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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

PROF. CLOVIS FEITOSA

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

1) CONCEITOS:
A Administração Pública realiza diversos tipos de contratos. Esses contratos,
na concepção de Diógenes Gasparini, recebem a denominação ampla de contratos da
administração. São espécies desses contratos:

a) Contratos de direito privado: regidos predominantemente pelo direito


privado, aplicando parcialmente o direito público. Nesse tipo de pacto, a
Administração age quase em igualdade com o particular, quase em um plano de
horizontalidade, já que, ainda nesses contratos, o Estado não perde a prerrogativa de
tutor do interesse público. Exemplo: seguro, de financiamento, de locação (art.62,
§3ºI);

b) Contratos administrativos: regidos predominantemente pelo direito


público., aplicando-lhe de forma supletiva os princípios da teoria geral dos contratos
e as disposições de direito privado. (art.54, caput)1;

Observe o esquema:

CONTRATOS DA
ADMINISTRAÇÃO

CONTRATOS CONTRATOS
PRIVADOS ADMINISTRATIVOS

1
“Art. 54: Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito
privado”.

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Contrato administrativo é o ajuste celebrado pela Administração, mediante
cláusulas previamente estabelecidas por ela, visando à persecução de um interesse
coletivo, sendo regido predominantemente pelo direito público.

2) CARACTERÍSTICAS:

O Contrato administrativo possui pontos que o caracterizam e, por isso,


bastante cobrado em provas de concurso. Cabe a doutrina destacar quais são essas
características, podendo assim variar, de autor para autor2. Antes de estudá-las,
observe-as:

- NATUREZA DE CONTRATO DE ADESÃO;


- OBEDIÊNCIA À FORMA PRESCRITA EM LEI;
- NATUREZA INTUITU PERSONAE;
- PRESENÇA DE CLÁUSULAS EXORBITANTES;

a) NATUREZA DE CONTRATO DE ADESÃO:


A idéia do pacto nos qual as cláusulas são construídas por ambos contratantes
faz parte dos contratos regidos pelo direito civil. Já nos contratos administrativos, a
rigor, não há espaço para essas negociações. E por qual motivo? Porque o contratado
apenas adere às cláusulas previamente elaboradas pela Administração pública.

Isso vale tanto se o contrato for precedido de licitação ou não. Observe:


 Contrato com prévia licitação: No edital da licitação, constará como anexo a
minuta do futuro contrato a ser realizado pelas partes. Assim, o futuro contratado já
sabe antecipadamente qual o conteúdo do contrato no qual deverá aderir. Mas
observe: como se disse há pouco, o contratado apenas aderirá ao contrato, não
participando, a rigor, de sua elaboração.
Contrato sem prévia licitação: mesmo nessa situação é a Administração que
estabelece as cláusulas contratuais, pois está adstrita ao principio da legalidade.

b) OBEDIÊNCIA À FORMA PRESCRITA EM LEI E OUTRAS


SOLENIDADES:
Como regra, os contratos administrativos obedecem a forma escrita e devem
obedecer as formalidades/solenidades previstas na Lei.
2
Maria Sylvia, além das mencionadas, acrescenta as seguintes: presença da Administração Pública como Poder
Público; Finalidade pública; Mutabilidade.

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O negócio pode ser formalizado por vários meios tais como o “termo de
contrato”, “carta-contrato”, “nota de empenho de despesa”, “autorização de compra”
ou “ordem de execução de serviço”.

Em regra, o instrumento do contrato é o termo. Com efeito, a Lei diz quais os


casos em que ele deve ser utilizado obrigatoriamente e em quais a sua utilização é
facultativa (art. 62). Acompanhe:
- Obrigatoriamente: quando o valor do contrato corresponder aos valores fixados
pela lei para as modalidades “Concorrência” e “Tomada de preço”, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas
duas modalidades de licitação. Exemplo: serviço de manutenção de elevadores
contratado pela Tomada de preços deve ser formalizada obrigatoriamente através do
termo de contrato.

- Facultativamente: É dispensável o “termo de contrato”, a critério da administração


e independentemente de seu valor, nos casos de compra (e não serviços, alienações
ou obras) com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não
resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica (art. 62§4°). Exemplo:
compra de cartuchos para impressão, avaliados em R$ 30.000, serão formalizados por
escrito, podendo ser adotado outros instrumentos que não o termo de contrato, tal
como uma nota de empenho, ordem de execução de serviços, autorização de compras
e etc.

A Lei diz que é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a


Administração. Entretanto, a própria Lei permite a possibilidade do contrato verbal,
excepcionando, então, a regra do contrato escrito. Sim, nos contratos administrativos
é possível o contrato não escrito, o chamado contrato verbal (art. 60, parágrafo
único). E quando? Observe:
 nas pequenas compras (e não serviços, alienações ou obras)

 de pronto pagamento (valores não superiores a 5% do valor do convite, ou


seja, R$4.000,000).

Pequenas compras de pronto pagamento caracteriza o chamado regime de


adiantamento. Veja que existe a possibilidade da formalização verbal, nada
impedindo, é claro, se achar mais conveniente e oportuno, que o Administrador o
faça por escrito.

c) NATUREZA INTUITU PERSONAE:

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Os contratos administrativos precedidos de licitação são firmados em razão das
condições pessoais do contratado que inclusive foram averiguados no próprio
certame.

Daí, por serem os contratos administrativos pessoais (intuito personae), como


regra, não é possível a subcontratação. Entretanto, a Lei prevê a subcontratação
parcial, desde que:

1) esteja tal possibilidade prevista no edital e no contrato (art. 78, VI);

2) autorização pela administração em cada caso, estabelecendo os limites da


subcontratação, sem prejuízo da responsabilidade legal e contratual do
particular contratado (art. 72).
Por outro lado, observe que o artigo 13§3°3 estabelece uma vedação absoluta a
subcontratação: no caso de prestação de serviços técnicos especializados.

d) A PRESENÇA DAS CLÁUSULAS EXORBITANTES:


Característica marcante no contrato administrativo é a presença das chamadas
cláusulas exorbitantes ou cláusulas de privilégio. Antes de defini-las, observe o
seguinte: nos contratos regidos pelo direito privado existe o pressuposto de que as
partes estão num mesmo patamar, possuindo uma igualdade jurídica, não havendo
assim prerrogativas pra nenhuma das partes. Já nos contratos administrativos, uma
das partes é o Poder Público, que deve ter ao seu dispor poderes (prerrogativas) para
que possa realizar o interesse público.
Nos contratos administrativos essas prerrogativas são traduzidas nas cláusulas
exorbitantes. São elas que asseguram a posição de supremacia da Administração
frente ao particular. São assim denominadas porque estão fora da órbita (ex orbita)
dos contratos regidos pelo direito civil, ou seja, se existissem lá seriam ilícitas já que
encerram prerrogativas de uma das partes em relação à outra.

Cláusulas exorbitantes são normas contratuais que conferem vantagens para


a Administração, colocando-a em uma posição de superioridade em relação ao
particular que com ela contratar. Essa regra está disposta basicamente no art. 58 da
Lei n. 8.666/93.

Pela importância do tema, repare o mencionado art. 58, que diz:

3
Art. 13§3o: A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação
de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de
justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os
referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.

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“ O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere
à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de


interesse público, respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79


desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,


imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos


administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do


contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual”.

Além do art. 58, existem outras cláusulas exorbitantes previstas ao longo da Lei,
que são captadas diferentemente de doutrinador para doutrinador. Assim, além das
“cláusulas clássicas” (art. 58) abordaremos também outras.

Observação:

As cláusulas exorbitantes são aplicadas também nos contratos de direito


privado celebrados pelo Estado? Sim, diz a Lei no art. 62, §3°: Aplica-se o disposto
nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber: I - aos
contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja
locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado. Note essa expressão “no que couber”. A doutrina diverge quais
seriam essas cláusulas. Em que pese essa discussão, Maria Sylvia entende que nesses
contratos as cláusulas exorbitantes tem que ser expressamente previstas.

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 Exigência de garantia (art.564):
Desde que autorizada no instrumento convocatório da licitação, a
administração pode exigir a prestação de garantia nas contratações de obras, serviços
e compras. São modalidades de garantia:

 caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;


 seguro-garantia;
 fiança bancária.

É o contratado que escolherá a modalidade.

Segundo o art. 65, II, a garantia já prestada poderá ser substituída, desde que
seja por acordo entre as partes e quando essa medida for conveniente.

Como regra, a garantia não poderá exceder a 5% do valor do contrato.


Entretanto, há duas exceções nas quais esse limite será ultrapassado. Observe:
Nas obras, serviços e fornecimentos de grande vulto5 envolvendo alta
complexidade: esse valor pode chegar a 10% (§3º do art.56)

 Nos contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos


quais o contratado ficará depositário: ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor
desses bens (§ 5º do art.56).

Observação:

Essas garantias já podem ser exigidas na licitação?


Depende. Se estivermos falando das modalidades disciplinadas na Lei 8.666/93, é
possível sim (art.31, III c/c §2º), sendo que para o licitante esse valor não pode
ultrapassar 1% do valor estimado para o objeto da contratação. Entretanto, isso é
vedado no pregão ( Lei 10.520/02, art. 5°, I). Sintetizando:

- Valor da Garantia para o licitante, exceto no pregão: não pode ultrapassar 1%


do valor orçado;

- Valor da Garantia para o contratado: como regra, não pode ultrapassar 5% do


valor do objeto.

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Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá
ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
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Art. 6°V: Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e
cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei, ou seja, valores acima de R$ 37.
500.000 (Trinta e sete milhões de quinhentos mil reais);

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 Alteração Unilateral:
Num contrato administrativo, existem basicamente dois tipos de cláusulas:

1) Cláusulas regulamentares ou de serviço (dispõe, em síntese, sobre o objeto do


contrato e sua execução);

2) Cláusulas econômico-financeiras e monetárias (dispõe, em síntese, a relação


entre a remuneração e os encargos do contratado).
Conforme disposto no art. 65 da Lei n. 8.666/93, a alteração do contrato
administrativo poderá ser unilateral ou bilateral, mas sempre acompanhada de
justificação, em respeito ao princípio da motivação.

O que nos interessa nesse item é a alteração unilateral por parte da


Administração, seja ela qualitativa ou quantitativa. Essa possibilidade vem prevista
no art. 65, inc. I, da Lei n. 8.666/93 combinado com o art. 58 e ocorrerá:
 Quando houver modificação do projeto para melhor adequação técnica aos
seus objetivos;

 Quando houver a modificação do valor contratual, em decorrência de


acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites previstos
nos parágrafos do mesmo dispositivo.

Havendo a alteração unilateral do contrato, poderá haver aumentos


significativos dos encargos para o contratado e ele não deverá suportar tais prejuízos.
Assim, se a administração tem o direito da alteração unilateral do contrato,
modificando as cláusulas de serviço ou regulamentares, o contratado tem o direito
de ver mantido a equação financeira do contrato ou o equilíbrio financeiro do
pacto. Em outros termos: o contratado tem o direito de ver mantido a proporção
inicialmente fixada entre os encargos contratuais e a sua remuneração.
Com a alteração unilateral das clausulas de serviço, o contratado é obrigado
a aceitar os acréscimos e supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras
até o valor de 25% e se for reforma de edifício ou de equipamento até o limite de
50% para os seus acréscimos. Esquematizando:

OBJETO ALTERAÇÃO (de PERCENTUAL


forma unilateral)

Compras, Obras e Serviços - Acréscimo ATÉ 25%


- Supressão

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Reforma de edifício ou equipamento - Só Acréscimo ATÉ 50%

Assim, no exemplo de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, se o contrato


determinava que uma empresa deveria pavimentar 200 KM de uma rodovia,
recebendo, para tanto, R$ 300.000, a Administração poderá determinar que sejam
pavimentados, nas mesmas condições, até 250 KM, passando o valor do contrato a
ser de R$ 375.000 (trezentos e setenta e cinco mil reais).

Observação:
Até aqui estamos falando de mudança unilateral perpetrada pelo Poder Público.
Mas ATENÇÃO: caso haja COMUM ACORDO ENTRE AS PARTES, é possível
haver supressão (e somente supressão) em percentuais que ultrapassem os limites
referidos acima.

 Fiscalização:
Possui a Administração Pública o poder-dever de fiscalizar e acompanhar a
execução do contrato, devendo designar um representante. Para tanto, é permitida,
inclusive, a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição. (artigo 67).

Caberá a este fiscal tomar nota de todas as ocorrências relacionadas com a


execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização da falta ou
defeitos constatados ou, se as decisões ultrapassarem sua competência, solicitá-las a
seus superiores.

Repare que não é o fato de ter um representante da administração


acompanhando a execução do contrato que exime o contratado de eventual
responsabilização. Aliás, é exatamente isso o que dispõe o art. 706.
Se a Administração Pública deve designar representante, o contratado deverá
manter um preposto, no local da obra ou serviço (art.68).

Aplicação de sanções:

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“Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de
sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
acompanhamento pelo órgão interessado”. Como se percebe, a responsabilidade da contratada pela execução do
contrato é subjetiva (exige dolo ou culpa). Mas atenção: Na hipótese de ser o dano causado pelo só fato da obra, há
responsabilidade civil objetiva da Administração, na modalidade risco administrativo, independentemente de quem
esteja executando a obra.

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Pela inexecução total ou parcial do ajuste, a administração pode, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado inadimplente as seguintes sanções
administrativas (art.87):

 Advertência;
 Multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
 Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a Administração Pública, por prazo não superior a dois anos
 Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração
Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que
seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a
Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo de sanção
aplicada com base no inciso anterior.

A multa é a única penalidade que pode ser aplicada conjuntamente com as


demais. Assim, em tese, é possível o contratado sofrer uma advertência e multa ou
suspensão e multa. É o que estabelece o §2º do art.87.

A Administração Pública, para cobrança da multa aplicada, poderá reter a


garantia exigida do contratado. Se o valor da multa ultrapassar o valor da garantia, a
diferença será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela
Administração. Nesses casos, a Administração age com auto-executoriedade, não
dependendo de autorização judicial. Todavia, na hipótese dos valores não serem
suficientes para o resgate da multa, deve a Administração promover a cobrança
judicial.

A suspensão tem um prazo máximo de 2 anos. E a declaração de inidoneidade?


Qual o prazo? Não há um prazo máximo determinado, havendo apenas a indicação de
prazo mínimo que é de dois anos. Assim, após decorridos dois anos e o interessado
ressarcir os prejuízos causados à Administração, estará reabilitado, podendo a
participar das aquisições públicas.

Ainda em relação a sanção de declaração de inidoneidade, diz a Lei que ela é


competência exclusiva dos Ministros e Secretários de Estado ou Município (art.87,
§3º). Aliás, se essa empresa insistir participar de licitação ou realizar contratos poderá
ser enquadrada no crime previsto no parágrafo único do art. 97 da Lei nº 8.666/93.

Antes da aplicação de quaisquer dessas penalidades, é preciso garantir


contraditório e ampla defesa (art. 87, caput, da Lei 8.666/93 e art. 5°, LV, CF). Caso
elas sejam aplicadas, cabe RECURSO (se for advertência, multa ou suspensão – art.

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109, I, f e §4°) ou PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO ( se for a declaração de
inidoneidade).

Observação:

Segundo o STJ (MS 14.002/DF), a declaração de inidoneidade só produz efeitos ex


nunc, não atingindo os contratos em curso.

 Rescisão Unilateral:
Se o contratado descumpre total ou parcialmente o contrato, a Administração
pública pode rescindi-lo unilateralmente. Tais hipóteses estão previstas no art. 78
incisos I a XII e XVII da Lei 8.666/93.

 Retomada do Objeto:

Além das medidas executórias já analisadas, o art. 80 da Lei 8.666/93 prevê,


ainda, como cláusula exorbitante, determinadas prerrogativas que têm por objetivo
assegurar a continuidade da execução do contrato, sempre que a sua paralisação possa
ocasionar prejuízo ao interesse público e, principalmente, ao andamento de serviço
público essencial. Conforme ensina Maria Sylvia, trata-se, neste último caso, de
aplicação do princípio da continuidade do serviço público.

Essas medidas, que apenas são possíveis nos casos de rescisão unilateral, são as
seguintes: Assunção imediata do objeto do contrato; Ocupação e utilização do
local, equipamentos, instalações e pessoal da ex-contratada; Execução da
garantia contratual; Retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite
dos prejuízos causados.

3) DURAÇÃO DO CONTRATO:
Antes de tudo, é imperioso destacar que é vedado o contrato com prazo de
vigência indeterminado.
Sendo assim, então qual a duração do contrato administrativo? O art. 57 da Lei
n. 8.666/93 responde: “a duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários”. Em outros termos, se pode
concluir, segundo Celso Spitzcovsky, a duração dos contratos não poderá

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ultrapassar o prazo de um ano, exatamente aquele de duração dos créditos
integrantes do orçamento.
Assim, a regra é que a duração dos contratos administrativos deve coincidir
com a duração do orçamento(ano civil: 1° de janeiro a 31 de Dezembro). Mas
existem exceções. Acompanhe:
 A primeira exceção diz respeito aos projetos cujos produtos estejam
contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais
poderão ser prorrogados se houver interesse da administração e desde que
isso tenha sido previsto no ato convocatório: nesse caso, segundo a doutrina
majoritária, os contratos poderão ser prorrogados até o máximo de 4
(quatro) anos.

 A segunda exceção refere-se à prestação de serviços a serem executados de


forma contínua (Ex.: vigilância, limpeza): nesses contratos, é possível que a
duração do contrato seja prorrogada por iguais e sucessivos períodos com
vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
administração, limitada a duração a 60 meses. Tal prazo pode ser
prorrogado, ainda, por mais 12 meses em caso de necessidade e mediante
autorização, totalizando, então, 72 meses.

 Por último, para aluguel de equipamento de informática, em que o prazo


pode estender-se em até 48 meses.

Observação:
A Lei 12.349/2010 acrescentou mais uma exceção a esse assunto. Eis o novo
dispositivo:
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 7, cujos
contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso haja interesse da
administração.
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Art. 24. IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos
casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional; XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres,
mediante parecer de comissão instituída por decreto; XXVIII – para o fornecimento de bens e
serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela
autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007); XXIX – na aquisição de
bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto
ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.
(Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).

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Segundo a exposição de motivos da referida Medida provisória, essas hipóteses são
atinentes à dispensa de licitação em contratos que versem sobre segurança nacional
e temas de interesse tecnológico. As referidas contratações muitas vezes exigem
investimentos significativos do agente privado, fornecedor do Estado. Não raro é do
interesse público, mediante a compra de grandes volumes, viabilizar a infra-estrutura
de produção privada de caráter estratégico. Assim, a possibilidade de vigência, pelo
período proposto, garante a viabilidade das ações e reúne condições para assegurar
maior efetividade aos recursos públicos alocados em contratos dessa natureza.

4) MUTABILIDADE:
Já sabemos que os contratos podem sofrer mudanças ou alterações durante a
sua vigência, seja de modo unilateral (hipótese exclusiva da Administração) seja de
modo bilateral (por acordo entre as partes). Estudaremos nesse tópico essa última
hipótese.

Conforme a Lei (art.65, II), é possível modificar bilateralmente o contrato nas


seguintes hipóteses:

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço,


bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de


circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a
antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os


encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem
fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis,
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de

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força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando área econômica
extraordinária e extracontratual

Esquematizando:

CASO FORÇA MAIOR FATOS PRODUZIDOS PELO


FORTUITO PODER PÚBLICO

Fato do Príncipe: Fato da


Administração:
-Evento da -Evento Humano
natureza.
- Exemplos:
-Exemplos:
- Greve - Ato emitido pela - Ato emitido pela
- Enchente
Administração de Administração que
- Inundação - Bloqueio de modo geral incide diretamente
rodovias sobre o contrato
- Estiagem - Exemplo:
-Exemplo: Não
Elevação de uma
entrega do terreno
alíquota de um
para construção de
tributo
posto de saúde

Observações:
1) Alguns doutrinadores como Hely Lopes e Di Pietro ainda menciona uma outra
situação que pode ensejar a revisão do contrato. São as chamadas
“INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS”. Exemplo: administração contrata uma
empreiteira para realização de um túnel. Durante a execução, encontram-se lençol
freático ou canalização e dutos não revelados no projeto em execução.

2) Segundo o STJ, inflação não constitui fato imprevisível a justificar a Teoria da


Imprevisão ( Resp 744.446-DF)

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5) ENCARGOS:
Conforme dispõe o art. 71 da Lei, “o contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
contrato”. A Administração Pública não é solidariamente responsável por esses
encargos, SALVO no que concerne aos encargos previdenciários, conforme
dispõe o § 2.º do art. 71.
Com efeito, diz a Lei, que apenas nos caso de encargos previdenciários, a
Administração responderá solidariamente, ou seja, a dívida pode ser cobrada tanto da
contratada quanto da administração8.

6) EXTINÇÃO:
Extinção do contrato é a cessação do vínculo entre a Administração e o
contratado. Poderá ocorrer:

EXTINÇÃO DO CONTRATO

RESCISÃO

EM RAZÃO DE UM FATO ANULAÇÃO

UNILATERAL OU ADMINISTRATIVA AMIGÁVEL JUDICIAL

6.1) Em razão de um fato:


O contrato administrativo é extinto em razão de um fato. Segundo Diógenes
Gasparini, são fatos que extinguem o contrato administrativo: cumprimento do
objeto; exaurimento do prazo; desaparecimento do contratante particular;
desaparecimento do objeto.
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Duas observações: 1) caso a Administração perceba que a contratada está inadimplente frente aos encargos
previdenciários, é dever romper o contrato, com base no art. 55, XIII, com todas as consequências adiante estudadas.

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6.2) Anulação (art.59)
Em decorrência do princípio da autotutela, pode a Administração invalidar os
contratos administrativos quando eivados de ilegalidade. Entretanto, a nulidade não
exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
executado até a data em que ela for declarada e por outros motivos regularmente
comprovados, contanto que não lhe seja imputável tais fatos, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa.

6.3) Rescisão (art.79)


Pode ser de três tipos:

a) Unilateral ou administrativa:
Efetuado por ato próprio e unilateral da Administração;
Motivos: inadimplência da contratada ou o interesse público. Nas duas
situações são garantidos o contraditório e a ampla defesa, exigindo-se, previamente, a
motivação quanto às situações ensejadoras da rescisão;
A partir do motivo que gerou a rescisão, poderemos ter consequências
distintas.

Segundo a Lei (art. 80), a rescisão unilateral acarretará, além das sanções
previstas em Lei: Assunção imediata do objeto do contrato; Ocupação e
utilização do local, equipamentos, instalações e pessoal da ex-contratada;
Execução da garantia contratual; Retenção dos créditos decorrentes do contrato
até o limite dos prejuízos causados.
Além disso, segundo a doutrina, se a rescisão unilateral for com base nos
incisos XII a XVII, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos
prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo direito ainda:
Devolução da garantia; Pagamento devido pela execução até a data da rescisão;
Pagamento do custo da desmobilização.

b) Consensual ou amigável:

Levada a efeito por acordo entre as partes, desde que haja conveniência para a
Administração (art. 79 ,II da Lei n. 8.666/93). Parte da doutrina chama essa forma de
rescisão de distrato ou resilição.

c) Judicial:

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Na maioria das vezes, essa hipótese ocorre por iniciativa do particular (art. 79,
inc.III). Todavia, pode a Administração valer-se dessa rescisão, embora não seja
comum, pois ela dispõe da prerrogativa da rescisão unilateral.

Com efeito, é o particular vai buscar o rompimento contratual e a única via


permitida é através do Poder Judiciário. E isso ocorrerá porque a Administração
descumpriu as obrigações contratuais ou legais.
Odete Medauar associa essa hipótese de rescisão ao que está previsto no art.
78, incs. XIII a XVI, a saber:

XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras,


acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o
do art. 65 desta Lei;

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por


prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que
totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de
optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja
normalizada a situação;

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela


Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas
destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de
optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja
normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das
fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

Note que nas hipóteses dos incisos XIV e XV o contratado pode optar pela
suspensão do cumprimento das obrigações até que seja normalizada a situação.

Das hipóteses mencionadas, é interessante tecer comentários sobre a hipótese


do inciso XV. Antes de tudo, observe que no direito privado, o contratante pode
deixar de cumprir suas obrigações contratuais justificando que só assim o fez, porque

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a outra parte descumpriu o contrato primeiro. Nesse caso, ele alegará cláusula de
exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus).

Pois bem, nos contratos administrativos o contratado não pode, a rigor, fazer
uso da mencionada cláusula, pois se prioriza o interesse público em detrimento do
particular.

Entretanto, conforme o inciso XV, se a Administração deixar de efetuar os


pagamentos após o prazo de 90 dias, o contratado pode solicitar a suspensão do
contrato ou requerer a sua rescisão, SALVO em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra.

Conclui-se, assim, que nos contratos administrativos existe uma restrição ou


limitação ao emprego da cláusula de “exceção do contrato não cumprido”.
Por fim, nos casos em que não há culpa do contratado, será este também
ressarcido dos prejuízos regulamente comprovados que houver sofrido, tendo ainda
direito a devolução da garantia, pagamento pela execução do contrato até a
rescisão, pagamento do custo da desmobilização (art.79, §2º).

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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA 1- FCC

1. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE BA/2003) - NÃO é


modalidade de garantia na contratação de obras, serviços e compras pela
administração:
(A)hipoteca.
(B)caução em dinheiro.
(C)seguro-garantia.
(D)caução em títulos da dívida pública.
(E)fiança bancária.

2. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE BA/2003) - A garantia para


assegurar o cumprimento dos contratos administrativos
(A)depende de previsão no instrumento convocatório e a modalidade não depende de
opção por estar expressamente prevista em lei.
(B)não depende de previsão no instrumento convocatório e a modalidade é escolhida
pela administração.
(C)é exigida apenas na fase da habilitação, quando apurada a qualificação
econômico-financeira.
(D)é imposta unilateralmente pela administração, ante o princípio da legalidade.
(E)depende de previsão no instrumento convocatório, cabendo ao interessado a opção
por uma das modalidades previstas em lei.

3. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 21ª Região/2003) - O


instrumento de contrato administrativo é obrigatório, dentre outros casos,
(A)no convite e pregão, assim como em todas as hipóteses de inexigibilidade de
licitação.
(B)na tomada de preços, assim como em algumas hipóteses de inexigibilidade de
licitação.
(C)na tomada de preços e no leilão, assim como em todas as dispensas de licitação.
(D)no concurso, assim como em todas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de
licitação.
(E)no pregão e concurso, assim como em algumas dispensas de licitação.

4. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2003) - O


contrato administrativo pode ser rescindido amigavelmente, por acordo entre as
partes, devendo ser reduzido a termo no processo da licitação. Nesse caso, a condição
sine qua non exigida é que
(A)os pagamentos devidos pela Administração estejam atrasados há mais de 90 dias.
(B)tenha havido comprovado prejuízo por três meses consecutivos para o contratado.
(C)haja conveniência para a Administração.

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(D)as cláusulas contratuais estejam tendo insatisfatório cumprimento.
(E)ocorra alteração social da empresa contratada que prejudique a execução do
contrato.

5. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região/2003) - Minha


empresa foi vencedora na licitação cujo objeto era realizar, em 60 dias, o cabeamento
lógico e energético para os computadores em novo prédio do Tribunal. Todavia,
passados mais de 90 dias da assinatura do contrato, o prédio ainda não está pronto e o
local não me foi entregue para os trabalhos. Nesse caso, não tenho culpa em razão de
(A)fato da Administração.
(B)fato do príncipe.
(C)caso fortuito.
(D)força maior.
(E)interferência imprevista.

6. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRF 5ª região/2003) - Os


contratos administrativos devem adotar a forma escrita, salvo se
(A)resultantes de licitação efetuada sob a modalidade de convite.
(B)destinados a compras de pequeno valor e pronto pagamento.
(C)destinados a compras e serviços de valor para o qual é dispensada a licitação.
(D)houver autorização expressa da autoridade superior.
(E)essa exigência não constar do edital da respectiva licitação.

7. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRF 5ª região/2003) - Entendem-


se por cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos aquelas que
(A)são resultado de alterações efetuadas no contrato, unilateralmente ou por mútuo
consentimento entre as partes, após a sua celebração.
(B)conferem à Administração poderes especiais de alteração e rescisão do contrato,
que não são aplicáveis aos contratos no direito privado.
(C)são nulas de pleno direito por conferirem ao particular posição dominante,
contrária ao interesse público.
(D)não se compreendem no objeto principal da contratação e dizem respeito a
obrigações acessórias, tanto do particular quanto da Administração.
(E)decorrem do conteúdo mínimo do contrato, disposto tanto pela lei quanto pelo
respectivo edital, e que não podem ser objeto de discussão entre as partes.

8. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT/19ª Região) - O


descumprimento de um contrato administrativo pode sujeitar o particular às seguintes
sanções administrativas, dentre outras:
(A)suspensão temporária ou definitiva de participação em licitação e interdição
temporária de estabelecimento.

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(B)advertência, multa e suspensão temporária de participação em licitação.
(C)advertência, suspensão temporária de participação em licitação e interdição
temporária de estabelecimento.
(D)perda de licença de funcionamento, restrição de direitos e declaração de
inidoneidade para contratar com a Administração.
(E)multa, prestação pecuniária e lacração de estabelecimento.

9. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 5ª Região/2003) - A


rescisão unilateral de contrato de prestação de serviços à Administração, por razão de
interesse público e sem culpa do contratado, NÃO ensejará
(A)o pagamento ao contratado das quantias que lhe sejam devidas pelos serviços
prestados até a data da rescisão.
(B)o pagamento ao contratado das quantias que lhe seriam devidas até o termo final
original do contrato.
(C)a indenização do contratado pelos prejuízos comprovados, decorrentes da
rescisão.
(D)a extinção do contrato administrativo.
(E)o pagamento ao contratado do custo de desmobilização.

10. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 24ª Região/2003) - Quanto ao


contrato administrativo, é INCORRETO afirmar que ele
(A)gera, para a Administração Pública, obrigação solidária ao contratado, pelos
encargos previdenciários resultantes da sua execução.
(B)pode ser alterado unilateralmente pela Administração, quando houver modificação
do projeto, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.
(C)contém a obrigação de o contratado manter preposto, aceito pela Administração,
no local da obra, para representá-lo na execução do contrato.
(D)pode ser alterado por acordo das partes, quando for conveniente a substituição da
garantia de execução.
(E)deve sempre ser realizado por escrito e formalizado com as assinaturas das partes.

11. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª Região/2003) - Pela


inexecução total ou parcial do contrato, a Administração Pública poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado, dentre outras, as sanções de
(A)multa e impedimento definitivo de contratar com a Administração.
(B)suspensão temporária de participação em licitações e multa prevista no contrato.
(C)declaração de inidoneidade, desde que para licitar, e multa, de qualquer valor, a
critério da Administração.
(D)suspensão e impedimento definitivos de participação em licitações.
(E)advertência e apreensão de bens e equipamentos do contratado.

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12. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª Região/2003) - Nos
contratos administrativos podem ocorrer, entre outras situações:
I. supressões dos serviços e compras;
II. acréscimos no caso particular de reforma de edifícios.
O contratado sujeita-se-á às supressões, considerando o valor inicial atualizado do
contrato, e aos acréscimos, nas mesmas condições contratuais, respeitados os limites
de até
(A) 15% e 30%
(B) 20% e 40%
(C) 25% e 50%
(D) 30% e 15%
(E) 50% e 25%

13. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 19ª Região/2003) - NÃO


cabe à Administração, nos contratos administrativos,
(A) aplicar sanções por sua inexecução total ou parcial.
(B))confiscar bens do contratado, no caso de sua inexecução total.
(C) alterá-los unilateralmente.
(D) rescindi-los unilateralmente.
(E) fiscalizar-lhes a execução.

14. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 19ª Região/2003) - O


contrato verbal com a Administração é
(A) válido se precedido por licitação na modalidade tomada de preços.
(B) válido se precedido por licitação na modalidade convite.
(C) nulo em qualquer hipótese.
(D) válido se realizado nos casos de inexigibilidade de licitação.
(E) válido para pequenas compras de pronto pagamento.

15. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRF/2001) - Em matéria de


contrato administrativo é INCORRETO afirmar que,
(A))em face de sua natureza, ele deve observar, em tudo, o regime jurídico das leis
civis, objeto do direito privado.
(B) faz parte dele a presença das denominadas cláusulas exorbitantes.
(C) seu objeto pode ser, dentre outros, o uso de bem público ou a prestação de
serviços públicos.
(D) em razão de suas peculiaridades, deve ser celebrado com os particulares, que
poderá ser pessoa física ou jurídica.
(E) diante de sua substância, deve ser rigorosamente observada equação econômico-
financeira do ajuste.

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16. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 20ª Região/2002) - A Lei nº
8.666/93, ao disciplinar os contratos administrativos, estabelece a seguinte regra em
seu art. 65, § 1º:
"O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% do
valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos."
Segundo essa Lei, nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
estabelecidos nessa regra,
(A) sem exceção.
(B))salvo as supressões resultantes de acordo das partes.
(C) salvo os acréscimos resultantes de acordo das partes.
(D) salvo os acréscimos ou supressões resultantes de acordo das partes.
(E) salvo os acréscimos ou supressões resultantes do poder de alteração unilateral dos
contratos próprio da Administração.

17. (Defensor Público – Maranhão/2003) - Suponha que a Administração pretenda


realizar três contratações:
(i) de prestação de serviços de engenharia no valor de R$ 1.600.000,00, mediante
licitação;
(ii) de compra, com entrega imediata dos bens, da qual não resultam obrigações
futuras, no valor de R$ 800.000,00, mediante licitação;
(iii) de prestação de serviços técnicos especializados, não considerados de
engenharia, no valor de R$ 700.000,00, mediante inexigibilidade de licitação.
A substituição do instrumento de contrato por outros instrumentos hábeis, tais como
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de
execução de serviço, é possível apenas
(A))no caso (ii).
(B) no caso (iii).
(C) nos casos (i) e (ii).
(D) nos casos (i) e (iii).
(E) nos casos (ii) e (iii).

18. (Juiz de Direito Substituto – TJ RN/2002) - Nos termos da Lei nº 8.666/93, a


rescisão unilateral de um contrato administrativo, por parte do particular contratado,
a) não é possível.
b) é possível ante qualquer descumprimento contratual imputável à Administração
contratante.

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c) é possível em hipóteses excepcionais, tais como a suspensão injustificada da
execução do contrato, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120
dias.
d) é possível em hipótese excepcionais, tais como o atraso injustificado dos
pagamentos devidos pela Administração, por prazo superior a 90 dias.
e) é possível em hipótese excepcionais, tais como a não liberação, por parte da
Administração, de área, local ou objeto para execução do contrato.

19. (Juiz Substituto – TJ RN/1999) - É passível a alteração de um contrato


administrativo, por
(A) acordo das partes, para substituição do particular contratado
(B) acorda das partes, para o acréscimo de 50% do valor contatado para prestação de
serviços.
(C) ato unilateral da Administração, para substituição da garantia de execução
(D) ato unilateral da Administração, para a acréscimo de 50% do valor contratado
para reforma de edifício
(E) ato unilateral da Administração, para a supressão de 50% do valor contratado
para compra.

20. (Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - A ocorrência de um


acontecimento externo a um contrato administrativo, estranho à vontade das partes,
imprevisível quanto à ocorrência ou às conseqüências, inevitável, desequilibrando-o e
tornando a execução excessivamente onerosa para o contratado, é caracterizada pela
doutrina brasileira como
(A) fato da Administração.
(B))teoria da imprevisão.
(C) álea empresarial.
(D) fato do príncipe.
(E) álea ordinária.

21. (Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - A Administração Pública


celebra verbalmente três contratos, realizados em regime de adiantamento. O
primeiro, de compra de material de escritório, no valor de R$ 1.000,00. O segundo,
de compra de materiais de construção para futura obra na sede da repartição, no valor
de R$ 6.000,00. O terceiro, de prestação de serviços de segurança no valor de R$
2.000,00. Considerando-se o regime da Lei nº 8.666/93,
(A) os três contratos são válidos.
(B) o primeiro e o terceiro são válidos, sendo nulo o segundo.
(C) o segundo e o terceiro são válidos, sendo nulo o primeiro.
(D)) apenas o primeiro é válido.
(E) apenas o segundo é válido.

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27/06/03 - 10:34
22. (Procurador do Estado – 3ª Classe – Maranhão SET/2003) - Com relação às
garantias do contrato administrativo, é correto afirmar que são
(A)sempre exigíveis, na forma determinada pela Administração.
(B)sempre exigíveis, cabendo ao particular optar pela forma de sua prestação dentre
aquelas previstas pela lei.
(C)exigíveis apenas quando determinado pela Administração, a quem compete
também definir sua forma.
(D)exigíveis apenas quando determinado pela Administração, que as escolherá de
comum acordo com o particular.
(E)exigíveis apenas quando determinado pela Administração, cabendo ao particular
optar pela forma de sua prestação dentre aquelas previstas pela lei.

23. (Assessor Jurídico – Tribunal de Contas do Piauí/2002) - A participação do


Poder Público em um contrato que seja regido predominantemente por normas de
direito privado é
(A)vedada pela Lei no 8.666/93, independentemente do ente da Administração
envolvido.
(B)permitida, independentemente do ente da Administração envolvido, aplicando-se,
no que couber, as regras gerais da Lei no 8.666/93.
(C)permitida desde que se trate de ente da Administração direta, não incidindo a Lei
no 8.666/93.
(D)permitida desde que se trate de ente da Administração autárquica, não incidindo a
Lei no 8.666/93.
(E)permitida desde que se trate de ente da Administração fundacional, não incidindo
a Lei no 8.666/93.

24. (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - A alteração unilateral


de contrato administrativo pela Administração Pública consubstancia expressão
prática da aplicação de que princípio?
a) moralidade
b) supremacia do interesse público sobre o particular
c) hierarquia
d) eficiência
e) motivação

25. (Procurador do Município de São Paulo/2004) - “Declaração de inidoneidade”,


relativa aos contratos administrativos não cumpridos pelo contratado, representa
sanção de natureza administrativa imposta ao inadimplente, objetivando

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(A)suspensão definitiva de participação em licitação ou em contratos com a
Administração Pública.
(B)dar publicidade às Administrações Públicas do inadimplemento contratual do
contratante, como medida preventiva para futuras contratações.
(C)propiciar a responsabilização civil do inadimplente, relativa ao dano causado
ao Erário com o inadimplemento contratual.
(D)permitir que a Administração contratante substitua o contratado inadimplente,
em face de sua inidoneidade, dando continuidade ao contrato firmado.
(E)impedir o inadimplente de contratar com a Administração Pública, enquanto
permanecerem vigentes os motivos da sanção.

26. (Analista Judiciário – Adm – TRT 22ª R/2004) - A autarquia federal celebrou
contrato administrativo com a empresa Y, após regular processo licitatório,
objetivando a aquisição de um gerador de energia, cujo rotor e enrolamentos eram
fabricados no exterior. Ocorre que, quando da importação de referidos
componentes pela empresa Y, o governo federal elevou substancialmente o imposto
de importação, o que afetou o equilíbrio econômico-financeiro inicialmente
pactuado. Tal fato deu causa a uma álea administrativa extraordinária e
extracontratual, intolerável e impeditiva da execução do ajuste, que culminou com a
revisão contratual. A situação narrada cor- responde à causa justificadora da
inexecução do contrato denominada
(A)força maior.
(B)fato da administração.
(C)interferências imprevistas.
(D)caso fortuito.
(E)fato do príncipe.

27. (Analista Judiciário – Adm – TRT 8ª R/2004) - Após celebrar contrato com
a Administração Pública objetivando a construção de um hospital, a empresa X não
pode dar início ao pactuado em virtude da não entrega do local da obra por parte
do Poder contratante. Como consequência desse fato, o contratado pleiteou
judicial- mente a rescisão do ajuste, alegando a causa justificadora da inexecução do
contrato denominada:
(A) Força maior.
(B) Fato da administração.
(C) Interferência imprevista.
(D) Fato do príncipe.
(E) Caso fortuito.

28. (Analista Judiciário – Jud/Adm – TRT 15ª R/2004) - A inexecução do contrato


administrativo poderá acarretar, dentre outras situações,

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(A) a aplicação de penalidade administrativa contra a Administração Pública,
consistente em advertência e suspensão temporária de licitar e contratar.
(B) a responsabilidade contratual do inadimplente quando este for o particular, não se
aplicando à Administração Pública em razão da supremacia do Poder Público.
(C) a penalização da Administração Pública, em juízo ou fora dele, esteja a hipótese
prevista ou não na lei, edital ou contrato.
(D) consequências de natureza civil, administrativa e contratual para o inadimplente
se este for o particular.
(E) a responsabilidade civil, administrativa e penal só se o inadimplente for a
Administração Pública.

GABARITO:

1.A 2.E 3.B 4.C 5.A 6.B 7.B 8.B 9.B 10.E
11.B 12.C 13.B 14.E 15.A 16.B 17.A 18.A 19.D 20.B
21.D 22.E 23.B 24.B 25.E 26.E 27.B 28.D

QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA 2 - CESPE

(STM-Analista Judiciário-área administrativa) Julgue os itens:

1)Aos contratos administrativos de que trata a Lei n 8.666/93 não se aplicam,


supletivamente, as disposições de direito privado.
2)A administração pública, contrariamente ao que se verifica nos contratos privados,
tem o poder de impor e executar sanções pelo inadimplemento contratual, assegurado
o recurso do interessado ao Poder Judiciário.
3) Na hipótese de nulidade do contrato, fica a administração eximida do dever de
indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que a nulidade
foi declarada, visto que o instrumento de ajuste não é mais válido.
4) A execução de qualquer contrato no âmbito da administração pública deve ser
acompanhada e fiscalizada por um representante desta, especialmente designado,
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo.
5) Somente o descumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou
prazos constitui motivo suficiente para a rescisão de um contrato no âmbito da
administração pública.
6) Existem apenas três modalidades de rescisão contratual: determinada por ato
unilateral; amigável, por acordo entre as partes; e judicial, nos termos da legislação.

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7 (Assistente Jurídico TJ AC/2002) Os contratos administrativos devem seguir o
princípio pacta sunt servanda, não havendo previsão de rescisão pela via judicial.

8 (Analista judiciário – Área Judiciária – TRT 6ª região/2002) - O contrato


administrativo regido pela Lei n.º 8.666/ 1993 é regulado por preceitos de direito
público, sendo-lhe vedada a aplicação de regras do direito privado, ainda que em
caráter supletivo.

9 (Promotor de Justiça Substituto – MPRR/2001) - Se, no curso da execução de


determinado contrato administrativo, o poder contratante atrasar, por largo período,
os pagamentos devidos ao contratado, essa circunstância não caracterizará, para a
doutrina administrativista, o chamado fato do príncipe.

10 (Advogado da união/Nov 2002) - Devido à prevalência do interesse público nos


contratos administrativos, o regime jurídico dessa espécie contratual difere de
maneira importante do regime dos contratos de direito privado; nos contratos
administrativos, o poder público impõe relativa sujeição ao contratado particular e,
por isso, tem faculdades como a de aplicar multa ao segundo pela violação de
cláusulas contratuais e a de deduzi-la dos pagamentos que houver de fazer ao
contratado, sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário para esse fim.

11. (Controlador de Recursos Públicos – TCE/ES-2004 - adaptada) - Julgue o


item a seguir, considerando que a administração direta do estado do Espírito Santo
tenha celebrado com determinada empresa privada contrato para o fornecimento de
canetas. Considere que o referido contrato, em vez de estipular um prazo definido de
validade, contenha cláusula determinando que ele permanecerá em vigor até que uma
das partes decida rescindi-lo. Nessa situação, tal cláusula será ilícita.

12. (Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) - Acerca dos


contratos administrativos, julgue os itens que se seguem.
1 - Não se aplicam disposições de direito privado aos contratos administrativos, os
quais, além de cláusulas exorbitantes que os diferenciam dos contratos de direito
comum, são regulados por legislação específica.
2 - Administração pública pode firmar certas espécies de contratos administrativos
com vigência que ultrapasse o plano plurianual.
3 - Os contratos administrativos não podem ser prorrogados.
4 - O princípio da continuidade do serviço público impossibilita a suspensão da
execução do contrato em razão de inadimplência do poder público.

13. (Técnico Judiciário / Área Administrativa – STJ – 2004) -As chamadas


cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos lhes são peculiares, pois podem

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ser consideradas ilícitas em contratos de natureza privada, já que encerram
prerrogativas de uma das partes em relação à outra.

14. (Analista Judiciário / Área Administrativa – STJ – 2004) - As chamadas


cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos podem
ser alteradas sem prévia concordância do contratado, com fundamento no interesse
público e na manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.

15 (Analista Judiciário / Área Judiciária – TRE/RS – 2003) - Considerando o


disposto acerca dos contratos administrativos, julgue os itens que se seguem.
1 - O contrato administrativo deve conter preço e condições de pagamento, critério,
data-base e periodicidade do reajuste de preços, além de critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.
2 - As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos
podem, de acordo com a lei, ser alteradas sem concordância anterior do contratado.

16. (Ingresso na Titularidade dos Serviços Notariais e de Registro do Foro


Extrajudicial do Estado de Mato Grosso – TJMT – 2005) -A cláusula contratual
exceptio non adimpleti contractus não se aplica, em regra, aos contratos
administrativos, quando a falta é da própria administração. No entanto, aplica-se esta
cláusula quando houver o atraso, sem motivo justificado, por prazo superior a 90
dias, do pagamento devido pela administração.

17. (Defensor Público – SE – 2005) - O proprietário de um prédio localizado no


centro de Aracaju – SE, próximo ao fórum da justiça estadual, foi procurado pela
defensoria pública, que lhe propôs fosse feito um contrato de locação desse prédio
para instalar a Defensoria Pública do Estado de Sergipe, tendo em vista que o referido
imóvel possuía instalação e localização que atendiam, com perfeição, às finalidades
do referido órgão. Com base na situação hipotética acima, julgue os itens que se
seguem, relativos aos contratos administrativos.
1 - Uma significativa corrente doutrinária entende que o referido negócio jurídico não
pode ser qualificado como contrato administrativo, embora se submeta à Lei n.º
8.666/1993.
2 - O referido contrato de locação pode ser feito com dispensa de licitação, desde que
o valor da locação seja compatível com o praticado no mercado.

18. (Procurador do Estado do Ceará – 2004) - Caso a administração pública não


pague, na data estipulada no contrato, o valor devido pela parcela executada, o
particular pode, de imediato, desde que notifique a autoridade competente, suspender
o cumprimento de suas obrigações até que seja regularizado o pagamento.

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19. (Procurador do Estado de Roraima – 2004) - O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído pela Lei de Licitações e Contratos confere à administração,
em relação a eles, a prerrogativa de, nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato.

20. (Auditor do Estado – ES/2004) - Após ter contratado a empresa Ecológica Ltda.
para realizar estudo de impacto ambiental (EIA) relativo à implantação de um novo
projeto habitacional, o estado do Espírito Santo decidiu ampliar em 5% as dimensões
do referido projeto. Nessa situação, em virtude do princípio da proteção ao ato
jurídico perfeito, o estado do Espírito Santo precisará da anuência da Ecológica Ltda.
para ampliar a área a ser avaliada pelo referido EIA.

21. (CESPE/MEC/UNIPANPA/2009) A contratação verbal com a administração é


aceita para pequenas compras de pronto pagamento.

22. (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR/2009) Admite-se a contratação verbal com a


administração pública, desde que destinada à realização de pequenas compras de
pronto pagamento feitas em regime de adiantamento, no valor de até R$ 4.000,00.

23. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) É nulo e de nenhum efeito todo contrato


verbal com a administração.

24. (CESPE/TJ-AL/Juiz/2008) As cláusulas contratuais do contrato administrativo


devem ser elaboradas de comum acordo pelas partes.

25. (CESPE/ANAC/Técnico/2009) Os contratos administrativos poderão ser


alterados, unilateralmente, pela administração, para acrescer ou diminuir,
quantitativamente, no caso de obras, serviços e compras, até 25% do valor inicial
atualizado do contrato.

26. (CESPE/ANEEL/2010) Ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor dos


bens, nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela administração, dos
quais o contrato ficará depositário.

27. (CESPE/ANEEL/2010) O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das


responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela administração.

28. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) Cláusulas de privilégio, também


denominadas cláusulas exorbitantes, são as prerrogativas conferidas ao administrado

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na relação do contrato administrativo, entre as quais se destaca a possibilidade de
alteração ou rescisão unilateral do contrato.

29. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) A nulidade não exonera a administração


do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que
ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não
lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

GABARITO

1.F 2.V 3.F 4.V 5.F 6.V 7.F 8.F


9.V 10.V 11.V 12.FVFF 13.V 14.F 15.VF 16.V
17.VV 18.F 19.V 20.E 21. C 22.C 23.E 24.E
25.C 26.C 27.C 28.E 29.C

Bons estudos!

Email para dúvidas: feitosaneto@msn.com

clovis.feitosaneto

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