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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BAIXO TOCANTINS
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

ANTONIO CARLOS DA SILVA MAUÉS


EDERA LOBO DIAS
VERA DAIANA FERREIRA DA CUNHA

Cálculo do Campo Elétrico via Potencial Elétrico em uma cuba


eletrolítica

ABAETETUBA – PA
2013
ANTONIO CARLOS DA SILVA MAUÉS
EDERA LOBO DIAS
VERA DAIANA FERREIRA DA CUNHA

Cálculo do Campo Elétrico via Potencial Elétrico em uma cuba


eletrolítica

Relatório apresentado como requisito de


avaliação da disciplina Física
Fundamental III, ministrada pelo Prof. Dr.
Marcos Allan Leite dos Reis.

ABAETETUBA – PA
2013
RESUMO

Esse experimento tem como finalidade calcular o campo elétrico através do


potencial elétrico. Para isso, precisou-se de uma cuba com placas paralelas, escala
milimetrada, solução de água e sal, um cursor e dois multitestes, um para medir a
tensão elétrica e outro para medir a intensidade da corrente elétrica. Com esses
materiais foi montado o circuito. Anotou-se a voltagem e a corrente elétrica em cada
ponto percorrido pelo cursor na cuba contendo a escala. Também foi introduzido
entre as placas paralelas, um corpo condutor maciço e um com formato de anel.
Com o resultado do potencial e fixado quatro distâncias, pôde-se mensurar o campo
elétrico e observar o que acontecia com este e com o potencial ao variar a distância
e inserir os corpos metálicos.
4

INTRODUÇÃO

O propósito desse relatório é medir o campo elétrico através do potencial


elétrico e verificar como atuam em determinadas superfícies nesse contexto, via
experimentos realizados no laboratório de física com dados coletados.
No século XIX, à medida que novas descobertas experimentais sobre
eletricidade e magnetismo foram sendo feitas, novos constructos conceituais foram
sendo desenvolvidos pelos físicos e matemáticos para descrever esses fenômenos.
É nessa época que, na Inglaterra, surgem os conceitos de linhas de força, proposto
por Michael Faraday (1791-1867), e de campo (elétrico e magnético), proposto por
James Clerk Maxwell (1831-1879).
A introdução desses conceitos por Faraday e Maxwell se inspirava numa
visão antagônica à concepção puramente operacional das teorias físicas. Eles foram
motivados pela necessidade de visualizar de maneira mecanicista, quase palpável,
as interações elétricas e magnéticas entre os corpos.
Para Faraday e Maxwell, não fazia qualquer sentido a teoria de ação a

distância entre, por exemplo, dois corpos eletrizados. Para eles, a ação de um corpo
com carga elétrica sobre outro também carregado só pode existir se houver um
agente físico (linhas de força, para Faraday, e campo, para Maxwell) entre eles para
mediar essa ação.
Faraday e Maxwell eram realistas, ou seja, para eles os agentes
intermediários que eles propunham para visualizar as interações elétricas e
magnéticas entre os corpos não eram apenas artifícios matemáticos convenientes
para se fazer cálculos, mas tinham existência concreta no mundo.
Na mesma época em que, na Inglaterra, Faraday e Maxwell desenvolviam
uma teoria completa para o eletromagnetismo em termos de agentes físicos
intermediários, no continente europeu, físicos e matemáticos como Ampère, os
alemães Wilhelm Eduard Weber (1804-1891), Carl Friedrich Gauss (1777-1855),
Carl Gottfried Neumann (1832-1925) e o holandês Hendrik Antoon Lorentz (1853-
1928) desenvolviam uma teoria também completa para o eletromagnetismo baseada
no conceito de ação à distância. (Física Básica II - USP).
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1 TEORIA

1.1 Campo Elétrico

Imagine um espaço vazio livre de qualquer influência elétrica. Se a esse


espaço trazem-se agora uma carga elétrica, toda a região em volta é perturbada

pela sua presença. A essa perturbação chama-se Campo Elétrico. Para detectar
essa nova propriedade do espaço precisamos, entretanto de outra carga. Podemos
então dizer que o Campo Elétrico se manifesta na região do espaço que envolve
uma carga elétrica. Ao colocarmos outra carga, esta sofre a ação de uma força de
atração ou de repulsão. (Instituto de Física da UFBA).
Para caracterizar matematicamente as propriedades adquiridas pela região do
espaço na qual colocamos uma carga elétrica, ou seja, para caracterizar essa nova
qualidade da região, consideraremos a seguinte situação: imaginemos uma carga
elétrica Q. Ela modifica as propriedades elétricas de certa região do espaço, isto é,
produz um campo elétrico ao seu redor.
Coloquemos em um ponto qualquer desta região que envolve Q uma outra
carga elétrica muito pequena, que chamaremos de “carga de prova”, e que, por
conveniência, será positiva. Essa segunda carga sofrerá a ação de uma força . 
(Instituto de Física da UFBA).
Defini-se então o vetor campo elétrico no ponto onde se coloca a “carga de
prova”, como sendo o vetor:

 = 

  
Onde indica a carga de prova, é a força que atua sobre ela e é o vetor
campo elétrico no ponto onde se encontra a carga de prova. A unidade SI para o
campo elétrico é dado em Newton por Colomb ( / ). No entanto, podemos obter o
campo elétrico através da expressão:

 = 
Onde  é o potencial elétrico, e  é à distância. A unidade SI para o campo
elétrico, portanto é volts por metro (/ ).
6

1.2 Linhas de força de um campo elétrico

O conceito de campo elétrico pode parecer um pouco ilusório porque não se


pode vê-lo diretamente. As linhas de força do campo elétrico constituem uma ajuda
valiosa para se visualizar o campo e interpretá-lo de modo mais realista. Uma linha
de campo elétrico é desenhada como uma linha imaginária reta ou curva que passa
por uma região do espaço de tal modo que sua tangente em qualquer ponto forneça
a direção e o sentido do campo elétrico no ponto considerado. (Instituto de Física da
UFBA).

Como se sabe, uma carga puntual que, cria um campo radial no espaço à
sua volta. Em cada ponto do espaço temos um vetor campo elétrico , cujo módulo 
diminui à medida que nos afastamos da carga, se a carga que cria o campo elétrico
for positiva, o vetor campo elétrico estará dirigido para fora, se a carga que cria o
campo elétrico for negativa, o vetor campo elétrico estará dirigido para a carga,
como se pode ver na figura 1.

Figura 1: Linhas de força do campo elétrico de uma carga puntual


positiva (lado esquerdo) e negativa (lado direito).
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/isolantes-eletricos/linhas-
de-forca.php

1.3 Campo elétrico uniforme

Em um campo elétrico uniforme, as linhas de campo são retas, paralelas e as


distâncias entre as linhas são constantes, como mostra a figura abaixo:

Figura 2: Campo elétrico uniforme


Fonte:www.10emtudo.com.br/aula/ensin
o/campo_eletrico_uniforme/
7

Uma superfície escolhida de modo a que todos os pontos tenham o mesmo


potencial é chamada Superfície Equipotencial. Uma linha de tal superfície é
conhecida como Linha Equipotencial. Superfícies equipotenciais são sempre
perpendiculares às linhas de força. Com efeito, o trabalho da força eletrostática é
definido como o produto escalar da força pelo deslocamento. Logo, o deslocamento
de uma carga teste numa superfície equipotencial não envolve trabalho, uma vez
que a força e, portanto, o campo elétrico é sempre perpendicular às equipotenciais.
Se em um sistema eletrostático as linhas equipotenciais podem ser desenhadas, as
linhas de força podem ser imediatamente construídas, uma vez que elas são
perpendiculares às linhas equipotenciais, como mostra a figura abaixo:

Figura 3: Superfície equipotencial e linha de força


Fonte: www.alunosonline.com.br/fisica/superficies-
equipotenciais.html

1.4 Condutores e blindagem elétrica


Em um condutor a força elétrica de todas as outras cargas sobre um pequeno
elemento de carga qualquer deve ser perpendicular à superfície. Pois se não fosse
perpendicular, então existiria uma componente tangencial que faria com que este
elemento de carga se movesse, e não estaríamos em uma situação de equilíbrio

estático.
Duas consequências importantes da lei de Gauss são importantes:
• O campo elétrico no interior de qualquer condutor isolado é sempre
nulo.
• Cavidades no interior de condutores são blindadas de campos
elétricos.
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Suponhamos que , em algum momento, exista um fluxo el étrico líquido dentro


de um condutor isolado. Porém, todo condutor possui elétrons li res em seu interior,
que podem se mover r pidamente em resposta a qualquer ca po elétrico externo
líquido, deixando para t rás íons positivamente carregados. As cargas se moverão
para a superfície exter a do condutor, não deixando uma ac umulação de carga
dentro do volume do co dutor. As cargas móveis também criarã o um campo elétrico
dentro do condutor, e e moverão até que o campo elétrico produzido por elas
cancele exatamente o c mpo externo. O campo elétrico líquido, assim, torna-se nulo
em qualquer ponto inter o do condutor. (Westfall, 2012).
Se uma cavidad for esculpida em um corpo condutor,, a carga líquida e,
portanto, o campo elét rico total dentro dessa cavidade será sempre nulo, não
importa quão intenso se ja o campo elétrico externo que atue so bre ele. Para provar
isso, considere uma superfície gaussiana fechada que r odeia a cavidade,
inteiramente dentro do condutor. Sabe-se que em cada ponto dessa superfície, o
campo é nulo. Logo o fl uxo líquido sobre essa superfície tamb m é nulo. Da lei de
Gauss, segue então que a superfície não rodeia qualquer carga l íquida. Se existisse,
iguais quantidades de c arga positiva e negativa sobre a superf ície da cavidade (e,
portanto, nenhuma car a líquida), tal carga não seria estaci onária, pois cargas
positivas e negativas s atrairiam e seriam livres para se movi mentar ao redor da
superfície da cavidade fim de se cancelarem. Portanto, qualq uer cavidade dentro
de um condutor está totalmente blindada de qualquer ca po elétrico gerado
externamente. (Westfall, 2012).
Superfícies equip otenciais após a introdução de um con dutor com cavidade
passam de linhas reta para curvas, pois o campo deve fi ar perpendicular à
superfície condutora, ou seja, as superfícies equipotenciais dev em ser paralelas ao
condutor com cavidade e o potencial elétrico dentro do co dutor é constante.
Colocando-se um condu tor dentro de um campo elétrico, apare em cargas induzida
ocorre a polarização da arga elétrica, conforme a visualização d a figura 4.

Figura : campo elétrico dentro e fora de um condutor com cavid de.


Fonte: ww.ufsm.br/cograca/graca2_2.pdf
9

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Mensurar o campo elétrico via potencial elétrico.

2.2 Específico

Medir o potencial elétrico sobre as linhas equipotenciais, com o auxílio dos


multitestes e observar o que acontece.

3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.1 Materiais

Para a realização da experiência foram necessários os seguintes materiais:



Cabos banana-jacaré;
• Cabos banana-banana;
• Fonte de corrente contínua 25 V, VCC 5 A;
• Reostato;
• Dois multitestes (medidor de tensão e corrente elétrica);
• Uma cuba de acrílico;
• Suporte para a cuba de acrílico;
• Duas placas metálicas;
• Uma escala milimetrada;
• Dois béqueres contendo água e sal;

Um cursor;
• Corpo metálico em forma de aro;
• Corpo metálico maciço de mesmo diâmetro que o corpo em forma de aro.
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Figura 5: Cabo banana-banana. Figura 6: Cabo banana-jacaré. Figura 7: Fonte de corrente


contínua 25 V, VCC 5A.

Figura 8: Reostato. Figura 9: Dois Multitestes.


Figura 10:paralelas
placas Cuba de acrílico
e a com as
escala
milimetrada, colocada sobre o
suporte.

Figura 11: Béquer com água. Figura 12: Béquer com sal. Figura 13: Cursor.

Figura 14: Corpo metálico em forma de aro


e corpo maciço.
11

3.2 Descrição dos procedimentos

Experimento 1

1ª etapa: Monta-se o cir cuito, conforme o esquema abaixo, ilustr ado pelas figuras 11
e 12.

C
Placa metalica u
b
a
V c
V o
V m
o
V3 rs
E e
le
u
A V C rto
ils
Placa metalica e

Figura 15: squema de montagem do circuito.

Figura 16: ircuito montado.

2ª etapa: Coloca-se a cuba de acrílico sobre o suporte, b m como, a escala


milimetrada no fundo da cuba de acrílico conforme ilustrado na fi ura 4.

Figura 17: Cuba de acrílico com o suporte e a escala


milimetrada.
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3ª etapa: Coloca-se sal a gosto dentro do béquer que contém água, em seguida,
mexe-se a água para dissolver o sal formando assim, uma solução eletrolítica.

Figura 18: Béquer com solução eletrolítica.

4ª etapa: Despeja-se a solução eletrolítica dentro da cuba de acrílico.

Figura 19: Cuba de acrílico com solução eletrolítica.

5ª etapa: Liga-se a fonte de corrente contínua e os dois multitestes. Em seguida,


move-se a ponteira móvel também conhecida como cursor, em linha perpendicular
as placas metálicas, a uma distância de 10 à 40 milímetro, tendo como referência a
escala milimetrada posta no fundo da cuba e verifica-se os valores obtidos tanto da
tensão quanto da corrente elétrica para cada distância dada.
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Figura 20: Fonte de corrente contínua 25 V VCC 5A Figura 21: Dois multitestes ligados.
ligada.

6ª etapa: Move-se novamente o cursor, só que desta vez em linha paralela as


placas metálicas com as mesmas medidas de distância da etapa anterior. Verifica-se
novamente os valores da tensão e corrente elétrica para cada distância dada.

Experimento 2

1ª etapa: Coloca-se o corpo metálico em forma de aro dentro da solução eletrolítica.


Posteriormente move-se o cursor fora e dentro do aro. Observa-se que ao movê-lo
fora do aro, houve uma grande variação tanto da tensão quanto da corrente elétrica.
Já ao mover o cursor dentro do aro as mesmas ficam praticamente constantes de
uma distância a outra.

Figura 22: Corpo metálico em forma de aro dentro Figura 23: Movimento do cursor fora do corpo
da solução eletrolítica. metálico em forma de aro.
14

Figura 24: Movimento do cursor dentro do aro metálico.

2ª etapa: Nesta etapa coloca-se o corpo maciço dentro da solução eletrolítica, em


seguida, move-se a ponteira móvel ao redor e sobre a superfície do corpo maciço.
Verifica-se que, tanto ao redor quanto sobre a superfície do corpo metálico maciço,
as medidas de tensão e corrente elétrica sofrem uma grande variação no decorrer
do processo.

4 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Para obter o campo elétrico foi necessário anotar quatro distâncias, o
potencial elétrico referente a cada distância e a corrente elétrica. Para tanto, foi
deduzida a fórmula do campo elétrico a partir do potencial elétrico.
Dado o potencial  podemos calcular o vetor campo elétrico , mediante o
operador gradiente (∇). Então, temos:
 = −∇
 = |∇|
Para a equação em questão utilizaremos apenas a componente .

 = |∇| = 
  
. = 
Integrando-se ambos os lados, vem que:
.

 = 

15

 

= 

. =
 =  
 
Então, o campo elétrico ( ) é o potencial elétrico ( ) dividido pela distância

( ). Com a fórmula deduzida, coletaram-se os dados fornecidos pelos multitestes.


 Utilizou-se quatro distâncias perpendiculares a placa esquerda da cuba,
 = !"#  = %"#  ='"  =)".
 $ & e (
Para o experimento 1, com o cursor paralelo as placas, temos os seguintes
dados relacionados com a distância de . !"
 =!" *  =!".!" +&
 = "#,-  , potencial elétrico obtido no ponto (!"#!" )
$ = "#,  , potencial elétrico obtido no ponto (!"#%" )
& = "#,-  , potencial elétrico obtido no ponto (!"#'" )
( = "#,  , potencial elétrico obtido no ponto (!"#)" )
Cálculo do campo elétrico com o cursor paralelo as placas
 = 2011 *  = 3.3#43567 *  = ,- /
$ = 2081 * $ = 3.3#43967 * $ = , /
& = 2071 * & = 3.3#43567 * & = ,- /
( = 20:1 * ( = 3.3#43;67 * ( = , /
Para o experimento 1, com o cursor perpendicular as placas, temos os
seguintes distâncias e potenciais elétricos.
 =!".!" +&
$& =%".
='".!" +&
( =)".!" +&
 = "#,%  , potencial elétrico obtido no ponto (!"#" )
$ = "#-  , potencial elétrico obtido no ponto (%"#" )
& = !#)%  , potencial elétrico obtido no ponto ('"#" )
( = !#)  , potencial elétrico obtido no ponto ()"#" )
16

Cálculo do campo elétrico com o cursor perpendicular as placas.


 = 2011 *  = 3.3#43$67 *  = ,% /
$ = 2088 * $ = $3.3#;3567 * $ = )#, /
& = 2077 * & = &3.#(3$67 * & = )-#' /
( = 20:: * ( = (3.#93(67 * ( = )< /
O resultado deste campo é apenas para um determinado ponto, mas pode-se
fazer a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos e obter o campo elétrico. Para
os pontos (10,0) e (20,0), temos o seguinte cálculo para o campo elétrico.

 = 082+108 *  = 3#;5+3683#4$ *  = 33#(684 = ), /


Para as demais situações, com a inserção do anel metálico e do corpo maciço
na cuba eletrolítica, foram realizados os mesmos cálculos acima.
Simplificando os resultados, temos as seguintes tabelas:

Tabela 1: Dados obtidos com o cursor paralelo as placas metálicas


Distância de
Potencial Diferença de Campo Intensidade
uma placa
Pontos elétrico Potencial da corrente
ao ponto
(V) (ddp)
elétrico >0 ? elétrica (mA)
(mm)
(x,y)
A (10,10) 10 0,57 |A-B| = 0,01 1 0,26
B (10,20) 10 0,58 |B-C| = 0,01 1 0,42
C (10,30) 10 0,57 |C-D| =0,01 1 0,60
D (10,40) 10 0,58 0,79
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Tabela 2: Dados obtidos com o cursor perpendicular as placas metálicas


Distância de
Potencial Diferença de Campo Intensidade
uma placa
Pontos elétrico Potencial da corrente
ao ponto
(V) (ddp)
elétrico >0 ? elétrica (mA)
(mm)
(x,y)
A (10,0) 10 0,52 |A-B| = 0,45 45,00 0,28
B (20,0) 20 0,97 |A-C| = 0,90 45,00 0,45
C (30,0) 30 1,42 |A-D| =1,32 44,00 0,61
D (40,0) 40 1,84 0,79

Tabela 3: Dados obtidos com o cursor fora do anel metálico


Distância de Intensidade
Potencial Diferença Campo
uma placa da corrente
Pontos elétrico de Potencial
ao ponto
(V) (ddp)
elétrico >0 ? elétrica
(mm) (mA)
(x,y)
A (10,0) 10 0,59 |A-B| = 0,12 12,00 0,63
B (20,0) 20 0,47 |A-C| = 0,21 10,50 0,78
C (30,0) 30 0,38 |A-D| =1,19 39,67 0,81
D (40,0) 40 1,78 0,93

Tabela 4: Dados obtidos com o cursor dentro do anel metálico


Distância de Campo Intensidade
Potencial Diferença de
uma placa elétrico da corrente
Pontos elétrico Potencial
ao ponto 0 elétrica
(mm) (V) (ddp) >
? (mA)
(x,y)
A (40,50) 40 1,81 |A-B| = 0,01 0,25 0,63
B (40,60) 40 1,82 |A-C| = 0,02 0,50 0,65
C (40,70) 40 1,83 |A-D| = 0,01 0,25 0,66
D (40,80) 40 1,82 0,65
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Tabela 5: Dados obtidos com o cursor sobre a superfície do corpo maciço


Distância Campo Intensidade
Potencial Diferença de
de uma elétrico da corrente
Pontos elétrico Potencial
placa ao elétrica
ponto (mm)
(V) (ddp) >0 ? (mA)
(x,y)
A (20,40) 20 1,46 |A-B| = 0,24 24,00 0,99
B (30,50) 30 1,70 |A-C| = 0,35 17,50 0,65
C (40,60) 40 1,81 0,33

Tabela 6: Dados obtidos com o cursor fora da superfície do corpo maciço


Distância Intensidade
Potencial Diferença de Campo
de uma da corrente
Pontos elétrico Potencial 0
placa ao
(V) (ddp)
?
elétrico > elétrica
ponto (mm) (mA)
(x,y)

A (10,30) 10 0,45 |A-B| = 0,30 30,00 0,25


B (20,30) 20 0,75 |A-C| = 0,99 49,50 0,42
C (30,30) 30 1,44 |A-D| = 0,91 30,33 0,58
D (40,30) 40 1,36 0,76

5 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

O experimento 1 permitiu verificar a variação do potencial elétrico em cada


ponto da escala milimetrada. Através da diferença de potencial e da distância entre
dois pontos obtivemos o campo elétrico. Percebeu-se que o potencial aumentava à
medida que o cursor afastava-se de uma placa para outra, perpendicularmente, e
quando este estava paralelo a uma placa o potencial permaneceu constante. O
campo elétrico é nulo quando uma carga está paralela a uma placa metálica, pois
como os potenciais são constantes, logo a diferença de potencial dos pontos é zero.
19

Na tabela 1 o campo elétrico não está nulo devido à falta de precisão ao


realizar-se o experimento com o cursor, mas é perceptível que a diferença de
potencial aproxima-se do valor real. Na tabela 2, observou-se que o campo elétrico
manteve-se constante, apesar de obter valores aproximados. Além disso, a corrente
elétrica permaneceu quase com os mesmos valores de variação, quando o curso
estava perpendicular e paralelo.
Ao introduzir o anel metálico na cuba eletrolítica notou-se que fora do anel
houve variações do potencial elétrico, no campo elétrico e na intensidade da
corrente elétrica, conforme mostra a tabela 3. Este fato se deve, porque o anel
condutor distorce as linhas equipotenciais para fora campo externo. Quando foi
colocou o cursor dentro do anel percebeu-se que o potencial elétrico se mantinha
constante, a diferença de potencial era quase nula e a corrente elétrica era
constante, logo o campo elétrico dentro deste é nulo.
Ao colocar-se um condutor maciço observou-se, que tanto fora como em sua
superfície há variações de potencial, campo elétrico e intensidade da corrente
elétrica. A explicação para este caso está no fato do condutor ser metálico. Assim
como na superfície externa do anel, perto do condutor maciço, as linhas são
aproximadamente circulares, e à medida que o cursor se afasta dele as linhas
tornam-se mais retilíneas.
Com a experiência conseguiu-se demonstrar o campo elétrico com sucesso,
conforme previa a teoria exposta, observando-se que as linhas de forças são
perpendiculares às superfícies eqüipotenciais e as cargas em objetos metálicos
reagem de diversas formas em meio a um campo elétrico. Com os dados do
potencial pode-se calcular o campo elétrico.
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REFERÊNCIAS

Campo Elétrico Uniforme. Disponível em:


<www.10emtudo.com.br/aula/ensino/campo_eletrico_uniforme>. Acesso em: 28 de
maio de 2013.

Experiência 6. INSTITUTO DE FÍSICA DA UFBA. Disponível em:


<www.fis.ufba.br/dfes/fis3/roteiros/experiencia06.pdf>. Acesso em 24 de maio de
2013.

Lei de Gauss – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Disponível em:


<www.ufsm.br/cograca/graca2_2.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2013.

Linhas de Força. Disponível em: <www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/isolantes-


eletricos/linhas-de-forca.php> Acesso em: 31 de maio de 2013.

ROQUE, Antônio. Física Básica II: Campo Elétrico. Disponível em:


<http://sisne.org/Disciplinas/Grad/FisicaBasica2IBM/aula2.pdf>. Acesso em: 29 de
maio de 2013.

Superfície Equipotencial. Disponível em:


<www.alunosonline.com.br/fisica/superficies-equipotenciais.html>. Acesso em: 31 de
maio de 2013.
WESTFALL, Helio Dias; BAUER Wolfgang. Física para Universitários: eletricidade
e magnetismo. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

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