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Thales de Barros
INTRODUÇÃO
O movimento e o “fluxo” de energia térmica é um processo termodinâmico de
importância fundamental, com propriedades que podem ser usadas em várias
aplicações tecnológicas e na indústria. O Sol, por exemplo, fornece a superfície da
terra o calor necessário para a vida prosperar. A questão importante é, como o
processo de transferência de calor ocorre?
A radiação térmica tem sido um campo de grande interesse para muitos cientistas
ao longo dos anos. É sabido que um corpo que absorve radiação térmica também
emite. Um corpo ideal, que absorve toda energia térmica é chamado de “Corpo
Negro”.
Max Planck (1858 – 1947), foi quem explicou pela primeira vez o problema de
emissão de radiação devido a um corpo negro. Sendo a densidade de fluxo de energia
𝑃(𝜆, 𝑇) de um corpo negro, energia emitida, por unidade de área por unidade de
tempo, a uma temperatura T e comprimento de onda 𝜆 em um intervalo 𝑑𝜆, a formula
de Planck nos diz que:
𝑑𝑃(𝜆, 𝑇) 2𝑐 2 ℎ𝜆−5
= ℎ𝑐 (1)
𝑑𝜆
𝑒 𝜆𝑘𝑏 𝑇 − 1
Integrando a equação acima com 0 < 𝜆 < ∞, encontramos a densidade de fluxo
de energia 𝑃. Temos então:
𝑃(𝑇) = 𝜎𝑇 4 (2)
Sendo 𝜎 = 5.67 ∙ 10−8 [𝑊 ∙ 𝑚2 ∙ 𝐾 −4 . A equação 2 (acima) é a lei de Stefan-
Boltzmann.
Com uma distância fixa entre a lâmpada e uma termopilha, o fluxo de energia que
atinge a termopilha é proporcional a P(T):
𝜙 ~ 𝑃(𝑇) (4)
Sabendo da proporcionalidade entre 𝜙 e a diferença de potencial 𝑈𝑡ℎ𝑒𝑟𝑚 medida
pela termopilha devido a 𝜙 podemos escrever então que:
𝑈𝑡ℎ𝑒𝑟𝑚 ~ 𝑇 4 (5)
A temperatura T em Kelvins, pode ser calculada por 𝑇 = 𝑡 − 273,15, sendo t dada
pela equação que da a resistência do filamento a essa temperatura:
𝑅 (𝑡) = 𝑅0 (1 + 𝛼𝑡 + 𝛽𝑡 2 ) (6)
Sendo 𝑅0 a resistência do filamento a temperatura 0𝑜 𝐶, isolando t na equação 6.
acima e substituindo em 𝑇 = 𝑡 − 273,15, teremos:
1 𝑅 (𝑡 )
𝑇 = 273,15 + [√𝛼 2 + 4𝛽 ( − 1) − 𝛼] (7)
2𝛽 𝑅0
Em que a resistência 𝑅(𝑡) pode ser calculada usando a lei de Ohm. E a resistência
a temperatura 0𝑜 𝐶 pode ser calculada usando a equação 6. para a temperatura
ambiente 𝑇𝑙 , (Temperatura do Laboratório)
PROCEDIMENTO
TABELA 1
Corrente I (mA) Potencial (mV)
50 8.8
75 13.3
100.1 17.9
125.4 22.6
149.7 27
TABELA 2
Potencial U (V) Corrente I(A) U_th (mV)
1.04 2.1 0.15
2.05 2.67 0.66
3.06 3.26 1.46
4.01 3.75 2.19
5.02 4.22 2.79
5.95 4.62 3.6
Com os dados da TABELA 2 (acima) podemos calcular a resistência do filamento
para cada diferença de potencial usando a lei de Ohm (V=IR) e usando a equação 7
calculamos sua temperatura de corresponde (sendo 𝑅 (𝑡) = 0.166087783.). E
reescrevendo a equação 5, tirando o logaritmo dos dois lados teremos
𝑙𝑜𝑔𝑈𝑡ℎ𝑒𝑟𝑚 ~ 4𝑙𝑜𝑔𝑇 + 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡, montando uma tabela com os valores calculados de T,
das resistências R(t) e dos logaritmos de T e 𝑈𝑡ℎ𝑒𝑟𝑚 (dados da tabela 3) teremos:
TABELA 3
U(V) T(K) R(t) logT logU_therm
1.04 662.99 0.50 2.82 -0.82
2.05 958.83 0.77 2.98 -0.18
3.06 1134.21 0.94 3.05 0.16
4.01 1263.80 1.07 3.10 0.34
5.02 1379.86 1.19 3.14 0.45
5.95 1472.65 1.29 3.17 0.56
A tabela acima é de fácil interpretação; para cada tensão aplicada o filamento terá
uma temperatura, e consequentemente, sua resistência também mudará. Usando os
dados da tabela 3 (acima) e a relação já encontrada 𝑙𝑜𝑔𝑈𝑡ℎ𝑒𝑟𝑚 ~ 4𝑙𝑜𝑔𝑇 + 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡,
sabemos que o logaritmo do potencial da termopilha será proporcional ao logaritmo
da temperatura T. Montando um gráfico com os dados da tabela teremos: