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Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 

Fonte: Universidade Estácio de Sá 

Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá ­ Campus Menezes Côrtes 
 
Semana  1  :   Leia  o  texto  abaixo  e  responda  às  questões  formuladas  com  base  nas  leituras indicadas no plano de aula e 
pelo seu professor. 
 Jonas,  após  um  churrasco  em  que  ingeriu  cinco  copos  de  cerveja,  ainda  que  alertado  por  um  amigo  sobre  a  nova  lei  de 
trânsito,  que  proíbe  dirigir  embriagado,  decide  ir  embora  dirigindo  seu  carro,  pois  afirma  que  não  se  encontra  embriagado e 
que,  portanto,  não  há  qualquer  perigo  em  dirigir.  Tão  logo  sai  da  casa  de  seu  amigo  é  surpreendido  por  uma  “blitz”  e 
submetido  ao  teste  do  bafômetro,  do  qual  resulta  a  constatação  da  alcoolemia  de  Jonas  em  índice  previsto  pela  Lei  n. 
9503/1997  (art.  306)  para  fins  da caracterização do crime de embriaguez ao volante. Ante o exposto, sendo certo que Jonas 
dirigia  de  forma  normal,  qual  a  fundamentação  para  a  intervenção  penal  sobre  sua  conduta  e,  conseqüente, 
responsabilização  penal?  Responda  de  forma  justificada  com  base  nos  estudos  realizados  sobre  as  missões  do  Direito 
Penal no Estado Democrático de Direito. 
Resposta:  A  fundamentação  para  a intervenção penal sobre sua conduta, e consequentemente, responsabilização penal é a 
Lei  nº.9503/1997  (art.  306).  As  missões  do  Direito Penal no Estado Democrático de Direito é buscar ser efetivo nos direitos 
e garantias fundamentais, sendo como uma forma de controle social. 
Lei n. 9503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro ­ CAPÍTULO XIX ­ DOS CRIMES DE TRÂNSITO 
Seção II ­  Dos Crimes em Espécie 
Art.  306.  Conduzir  veículo  automotor,  na  via  pública,  estando  com  concentração  de  álcool  por  litro  de  sangue  igual  ou 
superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:  
Penas  ­ detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para 
dirigir veículo automotor.  
Parágrafo  único.  O  Poder  Executivo  federal  estipulará  a  equivalência  entre  distintos  testes  de  alcoolemia,  para  efeito  de 
caracterização do crime tipificado neste artigo 
 
b)  Não  obstante  a  falha  do  sistema  penal,  o  mesmo  continua  a  ser  considerado  um “mal necessário” à sociedade moderna 
na  medida  em  que  visa,  diante  da  complexidade  das  situações  fáticas  delituosas  que  lhe  são  apresentadas,  exercer  um 
controle  social  formal  e  institucional  que  atenda  à  toda  a  coletividade,  desde  que,  no  caso  concreto,  seja a única forma de 
controle  social  capaz  de  proteger  determinado  bem  jurídico.Neste  contexto,  diante  do  Estado  Democrático  de  Direito, 
baseado  na  dignidade  da  pessoa  humana,  assinale  a  alternativa  correta  acerca  das  missões  e  características  do  Direito 
Penal:  

a)      o  Direito  Penal  possui  como  características  ser  essencialmente  preventivo  e  repressivo,  buscando  sempre  que 
possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma de controle penal; 
b)      o  Direito  Penal  possui  como  missão  a  efetivação  dos  direitos  e  garantias  fundamentais,  sendo,  portanto,  utilizado 
como primeira forma de controle social com vistas à máxima repressão das condutas delitivas; 
c)    o  Direito  Penal  possui  como  características  ser  essencialmente  preventivo,  retributivo  e  ressocializador,  buscando 
sempre que possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma de controle penal; 
Correta  ⇒  d)  o  Direito  Penal  possui  como  missão  a  efetivação  dos  direitos  e  garantias  fundamentais,  e  possui  como 
características  ser  essencialmente  preventivo,  retributivo  e  ressocializador,  buscando  sempre  que  possível,  a aplicação de 
medidas  alternativas  às  penas  privativas  de  liberdade  como  forma  de controle penal e portanto, devendo ser utilizado como 
última forma de controle social. 
 
c)  Assinale a alternativa  incorreta: 
a)  A  prevenção  da  vingança privada (na medida em que o Direito penal tenha incidência evita que a vítima assuma por si só 
a  tarefa  de  “castigar”  o  infrator)  e  o  fato  de  servir  como  conjunto  de  garantias  para  todos  os  envolvidos  no  conflito  (e  no 
processo) penal são algumas das finalidades do Direito penal. 
Incorreta  ⇒  b) A fragmentariedade do Direito penal possui apenas um significado, qual seja, o de que somente os bens mais 
relevantes devem merecer a tutela penal. 
c)  O  princípio  da  intervenção  mínima  determina  que  a  intervenção  penal  deve  ser  fragmentária  e  subsidiária.  Isso  é  o  que 
caracteriza  o  chamado  Direito  penal  mínimo.  O  princípio  da  intervenção  mínima  possui  dois  aspectos  relevantes: 
fragmentariedade e  subsidiariedade.  
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima, deverá evitar a criminalização de condutas que 
possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais, menos onerosos ao indivíduo 
 
Semana 2 :  Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e 
pelo seu professor. 


Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18h, na Av. República Argentina, n. 000, Bairro Centro, na cidade de Blumenau, 
Belízia, locatária do apartamento de Ana Maria, deixou o imóvel e levou consigo algumas tomadas de luz, dois lustres e 
duas grades de ferro, bens de que detinha a posse e detenção em razão de contrato de locação. Ana Maria dirigiu­se ao 
imóvel tão logo tomou ciência de que Belízia havia o abandonado sem efetuar o pagamento do último aluguel, bem como 
constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que guarneciam parte do imóvel conforme descriminado no contrato de 
locação.  
Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de apropriação indébita, previsto no art.168, do Código Penal, 
tendo a sentença rejeitado a denúncia sob o fundamento de que sua conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar 
em responsabilização penal.  
Apropriação indébita:  Art. 168. Apropriar­se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:  
                 Pena ­ reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual(is) princípio(s) norteador(es)de 
Direito Penal? Responda de forma fundamentada. 
Resposta:  É  correto  afirmar  que  a  decisão  do  magistrado  teve  fundamento  no  Principio  da  Intervenção  Mínima,  da  qual  o 
Direito  Penal  só  pode  ser  usado  como  forma  de  controle  social  se  realmente  eficaz  e  necessário.  No  caso  acima descrito 
poderia ser solucionado pelo Direito Civil, e o Principio da Insignificância poderia ser usado dependendo do valor dos lustres. 

3)  Leia  o  texto  abaixo  e  responda  às  questões  formuladas  com  base  nas  leituras  indicadas  no  plano  de  aula  e  pelo  seu 
professor. 

João  da  Silva  foi  denunciado  pelo  delito  de  moeda  falsa,  previsto  no  art.  289  do  Código  Penal, por ter falsificado uma nota 
de  R$  50,00  e  colocado­a  em  circulação.  O  feito  foi  distribuído  perante  a  Justiça  Federal,  tendo  o  réu  sido  citado  para 
apresentação  de  resposta.  Na  qualidade  de  advogado  de  João  da  Silva,  apresente  a  tese  defensiva  a  ser  sustentada  de 
modo  a  afastar  a  tipicidade  da  conduta,  com  base  nos  estudos realizados sobre os  princípios norteadores do Direito Penal 
no Estado Democrático de Direito.  

Moeda falsa  
Art. 289. Falsificar, fabricando­a ou alterando­a, moeda metálica ou papel­moeda de  curso legal no país ou no estrangeiro:
  1°  Nas  mesmas  penas  incorre  quem,  por  conta  própria  ou  alheia,  importa  ou  exporta,  adquire, 
cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.  
Pena ­ reclusão, de três a doze anos, e multa. 
Resposta: A tese é fundamentada no Princípio da Insignificância, ficando claro que a falsificação ocorreu apenas no valor de 
R$ 50,00, embora não deva ser acatada pelo juíz neste crime. 

3)  O  princípio  da  ultima  ratio :  (Prova  de  ingresso  à  Carreira  de  Promotor  de  Justiça  –  Ministério  Público  Estadual  –  RO 
­2006). 
a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei. 
b)  constitui­se  em  sistema  descontínuo  de  seleção  de  ilícitos  não  sancionando  todas  as  condutas  lesivas  dos  bens 
jurídicos, apenas as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes. 
c) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade. 
d) implica na irretroatividade da lei penal. 
Correta  ⇒  e)  estipula  que  a  criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima se constituir meio necessário para a proteção de 
determinado bem jurídico. 
 
4)  Acerca  do  significado  dos  princípios  limitadores  do  poder  punitivo  estatal,  assinale  a  opção  correta :  (Exame  de  Ordem 
2009.1 OAB/ CESPE­UnB) 
a)  Segundo  o  princípio  da  ofensividade,  no  direito  penal  somente  se  consideram  típicas  as  condutas  que  tenham  certa 
relevância  social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de 
tipicidade. 
Correta  ⇒  b)  O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como ultima ratio, orienta e limita 
o  poder  incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a  criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima  se  constituir  meio 
necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 
c)  Segundo  o  princípio  da  culpabilidade,  o  direito  penal  deve  limitar­se  a  punir  as  ações  mais  graves  praticadas  contra  os 
bens jurídicos mais importantes, ocupando­se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica. 
d) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a 


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dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico psíquica dos condenados por sentença transitada em 
julgado. 
 
 
Semana 3 :  1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e 
pelo seu professor. 
  Instaurado  inquérito  policial  para  fins  de  averiguação  de  autoria  e  materialidade  e,  conseqüente  responsabilização  penal 
pela  prática  de  tráfico  ilícito  de  drogas,  previsto  no  art.33,  da  Lei n.11343/2006, por ter, em março de 2010 sido flagrado em 
uma  boate  portando  quantidade  elevada  dos  hormônios  testosterona  em  comprimidos  e  estrogênio  equino,  Alex  Sandro 
Lima,  impetrou  Habeas  Corpus  com  vistas  ao  trancamento  do  referido  inquérito  policial,  sob  o argumento de atipicidade da 
conduta  por  ausência  de  expressa  previsão  legal  acerca  das  substâncias  apreendidas,  haja  vista  o  fato  das  mesmas 
configurarem drogas de uso médico e veterinário, não sendo compreendidas, portanto, pelo respectivo dispositivo legal. 
    Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre teoria da norma, sua interpretação e norma penal do mandato em 
branco,  responda:  deve  a  ordem  ser  concedida?  Responda  de  forma  objetiva  e  fundamentada.  A  ordem  não  deve  ser 
concedida porque as drogas não foram usadas para suas devidas finalidades. 
Resposta:  Não,  pois  tem  não  na  regulamentação  da  lei  em  branco,  presente  na  lista  da  Anvisa  a  substância  mencionada 
como causadora de dependência.  
 
2)  Fábio,  funcionário  de  uma  empresa  pública,  recebe  de  seu  superior,  Alexandre,  a  atribuição de realizar o pagamento dos 
empregados  da  referida  empresa.  Ao  perceber  a  vultosa  quantia  à  sua  disposição,  Fábio,  auxiliado  pelo  bancário  Luiz, 
decide  desviar  parte  do  valor,  depositando­o  em  sua  conta  corrente.  Sendo  certo  que  o  dolo  de  apoderar­se  da  referida 
quantia  surgiu  no  momento  em  que  Hélio  a  teve  à  sua  disposição  e,  portanto,  posteriormente  à  concessão  da  referida 
atribuição.  Ante  o  exposto,  surge  o  denominado  conflito  aparente  de  normas  entre  os  delitos  de  apropriação  indébita, 
previsto  nos  art.  168, caput e §1°, III e peculato, art. 312, caput , ambos do Código Penal. Com base nos estudos realizados 
sobre  o  tema,  solucione  o  caso  concreto  de  modo  a  tipificar  corretamente  a  conduta  de  Fábio  indicando  o  princípio  a  ser 
adotado. Fundamente a resposta.  
a) consunção.. 
Correta  ⇒  b)  Príncipio  da  especialidade.  O  princípio  da  especialidade  revela  que  a  norma  especial  afasta  a  incidência  da 
norma geral 
c) subsidiariedade 
d) proporcionalidade. 
 
Semana 4 : i 1) Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida de solteiro em um bar com alguns amigos. 
Finda a farra, André, conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo sua conduta tipificada como incursa no 
delito de lesões corporais culposas na direção de veículo automotor (art. 303, da Lei n. 9503/1997). No curso da ação penal, 
restou demonstrado pelos exames periciais que André encontrava­se embriagado no momento do acidente, razão pela qual 
a pena imposta à sua conduta foi majorada de acordo com expressa previsão legal. Dois meses após sua condenação, 
entra em vigor a Lei n.11705, de 19 de junho de 2008, que revogou expressamente a causa de aumento prevista no Código 
de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o conflito de leis penais no 
tempo, a alteração legislativa terá relevância para a sanção imposta à conduta de André? Responda de forma justificada. 
Código de Trânsito Brasileiro. Lei n. 9503/1997 

Dos Crimes em Espécie 

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor:  

detenção,  de  dois  a  quatro  anos,  e  suspensão  ou  proibição  de  se  obter  a permissão ou a habilitação
veículo automotor.  

Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à
metade, se o agente:  
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

(Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006  e  revogado pela Lei nº 11.705, de 19/6/2008) 

. Praticar  lesão corporal culposa  na direção de veículo automotor:  

detenção,  de  seis  meses  a  dois  anos  e  suspensão  ou  proibição  de  se  obter  a  permissão  ou  a  habilitação


Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

dirigir veículo automotor.  

único.  Aumenta­se  a  pena  de  um  terço  à  metade,  se  ocorrer  qualquer  das  hipóteses  do  parágrafo
artigo anterior. 

  Resposta:  Antes  da  entrada  em viigor da lei11705 não havia possibilidade de serem aplicados, em um mesmo caso, os art. 


302  /  303  combinados  com  o  art.  306,  tendo  em  vista  que  se  o  condutor  do  veículo  estivesse  sob  efeito  de  substancia 
alcoólica,  tal  fato  seria  usado  como  causa  de  aumento  de  pena,  afastado  assim  a  incidência  do  artigo  306  CTB,  Com  a 
entrada  em  vigor  da  lei  11705, foi revogadoo inciso 5 do paragrafo único dos art. 302 e 303, permitindo assim a aplicação de 
tais  artigos,  em  conjunto  com  o  306,  contando para os casos ocorridos antes de 19/06/2008 (lei 11705) surge uma novacios 
legis in melius, afastando­se a incidência do artigo 5, e consequentemente o aumento de ⅓ da pena. 
 
2)  Leia  o  texto  abaixo  e  responda  às  questões  formuladas  com  base  nas  leituras  indicadas  no  plano  de  aula  e  pelo  seu 
professor.  
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália em MT 
Polícia Rodoviária Federal deteve uma peruana com 1 kg de pasta base de cocaína escondido na sandália em Rondonópolis 
(MT), no km 212 da BR­364, na segunda­feira. Ela estava em um ônibus que seguia de Porto Velho (RO) para São Paulo.  
Durante fiscalização, os policiais perceberam que a passageira Rosemery Tilsa Evaristo Pio, 37 anos, estava muito 
nervosa. Foi verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. Ao informá­la de que ela passaria por uma 
revista pessoal, os policiais solicitaram que ela retirasse a sandália que calçava. Quando o policial pegou a sandália, 
desconfiou de seu peso e resolveu abrir o calçado, quando encontrou a droga. Rosemery disse que pegou a cocaína na 
Bolívia e que a levaria para a cidade de Campinas (SP), recebendo U$S 800. Ela foi conduzida para a delegacia da Polícia 
Federal. 
Ante  o  exposto,  sendo  Rosemary  Tilsa   peruana,  poderá  a  lei  brasileira  ser  aplicada  à  sua  conduta?  Responda, 
justificadamente, com base nos estudos realizados sobre o  tema lei penal no espaço .  
Resposta: Sim, usando o principio da territoriedade 

3)  JOSÉ  foi  vítima  de  um  crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código 


Penal,  em  seu  artigo  4.º,  com  vistas  à  aplicação  da  lei  penal,  considera  praticado  o  crime  no  momento  da  ação  ou 
omissão,ainda  que  outro  seja  o  momento  do  resultado.  No  curso  do  crime  em  questão,  antes  da  liberação  involuntária  do 
ofendido,  foi  promulgada  e  entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. 
Concurso de Ingresso na Magistratura­ Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) 
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. 
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. 
Correta ⇒  c)  A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência. 
d)  A  lei  nova,  mais  severa,  não  se  aplica  ao  fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com 
vistas  à  aplicação  da  lei  penal,  o  momento  da  ação  ou  omissão  e  o  momento  do  resultado,  aplicando­se  a  sanção  da  lei 
anterior, por ser mais branda. 
 
4)  Sobre  a  aplicação  da  lei  penal  no  tempo  e  no  espaço,  o  Código  Penal  Brasileiro  adotou,  respectivamente,  as  teorias 
da(do) (Defensor/RN/2006) 
a) ubiquidade e resultado. 
b) ubiquidade e ambiguidade. 
c) resultado e ubiquidade. 
Correta ⇒ d) atividade e ubiquidade. 
 
 
 
Semana 5 : Casos Concretos:   Aplicação Prática Teórica 
1)  A  partir  da  leitura  comparativa  entre  os  dispositivos  legais  concernentes  à  tipificação  da  conduta  do  uso  indevido  de 
drogas,  constantes,  respectivamente,  nas  Leis  n.  6368/1976  e  11343/2006,  consoante os estudos realizados sobre a Teoria 
do  Delito,  é  correto  afirmar  que  a  conduta  de  uso  indevido  de  drogas  foi  descriminalizada  pela  nova  redação  legal 
estabelecida pela Lei . 11343/2006? Responda de forma justificada. 
Lei n. 6368/1976 
Art Art.16.   Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio,substância  
   entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo  com
determinação legal ou regulamentar: 


Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

P      Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 20 a 50 dias­multa.

  
Lei n. 11343/2006 
         Art. 28 .  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I ­ advertência sobre os efeitos das drogas; 
II ­ prestação de serviços à comunidade; 
III ­ medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 
garantia  do  cumprimento  das  medidas  educativas  a  que  se  refere  o  caput,  nos  incisos  I,  II
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê­lo, sucessivamente a: 
I ­ admoestação verbal; 

Resposta:  Não  se  trata  de  abolicius  crimem  (discriminização  da  conduta),  mas  sim  que  o  crime  de  uso  de  drogas  não 
admite pena de prisão , aplicando pena alternativa, com previsão legal do art. 5 inciso 46 da CF/88 
 
 2)   No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que comete um ilícito penal é: (OAB/RS AGO/2006) 
a)    Objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para produzir o ilícito penal. 
Correta ⇒ b)    Subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente no resultado produzido. 
c)    Subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do agente para produzir o ilícito penal, e, objetiva, ao se 
analisar o resultado produzido. 
d)    Objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do agente para produzir o  ilícito penal. 
Letra: B 
 
 
Semana 6 :  C   asos Concretos: 
 
1)  Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no 
seu plano de aula e por seu professor. 
Padrasto é preso acusado de espancar enteado de três anos 
O  padrasto  de  um  menino  de  três  anos  foi  preso  no  fim  da  noite  desta  quarta­feira  em  Duque  de  Caxias  acusado  de 
espancar  a  criança.  O  menino  foi  levado  pela  mãe,  Patrícia  Alves,  de  26  anos  para  o  Hospital  de Saracuruna, em Caxias, 
com um grande hematoma na cabeça. Ela teria dito aos médicos que a criança, que tem uma deficiência mental, tinha caído 
de  seus  braços,  mas  depois  acabou  confessando que o menino foi agredido pelo padrasto. De acordo a polícia, os médicos 
teriam  desconfiado  da  versão  que  a  mulher  estava  contando  porque  não  era  a  primeira  vez  que  ela  levava  a  criança  ao 
hospital. Segundo os médicos, foi a terceira vez que Patrícia esteve na unidade, sempre contando a mesma história. Depois 
de  pressionada  ela  acabou  contando  que  a  criança  fora  vítima  do  padrastro,  Elias  Barbosa,  de  34  anos.  De  acordo  com  a 
Secretaria  estadual  de  Saúde,  o  menino  foi  operado  e  está internado em coma no Centro de Terapia Intensiva, e corre risco 
de  vida.  Ainda  de  acordo  com  a secretaria, a criança teve traumatismo craniano e chegou ao hospital com escoriações pelo 
corpo  todo.  A  mãe  foi  detida  no  hospital por policiais do 15º BPM (Duque de Caxias). Na delegacia, ela prestou depoimento 
e  foi  liberada.  Já  seu  marido  foi  preso  em  casa,  na  Rua  Coronel  Matos,  quando  fazia as malas para fugir. Ele foi preso em 
flagrante. O caso está sendo investigado pela 60ª DP (Campos Elíseos).  
  
Ante  o  caso  concreto  exposto,  com base nos estudos realizados sobre ação e omissão, responda: Patrícia também poderia 
ser  responsabilizada  criminalmente  caso  tivesse  se  omitido  face  às  agressões  perpetradas  por  Elias  e  a  criança  tivesse 
sido socorrida por vizinhos?  
Resposta:  Sim.  Ela  se  omitiu  como  agente  garantidor  (crime  136), mesmo tendo conhecimento das agressões, e deixou os 
fatos  prosseguirem.  Ele  responderá  na  qualidade de agente garantidor nos termos do artigo 13 ­ parágrafo 2o ­ A. Lembre­se 
que  o  crime  em  análise  (possivelemente  maus  tratos)  é  praticado  por  ação,  sendo  aplicado  a  genitora  na  forma  de  crime 
comissivo por omissão (ou omissivo impróprio). 
 
2)  Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame OAB/CESPE­UnB). 
  Correta  ⇒  a)  ao  condutor  do  veículo  que,  por  motivo  de  segurança,  deixa  de  prestar  socorro  à  vítima  de  acidente,  mas 
solicita auxílio da autoridade pública. 
 b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque deseja que este o ajude no trabalho. 


Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

 c)  ao  médico  que,  em  face  de  pedido  do  paciente,  deixa  de  denunciar  à  autoridade  pública  doença  cuja  notificação  seja 
obrigatória. 
 d)  ao  servidor  público  que  deixa  de  praticar,  indevidamente,  ato  de  ofício,  para  satisfazer  sentimento  pessoal  de 
comiseração. 
  
3)  Os  crimes  onde  o  agente  tem a obrigação de agir para evitar o resultado, isto é, devendo agir com a finalidade de impedir 
a ocorrência de determinado evento, são chamados de: (Exame OAB/MG. 1 Fase. Março 2002) 
a) crimes omissivos próprios; 
b) crimes comissivos; 
Correta ⇒ c) crimes comissivos por omissão 
d) crimes de mera conduta. 
 

Semana 7 :   Casos Concretos 
1 ) Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no 
seu plano de aula e por seu professor. 
Tragédia:  "Acidente deixa gravemente ferido deputado Fernando Carli Filho. Violenta colisão na madrugada matou dois 
jovens no bairro Mossunguê". 
"Concluído pela polícia polícia paranaense o inquérito que investigava o acidente provocado pelo ex­deputado Fernando 
Ribas Carli Filho. Ele estava embriagado e dirigia seu carro a 167 quilômetros por hora, quando, em 07 de maio, colidiu com 
outro veículo e matou duas pessoas. Carli Filho foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual". 
  
Diante do caso apresentado por dois veiculos de comunicação e, com base nos estudos realizados sobre os tipos penais 
responda ao que se pede e desenvolva sua argumentação com base na leitura de seu material didático.: 
a) Consoante a classificação dos tipos penais em dolosos  e culposos, diferencie dolo eventual e culpa consiciente.  
Resposta: Culpa Consciente: embora prevendo o resultado, acredita que ele não ocorrera. 
Dolo Eventual: Agente mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de produzi­lo. 
b) Diante dos dados constantes no inquérito policial e no respectivo indiciamento, aplicar­se­á, caso, a Lei n.9503/1997 
(Código de Trânsito Brasileiro) ou o Código Penal? 
Resposta: Será aplicado o código penal pela gravidade do resultado 
  
2)  É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE­UnB).  
a) a observância de um dever objetivo de cuidado. 
Correta ⇒ b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
d) a previsibilidade. 
  
3)  Com  base  nos  estudos  realizados  sobre  a  distinção  entre  e  dolo  e culpa, selecione,a opção correta. Responda de forma 
justificada e indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is) aplicáveis. 
a)  Quando  o  agente  deixa  de  prever  o  resultado  que  lhe  era  previsível,  fica  caracterizada  a  culpa  consciente  e  o  agente 
responderá por delito preterdoloso.. 
b)  Quando  o  agente,  embora  prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque acredita, sinceramente, que esse 
resultado não venha a ocorrer, caracteriza­se a culpa inconsciente. 
c)  Quando  o  agente  pratica  uma  conduta,  da  qual  advém  um  resultado  mais  gravoso  que  o  pretendido,  sendo  este 
previsível,  será  responsabilizado  penalmente  por  ambos  os  resultados,  ainda  que  não  tenha  assumido  o  risco  de  sua 
produção. 
Correta  ⇒  d)  Quando  o  agente,  embora  não  querendo  diretamente  praticar  a  infração  penal,  não  se  abstém  de  agir  e,  com 
isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
 
Semana 8 ­  C   asos Concretos : 
Tendo em vista as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da relação de causalidade, solucione o caso concreto a 
seguir: 
“Angélica ao sair da casa de sua amiga Anastácia, por volta das 22h em um sábado, é abordada por Adilson que se 
aproxima gritando: isto é um assalto, passa tudo rápido! Aterrorizada com a situação, Angélica nada faz, o que gera raiva 
em Adilson que acaba por atirar em sua vítima vindo a acertá­la no peito. Angélica é prontamente socorrida por sua amiga 
Anastácia que vira tudo da janela da sua casa e telefonara para a polícia, todavia já chega ao hospital morta e, por meio dos 
exames cadavéricos realizados – necropsia, restou comprovado que Angélica 


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Fonte: Universidade Estácio de Sá 

falecera em razão de um ataque cardíaco sofrido no momento do assalto e não da hemorragia traumática decorrente das 
lesões causadas pelo projétil, oriundo da arma de fogo de Adilson. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre 
relação de causalidade responda, fundamentadamente, indicando a teoria adotada e o respectivo dispositivo legal, se o 
resultado morte de Angélica será imputado a Adilson. 
Resposta: Não o crime não será imputado a Adilson pela superveniência de causa relativamente independente exclui a 
imputação quando, por si só, produziu o resultado. Pela teoria de causa concomitante absolutamente independente a morte 
foi causada pela ataque cardiaco e não pelo disparo. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
As questões 1 e 2 contém situações hipotéticas que versam sobre o tema relação de causalidade., Dentre as soluções 
apresentadas para cada caso, assinale a alternativa correta. 
1) Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: (CESPE/TRE/GO Analista judiciário 2009). Pablo 
atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabeça, dois no 
tórax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital público mais próximo, apurando­se que necessitava de 
urgente intervenção cirúrgica. No entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave acidente 
envolvendo dois ônibus e as vítimas estavam sendo socorridas, não foi possível que os médicos ministrassem a Luiz, de 
forma imediata, o tratamento necessário. Convocou­se, então, um médico que estava de folga e que, tendo 
chegado ao hospital 30 minutos após a internação de Luiz, passou a cuidar do paciente. Ainda que Luiz tenha recebido 
atendimento médico, constatou­se que seu estado de saúde já se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a 
cirurgia para retirada dos projéteis, não resistiu e veio a falecer. 
a) houve a superveniência de causa absolutamente independente, consistente na demora no atendimento médico a Luiz, o 
que implica que Pablo somente responderá pelas lesões corporais causadas. 
b) o resultado morte somente foi produzido em razão da ausência de tratamento médico imediato da vítima, havendo uma 
ruptura do nexo causal. 
c) ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a responsabilização de Pablo pelo resultado 
morte. 
Correta ⇒  d) o resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por 
Pablo, que responderá pelo resultado produzido. 
 
2) Antônio, em decorrência de atropelamento, sofre múltiplas lesões graves que determinam sua internação no Hospital de 
Pronto­Socorro, onde permanece vários dias imobilizado. Em razão do acontecido, Antônio contrai broncopneumonia que 
acaba por matá­lo. Pedro, o motorista causador do atropelamento por imprudência, responderá processo criminal por: 
(Concurso Magistratura/RS­2003) 
Correta ⇒  a) homicídio culposo, pois a morte de Antônio, determinada por causa relativamente independente, situa­se na 
linha de desdobramento físico do atropelamento. 
b) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considerada causa absolutamente independente. 
c) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considerada causa relativamente independente, não figurando a 
morte da vítima, no entanto, na linha de desdobramento físico do atropelamento. 
d) lesões corporais seguidas de morte, não incidindo, no caso, a regra geral da relação de causalidade prevista no Código 
Penal. 
e) tentativa de homicídio, absorvidas as lesões, porque, no caso, a broncopneumonia é reputada causa superveniente 
relativamente independente. 
 
 
Semana 9 ­  C   asos Concretos: 
 
Mariana, com a finalidade de adquirir um aparelho de TV novo, mas sem condições financeiras para pagá­lo, subtraiu da 
carteira de sua patroa, Maricarla, um talonário de cheques e a carteira de identidade, da qual retirou a fotografia de Maricarla 
e colou a sua, em substituição. Já na loja de departamentos, ao efetuar o pagamento do referido aparelho de TV, por meio 
da apresentação de 10 cheques, dentre os subtraídos e falsificados por ela, bem como da identidade de Maricarla, para fins 
de parcelamento do valor do bem, pois não pretendia chamar atenção de ninguém com sua conduta, ficou nervosa ao 
verificar que a funcionária do caixa consultava o 
título de crédito, conduta esta de costume para a funcionária, e pressentindo que seria descoberta, resolveu abandonar a 
loja, sendo, então, seguida por um segurança desta e detida ainda no estacionamento do shopping no qual se localizava a 
loja. Ante o exposto, partindo­se da premissa que a conduta de Mariana está descrita no tipo penal do delito de estelionato, 
art.171, do Código Penal, é correto afirmar que sua conduta restará tentada ou configuraria desistência voluntária ou, ainda, 
arrependimento eficaz? Responda de forma justificada de modo a diferenciar os citados institutos e seus efeitos 
jurídico­penais. Indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is). 


Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

Resposta: Mariana cometeu o crime de estelionato na forma tentada, pois não desistiu de forma voluntária e sim porque 
ficou com medo de ser descoberta. Arrependimento eficaz seria se ela tivesse condições de sair da loja com a TV e tivesse 
desistido. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Sobre os critérios distintivos dos institutos da tentativa, desistência voluntária, arrependimento eficaz e arrependimento 
posterior: assinale a alternativa correta: 
a) ocorre a tentativa quando, após iniciado o processo executório, o agente interrompe, por ato voluntário, a execução do 
tipo; 
b) a desistência voluntária e o arrependimento eficaz, quando comprovadas, caracterizam causa de diminuição de pena;c) o 
arrependimento posterior, cabível nos delitos praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa, é considerado causa 
excludente da ilicitude; 
Correta ⇒  d) diferencia­se a tentativa da desistência voluntária, pois enquanto na primeira não ocorre a consumação por 
circunstâncias alheias à vontade do agente, na 
desistência voluntária, o agente decide, voluntariamente, interromper o processo 
executório antes da consumação do delito. 
  
2) Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. 
Mesmo dispondo de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu­se, desistiu de continuar a ação criminosa e 
prestou imediato socorro a Bernardo, levando­o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental para a 
preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando incapacitado para suas 
ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas 
pelos disparos. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. (EXAME OAB/CESPE­UNB 2009.3.) 
Correta ⇒ a) Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
b) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
c) A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de sua conduta. 
d) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando­o isento de pena. 
 
 
 
Semana 10 ­  C   asos Concretos: 
1) Leia o caso concreto abaixo e responda às   questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo 
seu professor: 
Policiais são suspeitos de manter refém em delegacia em SP. Um investigador da Polícia Civil, um cabo da PM e dois 
seguranças informantes da polícia são suspeitos de sequestrar um ex­presidiário e mantê­lo duas horas em cativeiro no 9º 
DP de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, na noite de terça­feira. Os acusados exigiram R$ 100 mil para soltar 
Pedro Henrique Brito dos Santos, caso contrário, iriam forjar um flagrante de tráfico de drogas. Os quatro sequestradores 
acabaram presos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Em liberdade desde 2005, Santos teria sido extorquido 
por ser cunhado de Josiel Lopes Cordeiro, o Tiganá, acusado de envolvimento no furto de R$ 164,7 milhões do Banco 
Central de Fortaleza (CE), em 2005. Tiganá foi absolvido e acabou assassinado por PMs de Osasco à paisana, em 2008. 
Segundo a Corregedoria da Polícia Civil e da PM, os policiais abordaram Santos às 18h30 em uma viatura. O investigador 
Joaldenir Patrício Diniz, o cabo Luids Ranes Santos do Nascimento e os seguranças Rogério Ribeiro Machado e Fernando 
Moreira de Oliveira o levaram até a delegacia, que fecha à noite e estava vazia no momento do crime. Acuado, Santos 
telefonou para a família, disse que estava preso e precisava de R$ 100 mil para o resgate. A família do ex­presidiário avisou 
a Corregedoria, que orientou uma cunhada de Santos a levar o dinheiro até o 9º DP, onde os quatro acusados foram presos 
em flagrante por extorsão mediante seqüestro. 
   Art.159, CP.Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição de preço ou 
resgate: Pena ­ reclusão, de oito a quinze anos. 
A  partir  dos  estudos  realizados  acerca  da  classificação  dos  delitos  quanto  ao  resultado  naturalístico,  ante o caso concreto 
exposto,  responda:  possui  relevância  jurídica  para a consumação do delito de extorsão mediante sequestro o pagamento do 
resgate pela família da vítima? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta:  Não,  porque  o  Art.  159  do  CP  é  um  delito  formal  e  sua  consumação  ocorrerá  no  instante  do  arrebatamento  da 
vítima,  independente  do  pagamento  do  resgate.  O  caso  em  questão  nos revela crime de concussão previsto no Art. 316 do 
CP,  haja  vista  o  meio  empregado  para  a  exigência  da  vantagem  indevida  sob  pena  de  ser  causado  à  vítima  mal  injusto  e 
grave (futuro). 
 
2)Os elementos normativos do tipo são aqueles que: (OAB/MG.AGO/2004) 


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a) dispensam valoração para a apreensão do seu significado; 
b) quando inseridos no tipo, reforçam a garantia do princípio da reserva legal; 
Correta ⇒  c) exigem uma especial valoração para a apreensão do seu significado; 
d) não se encontram previstos na legislação penal brasileira. 
  
3) Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) crime vago é aquele que tem por sujeito passivo entidade sem personalidade jurídica. 
b) o crime de peculato, previsto no art.312, do CP, é considerado crime próprio. 
Correta ⇒  c) crime pluriofensivo é o que lesa ou expõe a perigo de dano mais de um bem jurídico 
d) no crime permanente, a consumação prolonga­se no tempo e, assim, o agente não pode fazer cessar a atividade 
delituosa. 
 
 
 
Semana 11 ­  C   asos Concretos: 
1)  Leia  o  caso  concreto  abaixo  e  responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo 
seu professor. 
CAIO  resolve  realizar  uma  viagem  ao  Pantanal,  contratando  um  experiente  guia  da  região,  TÍCIO,  para  auxiliá­lo.  Mesmo 
tendo  comunicado  ao  guia  sua  total  inexperiência  neste  tipo  de  viagem,  TÍCIO  não  vê  perigo  em  deixar  CAIO  sozinho  no 
acampamento,  local  que  acreditava  ser  seguro,  enquanto  foi  buscar  lenha. De repente, TÍCIO ouve gritos vindo do rio, e ao 
chegar  lá,  depara­se  com  a  cena  de  um  enorme  jacaré  segurando  CAIO  pelas  pernas.  Em  face  da magnitude do animal, e 
por  não  possuir  qualquer  arma,  TÍCIO  se  abstém  de  tentar  o  salvamento,  observando  enquanto CAIO é morto pelo animal. 
Indaga­se:  Poderá  TÍCIO  ser  responsabilizado  pelo  resultado  morte?  Responda  de  forma  fundamentada,  apontando  o 
dispositivo legal aplicável. (30º Exame OAB/RJ – 1ª Fase) 
Resposta:  Sim.  A questão versa sobre ocorrência em tese de crime de homicídio culposo praticado por Tício que deixou em 
perigo  o  turista  pantaneiro  Caio  que  acabou  morrendo  após  o  ataque  de  um  enorme  jacaré,  não  sendo  possível defender a 
vítima,  porque  o  agente  garantidor não trazia arma para esboçar defesa. Ficou claro que o turista é inexperiente naquele tipo 
de  viagem  ou  não  tinha  como  se  defender  dos  riscos  resultantes.  Tício  agiu  de  forma  comissiva  por  omissão,  porque  não 
soube prever o que era previsível. 
►  Há  outra  corrente  pensadora  no  sentido  se  isentar  Tício  de  qualquer  responsabilidade  pelo  resultado  morte  de  Caio, 
porque,  embora  inicialmente  na  condição  de  agente  garantidor  nos  termos  so  §2º,  letra  b  do  art.  13  do  CP,  a  lei  não  exige 
deste  que  aja  em  situações  nas  quais  há  colisão  entre  o  bem  jurídico  (seu  e  da  vítima)  haja  vista  não  ter  o dever legal de 
enfrentar  o  perigo.  sobressai  do  caso  que  Caio  foi  deixado  em  acampamento  seguro  e  momentos depois estava à beira de 
um  rio  e  foi  atacado  e  o  jacaré,  cujo  enfrentamento  seria  inviável,  merecendo  a  conduta  a  abertura  do  estado  de 
necessidade. 
 
2)  Maurício  de  Oliveira,  médico  plantonista  em  um  hospital  público,  tendo  sob  sua  responsabilidade  diversos  pacientes, 
constata  que,  dois  deles  precisam  ser  encaminhados  com  urgência,  à  UTI  (Unidade  de  Terapia  Intensiva)  em  razão  da 
gravidade  e  piora  dos  respectivos  quadros  clínicos.  Cientifica­se, contudo, momentos depois, que só há um leito disponível 
na  UTI  e,  percebendo  que  se  nenhuma  providência  for  tomada  os  dois  pacientes  morrerão, encaminha um deles (o que lhe 
parece  mais  necessitado  de  cuidados  intensivos)  à  aludida  unidade.  Esse  paciente  consegue sobreviver, mas o outro, pela 
falta  dos  cuidados  médicos  que  se  faziam  necessários  nas circunstâncias, pouco tempo depois vem a falecer. A família do 
paciente  morto  leva  o  ocorrido  ao  conhecimento  do  Delegado   de  Polícia  da  circunscrição  e,  após  a  apuração  dos  fatos 
mediante  inquérito  policial,  é  oferecida  denúncia  pelo  Ministério  Público, contra Maurício de Oliveira, por crime de homicídio 
(comissivo  por  omissão).  Tendo  sido  a  denúncia  recebida,  o  médico  é  citado,  sendo  instaurado  processo  criminal.  Ao  final 
do  processo,  contudo,  o  réu  é  absolvido,  considerando­se  que  houve,  no  caso,  exclusão  de  ilicitude.  Em  virtude  dos fatos 
narrados, pode­se concluir que se configurou uma situação de: (Exame OAB/MG. 1° Fase.Abril/2006) 
a) legítima defesa. 
Correta ⇒  b) estado de necessidade. 
c) estrito cumprimento de dever legal. 
d) exercício regular de direito.   
  
3)  Hélio,  ao  conduzir  seu  veículo  em  uma  rua  residencial  avista  uma  vaga  e  ao  iniciar  a  manobra  de  estacionamento 
percebe  que  o  veículo  estacionado  à  sua  frente  está  sendo  roubado.  Com  a  intenção  de  evitar  que  o  condutor  do  veículo 
seja  ferido,  pois  estava  sob  a  mira  de  uma  arma  de  fogo,  acelera  vindo  a  atropelar  o  ladrão  e  lesioná­lo.  Ante  o  exposto, 


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com base nos estudos realizados sobre as causas excludentes de ilicitude, assinale a opção correta: 
a) realiza a lesão corporal dolosa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; 
b) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; 
Correta ⇒ c) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pela legítima defesa de terceiro; 
d) realiza a lesão corporal dolosa e não estará protegido por qualquer causa de justificação. 
 
 
 
Semana 12 ­  C   asos Concretos: 
1)    Leia  o  caso  concreto  abaixo  e  responda  às  questões  formuladas  com  base  nas  leituras  indicadas  no  plano  de  aula  e 
pelo seu professor. 
  
Arnaldo  foi  denunciado  pela  prática  da  conduta  incursa  no  tipo  penal  previsto  no  art.  14  da  Lei  n.10826/2003,  por  estar 
transportando  uma  espingarda  da  casa  de  seu  avô  para  o sítio da família. No curso da Instrução Criminal, a tese defensiva 
apresentada  teve  por  fundamento  o  fato  da  espingarda  encontrar­se  desmuniciada,  bem  como   a  existência  de  causa 
justificante  de  sua  conduta,  a  saber,  erro  sobre  a potencial consciência da ilicitude de sua conduta para fins de exclusão de 
culpabilidade.  Por  outro  lado,  a  acusação  sustentou  caracterizar­se  a  figura  típica  narrada  como  delito  de  perigo,  sendo, 
desnecessária  a  comprovação,  pela  acusação,  da  arma  de  fogo  encontrar­se,  no  momento  de  sua  apreensão  montada, 
desmontada, municiada ou não face ao bem jurídico tutelado pelo Estatuto do Desarmamento. 
  
Lei n.10.826/2003 
Art.14.   Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido . 
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena ­  reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. 
  
Ante  o  exposto,  considerando  ser  Arnaldo,  primário  e  bons  antecedentes  ,  com  base  nos  estudos  realizados  sobre  as 
concepções acerca da Culpabilidade, deve prosperar a tese defensiva? 
Resposta:  A  questão  versa  sobre  a  possibilidade  da  exclusão  da  culpabilidade  da  conduta  do  agente  e,  consequente 
exclusão  da  imputação  de  responsabilidade  penal.  A tese da defesa é bastante controvertida, haja vista que a classificação 
do  crime  como  sendo  de  perigo  abstrato  tem  levado  juízes  a  uma  abordagem  segundo  o  principio  da  disponibilidade,  mais 
especificamente  no  porte  de  arma de fogo desmuniciada. Se o agente traz consigo a arma desmuniciada, mas tem munição 
adequada  à  mão  de  modo  a  viabilizar  sem  demora  significativa  ou  municiamento  e,  em  consequência  o  eventual  disparo, 
tem­se a arma disponível e o fato realiza o tipo. 
2ª  possibilidade  de  resposta  →  Ao  contrário,  se  a  munição  não  existe  ou  está  em  lugar  inacessível  de  imediato,  não  há  a 
disponibilidade  da  arma  de  fogo,  como  tal  ­  isto  é,  como  artefato  idôneo  a  produzir  disparo  e,  por  isso,  não  realiza a figura 
típica (Marcos Basílio do TJ­RJ). Apelação Criminal nº 200905001234 da 1ª Câmara Criminal.  
  
2)  São causas de inimputabilidade pelo Código Penal, EXCETO: (OAB/MG. 1ª Fase AGO/2006) 
a) doença mental, quando o agente perde, ao tempo da ação, a capacidade de autodeterminação; 
Incorreta: b) embriaguez culposa. 
c) menoridade (18 anos) 
d) desenvolvimento mental retardado, quando o agente perde, ao tempo da ação, a capacidade de autodeterminação. 
  
3)  Walter  ao  chegar  à  casa  de  sua  namorada  Amélia  a  encontra  abraçada  a  outro  homem.  Ao  ver  a  cena  é  dominado pelo 
ciúme  e  desfere  um  soco  no  irmão de Amélia. Surpreendido pelo pai de Amélia é levado por este à Delegacia de Polícia. Lá 
chegando, Walter alega em sua defesa não ser responsável pelos seus atos, pois havia bebido um pouco antes de encontrar 
sua  namorada  e  como  não  estava  acostumado  a beber perdeu o controle sobre seus atos. Diante do caso exposto assinale 
a alternativa correta.  
a)     A defesa de Walter está correta, pois a sua embriaguez foi culposa, logo sua imputabilidade será excluída; 
b)     A defesa de Walter está correta, pois a sua embriaguez foi acidental, logo sua imputabilidade será excluída; 
Correta ⇒  c)      A defesa de Walter está incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha sido culposa, foi incompleta, 
logo não terá sua imputabilidade excluída; 

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Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

d)     A defesa de Walter está incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha sido acidental, foi incompleta, logo não terá 
sua imputabilidade excluída. 
  
 
Semana 13 ­  C   asos Concretos: 
  1)    Leia o texto caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula 
e pelo seu professor.  
PM mata vítima de assalto e ladrões fogem  
“Vítima confundida com assaltante e morta com dois tiros disparados pela própria polícia, um policial militar com pouco mais 
de  três  anos  de  experiência  preso  em  flagrante  e  os  verdadeiros  assaltantes,  que  fugiram  a  pé,  soltos.  Esse  foi  o  final  de 
uma  desastrosa  operação  policial  na  zona  sul  de  São  Paulo,  ontem  pela manhã. Segundo testemunhas, o caso caminhava 
para  uma  solução  tranqüila  até  que  uma  série  de  erros  causou  a morte de uma das vítimas e permitiu a fuga dos bandidos. 
Na  confusão,  o  manipulador  de  laboratório  Luiz  Francisco  da Costa Batista, 22, foi atingido por engano no tórax e na perna. 
Ele  morreu  no  hospital.  O  soldado  da  PM,  Paulo  Roberto  Betinelli  Rodrigues,  23,  que  atendia  a  chamada  de  roubo,  foi 
indiciado  por  homicídio  doloso  (com  intenção) por ter dado os tiros e foi encaminhado para o presídio. Os criminosos sequer 
foram  identificados.  Às  6h05,  o  comerciante  Hildon  Chaves,  50,  futuro  sogro  de  Batista,  tirava  o  carro da garagem, na vila 
Santa  Catarina  (zona  sul),  quando  foi  surpreendido  por  dois  ladrões.  De  acordo  com  Chaves,  um  dos  assaltantes  queria 
entrar na casa, onde estavam Batista e outros familiares. 
A  PM  foi  chamada.  Chaves  disse  que  já  tinha  conseguido  convencer  os  ladrões  a  deixar  o  local. Eles tinham guardado as 
armas  na  cintura  e  estavam  indo  embora  quando  o  primeiro  carro  da  PM  chegou.  O  comerciante  disse  que  ele  e  os 
assaltantes  foram  obrigados  a  erguer  os  braços.  Foi  a  partir  daí,  segundo  Chaves,  que  os  erros  começaram.  Mesmo 
rendido, um dos ladrões se abaixou, jogou um revólver 38 embaixo do carro de Chaves e saiu em disparada. 
Nesse  momento,  um  segundo  carro  da  PM  chegava  ao  local.  Dois  policiais  saíram  atrás  do  suspeito  e  outros  dois  ­ entre 
eles  Rodrigues­­  ficaram  na  frente  da  casa do comerciante. Batista estava dentro da casa, mas saiu quando viu os policiais 
chegarem. Chaves disse que o segundo assaltante tentou entrar na garagem, mas foi contido por seu futuro genro. 
"Ele  [Batista]  tentou  conter  o  assaltante,  que  conseguiu  se  desvencilhar  e  fugir",  relatou  Chaves. O criminoso passou pela 
frente  do  policial.  Batista,  que  vinha  atrás,  levou  dois  tiros.  "ele  estava  de  camiseta  e  cueca.  Dava  para  ver  que  ele  tinha 
acabado de acordar." 
O  PM  Rodrigues  afirmou  que  a  vítima  apanhou  a  arma  do  assaltante  e  foi  em  sua  direção.  Chaves nega essa versão. "eu 
tinha  o  mesmo  ângulo de visão do PM e não vi o Luiz Fernando [Batista] com a arma na mão, nem depois dos tiros, quando 
ele  estava  caído  no  chão",  disse  o  comerciante.”Ante  o  exposto,  com  base  nos  estudos  realizados   acerca  das 
Teorias sobre o Erro, qual tese defensiva poderá ser apresentada pelo Policial Militar ? 

Resposta:  Poderia  alegar  erro na descriminantes putativas no hipótese de erro sobre pressupostos fáticos, ou seja imaginou 


pelo  fato  de  o  homem  estar  com  uma  arma vindo na sua direção, que era o ladrão e que iria disparar contra ele. Assim teria 
agido na sua vosão em legítima defesa putativa.   

2) Sobre o erro no Direito Penal, assinale a alternativa INCORRETA:(Juiz de Direito/PR ­ 2007) 
Incorreta ⇒  a) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei. 
b) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, 
tornaria a ação legítima. Contudo, não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime 
culposo. 
c) Não responde pelo crime o terceiro que determina o erro: 
d)  O  erro  quanto  à  pessoa  contra  a  qual  o  crime  é  praticado  não  isenta  de  pena.  Não  se  consideram,  neste  caso,  as 
condições ou qualidade da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.  
  
3)  Assinale  a alternativa correta sobre aberratio ictus, que ocorre quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de 
execução, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa: (Exame OAB/SP­ 1 Fase. Jan/2007) 
Correta ⇒ a) o agente responde como se tivesse praticado o crime contra a pessoa que pretendia ofender. 
b) não é possível ocorrer  a aberratio ictus   numa causa justificada. 
c) no caso de ser também ofendida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica­se a regra do concurso material. 
d) as  expressões aberratio ictus   e   aberratio criminis  são sinônimas.  
   
 
Semana 14 ­   Casos Concretos: 
1)     Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e 

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Direito Penal I ­ Casos Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 

pelo seu professor.  
Jonas,  em  viagem  de  férias  ao  pantanal,  recebe  de  seu  agente  de  turismo  a  proposta  de  realizar uma pequena excursão à 
cidade  de  Santa  Cruz  de  La  Sierra,  Bolívia  (saída  de  Corumbá).  Ao  chegar à cidade boliviana, Jonas e as demais pessoas 
integrantes  do  grupo  de  excursão,   visitam  uma  feira  da  região,  na  qual  verificam  que  vários  moradores  estão  mascando 
folhas  de  coca.  Com  a  intenção  de  fazer  uma  brincadeira  com  os  amigos  que  ficaram  no Brasil, Jonas adquire, na referida 
feira,  alguns  pacotes  de  folha  de  coca.  Em  seguida,  descobre  que  um  mercado  próximo  tinha  à  venda  chá  de  coca 
industrializado e decide adquirir dez caixas do produto. 
Alguns  dias  após  a  viagem  à  Bolívia,  finda  a  excursão  ao  pantanal,  ao  tentar  embarcar  no  aeroporto  de Campo Grande de 
volta  à  sua  cidade  de  origem,  Jonas é surpreendido por uma revista detalhada de suas bagagens, pois ao serem analisadas 
pelos aparelhos de raio X geraram suspeitas face ao formato dos embrulhos em seu interior.   
Ante  o  exposto,  caso  Jonas  fosse  preso  em  flagrante  delito  como  incurso  na  conduta  de  tráfico  de  drogas,  consoante  o 
disposto  nos  art.  33,  caput,  §1°,inciso  I   e  art.  40,  inciso  I,  todos  da  Lei  n.  11343/2006,  poderia  sustentar  como  tese 
defensiva o erro de proibição? 
Lei n. 11343/2006 
Importar,  exportar,  remeter,  preparar,  produzir,  fabricar,  adquirir,  vender,  expor  à  venda,  oferecer,
transportar,  trazer  consigo,  guardar,  prescrever,ministrar,  entregar  a  consumo  ou fornecer drogas,
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15(anos) e pagamento de 500 (quinhentos) a 1500 (mil e quinhentos) dias­multa.
§1° Nas mesmas penas incorre quem: 
I.                     Importa,  exporta,  remete,  fabrica,  adquire,  vende,  expõe  à  venda,  oferece,  transporta, traz
ainda  que  gratuitamente,  sem  autorização  ou  em  desacordo  com determinação legal ou regulamentar,matéria
prima para a preparação de drogas; 
As penas previstas nos art. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 natureza,  a  procedência  da  substância  ou  do  produto  apreendido  e  as  circunstâncias  do  fato  evidenciarem
transnacionalidade do delito.  

Resposta:  Poderia  alegar  erro  de  proibição  inevitável,  que  isenta  o  réu  de  pena  e  exclui  a  culpabilidade.  Se  fosse 
considerado erro evitável, permiteiria a redução de pena de 1/6 a 1/3.  
 
2)  “Luquinha”  Visconti,  homem  simples  da  periferia  de  São  Paulo,  adquiriu  carteira  de  habilitação  acreditando  na 
desnecessidade  da  realização  de  exames  de  habilitação.  Está  sendo  processado  por  falsidade  ideológica  e  uso  de 
documento falso. Em sua tese deverá ser argüido:(Defensor Público/SP­2007) 
a) Erro sobre elemento constitutivo do tipo penal, que exclui o dolo. 
b) Erro sobre elemento constitutivo do tipo penal, porém vencível, sendo punível pela culpa. 
c) Estado de necessidade exculpante. 
d) Erro sobre a ilicitude do fato, excluindo­se a culpabilidade pela exigibilidade de conduta diversa. 
Correta ⇒ e) Erro sobre a ilicitude do fato, excluindo­se a culpabilidade pela falta desta consciência. 
 
  3) Dentre as afirmativas abaixo, assinale a FALSA: (Promotor de Justiça/ES. 2005) 
a) Descriminantes  putativas  ocorrem  quando  o  agente  supõe  que  está  agindo  licitamente,  imaginando  que  se  encontra 
presente uma das causas excludentes de ilicitude previstas em lei. 
b) O  erro  de  proibição  ocorre  quando  o  homem  não  incorre  em  qualquer  falsa  apreciação  da  realidade,  mas  acredita  que  o 
fato não é contrário à ordem jurídica. 
c)  Erro  invencível  ou  escusável  é  aquele  no  qual  o  sujeito não age dolosa ou culposamente, motivo pelo qual não responde 
por crime doloso ou culposo. 
d) O erro de tipo, que incide sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, exclui o dolo. 
Incorreta  ⇒  e)  Erro  vencível  ou  inescusável  é  o  que emana do dolo do agente, pois, para evitá­lo, bastaria a atenção norma 
do “homem médio 
 
 
Semana 15 ­  C   asos Concretos: 
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo 
seu professor. 
1)  Ricardo,  menor  inimputável,  com  14  anos  de  idade,  disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia subtrair aparelhos de 

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som  (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou­lhe uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta 
de  qualquer  automóvel.  Utilizando  a  chave,  Ricardo  conseguiu seu intento. Na situação acima narrada, quem é partícipe de 
furto  executado  por  menor  de  idade  responde normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria 
adotada pelo Código Penal quanto à natureza jurídica da participação.(135° Exame de Ordem/SP – 2ª Fase. Cespe/UnB).  
Resposta:  Sim. De acordo com Luis Flávio Gomes, a participação é acessória. Sem a conduta principal, não há que se falar 
em  punição do partícipe. Quem é participe de furto executado por menor responde normalmente pelo crime, poque a conduta 
principal  não  precisa  ser  levada  a  cabo  por  agente culpável, bastando ser tipica e ilícita, segundo a teoria da acessoriedade 
limitada,  que  é  a  adotada  pelo  Código  Penal.  Outras  teorias  não  encampadas  pelo  CP  norteiam  o  problema,  são  elas: 
acessoriedade  minima  ­  basta  que  o  fato principal seja tipico; acessoriedade máxima ­ basta que o fato principal seja típico, 
lícito e culpável; hiperacessoriedade ­ o fato principal deve ser tipico, ilícito, culpável e punível. 
 
  
2)  Caio,com  a  intenção  de  matar  ,  coloca  na  xícara  de  chá  servida  a   Tício  certa  dose  de  veneno.  Mévio,  igualmente 
interessado  na  morte  de  Tício,  desconhecendo  a  ação  de  Caio,  também  coloca  certa  dose  de  veneno  na  mesma  xícara. 
Tício  vem  a  falecer  por  efeito  combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente 
para  produzir  a  morte,  segundo  conclusão  da  perícia.  Caio  e   mévio  agiram  individualmente,  cada  um  desconhecendo  o 
plano, a intenção e a conduta do outro.(MPF­ Procurador da República. 1ª Fase. XII Concurso) 
a) Caio e Mévio respondem, como co­autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 
b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. 
c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo. 
Correta ⇒ d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado. 
  
 3)  Bruno,  previamente  ajustado  com  Eduardo,  subtrai  dinheiro  de  entidade  paraestatal,  valendo­se  da  facilidade  que  lhe 
proporciona  o  cargo  que  nela  exerce,  circunstancia  entretanto  desconhecida  de  Eduardo.  Mais  tarde,  em  local  seguro, 
dividem  o  produto  do  crime,  quando  são  surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro 
subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende­se que: (Promotor de Justiça/SP) 
a)   Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
Correta ⇒ b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. 
c)   Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
d)   Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. 
e)   Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. 
 
 
Aula 16:   REVISÃO DIREITO PENAL I ­  Casos Concretos: 
Aplicação Prática Teórica 
PRINCÍPIOS NORTEADORES, GARANTIDORES  E  LIMITADORES DO DIREITO PENAL 
1)  Assinale a alternativa correta: 
    a)  O  princípio  da  intervenção mínima do direito penal aplica­se somente no   momento da criminalização primária, pois no 
momento da criminalização secundária vige o princípio da obrigatoriedade e da indisponibilidade.  
    Correta  ⇒  b)  O  princípio  da  proporcionalidade  preconiza  a  idéia  de  que  a  punição  deve  guardar  relação  com  o  fato 
praticado.  
    c) A criminalização secundária consiste na individualização da pena. 
  
2)  De acordo com o princípio constitucional da legalidade:( OAB/SC) 
Correta  ⇒  a)  Alguém  só  pode  ser  punido  se,  anteriormente  ao  fato  por  ele  praticado,  existir  uma  lei  que  considere  o  fato 
como crime. 
b) A norma penal vigorará se for benéfica ao réu. 
c) O ato anti­social só será punido se estiver consignado na Carta Magna. 
d) Ninguém será privado de seus bens sem o devido processo penal. 
  
3)  Assinale a alternativa correta: 
Correta  ⇒  a)  De  acordo  com  o  princípio  da  legalidade,  uma  lei  nunca  pode  retroagir  para  alcançar  fatos  anteriores  à  sua 
vigência  
b)  A  antiga expressão, já utilizada pelo nosso Código Penal, “mulher honesta” feria o princípio da legalidade especificamente 
no aspecto  nullum crimen nulla poena sine lege certa  
c) Não se inclui no âmbito do princípio da legalidade o respeito às formalidades necessárias para a edição de uma lei. 
d)  É  possível  ao  Presidente da República, em caso de relevância e urgência, editar medida provisória relativa a direito penal 

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4)  (Promotor de Justiça – RO ­2006) O principio da  ultima ratio : 
a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e função exclusiva da lei. 
b)  constitui­se  em  sistema  descontinuo  de  seleção  de  ilícitos  não  sancionado  todas  as  condutas  lesivas  dos  bens  mais 
relevantes. 
c) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade. 
d) implica na irretroatividade da lei penal. 
Correta  ⇒  e)  estipula  que  a  criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima se constituir meio necessário para a proteção de 
determinado bem jurídico. 
   
5)  (Promotor  de  Justiça  –  GO  –  2004)  “  Em  toda  sociedade,  por  melhor  organizada  que  seja,  não  tem  a  possibilidade  de 
brindar  a  todos  os  homens  com  as  mesmas  oportunidades.  Em  conseqüência,  há  sujeitos  que  têm  um  menor  âmbito  de 
autodeterminação,  condicionado  desta  maneira  por  causas  sociais.  Não  será  possível  atribuir  estas  causas  sócias  ao 
sujeito  e  sobrecarrega­lo  com  elas  no  momento  da reprovação de culpabilidade.” ( extraído do livro “Manual de Direito Penal 
Brasileiro”, de Eugenio Raul Zaffaroni e Jose Henrique Pierangeli). O texto refere­se: 
a) A aplicacão do principio da insignificância nos crimes de bagatela, excluindo­se a tipicidade material do crime. 
b) Ao principio da adequação social, que trata da teoria da ação socialmente adequada ou aceita. 
Correta  ⇒  c)  A  co­culpabilidade,  que  e  o  reconhecimento  da  co­responsabilidade  da  sociedade,  tratando­se  de  atenuante 
genérica inominada, aplicável em nosso direito, nos termos do artigo 66 do Código Penal. 
d) Ao reconhecimento do erro de proibição inescusável, com as conseqüências previstas no artigo 21 do Código Penal. 
  
6)  (Promotor de Justiça – DF­ 2002) Julgue os itens a seguir. 
I­  No  aspecto  material,  o  principio  da  legalidade  exige  que  as  normas  penais  definam  com  precisão  e  de forma cristalina a 
conduta proibida. 
II­ São características das penas a legalidade, a personalidade e a proporcionalidade. 
III­ A fragmentariedade do direito penal indica que ele so deve atuar em ultima instância quando as outras formas de controle 
fracassarem ou se mostrarem inertes. 
IV­  Podem  ser  indicadas  como  condições  mínimas  para  o  legitimo  exercício  do  controle  penal  no  Estado  Democrático  de 
Direito: merecimento da pena, necessidade da tutela penal, adequação e eficácia dessa tutela. 
A quantidade de itens certos e igual a  
 a)  1. 
 b)  2. 
 Correta ⇒ c)  3. 
 d)  4. 
  
TEORIA DA NORMA JURÍDICO­PENAL 
7)  Os  princípios  referentes  à  teoria  do  concurso  aparente  de  tipos  penais  não  incluem  o  princípio  da:  (33º  Exame 
OAB/CESPE­UnB).  
a) consunção.. 
b) especialidade. 
c) subsidiariedade 
Correta ⇒ d) proporcionalidade. 
  
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO. 
  
8)  ( Juiz de Direito – MG­ 2007) : A  abolitio criminis,  também chamada  novatio legis , faz cessar: 
a) os efeitos secundários da sentença condenatória, mas não a sua execução; 
Correta ⇒ b) a execução da pena e também os efeitos secundários da sentença condenatória; 
c) somente a execução da pena; 
d)  a  execução  da  pena  em  relação  ao  autor  do  crime.  Entretanto,  tratando­se  de  benefício  pessoal,  não  se  estende  aos 
co­autores do delito.   
  
9)  ( Promotor de Justiça­ MG­ 2003) A respeito da lei penal no tempo, marque a opção FALSA. 
a) A  denominada  lei  intermediaria,  sendo  a  mais  benéfica,  retroagira  em  relação  à  lei  anterior  (do  tempo  do  fato)  e  será  ao 
mesmo  tempo,  ultrativa  em  relação  à  lei  posterior  (  que  a  sucedeu  antes  do  esgotamento  dos  efeitos  jurídico­penais  do 
acontecimento delitivo). 
Incorreta  ⇒  b) A lei posterior, que deixa de considerar como crime uma determinada conduta, retroage para alcançar os fatos 
anteriores à sua vigência, ainda que definitivamente julgados. 

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c) As  leis  excepcionais  ou  temporárias  são  ultrativas,  ou  seja,  têm  eficácia  mesmo  depois  de  cessada  sua  vigência, 
regulando os fatos praticados durante seu tempo de duração. 
d) Em decorrência do principio de legalidade, a lei penal não retroagira, salvo para beneficiar o agente. 
e)  Em  virtude  da  abolitio  criminis  cessam  a  execução  e  os  efeitos  principais  da  sentença  condenatória,  como a imposição 
de pena, permanecendo os efeitos secundários, como a reincidência e a menção do nome do réu no rol dos culpados. 
 
10 ) ( Promotor de Justiça­ SP ­2000) A expressão “abolito criminis” significa 
a)  Deixar  o juiz de aplicar a pena quando as conseqüências da infração atingirem o agente de forma tão grave que a sanção 
se torne desnecessária. 
b)   A possibilidade de absolvição do agente  quando a norma tipificadora da infração penal caiu em desuso. 
Correta  ⇒  c)    Revogação  de  norma  que  tipifica  uma  conduta  como  infração  penal;  ela  não  alcança  os  efeitos  civis  da 
condenação transitada em julgado. 
d)    Abolição da pena dos criminosos, mediante decreto do Presidente da Republica, normalmente editado no Natal. 
e)    O mesmo que abolicionismo penal: corrente doutrinaria que propugna forma de descriminalização. 
  
11)   (Juiz  de  Direito  –  SC­ 2006) PEDRO foi vitima de um crime de extorsão mediante seqüestro (art. 159 do CP), de autoria 
de  MARCOS.  O  Código  Penal,  em  seu  artigo  4  ,  com  vistas  à  aplicação  da  lei  penal,  considera  praticado  o  crime  no 
momento  da  ação  ou  omissão,  ainda  que  outro  seja  o  momento  do  resultado.  No  curso  do  crime  em  questão,  antes  da 
liberação involuntária do afendido, foi promulgada e entrou em lei nova, agravando as penas. Assinale a alternativa correta: 
a)      A  lei  nova,  mais  severa,  não  se  aplica  ao  fato,  porque  o  nosso  ordenamento  penal  considera  como  tempo  do  crime, 
com  vistas  à  aplicação  da  lei  penal,  o  momento  da  ação  ou  omissão  e  o  momento  do resultado, aplicando­se a sanção da 
lei anterior, por ser mais branda. 
b)     A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao principio geral da irretroatividade da lei. 
Correta ⇒ c) A lei nova, mais severa, e aplicável ao fato, porque sua vigência  e anterior à cessação da permanência. 
d)     A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato em obediência à teoria da atividade. 
e)      A  retroatividade  da  lei  nova,  sem  a possibilidade, contudo, de ela gerar efeitos concretos na atenuação de pena, tendo 
em conta a decisão condenatória transitada em julgado.    
  
12)  (Juiz de Direito­ DF­ 2007) Analise as proposições e assinale a única alternativa correta: 
I­ As leis penais incriminadas podem ser subdivididas em explicativas e permissivas. 
II­ Em relação ao tempo do crime, a lei penal adotou a teoria do resultado. 
III­ Na aplicação da medida de segurança, não vige os princípios da anterioridade e da retroatividade da lei mais benigna.  
a)     todas as proposições são verdadeiras. 
Correta ⇒ b) Todas as proposições são falsas. 
c)      Apenas uma das proposições e verdadeira. 
d)     Apenas uma das proposições e falsa. 
  
DO FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 
13)  É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE­UnB).  
a) a observância de um dever objetivo de cuidado. 
Correta ⇒ b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
d) a previsibilidade. 
 
 
  
14)  Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame OAB/CESPE­UnB). 
  Correta  ⇒  a)  ao  condutor  do  veículo  que,  por  motivo  de  segurança,  deixa  de  prestar  socorro  à  vítima  de  acidente,  mas 
solicita auxílio da autoridade pública . 
 b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque deseja que este o ajude no trabalho. 
 c)  ao  médico  que,  em  face  de  pedido  do  paciente,  deixa  de  denunciar  à  autoridade  pública  doença  cuja  notificação  seja 
obrigatória. 
 d)  ao  servidor  público  que  deixa  de  praticar,  indevidamente,  ato  de  ofício,  para  satisfazer  sentimento  pessoal  de 
comiseração. 
  
15)  Constitui crime omissivo próprio (37º Exame OAB/CESPE­UnB).  
Correta ⇒  a) o abandono intelectual. 
b) a mediação para servir a lascívia de outrem. 

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c) a falsidade de atestado médico. 
d) o atentado ao pudor mediante fraude. 
  
ILICITUDE 
16)  Sentindo­se  acuado  por um cão de grande porte, e não tendo para onde fugir, o pedreiro José abateu o animal com única 
marretada.  Ocorre  que  o  cão  pertencia  a  Mário,  era  manso  e,  em  busca  de  afagos,  invadira  o  parque  de  obras  no  qual  se 
encontrava  José.  Considerando  essa  situação  hipotética,  é  correto  afirmar  que  a  conduta  de  José:  (32º  Exame 
OAB/CESPE­UnB). 
a) não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa. 
b) não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa putativa. 
Correta ⇒  c) não configurou infração penal punível, em razão de estado de necessidade putativo. 
d) configurou crime de dano. 
  
17)  Com  relação  às  causas  excludentes  de  ilicitude  (ou  antijuridicidade),  assinale  a  opção  correta.  (35º  Exame 
OAB/CESPE­UnB): 
a)  Considera­se  em  estado  de necessidade quem pratica o fato para salvar­se de perigo atual ou iminente que não provocou 
por sua vontade ou era escusável. 
Correta  ⇒  b)  Supondo  o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a suposta agressão, configura­se a 
legítima defesa putativa, considerada na lei como caso sui generis de erro de tipo, o denominado erro de tipo permissivo. 
c)  Agem  em  estrito  cumprimento  do  dever  legal  policiais  que,  ao  terem  de  prender  indiciado  de  má  fama, atiram contra ele 
para dominá­lo. 
d)  O  exercício  regular  do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar que, em guerra externa ou interna, mata 
o inimigo. 
  
18)  O agente que pratica fato típico em estrito cumprimento do dever legal: (33º Exame OAB/CESPE­UnB) 
a) não comete crime, pois sua conduta não é culpável. 
Correta ⇒  b) não comete crime, pois sua conduta não é ilícita. 
c) comete crime, mas terá sua pena atenuada. 
d) comete crime, mas estará isento de punibilidade. 
  
CULPABILIDADE. TEORIA DO ERRO 
19)  Maria  Valentina  encontra  na  rua  uma  corrente  de  ouro.  Por  não  saber  quem  é  a  dona  da  corrente  e  por  não  ter  como 
descobrir,  Valentina  resolve  ficar  com  a  jóia,  lembrando­se  do  ditado  que  diz:  “Achado  não  é  roubado”.  Este  fato,  porém, 
constitui o crime de apropriação de coisa achada, previsto no art. 169, parágrafo único, inciso II do CP. Nesse caso ocorreu:  
Correta ⇒  a) erro de proibição. 
b) erro de tipo. 
c) descriminante putativa. 
d) crime impossível.  
 
 
 
  
20)  A  única hipótese que configura causa de exclusão da imputabilidade é: (Delegado de Polícia/RJ ­2001 ­ 1 Fase): 
a) embriaguez culposa e completa pelo álcool; 
b) paixão; 
c) doença mental completa ao tempo da ação que gera a total incapacidade de entender o caráter ilícito do fato; 
d) ingestão voluntária de substância entorpecente que retira a plena capacidade de se autodeterminar ao tempo da ação; 
e) perturbação da saúde mental que afasta a inteira capacidade de entender o caráter ilícito do fato. 
 
21)  É consequência do erro de proibição, se escusável, a: (Ministério Público/PB). 
a) exclusão do dolo do agente. 
b) atipicidade do fato praticado pelo agente. 
Correta ⇒  c) punição do agente por crime culposo, se previsto em lei. 
d) diminuição da pena do agente de um sexto a terço. 
e) isenção de pena do agente. 
  
CONCURSO DE PESSOAS 
22)  Em relação ao concurso de pessoas, é INCORRETO afirmar que: (131° Exame OAB/SP). 

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Fonte: Universidade Estácio de Sá 

a) ele pode realizar­se por meio de co­autoria e participação. 
b) co­autor é quem executa, juntamente com outras pessoas, a ação ou omissão que caracteriza a infração penal. 
Correta ⇒  c) o partícipe realiza a conduta descrita pelo tipo penal. 
d)  o  partícipe  pratica  uma  conduta  que  contribui  para  a  realização  da  infração  penal,  embora  não  esteja  descrita  no  tipo 
penal. 
  
23) Fulgêncio,  com  animus  necandi ,  coloca  na  xícara  de  chá  servida  a  Arnaldo  certa  dose  de  veneno.  Batista,  igualmente 
interessado  na  morte  de  Arnaldo,  desconhecendo  a  ação  de  Fulgêncio,  também  coloca  uma  dose  de  veneno  na  mesma 
xícara.  Arnaldo  vem  a  falecer  pelo  efeito  combinado  das  duas  doses  de  veneno  ingeridas,  pois  cada  uma  delas, 
isoladamente,  seria  insuficiente  para  produzir  a  morte,  segundo  a  conclusão  da  perícia.  Fulgêncio  e  Batista  agiram 
individualmente, cada um desconhecendo o plano do outro. 
Pergunta­se:( Juiz de  Direito – MG). 
Correta ⇒  a)     Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado. 
b)     Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo. 
c)      Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte. 
d)     Fulgêncio e Batista respondem, como co­autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 

24)  Abelardo,  tomado  pelo  sentimento  de  comiseração  e  misericórdia,  com  o  intuito  de  abreviar  o  sofrimento  de  Leopoldo, 
amigo  desde  a  infância  e  condenado  pela  doença,  contrata  Leôncio, mediante o pagamento da quantia de R$1.000,00, para 
este  pôr  fim  ao  sofrimento  e  à  vida do enfermo. Diante da situação narrada, com base nas teorias adotadas sobre concurso 
de pessoas, é correto afirmar que Abelardo e Leôncio responderão: 
a) ambos por homicídio privilegiado, pelo motivo de relevante valor moral (art. 121, § 1°, CP). 
b) ambos por homicídio qualificado (art. 121, § 2°, I, CP).  
c)  Abelardo  responderá  por  homicídio  privilegiado  (art.  121,  § 1,  CP),  bem  como  por  homicídio  qualificado  (art. 121, § 2°, I, 
CP)  por  força  da  comunicabilidade  das  circunstâncias,  haja  vista  ter  contratado,  mediante  pagamento  Leôncio  e,  este,  por 
homicídio qualificado (art. 121, § 2°, I, CP). 
Correta  ⇒  d)  Abelardo  responderá  por  homicídio  privilegiado  (art.  121,  §  1°,  CP)  e  Leôncio  por  homicídio  qualificado  (art. 
121, § 2°, I, CP), pois as circunstâncias são incomunicáveis. 

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