeAat ente(vi
ole)cont raasuai nt
egridadef í
sicamediantedinheir
o;
Oobjectodocont r
atoéai ntegri
dadef ísicadeB,éaut il
i
zaçãodosserhumanocomo
cobai
anumasi tuaçãonãoqual i
ficada;
Os dir
eitos de integri
dade f í
sica são em par tei ndi
sponí v
eis e B dispõe da sua
i
ntegri
dadef í
sica;
Esteconsentimentoénul o( art
.81ºCC) ,nãoproduzef ei
tos.
bbAssim,
Poder ecusar-
seat odoot empo.Ai ndaquet alf ossel egal(ar
t.
81nº 2),B poderi
a
semprear r
epender-se–ar t.289ºef ei
tosdanul idade.

2.Seset ratardeumadoação,acedênci adori


m él egalj
áqueal eipermiteadoação
deór gãos.
Noent antoot extoleva-
nosacr erquesetrat
adeumacompr aev endapoisBnão
prescindedaquant i
aem dinhei
roquederest
orecebedei mediat
o.
Porout rolado,pressupõe-
sequenãoexistapar
entescoentreambos.
Assim,at ratar
-sedeumacompr aevenda,acedênciador im nãoél egal,énul
a–
art.
81º nº1.

Casopr
áti
co3:
Cur
soSol
i
cit
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Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

AsociedadeAexploraumaclí
nicanaqual deuent r
adaB, em estadodecoma, alv
ejado
atiro.Depoisde radi
ograf
ado,B é submet ido a uma inter
venção ci
rúr
gica para
ext
racçãodabala.Portr
ocadasradiograf
ias,causadaacidental
ment epel
aenf er
meira
queast r
ansport
ouparaoblocooper at
óri
o, ainter
vençãofez-seerradament
eeBt eve
desermai st
ardesuj
eit
oaum nov oactocirúrgi
co.

Poder áBreagir?Cont raquem?Ecom quef undamento?


RE:
Responsabili
dadeci vil
Factos:
Int
ervençãocirúrgicasem aut or
ização
Oconsent iment odol esadoépr esumi do?Apli
ca-seoart.340ºnº
3?
Veri
fica-
seoi nteressedol esado?Si m, oseuinter
esseécom quef açam oquet
iver
em
defazerpara“ repararem”oseuest adoant eri
or.Ointer
essedaspessoasdoenteséa
suasaúde.
Deacor docom asuav ontadepr esumível?Parte-
sedopr i
ncí
pioqueseest i
vesse
conscient
eaut ori
zaria,queapessoaquer iaseroperada.

Daquiseconcl
uial
ici
tudedacondut
adomédi
co–340ºnº
1nost
ermosdonº
3do
mesmoarti
go.
Assi
m,cont
raomédiconãopodereagi
r.

Noent ant o,
v erif
iquemosospr essupost os:
I
li
citude–v er i
fi
ca-seporqueai nt
egridadefísicadeBf oivi
oladacom oactoci
rúr
gico
queer radament etornouumapar tedoseucor pocom saúde,munapar t
equedeixou
deat er.
Danos–v er
ificam-senãosódenat ur
ezapatr i
monialcomonãopat ri
monial
Factov oluntáriodoagent e–v erif
ica-
se,nãof oimaniet
adopar aofazer
Culpa–nãohá
Nexodecausal idade–v eri
fi
ca-se,foianest
esi ado,
abertoefechado.

Consequência–omédi conãotem cul


pa.
Jáquantoàenf er
meir
a:
I
li
citude–sim
Dano–si m
Factovol
untári
odoagente–si m
Culpa–sim( pornegl
i
gencia)
Nexodecausal i
dade–sim

Est
andoveri
fi
cadotodosospr essupost
os,concl
ui-
sequeaenfer
meiraéacul pada.A
enf
ermeir
aresponderánost
ermosdoar t.483nº3
Ser
áapenasaenf er
meiraar
esponsáv el
?
Não,também asociedaderespondenost ermosdoar t
.500º-responsabi
l
idadedo

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
30
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

comi
tent
e→ r
esponsabi
l
idadeder
isco.

SefosseoEstado(Hospi
talpúbl
i
co),r
esponder
iaaenf
ermei
raeoEst
adonost
ermos
doart
.501ºqueremeteparaoart.
500º.


.Aul
a04.
04.
2007
Sumár ios:Ar esponsabil
idadecivi
lporf actosil
í
citos,pel
ori
scoeporf actosl
íci
tosAresponsabi
li
dadecivi
lecri
minalA
responsabil
idadecont r
atualeext r
acont r
atualResoluçãodecasospr ´sti
cossobredir
eit
osdepersonali
dadeeresponsabili
dade
civi
l
Sumár ios:4.ºAr esponsabili
dadecivil1.Noção,impor t
ânci
a,pressupostosemodal i
dades5.ºAconcessãodapersonalidade
j
ur í
dicaàspessoascol ectivas(remissão)6. ºApropri
edadepriv
ada1.Car act
erí
sti
casdodirei
todepropri
edade2.Osdireitosr
eai
s
l
imitados

Rel
açãoj
urí
dica

Relação jurí
dica – é toda a rel
ação da vi
da soci
alrelevant
e par
a o direi
to ou
j
uridicamenter el
evant
e.Estabel
ece-sesempreentr
edoissujeit
o.Tem porori
gem um
factojurí
dicoeésempr ecompost oporpelomenosum dir
eitoeumaobr i
gação.

Suj
eit
oact
ivo-Exi
stênci
adeum di
rei
tosubj
ect
ivo
Rel
açãoj
urí
dica
Suj
eit
opassi
vo-Exi
stênci
adeumaobr
igação

Quandoapenasexi
steumaobr
igaçãoeum di
rei
toest
amosper
ant
eumar
elação
j
urí
dicadot
iposi
mples.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
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TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Di
reitoSubj
ect
ivoem
senti
doamplo

Di
rei
tosubj
ecti
vo
pr
opri
amentedit
o=Dever Pot
est
ati
vo=estadode
j
urí
dico:
positi
vo(aquel
eque suj
eição
exi
gecompor t
amentos)ou
negati
vo

Rel
açõesjurí
dicascomplexas–ossuj
eit
ostêm vári
osdi
rei
tosevar
iasobr
igaçõesna
mesmar elação.A maiori
adasrel
açõesjurí
dicassãodesteti
po.Ex.Contratode
ar
rendamento.

Ar
elaçãoj
urí
dicapodeai
ndaser
:

1.Abstr
acta–compost apeloconj
untodasnormasl egaisqueregulam oconj
unto
dosdirei
toseobri
gaçõesdaspartes
2.Concreta–queseest abel
eceentresuj
eit
osindi
vi
dual i
zados,quesurgeatr
avés
deum certocont
rato.Èconcr
eti
zadaem pessoasef actosconcretos.

I
nst
it
utoj
urí
dico≠Rel
açãoj
urí
dica

Institutojur
ídi
co– éf ormadoporum conj untoderel
açõesjurí
dicasquetêm uma
afinidadeent r
esi,t
êm umal igaçãoporqueest ãoaoservi
çodomesmof im ouda
mesmaf unção.
Conj untodenor mas,conjuntoder el
açõesj ur
ídi
casem abstr
act
o.Esteconjuntode
nor masnãoédesor ganizado.
Ex.Fi li
ação–mat éri
adodi r
eitodafamíli
aquedecor r
edocasament oedogr aude
par entescoqueli
gaduaspessoas
Assi m,
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
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TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Fi
li
ação–Insti
tutojur
ídi
codafil
iação
Adopção-Inst
it
utojur
ídicodaadopção
Compropr
iedade-Insti
tutoj
urí
dicodacompr
opr
iedade

Ar
elaçãoj
urí
dicat
em 4el
ement
os:

1.Sujei
tos–pessoasquei ntervêm nar el
açãojurí
dica
2.Objecto– obem sobr equei ncidem ospoder esdot it
ularacti
v odarel
ação
j
urídi
ca( di
reit
osubjecti
vo)
3.Facto–ev entoquedáor i
gem àr elaçãojur
ídi
ca
4.Garantia–f ormadapel oconjuntodasmedi dascoer ci
vaspr evi
stasnal
eipara
tut
elarodi rei
todot it
ularactivo;garanti
rqueosuj eit
opassi v
ocumpr aoseu
deverjurí
dico(est
ár el
acionadocom oacessoaost r
ibunais)

Concei
tos:

Di
rei
to subj
ect
ivo pr
opriamente di
to – poder r
econheci
da aos par
ti
cul
ares de
l
iv
rementeexi
giroupr
etenderdeoutr
em um compor
tamentoposi
ti
voounegat
ivo.

Li
v r
emente– Car
acter
íst
icadosdi
rei
tossubj
ect
ivos,oseuexer
cíci
oél
i
vre;oseu
ti
tul
arpodeounãoexer
ce-lo.

Exi
gir–obr
igaçãoci
vi
ldosuj
eit
opassi
vo;
obr
igaçãocuj
ocumpr
iment
oéj
uri
dicament
e
exi
gível

Pr
etender–Obri
gaçãonat
uraldosuj
eit
opassi
vo;obri
gaçãocuj
ocumpr
iment
onãoé
j
uri
dicament
eexi
gív
el–art
.402ºCCEx.Div
idaqueprescr
eve.

Nota:Poderes/deveresou poderesf unci


onais.Estespoderes/deveresnão são
verdadei
ramenteli
vres.
Ex.Poderesqueospai stêm em relaçãoaosf i
lhos,nãosetrat
adeum v er
dadei
ro
dir
eitosubj
ecti
vo,éantesum direit
oqueési mul taneament
eum dev er.OInst
it
uto
dopoderpaternalr
egulaarel
açãoent reospaiseosf i
l
hosat
éàmai or
idade.

Di
rei
tospotest
ati
vos–éopoderr econheci
dopel
aordem j
urí
dicaaumapessoade
l
iv
remente,sódepersioucoadj
uvadoporumadecisãodeumaautori
dadepúbl
ica,
pr
oduziref
eit
osqueinelut
avel
menteseimpõeàcontrapar
te.

Produçãodeefei
tos–osujei
topassi
voest
ánum est
adodesuj
eição–“
éum sof
rer

Ex.Exercí
ciododi
vór
cio.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
33
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Const
itut
ivos…
Di
rei
tospot
est
ati
vos Modif
icati
vos…
Ext
int
ivos…
…der el
açõesqueseimpõeinel
utav
elment
ena
esf
erajurí
dicadacont
rapar
te

Ónusjur
ídi
co–necessidadedeadoptarum compor
tament
opar
aar
eal
i
zaçãodeum
i
nter
esseprópr
io.Nãoéum dev
erjur
ídi
co.

Ónusj
urí
dico≠Dev
erj
urí
dico

Palav
ra-
chave:necessidade
Ex.Submeterosimóv eisaregi
sto
Oregist
onãoéum dev erjur
ídi
comaséum ónus.
Ónusdaprov a–art.342º CC-todoaquel
equei
nvocarum di
rei
to,
tem quef
azerpr
ova
domesmo, tem oónus, anecessi
dade

Expectat
ivajurí
dica – estádi
o ou fase de um pr ocesso compl exo de f
ormação
sucessiv
adeum di r
eit
o.Estaéumasi tuaçãoacti
va,juri
dicamentetutel
ada,ist
oé,
exi
ste a possibilidade de aqui
sição f ut
ura de um di rei
to encontr
ando-
se já
parci
almenteveri
ficadaasit
uaçãojurí
dicaconsti
tut
ivadessedi r
eit
o.

Expect
ati
vaj
urí
dica≠Dev
erj
urí
dico

Ex.1herdei
rol
egi
ti
mário(descendent
e,ascendenteoucônj
uge,ai
ndaqueoaut
orda
sucessãonãooquei
ra)em vi
dadoaut ordaherança–ar
t.2157º

Casopr
áti
co4

Aldinaéumat opmodelder enomenomei odamodaedapubl icidade.Anecessi dade


demant erum t om depel ebr onzeado,necessár i
aparaasuai ntensaact i
vi
dade
profissional ,levouAl dinaarecor reraoconsumodepast il
has“ol haobr onze”.Parat al
diri
giu-seàf armáci adeBal duí
nopar aadqui r
irduasembalagensdaquel epr odut o,
tendosi doat endidaporCândi do,r ecentement econtr
atadopar aoat endiment ode
cli
ent esaobal cão.
Perant eabel ezaeoespl endordeAl dina,Cândidoconfundiu-seev endeu-lheduas
embal agens de “ olha os onze”pr oduto que t i
nha uma fi
nal idade f ar
macol ógica
compl etament edi stinta.Dadoqueseav i
zinhavaumapassagem demodai mportante
paraAl dina, estai nger i
udosesdupl asdopr odutoqueadquir
iunaf armáci aesperando
assim obt ermai sr apidament eoef eitodobr onzeado.
Aof im det r
êsdi as, nãosót al ef
eitonãoocor reucomoaindaAl dinacomeçouar ev el
ar
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
34
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

uma cor amar elada, f rutos dos ef eitos colat er


ais resultantes da ut il
i
zação
desmesur adador eferi
domedi cament o.
Aof im deci ncodias,Al dinacomeçouaper dermui tocabeloe, finalment et evedeser
i
nt ernadanum hospi tal paraaísesubmet eraumadesi ntoxicação.
Em consequênci adaquedadecabel o,Aldinadei xoudepoderf azerpassagensde
modat endoasuacot açãocomomanequi m descidobast ante.Par at ent arumar ápida
recuper ação do seu cabel o,Dal i
la,médi ca der matologista pr opôs a Al dina
exper iment arum nov opr odut oai ndaem t estesnomer cadochamado“ ol haocapi l
ar”
,
propost aqueAl dina,em desesper oaceit
ou.
Aocont rári
odoesper ado,Al dinaf ezumar eacçãoal ér
gicaaopr odut ot endoai nda
vistoasi tuaçãopiorar.
Passados sei s meses,Al dina ai nda está pr ofi
ssional
ment ei nact iva e com uma
i
magem mui t
oenf r
aqueci da, sof rendodeumadepr essãoner vosa.Est asi tuaçãol evou
ar evista“ olhaosoci al
”aaf i
rmarqueacr isedei magem deAl dinasedev eaof actode
elaset ert r
ansformadoem t oxi codependent e,fact
oqueéi ntei
rament ef also.

Anal
iseasdi ver
saslesõesdedir
eit
ossof r
idasporAldi
nae,nocasodeconsi
der
ar
exi
sti
rresponsabi
li
dadeciv
il
,di
gaquem sãoosresponsáv
eis.

RE:
1ºFact
o–Tr
ocademedi camentosetomaexcessiv
adedoses;
2ºFact
o–Medicamentoqueprovocaaquedadecabelo;
3ºFact
o–Noti
ciafal
saacusandoAldi
nadesertoxi
codependent
e.

Factovoluntár
iodoagente;
Ili
citude,
dano,cul
paenexodecausal
i
dade–est
essãoos
pressupostosdaobr
igaçãodei ndemnizar
.

Responsabi
l
idadeci
vi
lporf
act
osil
íci
tos–art.
483º
CC
Responsabi
l
idadeci
vi
ldocomi
tent
e–ar t
.500ºCC

Anali
sandoagor aosf act
os:
1º-Danos,f icouamar el
a,apresentavaum aspect odesagradáv el
;outrodanoéonão
terconseguidof ocarbronzeada,háf r
ustraçãopornãot erconsegui door esul
tado
desejado.Aper dadecabel oéout rodanobem comoai ntoxi
cação; dei
xardeexercera
suapr of
issãoét ambém terfi
cadocom umadepr essão,porsisót ambém um gr ande
dano.
Estesdanosf oram causadospel at r
ocademedi cament oset ambém pelasuat oma
excessiva.
Não t erf i
cado br onzeada é um dano que decor r
e directamente da troca do
medicament o,umav ezqueomedi cament oquef oidadoaAl di
nanãot i
nhaessa
fi
nali
dade.Jáof act
odet erfi
cadoamar eloér elati
vo,tantopoderát ersi
dopel at
roca
demedi cament ocomopel asuat omaexcessi va.Sef osseport omaexcessiva,fi
cava
afast
adaacul padoagent e;sefoipelatroca,háent ãoaqui nexodecausal i
dade.
Éev i
dent equeat r
ocademedi cament ospr ovocouef eit
osmasr estasaberseest e
danof oiadev er-seexclusi
vament eaessat raça.Nãopoder emossaberseesses
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
35
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

danosf oram t odoscausadospel at r


ocadomedi cament o,senãof oram, entãonãohá
nexodecausal idade.
Porout r
ol ado,f oiaf ectadoodi reitodeper sonal idadeedei magem,l ogoháum f acto
i
líci
to.
Há f actov olunt ário do agent e.Não há pr essões ext eri
or es,act uou de f orma
consci ente. Há cul pa t ambém e no caso por negl igênci a ( não por dol o,
volunt ar
iament e), oagent eomi ti
uoseudev erdecui dadooudi li
genci a.
Assim,quant oát rocademedi cament osv erifi
ca- seaobr i
gaçãodei ndemni zarv i
sto
quesev er
ificam t odosospr essupost os–ar t483ºCC, porpar tedeCândi do.
Existem danospat ri
moni aisporl ucr oscessant es( nãodesf i
loueconsequent ement e
nãof oiretri
buí dapel oser vi
ço)enãopat ri
moni ais/mor aispeloact odet erent r
adoem
depr essão.
Estar esponsabi lidade pode t ambém serassumi da porBal duí
no? Pode,por que
estamosper anteháumar elaçãodecomi tentecomi ssário,nost ermosdoar t.
500º ,
Balduí no ( comi t
ent e),hav endo r esponsabi l
idade do comi ssário( Cândi do),pode
também serr esponsabi l
i
zado.O comi ssár i
o é obr igado a i ndemni zarv ist
o se
verif
icarem t odosospr essupost os,porseu l ado o comi t
ent et ambém t em essa
obrigaçãonamedi daem odanopr ov ocadoaAl dinaf oicausadoporCândi doenquant o
seencont rav anoexer cí
ciodassuasf unções.–Ar t.500ºnº1.
Noent anto, poder áhav erdirei
toder egressonost ermosdoar t.
500º nº3, mas, epor que
Cândi doapesardet erf ormação,asuaexper iênci aerapouca,essedi r
eitoapenas
existiránamedi dadasr especti
vascul pas,nost ermosdonº 2doar t
.497ºdoCC.

2ºFact o.Tr at
amentocapi l
ar
Danos– r eacçãoalérgicadopr oduto( danosf ísi
cosepsi cológicos– sofri
mento
causado) ;Nexodecausal i
dade–exi ste,opr odutoest av
aem f asedeexper i
ênci
aeos
seusef eitospoder i
anãoser em muitobem conheci dos,noent ant over
if
ica-
seaqui
umar elaçãocausa-ef ei
to;
Il
i
citude–nãohá, poisAldinaconsent i
unoact o(art
.340ºe81º )quenãoécont rár
ioà
ordem públ icaeportantoél egit
imoqueof aça.Assim sendot ambém nãohácul pa.
Factov oluntáriodoagente–há.
Seomedi cament opudessecausaramor t e,havi
acul paeili
citudetambém porqueera
contrári
oàor dem públi
ca.
Quant oaest ecaso,comonãosev eri
fi
cam t odosospr essupostosnãohál ugarà
obri
gaçãodei ndemnizar
.

3ºFacto–Not ici
a
Publi
caçãodeumanot íci
afalsa,prej
udi
canãosóai magem,r eput açãoebom- nome
datopmodel .Hádanos,nexodecausal i
dadeent r
eanot íci
aeoqueAl dinapassou,
fi
candoai ndamai snerv
osa.
I
li
cit
ude–cl ar
ament equehá- ar
t.70ºe484ºdoCC;
Factovoluntári
odoagent e–também sev eri
ficatalcom aculpa.
Veri
fi
cados t odos os pressupostos há r
esponsabi l
i
dade ci v
il.O di r
ectorpoderi
a
i
ndemni zarat opmodelnost ermosdoar t.
500ºCC,t ambém oj ornali
staseassi
nasse
poderi
aserr esponsável–art.
483ºdoCC.Ar esponsabil
idadeser i
adosdoi s.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
36
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Seodi r
ect
ornãot i
vesseconheci
ment
o,ai
ndaassi
m,r
esponder
iapel
ori
sco.Com ou
sem cul
parespondesempre.


.Aul
a12.
04.
2007
Sumár i
os:Ref erênciasumár i
aaodi r
eit
odef amíl
i
aportuguêsRef er
ênciasumár iaaodi reitosucessóri
oport
uguêsO direit
o
subject
ivoeasuadi st
inçãodospoder es-deveresedasfaculdadesOdi reit
osubjectivopropriamenteditoeodir
eit
opotest
ativo:
noçãoecl assif
icaçãoOdev erjur
ídicoeasujeiçãoArel
açãoj urí
dicasimplesaer elaçãojurí
dicacomplexa:osdever
eslat
eri
asou
acessóri
os,osónuseasexpect ativ
asExempl i
fi
caçãodaestrutur
ai nt
ernadar el
açãoj ur
ídi
ca
Sumár i
os:7.ºAf amíli
a8.ºOf enómenosucessór i
oousucessãopormor tePar t
eII-TeoriaGeraldaRelaçãoJur
ídi
ca1.Concei
t o2.
Estr
uturadar el
açãojurí
dica:odirei
tosubject
ivoeodeverjur
ídicoeasuj ei
ção3.Modal i
dades4.Element os

Aul
adecompensação–r
esol
uçãodeal
gunscasos

Casopr át
ico5:
A écanal izadoraoser vi
çodeB queéumaempr esacomer cialquesededi caà
i
nstalaçãoer eparaçãodar ededef orneciment odomést i
codeágua.Adesl oca-sea
casadeC,cl ientedaempr esa,af i
m der epararumar uptur
anacanal ização,aqual
provocaumaf ugadeágua.Enquant oprocedeàr eparaçãoA,v eri
fi
candoqueCer a
adeptodeum cl ubedef utebolseuadversár i
o,deixoucai rum pesadober bequim sobr
e
opéesquer dodeCpr ovocando-lheumaf racturagrave.Qui di
uris?
Quaisosdi rei
tosqueassi stem aC?
Quaisosdanosporsi sofri
dos?
Contraquem podem serexer ci
dosessesdi rei
tos?

RE:

Danos– f ract uranopéeout r


osdanosquedaquir esulta:cust asmédi caseem
medi cament os,desl ocaçãoaohospi talentreoutrosdanospat rimoniais-ar t.
564ºdo
CC ( na modal idade de danos emer gentes);tempo em que dei xa de t r
abalhare
consequent ement e não r ecebe honor ári
os( danospat ri
moni ai
sna modal idade de
l
ucr oscessant es)edanosnãopat rimoniais(art.496º)
,pel ofact odet ersof ri
doas
doreseat édeumapossí veldefi
ciênciaqueder ivadoocor ridoequeopodel evarater
vergonha;
Nexodecausal idade–Há, aacçãopodel evaraor esult
adodescr ito;
Fact ov ol
unt ár i
odoagent e– existenamedi daem queoagent eest áconsciente
daquiloqueest áaf azer;
Culpa-háecom dol o,Anãosóof ezv ol
untariamentecomoof ezconscientedas
eventuaisconsequênci as;
Il
ici
tude–Av iolouosdi reitosdeC-ar t.
70º
Assim, hár esponsabi l
idadeci vi
lporf actosil
íci
tosumav ezquet odosospr essupostos
estãov erif
icados.
Os di reit
os r ecaem sobr e A e B nos t ermos do ar t.
500º ,no ent ant
o e uma
responsabi l
idadesem cul pa,soli
dária,
At em umar esponsabi l
idadedecor rentedoar t.483ºeBt em umar esponsabili
dade
decor r
entedoar t
.500ºdoCCqueexi geduascondi çõesquev er
ifi
camosnest ecaso:B
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
37
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

encarr
egouA daquel
eservi
ço(rel
açãocomitent
e-comi
ssár
io)eof
act
oacont
ece
enquantoAest
ánoexercí
ciodassuasf
unções.


.Aul
a18.
04.
2007

Sumári
os:Resoluçãodecasospr át
icossobredir
eit
osdeper sonali
dadeer esponsabil
i
dadecivi
l
Sumári
os:I-TeoriaGeraldosSujei
tosdaRelaçãoJur í
dicaCap.I-Prel
iminares1.Personal
i
dadejurí
dica2.Capaci
dadejurí
dicaou
degozodedirei
tosecapaci dadedeexercíci
odedi r
eit
os3.Opr oblemadosdi r
eit
ossem sujeit
oCap. I
I-PessoasSingul
ares1.
Capaci
dadenegocialdegozo:noção,âmbit
oer estr
ições2.Indi
sponibi
l
idadesr el
ati
vaseoutrassi
tuações

Suj
eit
osdasr
elaçõesJur
ídi
cas:
pessoassi
ngul
ares.

TPC
Resoluçãodeum casopr
áti
cosobr
elesõesdeper
sonal
i
dadeer
esponsabi
l
idadeci
vi
l.
Entr
ega:23/05/
2007.

Pessoassi
ngul
aresecomeçodaper
sonal
i
dade

Acat egoriadapessoasi ngularépr ópr iadohomem.Noquet ocaàper sonali


dade, o
Ordenament oJur í
dicopor tuguês,sobr et udoaConst i
tuição,noar t.13º/2,nãoadmi t
e
qualquerdesigual dadeoupr ivil
égi
oem r azãodenenhum dosaspect osláf ocados.
A per sonalidade,nos t ermos do ar t
.66º /1 CC,adqui r
e-se no moment o do
nasciment ocompl etoecom v ida.
Par a o Direito Por t
uguês adqui re-
se Per sonalidade Jur í
dica quando há v ida,
i
ndependent ement edot empoqueseest áv i
vo.Adur abili
dadenãot em i mportância
paraaPer sonalidadeJur ídi ca,geralment e,o“ pont o”der ef
erênciapar aocomeçoda
Personal i
dadeJur í
dicaéaconst ataçãodaexi stênciader espiração.I stopor quea
respir
açãov em si gnifi
carocomeçodev i
da.
 
Condiçãoj urí
dicadosnasci turos
Al eipor tuguesa par eceat ri
buirdi reitosa pessoasai nda não nasci das– os
nascituros.Isto querpar aosnasci turosj áconcebi dos,como par aosai ndanão
concebidos–osconcept ur os.
Aleiper mitequesef açam doaçõesaosnasci turosconcebi dosounãoconcebi dos
(art
.952º CC)e se def iram sucessões – sem qual querr estrição,quant o aos
concebidos( art.2033º /1CC)eapenast est ament áriaecont r
atualment e,quandoaos
nãoconcebi dos( ar t
.2033º / 2CC) .
Al eiadmi teai ndaor econheci ment odosf i
lhosconcebi dosf oradomat r
imóni o
(art
s.1847º ,1854º ,1855CC) .
No ent anto,o ar t
.66º /2,est abelecequeosdi rei
tosr econheci dosporl eiaos
nasciturosdependem doseunasci ment o.
 
Termodaper sonal idadejur ídica

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
38
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

a)
  
  Mor
  te:nost ermosdoar t
.68º/1CC,aper sonali
dadecessacom amor te.No
moment odamor t
e,apessoaper de,assi m,osdi rei
tosedev eresdasuaesf era
jurí
dica,ext inguindo-seosdenat urezapessoalet r
ansmitindo- separ aseus
sucessor es mor ti
s causa os de nat ureza pat r
imonial
.Mas,os di rei
tos de
personal idadegozam i gualmentedepr otecçãodepoi sdamor tedor espectivo
tit
ular( art.71º /
1CC) .
b)
  
  Pr
  esunçãodecomor iênci
a:nost ermosdoar t.68º/2CC,“quandocer toefeito
jurí
dicodependerdasobr evi
vênciadeumaout rapessoa,pr esume- seem caso
dedúv i
da,queumaeout rafalecem aomesmot empo”.Consagr a-se,nest e
númer o,umapr esunçãodecomor iência( i
stoé, mortessi
mul tâneas)suscept í
vel
depr ov aem cont rári
o–pr esunçãoi uristantum.
c)
  
  Odesapar
  eci
ment odapessoa( ar t
.68º /
3) :“
tem-seporfalecidaapessoacuj o
cadáv ernãof oiencontradoour econheci do,quandoodesapar eciment oset iver
dadoem ci rcunstânciasquenãoper mitam duv i
dardamor tedel a”.Parecedev er-
seapl icarasr egrasdemor t
epresumi da(arts.114seg.CC) .

Suj
eitosdasrelaçõesjur
ídi
cas:
-Pessoassingulares(
pessoashumanas)
-Pessoascolectiv
as

Art
.66ºdaCC – A personal
i
dadej ur
ídi
caadqui r
e-senomoment odonasci
mento
complet
oecom vi
da(cort
edocordãoumbi l
i
cal)eterminacom amor
te–ar
t.
68ºnº
1
Osnascitur
osnãotêm personal
idadejurí
dica,sóaobt êm depoi
sdonasci
mento
complet
oecom vi
da

Art
.68ºnº1–aper sonali
dadej ur
ídi
cater
minacom amor t
e
Art
.68ºnº 2– presunçãodacomor i
ênci
a( quandosepr esumequeduaspessoas
fal
eceram aomesmot empo
Art
.68ºnº3–Pr esunçãodemor t
emuitocert
a
Consider
a-sequeapessoaf al
eceuatr
avésdeumaacçãoj udici
al.Èasentençajudici
al
queatestacom cert
ezaoóbi to.
Art
.114º-Quandoháhi pótesesdesobrevi
vência,
est
apresunçãopermiteduvidar.

Per
sonali
dadejur
ídi
ca–aapt i
dãopar
asesert
it
ularder
elaçõesj
urí
dicas,di
rei
tose
obr
igações–concei
toqual
i
tat
ivo.

Capaci
dadej
urí
dica

Éamedidadedi reitosev i
nculaçõesdequeumapessoaésuscept í
vel,
ar t
.67ºCC,
tr
aduzi
ndo estai nerência,estabelece que “as pessoas podem sersuj eit
os de
quai
squerr
elaçõesjurídicas,
salvodisposi
çãolegalem cont
rári
o:ni
stoconsist
enasua
Capaci
dadeJurídi
ca”.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
39
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

A Capaci dade di vide-se em Capaci dade de Gozo,é a medi da de di reit


os e
vincul ações de que uma pessoa pode sert itulare a que pode est aradst ri
ta.
Capaci dadedeExer cício,consi stenamedi dadedi reit
osedev i
ncul açõesqueuma
pessoapodeexer cerporsi sópessoal elivrement e.
Enquant onaCapaci dadedeGozoest acoloca- senopl anoabst ractodat itulari
dade
desi tuaçõesj urídicas,naCapaci dadedeExer cícioest amosj ánopl anoconcr etode
av eriguarem que medi da cer ta pessoa pode exer ceros di rei
tos ou cumpr iras
obr igaçõesquenav er dadel hepodem caberenquant osujei
to.Podehav erCapaci dade
deGozoenãohav erCapaci dadedeExer cício.
A Capaci dadeGenér i
caéquandoagener ali
dadedosdi reitosedasv inculações
reconheci das pel a or dem j urídi
ca.( art.67º CC) .A Capaci dade Especí f
ica,é a
capaci dade das pessoas num âmbi to mai sr estri
to de apenas abr angercer t
as
cat egor iasev i
ncul açõesdedi reit
o, ex.PessoasCol ecti
vas,art.160º /
1CC.
Poropost oexisteaI ncapaci dadeJur ídica, queéamedi dadedi r
eit
osev i
ncul açõesde
queumapessoanãoésuscept í
vel .Hápessoasquesãot i
tularesdaCapaci dadede
Gozo,masnãodeexer cício.Pode- set erCapaci dadedeGozogenér icaenãot eruma
Capaci dadedeExer cíciogenér ica, ex.menor es.
AI ncapaci dadedeGozonãoadmi t
esupr i
ment o,enquant oqueaCapaci dadede
Exer cícioésupr í
vel .
AI ncapaci dadedeGozor epor ta-seàt i
tul
ari
dadededi r
eitosev i
ncul açõesdeque
umapessoapodegozar .Nest ecamponãoév iável supri
rumai ncapaci dade.
NaI ncapaci dadedeExer cíci oest áem causaai mpossi bil
i
dadedecer t
apessoaque
ét itulardeum det ermi nadodi rei
to,exer cê- l
opessoal mente.Noent ant o,jáév i
ávela
out rapessoaquev enhaaexer ceressemesmodi reitoem conj untocom oi ncapaz ,ou
em subst itui
çãodest e.Ai dei adesupr i
ment oésempr einer
ent eàidei adeCapaci dade
deExer cício.

Regimedecapaci
dadej urídi
ca
Apti
dãoparaseserti
tulardeum numeromai
soumenosampl
oderal
açõesj
udiciai
s.È
i
nerenteàper
sonal
idadej urí
dica.
Éum conceit
oquant i
tati
v o,ousetem mai
soumenos,mui
tasoupoucasrelações
j
urí
dicas.

Est
acapacidadevari
aconf ormeaspessoas.Aesferaj
urí
dicadeum podesermenor
queadeoutro(j
áaper sonali
dadej
urí
dicanãovari
a).
I
storesul
tadoart
.67º-sujeit
osderel
açãojur
ídi
ca=capaci
dadejur
ídi
ca.

Acapaci
dadej
urí
dica(
desi
gnaçãomaisuti
l
izadanalei
)também podeserdesi
gnada
comoacapaci
dadedegozodedir
eit
os(mai
sutil
i
zadapeladout
ri
na)

Capaci
dadeparaoexercí
ciodedi r
eit
os(também paraocumpr i
ment
odeobr i
gações)
,
éaidonei
dadepar
aactuarjuri
dicamente,
exercendodir
eit
osoucumpri
ndodev er
espor
act
oprópri
oeexcl
usivooumedi anteum repr
esentant
evolunt
ári
oouprocur
ador.
Est
econceit
otambém édesignadoporcapacidadedeagir
Cur
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Todooserhumanot em per
sonal
idadej
urí
dica,capaci
dadej
urí
dicaoudegozoe
capaci
dadepar
aoexer
cíci
odedi
rei
to.

I
ncapaci
dadedegozodedir
eit
o–Éafaltadeapt
idãopar
asesert
it
ulardeum númer
o
maisoumenosamploderal
açõesj
udi
ciai
s

Sãoexcepçõesàcapacidadedegozo:
I
ncapaci
dadesabsolut
as( por
queapl
icáv
eisat
odasaspessoas)

Menores(aquel
esquetêm menosde18anosdeidade)
-I
ncapaci
dadeparacasar(16anos)–1601ºCC
-I
ncapaci
dadeparaperf
il
har–1850ºCC Consequênci
a:anul
abi
l
idade

-I
ncapaci
dadepar
atest
ar–Consequênci
a:nul
i
dade

Art.
1601º
Consequênci
a–1631º
Quem podeanul
ar–1639º
Prazo–1643º

I
ncapacidaderelat
iva(porquedi
zem r
espeit
oaapenasal
gumaspessoas)–2192ºa
2198º
Omesmor egimeaplica-
seao953º-“mutat
ismut
andi
s”
Consequência:nul
i
dade

Incapacidadedeexercí
ciodedireit
os:
-Menor idade–art
.122ºeseguintes
-Inter
dição–art.
138eseguintes
-Inabi
li
tação–art.
152ºesegui ntes

Est
asi
ncapaci
dadessãosupr
ívei
smedi
ant
edoi
sInst
it
utos:

Menori
dade
Repr
esent
açãol
egal
Int
erdi
ção

Orepresentant
eactuaem nomedorepr
esent
ado.Aleiadmi
tequeout
rapessoapossa
exer
cerdirei
tosecumpri
rdever
esporaquel
aspessoas.

Assi
stênci
a I
nabi
l
itado

Aut
ori
zaoi nabi
li
tadoaagi r.Consi
stenumapessoaqueéocur ador,aautor
izaro
i
nabi
li
tadoaexercerdi
reit
oseacumpr irobr
igações.Aquisãoduaspessoasqueagem
–umaquepr ati
caoact o,out
raqueautori
zaoact o,seassi
m nãofor,onegóci
onãoé
Cur
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ãode
Fel
guei
ras

v
áli
do.

For
masdesupr
iment
odai
ncapaci
dade

Sãoosmei osdeact uaçãoest abelecidospel oDi reito,tendoem v i


staoef ecti
vo
exercíciodosdi rei toseocumpr i
ment odasobr i
gaçõesdoi ncapaz .I
mpl i
cam sempr ea
i
nter vençãodet erceiros.
Exi st
em duasf ormasdesupr i
ment o:ar epresentaçãoeaassi stência.
Ar epresentação,quandooi ncapaznãoéadmi t
idoaexer cerosseusdi r
eit
os
pessoal ment e.Par asupr i
rasuai ncapaci dadet em deapar ecerout rapessoaqueact ue
em lugardoi ncapaz.( ar
t.258ºCC, efeitosder epresent ação) .Osact ospr at
icadospor
estaout rapessoaéum act ojur
idicament e,t i
dopel oDi reitocomosef osseum act o
praticadopel oincapaz .
Aassi stência, situaçõesem quecer t
aspessoassãoadmi t
idasaexer cerliv
remente
osseusdi r
eitos.Nest escasos,oi ncapaz ,podeexi girmasnãosozi nho.Ousej a,o
supr i
ment odai ncapacidadei mpõeúni caesi mplesment equeout r
apessoaact ue
j
unt ament ecom oi ncapaz.Paraqueosact ossej am v álidos, énecessár i
oquehaj aum
concur so de v ont ade do incapaze do assi stente.Há sempr e um f enómeno de
conjugaçãodev ontades,istopor queoi ncapazpodeagi rpessoal ment emasnão
l
ivrement e.

MENORI DADE
Menor idade–Todoaquel equenãot i
vercompl
etado18anosémenor,éincapazpar
a
oexer cíci
odedireit
os(ouaquelequenãoéemancipado)
Supri
ment o:
Regul amentaçãolegal-ar
t.124º
-Pelopoderpat ernal–art
.1877ºeseguint
esesubsidi
ari
ament
epel
atutel
a–1927ºe
seguintes.

Art.
125º→ Nor maespeci aldaanul
abil
idadedosactosdosmenoresqueaf
ast
ao
regi
meger al
doart.287º
Quem poderequerer:a);
b)ec)do125º,
substit
uindooar
t.
287ºnº
1.
Oar t
.287ºnº2apl
i
ca- seaosmenor
es.

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Not a:
Invalidade–por quenãosãoconf ormeal ei.
Duasf ormasdei nvali
dadenegoci al (
art.285ºesegui ntes)
:
Nulidade:decl araçãodenul idade.Édeconheci mentoof i
cioso,oj uizaoaper ceber-
sequeonegóci oénul o,declara-onuloof ici
osament esem necessi dadedepedi do.
No caso de hav erpedi do também o decl ara nulo.Pode serr equeri
do pel os
l
egí ti
mosi nteressadoseédi gnodepr otecçãol egalat odoot empo.
Resumi ndo:é de conheci ment o of icioso,pode ser r equer i
do por qual quer
i
nter essadoat odoot empo.
Anul abil
idade (ar t.
287º )
:Não é de conheci ment o ofici
oso,apenas pode ser
requer i
dopel aspessoascuj oi nteresseal eir
econheceenopr azodeum ano.
Seni nguém o susci tar,mesmo queo j ui
zseaper cebadaquel ai nval
idadeno
decur sodeout ropr ocesso,el enãov air econhecerasuaanul abil
idade.Efeit
os–
art.
289ºcom r emi ssãopar ao125º .Retroactivi
dade(mui t
oi mpor tante)

Menor idade
Ai ncapaci dadedosmenor escomeçacom oseunasci ment oecessaaosdezoi t
o
anos( sist emagenér i
co) .
Osi st emagenér icodi vi
de-seem:si stemagenér i
cor ígido,em queai dadef unci ona
comoumaf ronteir
ainel utável entreacapaci dadeeai ncapaci dade.
Eosi st emagenér icogr adat i
vo,em queháumai dei adeev oluçãopr ogressi va.
Dimi nuiçãodai ncapaci dadecom apr ogressãodot empo.Apessoav ai-
set or nando
mai scapaz.
O si stemaquev i
gor aem Por tugaléum si stemaf i
xoour ígi
do,noent antoo
l
egi sladorpor tuguêsintroduzi uel ement osdeat enuaçãodessar igidez.
Ér í
gido por queseat ribuiu uma i dade( 18 anos) ,no ent anto há trêsmoment os
fundament aisqueenv ol vem umagr andemodi f
icaçãoj urídicadomenor .
1º .
   
   
    
   
  Moment o,aosset eanos:háapar ti
rdaquium t ermodepr esunçãode
i
mput abili
dadedomenor( ar t
.488º /2CC);
2º .
   
   
    
   
  Moment o,aosquat orzeanos:apar t
irdest ai dadet endeasei ntenderà
vont adedomenornar esol uçãodosassunt osdoseui nteresse( art
.1901º / 2CC) .
3º .
   
   
    
   
  Moment o, aosdezassei sanos:verifi
ca-seoal argament odaCapaci dade
deGozoedeexer cí ci
odomenor( art
s.1850º .1856º ,127º /1-aCC) .
Oal argament odaCapaci dadedeExer cí
ciov eri
fi
ca- se,poi sapar t
irdomoment o
em queomenorpodecasar .
Oal ar gament odaI ncapaci dadedeExer cíci
ov eri
fi
ca- senoar t.1878º/2CC, ospai s
têm det erem consi deraçãoosi nt eressesdosmenor es.Dev em ai ndaterem cont aa
mat ur i
dadedof il
ho.
Amai or idadeat i
nge- seaosdezoi toanos( ar
t.122º ,130ºCC) .
Ai ncapaci dadedomenort ambém podecessarat rav ésdaemanci pação,est afaz
cessarai ncapacidademasnãoacondi çãodemenor( arts.133º ,1649ºCC) .Em
Por tugal aemanci paçãosóéf ei
taat ravésdocasament o( arts.132º ,
1601ºCC) .

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Casopr áti
co6:
Aexplor aumadi scotecalocal
izadanumazonar esi
denci
al.Aconvencionoucom B,
vi
zinhomai spróximodadi scot
ecaqueest e,medianteorecebi
mentodeumaquant i
a
mensalde500€,supor t
ariaenãol ev
antari
aqual querobst
áculoaofunci
onament oda
discot
eca.
Sucedeque,4mesesapósonegóci o,B nãoaguent andomai soi mensobar ul
ho
noctur
nor esult
ant edof unci
onamentodadi scot
eca,com oconsequenteprej
uízonos
seussonos, apresentouqueixaàsautoridadespedindooseuencerramento.

1.Poder
áBprocederdest
emodoapesardocont ratoquecelebr
oucom A?
2.Admit
aqueBv em pedi
rumai ndemnizaçãoaA, em vi
rt
udedet ersof
ri
domuitos
i
ncómodos que lhe causar
am desi gnadament e a perda de sono e um
esgot
ament
onervoso.Seráadmi ssí
velest
apretensãoindemni
zatóri
a?
RE:

1.Pode.
Factor elevante:
Acordoent reAeB, contrato/relaçãojur í
dicaem queum suj eitoli
mitavoluntariamente
oexer cíciodeum di rei
todeper sonalidadeem f unçãodeumaquant i
aem di nheiro.
Bpodel i
mitarv oluntari
ament eoexer cíciodeum di r
eit
odeper sonali
dadesegundoo
art.
81ºCC.Al imitaçãoem causaél egalpor quenãoécont ráriaàordem públ ica,não
põeem causaospr i
ncípiosf undament aisdodi reit
o.Assim, esteacordoév ál
idoef oi
-
odur ante4meses.
B,passado4mesesar repende- sedal imi t
açãodosseusdi reitosdeper sonali
dadeea
nossa l eiper mi t
e-o – ar t.
81º nº2.Dest af orma,r evoga o consent i
ment o paraa
real
izaçãodobar ulhoporpar tedadi scot eca.
A,por quev êt alrevogação( act ounilateral,Anãodáaut orizaçãomasBexer ceum
dir
eitoqueépot estat i
vo)ev endooseupr ejuízo,pedeumai ndemni zaçãoaBquet em
deoi ndemni zarsegundooar t.81ºnº2.

2.Deverde i ndemnizar– par at erde i


ndemnizartêm de est
arveri
fi
cados os 5
pressupostos:
Dano–si m
Nexodecausal i
dade–si m
Factov ol
untári
odoagent e–si m
Culpa–não( Aest avaautor
izadopelopr
ópriol
esado/havi
aconsent
imentodolesado
art.
340º )
I
li
citude–não( olesadoconsentenodano)
Port udoisto,Bnãopodepedi rindemni
zaçãoaA.

Casoprático7:
OsenhorAqueexpl or
aumadiscot
ecanaci
dadedoPorto,encontrav
a-seàpor
tado
seuestabeleci
mentoquandoseapr
oxi
moudesteosenhorB,adv ogadodeprof
issão
quepretendiaal
ient
rar
.
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Adi sseaBquesóer aper miti


doent r
arsepagasseoconsumomí nimo( 75€) .Perant e
i
st oB, quej áseencont ravaum poucoal coolizadoe, per antedezenasdepessoasque
aliseencont r
avam di sseem v ozalt
aqueAal ém deandarnot ráficodedr oga,oque
nav erdadeocor ri
a,dedi cava-sear oubarosseuscl ientesàpor t
adasuadi scot eca.
Depoi sdi ssodeudoi spont apésnapor tadadi scot eca.
Em f ace dest a atit
ude,A j untamente com um ami go seu C,di ri
giram- se a B e
agrediram- no na cabeça pr ovocando-l
he a per da de sent i
dosdur ante 5 mi nut os.
Enquant oBest evedesmai adoecom af inal
idadedeoenxov alhar,AeCt ir
aram- l
he
todaar oupa,deixando- onunomei odav iapúbl i
ca.
QuandoBacor dou,v i
u- senuenumasi tuaçãodet otalridícul
oper anteasdezenasde
pessoas que se encont r
avam na por ta da di scot eca.Const atou t ambém que D,
fotógrafodeumar evi
st amensal deescândalosof otogr afanaquelasi tuação.
Em consequênci adaagr essãot evequesesubmet erat rat
ament ohospi talart endo
fi
cadoi mpedi dodet r
abal harduranteumasemana.Nodi aseguinteàagr essãosoube
queser iapublicadanapr óximaedi çãodar evistadeescândal osumar eportagem
fotográficasobreazar agataem queel eest i
veraenv olvi
do.

Anali
se a sit
uação r
efer
indo os di
rei
tos e dev
eres dos di
ver
sos i
nter
veni
ent
es
envol
vidos.

RE:
Factosrel
evant
esparaodir
eit
o:
-Fixação deum consumo mí ni
mo – não par
ecequehaj aaquiqualquertipo de
i
legali
dadeporquecadaest
abeleci
ment
opodef i
xardeter
mi nadov al
ordesdequenão
sejaexager
ado(75€nãooserá)–aquiAestáaexercerum direi
to;

-BdizaA( naf rent


edev ári
aspessoas)queandaat r
afi
cardr
ogaequer oubaos
cli
ent
es–daqui result
aumav i
olaçãododirei
toaobom- nomeereputaçãoA.
Noentanto,Atraficaefect
ivamentedrogas,entãoseráqueasuar eput
açãoéassim
tãocl
ara?Quant
oaest adif
amação, porserverdadei
ra,
Bnãopodei ndemnizarA.
Noquet ocaàoutradifamaçãopoder i
afaze-l
o–ar t.
70ºnº1

-Quant
oaospontapés?
Aacçãoem sinãoégr av
ee,senãohánenhum danor
esul
tant
edessaacçãonãohá
l
ugaraindemni
zação.

-Aagr essãodeAeDaB?
Danos–si m
Il
i
citude–si m
Culpa–si m, dolo
Factov ol
untár i
odoagent
e–sim
Nexodecausal idade–si
m
Entãoest asi
t uaçãoédi
gnadeprot
ecçãol
egal
.

-Ret
ir
ar-
lhear
oupa?
Cur
soSol
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A prot
ecção l
egaltambém se apl
ica,por
que t
ambém se v
eri
fi
cam t
odos os
pr
essupost
osdedeverdei
ndemni
zar.

-Tir
araf ot
ogr
afi
a?
Noest adoem quebseencont ratalf
otograf
ianãopoder
iaserti
radasem oseu
consenti
mento– art
.79º
nº2.por
tant
overif
ica-
seaquiumalesãoaoseudirei
tode
i
magem.

-Easuapubl i
cação?
Tendoconhecimentodafotogr
afia,Bpodei mpedi
rasuapubl
icaçãosepr
ovarque
estal
hetr
arálesõesmorai
s–art.79ºnº
3.
Poroutr
ol ado,nãopodeimpedirapublicaçãodanot
íci
adesdequeestanãoseja
acompanhadadaf ot
ogr
afi
a.

Conclusão:Bt em odi
rei
todepedi
rumai
ndemni
zaçãoaA;D;aof
otógr
afoeàr
evi
sta
seresolverpubli
carasuafot
ogr
afi
a.


.Aul
a02.
05.
2007
Sumári
os:Menor i
dade:a)amplit
udeei nt
eressedeterminant
eb)consequênci
asc)mei osdesupr i
mentod)val
ordosact osdo
menore)opr
oblemadodol odomenorf )
actosexcepcional
mentevál
i
dosg)cessaçãodaincapaci
dade
Sumári
os:3.Acapacidadenegocial
deexercí
cio:f
ormasdesupr i
mento4.Enumeraçãodasincapaci
dadesdeexercí
cioest
atuí
das
noCódigoCi
vil
5.Amenor idade6.Aint
erdi
ção7.Ai nabil
it
ação

 
Tut ela
Éomei osubsi di
árioousucedâneodesupr i
rai ncapacidadedomenornoscasos
em queopoderpat ernalnãopodeem absol utoserexer cido.Por tanto,éomei o
nor maldesupr iment odopoderpat er
nal.Dev eserinstauradosempr equesev eri
fique
algumasdassi tuaçõespr evistasnoar t.1921ºCC.Est ãonel ai ntegradasot utor
,
prot utor,oconsel hodef amíliaecomoór gãodecont r
oloev i
gil
ânci a,oTr i
bunalde
menor es.
 
Quandoéqueat ut el
aéi nst i
tuída?
Oar t .1921ºr egul aai nstit
uiçãodat ut
ela.
Omenorest áobr igator i
ament esuj ei
toàt utelanossegui ntescasos:
a)  
   Seospai shouv erem f alecido;
b)  
  
  Seest i
ver em ini
bidosdopoderpat ernalquantoàr egênci adapessoadof i
l
ho;
c)  
   Seest iver em àmai sdesei smesesi mpedi dosdef actodeexer ceropoder
pat ernal
;
d)  
  
  Sef or
em i ncógni tos.
Ai nst it
uiçãodeumat utel
a,dependesempr edadeci sãoj udici
aleoTr i
bunalpode
agirof iciosament eounão, art.1923º /1CC.
Masal eiestabel ecer est r
içõesaospoder esdot utor(este,éoór gãoexecut ivoda
tutela,t em poder esder epresent açãoabr angendo,em pr i
ncípio,talcomoosdopai ,a

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
46
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

gener ali
dadedaesf eraj urídicado menor ,maso poderdo t ut
or,ét odav ia,mai s
reduzi doqueopoderpat ernal-ar ts.1937ºe1938ºCC - ,eest abelecemedi das
dest inadasaassegur arumaboagest ãodosi nteressesepr ot ecçãodomenor ).
Oâmbi todat utel aedosseusór gãoséadoar t.1935º /
1CC.
 
Osór gãosdat ut ela
Osór gãosv êm r efer i
dosnoar t.1924º /1CC.
Est essãoot utoreoconsel hodef amí l
ia, esteéum ór gãoconsul t
ivoef i
scal i
zador
dat ut ela,const ituídopordoi sv ogai sepr esididopel oMi nistérioPúbl ico,ar t
.1951ºCC;
ester eúneespor adi cament e,masénecessár i
oum ór gãocar ácterper manent e–o
prot utor ,
ar t.1955º ,1956- a)b)CC.
Porf i
m oór gãocom compet ênciapar aaf ixaçãodot utoréoTr ibunal def amí li
a.
 
Aescol hadot utor
Est apodeserf eitapel ospai soupel oTr ibunal .
Quandoot ut oréi ndicadopel ospai s,éf eitoport estament o–chamadaescol ha
testament ár ia.
Quandoéf eitapel oTr ibunal ,chama- seescol hadat i
v a.
O Tr i
bunalant esdedesi gnarot utort em deouv i
rpr eviament eoconsel hode
famí liaeouv iráomenorcasoest ej átenhacompl etado14anos, ar
t.1931º /
2CC.
Oj uizt em ampl ospoder esedev eescol herot utordeent reospar entesouaf i
nsdo
menor ,art
.1931º /1CC.
Est ecar goéobr igat ório,nãopodendoni nguém r ecusar-seaocar go,except uandoo
prev istonal ei( art.1926ºCC) ,oar t.1933ºdef inequem nãopodesert utor,eoar t.
1934ºdef ineascondi çõesdeescusadet utela.Ot utort ambém podeserr emov i
do
arts.1948ºe1949ºCC.Ot utort ambém podeserexoner ado,porsuai niciat i
va,por
fundament oem escusa.
 
Limi taçõesaospoder esdot ut or
Al eipr oí beaot ut orapr át i
cadosact osquev êm enumer adosnoar t.1937ºCC.O
tutorcar ecedeaut or izaçãodoTr ibunalpar aapr áticadeomai ornúmer odeact osque
ospai sar ts.1938ºe1889ºCC.
O ar t
.1945ºCC r egulaar esponsabi l
idadedo t utorpel osdanosqueda sua
actuação, r esul tem par aomenor .
Osact osv edadosaot ut orsãonul os( art.1939ºCC) ,anul i
dadenãopodeser
i
nv ocadapel ot ut or,act osporest ecomet i
dossem aut orizaçãoj udici
al,quandoest a
eranecessár ia.
Osact osi nvocadosnoar t
.1938e1940ºCC, sãoanul áveis.

Administ
raçãodebens
Ainsti
tuiçãodaAdmi ni
str
açãodebens, comomei odesupri
mentodaincapaci
dade
domenort erálugar
,coexi
sti
ndocom atutelaoucom opoderpater
nal
,nost er
mosdo
art
.1922ºCC:( a)quandoospais,mantendoar egênci
adapessoadof il
ho,foram
excl
uídos,inibi
dosoususpensosdaAdmi ni st
raçãodetodososbensdomenoroude
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algunsdel es; (b)quandoaent idadecompet ent epar adesi gnarot ut orconf ieaout r
em,
not odoouem par t
e, aAdmi nistraçãodosbensdomenor .
 
Interdição
Ai ncapaci dader esul tant edei nterdiçãoé apl i
cáv elapenasamai ores,poi sos
menor es,embor a dement es,sur dos- mudos ou cegos,est ão pr otegidos pel a
i
ncapaci dadepormenor i
dade.Al eiper mi t
e, todav ia,or equer i
ment oeodecr etament o
dai nter diçãodent r
odeum anoant erioràmai or i
dade.Ai nter diçãor esul t
asempr ede
umadeci sãoj udi cial,ar t
.138º /2CC.
Sãof undament odai nt erdiçãoassi tuaçõesdeanomal iapsí qui ca, sur dez-mudezou
ceguei ra,quandopel asuagr av i
dadet ornem oi nterditandoi ncapazder egerasua
pessoaebens( art.138ºCC) .Quandoaanomal iapsí quicanãov ai aopont odet ornaro
dement ei napt opar aapr áticadet odososnegóci osj urídicos,ouquandoosr eflexos
desur dez- mudezounaceguei rasobr eodi scer niment odosur do- mudooudocego
nãoexcl uem t ot alment easuaapt idãopar ager irosseusi nteresses,oi ncapazser á
i
nabi li
tado.
ParaqueoTr ibunaldecr et eai nter diçãoporv iadest ascausas, sãonecessár i
osos
segui ntesr equi sitos:
· 
  
   
 Dev em seri ncapaci t
ant es;
· 
  
   
 Act uai s;
· 
  
   
 Per manent es.
Énecessár ioqueem cadaumadascausassev erifi
quem est est r
êsr equisit
os.O
processoj udi cialdei nter diçãoqueconduzaest adeci são, vem r egul adodoCódi gode
ProcessoCi vil (CPC) ,ar t.944ºeseg.
1º.Pr incí pio:aacçãodei nt erdiçãosópodeseri ntent adaamai ores,except o,se
uma acção de i nter dição f ori ntentada cont ra menor es no ano ant er
iorà
mai or idade,podendoasent ençaserpr of er i
dadur ant eamenor idade,masos
seusef ei tossósepr oduzem apósel et eramai oridade.
2º.Pr incí pio:oar t.141ºCC,enumer aaspessoasquepodem i nt ent araacçãode
int erdi ção: (1)ocônj uge; (2)qual querpar entesucessí v el;(3)mi ni
st ériopúblico.
3º. Pr incí pio:al eir egul abasi cament eopr ocessodei nt erdi çãopar aocasode
anomal iapsí qui caemandaqueasdemai scausasdei nterdi çãosej aapl icadoo
mesmor egime, arts.944ºe958ºCPC.
4º.Pr incí pio:ai nterdi çãoeat ut eladoi nt erdit of i
cam suj eitasar egisto,faz -
sea
inscr içãodesser egi stonoassent odenasci ment oporav erbament o.
Or egi me da i ncapaci dade pori nterdição é i dênt ico ao da i ncapaci dade por
menor idade, querquant oaov alordosact ospr aticadosem cont rav ençãodapr oibição
em queel aci fr a,querquant oaosmei osdesupr i
rai ncapaci dade, ar t.139ºCC.
 

Efei
tosdainter
diçãonacapaci
dadedegozo
Asl i
mit
açõesquedecor r
em destainter
diçãopodem r epart
ir
-seem doi
sgrupos,
consoanteascausasqueestãonaor i
gem dainter
dição:
1º. Caso–Interdi
çõesqueresul
tem deanomal i
aspsíquicas,
aquiosi
nter
dit
osnão
podem:(1)casar,ar
t.1601º-
bCC;( 2)perfi
lhar,ar
t.1850º/1CC;(
3)test
ar,ar
t.
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2189º -
bCC; (
4)exer ceropl
enoexer cíciodopoderpat ernal,ar
t.1913º /1-
b.

. Caso–Quandor esult
am dequai
squerout r
ascausas:( 1)noquet ocaaopoder
paternalai nt
erdiçãoéapenaspar cial,art
.1913º/2CC;( 2)noent ant onenhum
int
erdito,qualquerquesej aacausadasuai ncapacidade,podesert utor
,ar
t.
1933º /
1- aCC;(3)nãopodem serv ogai sdoconselhodef amíl
ia,art.1953ºCC
(1933º, 1934ºCC) ;(4)nãopodem seradmi ni
str
adores,ar t
.1970ºCC.
 
Efeitosdai nter diçãonacapaci dadedeexer cíci odosi nt erditos
Éapl icáv elaoi nt erditoasdi sposi çõesquer egul am ai ncapaci dadedomenor
prev i
st anoar t.123º( ear t.139º ).Or egi medosi nter ditoséi dênt icoaodosmenor es,
tendonoent ant oal gumaspar ticul ari
dadesem r el
açãoaest e,oi nt erdit
ocar ecede
capaci dadegenér i
cadeexer cício.
Acausai ncapaci t
ant edoi nt erditopodeger aral gunscasosdei nimputabi l
i
dade
pelof acto no moment o da pr át i
ca do act o danoso,o i nt erdito se encont rar
i
ncapaci tadodeent enderequer er ,comomel horr esult aoar t.488º /1CC.
 
Valordosact ospr at i
cadospel oi nter dit
o
Or egi me l egal ,apl icáv elà gener ali
dade dos negóci os j ur í
dicos,obr i
ga-nos a
distingui rtrêsper í
odos, quev êm consagr adosnosar t
s.148ºa150ºCC.
a)   
  Val ordosact ospr at i
cadospel oi nter ditonoper í
odoant erioràpr eposiçãoda
acçãodei nterdição.Ov alordest esact osdecor redoar t.148ºCCquedi zqueos
actos são anul áv eis,e do ar t.150º CC,que manda apl icaro r egime da
i
ncapaci dadeaci dent al (ar t.157ºCC) .
b)   
  Nadependênci adopr ocessodei nt er dição.Seoact of oipr at i
cadodepoi sde
publ i
cadososanúnci osdapr oposi çãodaacção,exi gidosnoar t.945ºCPC,ea
i
nter diçãov em aserdecr et ada,hav erál ugaràanul abilidade,desdeque“se
most requeonegóci oj ur ídicocausoupr ejuízoaoi nter dito”,ar t
.149ºCC.Os
negóci osj urídicospr at i
cadospel oi nt er dicendo,nadependênci adopr ocessode
i
nter dição,só ser ão anul áv eis,se f or em consi der ados pr ejudici
ais numa
apreci açãor epor tadaaomoment odapr aticadoact o, nãoset omandoem cont a
event ual idadesul t
er i
or es, quet ornar iam agor av ant ajosonãoserr eali
zado.
c)   
  Act ospr at i
cadospel oi nter dit
opost er i
or ment eaor egi stodasent ença,ar t
.
148ºCC, sãoanul áv eis.
Cabeaot ut orinv ocaraanul abi lidadedoact o, quant oaopr azor esul tadar emi ssão
paraoar t
.287ºCC,segundoest ear t
igo,opr az oédi ferent econsoant eoact oest eja
ounãocumpr i
do.Seaanul açãodependedopr azo, essepr azoédeum anoapar tirdo
conheci ment odot utorenuncacomeçaacor rerant esdadat ador egi stodasent ença,
art.149º /2CC.
Ot utorsócomeçaadesempenharassuasf unçõesdepoi sdor egi stodasent ença.
 
Supr iment odai ncapaci dadedosi nt erditos
Ai ncapaci dadeésupr idamedi ant eoi nst i
tut odar epr esent açãol egal .Estabel ece-
se uma t utelar egul ada pel asmesmasnor masque r egul am a dosmenor es,no
funci onament odar epr esent açãol egaldosmenor esédef inida,noqueser efer eà
i
ncapaci dadedosi nter ditos, aoTr ibunal Comum, art.140ºCC.
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Asent ençadei nterdiçãodef initivadev eserr egi stada,sobpenadenãopoderser


i
nv ocadacont rat ercei rosdeboaf é,ar t
.147ºCC.
 
Cessaçãodai nter dição
Quandoédecr etadapordur açãoi ndeter mi nada, masnãoi l
imi tada,oi nt
er dit
opode
recuper arda def i
ci ência que o af ecta e ser iai njusto mant era i ncapaci dade.A
cessaçãodai nt erdi çãopodeserr equer i
dapel oi nter dit
ooupel aspessoasr eferi
dasno
art.141ºCC.
Paral hepôrt er mo,exi ge-seumadeci sãoj udi cialmedi antenov asent ença,que
subst ituaor egi medai nterdiçãopel or egi medai nabil
itação,queéum r egimede
i
ncapaci dademenosgr av e.
 
Inabilit
ação
Resul t
am t alcomoasi nterdiçõesdeumadeci sãoj udicial.Masémenosgr av eque
aint erdição.
Ai nabi l
it
açãor esul t
adedef iciênciasdeor dem psí quicaouf ísi
caedecer tos
hábi tosdev i
da( arts.152ºa156ºCC) .
Or egimesubsi diár ioét ambém or egimedamenor idadeei ssor esultadocombi nado
dosar ts.156ºe139ºCC.
Aspessoassuj eitasai nabili
taçãoest ãoi ndi cadasnoar t
.152ºCC, i
ndi
v í
duoscuj a
anomal iapsí quica,sur dez- mudezouceguei ra,embor adecar áct erper manent e,não
sejat ãogr avequej ust i
fi
queai nt erdição; indi víduosqueser ev elem i ncapazesder eger
oseupat ri
móni oporhabi tualpr odi gali
dadeoupel oabusodebebi dasal coól i
casou
estupef acientes.
A pr i
mei ra cat egor i
a,anomal ias psí qui cas,sur dez-mudez ou ceguei r
a que
prov oquem umamer afraquezadeespí rit
oenãoumat otalinapt i
dãodoi ncapaz .
A segunda cat egoria – habi tualpr odi galidade – abr ange os i ndi
víduos que
praticam habi tual ment eact osdedel apidaçãopat rimoni al(porex.v i
ciadosnoj ogo) .
At er ceira cat egor ia – abuso debebi dasal coól i
casou deest upefacientes–
represent aumai nov açãodoCódi goCi vil
, poi sant eriorment et aispessoasnãopodi am
serdecl aradasi ncapazes,sal voquandoasr eper cussõespsí qui casdaquel esv ícios
atingissem osext remosf undament ai sdai nt erdiçãopordemênci a.
Pode- se di zerque a f ronteira ent reai nter dição e a i nabi li
tação consi ste na
grav i
dademai oroumenordessascondut as.Oar t.954ºCPC,per mi t
eaoj uizf i
xara
i
nt erdiçãoouai nabi li
tação.
 

Veri
fi
caçãoedeterminaçãojudi
cialdainabi
li
tação
Aincapaci
dadedosi nabil
it
adosnãoexi stepel osimplesf actodaexistênciadas
ci
rcunst
âncias ref
eri
das no ar t.152º .Tor na-se necessária uma sent ença de
i
nabil
it
ação,notermodeum pr ocessoj udi
cial
,talcomoacont ececom asi nterdi
ções.
Asentençapodedeterminarumaext ensãomai oroumenordai ncapaci
dade.
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Ai nabi l
itaçãoabr anger áosact osdedi sposi çãodebensent rev i
voseosquef orem
especí fi
cosna sent ença,dadasasci r
cunst ânciasdo caso ( art
.153ºCC) .Pode
todav ia,a pr ópr i
a Admi nistração do pat rimóni o do i nabili
tado ser -l
he ret i
rada e
entregueaocur ador( art
.154ºCC) .
 
Efeit
osdai nabi l
itaçãonacapaci dadedegozo
Sãomui tol imi t
ados, masnoent ant o:
-  
  
    Nãopodem sernomeadost utores,art.1933º /1-aCC;
-  
  
    Nãopodem serv ogai sdoconsel hodef amí li
a,art.1953º /1CC;
-  
  
    Nãopodem seradmi ni
strador esdebens, ar t
.1973ºCC.
Osi nabilitadosqueosej am sem serporanomal iapsí quica,além dasl imi tações
gerais,sof rem ai ndadeumai ni
biçãol egalpar cialdoexer cíciodopoderpat ernal ,art
.
1913ºCC.
Osi nabilitadosporanomal i
apsí qui ca,além dasl imitaçõesger ai
s, sofr
em ai ndada
l
imitaçãodecor rent edoar t.1601º -bCC, queosi mpedem decasar ,eest ãoini bidosdo
exercíciodopoderpat ernal.
Osi nabi li
tadosporpr odi galidadet êm or egimemai sat enuadodai nabi l
i
tação.Al eidiz
queest espodem sernomeadost ut ores, mascol ocaal gumasexcepções:
-  
  
    Estãoi mpedi dosdeadmi nistrarosbensdopupi l
o, art
.1933º /2CC;
-  
  
    Nãopodem,comopr otutores,pr ati
caract osabr angidosporest amat ér i
a,ar t
.
1956º -a),b)CC;
-  
  
    Nãopodem seradmi ni
strador esdebens, ar t
.1970º -
aCC.
 
Efeit
osdai nabi l
itaçãodacapaci dadedeexer cício
Act osdedi sposi çãodebensent rev i
vos.Osi nabi l
i
tadossóospodem pr at i
carcom
autorizaçãodocur ador ,art.153º /1CC.Pode- sesubor dinaraocur adort odososact os
queem at ençãoàsci r cunst ânciasdecadacasof or em especi fi
cadasnasent ença.
Nest ecaso, osact osf i
cam subor dinadosaor egimedaassi stência.Oj ui
z, podeno
entant o,subor dinarapr áticadosact ospel oi nabi l
itadonãoaor egimedaassi st ência
masdar epr esent ação( ar t
.154ºCC) .

Supr
iment
odai
ncapaci
dadenocasodai
nabi
l
itação

A i ncapacidade dos i nabilit


ados é supr i
da,em pr incí
pio,pel oi nsti
tuto da
assistência,poisest ãosujeitosaaut ori
zaçãodocur adorosact osdedi sposiçãoent re
vi
vos,bem como os especi f
icados na sent ença ( ar
t.153º CC) .Pode t odav ia,
determinar -
sequeaAdmi nist
raçãodopat rimóniodoi nabil
it
adosej aent r
eguepel o
Tri
bunalaocur ador( ar
t.154º /
1CC) .Nest ecasof unciona,comof ormadesupr iment o
dai ncapaci dade,o i nsti
tuto dar epr esentação.A pessoaencar regadadesupr i
ra
i
ncapaci dade dos i nabil
it
ados é desi gnada pel al eiporcur ador.Mas a l einão
estabelecequalaf ormadenomeaçãodocur ador,porefeitodoar t
.156ºCC,t emos
quer ecorreràf igurador egimesubsi diáriodot utor.
Seocur adornãoderaaut ori
zaçãopar aqual queract oqueoi nabil
i
tadoent enda
quedev eprat i
car ,opróprioinabili
tadopoder equereraojuizosupr i
mentoj udici
aldo
curadornessasi t
uação
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Cessaçãodai nabi l
itação
Ai ncapaci dadesódei xadeexi stirquandof orl evant adaai nabi l
itação.
O ar t.153ºCC,cont ém,acer ca do l ev ant ament o da i nabi litação,um r egime
particul ar .Est abel ece- seque,quandoai nabi litaçãot iverporcausaapr odigal i
dadeou
oabusodebebi dasal coól i
casoudeest upef aci entes,oseul evant ament oexi geas
condi çõessegui nt es:
a)  
   Pr ovadecessaçãodaquel ascausasdei nabi l
itação;
b)   
  Decur sodeum pr azodeci ncoanossobr eot rânsi t
oem j ul gadodasent ença
i
nabi li
taçãooudasent ençaquedesat endeuum pedi doant eriordel evant ament o.
O Códi godePr ocessoCi vil
,noseuar t.968º ,regulaascausai nabi l
itaçãopor
i
nabi l
itaçãopsí qui ca, surdez- mudez, ceguei ra.
Oar t.963ºCPC, regul aocer imoni al dassi tuaçõesnãopr evistasaci ma.Noent anto,
seascausasdei nabi l
itação seagr av arem,t ransfor mam- seem i nterdição.Caso
cont rário,se as causas de i nabi litação f or em cessando,passa- se do r egime da
i
nabi l
itaçãopar aodaassi st ênci a.
 
Incapaci dadesaci dent ais
Oact ualcódi gonãoi ncl uir egul ament açãodai ncapaci dadeaci dent al( art
.257ºCC)
nasecçãor elat ivaàsi ncapaci dades,r egul a-aconj untament ecom asv áriashi póteses
def altaouv íci osdev ont adenadecl araçãonegoci al
.
Qual éahi pót esedoar t.257ºCC?
Abr anget odososcasosem queadecl ar açãonegoci aléf eitaporquem,dev i
doa
qual quercausa( embr iaguez ,est adohi pnót ico,i ntoxicação,del írio,i ra,et c.),estiver
transitor iament ei ncapaci tadodeser epr esent arosent idodel aounãot enhal ivre
exer cíciodev ont ade.
Osact osr efer idossãoanul ávei sdesdequeof actosej anot órioouconheci dodo
decl arat ór i
o.Aanul açãoest ásuj eitaaor egi meger aldasanul abi lidades( arts287º
seg. ),poi snãosepr escr ev equal querr egi meespeci al
.
 
Valordosnegóci osj ur ídi
cosi ndev idament er eal izadospel osi ncapazes
Trat ando- sedeumaI ncapaci dadeJur í
di ca( oudegozodedi r eitos) ,osnegóci os
sãonul os.
Al einãodi zdeumaf or magenér i
ca, maséessaasol uçãoger al ment edef i
nidaea
quesei mpõe,dadaanat urezadosi nter essesquedet ermi naram asi ncapaci dadesde
gozo.Poder áencont rar -
se- lhef undament ol egalnoar t .294ºCC,doqualr esultasera
anul abi l
idadeumaf or madei nv ali
dadeexcepci onal .
Tr at ando- sedei ncapaci dadesdeexer cíci o,t em l ugaraanul abi li
dadedosact os
praticadospel osi ncapazes.
Nai ncapaci dadedosmenor es,dosi nter di tosoudosi nabili
tados,aanul abili
dade
tem ascar act erísticasenumer adasnoar t.125ºCC, aplicável porf or çadosar ts.139ºe
156ºCC.

Or
epr
esent
ant
elegal
domenor(
pai
sout
utor
),podeact
uarem nomedomesmo:
Cur
soSol
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cit
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ia1º
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TEORI
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VIL1º
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Escol
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aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Poderpat
ernal
–art.
1877º
Tut
ela–art.
1927º-124º

Regi
megeraldasanul
abil
i
dades–art
.287º
Anul
abi
l
idadedosactosdosmenor
es–ar t
.125º-r
egr
aespeci
aldeanul
abi
l
idade

Ar
t.
125º-f
undament
alnest
amat
éri
a:pr
azos;
quem poder
equer
er,
etc.

Art
.126º-Dol odomenor–menorqueenganaoout r
ocontraent
efazendo-sepassar
pormai or
.Omenort em deusardearti
manhasparaagircom dol
o.
Sanção:se o menoragi rcom dol o e est
iverar
rependi
do,não pode recor
rerda
anulaçãodaquel
enegócio.
Nota:anulação=acabarcom osefei
tosdonegócio

Dol
o–mat ér
iaquedecor
redoar
t.
253ºCC=i
ntençãodei
nduzi
rem er
ro;i
ntenção
deenganar“máfé”

Dolodecorr
entedoart.
253º≠Dolo-daresponsabi
l
idadeci
vilcomofor
madecul
pa
(i
ntençãodecausardanos,
aqui
háaintençãodecausaraqueleef
eit
o)
Art
.126º-const
it
uiumaexcepçãoaoar
t.
125º(
aqui
,oDi
rei
topr
etendepr
otegeroout
ro
contr
aente)

Adoutri
nadizqueoar t.
126ºdeveterumainter
pret
açãoextensi
va,olegi
sladornão
querapenas pr
oibi
ro menormas t ambém proibi
ra possibi
li
dade de r
ecorrera
anul
abi
li
dadeaospaisourepr
esent
antesl
egai
s.

Art.
127º-Consti
tuiumaexcepçãoàcapaci dadedomenor–nest escasos,omenor
tem capaci
dade par a cel
ebr
arnegóci
os j urí
dicos v
áli
dos e sem necessidade da
repr
esent
açãolegal,nãoseapli
candooar t
.125º.
Nota:Oscasospr áti
cosquedi zem respeit
o àsi nval
i
dadesdemenor es,deverão
começarporserresolvi
dosaparti
rdest
ear ti
go.

Art
.129º-termodai ncapaci
dadedemenores,quandoomenoradquir
iracapaci
dade
deexercí
cio:ar
t.130º-18anosdei dade;
art
.132ºemanci
pado(
art
.133º
).
Art
.1649º-regi
medeemanci pação
Notas:
Menores/casament o
Art
.1601º-capacidadedecasar
Art
.133º-emanci pação
Art
.1649º-emanci paçãoparci
al

Oregimedemenor
idadeéaquel
equeseapl
i
casubsi
diar
iament
eài
nter
dição e
i
nabi
l
itação.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
53
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

I
NTERDI
ÇÃO(
art
.138º
)

Sãotodosaquel
esquecomot alsej
am decl
aradospeloj
uiz
;
Sóseaplicaamaioresdepoisdeumaacçãoj urí
dica
Art
.141º-quem podeint
erporaacção

Sãoent
ãotodosaquelesqueoj ui
zdeclar
acomonãot endocapacidadedeexer
cíci
o
dedi
rei
tos supr
imento–repr
esentaçãol
egal
,porr
egr
aéat ut
ela,Tutor
.

Aideiaéprotegeroi nterdit
oaodecl ara-l
oincapaz,poissenãot em capaci
dadepar
a
cel
ebrarnegóciosj urí
dicos,teráqueseroseur epresent
ant elegalcapaz,paraem
nomedaquele,celebrarosnegóci osjurí
dicosquelhesejam convenientes.
Consequênci
apar aosact ospr ati
cadospelosint
erdit
os:anulabil
i
dade
Art.
125º-quem equepr azos?
Quandocessaai nterdi
ção?Ar t.151ºcessandoacausadei nterdi
ção
INABILI
TAÇÃO( art.
152º )

Art
.152º-r
esult
am 6“pessoas”quepossam serconsi
der
adosi
nabi
l
itados:
Anomaliapsíqui
ca;ceguei
r a;sur
dez
/mudez;abusodebebidasalcoól
icas:abusode
est
upefaci
enteseprodigal
idade.

Est
amedi
dapodeseri
ntent
adapel
aspessoasquepodem i
ntent
arai
nter
dição.

Supr
iment
o:nomeaçãodeum cur
ador–ar
t.
153º

Osinabi
l
itadospodem celebr
arnegóci
osj
urí
dicosdesdequeaut
ori
zadospel
ocur
ador
par
aacelebraçãodaquelenegóci
o

Oinabi
l
itado-actuacom aut
ori
zaçãodeout
ro,com oconsent
imentodeout
ro;
Omenorei nt
erdi
tado–nãopodecelebr
arnegócioj
urí
dico,
éor epr
esent
ant
elegal
que
act
uaem nomedoi ncapaz.

Art
.155º-l
evant
amentodai nabi
li
tação.Tem deseratrav
ésdeumaacçãoj udi
cialt
al
comocom ai nt
erdi
ção.Di
ferença–asent ençasópr oduzef
eit
ospassados5anos.
Masapenasem casosdedependênciadeálcool
,drogaouhabi
tualpr
odi
gali
dade.

I
legi
ti
midadesconj
ugai
s–ar
t.
1682ºa1687º

Conj unt
odenor masquedizem respeit
oàsilegi
ti
midadesconj
ugai
s.
Diz-seil
egiti
midadeenãoincapacidadeporqueoscônjugesnãotêm l
egi
timidadepar
a
celebrarcert
osnegóci
osjurídi
cossem oconsent imentoum doout
ro.Assim,nãosão
i
ncapaci dadesmasil
egit
imidadesparaagirsem oconsenti
mentodocônjuge.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
54
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Consequênciasparaaactuaçãodeum cônj
ugesem oconsent
imentodoout
roquando
taléexi
gido.Art
.1687:anul
abil
i
dade,apedi
dodocônjugenoprazode6mesesapóso
conheci
ment omasant esdodecursode3anos.

Aindasobreaspessoassingul
ares:
DOMI CILI
O–l igaçãoentr
eapessoaeum det
ermi
nadol
ugar
;aconexãoquesef
az
estádisci
pli
nadanosarts.
82ºeseguint
es.

Em termosjurí
dicos,odomi cíli
oémui toimportante,éatrav
ésdelequesef i
xa,por
exemploacompet ênciadostribunai
s,olugardeprestação
Art.
82º-Domicí
li
ov oluntár
iogeral–dependedav ontadedapessoae,é essequese
apli
canageneral
idadedoscasos.
Art.
83º-a pessoa podeescol herum domi cí
l
io profi
ssi
onal,par
a ef
eit
osda sua
profi
ssão
Art.
84º-domicí
li
oel ecti
vo–v aleparacert
osnegócios

Domicíl
i
olegal:
Art
.85º-menoreseint
erdi
tos
Art
.87º-empregadospúbl
i
cos
Art
.88º-agent
esdipl
omáti
cospor
tugueses

Odomi cíli
odaspessoas
O concei to de Domi cíliov oluntário geral,énosf ornecido pel o art.82ºCC,e
coincidecom ol ugardar esi dênci ahabi tual.
Nãoset ratadol ocalondeapessoaseencont raem cadamoment o,i
stoé,não
coincidecom opar adei ro, cujanoçãosepodedescor ti
narnoar t
.82º /2CC.
Mas, umapessoapodet ermai squeumar esidênciahabi t
ual?
O pr of.Cast roMendes,di scor da.Di zquesehouv ermai sdoqueum domi cíli
o
habitual ev oluntári
o, amboscont am comoum.
Noent ant o,noar t
.82º /1CC,di zqueapessoaquer esidiral ternadament eem
diversosl ugar es,tem- sepordomi cili
adaem qual querdeles.Assi m umapessoapode
termai sdeum domi cíl
io, set em duasoumai sresidênciashabi tuais.
Ar esidênci apodeserocasi onalseapessoav ivecom al gumaper manênci a,mas
tempor ária, ouocasi onal ment e, num cer tolocal.Ar esidênciaocasi onal,nãof azsur gi
r
um domi cíl
io,embor a na f alta dedomi cíl
io deuma pessoa,f unci onecomo seu
equival ent e( art
.82º/2CC) .
Em r egr a, oestabeleci ment ododomi cí
li
o, bem comooseut ermo, r
esultam deum
actov olunt ário.Esteact ov olunt árionãoé,por ém,um negóci oj urídico,massi m um
simpl esact oj urídi
co,v erificando- seapr odução,porf orçadal ei,dosef eit
osj urí
dicos
respect ivos,mesmoqueapessoaem causanãoost ivesseem ment eouat éos
quisessei mpedi r.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
55
TEORI
AGERALDI
REI
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VIL1º
.ANO

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iordeTecnol
ogi
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ãode
Fel
guei
ras

Aol adododomi cíli


ov oluntár ioger al,al eir econheceum domi cíl
iopr of
issionale
um domi cílioel ect ivo.
 
Domi cíli
opr of i
ssi onal , domi cíli
oel ect i
v oedomi cí l
iolegal
Odomi cíliopr of issi onal( art.83ºCC) ,ver i
fica-separ aaspessoasqueexer cem uma
profi
ssãoeér el
ev ant epar aasr el açõesqueest aser efer em,l ocal izando-senol ugar
ondeapr of i
ssãoéexer cida.
Odomi cíl
ioel ect i
v o( art.84ºCC) ,éum domi cíli
opar ticular,est ipulado,porescr i
to,
paradet er mi nadosnegóci osj ur ídicos.Aspar tesconv enci onam que,par at odosos
efeit
osj ur ídicos, set êm pordomi ciliadasouem cer t
ol ocal , difer ent edoseudomi cílio
geraloupr ofissional .
O domi cíli
ol egalou necessár io,é um domi cí l
iof i
xado por l ei,por tant o
i
ndependent ement edav ont adedapessoa.
Oscr i
t ériosdedi stinçãoent r
edomi cíli
ov olunt ári
oeol egalounecessár i
o, são:( 1)
av ontadedoi ndiv í
duo; (
2)quandoel eescol heév oluntár io,quandonãoescol heél egal
ounecessár io.
 
 
Domi cíli
ol egal dosmenor esei nabi litados
Ér egidopel oar t.85ºCC. :
·
  
  
   Casoospai ssej am casados, omenort em domi cíli
onol ugarder esi
dênci ada
f amí lia( art
.85º /1-ar t.1673ºCC, r
esi dênci adef amí li
a);
·
  
  
   Casoospai snãosej am casados( junt os) ,omenort em domi cíl
ionar esidênci a
comum dospai s;
·
  
  
   Casonãoexi star esi dênci adef amí l
ia, omenort em domi cíli
o, odopr ogeni tora
cuj aaguar daest iv
er( ar t
.85º /1CC) ;
·
  
  
   Casoomenorest ejaent regueat ercei r
apessoaouaest abeleci
ment ode
educaçãoouassi stênci a,omenort em comodomi cíli
oodopr ogeni torque
exer ceopoderpat ernal (
art .85/ 2CC) ;
·
  
  
   Casodet ut ela, omenort em comodomi cíl
ioodot utor( ar t.85º /3CC) ;
·
  
  
   Nocasodei nt erdito, odomi cíli
oéodot utor( art.85º /3).
Noar t.85º /5CC, háumal acuna, poi sdizqueest asdi sposi çõesaci maexpost assó
valem par aodomi cílionot er r
itór i
onaci onal .Noent ant onãoser eferequalor egi me
paraodomi cíli
onoest r
angei r
o.Poranal ogi aapl ica-seoar t.82ºCC,Domi cíl
ioGer al
Voluntár i
o.
 

I
mportânciadodomi cí
li
o
-
  
  
  
  Funcionacomocrit
éri
ogeraldecompet ênci
aparaapr át
icadeactosjurí
dicos;
-
  
  
  
  Funcionacomopontolegaldecont act
onãopessoal :
Ex.conser vat
óri
acompetenteparaapr áti
cadecer t
osactosjurí
dicos;
Ex.cumpr imentodeobri
gações,arts772ºe774ºCC.
-
  
  
  
  FixaçãodoTr i
bunalcompet entepar aapr oposi
tur
adaacçãol ocalparaa
aber t
uradasucessão,ar
t.2031ºCC.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
56
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 
Instit
utodaausênci a
Uti
liza-seot ermoausênci apar asignificarof actodecer tapessoasenãoencont rar
nasuar esi dênci ahabi tual.Osent idot écnico,r igoroso,de“ ausênci a”,tr
aduzi donum
desapar eci ment osem not í
cias,ounost er mosdal ei,dodesapar eciment odeal guém
“sem quedel edesai bapar te”( art.89º/ 1CC) ,queot er moausênci aét omado,par ao
efeitodepr ov i
denci arpel osbensdapessoaausent e,car ecidosdeAdmi nistração,em
vir
tudedenãot erdei xador epr esent antel egal ouv olunt ári
o( procur ador).
ParaoDi reitoest ef act osóépr eocupant equandoel edet er minaai mpossi bi
lidade
ouadi ficul dadedeact uaçãoj ur í
dicadoausent enoseur elacionament ocom mat érias
que exi gem a i nter venção dessa pessoa.Nomeadament e quando essa ausênci a
determi naai mpossi bili
dadedoausent eger iroseupr ópriopat ri
móni o,f ala-seem
ausênci asi mpl esouausênci aqual ifi
cada.
 
Consequênci asdaausênci a
·
   
  
  Aausênci adeum cônj uge,porum per í
odonãoi nferiorat r
êsanos,dádi reito
aoout rocônj ugepedi rodi vórciolit
igioso( ar t
.1781ºCC, al
teradopel oDL47/ 98).
·
   
  
  A ausênci adeum cônj uge,admi teaoout r oopoderadmi ni
strarosbens
pr ópr iosdoausent e.
·
   
  
  Aausênci adeum dospr ogeni tores,écausadeconcent r
açãodoexer cício
pat er nal noout rocônj uge.
·
   
  
  Aausênci adeambososcônj uges,podedet ermi naraapl icaçãodor egimeda
tut ela, seessaausênci af orsuper iorasei smeses.
·
   
  
  Aausênci adeumapessoa,podedarl ugaraapl icaçãodemedi dascaut elar es
ouconser vator iaisdosseusbens.
·
   
  
  A ausênci a dosmembr os,do ór gão degest ão deuma soci edade,pode
const ituirf undament opar aserr equer idaf alênciadeumaempr esa.
Paraquesev erifiqueaausênci aénecessár iaumadeci sãoj udicial.
 
Element osquei ntegr am oconcei t
odeausênci aqual i
ficada
1. 
  
  Nãopr esençadapessoa;
2. 
  
  Em det ermi nadol ugar, lugarest eder esidênciahabi tual;
3. 
  
  I gnor ânci ager aldoseupar adeiroporpar t
edaspessoascom quem oausent e
mant ém cont act ossoci aismai spr óximos.
Estai gnor ânci at em como consequênci aai mpossi bili
dadedecont actaressa
pessoa, par aobt ercer taspr ov idênci asnosent i
dodagest ãodosseusbens.
Ai dei achav edor egi medaausênci a,éadeest abelecermei osdest inadosa
assegur araAdmi nist r
açãodoausent e,dadoquenãoépossí velcont act arcom el e
parapr ov i
denci art al respei to.

Ausênciapresumidaoucur
adoriaprov
isór
ia
Ospressupostosdequeal azdependeranomeaçãodeum cur
eif adorpr ovi
sóri
o,
sãoodesapar eci
ment
odeal guém sem notí
cia,anecessidadedepr
ov eracercada
Administr
açãodosseusbenseaf al
taderepresent
ant
el egaloudeprocurador(ar
t.
89ºCC) .
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
57
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

A pr esunçãodal ei,nest af ase,édeum possí velr egressodoausent e;t antoo


Mi nistér i
o Públ ico como qual queri nteressado,t êm l egiti
mi dade parar equer era
cur ador iapr ov i
sór iaeaspr ov idênci ascaut elar esi ndi spensáv eis(art
.91ºCC) ,aqual
dev eserdef i
nidaaumadassegui ntespessoas:( 1)cônj uge;( 2)algum oual gunsdos
her deirospr esumi dos;( 3)oual gunsdosi nter essadosnaconser vaçãodosbens( art.
92ºCC) .Ocur adorf unci onacomoum si mpl esadmi nistrador( art
.94ºCC) ,dev endo
prest arcaução( ar t.93ºCC)eapr esentaranual ment eouquandooTr i
bunaloexi gi
r
(art.95ºCC) .
Acur ador iapr ov isóriat ermi naquando, nost ermosdal ei(art.98ºCC) :
a)  
  
  Pel or egr essodoausent e;
b)  
  
  Seoausent epr ov idenci aracer cadaAdmi ni straçãodosbens;
c)  
  
  Pel acompar ênci adapessoaquel egal ment er epresent eoausent eoude
procur adorbast ant e;
d)  
  
  Pel aent regadosbensaoscur ador esdef i
nitiv osouaocabeça- de- casal ,nos
termosdoar t
.103ºCC.
e)  
  
  Pel acer t
ezadoausent e.
Par aaausênci apr esumi daal eipr evêcomof ormadesupr imentoacur ador i
a
prov isór i
a.
 
Ausênci aj ustificadaoudecl arada, oucur ador iadef i
nitiv a
Apr obabi li
dadedeapessoaausent enãor egr essarénessaf asemai or, vistoquea
l
eiapossi bili
tao r ecur so àj ust i
f i
cação daausênci ano caso deel et erdei xado
repr esent ant elegal oupr ocur adorbast antear t.99ºCC) .
Comor equi sitosénecessár io:
a)  
  
  Ausênci aqual if
icada
b)  
  
  Exi stênci adebenscar ecidosdeAdmi nistração;
c)  
  
  Cer toper íododaausênci a.
Al egitimidade par a o pedi do de i nst aur ação da cur ador i
a defini
tiv a per t
ence
também aqui aoMi ni stér i
oPúbl i
coouaal gum dosi nter essados, sendoest es, cont udo,
além docônj uge,osher dei r
osdoausent eet odososquet i
verem sobr eosseusbens
qual querdi reit
odependent edasuamor t
e.
Acur ador iadef i
ni ti
vat ermi na( ar t
.112ºCC) .
a)  
  
  Pel or egr essodoausent e;
b)  
  
  Pel anot í
ci adasuaexi stênci aedol ugaronder eside;
c)  
  
  Pel acer t
ezadasuamor te;
Par aaausênci aj ust i
ficada.A l eiprev êcomof or madesupr imentoacur ador i
a
def init
iva.
 
Mor tepr esumi da
Assent anopr olongament oanor maldor egi medaausênci a.Háumai nversãoda
probabi l
idadedeoausent eest arv ivo.
Decor r
idosdezanossobr eadat adasúl ti
masnot íci as,oupassadosci ncoanos, se
ent retantooausent ecompl etaroi tentaanosdei dade, osi nteressadospar aoef eitodo
requer iment odacur ador iadef i
ni t
iva,têm l egi ti
mi dadepar apedi r
em adecl araçãode
mor tepr esumi dadoausent e(ar t.114º /1CC) .Cont udo, seapessoaausent ef ormenor ,
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
58
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

énecessár ioquedecor ram cincoanossobr eadat adecl aradaamor tepr esumida( art
.
114º/2CC) .
Com fundament onumaal taprobabi li
dadepr áti
cadamor t
efísi
cadoausent e,oar t
.
115ºCC,pr escrevequeadecl araçãodamor t
epr esumi dapr oduzosmesmosef eitos
queamor te.
Mas, porexempl oocasament onãocessai psof acto( art.115ºCC) ,
embor aoar t
.116º
CC dê ao cônj uge do ausent e a possi bi
lidade de cont rai
rnov o casament o sem
necessidadeder ecorreraodi vórcio.
Naesf erapat ri
moni al,em casoder egresso,v eri
fica-seum f enómenodesub-
rogaçãoger al,i
stoé, t
em oausent edi r
eito:
a)  
  
 Aosbensdi r
ect ament eadqui r
idosport r ocacom osbenspr ópri
osdoseu
património( sub-rogaçãodi recta);
b)  
  
 Aos bens adqui r
idos com o pr eço dos al i
enados,se no document o de
aquisiçãosef ezmençãodapr ovidênciadodi nheiro( sub-r
ogaçãoi ndir
ect
a) ;
c)  
  
 Aopr eçodosbensal ienados( sub-rogaçãodi rectas).
E,obviament e,ser-lhe-ádev olvidoopat rimónioqueer aseu,noest adoem quese
encontrar.Hav endo,por ém,má- fédossucessor es,oausent etem direitotambém à
i
ndemni zaçãodopr ejuízosof ri
do( art.119ºCC) .

AUSENCIA – art
.89º e segui
ntes -Insti
tut
o que querdi
zerf
alt
a de not
ici
as
acompanhadadenãopresença/
desapar
ecimento.

Em casodeausênci a,osbensf i
cam sem administr
ador.Al eiapresenta3medidas
l
egaispar
ar esolveressaausênciaesãoinst
auradasporpr ocessojudici
al.
Medidasl
egais:
 Cur adoriaprovisóri
a–art.
89ºeseguintes
 Cur adoriadef i
niti
va– art.
99ºesegui nt
es( desapareci
ment ocom maisde2
anos)
 Mor tepr esumida–ar t
.114ºeseguint
es(desaparecimentoHámai sde10anos)

Nost ermosdoart
.15ºdoCC,osef ei
tosdamor tepresumidasãoosmesmosqueos
efei
tosdamorteefecti
vacom aexcepçãodocasament oquesemant ém (
seapessoa
aparecermai
star
de, el
aconti
nuacasada.Seocônjugequesobr ev
iveuent
ret
ant
otiv
er
casadocom out
rapessoa,consi
dera-
sedissol
vi
doopr imei
rocasamento.

PESSOASCOLECTI
VAS

Organizações de pessoas e bens que v


isam pr
ossegui
rint
eresses/
fins comuns
colect
ivos.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
59
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

3Cl
assi
fi
caçõesl
egai
s–ar
t.
157ºesegui
ntes:

 Fundaçõesdei nter
essesocial
 Associaçõessem finslucr
ati
vos
 Sociedadescivis(prat
icaactosciv
is–ar t
.980ºCC)esociedadescomer
ciai
s
(pr
aticaactoscomer ci
ais–Códigodassoci
edadescomer
ciais)

Pessoascol ect i
vas
Sãoor gani zaçõesconst it
uídasporumacol ectivi
dadedepessoasouporuma
massadebens,di rigidosàr ealizaçãodei nt eressescomunsoucol ect i
vos,àsquai sa
ordem j urídicaat r i
bui aPer sonal idadeJur ídica.
É um or gani smo soci aldest inado a um f im l í
ci t
o que o Di rei
to at ribuia
suscept ibili
dadededi reitosev inculações.
Trata- se de or gani zações i nt egradas essenci alment e por pessoas ou
essenci alment eporbens, queconst ituem cent rosaut ónomosder elaçõesj urídicas.
Há,duasespéci esf undament aisdePessoasCol ect i
vas:asCor poraçõeseas
Fundações.
AsCor por ações,t êm um subst ract ointegr adoporum agr upament odepessoas
singularesquev isam um i nt eressecomum, egoí sti
cooual tr
uístico.Essaspessoasou
associadosor gani zam acor por ação,dão- lheassi stênciaecabe- lheasuav idae
destino.
AsFundações, têm um subst ract oi ntegradoporum conj unt odebensadst rit
opel o
fundadoraum escopooui nteressedenat ur ezasoci al.Of undadorpodef i
xar ,com a
atri
buição pat ri
moni ala f avorda nov a Fundação,as di r
ect i
vas ou nor mas de
regulament açãodoent ef undaci onal dasuaexi st
ência, funcionament oedest ino.
Af unção economi co- soci aldo i nst i
tuto da per sonal idade col ecti
val i
ga- se à
reali
zaçãodei nt eressescomunsoucol ectivos, decar áct erdur adour o.
Osi nteressesr espei tant esaumapl uralidadedepessoas,ev entualment eauma
comuni dader egional ,naci onalouagéner ohumano,sãoumar ealidadei negáv el:são
os r eferidos i nteresses col ect iv
os ou comuns.Al guns desses i nteresses são
duradour os,excedendoav idadoshomensou,em t odoocaso,j ustifi
candoacr iação
deumaor ganizaçãoest áv el.
 

Soci
edadesComerci
ais:
Soci
edades em nome indi
vi
dual
;Soci
edades anóni
mas;Soci
edades porcot
as e
soci
edadesem comandi
ta.

El
ement
osconst
it
uti
vosdaspessoascol
ect
ivas:

 El
ementomater
ial
,também chamadodef act
o=substr
ato
Subst
rat
o:
El
ementopessoal
–pessoasfísi
cas,si
ngul
ares,
sãomembr osdeór
gãosdasPC
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
60
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Elementopat r
imonial–Bensdenat urezapatri
monialquepert
encem àfundação,ou
associação,oumesmosoci edade.
Elementoteleol
ógico-Finali
dadedasor gani
zações.Escopoouf
im /obj
ecto.Obj
ecti
vo
–pr i
ncípi
odaespeci al
i
dadedof i
m
Elementointenci
onal-Intenção/v ontadedof undador/sóci
odeconstr
uiraspessoas
colect
ivas.
El
ementoorgani
zat
óri
o–Ór gãoseregr
asquedi
sci
pli
nam apessoacolect
ivament
e.
Tudoaqui
l
oqueénecessár
ioparaonasci
ment
odeumapessoacolect
iva.

 El
ementofor
maloudeDirei
to=reconhecimento
Asomadaquel
esdoi
sel
ementos,mater
ialeformal,
dáaPessoacol
ect
iva

Casopr
áti
co8:

A,menor
,com oobject
ivodecust
earasdespesasi
ner
ent
esaumav
iagem aosEUA,
pr
ati
caossegui
ntesact
os:

. Celebracom aempr esaum cont
rat
odet
rabal
hocom v
ist
aàdi
str
ibui
çãode
panflet
ospubl
i
cit
ári
os;

. Cont
rai
junt
odeum ami
goum empr
ést
imonomont
ant
ede125€.

. Vendepordocument
açãopar
ti
cul
araBum v
ali
osoaut
omóv
elant
igoqueher
dar
a
doseuavô.
SabendoqueAti
nha17anosquandoprat
icouestesact
os,apreci
eov
alorj
urí
dicoda
cadaum del
esedi
gaquem ospoder
áimpugnareem queprazo.
1.Qual
oval
orj
urí
dicodosact
ospr
ati
cados?
2.Quem t em l
egi
ti
midade paraimpugnar,no caso de i
nvali
dez,o(
s)act
o(s)
i
nvál
ido(s)
?Contr
atodet rabal
ho;cont
rat
odemút uo( emprést
imode125€)e
cont
ratodecompraevendadeum automóvel
.
3.Em quepr
azo?
RE:
1.Deharmoni
acom oar t
igo127º
,omenorpodecelebraroscontr
atosrefer
idos
nospont
os1e2, por
quantoaal
íneab)donº1consi
deraservál
i
do, t
rat
ando-se
comoset r
atadepequenaimpor t
ânci
a,ounãosendoentendi
doque125ێ
umaimport
ânci
apequena,éum actoanul
ável
.
2.Nocasodenãoconsider
armosaquelaimport
ânciadepequenov alor
,epor
tant
o
tr
atar
-sedeum act
oanul áv
el,competeaorepresentant
el egaldeAanularo
emprést
imo,nopr
azode1ano,at éporqueàquelaimportânci
anãoacrescem
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
61
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

j
uros.
3.Seconsiderarmosvál
idoonegóciojurí
dicodemútuo,omenorter
ádeopagar
com j
urosei ndemni
zações.Éanul
ávelporquenãocabeao127ºeanul
ávelpel
o
poderpater
nal –ar
ti
go125º ,
nº1,a)
.
4.Av endadoautomóv
eléi
nvál
i
da.Onegóci
oéanul
ável
,nost
ermosdoar
ti
go
125º,nº1,
a).
Orepresent
antel
egalvei
oat
erconheci
ment
o,nodi
asegui
nte,
queof
il
hot
inha
v
endidooaut omóvel
.
Av
endapodeseri
mpugnadapel
opr
ópr
iomenorquandoat
ingi
ramai
ori
dade?
Sim,t
em legi
ti
midadeparai
mpugnaravendadoautomóvel,nopr
azode1anos
–arti
gos125,nº1,b)eseocarrojáti
versi
dovendido,t
erádeserrest
it
uídoo
val
orcor
respondenteaoaut
omóvel–ar
tigo289º
.

Casopr
áti
co9:

Em Marçode2003,Ade16anosdei dade,f
alsi
ficandooBI ,cont
rai
uum empr
ésti
mo
j
untodeum penhor
ist
a,dandoem penhorum val
iosor el
ógi
odeour oquel
heper
tenci
a.
Doi
smesesmai stardeAcompl
etou17anosecasoucom B,
cont
raav
ont
adedospai
s
esem supr
iment
oj udi
ci
al.
Em Dezembrodomesmoano,Acom oconsent i
ment
odeBar
rendouaCum pr
édi
o
quelheper
tenci
aport
erher
dadodeseupadr
inho.
a)
.Di
gase,
porquem eem quepr
azopodem seri
mpugnadosest
esact
os.
b)
.Admit
aqueB,mai or,vendi
aem Jul
hode2004,sem aautor
izaçãodeA um
aut
omóvel
,uti
li
zadoconjunt
ament
epel
ocasal
.Poder
átalv
endaseranul
adaem
Out
ubrode2007?
RE:
Act
ospr
ati
cados:
1.Cont
rat
odemút
uocom penhor
.
2.Casament
osem aut
ori
zaçãodospai
sesem supr
iment
o.
3.Ar
rendament
odeum pr
édi
our
bano.
a)
.Oemprésti
moéi nváli
do.Nãocabenacapaci
dadeexcepci
onaldoar
ti
go127.O
menornãotem capaci
dadepar
aoacto,l
ogoéum actoanuláv
el.
Quem poder
equer
eraanulabi
li
dadedoactoéorepresent
antel
egal
,nost
ermos
doar
ti
go125º,nº1,a)
,noprazodeum anoacontardoconheci
mento.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
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62
TEORI
AGERALDI
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TOCI
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.ANO

Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Sepor
ém oempr
ést
imonãoest
avaconcl
uído,
apl
i
ca-
seoar
ti
go287º
,nº2.
b)
.Ocasamentoév ál
ido,conf
ormeest
abel
eceoar
tigo1601ºaidademí ni
made
16anosparacontr
aircasament
oe,quet
ambém osart
igos132º,133ºe1649º
oconsagr
am.
Opoderpat
ernal
act
uaant
esdocasament
oegr
atui
tament
eapósest
etambém.
Apósocasamento,porexempl
o,seomenorrecebeumadoação,ospaistêm o
di
rei
to deger
i-
la,vist
o queo casament
o não tev
eautor
ização,apenashá
emanci
paçãoparci
al.
c)
.Umav ezqueopr édi
olhef oidoadopel
oseupadri
nhoantesdocasamentocom
B,conti
nuasobaadmi ni
straçãodospai
s,ar
ti
gos1649º,125º
,nº1,al
íneaa).É
port
anto,um act
oanulável
.
Bémai or,masAcont
inua,àdatadoarr
endament
oasermenor .Segundoo
art
igo1683,
nº2,
a)oactoéanuláv
elepodeserr
equer
idonost
ermosdoar t
igo
1687º.
d)
.Dehar moni acom asal
íneasa)eb)donº3doar t
igo1682ºeranecessári
aa
autori
zaçãodeApar aqueBpudessev enderoautomóv el
.Port
ant
otalnegócio
seri
aanul ávelseAouoseur epr
esentantel
egalar guí
ssem daanulabi
l
idade
dentrodopr azode3anos,oqueaquinãoacontece,peloqueonegócioév ál
ido,
conformer efer
eonº2doar t
igo1687º.

10ª
.Aul
a09.
05.
2007
Sumár i
os :I nterdi
ção:a)causas ou f undamentos b)
meios de supri
ment o c)
val
ordos actos do i
nter
dit
o d)cessação da
i
ncapaci dade Inabi
li
tação:a)causas b)
extensão da i
ncapaci
dade c)meios de supr
imento d)
val
ordo sactos do inabil
i
tado
e)cessaçãodai ncapacidade
Sumár i
os: 8.Incapacidadeaci
dental
9.Il
egiti
midadesconj
ugais10.Domicí
lio:
noção,espéci
esequal
ifi
caçãojur
ídi
ca11.Ausência
1.Medi daslegais2.Efeit
os

Quei
maFi
tas

11ª
.Aul
a16.
05.
2007
Sumários:Resoluçãodecasospr áti
cossobremenor idade.Em especial
:osefei
tos;ocasamentodomenor ;odolodomenor ;a
confi
rmaçãodosact osdomenor;actosexepcional
ment eváli
dos.
Sumários:Cap.III-PessoasCol
ectivas1.Noçãoef unçãosócio-económicadoinsti
tut
odapersonal
idadecolect
iva2.El
ementos
consti
tut
ivosdaspessoascolect
ivas:osubstr
atoeor econhecimento3.Classi
fi
caçõeslegai
sdepessoascoleti
vas4.Capaci
dade

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
63
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

degozoecapaci
dadedeexer
cíci
o5.Responsabi
l
idadeci
vi
l

Apr
ofessor
afal
tou

12ª
.Aul
a23.
05.
2007
Sumários:IITeor
iaGer
aldoObj ect
odaRel açãoJur
ídicaCap.I-Prel
iminares1.OObject
odar el
açãoj
urí
dicaCap.II.Ascoisase
opatri
mónio1.Noçãoj ur
ídi
cadecoi sa2.Noçãodepat r
imónio:osvári
ossent i
dos3.Aautonomiapat
ri
moni alousepar
açãode
pat
rimónios
Sumários:Pessoascol
ectiv
as:Af ormaçãodosubst r
atodaspessoascol eti
vasOssub-el
ementosdosubstratoAsmodalidades
dereconheciemnt
oeexempl i
fi
caçãoResoluçãodecasospr át
icossobreint
erdiçãoei
nabil
i
tação

Noçãoj urí
di cadecoi sa
Num sent idocor renteeampl o, coisaét udooquepodeserpensado, ai
ndaquenão
tenhaexi st ênciar ealepr esent e.Num sent i
dofísico,coi saét udooquet em existência
corpór ea,“ quodt angipot est ”,oupel omenos,ésuscept í
veldesercapt adopel os
sent i
dos.
Quant oaosent idoj urí
di codecoi sa,háqueconsi der aroar t.202ºCC,ondese
cont ém a segui ntedef i ção:“
ni di z-secoi sa tudo aqui lo quepodeserobj ecto de
rel
açõesj ur í
dicas.”
Podemosdef i
ni rascoi sasem sent idojur
ídi
cocomoosbens( ouent es)decar ácter
estát i
co,despr ov i
dosdeper sonal idadeenãoi ntegr ador esdecont eúdonecessár i
o
dest a,suscept í
veisdeconst it
uírem obj ectoder elaçõesj urí
dicas,ou,t odaar eali
dade
autónoma que não sendo pessoa em sent ido jur í
dico,é dot ada de ut i
lidade e
suscept ibil
idadededenomi naçãopel ohomem.
Osbensdecar ácterest ático,car eci dosdeper sonal i
dade, sósãocoi sasem sent ido
j
urídicoquandopuder em serobj ect oder el
açõesj urídicas.Par aessesef eit
odev em
apresent arassegui nt escar acterísticas:
a)  
   Exist ênciaaut ónomaousepar ada;
b)  
   Possi bi
li
dadedeapr opr i
açãoexcl usi
vasporal guém;
c)  
  
 Apt idãopar asat isfazerint er essesounecessi dadeshumanas.
I
nv ersament enãoénecessár io:
a)  
   Queset rat edebensdenat ur ezacorpórea;
b)  
   Queset rat edebensper mut áveis,i
stoé,com v alordet roca;
c)  
  
 Queset rat edebensef ect i
v ament eapropr i
ados.
OCódi goCi vildef inenoar t
.204ºesegui ntesost iposdecoi sas.Dát ambém o
concei todef rut
os( ar t
.212º ).Def inei gualmenteasbenf eitori
as( art.216º )
.

Reconheci
mento=aquisiçãodepersonali
dade–éoel
ement
oqueper
mit
eat
ri
bui
ràs
pessoascol
ect
ivasapersonal
idadej
urí
dica.

Pr
imeir
o,énecessári
oqueestej
am reuni
dost
odososel
ement
osdosubst
rat
oeent
ão
é-
lheat
ri
buí
daaper sonal
i
dadejur
ídi
ca.
Cur
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i
cit
ador
ia1º
.Ano
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TEORI
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TOCI
VIL1º
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Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

2Modali
dadesder econhecimento:
 Nor mati
vo–i ncondici
onadooucondi
cionado
 Indivi
dualouporconcessão.

Normat i
vo–decor r
eautomat icament edalei
,deumanormajurí
dica.
Sef ori
ncondi ci
onado,éum r econhecimentoquenãoexigecondições,aleireconhece
aPCsem quai squerexigências( nãoexistenanossalei
),em Por t
ugal,al einunca
reconheceumaPCsem exi gências;
Condicionado– anossal eir econheceasPC medi ant
econdições/ exi
gências.Em
Portugal,asassociaçõeseassoci edadessãoaspessoasCol
ecti
v asreconhecidaspor
l
ei (
art.
158º CC)

Reconheciment
oi ndi
vi
dualou porconcessão – é at
ri
buí
do poruma aut
ori
dade
admini
strat
ivaquecasoacasoat ri
buiaper sonal
i
dadejur
ídi
caàsPC.Éapl i
cada
apenasàsFundações.

Capaci
dadedegozodasPessoasCol
ect
ivas=Pessoassi
ngul
ares

Capaci
dadedegozo–apt
idãopar
asesert
it
ulardeum ci
rcul
omai
oroumenorde
di
rei
toseobr
igações.

Acapacidadedegozoéi nerent
eàper sonalidadejurí
dica.
NãosendoasPCser eshumanos,exi stem cer t
osdireit
osquepert
encem aosseres
humanosequenãopodem per tenceràsPC.
Ex.Di
rei
toàv ida;di
rei
toàintegri
dadefísica,etc.i
stoporquesãodi
rei
tosi
nseparávei
s
daper
sonalidadesingul
ar.
AsPCt êm li
mi t
açõesquantoàcapaci dadedegozodecor r
ent
esdasuanaturezanão
humana.

Art
.160ºCC–Li mitações:
-Dir
eit
osinseparávei
sdaper sonal
idadesingular(nº2,
inf
ine)
-Dir
eit
osv edadosporlei–di r
eit
osqueal eientendequenãodevem serat
ri
buídosàs
pessoascolecti
vas(nº2,i
nici
o)Ex.Testar(apenasporquealeiodef
ine)
;per
fil
har.

Nº1–Pr i
nci piodaespeci al
idadedof i
m( escopodaPC) .Af i
nal
idadedeumaPCé
específi
ca,aquel aqueest ánopact osocial
.Seasoci edadeéconst it
uídapar apor
exemplov endercar r
os,nãopodev enderumaqual quercoisa,ofi
m paraquef oicri
ada
tem queserespeci al.
Estaslimit açõesl imitam acapaci dadedegoz odasPCj áqueapenast êm nasua
esferajurí
di cadi r
eitosedev eresespecí
fi
cos( obj
ect
oespecí fi
co)
.Osact osprati
cados
porumasoci edadesãov ali
dossecouber em noseuobj ecto,seforem cont
rári
osao
seufim, sãonul os.
Oobj ectosoci aléf undament alparapercebermosseumasoci edadeest áounãoa
actuardeacor docom al ei
.
Cur
soSol
i
cit
ador
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.Ano
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TEORI
AGERALDI
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TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Responsabi
li
dadeci
vi
ldasPessoasCol
ecti
vas
Art
.165º-nosmesmostermosdaspessoassi
ngul
ares.

AsPCnãot êm r
esponsabi
li
dadecriminal(
quecometeocrimeéogerent
eoualguém
que per
tence à soci
edade e que cr
iminal
mentevairesponderporel
e ai
nda que
ci
vi
lmentesejaasociedadearesponderporel
e)

Est
amat
éri
adev
eapenasserav
ali
adaaní
vel
teór
ico

_
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___
___

Obj
ect
odar
elaçãoj
urí
dica

Éoobj
ect
ododi
rei
tosubj
ect
ivoqueconst
it
uiol
adoact
ivodar
elaçãoj
urí
dica

Apr
opr
iament
odi
to-
--
--
--
--
--
-Dev
erj
urí
dico
Di
rei
tosubj
ect
ivo

Pot
est
ati
vo-
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
-Suj
eição

Obj
ect
odasr
elaçõesj
urí
dicas=obj
ect
ododi
rei
tosubj
ect
ivo.

O obj
ectododir
eitosubj
ectivoéaqui
l
o,“
oqui
d”sobr
equei
nci
dem ospoder
esdo
t
it
ularact
ivodar
elaçãoj
urí
dica.

Not
a:Osdi
rei
tospot
est
ati
vosnãot
êm obj
ect
o

Obj
ectododirei
to:
-Prest
açãodefacto-ex.Umaobr a;
um r
ecit
aldepiano
-Prest
açãodeent r
egadecoisacert
aedeterminada–ex.500€;um r
elógi
o
Nestecaso,
oobj ectoédesdobr
adoem objectoimedi
ato(comport
amentododev
edor
–oactodeentregar)eobj
ectomediato(
aentregadacoisa)

Oqueéquepodeserobj ectoderelaçõesj urí


dicas:art.
202ºa216ºCC
 Coisas:
Cor póreasoumat eri
ais–Sãot al
vezopr inci
palobj ect
odasr elaçõesjur
ídicas.Podem
sermóv ei
soui móveis.
Incorpóreasoui materi
ais–ex .Objectodapr opriedadeintel
ectual–di r
eit
osdeaut or
,
criaçãolit
erári
a,i
nvenções,etc.
Osani mais–nãosãocoi sasmassãot ratadascomocoi sas“suigeneri
s”.Osani mais
não t êm direi
tosnem obr i
gaçõespor quenão t êm personalidadejurí
dica,são as
pessoasqueosdet êm quet êm obrigaçõespar acom el esedireit
ossobreel es.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
66
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 Prest ações–compor tamentododev edor


 Pessoas–nocasodopoderpat ernal(poder
/dever)
.Quandoseexer ceopoder
pat ernaloobj ectododi r
eitodopaiéof il
hoeoseupat ri
mónio.Tr at
a-sedeuma
pessoaqueéobj ect
omasquenãoest ácompletamentesubjugadaaosuj ei
to
por queopai tem também um dev erenessamedi danãochocaqueumapessoa
tenhat antosdirei
tossobr eoutr
apor quetem deigualf
ormaesi multaneamente
dev eres.
 Apr ópr i
apessoa–somoscadaum denós.Nóssomosobj ectosdosnossos
direitos:os modos de ser f í
sicos e psíqui
cos da pessoa ( dir
eit
os de
per sonalidade)
 Direitos–ex.Ar t.
1439º ;
art.
688ºnº1c)

Pat
ri
móni
o

Noçãodepat
ri
móni
o

Fal a-seporv ezes,depat ri


móni opar adesi gnaropat r
imóni ogl obal .Tem- seent ão
em v istaoconj unt oder elaçõesj urí
dicasact i
vasepassi vasav ali
áv eisem di nheirode
queumapessoaét it
ular.1)Tr ata-sedoconj untoder elaçõesj urídicas; nãoset ratado
conj unt odei móv eis,móv eis,cr édit
osouout rosdi r
ei tospat ri
moni ais,poi sascoi sas
móv ei snãosãoent idadesdomesmot i
podoscr édi tosoudosout rosdi reitos.O
pat rimóni oéi nt egr adopordi reitossobr eascoi sas,di reitosdecr édi to,obr igaçõese
out rosdi reitospat ri
moni ai s.2)Nãof azem par tedopat ri
móni ocer tasr ealidades,
suscept í
veisdet err elevânci apar aav idaeconómi cadaspessoas,masquenãosão
relaçõesj urí
dicasexi stent es, sendoant esmer asf ont esder endiment osf uturos.3)Só
fazem par tedopat ri
móni oasr elaçõesj urí
dicassuscept íveisdeav aliaçãopecuni ária;
est apecuni aridadepoder esul ardov
t alordet r
ocadodi reitoporest eseral ianáv el
medi ant eumacont raprest ação,oudov alordeuso,t r aduzi doem di reito,nãosendo
per mut ável,pr opor ci
onarogozodeum bem,mat er ialoui deal,quesóseobt ém
medi ant eumadespesa.
Éaest anoçãoqueser efer eoar t
.2030º /2,aodef inirher deir
ocomooquesucede
nat otalidadeounumaquot adopat r
imóni odof alecido.
Fal a-se,out rasv ezes,depat r
imóni opar adesi gnarochamadopat rimóni obr utoou
pat rimóni oi l
íqui do.Tem- se ent ão em v ista o conj unt o de di reitosav ali
áv eisem
dinhei ro, pertencent esaumapessoa, abst raindo, port ant o, dasobr i
gações.
Final ment e, num sent idomai srestri
t o,podedesi gnar -seporpat rimóni oochamado
pat rimóni ol í
qui do, i
stoé, osal dopat r
imoni al.
O pat rimóni odi sti
ngue- sepoi s,faci l
ment edaesf er aj urídica.Est aéat otalidade
dasr elaçõesj urídi casdequeumapessoaésuj eito.Abr ange, assim opat r
imóni oeos
direitoseobr i
gaçõesnãoav aliáveisem di nhei ro( pessoai shocsensu) ,encabeçados
napessoa.
O concei to de pat r
imóni ot r
aduz a soma ou conj unt o das r el ações j ur í
di cas
aval iáveisem di nhei r
o,per t
encent esaumapessoa.Não set r
at adeum obj ect o
j
ur ídicoúni coouuni v
ersalidade.
Cur
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Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Of
enómenodaaut
onomi
apat
ri
moni
alousepar
açãodepat
ri
móni
os

Naesf er
ajurídicadeumapessoaexi stenormalment eapenasum pat ri
móni o.Em
certoscasos,por ém,ser emosf orçadosaconcl uirexist
irnat itul
ar i
dadedomesmo
sujeit
o,além dosepat ri
móni oger al
,um conj unt
oder elaçõespat r
imoniaissubmet i
do
aum t r
atament ojurídi
copar ticular,talcomosef ossedepessoadi ver
sa–est amos
entãoper anteum pat ri
móni oaut ónomoousepar ado.
Seopat ri
móni ot em comof unçãopr i
ncipalr
esponderpel asdí vidasdoseut it
ular,
então par ece que o cr i
téri
o mai s adequado par a car acter
izara separ ação de
patrimóniosdev eserodaexi stênciadeum t rat
ament ojurídi
copar ticul
arem mat éri
a
der esponsabil
idadepordí v
idas.
Pat r
imónio aut ónomo ou separ ado será,assim,o que “ responde pordí vidas
próprias”,i
stoé,sór espondeer espondesóel eporcertasdí vi
das.

 Patr
imóni oglobal–compost opeloconjuntodasrelaçõesjur
ídi
casactiv
ase
passivas( di
reit
oseobr i
gações)
,aval
iáveisem dinheir
o queumapessoaé
susceptív
elsert i
tul
ar(
est
anoçãoémui t
oi mport
anteparaefei
tossucessóri
os
–art.2030ºnº 2)

Nota:Esf
erajur
ídi
ca–conj
unt
oder
elaçõesj
urí
dicasact
ivasepassi
vaspessoai
se
pat
rimoni
ais

 Patr
imónio brut
o ou ilí
qui
do – conj
unto das r el
ações jur
ídi
cas acti
vas
pert
encentesaumapessoaabst raí
dodasobr i
gações( est
anoçãoémui to
i
mpor t
anteparaefei
tosdeexecução,indemnizações– aocr edorinter
essa
conhecerosseusact
ivosenãoassuasobri
gações–ar t.
483º,ar
t.
817º)

 Patr
imóniol i
quido – conjunt
o das rel
ações j
urí
dicas act
ivas deduzi
das as
rel
açõesjurí
dicaspassivas=sal dopatr
imoni
al(estanoçãoéi mport
antepara
efei
tosdeinsolvênci
aeparaef ei
tosf
iscai
snocasodasempr esas)

Patri
mónioaut ónomooupr i
vadodopat ri
móniogl obal–at endeacr it
ériosdif
erente
dasnoçõesant eri
ores.
Casosem queosuj ei
tot em doispat ri
móniosmasapenasquandoal eiodefina
expressamente.
Av i
ader egr
aéqueum suj eit
oapenast enhaum pat r
imónio.
Osegundopat rimónioteráumaf i
nal
idadeespecífica:responderpordív i
das.
Sempr equeopat ri
mónior espondersóesóel eresponderporcer tasdívidas:
O patri
móniodeA nãor espondepel asdí v
idasdopat r
imónioaut ónomadeA;as
dív
idasdopat ri
móni oautónomasãopagaspel opat r
imóni oautónomaeasdí vi
dasdo
patr
imóniosãopagaspel opatrimóni
o.
Ex.Numaher ança,aher ançaficaseparadapar apagarasdí vi
dasdapr ópriaher
ança.
Cur
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Pat
ri
móniocol
ect
ivo-For
madecomunhãoeapl
i
ca-
se“
àcomunhãoconj
ugal
”for
mada
pel
osbenscomuns.
Patri
móni ocol
ecti
vo
Massapat r
imonialqueépert
ençapormai sdeumapessoa.Nat i
tulari
dadedecada
umadessaspessoas, oqueexisteéodireit
oaum conjuntopat r
imoni
al naglobal
idade.
Ost i
tular
esdodirei
tonocasodopat r
imóniocolect
ivo,
sót em odir
eit
oaumaquot ade
l
iquidaçãodessepat r
imóni
oquandoocor r
eradi vi
sãodopat r
imóni
ocol ecti
vo.Este
caracteri
za-
setambém porencontrarafectoaum det er
mi nadofi
m,queéof im que
vi
sapr ossegui
r.

CasoPr
áti
co10:

Em Mar
çode2003,f
oipropostaumaacçãodeint
erdi
çãoporanomal
iapsí
quicacont
ra
A,t
endoasent
ençadeinter
diçãodef
ini
ti
vasi
doprof
eri
daem Maiode2005.
Em Set
embr
ode2002,
Avendeuumacasadehabi
taçãoaoseumédi
coassi
stent
e.
Em Fev
erei
rode2004,
Acompr
ouumaobr
adear
tepel
opr
eçoel
evadoeper
fi
lhouB.
Em Nov
embr
ode2005,
Acompr
ouum aut
omóv
elpormet
adedoseuv
alor
.
Di
gaem quet
ermosoporquem podem seri
mpugnadosest
esact
os.

RE:
Act
os:
 Set
embr
ode2002–Av
endeu(
a)umacasaaomédi
coassi
stent
e.
 Mar
çode2003–Pr
oposi
tur
adaacçãodei
nter
dição.
 Fev
erei
rode2004–Acompr
ou(
b)umaobr
adear
teporpr
eçoel
evado.
 Mai
ode2005–Aper
fi
lho(
c)B.–Sent
ençadei
nter
dição

Cur
soSol
i
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69
TEORI
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REI
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.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 Nov
embr
ode2005–Acompr
ou(
d)um aut
omóv
elpormet
adedopr
eço
Ai nterdi
çãoéumai ncapacidadedoexer cíci
oapli
cadaamai oresquesof r
am do
di
spost onoarti
go138ºesegui ntesdoCódigoCivi
l
,nomeadament etodosaquel
esque
sofram de anomali
a psíquica,sur dez
-mudez ou ceguei
ra.Logo A ao sofrerde
anomal iapsí
qui
caeest atersi dosentenci
adaporum j ui
z,nest
ecaso,em Mai ode
2005, Anãopodeexercerdeterminadosdir
eit
os.
a)
. Em rel
açãoàvendadacasa,comoestaser
eali
zouem Set
embrode2002,seri
a
vál
i
da,umav ezqueaindanãohav i
asidodecret
adaasentençadecl
arando-
o
i
ncapaz.
Noentant
o,comoAj ásof
ri
adeanomal iapsí
qui
ca,apl
i
ca-seodi
spost
onoart
igo
150ºdoCC,queporsuaveznosr emeteparaoart
igo257ºCCerest
esópodeser
apl
icáv
elsesever
if
icar
em 2pressupostos:

.Incapaci
dadedeent
ender
,demonst
radapel
oseuadv
ogado;

. Notori
edadee/ouconheci
ment
odai
ncapaci
dadeporpar
tedaspessoas
com quem conv
ive.
Ou seja,a anul
ação do negóci
o só se r
eal
i
za se se v
eri
fi
car
em est
es
pr
essupost
os.
ComoAj ásofri
adaanomal i
apsíqui
caàmai sde1ano( i
stoporexclusãode
par
tes,
ouseja,oadv
ogadosópodiapedirasent
ençadei
ncapaci
dade/
inter
dição
seAjáti
vessedemonst
radoquesofr
iadest
aanomali
aàmaisde1anos) .
Esteactoser
iavál
i
dosenãosev eri
fi
casseest
arem pr
eenchidosospressupost
os
doar t
igo287º.Noent
anto,comoacompr adacasaf oief
ectuadapelomédico
assist
entedeAeest etem acertezadequeoseudoent esof r
iadeanomal i
a
psíqui
ca,l
ogoonegóci
ojurí
dicoéanul
ável.
Quem tem legi
ti
mi dadeparai
mpugnaronegóci
ojur
ídi
coéorepr
esent
antelegal
(
tutor
)nopr azodeum anoapósoconheci ment
odonegóci
ooudasent ençade
i
ncapacidadeproferi
da,ar
ti
go125º
,alí
neaa)
.
b)
. Em relaçãoàcompr adaobradearteporum pr eçoelev
ado,est
aér eal
i
zada
numaal tur
aem queA éconsider
adoi nt
erdi
tado,poi
sest áaseral
vodeum
processodeint
erdi
çãoepodevi
raserdecl
aradocomotal.
Nestecaso,apli
ca-
seoarti
go149ºe,
nocasodeAv i
raserconsi
deradoi
nter
dito,
devemosanalisarseonegóci
oéanuláv
el,pel
asentençaqueovieraint
erdi
tare
também cumulati
vament
eseonegóciocausoupr
ejuízo.
Ambasascondi çõessev er
ifi
caram.Af oideclar
adoincapacit
adoeonegóci o
causou prej
uízo na sua esferajurí
dica,pel
o quecabeao t ut
orpet i
cionara
anulabi
l
idadedonegóci oj
ur í
dico,
nopr azodeum anoacont ardasentençaoudo
conheci
ment o,conf
ormeest i
pulaoar t
igo125º,nº1,al
í
neaa)ear ti
gos149º ,nº2.
c)
. Noquedi zr
espeit
oàperf
il
haçãoB,estáprev
ist
onoar t
igo1850º
,nº2queos
decl
aradosi
nter
dit
osporanomali
apsíqui
canãot em nasuaesferaj
urí
dicoa
Cur
soSol
i
cit
ador
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.Ano
70
TEORI
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REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

capaci
dadedeperf
ilhar
,umavezqueseencont
raadecor
rerumaacçãopar
aque
Asejadecl
aradoi
nterdi
toenot
ori
ament
edemente.
Portant
o,estaperfi
lhaçãoéanul
ável
,poi
sdeacordocom oarti
go1861º
,quem
fordecl
aradoincapazporanomal
iapsí
qui
ca,
nãopodeper
fi
lhar
.
Éanulávelnoprazode1anocontadodadat
adaper f
il
hação,porpartedospai
s
oututordeA,daemancipaçãooudamai or
idade,doter
modai ncapaci
dadee
também pelopr
ópri
oper
fi
lhado.
d)
. Comoacompr adocar
rofoifei
taapósadecl
araçãodeinter
dição,apli
ca-
seo
di
spostonoar
ti
go148ºem queonegóci
oéanul ávelpel
otutornopr azode1
anos.
e)
.
CasoPr
áti
ca11:
A,pessoaquealém desof
rerdeceguei
ratem umaf ort
etendênci
aparaoconsumode
bebi
dasalcoóli
cas,édetent
ordegr andefortunae,nosmoment osdeembr i
aguez
cost
umapr at
icaract
osrui
nososparaoseupatrimónio.
Peranteist
o,B,seucônj
uge,
propôsnotri
bunalem Abr
ilde2005umaacçãodest
inada
areti
rar-
lheacapaci
dadeparaaprát
icadenegóci
osjur
ídicos.
 Em Fever
eir
ode2005AcomprouaCum aut
omóvel
,pel
oval
orde50.000€, pr
eço
corr
espondent
eaoseuval
ornomer
cado,masquedenadal
heserv
iri
a,tendoem
contaasuaceguei
ra.
 Em Julhode2005,Adeuordem aoseucor
rect
or,paraadqui
ri
rem bolsa,10mil
acçõesdaempresaX,acçõesessasqueseencontr
avam noseuvalormai sal
to
desempr e.
 Em Outubro de 2005,transi
tou em j
ulgado a sent
ença que decr
etou a
i
ncapaci
dadedeexercí
ciodeA.
 Em Dezembr
ode2005,
AvendeuaDum t
err
enodequeépr
opr
iet
ári
o,pel
oval
or
demoedarazoáv
el.
 Fi
nal
mente,em Fever
eir
ode2006,Afezum t
est
ament
o,noqualdei
xav
aaf
avor
doseumédicotodaasuaquot
adisponí
vel
.
Manif
est
e-seacer
cadovalorj
urí
dicodosact
ospr
ati
cadosporA.Enocasodeser
em
nul
osquem eem quepr
azo?
RE:
Act
os:
 Fev
erei
rode2005–Acompr
ou(
a)1aut
omóv
el
 Abr
ilde2005–Acçãodei
ncapaci
dade
 Jul
hode2005–Acompr
ou(
b)acçõesporpr
eçoel
evado

Cur
soSol
i
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ador
ia1º
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Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
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ãode
Fel
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ras

 Out
ubrode2005–Sentençadeinabi
li
tação,poi
soproblemadel
eéoal
cool
i
smo.A
sóquandobêbadoéquenãoconsegueenãosaber egeroseupat
ri
mónio.No
ent
ant
o,podeeconsegueregerasuavida,
arti
go152º.

13ª
.Aul
a30.
05.
2007
Sumários: Resoluçãodecasospr áti
cossobreasi legit
imidadesconjugai
seasincapacidadesdeexercíci
o.Exempli
fi
caçãode
object
ospossí veisderelaçõesj
urí
dicasAscoi sas:classi
ficaçõesl
egaisedoutr
inai
sAsv ári
asnoçõesdepat ri
mónio:confr
ontoe
exemplif
icação
Sumários: I
IITeoriaGeraldosFactosJurí
dicosI-Donegóci oj
urí
dicoedosimplesactojurí
dicoCap.I-Conceit
oeClassif
icações
1.Conceito2.Classifi
caçãodosnegóciosjurídicosCap. I
I-Adeclaraçãonegoci
al1.Noçõesger ai
s2.Elementosconsti
tut
ivos
normaisdadecl araçãonegocial

Nãov
amosdaroCapí
tul
oI“
Dosf
act
osj
urí
dicos”cl
assi
fi
cações(
Não)

Capí
tul
oII–Aqui
sição,
modi
fi
cação

Apar
ti
rdapág.379doManual

Br
evecl
assi
fi
caçãodosnegóci
osj
urí
dicos
Um doscr it
ériosclássicoséoqueat endeaonúmer odepessoasquei nterv
êm
nessesnegóci os.O negóci o di
z-se singul
ar,seapenasi ntervém umapessoa,se
i
ntervi
erem mai sdequeumapessoa, onegóci odiz-seplur
al.
NaOr dem Jur í
dicapor t
uguesa,hánegóci osquesãoobr igatóri
aenecessariamente
si
ngulares:éocasodot estamento,sóumapessoapodet estaroact o.
Porout r
ol ado,hánegóci osquesãonecessar iamenteplurais,enalgunscasos,os
negóciosalém deser em pl
urai
s,envolvem contr
aposi çãodeinteressesentr
easv ári
as
part
esi ntervenientes.O negócio pluralserá bi
lateralou pluril
ateral
,sendo queo
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
72
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VIL1º
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Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

contr
at oéaf i
gur apar adigmáticadest et ipodenegóci os.Nãosedev econf undi rnunca
part
ecom pessoas: podem interv irvári
aspessoasconst it
uindoumasópar te.
O negóci o unilateral,pode sersi ngul arou pl ur al
,mas o negóci o singularé
necessar i
ament eunilateral
.
A dout rinanem sempr eestádeacor docom i sto,sendoqueumadassol uções
possíveisenv ol veoat ender
-seàsdecl araçõesemi tidas,nãoapenasaoseunúmer o,
masàf ormacomoel assear ti
cul am nonegóci o.
Mai si mpor tanteai ndaéomodocomoel assear ti
culam ent resi:casosháem que
asdiv ersasdecl ar
açõessãopar alelasef or mam um sógr upo,hav endoi gual mente
casosem queocont eúdodeumadecl ar açãoéoopost oaocont eúdodaout ra,
embor aconv i
rjam num cer tosent ido, t
endoem v i
staum r esultadocomum uni tári
o.
Seadi vergênciadev ontadesi nter ferecom or egimedosef eit
osdonegóci o,
j
ustif
icando um t r
at ament o distinto ent re os seus aut ores,est amos per ante um
negóciobi lat
er aloupl uri
lat
eral.
Num cont ratodesoci edadeháposi çõescomunsdosaut oresdonegóci oeent ão
este mant ém- se como negóci o uni later al.O cr itériojurídico de di sti
nção ent re
negóciosuni laterai
sebi lat
erai
sr esidenadi ferenteposi çãoque, peranteosi nteresses
quesãor eguladospel onegóci o,osaut oresdomesmoocupam.Seosi nteresses
for
em di vergent es,paraquehaj anegóci o, asv ont
adesdosdi versosintervenientestêm
de se encont rarnum pont o comum,sendo est e o acor do de v ontades ou l i
vre
consenso.
 

Cl
assi
fi
caçãodosNegóci
osJur
ídi
cos
Negócios A  Exemplos:
j
urí
dicos 1.
Decl ar
açãodedí
vi
da
B
Uni
laterai
s 2.
Decl ar
ação pública de
Classi
ficação promessa
dosNegóci os 3.
Test ament
o
Jurídi
cos 4.
Rev ogaçãodemandato(
jáo
(Di
spensaa mandat
onãoéuni
l
ater
al)
acei
tação) Negóci os A ← B
Jurí
dicos A–compra
Bil
ateraisou B–Venda
Contratos -Obj
ecto

Negóci
osjur
ídi
cosUnil
ater
ais-Sãof or
madospor1ou+declaraçõesdev ont
ade,
f
ormando1sól adoou1sópar te.Massefor+doque1decl
aração,sãoparal
elas,
masconti
nuaaser1negóci
ojur
ídicouni
l
ater
al.
Apenasexi
ste1sódecl
aração.
Pr
incí
piodat
ipi
cidadeounumer
uscl
ausus–ar
ti
go457ºdoCódi
goCi
vi
l
Recept
íci
os Sãoaquel
esem queadecl
araçãonegoci
alsóé

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
73
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

efi
cienteouefi
cazsef
orl
evadaaoconheci
ment
odo
Pr
incí
pio da destinat
ári
o.
Ti
pici
dade Exemplo:oher
dei
roacei
taraher
ança–ouor
epúdi
o
daherança
Não Nãoépr eci
soqueodest
inat
ári
otenha
Recept
íci
os conheci
mento.
Est
ou vi ado Ex
ncul emplo:test
amento(Nãoépr eci
sosaberparaser
àpromessa herdei
ro,
masparat
omarpossedaher
ançaj
áépr
eci
sosaber
queéher
dei
ro)

 - 1.decl
araçãodedí
vi
da.EuFul
anodet
al,
decl
aroquedev
oaoSr
.Xaquant
iade
X€.
O credornadat
em defazer,ousej
aaceit
ar,apenastem odev erdeexi
giro
pagamentodaquant
iadecl
arada,
éodevedorquetem aobr
igaçãodepagar
.
Reconheci
ment
odedí
vi
da–ar
ti
go458doCódi
goCi
vi
l
2.decl
araçãopúbli
cadepromessa(declaraçãodealví
ssaras)
.Euful
anodet al
,
decl
aroquedar eiY€aquem encont raremeent r
egaromeucãoder aça
cani
che.Opromitent
etem aobr
igaçãodepagaraquant iapromet
idaaquem lhe
entr
egarocão,mesmoqueapessoaquel hoentreguenãosaibadapromessa.
Pr
omessapúbl
i
ca–ar
ti
go459doCódi
goCi
vi
l
3.testamento.É umadecl aração devont
ade,quedet
erminadapessoa,na
possedet odasassuasfacul
dades,decl
araqueàsuamort
edeixaosseusbens,
oupar t
edel es,aoutraspessoas.Sóaceit
aquem qui
ser.O test
ament
onão
tr
ansferenada,apenasapont
apessoas.
4.Rev ogaçãodemandato.Decl
aração,quet em det eroconheciment odo
desti
natári
o,dequenãoquerqueodest i
natáriocont
inuear epr
esentá-l
o.É
necessári
oquehaj
aconheci
mento.É1negócioj ur
ídi
counil
ater
alr
ecept
ício.
Conheci
ment
odonegóci
ouni
l
ater
alé(
dif
erent
e)daacei
tação.
NegóciosJurí
dicosBil
ater
aisouContr
atos.São 2ou + decl
araçõesnegoci
aisde
sent
idosopost
os, masconver
gent
es,
paraaproduçãode1r
esult
adoj ur
ídi
couni
tár
io.
Temos1l
ado,
1pessoaoumai
sedoout
rol
adot
emost
ambém 1pessoaoumai
s.
Exempl
os:
Compr
aeVenda;
DoaçãoeAcei
tação
Exi
ste1t est
amento(atenção.Nãoé1cont rato)
.Apósamor tedapessoa,ext
ingue-
se
apersonali
dadejur
ídi
ca, her
ançajacent
e,i
stoé, massadebensquenãot em ti
tul
ar,j
á
nãoper t
enceaodecuj us(osmor tosnãosãot it
ular
esdenada)eai ndanãoédos
her
deiros.Tem quehav erhabi
li
taçãodeher dei
ros,eacei
taçãodaherançaout êm 8

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
74
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

di
aspar
arepudi
araher
ança.


tul
oII–dosCont
rat
osem ger
al

Cont
rat
ospr
evi
stosounãopr
evi
stosnal
ei
Mút
uo–podeseroner
osoougr
atui
to–empr
ést
imodedi
nhei
ro
 Uni
l
ater
aisou(
tem quev
er São aquel
es que ger
am obr
igações
com obr
igações)não apenaspar
a1daspar t
es
Cont
rat
os
si
nal
agmát
icos
 Bi
l
ater
aisousi
nal
agmát
icos Ger
am obr
igações par
a ambas as
par
tes
Adisti
nçãoent
reoscont
rat
osuni
l
ater
aisebi
l
ater
aist
em quev
ercom asobr
igaçõese
di
rei
tosquegeram.
 Depósi
to–arti
go1185ºdoCódi goCi
vi
l
 Doação (
bil
ater
al)– decl
aração dedoação (
éobr
igado adar
)edaíadv
ém a
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araçãodeacei
tação.Exi
steaobr
igaçãodeent
regaracoi
sa–é1cont
rat
onão
si
nal
agmát i
co.
 Comodat
o(empr
ést
imo)–ar
ti
go1129ºdoCódi
goCi
vi
l(exi
stecomodat
oquando
exi
steaent
rega)
.
Ar
tigo408ºdoCódigoCivi
l– transf
erência(dacoi
sa)cont
rat
o.A ent
regaé1
el
ementodocont
rat
o,aobr
igaçãoéadev olução.
 Compr
aev
enda
 Cont
rat
odet
rabal
ho–di
ver
sasobr
igaçõesedi
rei
tosquer
ecaem sobr
eambasas
par
tes.
Nóst
ermosodeverdetrabal
hareodir
eit
oder
eceberovenci
mento,
porsuavez,
a
empr
esatem odi
rei
toaonossotr
abal
hoeodeverdenospagarov
enciment
o.
Excepçãodenãocumpr
iment
o.Seaempr
esanãopagaot
rabal
hadort
em odi
rei
to
denãot r
abal
har
.
Classi
ficaçãodos “
Int
erv
ivos” Pr
oduzem ef
eit
oem v
ida,
daspar
tes
negóciosjurí
dicos

Mor
ti
scausa” Produzem efei
tos após a mor
te
(t
estament
o)
Ospact ossucessóri
os,em pri
ncípio,não são per
mit
idosno nosso Di
rei
to,com
excepçãodasconvençõesant
enupciai
s.
Consensuai
sounão A l
ei não exi
ge obser
vânci
a de 1
Cl
assi
fcaçãodos sol
i enes ou não f or
mali
smoespeci
al
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
75
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

negócios f
ormai
s
j
urídi
cos
A l ei exi
ge 1 formali
dade especi
al.
Art
igo219ºCC (documento escri
to, que pode ser
For
mai
sousol
enes
(r
egrager
al) parti
cularoupúbl
i
co;autent
icadooupor
escrit
urapúbl
i
ca)
Verar
ti
gos:
–Doação-875ºCCe947CC
Ar
rendament
o–1069CC
Consequênci
adai
nobser
vânci
afor
ma–220ºCC
For
madomút
uo–1143CC
Parasabermos,rel
ati
vamenteaoscontr
atosprev
ist
osnalei
,seaf ormadocont r
ato
estápr
evist
a,temosdeiraoCódigor
especti
vo(
porexempl
ocomer ci
al,
dassucessões,
etc.
)eseal ei
nadadissersobr
eafor
ma, é1contr
atodef
ormali
vre.

Negóciosoner ososenegóci osgratuitos


Estadi st
inçãot em comocr it
ér i
oocont eúdoef i
nal i
dadedonegóci o.Osnegóci os
onerososouat ít
ulo oneroso,pr essupõem at ri
buiçõespat ri
moniaisdeambasas
part
es, exi stindo, segundo a per spect i
va dest as, um nexo ou r el
ação de
corr
espect iv
idadeent r
easr eferi
dasat ribuiçõespat ri
moni ais.
Aspar tesest ãodeacor doem consi derar,asduasat ribui
çõespatrimoniaiscomo
corr
espect iv
oumadaout r
a.Nest esent idopodedi zer-sequenonegóci ooner osoas
part
esest ãodeacor doem queav antagem quecadaum v isaobterécontrabalançada
porum sacr ifícioqueest ánumar elaçãodeest ri
tacasual idadecom aquelav ant agem.
Aspar tesconsi deram asduaspr estaçõesl i
gadasr eciprocamentepel ov í
ncul oda
casualidadejur ídica.
Os negóci os gr atui
tos ou a t ít
ul o gr atuit
o,car acteri
zam-se ao i nvés,pel a
i
ntervençãodeumai ntençãol i
ber al(“animusdomandi ,ani musbenef i
ciandi”
) .Uma
part
et em ai ntençãodev i
dament emani festada, deefectuarumaat ri
bui
çãopat r
imoni al
afav ordeout ra,sem cont raparti
daoucor respectivo.Aout raparteprocedecom a
consequênci aev ontadeder eceberessav antagem sem um sacr i
fíci
ocorrespondent e.
 
Negóciospar ciários

Sãoumasubespéciedosnegóci osonerosos.Caracter
izam-sepel ofact
odeuma
pessoa promet
ercerta prest
ação em t r
oca,de uma qual querpar t
ici
pação nos
provent
osqueacontr
aparteobtenhaporforçadaquel
apr estação(ex.art
.1121ºCC).
 
Negóciosdemeraadmini
straçãoenegóciosdedisposição

A uti
l
idadedadi
sti
nção,est
ár elaci
onadacom arest
riçãoporf orçadal eiou
sent
ença,dosseuspoder esdegest ão pat
ri
moni
aldosadmi nist
radoresdebens
al
heios,oudebensprópr
iosealheios,ouaténal
gunscasos(inabil
it
ação),debens
Cur
soSol
i
cit
ador
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.Ano
76
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VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

próprios, aosact osdemer aadmi ni


str
açãooudeor dinári
oadmi nistração.
Os act os de mer a admi nist
ração ou de or dinári
a admi ni stração,são os
correspondent esaumagest ãocomedi dael i
mi t
ada,dondeest ãoaf ast adososact os
arri
scados,suscept í
vei
sde pr oporcionargrandesl ucros,mast ambém de causar
prej
uízosel ev ados.Sãoosact oscor r
espondentesaumaact uaçãopr udente,di
rigi
daa
mant eropat rimóni oeapr oveitarassuav i
rtual
idadesnor maisdedesenv olv
iment o,
“masal heiaàt entaçãodosgrandesv oosquecompor tam ri
scodegr andesquedas” .
Aoi nv és, actosdedi sposi
çãosãoosque,di zendor espei
toàgest ãodopat ri
móni o
admi nistrado,af ectam asuasubst ância,al
ter
am af ormaouacomposi çãodocapi tal
admi nistrados,at i
ngem ofundo,ar ai
z,ocascodosbens.Sãoact osqueul t
rapassam
aqueles par âmet r
os de actuação cor respondente a uma gest ão de pr udênci
ae
comedi ment osem r i
scos.

15ª
.Aul
a06.
06.
2007
Sumár ios:Classif
icaçãoeexempl i
ficaçãodosnegóci osjurídicosmai srelevantesAsdi vergênciasintencionai
senãoi nt
enci onai
s
entr
eav ont
adeeadcl araçãoa)asi mul ação: concei
to,element os,i
mpor tânciapráticab) modal i
dadesc)ef eit
osdasi mul açãod)
meiosdepr ov aadmi ti
dose) asimulação, ter
ceiroseai nter
pr etaçãodoar ti
go243. º
Sumár ios:3.Declaraçãonegoci alexpressaedecl araçãonegoci altácit
a4.Ov alordosi lênciocomomei odeclarat
ivo5.
Declaraçãonegoci alpresumi daedecl ar açãonegocialfict
a6.Pr otestoer eserva7.For madadecl araçãonegoci al8.Perfeiçãoda
decl
ar açãonegocial 9.Interpret
açãoei ntegraçãodosnegóci osj ur
ídi
cos10. Adi vergênciaent reavont adeeadecl aração1.
Formaspossí veisdedi vergência: i
ntencionaisenãoi ntencionais2.For masdedi vergênciaintenci
onai s:asimulação,areser va
ment aleasdecl ar
açõesnãosér ias3.For masdedi v
ergêncianãoi ntencionais:coacçãof í
sica,fal
tadeconsci êncianadecl aração
eerronadecl aração

Declaraçãonegoci
al– éum compor tamentoqueexteri
ormenteobservado,cri
aa
aparênciaquesetraduznum cont
eúdodev ont
adenegocial
.Éaintençãoder eal
i
zar
cert
osef ei
tosj
urí
dicos,
em suma,ocomport
amentodecl
arati
vo.

Estrut
uradonegóci ojurí
dico
Sãoel ementosessenci aisdaest ruturadonegóci ojurí
dico:
·
  
  
  
 AVont ade;
·
  
  
  
 ADeclaração;
·
  
  
  
 ACausa.
Av ontade,énestaest ruturaoel ement oi nternodonegóci oj ur
ídi
co,sendoqueé
um element o(i
nter
no)psi col ógicoepori ssosubj ecti
vo.
Adecl ar
ação,éum el ement oexterno, peloqueconf iguraumasi t
uaçãoobj ect
iva.O
factodesedarpr imaziaàv ontadeouàdecl aração,nor egimedonegóci oestá
rel
acionadacom ar elevânci aquecadaum del estem nonegóci o.Nãoset raduznuma
opçãoi nocent
e,umav ezqueédaquiquer esult
aumamai oroumenorr elevânci
ados
i
nteressesnosnegóci osjur ídicos.
 
Declaraçãonegocialcomov erdadeiroelement odonegóci ojur
ídi
co
Cur
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.Ano
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.ANO

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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

OCódi goCi vilregul aadecl araçãonegoci alnosar ts.217ºesegs.t r


ata-sedeum
verdadei r
o el ement o do negóci o,uma r ealidade component e ou const ituti
va da
estruturadonegóci o.
Acapaci dadedegozooudeexer cícioeal egi t
imi dadesãoapenaspr essupost osou
requisitosdev alidade, i
mpor t
andoasuaf al
taumai nv alidade.Ai doneidadedoobj ecto
negoci alé,i gual ment e,um pr essupost oour equisi todev al
i
dade,poi sasuaf al
ta
i
mpl icaanul idadedonegóci o.Di versament e,adecl araçãonegoci aléum el ement o
verdadei r
ament ei nt egr ant edonegóci oj urí
dico,conduzi ndoasuaf al
taài nexistência
mat erialdonegóci o.
 
Concei todedecl araçãonegoci al
Podedef inir-se,comoadecl araçãodav ont adenegoci alcomoocompor tament o
que, exteriorment eobser vadocr i
aaapar ênciadeext er iorizaçãodeum cer tocont eúdo
dev ont adenegoci al,car acterizando,depoi sav ontadenegoci alcomoai ntençãode
reali
zarcer t
osef eitospr áti
coscomoâni modequesej am j uri
dicament etuteladosou
vinculantes.
Adecl araçãopr et endeseroi nstrument odeext er ior i
zaçãodav ontadepsi cológica
dodecl ar
ant e.
Aessênci adonegóci o, expr essanoCódi goCi vil( arts.257º , 147º,136º…) ,nãoest á
numai ntençãopsi col ógica, nem num mei odeaext er iorizar,masnum compor tament o
objectivo,ext erior ,soci al
, al
goquet odav i
a,nãoseconf undecom um f ormalismor i
tual
,
comoépr ópr iodasf asesmai spr imitivasdeev oluçãoj ur ídi
caequenor malment e,tem
out ev esubj acent eum el ement osubj ecti
vo,umav ont ade,porpar tedoseuaut or
,
coincident ecom osi gni f
icadoqueassumenav idadar elação.

Negóci
osj
urí
dicos–f
ormadosporumaoumai
sdecl
araçõesnegoci
ais.
Decl
araçãonegoci
al:
Venda→ decl
araçãodev
enda
Compr
a→ decl
araçãodecompr
a
Doação→ decl
araçãodedoação
Acei
tação→ decl
araçãodeacei
tação
Cedênci
a→ decl
araçãodecedênci
a,et
c.
El
ement
oext
erno–decl
araçãopr
opr
iament
edi
ta
Decl
araçãonegoci
al
El
ement
oint
erno-v
ont
ade

Modal
i
dadesdadecl
araçãonegoci
al(
art
.217º
)
→ Expr
essa
Cur
soSol
i
cit
ador
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.Ano
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TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
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Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

→ Táci
ta
→ Si
l
ênci
o–ar
t.
218º-quandoat
ri
buí
dopel
alei
,usoouconv
enção.
Est
esi
l
ênci
onãosi
gni
fi
caquequem cal
aconsent
e.

Decl ar açãonegoci alexpr essaedecl araçãonegoci al t


áci ta
Osnegóci osj ur ídicos, realizam umaampl aaut onomi apr ivada, namedi adaem que,
quant oaoseucont eúdo, vigor aopr incípiodal iberdadenegoci al(ar t.405ºCC) .Quant o
àf orma( “l
atosensu” )éi gual ment er econheci dopel oor denament oj urídicoum cr itério
del iber dade: opr incípi odal iberdadedecl ar at i
v a(arts.217ºe219ºCC) .
Ocr itériodadi sti
nçãoent redecl araçãot áci t
aeexpr essaconsagr adapel al ei( ar t
.
217ºCC)éopr opost opel at eoriasubj ectiva:adecl araçãoexpr essa,quandof eitapor
palav r as, escr i
toouquai squerout rosmei osdi rectos, front ai
s, imedi atosdeexpr essão
dav ont adeeét ácita,quandodoseucont eúdodi rect osei nfereum out ro,i stoé,
quandosedest i
naaum cer tof im,masi mpl i
caet or nacognoscí vel,“ alat ere” ,um
autor egul ament osobr eout r
opont o( “quandosededuzdef act osque,com t odaa
probabi lidade, ar ev elem” ) .
Em conf or mi dade com o cr it
ér i
o de i nterpretação dos negóci os j urídicos
consagr adonoCódi goCi vil(art.236º ),dev eent ender -sequeaconcl udênci adum
compor t ament o,nosent idodeper mi t
irconcl uir“al ater e”um cer tosent i
donegoci al
,
nãoexi st eaconsci ênci asubj ect i
v aporpar tedoseuaut ordessesi gni f
icadoi mpl í
ci t
o,
bast andoque, obj ectiv ament e, def or a,numaconsi deraçãodecoer ênci a,elepossaser
deduzi dodocompor tament ododecl arant e.Apossi bilidadedeum negóci of or malser
realizado at rav és de decl aração t áci t
a est á expr essament er econheci da pel o ar t
.
217º /2CC.
 
Ov al ordosi l
ênci ocomomei odecl arat i
vo
Tr ata- se,pr i
nci pal ment e de saberse o si lêncio pode consi derar -
se um f act o
concl udent e(decl araçãot ácita)nosent idodaacei taçãodepr opost asnegoci ai s.
OCódi goCi vil,resol veopr oblemanoar t.218º ,est abel ecendoqueosi lênci onão
valecomodecl ar açãonegoci al,anãoserqueessev alorl hesej aat r
ibuídoporl ei
,
conv ençãoouuso.
Osi lênci oé,em simesmo,i nsigni f
icat i
v oequem cal apodecompor tar-sedesse
modopel asmai sdi ver sascausas, pel oquedev econsi der ar
-sei rrelevant e–sem di zer
sim, nem não–um compor tament oomi ssi v o.Deout romodo, aoenv iaraout rem uma
propost adecont ratoest ar i
aacr iar -
se-lheoónusder esponder ,af i
m deev itara
concl usãodonegóci o, oquev i
olaai deiadeaut onomi adaspessoas.
Af ast a-sei gual ment eai deiadequeosi lênci ov aledecl araçãoquandoosi lenci ant e
podi aedev i
af alar( “ quit acetconsent irev i
det urloquipot uitacdebui t”)
.Nãoser ia
i
sent odedúv idasquandoéqueal guém podi aedev iaf alar .
Osi lênci onãot em qual querv alorcomodecl araçãonegoci al,em pr incípio–nãoé
eloquent e.Sódei xar ádeserassi m quandoal ei,umaconv ençãonegoci alouousol ho
atri
buam.Nãobast at er-seest abel ecidoum dev erder esponder .Énecessár ioque
resul tedal ei,deconv ençãooudeusoqueaausênci ader espost at em um cer to
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
79
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

sent
ido.

Not
a:Mat
éri
amui
toi
mpor
tant
e–f
ormaçãodadecl
araçãonegoci
al(
art
.219ºess)

Decl
araçãonegoci
al=decl
araçãopr
opr
iament
edi
ta+v
ont
ade
Est
adecl
araçãonegoci
alser
áaideal
,cont
udonem sempr
eassim é.Porv
ezesexi
ste
umadi
ver
gênciaentr
eeadeclar
açãopropr
iament
edit
aeav ont
ade:
I
ntenci
onal
:
 Si
mul
ação(
art
240ºess)
 Reser
vament
al(
art
.244º
)
 Decl
araçãonãosér
ia(
art
245ºess)
Nota:Apessoaint
enci
onal
mentediz,f
azouescrev
ealgonocont
rat
oquenãocondi
z
com asuavont
ade.Asmaiscomplexassãoasi
mulação.
Nãoi
ntenci
onai
s:
 Coacçãof
ísi
ca(
art
.246º
)
 Fal
tadeconsci
ênci
a(ar
t.
246º
)
 Er
ronadecl
aração(
art
.247ºess)

Simul ação: concei toeel ement os


Aspar t
esacor dam em emi ti
rdecl araçõesnãocor r
espondentesàsuav ontader eal
,
com i ntuit
odeenganart er
ceiros( art
.240º /
1CC) .Estaoper ação,éumaoper ação
compl exaquepost ul
at rêsacor dos:
1.   
  Um acor dosi mul atóri
o:v isaamont agem daoper açãoedácor poài ntenção
deenganart erceir
os.
2.   
  Um acor dodi ssimulado:expr imeav ontader ealdeambasaspar tes, vi
sandoo
negóci ov erdadei ramentepr etendidoporel as,ouum pur oesi mpl esr eti
rarde
efeit
osaonegóci osimulado.
3.   
  Oacor dosi mulado,t r
aduzumaapar ênciadecont ratodest i
nadoaenganara
comuni dadej urí
dica.
Nasi mul açãoaspar testem umaúni cav ontade,av ontadesi mulada,quepor
definiçãoi mpl i
caadi ssimuladaei mplicaasi mul atóri
a.Noar t.240º,pede- set rês
requi sitos:
1.   
  Acor doent redecl aranteedecl aratári
o;
2.   
  Nosent idodeumadi ver gênciaent readecl araçãoeav ont adedaspar tes;
3.   
  Com oi ntuitodeenganart erceir
os.
Todosest esr equi si
tost êm deseri nv ocadosepr ovocadosporquem pr etender
prev alecer-sedor egimedasi mul ação.Est eacor doent redeclaranteedecl aratário,é
mui toi mpor tante,at épar aquesef i
quepr ev enidocont r
aumacer t
aconf usãoque

Cur
soSol
i
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ador
ia1º
.Ano
80
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

possahav erdoer roeasi mul ação, oudar eserv ament aledasi mul ação.Adi v er gênci a
ent r
eav ont adeeadecl araçãot ambém sur genest af i
gur acomoum dadoessenci al da
existênci adasi mul ação.Oi ntuitodeenganart ercei ros( nãoconf undi rcom i nt enção
depr ejudi cart ercei ros, porqueoquesepassaéquehaj acr iaçãodeumaapar ênci a).
 
Modal idadesdesi mul ação
Umapr i
mei radi st i
nçãoéaqueseest abel eceent resi mul açãoi nocent e, sehouv eo
mer oi ntuito de enganart er cei ros,sem os pr ejudi car( “animus deci piendi ”);e
simul açãof raudul ent a,sehouv eroi ntuitodepr ejudicart er cei r
osi l
icitament eoude
cont or narqual quernor madal ei( “ animusnocendi ”).Est adi sti
nçãoéal udidanoar t.
242º / 1,i nf ine,r ev el ando a mesma di sposi ção l egala ausênci a de i nt er esses
civil
ísticosdar eferidadi cotomi a.
Out radi st i
nçãoeaquesef azent resimul açãoabsol uta,aspar tesf ingem cel ebrar
um negóci ojur ídicoenar ealidadenãoquer em nenhum negóci oj urídico,háapenaso
negóci osi mul adoe,pordet rásdel e,nadamai s( “col orem habetsubst ant ianv ero
nullam” );esi mul açãor elativa,aspar tesfingem cel ebr arum cer tonegóci oj urídi coena
realidadequer em um out r
onegóci oj urídi
codet i
pooucont eúdodi verso.
Pel oar t
.241º /2CC,enquant oonegóci osi mul adoénul o,enasi mul açãosenão
põemai snenhum pr obl ema,nasi mul açãor elativasur geopr oblemadot r
atament oa
daraonegóci odi ssi mul adoour ealquef icaadescober tocom anul idadedonegóci o
simul ado.
 
Efeitosdasi mul açãoabsol uta
Asi mul açãoi mpor taanul idadedonegóci osi mul ado( ar t.240º /2CC) .
Deacor docom or espect ivor egi menegoci al,podequal queri nteressadoi nv ocara
nulidadeeoTr ibunal decl ará-laof iciosament e( art.286º-242ºCC) .
Asi mul açãopodeserdeduz idat ant oporv iadeacçãocomoporv iadeexcepção.A
l
einãoodi zexpr essament eapr opósi todasi mul ação,maséóbv ioquequal quer
nulidadeouanul abilidadepodem serdeduzi dasporambasasv i
as( art.287º /2CC) .
Comot odasasnul idade,ai nv al i
dadedosnegóci osi mul adospodeserar gui daa
todoot empo( ar t
.286ºCC) ,queronegóci onãoest ejacumpr i
doquert enhat idol ugar
ocumpr iment o.
 
Modal idadedesi mul açãor el
at i
v a
Asi mul açãor elativ amani fest a- seem,espéci esdi v ersasconsoant eoel ement odo
negóci odi ssimul adoaqueser ef er e.
Podem ser ,desde l ogo,si mul ados os suj eitos do negóci oj ur í
dico,mai s
frequent ement eum apenas.Éoquesev erifi
cacom achamadai nterposi çãof ict íciade
pessoas.
Podei gualment easi mul açãoconsi st
ir,nãonai nter vençãodeum suj eitoapar ent e,
masnasupr essãodeum suj eitor eal .
Ai nt erposi çãof ict íciadepessoasnãosedev econf undi rcom ai nter posiçãor eal.
Nai nt erposi çãof i
ct íciaháum conl uioent reosdoi ssuj eitosr eaisdaoper açãoe
i
nt erpost o.Est eéum si mpl est est adef erro.
Asi mul açãoobj ect iv aousobr eocont eúdodonegóci opodeser :
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a)
  
  Si
  mulaçãosobr
eanat ur
ezadoobj
ecto:seonegócioostent
ivoousimul
ado
resul
tadeumaal teraçãodoti
ponegoci
alcorr
espondeaonegóciodi
ssimul
ado
ouoculto.
b)
  
  Si
  mulaçãodevalor:i
nci eo“
desobr quantum”deprest
açõesesti
pul
adasentr
e
aspartes
 
Efei tosdasi mul açãoquant oaosnegóci osf ormai s
Ospr oblemassusci tadospel aaplicaçãoaosnegóci osf ormai sdadout rinager alda
simul açãor el at i
v a( onegóci of ictí
cioousi muladoest áf eri
dodenul i
dade,t alcomoa
simul açãoabsol uta) ,encont ram suar espost anoar t.241º /2CC.
Resul tadot eordest adi sposi çãoque,senãosecumpr ir
am,nonegóci osi mul ado,
osr equi sitosdef or maexi gi dospar aodi ssimulado,est eser ánul oporv íciodef or ma,
mesmoqueset enham obser vadoasf or mal i
dadesexi gidaspar aonegóci oapar ent e.
Onegóci osi mul adoénul oporsi mul ação,onegóci odissimul adoénul oporv í
ciode
for ma.
Os i nter essados no negóci o dissimul ado dev em i nvoca- l
o e dev em pr ov á-lo
segundo o r egi me do Códi go Ci vi
l;e t ambém não pode o Tr i
bunalse f oruma
decl araçãodesi mul açãoabsol uta,nãopodeest edecl ararumasi mul açãor elati
va( ar
t.
238ºCC)
Oar t
.242º / 1CC,dál egi timidadeaospr ópri
ossi mul adores,mesmonasi mul ação
fraudul enta,f acul dadedear guirasi mul ação.Seocont ratof ornul o,anul i
dadepode
seri nvocadaporqual quert er ceirointeressado( ar t
.286ºCC) .
Ai nvocaçãodasi mul açãopel ospr ópr iossimul ador esout erceiros( art .243º /1CC) ,
dizqueaanul abilidadepr ov enientedasi mul açãonãopodeseri nv ocadaper ant e
tercei rosdeboaf é.
 
Inoponi bilidadedesi mul açãoat erceirosdeboaf é(ar t
.243º )
Tem si dosusci tadoum pr oblemadeJust içapr i
ncipalment enoconf rontodas
pref er ênciasl egai s.
Sehouv erv iolaçãododi reitodepr ef erência,opr eferent epodeat rav ésdeuma
acçãopr ópria( acçãodepr eferência-ar t
.1410ºCC) ,podef azerseonegóci opr efer í
vel
.
Umadassi mul açõesmai sf requent eséav endaporum pr eçodecl ar adoporum
val ormai sbai xoqueor eal paraf ugaaof isco.
Ost ercei rospr eferent esnãopodem ev ocarboaf épar aopt arem porum pr eço
i
nf er ioraor eal ,por quei ssoequi valeri
aaenr i
queci ment oest ranhoaoespí ri
todo
l
egi slador .
 
Pr ov adesi mul ação
A pr ov adoacor dosi mul atóri
oedonegóci odi ssimuladoport ercei rosél ivr
e,
podendoserf eitaporqual querdosmei osadmi ti
dosporl ei:conf i
ssão,document os,
test emunhas, presunçõeset c.,dadoquel einãoest abelecequal querr est ri
ções.
Quant oàpr ov adasi mul açãopel ospr incípiossi mul adores, alei estabel ece, quando
o negóci o si mul ado const e de document o aut ênt i
co ou par ticular ,a i mpor tant e
rest riçãoconst ant edoar t.394º /2:nãoéadmi ssí velor ecursoàpr ov at est emunhale,
consequent ement e, est ãot ambém excl uídasaspr esunçõesj udiciais( art.351ºCC) .
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Reser vaMent al
Oar t
.244º / 1CC, def iner eser vament al:(1)emi ssãodeumadecl araçãocont ráriaà
vontade r eal;( 2)i nt uito de enganaro decl ar atário.Os ef ei t
os dest af igur a são
determi nadospel oar t.244º /2CC,ondeseest at uiai rrelev ânci adar eser v ament al,
except osef orconheci dadodecl ar at ário.Porconsequênci a,adecl araçãonegoci al
emi t
idapel odecl ar ant e,com ar eser v a,ocul tadaaodecl aratár io,denãoquer eroque
declara,nãoéem pr incí pi onul a.Dei xar á,t odav iadeserassi m,sendoonegóci onul o,
como na si mul ação, se o decl ar atár i
o t ev e conheci ment o da r eser v a, por
desapar ecer em ent ãoasr azõesquej ust if
icam aquel epr incípi oger al.Seodecl ar atário
conheceuar eser va, nãoháconf iançaquemer eçat ut ela.
Nãobast arápar aar el ev ânci adar eser va, asuacognosci bili
dade, sendonecessár ioo
seuef ect i
v oconheci ment o.
A dout rina est abel eci da v ale mesmo que só porsua cul pa o decl ar atário
desconheçaar eser va,porseent enderqueodol ododecl arant eapagaacul pada
outrapar te,ev alet ant o par aachamadar eser v ai nocent ecomo par aar eser va
fr
audul ent a.
Mandandoapl i
caror egi medasi mul açãoàr eser vaconheci dadodecl ar at ár i
o, alei
consider arnul aadecl ar ação( ar t.240º /2CC) ,per mi t
equeanul i
dadesej aar gui dapel o
própriodecl arant eem f acedodecl ar at ári
o( ar t.242º / 1CC) ,masj ánãoadmi teasua
oponibi l
idadepel odecl arant eat ercei rosdeboaf é( art.243º /1CC) .
 
Declaraçõesnãosér i
as( art.245ºCC)
Sãodecl ar açõesnãosér i
asaj ocosas( “causal udendi ”),céni casoudi dáct icas.
Nelasnãoháoi ntui t
odeenganarehámesmoaexpect at i
v adodecl arantedequenão
sejam t omadasasér io.Sef altam nest esr equi sit os,comonogr acej ojocosof eit
os
paraenganar ,com aconv icçãodequeodest i
nat ár i
oseconv encer ádaser iedadeda
declaração, af igur aéadar eser vament al.
O di spost o no ar t .245º /2 CC,é soment e apl i
cáv elquando,não obst ant ea
expect ativadodecl ar ant e,odecl arat ár ioacr edi t
ounadecl ar açãoeessacr ençaé
j
ust i
fi
cáv el,dadasasci rcunst ânci asem queocasoocor reu.Tr êscondi çõessão
portanto, necessár i
aspar aqueodecl ar ant esej aobr i
gadoai ndemni zaracont rapar te:
a)  
  
  Queodecl arat ár i
ot enhat omadoasér ioadecl aração;
b)  
  
  Queaconv i
cçãododecl ar atár iot enhasi dopr ov ocadapel asci r cunst ânci as
em queadecl ar açãof oi emi ti
da;
c)   
  Quesej aj ustificado, compr eensí vel,acei táv eloer roem queodecl arat ár iocai u.
 
Coacçãof í
sicaoucoacçãoabsol utaouabl ativa
Nacoacçãof í
sicaouabsol utaocoagi dot em al iber dadedeacçãot ot al ment e
excluída, enquant onacoacçãomor al our elati
v aest ácer ceada, masnãoexcl uí da.
OCódi goCi vi
lpr ev ê,sobaepí gr af e“ coacçãof í
si ca”( ar t.246º ),ahi pót esedeo
declarant eser“ coagi dopel af or çaf í
si caaemi tir”adecl aração( “agitursednonagi t”).
Têm- seem v i
st aashi pót esesem queodecl arant eér eduzi doàcondi çãodepur o
autómat o( coacçãoabsol uta)enãoaquel asem queoempr egodaf orçaf ísi canão
chegaaosext remosda“ vi
sabsol ut a”.A coacçãof ísicaouabsol utai mpor t a,nos
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t
ermosdoar
t.246º
,ai
nef
icáci
adadecl
araçãonegoci
al.

Faltadeconsci ênci adadecl aração


Ahi pót eseest ár efer idanoar t.246º :“seodecl arantenãot iverconsci ênci ade
fazerumadecl araçãonegoci al”.Est atui -sequeonegóci onãopr oduzqual queref eitos,
mesmoqueaf altadeconsci ênci adadecl araçãonãosej aconheci daoucognoscí vel
dadecl ar atár i
o.Tr ata-sedum casodenul i
dade,sal vonohi pót esedef alt
adev ont ade
deacçãoem quepar eceest ar -se,ant es,per ant eum casodev erdadei rainexist ência
da decl ar ação. Com ef eito,quando f altaav ont ade de acção não há um
compor tament o consci ent e,v ol untário,r eflexo ou,nahi pót esedecoacção f ísica,
absol utament e f orçado, embor a ext eriorment e par eça est ar-se per ant e uma
decl ar ação.
 
Erro
Ol egi sl adorpar t
edoer rodadecl aração( ar t.247º ),regimeger al.Admi t
eav al i
dade
donegóci onoar t.248º ,regul aoer rodeescr itaoudecál culonoar t.249ºeoer rode
transmi ssãonadecl araçãonoar t.250º .Depoi soer r
ov íci
osobr eapessoaouobj ecto
(art.251º ),passaaer rossobr eosmot iv osdet erminant es( art.252º /1)econcl uicom
errodebasedonegóci o( art.252º /2).
 
Erronadecl araçãoouer ro- obst ácul o
Noer ro- obst ácul o,hav endoembor aumadi vergênci ainconsci ent eent r
eav ont ade
eadecl ar ação,háum compor tament odecl ar ativodoer rante,nasdecl ar
ações,sobo
nomedeout rem nãoháqual quercompor t ament oporpar tedosuj eitoaquem a
decl ar açãoéat r
ibuída.
Dadecl ar açãosobonomedeout rem podepr et enderqueonegóci ov incul eo
sujeitoaoqual ,apar ent ement e,di zr espei t
o,mesmoqueout rapar tesenãot enha
aper cebi dodaf alsif
icação( art
.247ºCC) .
O negóci o ser á,por ém ef icazr elat ivament eao decl arant eapar ente( “domi nus
negot ti”
)seest eoquerapr ov ar,poi s,seasv ontadesseencont ram ef ectivament e
“fal
sademonst rat i
ononnocet ”.
Av ont adef ormou- secor r
ect ament e,por ém aquandodaext eriorizaçãohouv euma
falt
adet almodoqueadecl ar açãonãor etract aav ont ade.Par aquehaj ar elev ância
nest eer ro, al ei apenasexi ge:
·
     
  Essenci alidadepar aodecl ar ant edoel ement osobr eoel ement oquer ecaio
erro;
·
     
  Exi geoconheci ment odessaessenci al i
dadepel odecl arat árioouodev erdeo
decl arat árioaconhecer .
Quandohádesv ionav ont adedeacção( “lapsusl inguae”ou“ lapsuscal ami ”;er r
o
mecâni co)oudesv ionav ontadenegoci al(er roj ui
z).Nest ashi pót esesodecl ar ante
tem aconsci ênci adeemi tirumadecl ar açãonegoci al, mas, porl apsodaact i
v i
dadeou
por“ er rori nj udicando” ,nãoseaper cebedequeadecl araçãot em um cont eúdo
diver gent edasuav ont ader eal .Poressemot i
vof ala-se,par aest escasosde“ er r
o
sobr eocont eúdodadecl ar ação” .
Opr incí pioger al r
egul adordest ashi pót esesconst adoar t.247º ,exigindo-separ aa
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anulação do negóci o que “ o decl arat ár io conhecesse ou não dev esse i gnor ara
essenci alidade, par aodecl ar ant e,doel ement osobr equei nci diuoer ro”.
Al einãoexi ge, porém, oconheci ment oouacognosci bilidadedoer ro,admi tindoa
anulabi lidadeem t ermosexcessi vament ef ácei segr avosospar a a conf iança do
declar atár ioepar aasegur ançadot ráf icoj ur í
dico.Cont ent a-secom oconheci ment o
ouacognosci bilidadedaessenci ali
dadedoel ement osobr equei nci diuoer ro, embor a
esteconheci ment opossanãot ersusci tadoaodecl arat árioqual quersuspei taou
dúvidaacer cadacor respondênci aent rev ont ader eal eadecl ar ada.
Cer tashi pót esesmer ecem t ratament oespeci al,assi m:
1.     Seodecl aratárioseaper cebeudodi ssídioent reav ont ader ealeadecl aradae
conheceuav ont ader eal( art
.236º /2CC) .Asr azõesqueest ãonabaseda
dout rinadadecl aração–t uteladaboaf édodecl arat ár i
o–nãocol hem nest a
hi pót ese;
2.     Seodecl aratárioconheceuoudev i
at erconheci dooer ro,or egimeapl i
cáv el
cont inuaaseraanul abi li
dadeenãoanul idadev erdadei raepr ópr i
a.
3.     Seodecl arat árioacei t
aronegóci ocomoodecl ar ant equer ia,aanul abi lidade
fundadaem er ronãopr ocede( ar t.248ºCC) .A v al i
daçãodonegóci o,nest a
hi pót ese, tem umaexpl icaçãoanál ogaàdasol uçãoi ndi cadaem 1) .
4.     Oer rodecál culoeoer rodeescr ita, ost ensi vament er elev adosnocont extoda
decl aração ou nas ci rcunst ânci as que a acompanham,não dão l ugarà
anul abi li
dadedonegóci omasapenasàsuar ectificação( art.249ºCC) .
 
Err
onat ransmi ssãodadecl aração
Est ahi pót eseest ápr evistanoar t.250º , quear egul ament anosmesmost er mosdo
err
o- obst ácul o.O er ronat ransmi ssãodadecl araçãonãot em por tantor elev ância
autónomadesencadear áoef eitoanul at ór io, apenasnost ermosdoar t.247ºCC.
Est abel ece- seumaexcepçãoaest er egi meger al,noar t.250º /2,admi tindo- sea
anulação,sempr e que o i nter medi ár i
o emi tai ntenci onal ment e( com dol o)uma
declar açãodi ver sadav ontadedo“ domi nusnegot t
i”.Compr eende- sequeodecl arante
supor teor i
scodet ransmi ssãodef eit uosa,deumadet ur paçãoocor ridaenquant oa
declar açãonãochegaàesf er adedecl ar atár i
o,umaadul t
er açãodol osadev e,por ém,
consi der ar-secomoext ravasandoocál cul onor mal der iscoacar gododecl ar ant e.
Par aqueo er r
o sej ar elev ante,exi j
a- sesempr equeo decl ar atár i
o assumaa
essênci adomot ivo:
· 
     
 Oupor queconheci aomot ivo( ar t.251º ,252º /2CC) ;
· 
     
 Oupor quehav i
adeoconhecer( ar t.251º , 252º /2CC) ;
· 
     
 Ou por que o decl ar atárior econheceu por acor do como decl ar ant ea
essenci alidadedomot ivo( ar t
.252º /1CC) .
Os r equi si
t os,do er ror elativo ao dest i
nat ár i
o da decl aração sej a qualf ora
modal idade,t em sempr eai ntenção deacaut elaro i nter essedo decl ar at ário( na
subsi stênci adonegóci o).Tr aduzem- senumal imi taçãodar elev ânci ai nv alidast edo
err
opr ot egendoessenci alment eaconf i
ançaqueaodecl arat ár i
or azoav elment epodi a
mer eceradecl aração.
Adecl ar açãov aleporsimesmasem serdi rigidaoul ev adaporal guém,ar azãode
serdest esr equi sitosnãosel ev aaosnegóci osj urídicosr ecepi endos.Sósepõeaos
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negóci osf ormai s.


 
Errosobr eabasedonegóci o
Abr angeoer roquei nci dasobr easci rcunst ânciasqueconst ituem abasedo
negóci o( quandosecel ebr acer tonegóci oj ur í
dicoexi st em v ári
asci rcunst ânci asque
determi nam aspar tesapr at icarouanãopr at i
caraquel eact oconcr etoeouaf aze-lo
com cer tocont eúdo) ,abasedonegóci oéconst ituídaporaquel asci rcunst âncias( de
factoededi reito)quesendoconheci dasdeambasaspar tesf or am t omadasem
consi der ação porel as na cel ebração do act o,t ambém det ermi nam os t er mos
concr et osdocont eúdodonegóci o(ar t.437º /1CC) .
Est asci rcunst ânci ast êm quesercont empor âneasdonegóci oousãopassadas,
masnãopodem serf ut uras.
Est er equi sitodoer ronaf asedonegóci ocomoer rodev í
ciodemar ca-odasua
posição.O er r
o da base do negóci o pode ai nda r ef erir
-se a quai squerout ras
cir
cunst ânci asdoact oqueai ndasej am r elev ant es.
Dar emi ssãodoar t.252º /2CC,r esultaqueoer rosobr eabasedonegóci oé
rel
ev ant edesdeque:( 1)i nci dasobr eci r
cunst âncias( pat ent ement ef undament ais)em
queaspar t
esf undar am adeci sãodecont rat ar;(2)desdequeessasci r
cunst ânci as
sejam comunsaambasaspar tes;(3)desdequeamanut ençãodonegóci ot alcomo
foicel ebr adosej acont rár i
aàboaf é.
Seseconsi der arqueoer rosobr eabasedonegóci oér elev ant enov alordo
negóci o( háv áriasdi fi
cul dadesdei nterpr et açãodoar t
.252º /
2CC) ;nãosepode
sustent araapl icaçãoi medi ataedi rectadosar ts.437ºe439ºCC.Noer rosobr ea
basepor queessaapl icaçãodi rectai mpl i
cav aai medi atar azoabi li
dadedonegóci o,
duasr azões:
·
  
    
 Hi pót esecont empl adanoar t
.252º /2,éumahi pót esedeum v erdadei roer ro
(v icio cont empor âneo dav ontadenaf ormação do act o),ar esolução éum
inst i
tuoadequadoàr egul açãoour egul ament açãodepr oblemasdev i
cissi tudes,
cont r
ar i
edadessur gidasdur ant eav idadoact o–v íciogenér icodonegóci o, gera
ai nv ali
dade.
·
  
    
 Oer rosobr eabasedonegóci o,ét ambém um v ícionaf or maçãodav ont ade,
naf altader azõesquesej am j ustifi
cat ivasér azoáv eladmi tirumasol uçãoque
sej amai saj ust adaaot r
atament ocomum,aosv íciosdaf ormaçãodav ont ade,
impõeaanul abi li
dadedonegóci o.
Dei xam em aber to, tudoomai squeér emi ssãopar aosar ts.437ºe439ºCC.
Seoer r
of orr elev ant enabasedonegóci oouéanul áv elouémodi fi
cável( seas
partesest iverem deacor doepodeserpedi doporqual querdaspar tes)dev endoessa
modi ficaçãoserf ei tasobr ej uízosdeequi dade.
Todoonegóci oj urídicot em um cont eúdoeum obj ect o.Cont eúdo, éoconj unt ode
regrasquepodet ercel ebr adoum negóci ot êm apl icaçãosobr eaqui loqueaspar tes
entender am di spor .Docont eúdodev e- sedi st inguiroobj ect o,istopor queest enãot em
av ercom ar egul açãoem si ,tem av ercom o“ quid”sobr equev air ecai ressar elação
negoci alpr opriament edi ta( contratodecompr aev enda) .O cont eúdodequal quer
negóci oanal isa-seem doi st i
posdeel ement os:
·
  
    El
  ement osnor mat ivos:sãoaquel esquecor respondem àsr egrasquesão
Cur
soSol
i
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aeGest
ãode
Fel
guei
ras

apli
cávei
spar aef ei
tosdal ei
.Dent r
odestestem-seosi njunt
ivos,f
ixadosnal ei
;
ossupleti
vos, f
ixadosnal eicasoaspar tesnãosepr onunciar
em sobreeles,mas
queaspar testem li
ber dadedeal ter
ar.
·
  
  
  El
  ementosv olunt
ários:tem av ercom asr egr
ascombi nadasent reaspartes.
Aquiaindaset em, osnecessár ios,sãoaquel
esfactoresqueembor aest ej
am da
disponi
bil
i
dadedaspar t
est êm deest arfi
xadosnocont r o;osev
at entuai
s,as
partessóosi ncluem seaspar tesassim oquiser
em.

For madadecl ar açãonegoci al


Ofor mal i
smonegoci altem assegui ntesv antagens:
a)  
  
 Assegur aumamai sel ev adadoseder ef l
exão daspar t
es.Nosnegóci os
for mai s,ot empo,quemedei aent readeci sãodeconcl uironegóci oeasua
cel ebração,per mi ter epensaro negóci o e def ende as par tes cont ra a sua
li
gei rezaoupr ecipit
ação.Nomesmosent idoconcor reapr ópr i
asol eni dadedo
for mal i
smo.
b)  
  
 Separ aost er mosdef initivosdonegóci odaf asepr é-cont ratual (negoci ação) .
c)  
  
 Per miteumaf or mul açãomai sprecisaecompl et adav ontadedaspar tes.
d)  
  
 Pr oporcionaum mai sel ev adogr audecer tezasobr eacel ebr açãodonegóci oe
porseut urno, ev it
ando- seosper igosligadosàf al ívelpr ovaport estemunhas.
e)  
  
 Possi bilit
aumacer tapubl i
cidadedoact o,oquei nteressaaoescl areci ment o
det erceiros.
Estasv antagenspagam- sepor ém, pelopr eçodedoi si nconv eni ent espr i
ncipai s:
a)  
  
 Reduçãodaf l
uênciaecel eridadedocomér cioj ur ídico;
b)  
  
 Ev entuaisi njustiça,der i
v adasdeumadesv incul açãopost er i
ordeumapar tedo
negóci o,com f undament oem nul i
dadeporv íciodef or ma,apesardeessapar te
terquer i
doef ect i
vament eoact ojurí
diconegoci áv el .
Ponder andoasv antagensei nconv enientesdof ormal i
smonegoci al,sanci onouo
Códi goCi vi
l( art.219º )opr i
ncí piodal iberdadedef or maoudaconsensual idade.
Consi der ando,quant o a cer tos negóci os,pr eval ecer em as v ant agens sobr e os
i
nconv eni entes, admi tiu,porém, numer osasei mpor tant esexcepçõesaessepr incípi
o.
Of or mal i
smoexi gívelpar aum cer t
onegóci opodeseri mpost oporl ei(f
ormal egal)
our esul tardeumaest i
pulaçãoounegóci ojurídi
codaspar t
es( formaconv encional ).
Or econheci ment o das est ipulações das par tes sobr ef orma do negóci o não
signifi
caqueospar ti
cularespossam af astar ,
poracor do, asnor masl egai squeexi gem
requisitos f ormai s par a cer tos act os,poi st rat a-se de nor mas i mper ativas.O
reconheci ment odaf ormaconv enci onalsi gnif
icaapenas,poder em aspar tesexi gi
r
determi nadosr equisi t
ospar aum act o,per t
encent eaum t i
ponegoci alqueal eir egula
comonãof ormal ousuj eitaaum f ormal i
smomenossol ene.
Onegóci odi ri
gidoàf i
xaçãodeumaf ormaespeci alpar aum ul ter iornegóci onão
estásuj eitoaf or mal i
dades( art.223ºCC) .OCódi goCi v ilconsagr ouar egradospact os
abol i
ti
v osouext i
ntivos,namedi daem queest atui ,em pr i
ncí pi
o,queasest ipulações
acessór iasant eri
or esaonegóci ooucont empor âneasdel edev em r evesti
raf orma
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exigidapel al eipar aoact o,sobpenadenul idade( ar t.221º ).Admi te-secont udo,na


mesma di sposi ção,r est rições a est e pr i
ncí pio. Reconhece- se a v al i
dade de
estipulaçõesv erbai sant er i
oresaodocument oexi gi dopar aadecl araçãonegoci alou
cont empor âneasdel e, desdequesesev er i
fi
quem, cumul ativament e, ascondi ções:
a)  
  
 Queset rat edecl áusul asacessór ias;
b)  
  
 Quenãosej am abr angi daspel ar azãodeserdaexi gênci adodocument o;
c)  
  
 Quesepr ov equecor respondem àv ont adedaspar tes.
Apossi bi lidadedeasest ipul açõesacessór iasnãof or mal izadas,aqueser efereo
art.221º ,pr oduzi r em ef eitosébem menosdoque“ primaf aci e”podepar ecer .Ist o
dadodi spost onoar t.394ºquedecl arai nadmi ssívelapr ov aport est emunhas, set i
v er
porobj ect o conv enções cont rár i
as ou adi ci onai s ao cont eúdo de document os
autênt i
cosoupar ticul ares.
Quant oaospact osmodi fi
cat iv oseaospact osext intivosouabol iti
v osoar t .221º /2,
dispensa- osdef or mal egalpr escr itapar aadecl ar ação,seasr azõesdaex i
gênci a
especi aldal ei nãol hesf orem apl i
cáv eis.
 
Consequênci asdai nobser v ânci adaf orma
a)  
  
 Di st inçãodout rinalent ref or mal dades“
i adsubst atian”,sãoi nsubst i
t uív eispor
out rogéner odepr ov a,ger andoasuaf al taanul i
dadedonegóci o,enquant oa
faltadasf or mal idadessi mpl esment e“ adpr obat i
onem” ,podesersupr idapor
out rosmei osdepr ov amai sdi fícei sdeconsegui r.
b)  
  
 Consequênci asdai nobser v ânci adaf ormanonossodi reito:
·
  
   
  I nobser vânci a da f or ma l egal :em conf ormi dade com a or i
ent ação da
gener alidadedasl egisl açõesecom osmot i
v osdei nt eressepúbl i
coque
det er minam asexi gênci asl egai sdef or ma, oCódi goCi vi
ll i
gaài nobser vânci a
daf or mal egal anul i
dade, enãoamer aanul abi l
idade( arts.289º ,473º ,482º …).
A nul idadedei xar ádeserasançãopar aai nobser vânci adaf or mal egal,
sempr eque,em casospar ticul ares,al eidef ineout raconsequênci a( ar t.220º
CC) .
·
  
   
  I nobser v ânci adaf or maconv enci onal :r egeaest er espei tooar t.223º .É
obv io que,t r atando- se de av eriguarquai s as consequênci as da f al t
a de
requi si t
osf or mai squeal einãoexi ge,masaspar t
esconv enci onar am,a
respost aaopr obl emapost odev eserpedi da, em pr imei r
ol ugar ,àv ont adedas
par t es.O ar t.223ºl imi ta-seaest abel ecerpr esunçõesque,comot odasas
pr esunçõesl egai s, sãoem pr incí piomer ament er elat i
vasou“ tant um i ur is”(ar t
.
350ºCC) .Essas pr esunções são duas,v ariando com o f act o que é da
pr esunção, assi m:
1.     Sea f or ma especi alf oiest ipul ada ant esda concl usão do negóci o,
consagr a- seumapr esunçãodeessenci al idade, istoé, pr esume- seque, sem
aobser vânci adaf orma,onegóci oéi nef icaz ,af ormat em,poi s,car áct er
const itut i
v o;
2.     Seaf ormaf oiconv enci onadaapósonegóci oousi mul t
aneament ecom
ele, hav endo, nest aúl timahi pót ese, fundament opar aadmi tirqueaspar tes
equi ser am subst i
tui ronegóci o,supr imi ndo- oeconcl uindo- odenov o,mas
apenasv i
sar am consol idá-loporqual querout roef ei t
o.
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Par
aal
ém daquel
asdi
ver
gênci
as,
exi
stem ai
ndaosv
íci
osdav
ont
ade.
Est
essi
tuam-
senoel
ement
oint
ernodadecl
araçãoesão5:
 Er
rov
íci
o–251ºe252º
 Dol
o–253ºe254º
 Coaçãomor
al–255ºe250º
 I
ncapaci
dadeaci
dent
al–251º
 Est
adodenecessi
dade–282º
Todasest
assi
tuaçõessãoanor
mal
i
dades,
pat
ologi
asj
urí
dicas.

Víciosdav ont ade


Trat a-sedeper t
ur baçõesdopr ocessof ormat i
vodav ontade,oper andodet almodo
queest a,embor aconcor decom adecl aração, édet erminadapormot ivosanómal ose
valorados,pel oDi rei
to,comoi l
egítimos.A v ontadenãosef ormul oudeum “ modo
j
ulgadonor malesão” .Sãov í
ciosdav ont ade:

   
   
 Er ro;

   
   
 Dol o;

   
   
 Coacção

   
   
 Medo;

   
   
 Incapaci dadeaci dental.
Aconsequênci adest esv í
ciostraduz -senai nvali
daçãodonegóci o,tendopar aisso
osv íciosder evest i
r-sedecer tosr equi sit
os.Quandoessesv íciossãor elev antes,
geram aanul abil
idadedor espectivonegóci o.
 
Errocom ov íciodav ont ade: noção
O er r
o- víciot r
aduz -senuma r epr esent ação inexacta ou na i gnorância deuma
qual querci rcunst ânci adef actooudedi reit
oquef oidet erminant enadeci sãode
efect uaronegóci o.
Tem assegui ntescat egorias:
a)   
  Er rosobr eapessoadodecl aratário:resultadot extodal eirespeitandoao
factodeest arapenasem causaapessoasdodecl aratári
o.Seser efer
iraout ras
pessoasdecl ar ant esjáseapl icaoar t.252º /
1CC.Oer r
opoder eferi
r-seàsua
entidade,a qual querqual i
dadej urídica ou quenão concor ra na pessoa do
decl arat ári
o, quai squerout r
asci rcunst âncias.
b)   
  Er rosobr eoobj ectodonegóci o:dev eacei t
ar-sequeel eabr angeoobj ecto
mat er i
alcomoj ur ídico(conteúdo) ,oer r
oaquir elevant equandor elati
voaoer r
o
mat er i
al r
epor ta-seàent i
dadeouàsqual idadesobj ectivas(art.251º- 247º );
c)   
  Er rosobr eosmot i
vosnãor eferent esàpessoadodecl ar
at ári
onem aoobj ecto
donegóci o(ar t
.252ºCC) .
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Condi çõesger aisdoer ro-víciocomomot ivodeanul abili
dade
Écor rent enadout rinaaaf irmaçãodequesóér elevant eoer r
oessenci al ,istoé,
aquel equel ev ouoer rant eaconcl uironegóci o,em simesmoenãoapenasnos
termosem quef oiconcl uído.Oer rosicausadacel ebraçãodonegóci oenãoapenas
dosseust er mos.Oer roéessenci alse, sem el e,senãocel ebr ari
aqual quernegóci oou
secel ebr ar iaum negóci ocom out r
oobj ect oouout rot i
pooucom out r
apessoa.
Jánãor el ev ariaoer r
oi ncident ali stoé,aquel equei nfl
uiuapenasnost ermosdo
negóci o,poi soer rantesempr econt rar iaembor anout rascondi ções.O er ro,par a
revelar,dev eat i
ngi rosmot ivosdet er mi nant esdav ont ade( art.251ºe252ºCC) .
O er ro só é pr óprio quando i nci de sobr e uma ci rcunst ância que não sej aa
verifi
caçãodequal querel ement ol egal dav al i
dadedonegóci o.
 
Dol o:concei to
Odol ot em umadupl aconcepçãocompl et ament edi sti
nta, podeser :

  
  
   Umasugest ãoouar tifíciousadoscom of i
m deenganaroaut ordadecl aração
(ar t.253º /1CC) ;

  
  
   Amodal idademai sgr av edecul paéacont rapost aàmer aculpaout ambém
negl i
gênci a( ar t
.483º /1CC) .
Em Di r eitoCi vil,oqueest áem causaéapr i
mei raacepção.Odol odál ugarauma
espéci eagr av adadeer ro,por queodol oéer ropr ov ocado.
Anoçãodedol oconst adoar t.253º /1.Tr ata-sedum er r
odet ermi nadoporum
certocompor tament odaout rapar te.Sóexi st i
rádol o,quandosev eri
fiqueoempr ego
dequal quersugest ãoouar ti
fíci ocom ai nt ençãoouaconsci ênciadei nduzi rou
mant erem er rooaut ordadecl ar ação( dol oposi tivooucomi ssivo),ouquandot enha
l
ugaradi ssi mul ação,pel odecl arat ár i
oouport ercei ro,doer rododecl arant e( dolo
negat i
v o, omi ssi v ooudeconsci ênci a).
A r elev ânci a do dol o depende da si st emat ização col hida pel a dout ri
na e
j
urisprudênci a, dependedet rêsf act or es:
1. 
  
  Queodecl aranteest ej aem er ro;
2. 
  
  Queoer r ot enhasi docausadoout enhasi dodi ssimul adopel odecl ar atár i
oou
ter cei ros;
3. 
  
  Queodecl aratárioout er cei rohaj ar ecor ri
doaqual querar ti

cio,sugest ãoou
embust e.
ParaCast roMendes,“ ar elev ânci adodol odependedeumadupl acausal idade,é
precisoque, pr imei ro,odol osej adet ermi nant edoer ro,equeesseer r
o( segundo)sej a
determi nant edonegóci o”.
 
Modal idades
a) 
   
 Dol oposi t
iv oedol onegat i
v o( ar t.253º /1CC) ;
b) 
   “
  Dol us bonus” e “ dol us mal us” :só é r elevante,como f undament o da
anul abi ldade,o“
i dol usmal us” .Al eit oler aasi mpl esast ucia,reput adal egíti
ma
pel asconcepçõesi mper ant esnum cer to sect ornegoci al.A l eidecl ar anão
const i
tuí rem dol oi lí
cit o sendo,por tant o,“ dol us bonus” ,as sugest ões ou
ar ti
fíci osusuai s,consi der andosl egí t
imos,segundoasconcepçõesdomi nantes
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nocomér ciojurí
dico(art.253º /2CC) ;
c)
  
  Dol
  oi nocente,hámer oi ntuitoenganat óro,dol
i of r
audulento,háoi ntui t
ooua
consciênciadepr ejudicar.
d)
  
  Dol
  o prov eni
ente do decl aratári
o e dol o proveniente de terceiro:par aa
rel
evânci adodol odet ercei r
o, sãoexi gidascertascondi çõessupl ement aresque
devem acr esceràsdodol odedecl aratári
oeoseuef eitoémai srest r
ito.Exi st
ir
á,
nãoapenasdol odet erceir
o,mast ambém dol ododecl aratári
o,seest ef or
cúmpl i
cedaquel e,conheceroudev erconheceraact uaçãodet erceiros( art
.
254º/2CC) .
e)
  
  Dol
  oessenci aloudet ermi nante,oenganado( “deceptus”)foii nduzi dopel o
doloaconcl uironegóci oem simesmoenãoapenasnost ermosem quef oi
concluído,sem dol onãoset eri
aconcl uídoqual quernegóci o;dol oi ncidental
,
“deceptus”apenasf oiinfluenciado, quant oaost ermosdonegóci o, poissempr e,
contratari
a,embor anout rascondi ções.
 
Condi çõesder elevânciadodol ocomomot ivodeanul ação
O princi palef eit
ododol oéaanul abili
dadedonegóci o( art.254º /1CC) ,mas
acrescear esponsabi lidadepr é-negoci aldoaut ordodol o( decpet or),port erdado
ori
gem ài nv ali
dade, com oseucompor tament ocont rár i
oàsr egrasdaboaf é,durant e
ospr el
imi nar eseaf or maçãodonegóci o( ar t.277º )
.Ar esponsabi l
i
dadedoaut ordo
doloéumar esponsabi lidadepel odanodaconf i
ançaoui nter
essecont ratualnegativo.
Em suma: o“ decept us”t em odi reitoder epristinaçãodasi t
uaçãoant erioraonegóci oe
àcober turadosdanosquesof reuport erconf iadononegóci oenãot eriasofri
dosem
essaconf i
ança.Aoi nv és, nãopodepr etendersercol ocadonasi tuaçãoem queest aria
sef ossem v er dadei r
ososf actosf i
ngidosper ant eel e.
 
Erroqual i
ficado( pordol o)
Seoer rof orsi mples,onegóci osóéanul áv el
,seoer rorecairsobr eum el ement o
essenci aldo negóci o,et ambém éanul ávelseo decl aratári
o conheceroudev er
conheceressaessenci alidade.Er roqual ifi
cadopordol o,aanul abil
i
dadepodesur girse
elaf ordet ermi nant edav ontade.
Seset rat arum quadr ocompar ati
v odocasodoer rosimpl esedoer roquali
ficado
pode- sedi zerqueháumamai oranul açãodonegóci oquandoádol o.Osr equisi
tosde
rel
ev ânci adoer roqual i
ficado( dolo)sãomenosexi gent esqueoer rosimpl es.
Diz-
sequandoépr ov ocadopordol or el
ev ant e( art.253º /1CC) :
·
   
   
 Acondut adol osadev epr ov i
rdedecl ar atáriooudet erceir
o( art.253º /
1CC) ,
embor aor egimedodol onãoédi ferent edapessoadoaut ordodol o;
·
   
   
 Oaut ordodol oéodecpet or,ocont r
aent e–enganado–odecept o.
Anoçãodedol ocont i
danoar t.253º ,émui toampl a, masàadest acarasdi versas
formasem queodol oseapr esent a.Compr eende:
1.  
  
 Condut asposi tivasi ntenci onais,quesobr equal querf ormadear t
ifí
cioou
sugest ãov isem um dossegui ntesf i
ns:
a) 
   
 Fazercai ralguém em er ro;
b) 
   
 Mant eroer roem al guém queseencont re;
c) 
   
 Oencobr i
roer roem queal guém seencont r
e.
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2.
  
  
 Condut as posit
ivas não int
enci
onais,com as car acter
íst
icas e os f
ins
mencionadosat r
ás,desdequeodecpet ortenhaaconsciênciaqueatrav
ésdelas
estáaprosseguiressesfins.
3.
  
  
 Condutasomi ssi
vasqueconst it
uam em nãoesclarecerodecl ar
antedoseu
erro.
 
Acoacção: concei to
Const adoar t.255º /1,econsi st eno“ recei odeum maldequeodecl arant ef oi
i
licitament e ameaçado com o f im de obt erdel e a decl aração” .É,por tanto,a
pertur baçãodav ont ade,t raduzidanomedor esultantedeameaçai líci
t adeum dano
(deum mal ),comi nadacom oi ntuitodeext orqui radecl araçãonegoci al.
Sóháv íci
odav ont ade,quandoal i
ber dadedocoact onãof oit otalment eexcl uída,
quandol hef oram dei xadaspossi bilidadedeescol ha,embor aasubmi ssãoáameaça
fosseaúni caescol hanor mal .
Sósecai ránoâmbi todacoacçãof í
sica( absol utaouabl at i
va) ,quandoal i
berdade
exter i
ordocoact oét ot alment eexcl uídaeest eéut i
li
zadocomopur oaut ómat oou
i
nst rument o.
A coacçãomor alor i
gi naaanul abilidadedonegóci o( ar t
.256ºCC)edál ugar
i
gual ment eár esponsabi li
dadepr é-negoci aldocoact or( art.227ºCC) .Ver if
ica-sea
anul abi l
idade,enãoanul idade,mesmoqueocoact ot enhapr ocedi docom r eserva
ment al,aoemi tiradecl aração.
Sãonecessár iost rêsel ement os, cumul at i
v ament e,par aqueexi stacoacçãomor al:
1.  
   Ameaçadeum mal ,todoocomandodocoact orqueconst aem desencadearo
malouconsi stenomalj ái niciado.Est emalpoder espei tarápessoadocoagi do
(hásuahonr a)eaoseupat rimóni o,podeai ndahav erameaçar el
evant ese
respei taràpessoa, patrimóni odest eoudet erceir
o.
2.  
   Ilici
tudedaameaça,aexi st ênci adest er equisit
ov em dupl ament eest abelecida
nal ei(art .255º /1e255º /3CC) ,seaameaçaset raduznapr áticadeum act o
i
lícito,est á- seper ant ecoacção,const ituicoacção,oexer cícionor maldodi reit
o
(n.º3) .
3.  
   I ntencional idadedaameaça,consi steem ocoact orcom aameaçat em em
vistaobt erdocoagi doadecl ar açãonegoci al(art
.255º /1CC) ,estaameaçadev e
sercomi nat ór ia, est er equisitodai ntenci onalidadef al tadeocoagi doemi tirout r
a
decl araçãoquenãoaquel aqueaameaçasedi ri
gia.
Par aqueexi stamor alr elevante( coacçãoanul atóri
adonegóci o)énecessár iodos
element osr efer i
dos:
-
    
    Requi si tosdacasual i
dadeouessenci ali
dade,dupl acasual idade,medo,est e
prov ocadoporcoacçãomor aleest acasual i
dadeapr esent a-senum dupl opl ano,
énecessár ioqueomedor esul tedaameaçadomaleporout rol ado,omedo
causadopel aameaçahá- deseracausadadecl aração.
-
    
    Nãoér equi sitoder elev ânci adacoacçãoaexi st ênciadepr ejuí
zopar ao
coagi do.
-
    
    Nor egi meder el evânciadest ev í
ci oháquedi stingui rseacoacçãov em do
decl aratár iooudet er ceir
o( ar t.256ºCC, àcont rari
o) .
Acoacçãoconst itui um act oi l
ícito, ger al t
al comoodol o.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
92
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 
Temorr ever enci al(ar t.255º /3CC)
Consi stenor ecei todedesagr adaracer tapessoadequem seépsi cológica,soci al
oueconomi cament edependent e.
Pret endeaf ast á-locomocausar el ev antedomedo,t endocomoconsequênci aque
oact opr at i
cadoport emorr ev erenci al ,tem porf ont eum dev er,queéacont rapar t
ida
deum poderf unci onal .O t emorr ev er encialéi r
rel ev antepor quenãohav er i
anunca
ameaçai l
ícita,por queacondut adoper tençocoact or ,mai snãoéoexer cí
cionor mal
dessepoder .Dei xar ádehav ersi mpl est emorr ever enci alseexcedernoexer cíciodo
poderquel heéat r
ibuí do.
 
Medo
O queest áem causaéapr ópr ial iberdadedel ibertaçãododecl ar
ant equef ica
af ectada.
Consi stenai nter venção, nopr ocessodef ormaçãodav ontadedeum f actor( queé
umapr eci são) ,f
azcom queodecl arant equei raalgoquedeout romodonãoquer i
a.
Nãoháumaexcl usãodav ontade,masháumav ont adef ormadademodov iciado.
Em sent i
doj urídicodot er mo,pode- sedi zerquequem agecondi ci
onadopormedo,
quert eraquel acondut aqueadopt ou,masqueessapessoanãoquer iaesset i
pode
condut asenãof osseor eceiodequecont raodecl ar antev iesseasur girum mal seel e
nãoagi ssedaquel amanei ra.
“Coact ust aménv ol uit”(ocoagi rt ambém quer ).Est aconst ruçãoj urídicadomedoé
menosní t
idaquenoer ro,por quehási tuaçõesem quenãosepodeexcl uirquecom
essasi tuaçãodemedonãoest art ambém umacer tar eser vament al.
Nocasodomedo.Sóf azsent i
doseel er esul tardecoacçãomor al
,odecl arante
fingequer eronegóci opar af azercessarav iolênci aoupar ai mpedi roucessara
ameaçadeal goqueel er eal ment enãoquer .
Nomedo,hásempr eapr ev i
sãodeum danoquepr ov ém daconsequênci adeum
malqueameaçaodecl ar anteemi ti
ndoumadecl ar açãopar ai mpedi rqueodanose
concr etize.
Comoconsequênci a,asuav ont adeest áv i
ciada,por queel enãoagi ul i
v r
ement e,
mas domi nado poraquel a prev isão de dano.Est e medo não é uma emoção
psi cológi ca,masv erifica-seomedoquandooagent eponder aor iscodaameaçado
mal .
Omedoconsi stenapr evisãodedanosemer gent esdeum malquei mpendesobr e
odecl ar ant eporv i
rtudedaqualel eemi tecer tadecl araçãonegoci alquenout ras
circunst ânci asnãoquer ia,causas:
·
  
  
   Podeadv i
rdeumasi tuaçãocr iadaporact ohumano;
·
  
  
   Causasquet êm or igem pel apr ópr i
af orçadanat ureza.
 
Incapaci dadeAci dent al
Ahi pót eseest ápr ev istanoar t.257ºCC,ondesepr escr eveaanul abili
dade,desde
quesev er i
f i
queor equi sito( além dai ncapaci dadeaci dent al)dest inadoàt utelada
conf iançadodecl ar atár i
oanot oriedadeouoconheci ment odaper turbaçãopsí quica.
Par a se consegui ra anul ação de uma decl ar ação negoci al ,com base nest e
Cur
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aeGest
ãode
Fel
guei
ras

pr
ecei
toénecessári
o:
a)
  
  
 Queoaut ordadecl
aração,nomoment oem queaf ez,seencontrava,oupor
anomali
apsíquica,
ouporqualquerout
racausaem condiçõespsíqui
cast aisque
nãolhepermiti
am oentendimentodoactoquepraticououol ivreexercícioda
suavont
ade.
b)
  
  
 Queesseestadopsí
quicoeranotór
ioouconheci
dododecl ar
atári
o.
 

EstadodeNecessi dade
Sit
uação de r ecei o ou t emorger ada porum gr ave peri
go que determinaráo
necessitadoacel ebrarum negóci opar asuper aroper igoem queseencont ra.
Ahi pótesedosnegóci osem est adodenecessi tadodev esubsumi r
-senaprev i
são
doar t
.282º ,ondeseest atui aanulabi l
idadedoschamadosnegóci osusurári
os.Devem
veri
fi
car -
seosr equisi tosobj ectiv
os:benef í
ciosexcessi vosoui njusti
fi
cati
vos,t
em de
haverumadespr opor çãomani festaent reaspr estações.
Dev em igualment e, veri
ficar-
ser equi si
tossubj ectivos,asaber:
1.  
  
 Expl oração desi tuaçõest ipifi
cadas,quenão éexcl uída pelofacto dea
inici
ativadonegóci opr ovi
rdol esado;
2.  
  
 Umasi tuaçãodenecessi dade,inexper i
ência,ligei
reza,dependência,estado
ment al ouf r
aquezadecar ácter.
Aanul abil
idade, pr escrit
anoar t.282º ,podepor ém, arequeri
ment odonecessitado
ounapar tecont r
ária,sersubst i
tuída( art.283ºCC)pel anot ifi
caçãodonegóci o,
segundoj uízosdeequi dade( redutibil
idade).

 
 
A.VíCI OSNAFORMAçãODAVONTADE
 
a)
  
  Ausênci
  adev ont ade:
-
  
  
  
  Coacçãof ísica( art.246ºCC) ;
-
  
  
  
  Falt
adeconsci ênciadadecl aração( ar
t.246ºCC) ;
-
  
  
  
  I
ncapaci dadeaci dent al(
ar t
.257ºCC) .
 
b)
  
  Vont
  adedef iciente:
-
  
  
  
  PorÊaltadel iber dade( coacçãomor al-arts.255ºesegs.CC);
-
  
  
  
  Porfaltadeconheci ment o( err
o-ví
cio,arts.251º,
252º,253ºCC);
-
  
  
  
  Porambos( i
ncapaci dadeaci dental-art.257ºCCem par t
e)
 
B.DI VERGêNCI ASENTREAVONTADEEADECLARAçãO
 
a)
  
  Di
  vergênciasi nt encionais:
-
  
  
  
  Simulação( ar t.240ºesegs.CC) ;
-
  
  
  
  Reservament al(art.244ºesegs.CC) ;
-
  
  
  
  Declaraçõesnãosér i
as( art
.245ºCC) .
 
Cur
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aeGest
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Fel
guei
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b)
  
  Di
  vergênci
asnãoi nt
encionais:
-
  
  
  
  Er
ro-obst
ácul
o( art
.247ºCC) ;
-
  
  
  
  Er
rodecálcul
ooudeescr it
a( ar
t.249ºCC)
;
-
  
  
  
  Er
ronat r
ansmissão(art.250ºCC) .

Fi
gur
asJur
ídi
cas

Di
ver
gênci
asent
reav
ont
adeeadecl
aração

Di
ver
gênci
asI
ntenci
onai
s

Fal
taev
íci
odav
ont
ade
Ar
ti
go240CC

Si
mulação com conl
uio(
acordosecr
eto)
Ter
cei
ros–Sãotodosaquelesquenãosãopar
te(
nãosãodecl
arant
enem decl
arat
ári
o)
El
ement
osdasi
mul
ação,
têm desercumul
ati
vos,
requi
sit
os

. Acor
dosi
mul
atór
io

.Int
ençãodeenganart
ercei
ros

. Di
ver
gênci
aent
reav
ont
ader
eal
evont
adedecl
arada

Exemplo1:
OSr .Atem 1casaar r
endadaaoSr.C.MasoSr .Aquerv enderacasaaoSr .B
queaquercompr ar,
eentreos2simulam 1doaçãodoSr.Apar aoSr.Bqueeste
úl
timoaceita,par
aqueoSr .Cnãopossousufrui
rdopref
erêncianaaqui
sição.O
Sr.A.Fezescri
tur
apúbli
cadacasaquedoouaoSr .Beesteaceit
ouadoação.
Vej
amos:
OSr .Anãodoouacasaquepossui .B.(
.VendeuacasaaoSr exi
steaqui1
acordosi
mul
atór
ioent
reoSr
.AeoSr.C)
OSr
.Bcompr
ouacasaaoSr Háv
.A.( ont
adedeenganaroSr
.B)
Decl
araram umadoação,porescri
tur
apúbl
i
ca,
eoquehouvefoiumacomprae
vendav er
bal Exi
.( st
ediver
gênci
aentreav
ont
ader
eal–doação–eav ont
ade
declar
a–compr aevenda)
Concl
uindo:
Est
enegóci
ojur
ídi
coestáfer
idoporSI
MULAÇÃORELATIVAeépor tant
oNULO,
deacor
docom oart
igo241ºdoCCeaindadeacor
docom oar
ti
go220ºt ambém
doCCnãoobedeceuàf ormalegal
,ousej
afoifei
taumaescri
tur
adedoação

Cur
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ador
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ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

quandodev
iat
ersi
dof
eit
acompr
aev
enda.

Exempl
o2:
OSr.Aest
áchei
odedí
vi
das,
eoscr
edor
esnãool
argam.
OSr
.Apossui
1ter
renoer
ecei
aqueoscr
edor
esopenhor
em.
Paratent arr
etir
aroditoter
renodasuaesf er
ajur
ídi
ca,oSr.Af alacom 1ami go
delongadat a,em quem t em umaconf i
ançaili
mi t
ada,ecombi nam fazer1
escri
turaem queoSr .A vendeot err
enoem causaaoami goqueocompr a
(f
azem i stoparaenganaroscredores,éachamadav endafantást
ica).Ot er
reno
agora“ vendido”ao amigo,dequeo Sr .A não recebequalquerv alor,será,
passadosal gunsanos“ v
endido”novamenteaoSr.Apel oamigo,conf or
mef ora
combi nado.
O Sr.A nãov endeuoter
r go.(
enoquepossuiaoami exi
steaqui1acor
do
si
mulat
órioentreoSr
.Aeoamigo)
Oamigonãocompr
ouot
err
enoaoSr Háv
.A.( ont
adedeenganart
ercei
ros,os
Cr
edor
es)
Decl
arar
am umacompraev enda,porescri
tur
apúbl
ica,enãohouv
ecompr
ae
vendaver
bal Exi
.( steaquiumasi mulaçãoabsol
uta-1sónegócio–art
igo
240ºCC)
Concl
uindo:
Est
enegóci
ojur
ídi
coestáfer
idoporSI
MULAÇÃOABSOLUTAeépor
tant
oNULO,
deacor
docom oart
igo240ºdoCC.
Absoluta–Arti
go240ºCC
– NULO ( Por t
rás do
negócio, nada est
á
escondido
Si
mul
ação
Porsupr
essãodosuj
eit
o
a ou real
Subj
ect
iv
dossuj
eit
os

Rel
ati
va–Ar
ti
go241ºCC Int
erposi
ção f
ict
íci
a do
suj
eito
Sobanat
urezadonegóci
o
Obj
ect
iva
Sobov
alor
 Fi
ngi
mosf
azer1doaçãoef
azemos1v
enda.
Cur
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 Decl
aramosav
endaporum pr
eçoi
nfer
ioraor
eal
.Onegóci
oév
ali
do,sóo
pr
eçoéqueénul
o.
 1Constr
utorcivi
lcel
ebr
a1v enda10apar tament
osa1i nv
esti
dor
,soba
condi
ção deaescr i
tur
adecompr aev endaserfei
taapessoasqueo
inv
esti
dorindi
carequeai
ndavaiar
ranj
ar.
Tr
ata-
sede1negóciosimuladorel
ati
vo,subj
ecti
vadesuj
eit
os,eexi
steaqui
1supr
essãodosujei
toreal
.Assi
m oinvesti
dornãopagai
mpostosnem pel
a
pr
opri
edadenem pel
avenda.
 Aécasadocom Beépr
opr
iet
ári
ode1aut
omóv
elquenãoéut
il
izadoem
conj
unt
opel
ocasal
.
AquerdaroautomóvelaCqueé1senhoramui
tosuaamiga–art
igo953º
CC-eseCforamantedeA–arti
go2196ºCC–adoaçãoénula.
Par
acontor
naraimpossi
bil
i
dadelegaldedoaroautomóvel
,Acombinacom
D(queéamigodeAeC)av endadoautomóvel
,desdequeDdeseguidadoe
aC.
Temosaqui1int
erposi
çãofi
ctí
ciadesujei
to–ar t
igo242ºCC.Onegóci

nul
oporviol
aroar
tigo2196º
,eaindaporquesimulou1doaçãoaDparaque
est
edoasseaCoaut omóvel–art
igos240º,241ºe242ºCC.
Si
mul
açãoi e v
nocent isaenganar
,masnãopr
ejudi
car
.
Si
mul
açãof
raudul a v
ent isaenganarepr
ejudi
car
.

Reser
vament
al

Exempl
o:
Adoa1quint
aaB.Césobr
inhodeAev
ivecom adequecui
da.
Anãoquermorr
ersem doaraqui
ntaaB, porquem opr
imei
rot
em mui
taest
ima,
masrecei
aqueosobr
inho,C,
possafi
carofendi
do.
Paramelindr
arosobri
nho,C,oAfaz1vendafi
ctí
ciaaB(
vendadi
ssi
mul
ada)a
(doaçãoéreal
).Temosaqui
1simul
açãoi
nocent
e.
Nestecasoav
endaénulaporqueésimulada,masadoaçãoév al
ida–exi
ste1

ciodefor
ma,
porquenãohouveescr
it
uradedoaçãomassim devenda.
Nodiasegui
nteàanul
açãodonegóci
osi
mul
ado,
oAf
az1escr
it
uradedoaçãoa
f
avordeB.

. Decl
araçãocont
rár
iaàv
ont
ade

.Int
uit
odeenganarodecl
arat
ári
o
Al
guém emi
ti
r1 decl
aração quenão cor
respondeàsuav
ont
ade,com i
ntui
to de
Cur
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ãode
Fel
guei
ras

enganarodecl
arat
ári
o.
Ef
eit
os–Ar
ti
go244ºCC
Ocontrat
oseri
av ál
ido,nem quefossesópel
areser
vament
al.Ar
eser
vaem si
,não
pr
ejudi
caadecl
aração,nº2doarti
go244ºCC.
Onegóciojur
ídi
coév ál
ido,anãoserqueodecl
arat
ári
osoubessequeest
avaaser
enganado,
aquionegóci
oénulo.

Declar
açõesnãosér
ias
Art
igo245ºCC–f ei
tanaexpect
ati
vadequeadecl
araçãonãosej
alev
adaasér
io.
Asdeclar
açõesnãosér
iaspodem ser:cí
nicas,didácti
casoupedagógi
cas,publi
cit
árias,
j
ocosas, et
c. Não produzem ef ei
tos, a não ser que o decl aratári
o acei t
e
j
usti
fi
cadamente,
enesteúlt
imocasot em dir
eitoai ndemni
zaçãopel
oprejuízosofr
ido.

Verbem par
aoExame
Subt
ítul
oII
I–dosfact
osj
urí
dicos–pág.67e68.

MATÉRIAEXCLUÍDADOEXAME
 Subsecção I
II– Perf
eição dadecl
aração negoci
al-eI
V–I
nter
pret
ação e
integr
ação-dapág.69a74doCC.
 DoManuel
doPr
of.Mot
aPi
nto
 PessoasColect
ivas–Pont
os73( pág.282a291)
,75(
pág.298A303)
,77
(pág.304A308),82,
par
teI
II(
pág.328)
 Teor
iager
aldof
act
ojur
ídi
co.Capí
tul
oIeI
I(dapág.355at
é377)
 Subt
ít
uloI
,Capí
tul
oI(
dapág.379a384)
 Adecl
araçãonegoci
al
 Div
isãoI
I–Int
erpr
etaçãoei
ntegr
açãodosnegóci
osj
urí
dicos(
dapág.
441a457)
 Subt
ít
uloI
II–El
ement
osaci
dent
aisdosnegóci
osj
urí
dicos(
dapág.561a
613)
 Dapág.645at
éaof
im

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Fel
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16ª
.Aul
a13.
06.
2007
Sumári
os: Resol
uçãodecasospr át
icossobreasdivergênci
asint
enci
onaisenãointencionai
sent r
eav ont
adeeadeclar
ação,em
especi
al:asi
mulaçãoeoer r
onadecl ar
ação.Resoluçãodecasospráti
cossobreosv í
ciosdav ontade.
Sumári
os: 11.Osvíci
osdavont ade1.Oer ro-v
íci
o2.Odol o3.Ãcoacçãomoral4.Estadodenecessi dadeeout
rassit
uações5.A
i
ncapacidadeaci
dental(
remissão)12.Ar epresent
açãonosnegóciosjur
ídi
cos1.Noçãoeespéci es2.Regi
mejurí
dico

ADI
VERGêNCI
AENTREAVONTADEEADECLARAçãO
 
For maspossí v eisdedi vergênci a
Nor mal ment eoel ement oi nter no( vont ade)eoel ement oext ernodadecl ar ação
negoci al (decl ar açãopr opr i
ament edi ta)coi ncidi rão.
Pode,cont udo,v er i
ficar-seporcausasdi ver sas,umadi v er gênci aent reessesdoi s
element osdadecl araçãonegoci al.Anor malr elaçãodeconcor dânci aent reav ont ade
eadecl aração( sent i
doobj ect ivo)éaf ast ada,porr azõesdi v ersas,em cer toscasos
anómal os.Àr elaçãonor mal deconcor dânci asubst i
tui-
seumar elaçãopat ol ógi ca.Est á
-seper ant eum v í
ci odaf or mulaçãodav ont ade.
Essedi ssídi ooudi vergênci aent rev ont ader ealeadecl ar ação,ent re“ quer ido”eo
“decl arado” ,pode seruma di vergênci ai ntenci onal,quando o decl ar ant e emi te,
consci ent eel ivrement eumadecl araçãocom um sent idoobj ect i
vodi v ersodasua
vont ader eal .Est á- seper ant eumadi vergênci anãoi ntenci onal ,quandoodi ssí dioem
apreçoéi nvol unt ár ia( por queodecl arantesenãoaper cebedadi v ergênciaoupor queé
forçadoi rr esistiv el ment eaemi tirumadecl araçãodi vergent edoseur eal i
nt ent o) .
Adi vergênci ai ntenci onal podeapr esent ar -sesobumadet r êsf ormaspr incipai s:
a)   
  Si mul ação:odecl arant eemi teumadecl araçãonãocoi ncident ecom asua
vont ader eal ,porf orçadeum conl ui ocom odecl ar at ár i
o,com ai nt ençãode
enganart er ceiros.
b)   
  Reser vament al:odecl arant eemi teumadecl araçãonãocoi ncident ecom a
sua v ont ade r eal, sem qual quer conl uio com o decl aratário, v isando
preci sament eenganarest e.
c)   
  Decl ar açõesnãosér i
as:odecl ar ant eemi teumadecl ar açãonãocoi ncident e
com a sua v ont ade r eal ,mas sem i ntuito de enganarqual querpessoa
(decl arat ár io ou t erceiro) .O aut orda decl aração est á conv enci do que o
decl arat ár i
oseaper cebedocar ácternãosér i
odadecl ar ação.Podet ratar -sede
decl araçõesj ocosas, didáct i
cas, céni cas, publ i
citárias, et c.…
Adi vergênci anãoi ntencional podeconsi stir:
·
   
    Er ro-obst ácul oounadecl aração:odecl aranteemi teadecl araçãodi vergent e
dav ont ade, sem t erconsci ênci adessaf altadecoi ncidênci a.
·
   
    Naf altadeconsci ênciadadecl aração:odecl arant eemi teumadecl ar açãosem
sequert erconsci ênci a( av ont ade)def az erumadecl ar açãonegoci al,podendo
atéf altarcompl etament eav ont adedeagi r.
·
   
    Coacção f í
sica ou v iolênci a absol ut a:o decl arant eét ransfor mado num
aut ómat o, sendof orçadoadi zerouescr ev eroquenãoquer ,nãoat rav ésdeuma
mer aameaçamasporf or çadoempr egodeumaf orçaf ísicairresi stívelqueo
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
99
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

i
nst
rument
ali
zael
evaaadopt
arocompor
tament
o.
 
Teor
iasquev i
sam r esol veropr obl emadadi vergênci aent reav ont adeeadecl aração
a)
   
  Teor iadav ont ade:pr opugnaai nv alidadedonegóci o( nãov alenem av ont ade
realnem adecl ar ada), desdequesev eri
fiqueumadi ver gênci aent reav ont adee
adecl araçãoesem necessi dadedemai srequisi t
os.
b)
   
  Teor iadacul pa“ incot rahendo” :par tedat eor iadav ont ade,masacr escent a-
l
heaobr igaçãodei ndemni zaracar gododecl arant e,umav ezanul adoonegóci o
com f undament onadi vergênci a,sehouv edol ooucul padest enodi ssí dioent re
av ontade e a decl aração e houv e boa f é porpar te do decl ar atário;a
i
ndemni zaçãov isacobr arochamadoi nteressecont rat ualnegat ivooui nter esse
daconf iança,i st o é,v isar eporo decl aratário,l esado com ai nv alidade,na
sit
uaçãoem queest ari
asenãot i
vessechegadoaconcl uironegóci o.
c)
   
  Teor ia da r esponsabi l
idade:enquant oat eor i
a da v ont ade ar ranca da
consider ação de que a essênci a do negóci o est á apenas na v ont ade do
declarant e(dogmadav ont ade) ,ateor i
adadecl aração, embor ademododi v erso,
em conf ormidade com as suas modal i
dades,dá r elev of undament alà
declaração,ousej a,aoquef oiext eriorment emani fest ado.Compor tadi v ersas
modal idades:
1)  
  
  Modal idadepr imit i
vaeext erna,car acterísti
casdosdi reitosf ormal i
stas
ondeseconsagr aumaadesãor ígidaàexpr essãol iteral–seaf ormar itualf oi
obser vada,pr oduzem- secer tosef eitos,mesmoquenãot enham si doquer idos.
2)  
  
  As modal i
dades moder nas e at enuadas,em par t
iculara dout rina da
confiança,a di vergênci a ent reav ontade r eale o sent i
do obj ectivo da
declaração,i st oé,oqueum decl aratári
or azoáv ell heat r
ibuíra,sópr oduza
i
nvalidadedonegóci osef orconheci daoucognoscí vel dodecl aratário.

Out ramodali
dadedeer ro–er ronadeclar
ação
Diz-seErronadeclaraçãoapenaspar aodist
inguirdeerr
oví
cio
Art.250º-err
onadecl aração,err
onat r
ansmissãodadeclar
ação,naf
ormul
ação
Divergêncianãointencional,decor
r edeum l apso,t
ambém chamadodeer r
ona
formulaçãodav ontade
Or egimequeaqui seapl i
caéodo247º-sãonegóci osanul
ávei
sdesdeque….
Esteer r
onãoépor tantoerrodev i
cio.

1.Errovício
Oerr
oquepodei ncidirsobr eapessoadodeclar
atór
ioousobreoobject
odenegóci
o
–251º
Er
roresi
dual –errosobr eosmot i
vos–252º
Er
rov í
cio– er r
onaf ormaçãodav ontade,adeci
sãoév i
ciada,nor
malment
epor
i
gnor
ânci a.Apessoaconv ence-sedeal
goquenãoéassim.
Afor
mul açãoédiferentedaf or
mação

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
100
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Nota:di
sti
ngaerroví
ciodeerr
onav ont
ade
Consequênci
as:
Er
rov í
cio–anulabi
l
idade
Er
ronadeclaração–anulabi
li
dade
Em ambas,odeclar
anteengana-
se

2.Dol o–253º
Odeclaranteéenganado
Podeser :
Posit
ivo–quandoexi stasugestãoouartif
íci
ocom int
ençãodeinduzi
roumant eruma
pessoaem er r
o;
Negativo– Dissimulaçãodoer rododecl arant
e.O decl
arant
enãoéescl arecido,o
decl
aratári
omant ém-seem si l
êncio.
ODol opodeai ndaser:

cito–qual i
dadessubj ecti
vasdoobjecto.Esteti
podedoloémuitofr
equente,usual.
I

cit
o–qual i
dadesobj ecti
vasdoobjecto

Odolonegati
vopodet ambém serl
íci
to,i
stoacont
ecequandoodecl
arat
ári
onãot
em
obr
igaçãodeescl
arecerodecl
arant
e.

3.Coacçãomoral –255º
Omeioouofim éilí
cito.
Not
a:t
emorreverencialnãoécoacção

Consequênci
a:anul
abi
l
idade.Tem um ano,apósacessaçãodacoacçãopar
aser
i
nter
posto.

4.Capacidadeaci
dent
al–257º
I
nabi
l
itados

5.Estadodenecessidade(for
adestaordem nalei
)–282º
Dif
erentedoestadodenecessidadedoart
.339º
,jur
idi
cament
esót em deigualonome.
Art.
282º-negóciosusur
ári
os.
“…Quando alguém, explorando a si t
uação de necessidade….excessi
vos ou
i
njusti
fi
cados”

Esteti
podeexpl
oraçãoémuit
opróximadacoacçãomor
al.
Nãodecorredacoacção(nãofoi“obr
igado”a….
)masdaexpl
oraçãodoest
adode
necessi
dade,
afl
i
çãodealguém.

Represent
ação–258ºesegui
ntes
Actuaçãoem nomedeoutr
em
 Legal–menoreint
erdi
tos
 Voluntár
ia–pr
essupõeumapr
ocur
ação.Quandoopr
ópr
ioi
ndi

duo,mai
orde
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
101
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

18anosecom capaci
dadedápoderesaout rapessoaparaqueactueem seu
nome
 Est
atut
ári
a ou or
gâni
ca – aquel
a que decor
re dos est
atut
os das Pessoas
col
ecti
vas

Nota:i
nef
icáci
arelat
iva–onegóci oévali
do,masv aleparaorepresent
ant
eenão
par
aorepr
esentado.Arat
if
icaçãosanaanãorepr
esentaçãoàpr
ior
i.

Aul
a14
13-
06-
2007

CASOPRATI
CO

A.encontrando-
secom grandesdif
iculdadeseconómicaset emendooat aquedos
seusmuitoscredor
es,v
endesimul
adament eaoseuprimoB.um prédior
úst
ico.
PassadoscincoanosA.pr
etender
eav eroprédi
o.Poder
áf az
ê-l
o?Com que
fundamento?

Respost a:
At endendoaqueéum negóci ocont r
atual
com ví
ciosnav ontade,
nocaso
concr
et osi mulação,t
em queset erem atençãoostrêspressupostosparaasi
mulação
1ºConl uio(acordoentredeclar
anteedecl arat
ári
o)
2ºInt
uitodeenganart ercei
ros
3ºDivergênci aInt
enci
onal

Fact
os:
AeBf amil
iar
escombinam com oi
ntui
todeenganart
ercei
ros,
exi
stei
ntenção
decri
arumaaparênciadet
ransf
erênci
adepropri
edade.
Poderáf
aze-l
o?
Si
m, aoabri
godosart
igos242ºe286º
Com quefundament
o?
Onegócioentr
eAeBénul o.

CASOPRATI
CO

AsabendoqueBseencont ravacom grandesnecessi


dadesdedi nhei
roparaobtera
drogaaquesehabi t
uara,comprou-l
hepor500,00eurosum quadr oquevali
ano
mercadoci ncov ezesmais.
Bcompr omet eu-seaent r
egaroquadr oem breve,masaindanãoof ez.
a)Arrependidodonegóci oqueef ectuoupoderáBpassadoum anoi nval
idaravenda?
b)Poderáinf l
uirnasoluçãoof act
odeAsermédi coassist
entedeB?
c)Suponhaagor aqueApar aconseguiressacompraconvenceuBcom aj udadeum
peri
toseuami godequeoquadr oeraumasi mpl
escópia.Asoluçãoseráamesma?
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
102
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

Respost
a:
Avali
arsemprepri
meir
amenteoenunci
ado.
Estadodenecessi
dade–art
º282º

OBencontrava-secom necessi
dadededinhei
roeoAaprovei
ta-
sedasuanecessi
dade,
pagandoum preçoinf
eri
oraov al
orreal
,obt
ençãodebenef
íci
osporpar
tedeA.

a)fal
ardo282º( anul ável)e283ºqueéumapossi bi
li
dadeeai ndaBpoderiapedir
umai ndemni zaçãonost ermosdoar t
º227º( máfé)
b)Omédi cot em aobr i
gaçãodeoper suadir,delhedaral t
ernati
vas,l
ogoonegócio
énulo.
c)Aqui existedolo,av endafoifeit
apor quefoi enganado,nãov endeupor
necessi dademaspor quef oienganado,vicionav ontade.
Adapt arocasoaosel ementosnov os.El
epassaaserv it
imadeum l ogr
o.
Bodecl arant
ef oienganado.
Adecl araçãoest áv i
ciadapordolodet erceiro(amigodomédi co)epeloprópri
o
compr adorquesabi adodol o.
Artº254nº1e2
Prazo–287ºnº1e2

CASOPRATI
CO

At r
abalhadordeBassi naum r ecibodequitaçãoondedeclar aquer ecebeutudo
aquet inhadir
eit
o,embor alhet enhasidopagoapenasmet ade.
Decor r
idosdoismeses, Apretender eceberaparterest
anteal egando,para
afastararel
evânciador eci
bo,queseencont r
avasem t r
abalhoesem
vencimentohámai sdeanoemei oequeBl hetinhaafi
rmadoquenãopagar ia
nadaseel enãoaceitassequant i
ainfer
ior
,dandoquitaçãototal.
QuidJúr i
s?

Respost
a:

Nestecasoexist
ecoaçãomor al(
AameaçaBdenãolhepagarmais)
,mas
também exi
steestadodenecessi
dadepoi
sBsabi
aqueti
nhadirei
toatudo,
mas
preci
savadodinheir
onomoment o.

Assi
m,exi
stev
ont
adev
ici
adaporcoaçãomor
aleest
adodenecessi
dade.

Est
adodenecessi
dade–art
º282º
Coaçãomor
al–artº255º

Onegóci
oéanul
ável
nosdoi
seol
esant
etem depagarumai
ndemni
zação
conf
ormeoar
tº289º
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
103
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

CASOPRATI
CO

Acav al
eirotaur
omáquicotendovist
onacoudel ari
adeBum cavalochamado
rai
o,quej ul
gouprópr
ioparaasuapr ofi
ssãoescreveuaBeporfaltade
memór iapropôs-l
heacompr apor3.000,00docavalof
oguet
e.
Baceitouemandou- l
heum cavalocom est enomequeeraprópr
ioapenaspara
ti
ro.
Apretendedev ol
verocavalomasBi nsisteem queacomprafoi
válidaeopreço
deveserpago.
QuidJuris?

Respost
a:

Err
onadecl ar
ação–ar t
º247º
Formoubem av ontademasf or
mulouasuav ontadeerr
adamente.
Enganou- senadecl araçãodav ont
ade.
Adecl araçãoéanul ávelporqueodeclar
atár
iodev er
iasaberqueodecl
arant

cavaleir
ot aur
omáqui co.
Conv ém refer
irasduassi t
uaçõespoi
snesteenunciadonãosabemosseo
declaratári
osabiaapr of
issãodeA.
Nãoesqueceroar t
º248ºpar aocasododecl aratár
ioacei
taratr
oca.

17ª
.Aul
a20.
06.
2007
Sumár i
os:Resoluçãodecasospráti
cos.Revi
sõesdamat ér
iadada.
Sumár i
os:Cap.I I
I-Obj
ectonegocial1.Noção,requi
sit
oseconsequênci
aslegai
sCap.IV-I nefi
cáciaeInv
ali
dadedosNegócios
Jurí
dicos1.Inefi
cáci
adosnegóciosj ur
ídi
cos(l
atusensu)2.Inef
icáci
aem senti
doestr
it
o3.I nexist
ênci
a4.Inval
idade:r
egimee
efei
tosdanul i
dadeedaanul abi
l
idade5.Outrasf or
masdecessaçãodosef ei
rosnegoci
ais:resol
ução,r
evogação,caduci
dadee
denúncia6.Areduçãoeaconv er
sãodosnegóci osjur
ídi
cos

Obj
ectonegoci
al– bem,sobr
equei
nci
deospoder
esdot
it
ularact
ivodar
elação
j
urí
dica.O“
qui
d”

Val
epar
aodi
rei
toci
vi
let
odoodi
rei
toem ger
al

Requi
sit
osdoobject
onegoci
al–ar
t.
280º
,expr
essament
econsagr
ados:
 Deter
minabi
li
dade
 Possi
bil
i
dadefísi
ca
 Possi
bil
i
dadelegal

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
104
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 Nãocontrari
edadeàor dem públ
ica–princí
piosfundament aisdaordem jur
ídica
quedevem prev al
ecerem todososnegóciosjur í
dicosequeest ãopl asmados
naCRP
 Ausênci
adeof ensaaosbonscost umes–conj untoderegr asét
icasoumor ais,
acei
tespelaspessoashonestas,corr
ect
as,deboaf énum dadoambi enteenum
cert
omoment o.

Nota:Cl
áusul
asacessór
iasdonegóci
ojur
ídi
coecl
áusul
asdet
ermo–nãov
ãoser
est
udadas.

I
nef
icáci
aei
nval
i
dadedosnegóci
osj
urí
dicos(
mui
toi
mpor
tant
e)

I
nef
icáciaem sent i
doampl o:
 I nexi
st ênci ajur í
dica–f altadecor pusnegocial(sãomui toraros).Sãonegóci os
j
ur í
dicosquepar ao di reit
o nuncaexi st
ir
am.Ex.Coacção f ísicaef alt
ade
consci ênci adadecl aração–ar t.
246º
 I nval
idade–ar t
.258ºess–f alt
adeobser vânciadosel ement osessenci aisdo
negóci o.Onegóci oéi nv áli
doquandonãoapr esentaosel ement osessenci ai
s
ouháv íciosnessesel ement os,elementossem osquai sosnegóci osj ur í
dicos
são i nv álidos.Est es negóci os podem ser :nul os ( art
.286º) quando não
respeitem osr equisit
osl egais; ouanulávei
s( ar
t.art
.287º)epar aissotem deser
anor maadi ze- l
o–ar t.
294º
 I nefi
cáci aem sent i
doest r
itoour el
ati
va–quandoonegóci oexiste,év álidomas
nãopr oduzt odososseusef eitosporque,nãol hef alt
andoosseusel ement os
essenci ais,i ntrí
nsecosaonegóci omasapenasum el ementoext r
ínsecoao
negóci o.Ex.Ar t
.268º-r epresent açãosem poder es( vál
idoeef i
cazem r el
ação
ao r epr esent ante mas i nválido em relação ao r epresentado) ;art.1649 –
emanci paçãopar ci
al.

Nota:requi
sit
osessenci
aisdosnegóciosjur
ídi
cos:
Capacidadedaspar t
esdegozoedeexer cí
cio;legit
imi
dadedaspar tes( l
i
gação
ent
re sujei
to e acto)
,ex.I legi
timi
dades conjugaisev enda de coisa alheia;
i
doneidadedoobjecto(ar
t.280º);
decl
araçõesnegoci ai
ssem anomali
as, sem ví
cios
esem diver
gênci
as.

Outr
asf ormasdecessaçãodosefei
tosnegociai
s(denegóciosexi
stent
es,v
álidose
ef
icazes):
 Resol ução–podedecor
rerdaleioudaconv ençãodaspart
eseconsi stena
cessaçãodosef
eit
osdonegócio,em r
egraporincumpri
ment
odasobr i
gações
contr
atuai
s.
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
105
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

 Revogação–ext i
ngueosef ei
tosdonegóci opormutuoconsent
iment o.Regime
geral
( poracor
do)apesardet ambém poderdecor r
erdal
ei.Oper
apar aof uturo
 Caducidade–cessaçãodosef eit
osdocont rat
opordecursodopr azooupel a
ocorr
ênciadedet erminadaci rcunstanci
a.Nãocaducaseaspar t
esoqui serem
renovar.
 Denuncia–decl araçãounilateralquefazcessarumarel
açãocontratualapar ti
r
decertomoment o(éobrigatóriooav i
soprévi
o)

Nota:
Divergênci
as – si mul
ação;r eserva mental
;declar
ação não séri
ai ntenci
onal
;
coacçãof í
sica;f
alt
adeconsciênciaeerronadecl
aração.
Vícios de v ont
ade – erro;dol o;coacção moral;incapaci
dade e estado de
necessidade.

Aul
a15
20-
06-
2007

CasoPr
ati
co

A quev i
sitavaumaf ei rai nternacionaldebar coscom osseuscol egasde
trabalho,ent rounost anddev endasdel anchase,àf rentedosseusami gos
mani festou a B,pessoa que er a sua ami ga e que se encont rava como
represent antedaempr esav endedor adaquel amar cadebar cos,aempr esaX,a
i
nt ençãodeadqui r
iromodel oal iexposto,pel opr eçode30. 000,00.
Bdi sse-lhequeaquel ebar coest ari
adi sponí velpar aentregai medi
ata,t endoA
ditoquepodi aconsi der á-lov endidoequenodi asegui ntevoltari
aaost andpar a
acer t
arem ospor menor esdopagament o.
Todaest aact uaçãodeAf oifeitanosent i
dodei mpressionaroscol egasde
trabalho most rando-l
hes uma capaci dade aqui siti
va que,na r eali
dade,não
possuí a.
DadoqueAnãocompar eceunodi asegui ntenem nuncamai sdunot icias,foi
i
nt erpolado pel a sociedade X par a efect uaro pagament o e pr ocederao
l
ev antament o da embar cação.Em f ace di sto,A r espondeu à soci edade X
negandoqueal gumav ezt ivesseadqui ri
doobar cot endoem cont aassegui ntes
razões:
 Par aquet ivessehav i
docont ratodecompr aev endaaspar t
est eriam de
subscr everum document oescr i
tot endoem cont aqueset ratadeum
bem suj eit
oar egi sto
 Aeosseuscol egasdet rabalhor egr essavam deum al moçonoqualA
bebeuumascer v ejaspel oquenãoest avanoseuj uízonor malquando
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
106
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

fal
oucom B
 Tudo o que disse a B f oiuma mer a encenação no sent
ido de
impressi
onarosseuscolegas
 B,sendoseuami go,sabiadi
stoesabiatambém queAnãot eri
adinhei
ro
paracompraraquelebarco
Anal
isenoplanojur
ídi
coosar gumentosi
nvocadosporA

RE:
Exi
steumadi ver
gênci
aent
reav
ont
adeeadecl
araçãoeéi
ntenci
onal– ar
t.
254º
,
decl
araçãonãoséri
a.

a.Ocont ratodebensmóv eisnãoest ásuj eitoaqual querr equisi t


odef orma,
nestecasoapl ica-seoar t
.219ºpornãocaberno875º CC.
b.Eleev ocaum v í
cio dei ncapaci dadeaci dent al
,no ent anto o negóci o
nuncapoder iaseranul adopor queser ianecessár i
oqueof actof osse
notóri
oouconheci dododecl arat ári
o,oquenãoacont eceu( art.257º-
i
ncapaci dadeaci dental
).Porout rol ado, eleact uacom ast úci aoquenão
costumaacont ecerquandoseest áembr iagadoaessepont o.E, aleinão
proíbe que uma pessoa embr i
agada r ealize negóci os j urídi
cos se
embr i
agadodef ormaquenãosej anot ór i
a,port al,onegóci onãoé
anulável,eleaparentanormal i
dade
c.Aquiev ocaadecl araçãonãosér ia.“Quem f azt eatronãoest ái ncapaz
comoqueéi ncapaznãof azt eat r
o”.Ef eitodadecl araçãonãosér ia–
art.
245º /1;consequência:nul idade.Ar t.245º /2–aout rapar teacr editou
seri
ament e que na ser iedade da decl aração.No caso,o ul ti
mo
pressupost o diz que o v endedorat é sabi a que o ami go não t inha
condiçõesdecumpr i
rtalnegóci oe,comonãot inhaj ust i
ficaçõespar a
concluirocont r
ár i
o,destaf ormaadi t
adecl araçãoser iaent ãonul a.
Conclusão: onegóci onãoser i
av áli
do

Casopr áti
co19:
Aembor apretende-sefazerumadoaçãoaB, médicoqueot r
atar
a
duranteprolongadadoençadequef or
av í
tima,celebr
oucontrat
ode
compr aev endadeum aut omóv el
deluxo.
Contudonãohouv eentr
egadequal querpreçonem qualquer
i
ntençãonessesent ido.Doisanosdepois,poderáC, f
il
hadeA, reav
ero
automóv elem vidadoseupai ?Em quef undamento?

RE:
A B A B VALI
DOOU
(cont
rat
ocompr
aev
enda) (
cont
rat
odedoação) INVALI
DO?
Énulo
Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
107
TEORI
AGERALDI
REI
TOCI
VIL1º
.ANO

Escol
aSuper
iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

•Capaci dade(menor i
dade, int
erdi
ção,i
nabi l
i
tação)√
•Legit
imi dade(li
gaçãoent reoact oeosuj ei
to,seaspessoaspodi am ou
nãocelebraronegóci o,áfacedal ei .Normalmenteapl i
car-
se-iao2194º,noentanto,
ComoAai ndanãomor reuexistelegi t
imidade)√
•Idoneidadedoobj ecto( confor
meal ei)√
•Declaraçõesnegoci aissem anomal i
as√
-For ma–nãoéum r equisi
toessencialdet odososnegóci
os
j
urí
dicos,nestecasoexi steforma( 947º)senãohouv ertr
adiçãoqueconsistena
ent
regadobem t em desercel ebradaporescr i
to.

Não,af
il
hanãopodiareaveroaut
omóv el,
umav ezquenãohouveumav endadeA
par
aBmassi m umadoação.Háquepôrem causaseAer aoúnicopropri
etár
iodo
aut
omóvel,
senãofosseteri
aqueterautori
zaçãodooutr
opropr
iet
ári
o.

Casopr át
ico20:
Acomer ci
antedear t
ev endeuaBumat el
adaaut ori
adeum j ovem
pintor .Compr aqueBf ezapenaspor queAconv enceudequeset ratavade
umaobr adeum aut orref
erenciadopelacrít
icacomoum t alento
emer gentedapi nt
uraportuguesa.
B, entr
egouaAapenas5000€cor r
espondenteaum quar todopr eço
acor dado, fi
candodeent r
egaror estanteum mêsdepoi sdacompr a.
Algunsdi asmaistarde,Bconst atouqueoar ti
stanãotinhaqualquer
relevânci anomei oartí
sti
coe, em facedistoBr ecusa-
seapagarapar te
dopr eçoem f al
tapelooqueAi ntentoucontraBumaacçãoj udi
cial.Quid
i
ur i
s?

RE:
Exi
stedol
oporpartedeA(253º),
doloestequeéi lí
cit
oeposit
ivo,
porissoo
negócioéanulável
e,comoocompr adortev
epr ej
uízopodepediri
ndemnizaçãopel
o
danodaconf i
ança(227º)
.Comoéum negóci oanulávelpodeseri
mpugnadoporBno
prazodeum anoapósoconhecimentodeste,287ºnº 1.Noentant
o,comoonegocio
estátotal
mentecumpridonãoádependênci
adepr azo,287ºnº2.

Casopr
áti
co21:
Atem conheci
ment
oqueBest
áenv
olv
idoem act
ivi
dadesi
l
íci
tasde
Cur
soSol
i
cit
ador
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ogi
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ras

naturezaf i
scal ,asquai simplicam paraest eapossibi l
idadedesersuj eit
o
apenasdepr isão.A, sabendoqueBt em um terrenopar avenderpr etende
adquiri-
lopelov alorde70000€quecor r
espondeacer cadeum qui ntodo
valorrealdomer cado.
Par atal ApedeaC, amigocomum, queconv ençaBqueseest enão
sedisponi bil
izarav enderot err
enoaAporaquel evalorestepoder á
apresentarquei xanasaut ori
dadescompet ent
es.Em f acedistoBacei tou,
porém Apr opos- l
hequeav endaf ossefeitaem nomedasoci edadeD,
cujoocapi tal erapar ti
cipadoporAeCsendodecl aradocomopr eçoo
valordemer cadode300000€.
Passadosdoi sanos, asociedadev endeuot errenoaE, par
ent edeA,
reali
zandoumamai svaliade150000€.Al gunsmesesdepoi sBliber t
ou- se
dosseuspr obl emasf i
scaisepr etenderecuperarot erreno.
Qui diuris?

RE:
nest
ecasoexi
ste4negóci
osaseranal
i
sados:


B D
Vendater
renoxedeclara70000€
Vendasimuladalogoénula
Exist
eumasi mulaçãoporsupr
essãodosuj
eit
o,poisAéque
compramaséasoci edadequeaparececomocompr ador
aepelovalorreal
(si
mul
ação
depreço-sefossesóissoaclausul
aeranula)


B A
Compr aev endadot errenoxpor70000€, Cét er
ceir
o“convenceu”B
VendadeBaAnãoéf ingida/simul
adamassi m coagida,coaçãoest
a
fei
taporC( ter
ceiro)que, oameaçouAsabendodassuasact i
vi
dadesilegai
so
denunciar
aápol icia.Est eéum negóci
oanul ável(
256º).Estaénulatambém porvíci
o
deforma,nãoser ealizouescri
tur
apública,houvesóacor doverbal
.


D E
Vendexpormai
svali
ade150000€
Sóserával
idaseEesti
veragidodeboaf é(
243º)noentanto,comoEé
famil
i
ardeAavendaénulaporqueDnãot em l
egi
timidadepar
av enderoterr
enouma
vezqueest
enãoéseu(l
egiti
midadedopropri
etár
io).


Best
áinocent
e,poder
eav
eroseut
err
enonoper
íododeum anodosnegóci
osf
eit
os

Cur
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i
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porcoaçãoeseaquandodav
endadeEest
eti
veragi
dodemáf
é.Casoest
etenha
agi
dodeboaf éBnadapodef
azer
.

Casopr ático22:
A,vi
úvoesem f il
hos, pret
endedoarumaqui ntaaoseu
sobri
nhomai sv el
hoqueseausent araparaoBr asildequem nuncamai s
tevenoticias.Paraoefeitoi
ncumbi uBdel ocali
zarosobr i
nhoe, Bqueera
brasi
lei
rocombi noucom Cf azer-
sepassarf alsament epelosobri
nhoa
fi
m deconsegui radoação.
Adispôs-seadoaraqui ntaaCconv encidodequeest eera
seusobr inhomas, paraevit
armai oresencargosf i
scaiscombi noucom el
e
fi
ngirem umav endasem quet enhasi dopagoqual querpreço.
Poster
iormenteáescr i
tur
a,Adescobr iuqueCnãoer aseu
sobri
nhoepr etendeporissorecuper araquinta.Poderáfazê-l
o?Com que
fundament o?

RE:

A C
AdoaaC
Negóci
oreal
–di
ssi
mul
adodependedav
eri
fi
caçãodet
odosos
pr
essupost
os)


A C
Negóci
osi
mul
ador
elat
ivoobj
ect
ivosobanat
urezadonegóci
o–NULO

CenganouAquant oásuanecessi dadelogoexi


steDOLO,noentantoseAconseguir
provarissopodei
nvocarerr
ov i
cio,poi
sdouo-oaCpensandoserseusobrinhoepode
pedi
r -
lheumaindemnizaçãoporteragi
dodemá- fé.Adoaçãonãotevefor
ma,porisso
seri
at ambém nul
o.

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ogi
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Fel
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Coment
e:Odi
rei
toCi
vi
léum di
rei
topr
ivadocomum

Odi reitoci cil


édi reitoprivadocomum nasmedi daem queest e
tem regr asapl icáveisaosout rosramosdodi rei
toopr ivado,
obrigações, coisas, famíli
aesucessões, odireit
opr ivadoé
comum, éodi rei
toci vileodi r
eitopri
v adoespeci alsãoos
outrosr amosdodi reit
o.Odi reit
ociviléabasedodi r
eitoem
geral.Aol ongodost emposodi rei
topr i
vadoconf undiu-secom
odireitoci v i
l,ecom odecor r
erdost emposeaconsequent e
evoluçãodassoci edadessur giram necessidadesespeci fi
cif
as
parar egul arsect orespar t
icularesdecor r
entesdaev olução
assim dent rododi r
eitoprivadosur gem normasaut ónomaspor
especi alizaçãoasnor masdodi rei
tocivil
.Ospr i
ncí piosger ai
s
dodi reitoci vi
lencont r
am- seaol ongodapar tei donosso
códigoci vil
,ODi reitocivilenglobatodasasnor masdedi reit
o
pri
vado, com aexecepçaodasdodi r
eitodot r
abal hoe
comer cial,assim concl ui-
sequeodi reit
ociviléum di rei
to
pri
vadocomum eéporsuav ezsubsi diár
iodeout rosr amosde
dir
eitoj ur í
dicociv i
s.

Di
stingacoacçãofí
sicaouabsolut
adecoacçãomor
alour
elat
iva,
indi
cando
osrepesct
ivosregi
mesjurí
dicos.

Defi
naeexempl i
fiqueosseguintesnegóciosjur
ídi
cos,
negoci
ojur
ídi
co
bi
lat
eraloucontrato,
negoci
omj uri
dicogratui
to,
negoci
ojur
ídi
coconsensual
ounãosolene,negocioj
urí
dicointerviv
os


Cur
soSol
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ador
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Escol
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iordeTecnol
ogi
aeGest
ãode
Fel
guei
ras

I
ndi
queor
egi
meeosef
eit
osdanul
i
dadeedaanul
abi
l
idade


Defi
nasuint
amente:ar epr
ent
açaovol
unt
ari
a;pat
ri
móni
oaut
ónomo;
decl
araçãonegoci
al;
reserv
amental
.

Cur
soSol
i
cit
ador
ia1º
.Ano
112

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