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INTRODUÇÃO
O que se tratará inicialmente não é novidade alguma para os estudiosos do direito. Duas são as
grandes fases que visualizamos no campo processual neste momento: as reformas que vêm sendo
realizadas de forma impecável pelo Instituto Brasileiro de Direito Processual em conjunto com a
Escola Nacional da Magistratura e o crescente reclamo da sociedade para que haja uma justiça
rápida, eficaz e segura. Tratam-se de fatores visíveis e atuais.
Cândido Rangel Dinamarco1 aponta, ainda, duas macrotendências no campo processual para a
América Latina, que são a adoção de regras próprias da common law e o Código de Processo Civil-
modelo para a América Latina. Ambas são tendências atuais, porque em nosso sistema muito se vê
de procedimentos próprios da common law, a exemplo dos Juizados Especiais, da Ação Civil
Pública, da Arbitragem, dentre tantos outros institutos.
Recentemente passamos por três grandes alterações no nosso CPC, por certo que pontos
importantes – que não serão tratados neste artigo – ficaram marginalizados por conta dos
feudalistas do Século XXI2 . Ao analisar o Projeto de Lei 3475/2000, visualizando o parágrafo
único do art. 154, imaginamos que nosso sistema legal – e principalmente o sistema judiciário -,
As denominadas chaves públicas serão quase que inacessíveis, porque se tratam de meios
informáticos e cujos conhecimentos a maioria dos usuários – notadamente para os advogados, que
somam 2% de usuários da Internet no Brasil – desconhece.
Parece uma pequena e despretensiosa exclusão a do parágrafo único do art. 154 do CPC. Mas não
é. Trata-se, sim, de um grande atraso para nosso desenvolvimento tecnológico e maior agilidade ao
Judiciário. Tanta credibilidade deram ao fax, com a edição da Lei dos Recursos4 e, agora, quando os
meios são mais eficazes, simplesmente os desmoronamos. Seria a intenção da MP 2200/2001 ser
mais interessante e inovadora, permanecendo a vaidade?
Não se trata de uma crítica à Lei de Recursos – até porque não seria merecida -, mas um ponto
padrão para demonstrar o despropósito do veto presidencial.
3 “Art. 154. A fim de que a atividade processual não permaneça anacrônica em relação aos novos estágios da
tecnologia, ao art. 154, relativo à forma dos atos processuais, é aditado um parágrafo único, facultando-se aos tribunais
disciplinar, no âmbito das respectivas jurisdições e atendidos os requisitos de segurança e autenticidade, a prática e a
comunicação de atos processuais mediante a utilização de meios eletrônicos.”
4 Lei 9800/99
5 Cf. Cândido Rangel Dinamarco, em Reforma da Reforma, Ed. Malheiros – 2002 – SP: “Vetadas estas
disposições ... c) o emprego da informática continua sendo admissível para a realização de atos (Lei 9800, de
O DIREITO ELETRÔNICO NO CAMPO PROCESSUAL
Não é novidade o uso de meios eletrônicos para a transmissão de informações aos órgãos judiciais e
comunicação dos atos processuais. O fax já era previsto quando da edição da Lei 8.245/916 . Com a
Lei dos Recursos7 , o meio passou a ser adotado para fins de envio de recursos.
Os meios eletrônicos, como o e-mail – ou mensagem eletrônica – e outros, são mais seguros e
eficazes que a utilização do fax. As razões do veto presidencial, como analisaremos a seguir, se
deram por motivo de relevante interesse público, conforme ali exposto. Mas não visualizo, com
sinceridade, qualquer “motivo de relevante interesse público”. Pode ter havido um interesse – não
legítimo – de ordem administrativa, até mesmo com o fim de implantar a tão mencionada chave
pública.
25.5.1999 ) mas provavelmente, em relação a sua comunicação ‘as partes, procuradores etc., continuará
havendo resistência. Que pena!”
6 “ Art. 58. Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º, nas ações de despejo, consignação em
pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionais de aluguel e renovatórias de locação, observar - se - á
o seguinte: ... IV - desde que autorizado no contrato, a citação, intimação ou notificação far-se-á mediante
correspondência com aviso de recebimento, ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, também
mediante telex ou fac-símile, ou, ainda, sendo necessário, pelas demais formas previstas no Código de Processo
Civil; ...”
7 Lei 8950/94
8 Vide art. 14 do CPC
9 N.A. – Conforme escrevi na obra Introdução ao Estudo do Direito da Informática ( Ed. Forense, no prelo ):
Desta forma, entendemos por Direito Eletrônico o conjunto de normas e conceitos doutrinários, destinados ao
estudo e normatização de toda e qualquer relação onde a informática seja o fator primário, gerando direitos e
deveres secundários. É, ainda, o estudo abrangente, com o auxílio de todas as normas codificadas de direito, a
regular as relações dos mais diversos meios de comunicação, dentre eles os próprios da informática.
que existe é um conjunto de avanços na informática que trouxeram para o direito suas
conseqüências e, desta forma, um conjunto de pequenas normas e alguns atos administrativos
isolados.
Ainda que o estudo do Direito Eletrônico seja de tal forma tímido, com poucos e corajosos
doutrinadores tentando estudar seus conceitos e aplicações, havendo, ainda, grande discussão
acerca de temas meramente conceituais, não pode ele ser descartado agora nesta fase do
Direito Processual, quando a grande preocupação é com a efetividade da entrega da prestação
jurisdicional.
Duas formas, analisadas sob o ponto que ora se debate, acelerarão o processo – a adoção de
meios modernos para a comunicação de atos processuais e, sem dúvida, a ética, notadamente
com a adoção plena do contempt of court 10 em nosso sistema legal. Mas não são as únicas
formas.
Parece – e este é o motivo do veto presidencial, calcado em uma Medida Provisória 11 -, que a
segurança na transmissão de dados seja o grande problema a ser enfrentado. Quando a citação
pelo correio passou a ser o meio padrão de comunicação inicial no processo, houve muita
discussão e não raras as vezes, ao silêncio da parte, determina o juiz que a citação se dê por
oficial de justiça. No sistema trabalhista a citação por correio sempre foi acatada e respeitada,
por certo que, em raríssimos casos, é que se realiza o ato por meio de oficial de justiça.
Se a comunicação dos atos pode ser realizada por correio, por que não por correio eletrônico
ou outra forma de transmissão de dados eletrônicos, independente das “chaves públicas”?
10 Lamentavelmente, houve alteração substancial no art. 14 do CPC – e este admito ser mais grave que o veto
do parágrafo único do art. 154 -, quando apreciado pelo Congresso e aniquilada a aplicação do contempt of court
em nosso sistema processual. Ética e modernidade. E ambas foram deixadas para um segundo momento – se é
que este segundo momento se apresentará. Copiando a frase do Professor Cândido Rangel Dinamarco, “que
pena!”.
11 Que, na realidade, de “provisória” nada têm, face às inúmeras reedições.
Imaginemos uma barbaridade, somente para efeito de defesa ao uso dos meios eletrônicos
para a comunicação de diversos atos processuais e, futuramente, quem sabe, no próprio
processo de execução: - Suponhamos que um ato processual seja realizado por carta. Só que
dentro do envelope nada conste, por um erro do cartório, ou mesmo por má-fé (já que esta
nunca poderá ser descartada ). Como agir? Quando estamos diante de uma comunicação por
meio eletrônico, tanto o remetente quanto o destinatário sempre poderão comprovar se a
“mensagem” está ou não “em branco”. E através de simples procedimentos, muito ao
contrário das complicadas “chaves públicas”.
Não se pode descartar, ainda mais com o avanço da informática, que este meio seja
descartado de nosso sistema. E menos ainda no campo do Direito Processual, quando
podemos utilizar meios mais rápidos para a comunicação processual.
Através do sistema denominado “push”, também é possível que advogados e até mesmo as
partes, tenham prévio conhecimento de decisões e despachos havidos nos feitos. Por que não
ampliar o que já existe e bem funciona ao nosso sistema codificado?
Ainda que possa parecer pouco acadêmico, é importante transcrevermos partes do veto
presidencial, com o fim de entendermos o relevante interesse público alegado12 .
Apesar de a Exposição de Motivos do Projeto de Lei 3475/2000 ter sido da lavra do Exmo.
Sr. Dr. Ministro da Justiça, o veto presidencial assim se inicia:
o
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1 do art. 66 da Constituição Federal, decidi
o o
vetar parcialmente, por contrariar o interesse público, o Projeto de Lei n 118, de 2001 (n 3.475/00
o
na Câmara dos Deputados), que "Altera dispositivos da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil, relativos ao processo de conhecimento".
O veto presidencial quanto à redação do parágrafo único do art. 154 foi total, porque o
Projeto de Lei 3475/2000 – exposto pelo Ministro da Justiça, como dito -, nesta parte, em
nada alterou o caput do artigo, mas acresceu o parágrafo único, que teria a seguinte redação:
Sem dúvida, era um grande passo a ser dado no campo do Direito Processual e dentro das
tendências inovadoras e até mesmo corajosas de nossos processualistas. A razão do veto,
contudo, não é de interesse público, como mencionado alhures e como poderemos visualizar
neste momento:
Razões do veto
Apesar de ser tão importante a questão, e sua natureza ser de relevante interesse público, a
aludida Medida Provisória, datada de 29 de junho de 2001, já foi alterada e reeditada.
Contudo, o aspecto das sucessivas e intermináveis reedições de Medidas Provisórias não vem
ao caso. O importante é afirmar que inexiste qualquer instabilidade na redação proposta ao
parágrafo único do art. 154. Redação esta proposta, discutida e elaborada pela Comissão
instituída pelo Ministério da Justiça e com a indispensável batuta do Instituto Brasileiro de
Direito Processual.
As chaves públicas serão analisadas a posteriori, mas desde já se pode afirmar inexistir
necessidade de uniformização de utilização de meios eletrônicos. Aliás, quando se está diante
de um país de dimensões continentais, como o nosso, será impossível a adoção de um sistema
uniforme no campo da realização de transmissão por dados eletrônicos.
Por outro lado, a denominada chave pública nada mais é que um conjunto de caracteres, a
partir do momento em que for instalada, com o fim de criptografar as mensagens. Inexiste,
assim, segurança quanto a forma de envio e recebimento.
O art. 1º da Medida Provisória que embasa o veto presidencial está assim redigido:
A mesma Medida Provisória, por força do art. 12, define o que venha a ser documento
eletrônico, nos seguintes termos: “Consideram-se documentos públicos ou particulares, para
todos os fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória.” Só que
inexiste uma definição do que venha a ser documento eletrônico.
Aliás, definir documento eletrônico por força de lei é um perigo sem análise de suas
dimensões, porque a informática não é estática, assim como o direito também não o é.
Contudo, até que novas leis sejam editadas, podemos dizer que as leis, muitas vezes, são
estáticas. E o veto em questão é um exemplo deste engessamento legislativo.
Nada mais são as chaves públicas que um certificado digital de autenticidade. Quando
superamos a burocracia do reconhecimento de firma na primeira reforma do CPC, criamos a
burocracia cibernética, com a necessidade de autenticidade de documentos transmitidos pela
Internet.
Não fica aqui uma crítica às chaves públicas, até mesmo porque elas poderão ser de grande
utilidade no sistema de informatização e certificação on line desejada por muitos cartórios.
Sem dúvida, trata-se de um grande passo a ser percorrido e incentivado, mas não a ponto de
prejudicar a aplicação de normas que facilitem o processo nos Tribunais e uma maior
agilidade na comunicação dos atos processuais.
Por tudo quanto afirmado até o presente momento, independem a redação contida na Medida
Provisória que institui as chaves públicas e a redação suprimida do parágrafo único do art.
154, do CPC.
Afirmar o que venha a ser documento eletrônico é tarefa para a doutrina, porque, a cada dia,
este conceito vem se modificando e adaptando-se ao que ocorre no rápido mundo da
informática.
Mas é preciso ousar. E as novas tendências mundiais, além das próprias tendências do nosso
processo civil, reclamam esta ousadia.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os documentos eletrônicos vêm tendo grande importância,
a ponto de as Cortes começarem a discutir sobre a possibilidade de arquivamento de feitos
através do e-filing, ou, em tradução livre, arquivamento eletrônico.
13 Aconselhamos a leitura da obra Princípios Fundamentais do Processo Civil Moderno – Cândido Rangel
Dinamarco – Malheiros Editores – São Paulo - 2000
E esta tendência vem sendo estudada com o apoio da American Bar Association e, ainda que
tenha sofrido grande resistência14, parece que a técnica virá a tornar-se uma realidade em
breve. É impossível, desta forma, ignorar a importância dos mecanismos eletrônicos em toda
a sistematização legal no Brasil.
Por esta razão, até mesmo porque o que estamos presenciando, como já afirmado, é uma
maior integração dos princípios adotados pela common law, não há como afirmar uma
necessidade de integração entre a Medida Provisória e o parágrafo único do art. 154 do CPC.
Até mesmo porque as chaves públicas, uma vez instituídas, deverão adaptar-se, exatamente
como regia o aludido parágrafo, aos dispositivos próprios de cada Tribunal. É que temos
sistemas operacionais como o Linux? , Windows? , dentre outros. E a norma federal jamais
poderá impingir este ou aquele sistema, ainda que haja uma regulamentação geral sobre as
chaves.
Sem dúvida, são preceitos dissociados, devendo ser repensada a inovação contida no
parágrafo único do art. 154.
14 “Three years ago, when the topic of electronic filing or “e-filing” as it is commonly termed, was suggested
as a program topic for the ABA Annual Meeting, it was considered too novel and experimental to be of much
interest to Judicial Division members and was rejected. E-filing just wasn’t timely or important at the time.
Today, nothing could be further from the truth. E-filing has arrived! It is one of the most important issues
that courts are grappling with today.” ... “ E-filing cannot be ignored – it is coming to a court near you – in
the very near future.” N.A. – texto extraído do periódico JUDGES JOURNAL – da American Bar
Association – Summer 2001, Vol. 40. No. 3 – Robert E. McBeth – Juiz da Corte Distrital de Washington
15 http://www.direitoprocessual.org.br
E, dentre estas reformas, a possibilidade de o credor poder efetivar a alienação do bem
penhorado16 . Como os meios eletrônicos – em especial a Internet – facilitaram por demais os
meios de comunicação, além de haver um “seguro” comércio eletrônico, esta alienação
poderá ser realizada eletronicamente.
Contudo, a se manter o posicionamento adotado pelo Exmo. Sr. Dr. Presidente da República,
mais uma reforma que possibilitará agilidade no processo será “emperrada” pela burocracia.
Antes vivenciávamos uma burocracia por conta dos papéis, carimbos etc. A partir de agora,
teremos a burocracia cibernética.
Ainda que possa parecer de pequena monta o veto presidencial, na realidade constituí um
grande atraso nas futuras reformas e em meios mais ágeis e eficazes para a consecução do
que se pretende, que é a rápida prestação jurisdicional.
Por todos estes motivos é que se deve analisar o Direito Eletrônico juntamente com os demais
ramos do Direito e afirmar, categoricamente, que as reformas do CPC não poderão ficar
atreladas ao que ora se denomina chave pública.
5. CONCLUSÃO
O Direito não é estático. É ele um fenômeno tão mutante e dinâmico quanto as próprias
relações humanas. É o Direito parte integrante das ciências sociais aplicadas e, como tal, não
pode ficar alheio às inovações trazidas, agora, pela informática e, além dela, pela Internet.
O mundo se comunica instantaneamente através de linhas telefônicas, cabos, rádios etc., tudo
ligado a um computador. E até mesmo computadores que cabem na palma da mão.
16 “A alteração que se nota à primeira vista é o fim do processo autônomo de execução quando se tratar de
título executivo judicial. De acordo com a proposta, a sentença condenatória não porá fim ao processo, que será
concluído com uma fase de cumprimento. Esta alteração proporcionará enorme agilidade ao processo.
Segue-se, ainda, a limitação da possibilidade de impugnação da execução, que, em regra, não suspenderá o
procedimento. Quanto à execução de título extrajudicial a maior inovação se refere à alienação do bem
penhorado, que será, prioritariamente, efetivada pelo próprio credor.”
Fonte: http://www.direitoprocessual.org.br - Revista Eletrônica de Direito Processual
Excluir as inovações tecnológicas, ainda mais com argumentos pueris, é desprezar toda forma
de evolução humana.
Espero, sinceramente, que o motivo que levou o Presidente a vetar o parágrafo único do art.
154 não se repita quando das profundas mudanças que deverão ser inseridas no processo de
execução. E, finalmente, que não seja repetida a mudança brutal no art. 14...
O VETO PRESIDENCIAL
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
o
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1 do art. 66 da Constituição Federal, decidi
o o
vetar parcialmente, por contrariar o interesse público, o Projeto de Lei n 118, de 2001 (n 3.475/00
o
na Câmara dos Deputados), que "Altera dispositivos da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil, relativos ao processo de conhecimento".
o o
Art. 154, parágrafo único, da Lei n 5.869/73, alterado pelo art. 1
do projeto
Razões do veto
o
"A superveniente edição da Medida Provisória n 2.200, de 2001,
que institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-
Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade
jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de
suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados
digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras,
que, aliás, já está em funcionamento, conduz à inconveniência da
adoção da medida projetada, que deve ser tratada de forma
uniforme em prol da segurança jurídica."
o o
Art. 175 da Lei n 5.869/73, alterado pelo art. 1 do projeto
"Art. 175 São feriados, para efeitos forenses, os sábados, os
domingos e os dias assim declarados por lei." (NR)
Razões do veto
"O atual art. 175 do CPC preceitua que são feriados, para efeitos
forenses, os domingos e os dias declarados por lei.
o o
Art. 178 da Lei n 5.869/73, alterado pelo art. 1 do projeto
Razões do veto
o
"No que diz respeito ao projetado art. 178 do CPC, pelo art. 1 da
proposta, que manda suspender a contagem do prazo nos dias
feriados e naqueles em que não houver expediente forense, salvo
nos casos dos prazos contados em dobro e quádruplo,
estabelecidos no art 188, tem sido dirigidas a este órgão
considerações que nos parecem relevantes e que podem ter o
condão de alterar o entendimento do Poder proponente acerca da
conveniência da adoção de tal norma.