Mahomed Bamba
4
Cf O denso estudo que Valérie Thiam-Thiers consagra ao “mito do griô-narrador” e aos projetos
estéticos e ideológicos que se perfilam por trás das diferentes adaptações da epopéia de Soudjata em
alguns romances e filmes africanos. (THIAM-THIERS, 2004).
5
O livro pioneiro e mais significativo, ao meu ver, na formação do pensamento estético africano é
Nations nègres et Cultures, do egiptólogo senegalês Cheikh Anta Diop. Nessa obra, Diop não só quer
questionar uma suposta origem “branca” e não africana da civilização egípcia, bem como dedica um
capítulo à definição das características de cada expressão artística nas quais se encontraria a suposta
“essência” da arte negra. Com relação à descrição dos estilos de escultura negra, Diop começa
perguntando: “O que é então esta arte (negra) que se comenta tanto, que suscita tantas cobiças, qual é seu
valor misterioso que leva o ocidente a querer reivindicar com veemência sua paternidade por
subterfúgios?” O que caracteriza a arte negra no seu conjunto, diz Diop, “é a liberdade do artista na
criação plástica, o artista tem certeza de seu gênio, alguns, da autenticidade de suas invenções [...]”.
Sendo assim, conclui Diop, “o artista africano sempre atingiu o belo, o estético através do útil” (DIOP,
1954, p.519).
segundo tempo, examinaremos como as narrativas de alguns filmes e as escolhas
estéticas de alguns cineastas africanos participam da ampliação dos limites da
“griótica” (entendida aqui como uma estética e, ao mesmo tempo, uma poética).
O teatro moderno africano fez mais do que traduzir em língua africana o teatro
ocidental. Foi buscar os fundamentos de uma arte dramática genuinamente africana
na tradição oral dos griôs. Niangoran Porquet, antropólogo e dramaturgo da Costa
do Marfim, define a “griótica” como “a expressão dramática na qual se integram, de
maneira metódica e harmoniosa, o verbo e o canto, a música e a dança, a mímica e a
(linguagem) gestual, e que põe em movimento a história e a literatura das sociedades
afronegras” (POURQUET apud GNAOULÉ-OUPOH, 2000, p.152). Na definição
de Porquet, a griótica se aparenta a uma prática artística performática e heterogênea,
na qual o griô intervém simultaneamente como um artista polivalente, isto é,
contador, músico, dançarino, mímico, “historiador tradicionalista”. Porquet
apresenta também o griô como “preceptor dos jovens príncipes na sociedade antiga”
(Ibid, p.152). Como podemos ver, as definições preliminares das funções e do
estatuto do griô fazem parte da própria definição programática da poética
dramatúrgica do pesquisador marfinense: “quis fazer dele (o griô) o mestre de minha
expressão dramática. E criei a griótica” (Ibid, p.152). Sendo assim, a griótica de
Porquet tem dois objetivos claros: esclarecer a “opinião pública sobre as funções
fundamentais do griô” e, por outro lado, usar a prática griótica de forma estratégica
para “insuflar um novo sangue no teatro da Costa do Marfim” que, segundo o autor,
“era ou muito clássico no sentido ocidental do termo, ou muito folclórico no sentido
pejorativo” (Ibid, p.152). Quando se contextualiza a poética griótica de Porquet,
observa-se que ela intervém em um momento de intensa efervescência cultural e
artística na Costa do Marfim, onde, nas décadas de 70, pesquisadores e professores
universitários participam de um movimento de “inovações estéticas6” em que se
prega um retorno para a suposta “autenticidade africana”. É nesta dinâmica
intelectual que Niangoran Porquet concebe sua griótica como um meio de renovação
da dramaturgia moderna africana e que pudesse conduzir à criação de “um teatro
novo que seja dinâmico, popular, refletido e total” (Ibid, p.152).
6
Para uma análise mais aprofundada do teatro da Costa do Marfim e os debates formalistas que
acompanharam sua evolução (cf Natacha Raschi, “Quand le tronc se fait caïman”, in Drammaturgie di
Costa d´Avorio. Roma: Bulzoni, 2002, p. ?). Ver também “Pemière saison théâtrale de Cote d´Ivoire en
1972: un tournant décisif” in Bruno Gnaoulé-Oupoh, La littérature ivoirienne, Paris: Karthala, 2000,
p.140-150.
7
Basta pensar nos paralelos que se fazem entre a figura do MC (Mestre de Cerimônia) e o Griô-narrador.
herança ou a influência do griô para justificarem os traços de uma oralidade residual
em suas narrativas. Para muitos, este narrador que atravessa os séculos simboliza a
literatura oral africana. Os primeiros escritores africanos que se sentiam incumbidos
da mesma missão que o griô-narrador tradicionalista, isto é, um guardião, um
depositário e um mensageiro das lendas e das epopeias africanas, contentaram-se
humildemente com um papel de compiladores da literatura oral. Os grandes nomes
da literatura moderna africana e precursores da Negritude, como Birago Diop,
Amadou Hampâté Bâ e Djibril Tamsir Niane, dedicaram sua vida inteira na coleta e
na escrita dos contos orais grióticos. Às vezes, a origem social, familiar e geográfica
desses escritores os predispunha a tal tarefa de salvaguardar a tradição oral8 graças à
escrita.
8
Cf As antologias de contos de griô, compilados por Amadou Hampâté Bâ (Contes des sages
d´Afrique, reeditado em 2004), Birago Diop ( Les contes d´Amadou-Koumba, escrito em 1947) e Djibril
Tamsir Niane (Soundjata, ou l´épopée mandingue, 1960).
9
Cabe lembrar que a tradição griô é mais específica dos países da África ocidental de cultura mandingue.
enunciação de sua narrativa passaram a ser não só modelos de inspiração e de
influência no trabalho, mas também objeto de uma teorização.
A partir daqui, a estética griótica de Laye toma a forma de uma poética em que
figuras ilustres de griôs são celebradas também com base no tipo de manejo da
palavra. O bom domínio da retórica griótica coloca estes mestres da palavra e da fala
acima da média e os faz gozar de uma autoridade entre seus pares e no meio da sua
comunidade. Suas narrativas e suas versões sobre o passado não sofrem de nenhuma
contestação. Esta autenticidade pode ser fruto de sua linhagem e classe, mas também
vem do domínio da técnica da oratória. Como Griô não tem nenhum compromisso
11
Esta distinção de Camara Laye pode ser uma boa matéria para repensar a condição de muitos cineastas e
artistas africanos obrigados a migrarem ou a se exilarem para poder criar (e viver de) sua arte.
com a verdade histórica (no sentido da historiografia moderna), explica Camara
Laye, ele pode narrar o passado e embelezar os fatos segundo seu belo querer:
12
Basta pensar nas diversas versões dos griôs sobre as grandes epopeias como a de Soundjata Keïta.
As apropriações cinematográficas da “griótica”
São essas imagens do griô descritas nas poéticas grióticas de Câmara Laye e de
Niangoran Porquet que iremos encontrar em algumas apropriações cinematográficas
da narrativa do griô. Os filmes de ficção africanos que revisitam ou adaptam um
conto, uma epopeia ou uma lenda oferecem ao espectador uma mise-en-scène, em
que o “mestre da palavra” é convocado como narrador, mas também como ícone de
toda a tradição oral africana. Esse uso estratégico do griô tem como efeito criar uma
narrativa em que há uma imbricação de dois modos de enunciação: o de um mega-
narrador e o do griô-narrador. Quanto aos filmes documentários, são geralmente
construídos como ode aos griôs modernos. Nas cinebiografias, há também uma
homenagem à tradição griótica. O conjunto desses discursos fílmicos sobre o
“fenômeno griô” participa não só da extensão do termo griótica, bem como
participam da emergência de novas poéticas cinematográficas que conferem uma
dimensão universal à figura e às narrativas do griô.
Sendo assim, muitos estudiosos do cinema mundial não só viram nos filmes
africanos um sinal da expansão da prática do cinema a novos povos, mas também
procuraram na maneira como estes filmes contam suas histórias um sinal de
novidade e de ruptura com o modelo “língua da narrativa” cinematográfica. Além da
temática, acredita-se que os cinemas africanos são portadores de novos modelos de
narrativa.
13
Os ensaios e pesquisas consagrados aos filmes de cineastas japoneses como Ozu ou Akira Kurosawa,
tanto pela crítica como pelos teóricos do cinema, são ilustrativos dessa tendência em querer estudar
algumas narrativas cinematográficas em termos de particularismo cultural.
do império mandinga, Soundjata Keïta14 (“o filho da mulher-búfalo”). O filme pode
ser lido como um conto ou uma fábula cinematográfica. O personagem do griô
narrador, Djeliba, é o principal protagonista. É ele que inicia a história. A sua voz off
ecoa nos primeiros minutos do filme e serve do ponto de transição entre o presente e
o passado. A narrativa de Djeliba é escutada como uma fábula por Mabo Keïta, que
contracena com ele. Após receber uma missão no seu sonho, Djeliba decide ir até a
grande cidade encontrar-se com uma família remanescente da linhagem dos Keïta,
descendentes do grande Soundjata Keïta. Instala-se na casa da família de Mabo e
tenta convencer os pais da criança da necessidade dele conhecer a história da origem
de seu ilustre nome. A partir daí se instaura uma relação de amizade e de
cumplicidade entre Djeliba (que se torna assim o griô da família) e Mabo.
A narração dessa lenda em voz off, no início do filme, é pontuada por planos
panorâmicos de falésias, travelling vertical sobre um cupinzeiro e um plano de
detalhe de cupins.
14
É bom lembrar que a epopéia de Soudjata já havia sido compilada pelo escritor e historiador
guineense, Djibril Tamsir Niane, no livro que se tornou um clássico nas literaturas africanas: Soundjata,
ou l´épopée mandinque, escrito em 1960.
15
Ninguém te odeia!
Em seguida, o griô-narrador Djeliba é acordado por um estranho “mestre
caçador”, Mangha Safon, que o encarrega de uma missão. A partir do momento em
que Djeliba pula da rede, calça seu sapatos, despede-se da mulher e ruma para a
cidade, ele passa a representar o ponto de vista por onde surte toda a epopeia, mas
também informações que se situam entre história e lenda. O espectador e o jovem
Mabo são os ouvintes dessa epopeia que os leva aos confins de tempos imemoráveis.
O griô Djeliba é também um mensageiro, ou melhor, um atravessador que, como ele
próprio disse a Nabo, veio de um lugar “onde o mundo começou”. Na grande cidade,
ele se sente como peixe fora d´água. Não se sente à vontade na mesa e lhe custa
comer com talheres. Estranha o quarto e a cama que seus anfitriões lhe dão. Prefere
estender sua rede no pátio e dormir fora. Naquela altura, o filme passa a usar todos
os signos da dicotomia entre tradição e modernidade. Muitas referências são feitas à
escola que Mabo frequenta. A criança, inclusive, expressa-se em francês com os
seus pais. Como as crianças da cidade, Nabo se distrai com as narrativas dos livros.
Mas, conforme a narração do griô sobre a origem do nome dos Keïta vai tomando
forma, Mabo vai se interessando mais pela narrativa oral do griô e esquecendo os
livros. Afinal, Djeliba é depositário, como todos os griôs, de uma “narrativa que
pode durar toda a vida”. Na cena final do filme, diante da reclamação e ira da mãe
de Mabo que pede ao griô para dar fim a essa história (pois Mabo, de tanto se
interessar pela narrativa do griô, acaba faltando às aulas e é expulso da escola),
Djeliba responde: “minha filha, não posso fazer nada. Esta história é como o vento,
não se pode pará-la”. Portanto, cabe a Djeliba narrá-la, de acordo com sua versão,
pois “a palavra do griô é inesquecível como os búzios”. (A quem pertence essa
citação?)
16
Usamos este conceito com o sentido que tem na semiopragmática de Roger Odin. Cf. ODIN, De la
fiction, 2000, p.84
mulher para rumar até a cidade. Instaura-se aí uma expectativa em termos de “desejo
de ficção”, mas também esse deslocamento do griô cria a colocação em relação de
dois espaços que parecem diametralmente opostos (a aldeia e a cidade africanas),
entre os quais, o griô e sua narrativa passarão a atuar como ponto de ligação. O griô-
narrador torna-se uma ponte entre as duas margens da cultura pós-colonial africana, e
entre a tradição ancestral e a modernidade.
Mas este mesmo plano de abertura do filme pode servir também como um “operador
enunciativo”, cuja função visa a “pôr o espectador na altura da dinâmica ficcional” que
foi criada. Funciona como um pacto de leitura ficcional entre o espectador e a epopéia
de Soudjata, que está sendo narrada pelo griô no interior do discurso narrativo fílmico.
A nenhum momento, o público africano ou ocidental terá a impressão de estar vendo
um filme etnográfico ou um documentário sobre a tradição oral mandinga. Ao longo
do filme, o espectador escuta, em uma quase cumplicidade, a história de seu ilustre
nome de família do personagem Mabo. O espectador compartilha com Mabo a mesma
curiosidade pela narrativa do griô. Essa identificação espectatorial é obtida graças à
utilização estratégica dos códigos da narrativa construída em “abismo17”. O filme se
utiliza de todos os artifícios da narrativa em flash-back. A curiosidade da criança em
querer ouvir, cada vez mais, essa história de seus antepassados funciona como um
pretexto e uma estratégia para levar o espectador a uma maior adesão à narrativa do
griô e ao filme como um todo.
17
Uma narrativa contida dentro de outra.
Kouyaté como parte de uma tendência dos cinemas africanos, em que “os diretores se
apropriaram do mito do griô-narrador e o transformaram em ícone do cinema
africano” (THIERS-THIAM, 2004, p.40). Nessa “manipulação das vozes narrativas18”,
as figuras e as missões do cineasta e do griô passam a se confundir e a se assemelhar:
ambos aparecem sucessivamente como “coletores”, guardiões e testemunhas das
tradições orais e ancestrais. Para Joseph Paré, o filme Keïta! l´héritage du griot
participa de uma “estética da reutilização19”, isto é, um processo de criação no qual o
filme utiliza a estética africana tradicional, cuja matéria, oralidade, acaba tomando
conta de diversas maneiras de toda a narração fílmica. Sendo assim, acrescenta o
autor, a narrativa oral do griô não é apenas um “elemento de ornamento” do discurso
do filme; ao contrário, ela funciona como uma “mediação entre a palavra e a imagem”.
Esse tipo de experiência estética griôtica no cinema permite, paradoxalmente, revelar
toda a eficácia da estética da palavra.
20
“A música de DOUKA de Kouyaté Sori Kandia foi escolhida para homenagear o artista por sua obra de
reabilitação da música e a cultura africana”.
21
Instrumento de cordas da África ocidental.
22
Conjunto dos povos de língua mande que ocupam o norte da zona de floresta da África ocidental (da
Serra Leoa à Costa do Marfim, incluindo a república de Guiné Conakry).
griô. Não há um tipo de griô, há diferentes tipos de griôs, como dizia Câmara Laye
na sua griótica.
Conclusão
A formalização de uma estética griô nos cinemas africanos passa, por um lado,
pela busca de afinidades ideológicas e estéticas que podem existir entre algumas
dessas poéticas já consagradas e as experiências empreendidas em alguns filmes
africanos. Além do uso metafórico do termo “griô” para referir-se aos cineastas
23
Ver uma série de documentários que Laurence Gavron , realizadora francesa, dedicou aos griôs de
Senegal: Yande codou Sene, Diva Seereer (2009), sobre a mulher griô muito apega ao presidente
Senghor, “a única que podia interromper os discursos de Senghor para entoar um canto de louvor”, como
é dito no início do documentário. Ver também outros documentários de Laurence Gavron, um co-
realizado com Hamidou Dix: Le maître de la parole, el Hadj Ndiaga Mbaye, la mémoire du sénégal
(2004) e Samba Diabare Samb, le gardien du temple (2006).
24
Filme de autoria do seu filho, Dani Kouyaté, ele também griô como o pai.
africanos que vivem sua profissão como uma missão de mensageiros do passado, do
presente e do futuro, as operações de cruzamento dos modos de enunciação
cinematográfica e os modos discursivos dos contos orais aparecem como brechas
para postular as particularidades narrativas de alguns filmes africanos. Mas,
paradoxalmente, o griô acaba sendo um modelo e, ao mesmo tempo, um alter ego
para o cineasta africano: as opções estilísticas e o trabalho de construção narrativa
do segundo acaba se sobrepondo à voz do primeiro25. Como frisa Michel Serceau,
no cinema, só há “substitutos da oralidade” (SERCEAU, 1945, p.45). Em outras
palavras, nos filmes “orais e grióticos” africanos, a tradição oral, ideologicamente
revisitada e reapropriada, não passa de uma matéria prima para um trabalho de mise-
en-scène rigorosamente cinematográfica. Sendo assim, as figuras do griô-narrador
no filme de ficção também não passam de um recurso narrativo no agenciamento e
adequação estratégicos dos modos de enunciação oral e audiovisual. Talvez seja
nisso que consista toda a singularidade das “poéticas grióticas” na literatura, no
teatro e no cinema: a busca dos fundamentos de uma suposta expressividade
tipicamente africana na narrativa e na retórica do griô acaba sendo um pretexto para
experimentações que transcendem as idiossincrasias culturais. Dali, toda a dimensão
universal que Câmara Laye destacava, em última instância, na arte do griô. Muitos
desses documentários sobre os griôs vieram engrossar e enriquecer a tendência do
documentário musical nos cinemas africanos.
REFERÊNCIAS
BÂ, Amadou Hampâté. Contes des sages d´Afrique. Cidade: Editora, ano.
(Reeditado em 2004). Informar referência completa da antologia.
BARLET, Olivier. Les cinémas d´Afrique noire: le regard en question. Paris:
L´harmattan, 1996.
BARTHES, Roland (org.). Análise estrutural da narrativa. Petrópolis, RJ: Vozes,
2008.
DIOP, Birago. Les contes d´Amadou-Koumba. Paris, Fasquelle, coll. « Écrivains
d'Outre-Mer », 1947.
DIOP, Cheikh Anta. Nations nègres et culture. Paris: Présence Africaine, 1954.
25
Para Olivier Barlet, isso redunda numa espécie de “escrita fílmica do paradoxo” (BARLET, 1996,
p.158).
FADIKA, Kramo Lanciné. Djeli, Contes d´aujourd´hui. 1981. Informar referência
completa do filme.
GAUDREAULT, André; JOST, François. A narrative cinematográfica. Brasília:
UNB, 2009.
GAVRON, Laurence. Yande codou Sene, Diva Seereer. 2009. Informar referência
completa do documentário.
______. Samba Diabare Samb, le gardien du temple. 2006. Informar referência
completa do documentário.
______; DIX; Hamidou. Le maître de la parole, el Hadj Ndiaga Mbaye, la
mémoire du Senegal. 2004. Informar referência completa do documentário.
GNAOULÉ-OUPOH, Bruno. La littárature ivoirienne. Paris: Karthala, 2000, p.152.
(Collection Lettre Du Sud). In: FRATERNITÉ MATIN, jornal de 8 setembro de
1981, p. 17.
HAROUN, Mahamat-Saleh. Sotigui Kouyaté, un griot moderne. 1996. Informar
referência completa do documentário.
KOUYATÉ, Dani. Keïta! L´héritage du griot. 1995. Informar referência completa
do filme.
LAYE, Camara. Le Maître de la Parole: Kouma Lafôlo Kouma. Paris: Plon, 1978.
NIANE, Djibril Tamsir. Soundjata, ou l´épopée mandingue. 1960. Informar
referência completa da antologia.
ODIN, Roger. De la fiction. Paris: Editora?, 2000.