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Introdução a tecnologia CAM

SUMÁRIO

INTRODUÇÂO

INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA CAM

Métodos de programação CN
Metodologia CAD-CAM

REVISÃO DE USINAGEM

Movimentos e grandezas na usinagem


Grandezas de avanço.
Grandezas de penetração
Influência da geometria da ferramenta na usinagem
Ângulos da ferramenta

INTERFACE DO PROGRAMA EDGECAM

Ambiente de Design
Ferramentas de desenho
Linha
Arco
Ponto
Polígono
Retângulo
Offset
Ferramentas de edição .
Entity Data
Radius
Trim
Chamfer
Integração com outros softwares de CAD

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FRESAMENTO

Estratégias de usinagem
Seleção de ferramentas de fresamento
Faceamento .
Desbaste
Acabamento
Furação

GERAÇÃO DO CÓDIGO CNC

GERAÇÃO DAS FOLHAS DE PROCESSO

ESTUDO DE CASO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EXERCÍCIOS EXTRAS

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INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, os recursos computacionais são extraordinários, temos a nossa


disposição softwares para todos os gostos e aplicações. Em diferentes áreas do
conhecimento o computador tornou-se indispensável, tanto que profissionais que não
dominarem seu uso estão fora do mercado.

Nas áreas tecnológicas o uso de computador é ainda mais necessário e


fundamental. Na mecânica temos diversas aplicações da informática, por exemplo: nos dias
de hoje não se encontra em nenhuma indústria metal-mecânica “prancheta”, aquelas mesas
especiais para se desenhar, hoje todo mundo usa CAD.

Na confecção de um componente mecânico, na maioria dos casos utilizamos a


usinagem como processo de fabricação. As máquinas de usinagem há muito tempo são
comandadas por controle numérico (máquinas CNC) e essas máquinas necessitam serem
programadas de acordo com a geometria da peça. Neste cenário tem-se mais uma
aplicação computacional na mecânica: a manufatura (fabricação) assistida por computador,
que chamaremos pela sigla CAM (Computer Aided Manufactering).

Nesta apostila utilizaremos o software EdgeCAM para entendermos o processo


de a partir do desenho de uma peça feito no CAD, realizarmos a usinagem no software de
CAM e por fim termos o programa CNC desta peça.

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INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA CAM

A Manufatura Assistida por Computador (CAM) consiste no uso de sistemas computacionais para
planejamento, gerenciamento e controle de operações de uma fábrica. O CAM pode ser classificado em duas
grandes categorias:

a) Sistemas computadorizados de controle e monitoração: neste caso, o computador liga-se diretamente


ao processo a ser monitorado ou controlado.
b) Sistemas de suporte da produção: trata-se de uma aplicação indireta. O computador é utilizado como
ferramenta de suporte para as atividades de produção, não havendo interface direta do computador
com o processo de manufatura.

Na primeira categoria a abrangência é grande, pois o CAM atua como suporte de manufatura, isto
é, auxiliando na: programação CNC de peças por software; planejamento e programação da produção;
planejamento de necessidades de material (MRP), de controle de chão de fábrica, coleta de dado (DNC),
como também a tomada de decisão, plano operacional, etc.

Apesar de toda esta abrangência, o termo CAM, às vezes, ainda é sinônimo da programação CN,
conceito que ficou muito difundido com a sigla CAD/CAM, que representa módulos de programação CN em
sistemas CAM.

1.1 Métodos de Programação CN

a) Programação direta na máquina - MID (Material Data Input): Esse método de programação descreve a
programação direto no chão de fábrica, sendo viabilizado devido aos recursos dos novos CNC. Neste método,
o programador, com a geometria à disposição, define o percurso da ferramenta e transforma em linguagem
(função de máquina). É utilizado em eventuais modificações, para otimização de programas na máquina, e na
programação de peças relativamente simples em indústrias de manufatura.

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b) Programação manual: Neste caso, o programador interpreta o desenho da peça, calcula os pontos da
trajetória da ferramenta, preenchendo um formulário que poderá ser digitado ou enviado diretamente ao
operador da máquina, que digitará diretamente nela. Esse tipo de programação tem sido facilitado pela
utilização de ciclos automáticos, sendo de fácil execução para geometrias não muito complexas.

c) Programação auxiliada por computador: O mais tradicional método de programação auxiliada por
computador é o que utiliza a linguagem APT ("Automatically Programmed Tool"). A função do programador,
utilizando esse método, é escrever o programa fonte, aonde definisse a geometria da peça e/ou o percurso da
ferramenta, via definição de forma padronizada pelas linguagens de entidades geométricas e funções
auxiliares. Esse programa fonte é trabalhado por um processador, que realiza os cálculos geométricos,
determina o contorno da ferramenta e gera um arquivo neutro (CLDATA ou CLFILE) independente da
máquina. Posteriormente esse arquivo é pós-processado, gerando um arquivo específico para a máquina a ser
utilizada.

Um segundo método é aquele executado pelos modernos sistemas CAD/CAM, onde a entrada é
o desenho da peça ou o percurso da ferramenta. Interativamente, no módulo CAM do sistema, inicia-se a
programação CN que gerará um arquivo neutro.

Num terceiro novo conceito de programação CN, conhecido na Alemanha como WOP
("Wertattsoriertierte Programminerung"), o usuário inicia a programação a partir de um sistema CAD e trabalha
interativamente, definindo os parâmetros geométricos, de ferramentas e tecnológicos, através de ícones
gráficos. Gera-se também um arquivo neutro, que posteriormente será pós-processado.

1.2 Metodologia CAD-CAM

A metodologia CAD-CAM é baseada nestas duas ferramentas computacionais, onde no software


de CAD o usuário “desenha” o produto/peça, este desenho poderá ser simplesmente um desenho 2D ou 3D,
1
isto vai depender da complexidade da peça. Com o modelo feito no CAD o usuário carrega este modelo no
software de CAM, onde se inicia todo o processo de manufatura (usinagem) deste produto, nesta etapa o
usuário informa parâmetros tecnológicos, como por exemplo: rotação da ferramenta, sobremetal, profundidade
de corte, tipo de ferramenta a ser utilizada, etc. O software de CAM calcula o “caminho” que a ferramenta
deve percorrer, esta é a etapa de processamento. Ao final este percurso de ferramenta, mais as informações
tecnológicas são pós-processadas na linguagem da máquina a ser utilizada, ou em um arquivo neutro, como
vimos anteriormente. Veja na Figura 1 a seqüência das etapas.

1
Em algumas soluções o CAD e o CAM rodam no mesmo ambiente.

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Software
de CAM
Desenho no CAD

Definição do material e
bruto Dimensões

Definição da Parâmetros de corte


ferramenta

Escolha da estratégia Melhor forma da


de usinagem ferramenta usinar a
peça

Cálculos do caminho da
Processamento
ferramenta

Simulação Informações sobre a


usinagem

Pós-processamento

Programa CNC Edição do programa

Comunicação com a
máquina CNC

Máquina CNC

Figura 1: Fluxograma da geração de um programa CNC através do CAM.

Nesta apostila utilizaremos a programação “auxiliada por computador”, com o software


EdgeCAM, a entrada será o desenho da peça, desenho este feito em algum software de CAD ou no próprio
EdgeCAM, que possui ferramentas para Design. Após será realizado as etapas da Figura 1 para as
operações de torneamento e fresamento.

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REVISÃO DA USINAGEM

2.1 Movimentos e grandezas na usinagem

Os movimentos entre a ferramenta e a peça é necessária para que ocorra a usinagem


propriamente dita, isto é, a remoção de material da peça. Os movimentos podem ser de dois tipos: ativos e
passivos. Os movimentos ativos são aqueles em que ocorre a remoção de material (cavaco), são eles:
a) Movimento de corte: é o movimento entre a ferramenta e a peça e que juntamente com o movimento
de avanço, promove a remoção de material durante uma única rotação ou um curso da ferramenta
(Figura 2a).
b) Movimento de avanço: é o movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento
de corte, possibilita uma remoção contínua de material, durante várias rotações ou cursos da
ferramenta (Figura 2b).
c) Movimento efetivo de corte: é o movimento entre a ferramenta e a peça, a partir do qual resulta o
processo de usinagem. Quando o movimento de avanço é contínuo, o movimento efetivo é a
resultante dos movimentos de corte e avanço (Figura 2c). Quando o movimento de avanço é
intermitente, o movimento efetivo é o próprio movimento de corte.

a) b) c)
Figura 2: Movimentos no torneamento longitudinal. a) movimento de corte; b) movimento de avanço; c)
movimento efetivo de corte.

Os movimentos passivos são aqueles que, apesar de fundamentais para que ocorra a
usinagem, não promovem a remoção de material, são eles:

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a) Movimento de ajuste: é o movimento entre a ferramenta e a peça, no qual é predeterminada a
espessura da camada de material a ser removida. Nos processos de sangramento e furação, este
movimento não existe, pois a espessura de material a ser removida é definida pela geometria da
ferramenta.
b) Movimento de correção: é o movimento entre a ferramenta e a peça, empregado para compensar
alterações de posicionamento devidas, por exemplo, ao desgaste da ferramenta, variações térmicas,
deformações plásticas, entre outras, que normalmente incidem durante a usinagem.
c) Movimento de aproximação: é o movimento entre a ferramenta e a peça, com o qual a ferramenta,
antes do início da usinagem, é aproximada da peça.
d) Movimento de recuo: é o movimento entre a ferramenta e a peça, com o qual a ferramenta, após a
usinagem, é afastada da peça.

Grandezas de avanço

São as grandezas que resultam do movimento de avanço. São elas:


a) Avanço “f” – é o percurso de avanço em cada volta ou em cada curso da ferramenta (Figura 3).
b) Avanço por dente “fz” – é o percurso de avanço por dente e por volta ou curso da ferramenta, medido
2
na direção de avanço. Corresponde à distância entre duas superfícies de transição consecutiva,
considerada na direção do avanço. Tem-se a seguinte relação entre estas grandezas:

f
fz = [1]
z
Onde:
“z” é o número de dentes da ferramenta.

2.1.2 Grandezas de penetração

São as grandezas que descrevem geometricamente a relação de penetração entre a ferramenta e


a peça.

a) Profundidade ou largura de usinagem ap – é a profundidade ou largura de penetração da ferramenta


3
em relação à peça (Figura 3), medida perpendicularmente ao plano de trabalho . No torneamento
cilíndrico e de faceamento, fresamento e retificação frontal, ap é denominada profundidade de

2
Superfície de transição: é a superfície que está sendo gerada pela ferramenta.
3
Plano de trabalho é o plano formado pelas direções dos movimentos de corte e de avanço.

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usinagem. No fresamento e retificação tangencial, ap é denominada largura de usinagem. Na
furação em cheio ap corresponde ao raio da broca.
b) Penetração de trabalho ae – é a penetração da ferramenta em relação à peça, medida paralelamente
no plano de trabalho. Esta grandeza tem importância nos processos de fresamento e na retificação.

Figura 3. Avanço f e profundidade de usinagem ap no torneamento. Fonte: (1).

Figura 4. Profundidade de usinagem ap e penetração de trabalho ae no fresamento frontal. Fonte: (1).

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Figura 5. ap e ae no fresamento tangencial. Fonte: (1).

2.2 Influência da geometria da ferramenta na usinagem


2.2.1 Ângulos da ferramenta

Figura 6. Superfícies de uma ferramenta monocortante e nomenclatura para os gumes. Fonte:


www.cimm.com.br.

Ângulos medidos no plano de referência

Figura 7. Ângulos medidos no plano de referência. Fonte: www.cimm.com.br.

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Influência na usinagem
Κr – este ângulo varia entre 45ºa 90º e influencia na espessura do cavaco, considerando a mesma ap e o
mesmo avanço “f”. Quanto maior este ângulo maior a espessura do cavaco, maior calor gerado, maiores
forças de usinagem. Quanto menor gera maior vibração.

Ângulos medidos no plano do gume

Figura 8. Ângulos medidos no plano do gume. Fonte: www.cimm.com.br.

Influência na usinagem
λs – influencia na deformação do cavaco. Este ângulo varia de +6º a –6º, o que denomina de ferramenta
positiva ou negativa (na figura acima este ângulo é negativo). Quanto menor este ângulo, maior a deformação
do cavaco, maior força necessária na usinagem, porém torna a ferramenta mais rígida, o que em operações
de desbaste e em materiais de ferramenta frágeis é uma boa opção de ferramenta.

Ângulos medidos no plano de trabalho

Figura 9. Ângulos medidos no plano de trabalho. Fonte: www.cimm.com.br.

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Influência na usinagem
αr – Este ângulo tem seu valor em torno de 6º a 8º. Sua finalidade é diminuir o atrito entre o flanco principal da
ferramenta e a superfície de transição da peça. Valores muito grandes deste ângulo além de não produzir um
efeito significativo na diminuição da força da usinagem deixa a ferramenta frágil.
βr – ângulo responsável pela facilidade ou dificuldade da ferramenta realizar o corte. Quanto maior deixa a
ferramenta mais resistente, porém exige maiores potências de corte.
γr – este ângulo é o principal ângulo da usinagem, ele influencia a deformação do cavaco. Este ângulo pode
ser positivo ou negativo (na figura temos um ângulo positivo). Quanto menor produz maior calor, maior força e
deixa a ferramenta mais rígida. O valor deste ângulo está de acordo com: o material da ferramenta, o material
da peça, o tipo de operação (acabamento, desbaste, etc.), condições da máquina e condições de fixação.

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INTERFACE DO PROGRAMA EDGECAM

Ambiente de design

O software de CAM EdgeCAM possui basicamente dois ambientes principais: o ambiente de


design e o de manufatura, o primeiro serve para desenharmos a geometria da peça que iremos usinar, o
programa possui algumas ferramentas de CAD 2D e 3D, o segundo ambiente é o da manufatura, isto é, onde
usinaremos a peça. Se o modelo do produto foi desenhado em outro software de CAD, abrimos este arquivo
no ambiente de design. A figura 10 mostra a tela do EdgeCAM versão 9.

1 2 3

10 9

Figura 10. Interface do EdgeCAM versão 9.

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1 – Barra de título
2 – Barra de menu
3 – Barras de ferramentas (toolbars)
4 – Área gráfica
5 – CPL
6 – Janela dos Layers
7 – Janela de feedback (onde retornam informações que o usuário solicitou)
8 – Vista atual
9 – Coordenadas
10 – Barra de status

Para visualizarmos ou ocultarmos barras de ferramentas e janelas:

Figura 11. Procedimento para exibir ou ocultar barras de ferramentas ou janelas no EdgeCAM.

No EdgeCAM temos dois ambientes de trabalho: o ambiente no plano XY, para fresamento e o
ambiente ZX, para torneamento. Para alterarmos entre um e outro, preceda de seguinte maneira:

Menu: Options < XY environment


< ZX environment

Figura 12. Configurando o ambiente de trabalho.

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Ferramentas de desenho

Linha – podemos desenhar os seguintes tipos de linhas: linha simples, linha horizontal, vertical e
polilinha.

Menu: Geometry < Line


Toolbar: Design

Exemplo: Menu < Geometry < Line. Utilizando o comando Line sempre aparecerá a caixa de diálogo e nela
podemos configurar o tipo de linha.

Caixa de diálogo “Line”:

1 – Tipo de linha que desejamos desenhar;


1
2 – Informações adicionais quando necessário

2 OBS.: Quando nenhum tipo de linha estiver


selecionado, o tipo de linha que desenharemos é
a simples.

Figura 13. Caixa de diálogo para a construção de linhas.

Após pressionarmos o botão OK, na barra de status será solicitada “start point of line”, demos
um clique na tela, então será solicitado “End point of line” demos um segundo clique na tela e a linha será
desenhada. Para encerrarmos o comando pressionamos o botão direito do mouse o a tecla enter.
Veja os exemplos abaixo:

Linha simples

Linha horizontal

Linha vertical

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Podemos inserir coordenadas cartesianas, polares e angulares. Exemplo: desenhar uma linha
com 100mm de comprimento com início na origem e na extermidade desta um segmento com 50mm de
comprimento e 30° de inclinação:
a) Menu: Geometry < Line
b) Na caixa de diálogo “Line” pressione OK sem preencher nada
c) Na toolbar “Input” pressione o botão “co-ordinate input”
d) Na caixa de diálogo “Enter Co-ordinates”, preencha os campos X, Y e Z com valores 0,0,0, e
pressione OK;

Figura 14. Caixas de diálogos para inserção de coordenadas.

e) Irá surgir um símbolo na origem do sistema;

f) Para inserir as coordenadas do ponto final da linha acesse o “Co-ordinate input”, mas agora apenas
pressione a tecla “X” do teclado, isto fará a caixa de diálogo aparecer novamente e preencha agora a
linha de comando (Command) assim: x100y0z0 e pressione OK;

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Para a caixa de diálogo ficar deste tamanho foi pressionado o botão “More”

Figura 15. Caixa de diálogo Enter Co-ordiantes na forma reduzida


g) Na linha de Status está sendo solicitado o Start point of line, utilize os Intellisnap (pontos de
precisão).
Para utilizar pontos de precisão (Intellisnap) das entidades basta passar o mouse sobre a
entidade já desenhada, veja na figura abaixo:

Figura 16. Mostra os pontos de precisão (Intellisnap) numa linha.

A figura 16 mostra a criação de uma outra linha no “end-point” da primeira. Veja que a linha fica
destacada e é mostrado um “tooltip” de identificação. Para configurarmos quais pontos de precisão irão estar
funcionando clique em:
Menu: Options < Preferences, Guia: Selection
Os Intellisnap’s que estão disponíveis:
• Endpoints
• Arc centre
• Vertex
• Midpoint
• Arc Quadrant
• Cylinder

Figura 17. Como configurar os Intellisnap para que atuem de forma automática.

OBS.: Podemos acionar o comando Intellisnap de forma que fique ativo, para isso, pressione o botão direito
do mouse na área gráfica. Com este comando ativo, toda vez que o mouse passar sobre uma entidade será
mostrado a caixa Tooltip com informações sobre a entidade.

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h) Agora na linha de Status é solicitado o End point of line, acesse a caixa de diálogo Enter Co-ordinate,
mas agora digite a letra “R” e digite na linha de comando R50A30, que siginifica Raio = 50 e Ângulo=30°. A
linha é criada.

Quando o mouse passa sobre uma entidade e caso exista outra entidade próximo ou sobre a entidade
selecionada irá surgir um ícone e para alternarmos a seleção entre as entidades basta pressionar a tecla TAB.
Veja na figura abaixo:

Figura 18: A função Intellisnap ativada e há duas linhas uma sobre a outra. Observe no Tooltip que mostra a
numeração 1/2 e o tipo de objeto (Line), para selecionarmos a outra linha (2/2) basta pressionarmos o botão
do teclado TAB.

Exercício 1: Conclua o desenho formando um retângulo de 100x50.

Figura 19. Exercício para utilizar as ferramentas de desenho.

Introdução a tecnologia CAM 19


Arcos – podemos criar arcos de três maneiras diferentes: 3 pontos, ponto central e raio e através de
parâmetros (caixa de diálogo):

Caixa de diálogo
Arco com 3 pontos
Centro e raio

Figura 20. Comandos de construção de arcos.

Figura 21. Arco com três pontos, o arco é sempre desenhado no sentido anti-horário.

Se acionarmos o comando Arc pelo menu Geometry, surgirá a caixa de diálogo Arc.

Caixa de diálogo para desenhar arcos

Figura 22. Caixa de diálogo com os parâmetros para desenhar arcos.

Introdução a tecnologia CAM 20


Exercício 2. No desenho anterior complete conforme desenho abaixo:

Figura 23. Desenho do exercício 2.

3.2.3 Pontos – pontos são entidades que tanto servem como referência para outras entidades como
também pode servir como localização de um furo a ser usinado.

Menu: Geometry < Point

Toolbar: Design

Figura 24. Caixa de diálogo para desenhar pontos.

Exercício 3: Criar um ponto distante 40mm do centro do círculo de ∅ 20mm, desenhado anteriormente.
a) Acesse o comando point;
b) Na barra de status o EdgeCAM solicita Position for point, neste momento vamos entrar com um
ponto de referência que é o centro do círculo, na toolbar Input clique no botão Reference input

c) Clique no centro do círculo

Figura 25. Ponto de referência para desenhar outra entidade de


desenho.

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d) Na caixa de diálogo Enter Co-ordinates digite x40 e pressione OK;
e) Para concluir pressione Enter

3.2.4 Polígonos
Menu: Geometry < Polygon

Toolbar: Design

Caixa de diálogo “Polígon”

Por exemplo: se desejarmos desenhar um


sextavado de 20mm, devemos preencher em
Dimension = 20 e em
Number of sides = 6

Figura 26. Caixa de diálogo para desenhar um polígono.

Exercício 4. Desenhar um sextavado com 20mm e o centro deste polígono deve coincidir com o ponto
desenhado anteriormente.

Figura 27. Desenho do exercício 4.

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Retângulo
Menu: Geometry < Rectangle

Toolbar: Design

Caixa de diálogo “Rectangle”

Length – comprimento
Width – largura
Depth – profundidade (eixo Z)
Corner Radius – raio de canto

Figura 28. Caixa de diálogo Rectangle.

Exemplos:

(a) (b) (c)


Figura 29. Tipos de retângulos: a) retângulo simples; b) retângulo com raio de arredondamento; c) retângulo
com profundidade no eixo Z.

3.2.6 Offset – este comando copia uma entidade ou várias entidades há uma determinada distância da
entidade selecionada.

Menu: Geometry < Offset

Toolbar: Design

Introdução a tecnologia CAM 23


Caixa de diálogo “Offset”:

Continuous – se estiver selecionada, os objetos


selecionados no comando serão uma única
entidade.
Offset – distância do offset.
Type – determina como será a intersecção se
duas linhas forem selecionadas.
Default Offset Side – determina qual o lado do
offset, se para dentro ou para fora.

Figura 30. Caixa de diálogo do comando offset.

Exercício 5 – Fazer o offset do retângulo para fora numa distância de 10 e com os cantos vivos.
a) Acionar o comando.
b) Na caixa de diálogo preencher conforme a figura abaixo e pressionar OK.

Figura 31. Caixa de diálogo Offset com os parâmetros para o exercício 5.

c) Selecionar todas as linhas do retângulo e pressionar ENTER, para selecionarmos todas as linhas do
retângulo basta dar um clique duplo sobre uma linha;
d) Clicar com o mouse para que a seta indique o lado de fora:

Introdução a tecnologia CAM 24


A seta no canto deverá estar para o lado de fora, isto indica o
lado do offset.

e) Pressionar Enter;

Ferramentas de edição

As ferramentas de edição do EdgeCAM estão no menu Edit.

Figura 32. Comandos do menu “Edit” do EdgeCAM.

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Entity Data
Este comando permite alterarmos a cor, layer e outras propriedades.

Apply to All – aplica as alterações para os vários objetos


selecionados;
Individual – para objetos individualmente;
Match – seleciona-se um objeto base e transfere-se suas
propriedades para outro objeto.

Figura 33. Comando Entity Data

Exemplo: Vamos alterar o Layer e a cor do círculo:


a) Menu: Edit < Entity Data < Individual
b) Selecionar o círculo e pressionar Enter;
c) Na caixa de diálogo Arc fazer as alterações:
Em Layer preencher com o nome Círculo
Em Colour – definir a cor Red.

As propriedades do círculo foram alteradas, veja na figura abaixo:

Figura 34. Círculo com as propriedades alteradas. Janela dos Layers exibindo o novo layer criado.

OBS.: Surgiu um novo Layer, se dermos um duplo clique em Yes, os objetos deste layer não serão visíveis.
Para um layer ficar ativo basta dar um duplo clique no ícone ao lado do nome do layer.

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Layer corrente Layer visível na tela

Figura 35. Janela mostrando o layer ativo

Radius
Este comando serve para arredondar cantos. O cuidado que se teve ter é que o raio é formado no
sentido anti-horário:
Menu: Edit < Radius
Toolbar: Edit

Caixa de diálogo Edit Radius

Dynamic – faz o fillet de forma automática


Trim – corta as extremidades das linha envolvidas
Radius – o valor do raio

Figura 36. Caixa de diálogo Edit Radius.


Após dar um clique em OK na janela acima, seleciona a primeira linha (P1) e depois a segunda linha (P2).

P1

P2

Figura 37. Procedimento para criarmos um raio de arredondamento.

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Uma opção mais prática é acionar o check box “Dynamic” na caixa de diálogo Edit Radius:

Raio sendo feito com a opção Dynamic, quando o mouse se aproxima


das duas linha é identificado automaticamente o raio e é só confirmar
com o clique do botão esquerdo do mouse.

Figura 38. Comando Fillet com a opção Dynamic ativa.

Trim
O comando Trim serve para apagar uma parte da entidade e que está sendo interseccionada por
outra entidade.
Menu: Edit < Trim
Toolbar: Edit

Caixa de diálogo Trim

First – marca esta caixa para trimar a primeira entidade


selecionada;
Second – para trimar a segunda entidade selecionada.
Break – esta opção “quebra” a entidade em duas entidades.
Multiple – com esta opção poderemos selecionar várias
entidades.

Figura 39. Caixa de diálogo Trim.

Veja nas figuras abaixo a seqüência do uso do comando com as opções First e Second habilitadas:

P1

P2 P2
P1

Figura 40. Seqüência de utilização do comando Trim.

Introdução a tecnologia CAM 28


Chamfer
Menu: Edit < Chamfer
Toolbar: Edit

Caixa de diálogo Chamfer

Trim First Entity – faz o trim na primeira linha


selecionada;
Angle – especifica o ângulo do chanfro;
Length – especifica o comprimento do chanfro;
Lead – especifica o comprimento da primeira linha
selecionada;
Trail – especifica o comprimento da segunda linha
selecionada;
OBS.: Se somente um dos parâmetros (Lead ou Trail) for
configurado o chanfro será simétrico.

Figura 41. Janela do comando Chanfer.

Exercício 6: Faça os chanfros e os raios de arredondamento conforme desenho abaixo, desenhe o rasgo de
9x17 no retângulo interno. Crie os layers conforme tabela e atribua aos elementos geométricos
correspondentes.

Figura 42. Desenho do exercício 6.

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Integração com outros softwares de CAD
O EdgeCAM pode abrir diversos arquivos de CAD, a lista abaixo são as extensões de arquivos
compatíveis:
Sólidos

EdgeCAM Part Modeler


Autodesk Inventor
CATIA V5
SolidWorks
Solid Edge
Pro/Desktop
Pro/Engineer
Wildfire, Wildfire 2
Native Parasolids
Native ACIS

Superfícies

VDA-FS
IGES
CATIA V4
DWG
DXF

Wireframe

VDA-FS
IGES
CATIA V4
DWG
DXF

STL

Figura 43. Exemplo de outros modelos de CAD.

Introdução a tecnologia CAM 30


Exemplo para abrir um arquivo do AutoCAD:
Menu: File < Open

Figura 44. Caixa de diálogo do comando abrir o EdgeCAM. Em tipo de arquivo está configurado para AutoCAD
Drawing.

OBSERVAÇÕES:
• Um sólido modelado no Mechanical Desktop, deverá ser exportado com o formato *.ACIS para que o
EdgeCAM reconhaça as Features;
• Um sólido modelado no Inventor abrirá sem maiores problemas, o mesmo vale para o SolidWorks.

Introdução a tecnologia CAM 31


FRESAMENTO

Antes de começarmos as estratégias de usinagem de fresamento, faça o


desenho da peça abaixo:

Figura 89. Desenho para usinagem de uma peça nas operações de fresamento.

Introdução a tecnologia CAM 32


OBS.: Desenhe o perfil 2D e para tornar o modelo em 3D utilize o comando Project do menu Edit e opção
Transform.

Figura 90. Desenho 3D (modelo aramado – wireframe) da figura anterior.

Defina o material com as seguintes características:


• Automatic Stock
• Shape: Box
• Layer: material
• Colour: Slate Blue
• X Min: 10 X Max: 10
• Y Min: 10 Y Max: 10
• Z Min: 0 Z Max: 3

Com estas dimensões o blank terá 10mm de sobremetal nas laterais e 3mm de sobremetal na espessura.

Passe para o modo de Manufatura e preencha a caixa de diálogo “Machining Sequence”,


conforme figura abaixo:

Figura 91. Caixa de diálogo Seqüência de usinagem.

Introdução a tecnologia CAM 33


Estratégias de usinagem
Nesta peça serão utilizadas as seguintes estratégias;

• Faceamento
• Desbaste do perfil
• Acabamento do perfil
• Fresamento do alojamento circular
• Furação

Seleção das ferramentas

No fresamento a seleção de ferramentas se procede da mesma maneira que no torneamento,


claro que as opções de ferramentas são diferentes.

Selecione a primeira ferramenta:

Figura 92. Caixa de diálogo mostrando o banco de dados de ferramentas.

Faceamento

Nesta operação iremos retirar os 3mm que estão maior na espessura. Da mesma forma que no
torneamento há no EdgeCAM um menu que apresenta ciclos de fresamento (Mill Cycles) e outro que
apresenta operações de fresamento (Operations). O resultado final não é diferente, e como este é um
treinamento básico iremos trabalhar com ciclos de fresamento.

Introdução a tecnologia CAM 34


Menu: Mill Cycles

Toolbar: Mill

Caixa de diálogo Face Milling

Guia: General

Mill Type – tipo de fresamento:


Climb – fresamento dicordante;
Conventional–fresamento concordante;
Optimised – otimizado.

% Stepover – porcentagem que a fresa se


deslocará lateralmente (ae)
Angle – ângulo das passadas
Offset – sobremetal
Cut Increment – incremento de corte (ap)

Figura 93. Caixa de diálogo da operação de faceamento no fresamento.

Feed – Velocidades
Feedrate – velocidade de avanço
Plunge Feed – velocidade de mergulho
Speed – rotação.

Guia: Depth

Clearance – altura absoluta que a


ferramenta pode se deslocar livremente no
plano XY;
Level – altura absoluta que a usinagem irá
começar;
Depth – profundidade total da uusinagem em
relação ao Level.

Figura 94. Caixa de diálogo de faceamento e as opções de profundidades.

Introdução a tecnologia CAM 35


Ao pressionar OK será solicitado:

Status Bar: Digitise containment boundary entities (Return for none): temos que selecionar o perfil do material.

Clique duplo na linha do material.

Pressione Enter.

Figura 95. Seleção do material em bruto na operação de faceamento.

O caminho da ferramenta é calculado. Verifique na simulação o resultado.


Faça alterações:
• Troque o tipo de fresamento
• Altere o stepover;
• Altere as alturas (profundidade, clearance, etc..).
Como controlar a entrada e a saída da ferramenta no material:

A figura 96 mostra como a ferramenta está entrando no material, perceba


que a distância até o material é menor que o raio, logo a ferramenta entra
uma parte na peça durante o mergulho.

Para melhorar a entrada e a saída, edite a estratégia.

Figura 96. Entrada na ferramenta no material na operação de faceamento.

Guia: Lead

Percentage Feed – controla a velocidade de avanço na


entrada e saída, é um valor em porcentagem da velocidade
configurada na guia General
Equal Lead Moves - se marcado a entrada e a saída da
ferramenta serão iguais, se desmarcar podemos configurar a
entrada e a saída separadamente

Lead In – entrada
Angle – a entrada será em ângulo
Radius – antes de tocar o material a ferramenta fará um raio
Length – comprimento de entrada.

Figura 97. Caixa de diálogo exibindo as configurações de entrada e saída da ferramenta.

Introdução a tecnologia CAM 36


Faça as seguintes alterações e verifique na simulação:
• Angle: 45º
• Radius: 20
• Length: 100

Desbaste

Nesta etapa vamos usinar o perfil externo da peça, para isto, a estratégia a ser utilizada é a
Roughing. Para esta operação carregue uma fresa tipo Endmill de 30mm de diâmetro.

Menu: Mill Cycles < Roughing

Toolbar: Mill

Caixa de diálogo Roughing

Guia: General

Parâmetros Importantes:

Model Type (Tipo de modelo)


Wireframe – modelo somente de linhas (aramado)
Strategy (tipo de estratégia)

Offset – sobremetal

Stock Type – tipo de blank, no nosso caso é


necessário configurar profile;

Feed – velocidades.

Figura 98. Caixa de diálogo de desbaste no fresamento.

Introdução a tecnologia CAM 37


Guia: Depth

Configure os valores da janela ao lado.

Intermediate Slices (“camadas”


intermediárias)

Flat Land (áreas planas)

Figura 99. Caixa de diálogo mostrando as profundidades na operação de desbaste.

Após pressionar OK as informações necessárias para o software são:

Status Bar: Digitise line/arc/continuous/curve as profile: selecione o perfil a ser usinado


Pressione “ENTER”
Status Bar: Digitise Stock Profile: selecione o perfil do blank
Pressione “ENTER”
Status Bar: Digitise containment boundary entities (Return for none): selecionar entidades que limitarão a
usinagem (enter para nenhuma)

O desbaste é calculado.

Faça alterações no desbaste e verifique na simulação os efeitos das mudanças, algumas


sugestões de mudanças:

• Tipo de fresamento
• Estratégia
• Profundidade ap (verifique o tempo de usinagem)

Acabamento
Nesta operação vamos dar acabamento no perfil externo da peça, para isto, a estratégia a ser
utilizada é a Profiling. Para esta operação carregue uma fresa tipo Endmill de 20mm de diâmetro.

Menu: Mill Cycles < Profiling


Toolbar: Mill

Introdução a tecnologia CAM 38


Caixa de diálogo Profiling

Guia: General

Model Type (tipo de modelo)

Mill Type (tipo de fresamento)

Offset (sobremetal)

Z Offset (sobremetal em Z)

NC Output: como será a saída das informações no


programa CN: Feed – tudo em G1; Line Arc Smooth –
G2 e G3; Spline – se a comando CN suportar
programação em Splines;
Feed (velocidades)

Compensation (compensação do raio da ferramenta)

Figura 100. Caixa de diálogo de acabamento no fresamento.

Guia: Depth

Parâmetros novos:

Cusp Height (altura de crista)

Especifica a altura de crista entre uma passada no eixo “Z”.

Figura 101. Caixa de diálogo das profundidades no acabamento

Introdução a tecnologia CAM 39


Após pressionar OK, as informações necessárias são:

Status Bar: Digitise line/arc/continuous/curve as profile: selecione o perfil a ser usinado


Pressione “ENTER”
Status Bar: Digitise new start point for profile chain (or Finish): defina se a ferramenta passa por fora ou
por dentro do perfil

Na figura ao lado mostra que a fresa passará por dentro do


perfil, devemos dar um clique com o botão esquerdo do
mouse para que a seta amarela inverta o sentido.

Figura 102. Ponto de início da usinagem e o sentido da ferramenta.

Pressione “ENTER”
Status Bar: Digitise start/end point to alter: definir outro ponto de início e fim, se pressionar ENTER o ponto
não é alterado.
Pressione “ENTER”
Status Bar: Digitise containment boundary entities (Return for none): selecionar entidades que limitarão a
usinagem (enter para nenhuma);

Faça alterações no desbaste e verifique na simulação os efeitos das mudanças, algumas


sugestões de mudanças:
• Tipo de fresamento
• Profundidade de corte que foi configurada em 5mm e o acabamento será dado em várias passadas,
configure a profundidade total (para dar um passe somente) verifique o tempo antes e após
• Altere a estratégia de acabamento (na Guia: Control) as opções são: Round, Sharp, Twizzle, High
Speed

Introdução a tecnologia CAM 40


Furação

As estratégias de furação no EdgeCAM contemplam uma série de operações de furação (furos


lisos, rebaixadas, alargadas, furos roscados, etc.). Nesta operação vamos dar furar os cinco furos de ∅10mm
o furo de ∅12 e o rebaixo de ∅20 x 10 de profundidade. A estratégia a ser utilizada é a “Hole”. Para esta
operação carregue uma broca tipo “Drill” de 10mm de diâmetro.

Menu: Mill Cycles < Hole

Toolbar: Mill

Caixa de diálogo “Hole Cycle”.

Guia: General

Strategy:
Drill – furo simples, a broca fura
até a profundidade final sem
quebra de cavaco ou eliminação
de cavaco.
Chipbreak – quebra de cavaco.
Ream – alargador.

Bore – ao final da profundidade o


eixo árvore é parado, ideal para
operações de alargamento.

Figura 103. Caixa de diálogo de furação no fresamento.

Dwell time: tempo de parada em segundos no fundo do furo (ideal para operações de rebaixamento ou
alargamento)
Optimise Path: otimização do caminho, isto é, como a ferramenta se deslocará entre um furo e outro;
Tap Cycle: ciclo de rosca (rosca direita ou esquerda)
Tap Type: tipo de macho (mandril de flutuação ou macho rígido)

Introdução a tecnologia CAM 41


Guia: Depth

Figura 104. Caixa de diálogo mostrando as profundidades na furação.

Após pressionar OK as informações que o software solicita são:


Status Bar: Digitise location for hole center: digite a localização do centro do furo.
Pressione “ENTER”

Figura 105. a) Caminhos da ferramenta na furação. b) Imagem da peça após a simulação.

Exercício 10:
• Faça o furo de ∅12 (utilize uma broca tipo drill);
• Faça o rebaixo de ∅20 x 10 profundidade (crie uma nova ferramenta a partir de uma broca drill e
ajuste o Tip Angle para 180º). Nesta operação defina 5 segundos que a ferramenta deverá parar no
fundo.

Introdução a tecnologia CAM 42


GERAÇÃO DO CÓDIGO CNC

Depois de termos todas as estratégias para a fabricação da peça podemos transformar todos os
caminhos das ferramentas em linguagem que a máquina CNC entenda, isto é, o programa CNC. Esta etapa
também é chamada de pós-processamento.

No EdgeCAM esta etapa não pode ser feita com a versão Student Edition, é necessário a chave
de hardware.

Esta operação é bastante simples, veja a seqüência:

Menu: File < Generate Code

Toolbar: Main

Caixa de diálogo Generate CNC Code

CNC Name (nome do arquivo CNC)

Botão “Browse” serve para escolhermos uma pasta e


um determinado disco onde será gravado este arquivo.

Pressione OK.

Figura 106. Caixa de diálogo para a geração do código CNC.

Serão feitas algumas perguntas que irão como comentários no programa CNC. No final do pós-
processamento um Editor de programas CNC que acompanha o EdgeCAM será aberto com o programa
gerado conforme o pós-processador definido no início da usinagem na caixa de diálogo “Machining
Sequence”.

Introdução a tecnologia CAM 43


Veja na Figura 107 a janela do Editor com o programa CNC da peça. O programa está de acordo
com a linguagem FANUC.

Figura 107. Interface do Editor de programas CNC que acompanha o EdgeCAM.

Neste editor o programa poderá ser editado pelo usuário antes de mandar para a máquina CNC.
Mas o ideal é que o pós-processador esteja configurado corretamente, a fim de evitar perdas de tempo
editando programas.

Introdução a tecnologia CAM 44


GERAÇÃO DAS FOLHAS DE PROCESSO

As folhas de processo são documentos extremamente importantes para que o operador tenha
uma visão geral de toda a fabricação da peça, pois nas folhas de processo estão informações do tipo:
ferramentas utilizadas, se a peça já foi aprovada para a fabricação, etc.

No EdgeCAM as folhas de processos denominam de Job Reports e são documentos em HTML,


podem ser visualizados no navegador da internet (ou intranet da empresa).

Para habilitar o Job Report: Execute o programa Job Manager em:


Iniciar < Programas < EdgeCAM < Job Manager

No Menu de Controle da janela do Job Manager, clique em Job


Reports < Enabled, como mostra a figura ao lado.

Figura 108. Janela do aplicativo Job Manager.

Para criar um Job Report:

Clique em “Create” no Job Manager, será aberto a janela conforme Figura 109. Preenche os campos
necessários conforme. Pressione OK, o novo “Job” será criado e fará parte da lista de “Job’s” no Job
Manager.

Introdução a tecnologia CAM 45


Guia: General
Description: Descrição;
Comment: comentário;
Family: família;
Status: status do produto, se está aprovado, não aprovado,
etc.
Sequence: nome da seqüência de usinagem;
Machine tool: pós-processador;
Customer: cliente
Programer: programador;
Material: material da peça;
CAD File: local e nome onde está armazenado o arquivo
CAD;
CAM File: local e nome do arquivo EPF ou PPF;
NC File: local e nome do arquivo CN.

Figura 109. Interface do Job Manager, onde está sendo criado um Job Report.

Este Job deverá ser definido na seqüência de usinagem do EdgeCAM. Porque a usinagem que
definimos não foi até o momento configurado nenhum Job para ela. O procedimento é este.

Na Janela “Sequence” edite a seqüência de usinagem, veja na figura abaixo:

Será aberta a janela “Machine Parameters”, vá até a guia Job Data e


preenche os campos conforme figura abaixo:

Figura 110. Janela da seqüência de usinagem. Procedimento para incluirmos um Job Reports na usinagem.

Introdução a tecnologia CAM 46


Em Job Name coloque o nome do Job Reports
criado no Job Manager.

Pressione OK.

Figura 111. Guia Job Data, onde configuramos o Job Reports na usinagem.

OBS.: A criação do Job Report poderia ser feita no início da usinagem, quando passamos do Design para a
manufatura, na caixa de diálogo Sequence Machining, há uma guia Job Data.

Para criar uma imagem da peça usinada e colocar no Job Reports, simule a usinagem da peça
após o término da usinagem clique em:

Menu: File < Save Job Images

OBS.: Cuide para que a imagem da peça na janela de simulação esteja do mesmo tamanho da área gráfica do
EdgeCAM.

Será aberta a janela Job Image coloque um nome para a imagem.

OBS.: Esta janela está atrás da janela de simulação.

Introdução a tecnologia CAM 47


Abra o Job Reports:

Iniciar < Programas <


EdgeCAM < Job Reports

Será aberto o Internet


Explorer

Clique no link do Job


Report Peça fresada.

Figura 112. Interner Explorer mostrando os Job Reports.

São exibidas informações da usinagem da peça (estas informações são editadas e criadas no
“Job Manager”).

OBS.: Se as figuras não aparecerem no Internet Explorer, vá no “Job Manager”, clique no menu Caixa de
Controle, em seguida clique em Job e por último em Purge. Volte ao Internet Explorer e atualize a página
(clique na tecla F5).

No Job Manager podemos preencher outros campos importantes para o plano de processo.

Figura 113. Job Report da peça fresada apresentando informações sobre o processo (Job Notes), informações
sobre a fixação da peça (Fixture & Gauge Notes) e informações sobre o material (Stock Notes).

Introdução a tecnologia CAM 48


Estas informações são inseridas no Job Manager, nas guias apropriadas a cada assunto.

Observe que os
arquivos que foram
preechidos os campos
com o nome do arquivo
e o local onde se
encontram gravados
surgem no Job Report
na forma de um link. No
caso o arquivo de CAM
e o arquivo NC.

Figura 114. Job Report da peça que usinamos e suas informações.

Introdução a tecnologia CAM 49


ESTUDO DE CASO

De acordo com as instruções do professor quanto ao desenho da peça, dimensões do material


em bruto, ferramentas disponíveis, pós-processador a ser utilizado, faça a usinagem da peça no EdgeCAM e
gere o arquivo CNC.

Introdução a tecnologia CAM 50


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. DINIZ, Anselmo E.; MARCONDES, Francisco C.; COPPINI, Nivaldo L. Tecnologia


da usinagem dos materiais. 2. ed. São Paulo: Aranda, 2000.
2. MACHADO, Aryoldo. Comando numérico: aplicado às máquinas ferramenta. 4. ed.
São Paulo: Ícone, 1990. 461 p.
3. Manuais do EdgeCAM versão 8.75.
4. OMURA, George. Dominando o AutoCAD 2000. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2000. 1206 p.
5. STEMMER, Caspar E. Ferramentas de corte. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 1995. v. 2.

Introdução a tecnologia CAM 51


EXERCÍCIO

Introdução a tecnologia CAM 52


Bibliografia:

SKA RENDER WORKS – Apostilas de treinamento


EDGECAM – Manuais Técnicos EDGECAM 12.5.

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