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Demografia da região norte

No Brasil, há um predomínio do gênero masculino na carreira médica, sendo que da região


Norte, apenas o estado do Alagoas tem prevalência de mulheres médicas (52,2%). Com relação
à média de idade nos estados, profissionais de quatro estados do Norte têm as menores
médias de idade, sendo Rondônia com 42,9 anos, Roraima com 43,6 anos, Acre e Tocantins
com 43,7 anos.

Com relação a distribuição de médicos entre as 27 unidades da federação é notável a imensa


desigualdade na distribuição dos profissionais. Enquanto em todo país existem 2,18 médicos
por mil habitantes, há capitais com mais de 12 médicos por mil habitantes. O Sudeste é a
região com maior densidade médica por habitante, razão de 2,81, contra 1,16 no Norte.
Focando apenas na última região as razões da distribuição de médicos em comparativo com as
respectivas populações em ordem crescente são: Amazonas (0,17), Amapá (0,27), Pará (0,36),
Acre (0,49), Roraima (0,56), Rondônia (0,93) e Tocantins (1,16). Portanto, o interior dos
estados do Norte, com exceção do Tocantins, tem menos de um médico por mil habitantes e
região Norte moram 8,6% da população brasileira e estão 4,6% dos médicos. Quando se
comparam os números das extremidades, vê-se que moradores dos municípios do interior do
Norte contam com 25 vezes menos médicos por mil habitantes que os moradores de Vitória.
Espirito Santo, evidenciando a desigualdade na distribuição.

Em relação aos cursos de medicina, a diferença também é notável. O Sudeste tem a maior
concentração entre todas as regiões, com 120 cursos e 13.222 vagas, ou 45,2% de todas as
29.271 vagas do país, já o Norte fica com 7,7% e com predomínio de vagas em rede pública ao
invés de privadas, que predominam no Sudeste. Ademais, quatro dos sete estados da região
Norte tem seus cursos de Medicina nas capitais. Justo considerar que além da grande
desproporção, as poucas vagas da região ainda têm uma quantidade significativa que são
preenchidas por pessoas de outras regiões do país e que é baixa a influência de escolas do
interior em fixar os médicos, depois de formados, no local onde estudaram.

Considerando as características dos médicos recém-graduados no Brasil, na sua grande maioria


são solteiros, brancos, não têm filhos, dependeram financeiramente dos pais na graduação e
ainda moram com eles. A maioria cursou ensino médio em escola particular e fez cursinho pré-
vestibular. Seus pais têm ensino superior. Um total de 77,2% dos entrevistados se autodeclara
da cor branca, porcentagem que cai para cerca de 54% no Nordeste e no Norte. Pouco mais de
um terço deles (35,4%) vem de famílias com renda mensal entre três e dez salários-mínimos.
As famílias de outros 29% têm renda mensal de 11 a 20 salários-mínimos. Entre os egressos
formados em escolas do Norte do País, 14,8% são de famílias que ganham até três salários-
mínimos mensais. Além disso, dos médicos do Norte, 32,1% desejam atuar pelo PSF, contra
17,5% do Sudeste. A escolha pelas Unidades Básicas de Saúde foi apontada por 47% no Norte.

Pensando nos residentes, a distribuição também ocorre de forma desigual no território


nacional. E o Norte tem o menor grupo de residentes – 1.449, ou 4,1% – a maioria deles em
programas de dois anos de duração (R1 e R2). Somados, Sudeste e Sul reúnem praticamente
três quartos de todas as vagas de residência médica do País.

Analisando a distribuição de médicos especialistas e generalistas entre as grandes regiões e


pelas unidades da federação. No Norte, a relação é de 1,06, praticamente um especialista para
cada generalista.
Sobre as especialidades, o Norte representa 2,4% dos médicos formados especialistas em
acupuntura do país, 3,1% alergia e imunologia, 3,8% anestesiologia, 14,9% angiologia, 2,8%
cardiologia, 2,5% cirurgia cardiovascular, 3,0% cirurgia da mão, 3,8% cirurgia cabeça e pescoço,
3,8% cirurgia do aparelho digestivo, 4,1% cirurgia geral, 6,1% cirurgia oncológica, 3,9% cirurgia
pediátrica, 3,0% cirurgia plástica, 3,65 cirurgia torácica, 3,2% cirurgia vascular, 3,4% clínica
médica, 2,3 % coloproctologia, 3,6% dermatologia, 2,6% endocrinologia e metabologia, 4,1%
endoscopia, 3% gastroenterologia, 1,3% genética médica, 2,0% geriatra, 4,4% ginecologia e
obstetrícia, 3% hematologia e hemoterapia, 1,0% homeopatia, 6,3% infectologia, 4,1%
mastologia, 4,6*% medicina da família e comunidade, 4,1% medicina do trabalho, 4,7%
medicina do tráfego, 2,4% medicina esportiva, 2,3% medicina física e reabilitação, 3,2%
medicina intensiva, 8,0% medicina legal e perícia médica, 3,1% medicina nuclear, 2,5%
medicina preventiva e social, 4,3% nefrologia, 5,3% neurocirurgia, 3% neurologia, 2,8%
nutrologia, 3,8% oftalmologia, 4,2% oncologia clínica, 4,0% traumatologia e ortopedia, 3,2%
otorrinolaringologia, 3,1% patologia, 3,7% patologia clínica/laboratorial, 4% pediatria, 3%
pneumologia, 2,1% psiquiatria, 3,4% radiologia e diagnóstico por imagem, 4,4% radioterapia,
4,0% reumatologia e 4,3% reumatologia.

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