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23.11.

2019

Trabalho de investigação
História e Teoria da contabilidade
Contabilidade Geral

Joana Silva, a38610

Resumo:
Este estudo é baseado na história da contabilidade e na teoria da mesma
de modo a ser o mais territorialmente abrangente.
A história é alusiva não só a Portugal, como ao resto do mundo,
explicitando alguns dos pontos mais importantes e dos quais brotaram novas
técnicas/ métodos de modo á sua evolução. Com isto realcei quatro marcos
na história- Mundo Antigo, Mundo Medieval, Mundo Moderno, e o Mundo
de Hoje.
Relativamente á teoria, quis apresentar de um modo sucinto a melhor
forma que as entidades têm de fazer chegar aos usuários a informação
financeira á cerca da mesma. Não restando assim dúvidas nem dificuldades
para que em algum momento seja posta em causa a decisão dos clientes por
lapso ou engano das entidades.
23.11.2019

1. História da contabilidade

A Contabilidade surgiu no Mundo Antigo como necessidade inevitável de se formar


um conjunto de tramites práticos propostos a amparar a memória dos mercadores, uma
vez que era impossível ou muito difícil de relembrar com absoluta precisão as quantidades
e valores das mercadorias por estes vendidas a crédito. Sendo assim, a origem da
contabilidade está ligada á necessidade de registos do comércio.

Com o decorrer do tempo, os processos tornavam-se mais complexos e a sua gestão


seguia o mesmo passo e refinava-se a cada nova “evolução”. Denominada como a “Era
Técnica”, a contabilidade no Mundo Medieval, foi um período brilhante. Foi nessa altura
que “crédito” e “débito” se tornaram conhecidos através de elementares relações entre
direito, referindo-se a pessoas. Posto isto, o livro de caixa foi indispensável para os
comerciantes que agora podiam vender os seus itens fora do país. Este aperfeiçoamento
e evolução da contabilidade foi fomentada pelo capitalismo.

Foi também nesta época que se destacou o método de “partidas dobradas” pela voz
de Frei Luca na Itália. Como tal, surge então o “livro da contabilidade de custos” tonando
a contabilidade mais pormenorizada. Este método é universalmente utilizado pela
contabilidade, cujo princípio fundamental é que “para cada débito corresponde um crédito
de igual valor”, ou “para cada aplicação de recurso, há uma origem de igual valor”. É
explicito então que a “partida dobrada” patenteia um registo de algo que vai e,
simultaneamente, outro algo que vem. Assim sendo são anotações de débito e crédito, ou
de haver e dever em que a soma será sempre igual de um lado ou de outro.

Posteriormente, caracterizado como o período dos descobrimentos (1494-1840), o


Mundo Moderno, faz com que seja necessário estabelecer o comando de inúmeras
riquezas que o Novo Mundo estava a proporcionar. Surgiram também empréstimos a
empresas comerciais, que geraram novas técnicas de escrita mais minuciosas que
ajudassem a retratar os interesses dos credores e dos comerciantes nas suas relações.

Por fim, mas não menos importante, chegamos a Mundo de hoje, o Científico. Este
culminou com dois grandes autores- Francesco Villa e Fábio Bésta. Villa excedeu as
conceções tradicionais da contabilidade e com todos os novos factos explorados deu
início á fase científica da contabilidade. Fábio que era um “aprendiz” de Villa conseguiu
exceder o seu “instrutor”, apresentando elementos fundamentais e aproximando-se da
definição de património como o objeto da contabilidade.
23.11.2019

2. Teoria da contabilidade

Como sabemos a contabilidade foi considerada durante um longo período de tempo


como uma técnica ou como uma arte. Contudo, nos dias de hoje, já pode ser descrita como
uma ciência.

Na integra, as teorias da contabilidade estão subordinadas á estrutura dita “comum”


da Contabilidade e são, em norma, mais qualitativas do que quantitativas. Assim estas,
podem ser vistas como o raciocínio logico que auxiliam nas práticas da Contabilidade.
Ora, como todas as práticas evoluem esta não iria ser exceção, e é também neste âmbito
que as teorias ajudam a desenvolver e ampliar de modo eficaz os procedimentos
contabilísticos. Embora que haja diversas, das teorias clássicas da contabilidade, aquela
que sustenta mais matérias é a do patrimonialismo. Este diz-nos que o objeto central da
contabilidade é o património. Utilizando o método indutivo, e observando as oscilações
que ocorrem nas entidades.

A teoria contabilística é um bem-haja aos relatórios contabilísticos e financeiros, uma


vez que no universo das finanças, isso traduz-se na fidelidade das informações que podem
ser vistas por quem delas tenha interesse. Por exemplo, aquando da dúvida para a
concretização de um negócio, estas podem ajudar a vincular a decisão.

Sabendo então que o património é dos objetos de estudo mais importantes da


contabilidade, interessa também salientar que o seu objetivo é proporcionar informações
aos utilizadores, sejam eles pessoas jurídicas ou físicas. É importante que não seja
confundido o património da entidade com o património dos seus sócios ou proprietários,
isto é, o património da entidade tem obrigações e direitos enquanto pessoa coletiva,
independente dos seus sócios, daí a sua autonomia.

A Continuidade: consiste na vida ilimitada das entidades até que, por alguma
circunstância, se venha provar a sua descontinuidade. É admitida a “vida longa”, ou não,
das entidades quando se classificam ou avaliam as mudanças do património. Como tal
podemos afirmar que as entidades são criadas de modo a que tenham um longo período
de tempo até que fortes evidências demonstrem o contrário. Sabemos que as entidades
são criadas com o intuito de gerar riqueza, a questão aqui é se a entidade consegue gerar
dinheiro durante muito tempo sem que haja um período de interrupção que conduza á
falência da mesma.
23.11.2019

Do leque de características fundamentais da contabilidade (DF’s) que poderíamos


estudar, destacam-se algumas devido á sua popularidade, como por exemplo,
Compreensibilidade, Fiabilidade / Representação fidedigna, Relevância/ Tempestividade,
e por fim, mas não menos importante, Comparabilidade.

Compreensibilidade

Este conceito basilar das informações financeiras traduz-se, como nos diz a própria
palavra, na compreensão dos utentes. Assim, as entidades têm de fornecer informação
que seja de fácil entendimento quando lhes é possível (a matéria complexa não pode ser
excluída). Tento em atenção que os utentes têm de ter algum conhecimento acerca das
atividades.

Fiabilidade ou Representação fidedigna

Reconhecemos a informação como fiável se for aceite pela confiança dos seus
usuários. Para tal há que verificar alguns requisitos, dos quais, por exemplo, a prudência.
A informação financeira deve retratar de uma forma real todos os acontecimentos para
que possa certamente ser reconhecida. Fica implícito que a entidade deve registar as
transações da mesma na data e pelo valor da sua realização na moeda do país (débitos e
créditos; bens moveis ou imoveis). Ora no que toca á prudência, é importante realçar que
ao tratarmos da estimativa de um ativo, devemos escolher o menor valor, sendo assim
mais prudentes. Por outro lado, quando tivermos duas alternativas semelhantes para
calcular o passivo, devemos optar pelo de maior valor. De modo a que não haja surpresas
negativas.

Relevância / Tempestividade

Reconhece-se que por vezes é melhor fornecer informações das quais não há certezas
da sua fiabilidade do que apenas fornecer quando já se tem a certeza das mesmas. Uma
vez que concedidas tardiamente, pode o utilizador perder a oportunidade para tomar uma
decisão. Independentemente da sua certeza, será conveniente às entidades fazer o registo
imediato das mutações ao património e a justificação das mesmas.

Comparabilidade

Esta característica tem por base permitir que os usuários comparem DF’s de uma
empresa pelo tempo, para perceberem o desempenho, e ainda entre DF’s entre diferentes
empresas.
23.11.2019

Abreviaturas

• DF’s – Demonstrações Financeiras

Bibliografia

• https://pt.scribd.com/doc/87503180/CONTABILIDADE-Historia-e-Teoria-da-
Contabilidade - 08.11.2019
• https://fasul.edu.br/projetos/app/webroot/files/controle_eventos/ce_producao/20
151027-100622_arquivo.pdf - 08.11.2019
• Manual de contabilidade financeira, cedido pelo Prof. José Rafael – 08.11.2019
• https://www.investopedia.com/terms/a/accounting-theory.asp - 17.11.2019
• https://blog.sejakino.com.br/o-principio-da-prudencia/ - 21.11.2019
• http://www.cnc.min-financas.pt/_siteantigo/SNC_projecto/SNC_EC.pdf-
23.11.2019
• https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/2233248.pdf - 23.11.2019

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