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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA - PFE

Luciana Cavalcante de Freitas


Maria Izabel da Silva Giaretta Miranda

MERENDA ESCOLAR: O PAPEL DA MERENDEIRA CRIATIVA NA


EDUCAÇÃO ALIMENTAR

TUTORA: THAIS REGINA MIRANDA MARTINS

DRACENA
2019
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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA - PFE

Luciana Cavalcante de Freitas


Maria Izabel da Silva Giaretta Miranda

MERENDA ESCOLAR: O PAPEL DA MERENDEIRA CRIATIVA NA


EDUCAÇÃO ALIMENTAR

Trabalho final de conclusão do Curso Competências


Básicas, no âmbito do Programa Formação pela Escola.

TUTORA: THAIS REGINA MIRANDA MARTINS

DRACENA
2019
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Sumário
RESUMO ..................................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5

DIRETRIZES DO PNAE .................................................................................................................. 5

OBJETIVO PRINCIPAL .............................................................................................................. 6

OBJETIVOS SECUNDÁRIOS ...................................................................................................... 6

META DO PROGRAMA ............................................................................................................ 6

PRESSUPOSTOS BÁSICOS ........................................................................................................ 6

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E A PROFISSÃO DE MERENDEIRA ....................................................... 7

CAPACITAÇÃO......................................................................................................................... 8

CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS: ........................................................................................................................... 10
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RESUMO
O PNAE estabelece que a nutrição das crianças e adolescentes durante o período em que estiver
na escola deve ser tratada como uma disciplina transversal onde o incentivo à descoberta de
novos alimentos e sabores possa proporcionar nas crianças condições ideais de crescimento e
desenvolvimento escolar e cognitivo. Parte significante deste processo se encontra nas mãos
das merendeiras, que devem conseguir alimentar todas as crianças com criatividade e equilíbrio
nutricional. Neste artigo, alencamos algumas competências que essas merendeiras têm
demonstrado e também as ações do governo nesta questão.

Palavras chave: merenda escolar; merendeiras; agricultura familiar; nutrição e cardápio.


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INTRODUÇÃO
A alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido
internacionalmente pela Declaração dos Direitos Humanos de 1948, no seu artigo 25 e também
um dever de todas as esferas governamentais: federal, estadual e municipal.
No âmbito federal temos no Brasil o PNAE – Programa Nacional de Alimentação
Escolar, que se destina a suplementar os recursos necessários a proporcionar a todos os
estudantes da Educação Básica – desde a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Médio,
incluindo a Educação de Jovens e Adultos uma alimentação complementar de ao menos 150
calorias. O governo federal repassa a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros
de caráter suplementar, efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a
cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.

DIRETRIZES DO PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar estabelece diretrizes: Alimentação e
Nutrição; Educação Alimentar e Nutricional; Controle Social do Programa; Agricultura
Familiar.
A primeira diretriz estabelece que alimentação dever ser saudável e adequada,
respeitando os hábitos alimentares, culturas e tradições locais, usando para isso alimentos
seguros e variados.
A segunda diretriz foca na educação alimentar e nutricional, que deve ser
obrigatoriamente introduzida no currículo escolar com temas como alimentação e nutrição e o
desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, com o objetivo que os alunos possam aprender
a fazer as escolhas certas de alimentos e desenvolvam hábitos positivos quanto a sua
alimentação. Este aprendizado inclui as pessoas diretamente envolvidas na execução dos
cardápios, como as merendeiras e nutricionistas.
Outra diretriz estabelece que os controles sobre esse programa devem abranger a
sociedade local, através dos Conselhos de Alimentação Escolar, compostos por pessoas
diretamente envolvidas na alimentação escolar, como o corpo discente, o corpo docente além
de um representante do poder público.
Pela diretriz sustentabilidade o programa prevê que 30% dos alimentos sejam adquiridos
da comunidade local, preferencialmente através da agricultura familiar. Isso possibilita o
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fomento ao agricultor familiar para a produção agrícola, visto que este já pode antecipadamente
contar com um mercado estabelecido e garantido aos seus produtos.
Por fim a diretriz que estabelece a garantia de segurança alimentar e nutricional impondo
para isso o acesso igualitário e universal aos alimentos, respeitando as diferenças, não somente
do ponto de vista biológico, mas da saúde individual e coletiva e da vulnerabilidade social.

OBJETIVO PRINCIPAL
Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos beneficiários, através da
oferta de no mínimo uma refeição diária, visando atender os requisitos nutricionais referentes
ao período em que este se encontra na escola.

OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
• Melhorar as condições fisiológicas do aluno, de forma a contribuir para a melhoria do
desempenho escolar;
• Promover a educação nutricional no âmbito da escola, de forma a reforçar a aquisição
de bons hábitos alimentares;
• Reduzir a evasão e a repetência escolar.

META DO PROGRAMA
Garantir uma refeição diária com aproximadamente 350 quilocalorias (Kcal) e 9 gramas
de proteínas. Desta forma, a alimentação escolar deve possibilitar a cobertura de no mínimo
15% das necessidades diárias do aluno.

PRESSUPOSTOS BÁSICOS
O aluno bem alimentado:
• Apresenta melhor rendimento escolar;
• Apresenta maior equilíbrio para o seu desenvolvimento físico e psíquico;
• Apresenta menor índice de absenteísmo;
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• Melhora as defesas orgânicas necessárias a boa saúde.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar contribui para o crescimento, a


aprendizagem e a formação de boas práticas alimentares dos alunos, favorecendo a permanência
na escola e a melhoria do desempenho escolar. É responsável pela alimentação diária de
milhões de alunos matriculados no sistema público de educação.

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E A PROFISSÃO DE MERENDEIRA


Uma boa alimentação, além dos aspectos nutricionais obrigatórios, também deve incluir
o aprendizado alimentar nos alunos. O ponto sensível deste compromisso está na relevância do
modo como as merendeiras e nutricionistas estabelecem um cardápio criativo e delicioso.
As combinações de alimentos regionais, temperos e formas de preparo podem atrair o
paladar e o olfato do alunado, proporcionando uma viagem gastronômica que não
necessariamente precisa ser onerosa.
Neste sentido a atuação direta das merendeiras pressupõe que as mesmas precisam ser
altamente criativas na preparação dos alimentos, atraindo para o refeitório das escolas todos os
alunos. Estudar bem tem tudo a ver com comer bem. A disposição delas estão os alimentos
saudáveis e frescos provindos dos agricultores familiares da própria cidade.
Percebe-se, portanto, que somados aos esforços do PNAE em disponibilizar alimentos
saudáveis às escolas, o que conta muito são os talentos individuais das merendeiras em cada
local do país. São elas que estão na vanguarda da alimentação saudável, da eliminação de
contaminações e principalmente do cardápio criativo.
As merendeiras precisam ser periodicamente capacitadas nas boas práticas de produção,
conservação e estocagem dos alimentos, visando o impedimento de contaminação dos
alimentos que serão servidos aos alunos. Os cuidados transcendem o modus operandi direto na
produção e se estende ao pós-produção, onde as merendeiras dão a correta destinação ao lixo
gerado no processo.
Cardápios divertidos, coloridos e com apresentação lúdica chamam a atenção das
crianças e elas vão aprendendo a comer qualquer tipo de alimento, incluindo os menos aceitos
por elas, como legumes e verduras.
Os produtos disponibilizados para as merendeiras são os básicos e frescos, provindos
principalmente da agricultura familiar regional. Portanto, é aí que entra a dedicação e
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competência da merendeira, que irá formular pratos criativos e saborosos com esses produtos
disponíveis a cada dia.
Uma merendeira criativa dá uma verdadeira aula de como fazer as crianças comerem
melhor. Os pratos preparados precisam misturar comida e arte. Mesmo que leve o dobro de
tempo para preparar a merenda com esse método, todos os pratos precisam ser iguais, de manhã
e à tarde. Todas as crianças precisam ser tratadas iguais na escola. O mais importante é se
“inventar” uma novidade toda semana.
A merenda escolar deve agradar os estudantes com pratos nutritivos e saborosos, o que
se impõe como um grande desafio para as merendeiras. Combinação de dois sabores, macarrão
ao molho, lasanha de frango são alguns exemplos de combinações que devem ser incluídas no
cardápio oferecido nas escolas. Além de ter de ser bastante saudável, o prato deve alimentar e
provocar a gula nos olhinhos dos pequenos.
Um prato básico de arroz, feijão, carne moída e legumes pode se transformar em um
palhaço: o rosto é feito de arroz, o babado da roupa, de feijão, o chapéu, de carne moída, a
gravata, de beterraba, o nariz, de cenoura, os olhos, de tomate, e o cabelo, de alface.

CAPACITAÇÃO
O Ministério da Educação, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), realizou um concurso celebra os 60 anos do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE).
O FNDE fez convênios com as universidades federais da Bahia (UFBA), do Paraná
(UFPR), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de São Paulo (Unifesp) e de Brasília (UnB) para
constituição dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição Escolar. O objetivo dos
centros é realizar pesquisas e desenvolver projetos sobre a alimentação e a nutrição dos
estudantes das redes públicas de ensino. Ajudarão também no desenvolvimento de ações de
apoio, melhoria da qualidade de gestão e do controle social do programa, na criação de
metodologia didático-pedagógica e na realização de cursos de capacitação de profissionais de
saúde e de educação, merendeiras, conselheiros de alimentação escolar e profissionais da área.
As atividades dos centros colaboradores incluem estágios extracurriculares e desenvolvimento
de projetos de extensão e de iniciação científica vinculadas ao PNAE.
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Os convênios do FNDE com as universidades preveem ações diferenciadas em cada


estado. A Universidade Federal do Paraná vai elaborar e desenvolver metodologia de pesquisa
qualitativa para determinar o perfil nutricional e de consumo alimentar dos estudantes e realizar
capacitações em assentamentos rurais no Paraná; a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
vai pesquisar o perfil nutricional dos alunos da educação infantil na região Sul, o perfil
nutricional dos índios caingangue matriculados nas escolas da região, capacitar nutricionistas,
merendeiras e conselheiros de alimentação escolar e dar apoio às ações de cooperação
internacional desenvolvidas pelo FNDE.
Já a Universidade de Brasília fará pesquisa sobre os sistemas de controle social do
programa, o desenvolvimento e a validação de metodologia de pesquisa de capacitação dos
conselheiros, além de apoiar o FNDE no planejamento do Congresso Latino-Americano de
Alimentação Escolar da Rede Latino-Americana de Alimentação Escolar, previsto para outubro
deste ano, no Brasil. O campus de Santos da Universidade Federal de São Paulo vai criar um
sistema nacional de monitoramento da execução do PNAE, desenvolver metodologia de
educação permanente dos gestores e agentes da merenda escolar nos estados e municípios, e
pesquisar o perfil nutricional dos alunos de educação infantil na região Sudeste.

CONCLUSÃO
A alimentação escolar deve ter caráter educativo e nutritivo, e a merendeira nesse ponto
se interpõe como o agente proativo e criativo na construção da formação alimentar nas crianças.
A criatividade e a dedicação destas profissionais auxiliam as crianças na alimentação saudável
e diversificada.
É muito importante que as merendeiras também façam o papel de educadoras,
explicando para os alunos a importância de uma boa alimentação, mas para isso as elas precisam
ser criativas, bem treinadas e receber das nutricionistas todas as informações necessárias para
realizar um bom trabalho.
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REFERÊNCIAS:

Cartilha Nacional da Alimentação Escolar – Ministério da Educação, 2014 – Disponível online


em
<https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=2ahUKEwi
16J2p_KvlAhUzGLkGHV4NDWIQFjACegQICxAG&url=https%3A%2F%2Fwww.educaca
o.sp.gov.br%2Fa2sitebox%2Farquivos%2Fdocumentos%2F960.pdf&usg=AOvVaw1FPm_5S
19EzsOhcmW72P_H

Brasil. Tribunal de Contas da União. Cartilha para conselheiros do Programa Nacional de


Alimentação Escolar (PNAE)/ Tribunal de Contas da União, Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, Conselho de Alimentação Escolar; Apresentação Raimundo
Carreiro, Sílvio de Sousa Pinheiro. -- 6. ed. -- Brasília: TCU, 2017.

Resolução/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013. Disponível <


https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/publicacoes/category/197-
resolucao-pdf?download=8436:versao-pdf>. Acesso em 20/10/2019 Às 20h42min.

PNAE - Receitas de merendeiras são finalistas em segundo concurso de nível nacional.


Disponível em <http://www.fnde.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/area-de-
imprensa/noticias/item/11219-receitas-de-merendeiras-s%C3%A3o-finalistas-em-segundo-
concurso-de-n%C3%ADvel-nacional>. Acesso em 20/10/2019 às 21h22min.

Merendeira prepara pratos criativos para crianças comerem melhor. Disponível em


<http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2016/08/merendeira-conquista-
criancas-com-criatividade-e-alimentos-saudaveis.html> Acesso em 23/10/2019 às 13h26min.

Alimentação escolar: Merendeira mistura paladares e cores para recriar pratos locais.
Disponível em <http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/211-218175739/33841-merendeira-
mistura-paladares-e-cores-para-recriar-pratos-locais>. Acesso em 23/10/2019 às 13h27min.

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