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Belo Horizonte
2019
© 2019, Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais
É permitida a reprodução desta publicação, desde que
sem alterações e citada a fonte.
Capa: Brasil84
Revisão ortográfica e gramatical: Brasil84
Projeto e edição gráfica: Brasil84
Impressão: Global Print Editora Gráfica Eireli
Tiragem: 1.000 exemplares
Revisão técnica:
Celso Francisco Tondin Evely Najjar Capdville
Deborah Rosária Barbosa Stela Maria Bretas Souza
CONSELHEIRAS(OS)
APRESENTAÇÃO....................................08
PALESTRAS DE CONVIDADAS(OS)......13
A experiência de matriciamento em saúde mental
infanto-juvenil com as escolas: a construção de
uma rede.........................................................................14
TRABALHOS APRESENTADOS
PELAS(OS) PARTICIPANTES............ 99
A brinquedoteca como ferramenta da Psicologia:
um trabalho voltado para a estimulação cognitiva.........100
A educação sistêmica e a
dificuldade de aprendizagem.........................................108
A escola e o processo de subjetivação: uma
intervenção à luz da educação para as relações
étnico-raciais.................................................................119
Experiência de estágio em
orientação à queixa escolar ..........................................301
Apresentação |9
lares e a importância do diálogo e da construção coletiva de
tal atuação com professoras(es), gestoras(es) e comunidade
escolar; e reafirmar os compromissos da Psicologia, enquan-
to ciência e profissão, com práticas de transformação social.
O 1º Encontro e Mostra de Práticas em Psicologia Escolar
e Educacional do Centro-Oeste contou com 125 participan-
tes, 21 cidades representadas e 38 trabalhos inscritos, dos
quais 30 foram aprovados (modalidade de pôster). Além
da exposição dos pôsteres, aconteceram quatro mesas que
envolveram 11 palestrantes e mediadoras(es).
A II Mostra de Práticas em Psicologia e Educação contou
com 147 participantes, 48 cidades representadas e 100 tra-
balhos inscritos, dos quais 80 foram aprovados (54 na ca-
tegoria de diálogos e 26 de pôster). Além da exposição dos
pôsteres e das sessões de diálogos, houve uma conferência
e uma apresentação cultural. Todas(os) que apresentaram
trabalhos e palestraram nestes dois encontros foram convi-
dadas(os) a comporem este livro. Como resultado, 37 arti-
gos foram recebidos para integrar a obra.
Desta forma, com muita alegria e satisfação, disponi-
bilizamos às(aos) profissionais e estudantes de Psicologia
e demais interessadas(os), os conhecimentos construídos
nas experiências vivenciadas em diversos espaços espalha-
dos por todas as regiões do nosso estado. Eles abordam
a dimensão subjetiva dos processos educacionais desde
o chão das Minas Gerais. Ademais, este livro se soma a
outro, intitulado “Práticas e pesquisas em Psicologia e Edu-
cação: experiências de Minas Gerais”, publicado também
Apresentação | 11
Palestras de
Convidadas(os)
Uma experiência
de matriciamento
em saúde mental
infanto-juvenil
com escolas: a
construção de
uma rede
REFERÊNCIAS
SURGIMENTO DA DEMANDA
Então gente, depois disso tudo, que estudei e me de-
diquei ao trabalho na comissão de Educação do Conselho
Regional de Psicologia, colaborei nas referências, eu voltei
a dar aula. Fiquei um tempo parada, me aposentei e depois
voltei.
Quando estava dando aula para discentes dos últimos
semestres, ministrei um estágio específico em Psicologia
Institucional. Na instituição que eu dou aula existe a ên-
fase na área da saúde, mas um grupo me procurou falando
do interesse na área escolar. Eles disseram assim: “A gente
quer fazer escolar”. Então eu tive esse desafio: como pen-
sar escolar num grupo que é da saúde? E comecei a pensar
o que eu tinha a oferecer a eles. Era algo que, fosse da área
deles, para terem contato com a escola e parar com essa
coisa de encaminhar para a clínica.
E a gente começou a procurar escolas que aceitassem
estagiários no bairro da Mooca na cidade de São Paulo. E
antes mesmo da prática começar as escolas enviavam uma
lista de alunos “problema”. Eles faziam uma lista (mesma
coisa hoje) pensando que o trabalho dos estagiários na es-
cola seria como se fosse uma clínica psicológica. E aí es-
crevemos uma proposta de estágio que chamamos de “Psi-
cologia Institucional no contexto educacional” direcionado
para os estudantes do último ano de Psicologia, supervisio-
Márcio Pereira
Psicólogo, professor universitário nos
cursos de Psicologia e Pedagogia, Mestre
em Educação (UNISAL), doutorando
em Educação (Universidad Internacional
Iberoamericana/Puerto Rico).
marcio.marcio@uemg.br
RESUMO
O presente texto é fruto de reflexões a partir de vivên-
cias no trabalho com a inclusão de pessoas com deficiência
no espaço escolar, desde 2008, através do serviço de apoio
à inclusão de uma Escola Especial da SEEMG. Foi apre-
sentado na II Mostra de Práticas em Psicologia Escolar e
Educacional, evento realizado em Divinópolis, no mês de
maio de 2018, organizado pela Subsede Centro-Oeste/CR-
P-MG. Muitas são as barreiras que dificultam a acessibili-
dade e permanência da pessoa com deficiência na escola e
uma delas é o questionamento quanto ao desempenho es-
colar. Normalmente, os professores querem saber o quanto
a criança irá “render” e, sobretudo, se irá aprender a ler e a
escrever, pois, se não, qual o sentido de frequentar a escola
ou mesmo qual o sentido do seu investimento nesse aluno.
Prioste et.al. (2006) diz que o desempenho escolar com-
preende a medida das capacidades do estudante expres-
sando o aprendizado ao longo do processo educacional.
Também abarca a capacidade do estudante em responder
aos estímulos educativos e, nesse sentido, o desempenho
escolar corresponde à aptidão. Assim, o trabalho busca re-
fletir sobre o desempenho escolar num contexto inclusi-
vo e não a partir de uma visão econômica da educação. A
discussão centraliza na perspectiva de que o desempenho
escolar deva ser pensado a partir dos avanços e conquis-
tas realizado pelo aluno em relação a sua compreensão de
mundo e a forma como intervém na realidade e não espe-
cificamente em conceitos transmitidos pela escola ou em
habilidades de leitura e escrita.
INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, a organização da escola tem sido
marcada por critérios seletivos tendo como base a con-
cepção homogeneizadora do ensino e, nessa perspectiva,
muitos alunos são rotulados e excluídos do processo edu-
cacional. Essa visão reflete o modelo da uniformização dos
conteúdos, das atividades para todos na sala de aula e se
o estudante não corresponder ao proposto fica a margem
da escolarização, tendo como consequência o fracasso e a
evasão escolar, pode-se dizer que a exclusão é evidenciada.
Nas últimas décadas, muitos diálogos têm sido estabe-
lecidos em relação aos direitos humanos e essas discussões
fundamentam diretrizes e acordos internacionais trazendo
uma mudança conceitual na área da educação. As mudan-
ças preveem a defesa e promoção do exercício do direito à
educação, à participação e à igualdade de oportunidades
para todos. Neste contexto, novos conhecimentos teóricos
e práticos têm consolidado uma pedagogia para a inclusão
(DUK, 2007).
A inclusão educacional tem o compromisso de ofere-
cer uma educação de qualidade para todos e prevê a di-
versidade como elemento enriquecedor de aprendizagem,
catalizadora do desenvolvimento pessoal e social. A visão
inclusiva contrapõe à postura tradicional de educação que
DESENHO METODOLÓGICO
A metodologia é a etapa sustentada pela construção do
conhecimento científico e o referido estudo possui uma
abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos técni-
cos utilizaram-se no delineamento deste estudo, pressu-
postos teóricos metodológicos bibliográficos e a vivência
no acompanhamento de crianças deficientes matriculadas
em escolas regulares, no serviço especializado, denomina-
do AEE1, de uma Escola Especial da SEEMG.
A pesquisa bibliográfica objetiva realizar um levanta-
mento teórico dos principais aspectos da temática em
questão, que de acordo com Carvalho (1991, p. 156), “des-
perta o interesse pelo tema e o espírito indagador e crítico
acerca de múltiplas dimensões de uma dada realidade”.
DESEMPENHO ESCOLAR E A
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O baixo desempenho durante o processo escolar pode
estar associado a várias causas. Lozano e Rioboo (1998),
CONCLUSÃO
Infelizmente, embora, há uma preocupação em estudar
os resultados dos esforços de alunos e professores para que
haja um bom desempenho escolar por parte dos discentes,
ainda esses estudos são incipientes para analisar o desem-
penho escolar e a participação do aluno com deficiência na
rotina da escola.
Para se falar de desempenho escolar da pessoa com
deficiência, apesar de ter traçado neste texto reflexões, os
estudos têm confirmando a importância da avaliação do
desempenho dos alunos em diferentes contextos e deman-
das, bem como a avaliação das barreiras que possam difi-
cultar a participação escolar.
A partir dessa colocação e das mudanças educacionais
é importante entender que o desempenho escolar é signi-
ficativamente influenciado pelo meio ambiente e deve ser
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
De acordo com as Políticas Nacionais de Educação no
Brasil, a educação de alunos com necessidades educacio-
nais especiais deve ocorrer, preferencialmente, na rede re-
gular de ensino visando promover a valorização da integra-
ção destes alunos, evitando assim sua exclusão. Anterior
a tais políticas ocorreram vários encontros internacionais
que discutiram a questão da inclusão em um sentido mais
amplo. Dentre estas, pode-se citar a Conferência Mundial
de 1994, ocorrida em Salamanca, pela UNESCO sobre as
necessidades educacionais, que deixa bem claro o ensino
inclusivo como a prática da inclusão de todos, indepen-
dente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica
ou origem cultural, em escolas e salas de aula provedoras,
Preconceito e o possível
Pode parecer contraditório falar da categoria possibilida-
des sob a égide do preconceito, porém partindo do pressu-
posto de que tememos o que desconhecemos, o medo pode
ser entendido como um fator desencadeador do preconceito.
Mesmo no mundo globalizado em que a informação está
à disposição de todos, nem todos têm realmente acesso a
ela ou a conteúdos com teor de veracidade mais próximo
do real. Este volume de achismo disponibilizado não ofere-
ce condições para novas elaborações. Neste viés podemos
considerar que a minimização do preconceito a partir da
disseminação de informações consistentes pode ser uma
das possibilidades para caminharmos, ou avançarmos no
processo de inclusão.
Sob o ponto de vista legal a inclusão escolar, dentro des-
te novo paradigma da educação, é um processo sem volta.
Não há mais como aceitar o impedimento a inclusão es-
colar, uma vez que a inserção e o acesso à educação é um
direito de todos.
Considerações finais
Para que ocorra a garantia da qualidade de ensino na
escola especial é preciso que em sua organização sejam
previstas parcerias com escolas da rede regular de ensi-
no, professores especializados e equipe técnica de apoio à
matrícula do aluno e oferecer atendimento educacional es-
pecializado, conclusão e certificação de educação escolar,
incluindo terminalidade específica.
Mediante o enfoque da inclusão na educação, deno-
ta-se que a proposta é oferecer possibilidades para que se
rompa com o dualismo existente entre educação regular e
educação especial. A medida que as práticas educacionais
includentes vão dando espaço para a unificação das moda-
lidades de educação regular e especial, havendo verdadei-
ramente um sistema único de ensino, vai se caminhando
para uma reforma educacional que contemple as necessi-
dades educacionais individuais dos alunos.
Os desafios são e serão muitos, mas as perspectivas se-
rão ‘sempre’ boas.
INTRODUÇÃO
A Brinquedoteca, da Secretaria Municipal de Educa-
ção de São Roque de Minas, teve seu início, em 2017,
por meio de uma necessidade do setor de Psicologia. Antes
desse projeto a dinâmica de recepção dos que procuravam
o serviço era lenta, o que acarretava em longas filas de es-
pera para avaliação de aprendizagem, atendimentos psico-
lógicos e orientações dos pais. Atualmente, tal setor, conta
DESENVOLVIMENTO
O brincar é extremamente relevante na infância e é re-
conhecido em diferentes teorias psicológicas, pois cons-
titui-se como fonte para o prazer de viver, sendo também
necessário para o desenvolvimento físico, emocional,
INTRODUÇÃO
O presente trabalho teve início com um grupo de crian-
ças que foram encaminhadas, pelas escolas municipais
e estaduais de Ribeirão das Neves/MG para o Núcleo de
Apoio Psicopedagógico Infantojuvenil Ludmila Patrícia Mar-
DESENVOLVIMENTO
A proposição deste projeto começou em meados de
Março de 2018, sendo realizados vinte e quatro encontros
no total. (Contribui nesse grupo servindo de mediadora,
colaborando para que os infantes pudessem-se beneficiar
deste trabalho em sua vida, sem o intuito principal de
alfabetizá-las).
No primeiro momento: realizamos uma reunião com os
pais e as crianças, a fim de explicar a proposta do progra-
ma, os objetivos dos atendimentos e ouvir as expectativas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Sistêmica vem para somar, não como um
método, mas uma postura daqueles que estão envolvidos no
processo de ensino (escola, professores, pais e alunos) para
que tenham um novo horizonte com possibilidades de olhar
para cada estrutura. Essa abordagem abre a oportunidade
para os pais tomarem parte de maneira eficaz na vida de seus
filhos; os professores terem mais uma forma para ajudar a
lidarem com os alunos e a escola como um sistema amplo
que acolhe integralmente, possibilitando assim, a participa-
ção eficiente, a inclusão porque todos fazem parte.
A Pedagogia Sistêmica instrumentaliza os professores
para recuperarem a alegria e a força de darem aula, pois é
possível usar o amor que lhe é peculiar, tomando força dos
próprios pais e deixando fluir para os alunos. Da mesma
forma o amor dos pais, mana por meio deles, porque en-
tendemos que cada criança é representada pelos seus pais,
REFERÊNCIAS
Margareth Diniz
Professora Adjunta do Departamento de Educação da
UFOP, psicanalista, doutora em Educação (UFMG).
dinizmargareth@gmail.com
RESUMO
Esse trabalho é fruto do projeto de intervenção: “Crian-
ça faz cultura: promovendo a igualdade racial na escola”,
desenvolvido em uma escola da educação básica na Rede
Municipal de Educação de Mariana-MG. Com a justifi-
cativa de conhecer e combater o racismo estrutural que
permeia a sociedade brasileira, essa ação teve como objeti-
vo trabalhar a identidade negra, ofertando material simbó-
lico positivo e valorizando as contribuições locais dos(as)
africanos(as) e seus descentes para a região. Por meio de
oficinas, histórias, filmes, desenhos, dinâmicas e outras
atividades mediadoras que se propuseram a promover uma
ressignificação das categorias “negro” e “África” facilitando
reflexões sobre as diversidades étnico-raciais, as diferenças
e as desigualdades, entendendo-as como produzidas so-
cioculturalmente. As práticas desenvolvidas conseguiram
ganhar a atenção e interesse dos(as) participantes que fo-
mentaram a discussão da temática junto a outros integran-
tes da comunidade escolar.
Palavras chaves: Identidade racial; subjetivida-
de; educação.
INTRODUÇÃO
No século XIX a categoria raça transita da biologia para
a cultura, assentando-se no que caracteriza sua função, a
de viabilizar uma “hierarquização social” em substituição
ao sistema escravocrata. A cor passa a ser um tipo de có-
DESENVOLVIMENTO
A educação é um campo de conhecimento que se arti-
cula com as diferentes áreas entre as quais ressaltamos a
contribuição neste trabalho, que foram: a sociologia, a his-
tória e a psicologia. Campos que há um tempo vêm cons-
truindo novos paradigmas em torno do racismo brasileiro
e ampliando as possibilidades de uma maior consciência
racial. O percurso de estudo realizado no desenvolvimento
desse projeto também teve contribuições da psicanálise,
da antropologia, da medicina e do direito, setores que in-
fluenciaram, ao longo da formação do Brasil as políticas
educacionais, bem como o modo com que o tema “raça” foi
abordado na esfera das pesquisas e logo nas instituições.
Ao demonstrar a interdisciplinaridade dos estudos rea-
lizados posicionamos nosso argumento em defesa de que
1 Teve início na disciplina “Constituição do Sujeito e/ou identi-
dades culturais” ofertada pelo programa de Pós-Graduação em Edu-
cação da UFOP em 2017/1. Sua execução foi vinculada ao Grupo de
Pesquisa Caleidoscópio coordenado pela professora da disciplina, Dr.ª
Margareth Diniz.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para alcançar o objetivo do projeto mostrou-se importan-
tíssimo que o espaço das oficinas não fosse um ambiente
de “certo ou errado”, mas que todos pudessem se expressar
tal como se sentiam. Coube às facilitadoras, ao identificar
comportamentos racistas, falas estereotipadas, intolerân-
cias às diversidades realizarem prontamente a ponte se-
mântica e simbólica de desconstrução diante do ocorrido,
de forma horizontal, com todos(as) os(as) participantes.
Conclui-se que promover a igualdade racial é possível,
através do deslocamento das próprias percepções e condu-
6 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LWBo-
dKwuHCM. Acesso em: 25 jan. 2019.
REFERÊNCIAS
7 Foi produzida uma cartilha a partir desse projeto que está dispo-
nível virtualmente e pode ser solicitada pelo e-mail igualdaderacialna-
escola@gmail.com.br
INTRODUÇÃO
A Orientação Profissional (ou vocacional, como também
é comumente denominada) é um processo hoje bastante
DESENVOLVIMENTO
O processo de OP iniciou-se com a visita breve da psi-
cóloga às duas turmas de terceiro ano (e último ano) dos
cursos técnicos integrados ao Ensino Médio da institui-
ção (Meio Ambiente e Segurança do Trabalho), a fim de
divulgar o período de inscrições para participação. Nessa
ocasião, também foram esclarecidos o formato do procedi-
REFERÊNCIAS
<http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a2.pdf>.
Acesso em: 24 jan. 2019.
Rosimar Rodrigues
Graduada em Psicologia (UEMG - Unidade Divinópolis).
roserodriguesrcr@gmail.com
INTRODUÇÃO
O trabalho aqui descrito faz parte de um projeto intitu-
lado: “Pensando a Pessoa com Deficiência” tendo iniciado
no mês de maio do ano de 2017, foi executado durante
todo o mês de junho, encerrando-se com a apresentação
de seus resultados na segunda semana de julho do mesmo
ano. Foi originado na intenção de seu coordenador, o pro-
fessor Me. Santhiago Souza, desenvolver atividades exten-
sionistas através da disciplina “Psicologia do excepcional”,
ministrada por ele no 7º período do Curso de Psicologia
da UEMG-Unidade Divinópolis, a fim de oportunizar aos
seus alunos mais possibilidades de atuação prática no de-
correr da graduação, embasando-se na Lei Brasileira da In-
clusão da Pessoa com Deficiência, mais conhecida como o
Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015.
Nossa pesquisa caracteriza-se como descritiva por tra-
tar-se de um levantamento de dados cujos resultados e
análises correspondem a opinião dos discentes de licen-
ciatura da Universidade investigada, representada pelo
recorte amostral, sobre as características das ofertas de
condições de acessibilidade das pessoas com deficiência
em seu meio acadêmico (DALFOVO; LANA; SILVEIRA,
2008). Foi utilizado um questionário aplicado individual-
mente aos alunos, da categoria já mencionada, no intuito
DESENVOLVIMENTO
A realização do levantamento de dados constituiu-se
por meio de uma pesquisa descritiva quantitativa, através
da aplicação de um questionário estruturado com quinze
perguntas, sendo quatorze objetivas e uma dissertativa,
contendo algumas destinadas aos estudantes em geral e
outras específicas para os com deficiência. As perguntas
destinadas aos discentes em geral referiam-se a: idade,
sexo, profissão, curso, turno, se teria alguma dificuldade
para se locomover na Unidade, o meio de transporte usa-
do para ir à Universidade, a avaliação que fazia acerca do
trabalho da Unidade em relação à pessoa com deficiên-
cia (ruim, bom, muito bom ou ótimo), contendo ao final
a opção dissertativa, na qual poderia haver sugestões para
este trabalho ser aprimorado. Estritamente aos alunos com
deficiência, qual o tipo de deficiência, seu grau de acordo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos pela pesquisa “Pensando
a Pessoa com Deficiência” esperamos que novos debates
sobre as políticas de inclusão possam ser amplamente dis-
cutidas e aprofundadas dentro das universidades, para se
dar maior visibilidade às pessoas com deficiência e suas
necessidades específicas e, partir disto, aprimorar o atendi-
mento educacional para este público. Visto que assegurar
“o direito à educação” à pessoa com deficiência está para
além de oferecer condições de seu acesso ao sistema edu-
cacional, devendo-se também para se atingir tal objetivo
ofertar serviços e recursos de acessibilidade a fim de pro-
moverem condições de sua permanência neste contexto
evitando-se assim evasões ao propiciar uma inclusão plena
(PEREIRA, 2008).
REFERÊNCIAS
http://ava.unicesumar.edu.br/moodledata/17580/extra/
Atividade_Disciplinar/Texto_de_Apoio.pdf?md5=plRd-
QmWe_N6mZuY4A8x-Zg&expires=1560173695>. Aces-
so em: 06 jun. 2019.
INTRODUÇÃO
A prática de autolesão, também denominada automu-
tilação, cutting, do verbo “cortar”, em inglês, ou violência
autoprovocada vem crescendo entre jovens nesses últimos
anos. Segundo dados epidemiológicos da Secretaria de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (BRASIL,
2013a), 13% das ocorrências de violências contra adoles-
centes de 10 a 19 anos, no Brasil, são provocadas pela pró-
pria pessoa.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Hori-
zonte (BELO HORIZONTE, 2018), constatam que a vio-
lência autoprovocada é a segunda maior causa de agressão
entre jovens. Ela correspondeu a 24 % dos casos notifica-
dos, no período de 2007 a 2017, na faixa etária de 10 a 19
anos. Dentre esses (n = 936), 701 ocorreram entre púberes
do sexo feminino e 235 do sexo masculino.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) também tem
registrado crescimento nos eventos, em relação à ocorrên-
cia de automutilação. Fala-se, inclusive, em uma epidemia,
dado o seu rápido avanço entre adolescentes, especialmen-
te entre as meninas de 13 a 17 anos.
DESENVOLVIMENTO
Esse projeto está estruturado com base no estudo de
dois casos de autolesão em estudantes da área da saúde e
em análise bibliográfica. O objetivo é compreender a com-
plexidade histórica, social e psíquica que envolve a questão
entre jovens. Os casos, descritos a seguir, se inspiraram
em atendimentos psicopedagógicos, em uma instituição de
ensino superior, durante nossa experiência como Psicóloga
Escolar. Portanto, por questões de sigilo, a descrição não é
fiel aos casos reais e optou-se por utilizar uma letra aleató-
ria como nome fictício para não identificar as estudantes.
Uma delas, aqui chamada de D, veio para acompanha-
mento uma única vez. Foi trazida por uma colega de sala,
que já vinha tentando marcar horário para a amiga, por vá-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática de autolesão, também denominada automuti-
lação vem crescendo entre jovens brasileiros, nos últimos
anos, especialmente entre as meninas de 13 a 17 anos.
Estudos por amostragem, realizados pelo Ministério da
Saúde, juntamente com o IBGE, nos anos de 2009, 2012
Márcio Pereira
Graduado em Psicologia, Pedagogia, mestre em Educação
(UNISAL-SP), doutor em Educação (UNINI – Puerto
Rico). Pós-graduado em Educação Especial e Inclusiva,
Psicopedagogia Clínica e Institucional, Psicopedagogia
com ênfase em Neurociência e dificuldades de
aprendizagem. Professor universitário (Pedagogia
e Psicologia), coordenador de curso (Pedagogia),
experiência em pesquisa e extensão.
marcio.marcio@uemg.br
DESENVOLVIMENTO
O levantamento bibliográfico foi prioritário para o enten-
dimento do assunto e a compreensão desse fenômeno no
espaço escolar. Considerando a discussão sobre bullying o
caminho escolhido foi a roda de conversa com os alunos que
demonstraram interesse pelo assunto. Essa é uma das téc-
nicas da metodologia participativa cujo foco, de acordo com
Figueiredo e Queiroz (2013), prioriza discussões em torno
de uma temática. No processo dialógico, as pessoas podem
apresentar suas elaborações, mesmo contraditórias, pois
cada indivíduo instiga o outra a falar, sendo possível expres-
sar seu pensamento e ouvir o posicionamento dos demais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo da proposta de estágio foi trabalhar com os
alunos na construção de habilidades sociais as quais pu-
dessem reduzir a vitimização e também a prática das ações
de bullying no ambiente da referida escola. Os resultados
demonstraram que a intervenção realizada atingiu seu ob-
jetivo ao alcançar transformações relevantes no processo
relacional de alunos e alunos, quanto de alunos e professo-
res, de professores e alunos. Pelo menos no que tange ao
pequeno grupo trabalhado.
Isso, por sua vez, contribuiu com o melhoramento da
participação dos alunos nas atividades recreativas e cola-
borativas no espaço escolar, e indicou uma maior utilização
por parte destes das habilidades sociais. Os participantes
passaram a agir com mais civilidade, empatia, autocontro-
le emocional, resolvendo os problemas interpessoais com
os seus pares de forma não violenta, algo essencial para
a construção de amizades. Além disso, apresentaram au-
mento de apoio social e da capacidade para autodefesa de
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa integrou o projeto “Educação para as rela-
ções raciais: implementação da Lei 10.639/03 e seus desdo-
bramentos em uma escola pública de Coronel Fabriciano/
MG”. O projeto foi desenvolvido com o apoio de um Núcleo
de Estudos da Cultura Africana e Afro-Brasileira (NEAB) do
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (UNILES-
TE), em parceria entre os cursos de Direito, Pedagogia,
Psicologia e Comunicação Social. Foram realizados o total
de 12 encontros com periodicidade mensal, direcionados à
capacitação da equipe docente para adotarem práticas didá-
ticas direcionadas ao tema nos espaços escolares.
Passos e Caputo (2012) indicam que as relações étnico
-raciais atravessam as esferas sociais, históricas, políticas e
econômicas. Os mediadores sociais, dentre eles a escola, são
poderosos meios de disseminação de histórias, produção e
reprodução de estereótipos e de representações negativas e/
ou positivas em relação aos segmentos étnico-raciais. Nesse
sentido, raça é compreendida enquanto uma construção so-
cial e não está fundamentada em preceitos biológicos.
De acordo com Rocha e Rosemberg (2007), o Brasil não
apresentou um sistema formal de segregação racial, sendo
distinto das leis segregacionistas nos Estados Unidos e na
África do Sul. Entretanto, o Brasil produziu e ainda produz
DESENVOLVIMENTO
A pesquisa realizada é do tipo descritiva e exploratória.
De acordo com Gil (2002), este tipo de diagnóstico obje-
tivam uma maior familiaridade com o tema. Enquanto as
descritivas destinam-se a relatar características das ques-
tões estudadas.
O estudo contou com a participação de 17 professoras
do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) de uma escola
pública em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. A amostra
de participantes corresponde àquelas presentes no dia do
encontro em que foi aplicado o questionário de pesquisa.
Adotou-se como instrumento um questionário produzi-
do pelas autoras deste estudo, o qual continha quatro per-
guntas enfocando os seguintes aspectos: autodeclaração de
cor e raça (segundo as categorias do IBGE: preta, branca,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo possibilitou concluir que há um desconhe-
cimento por parte da equipe docente a respeito da lei, bem
como uma escassez de estratégias didáticas eficazes para
implementá-la, apesar da existência de materiais focados
no tema, disponíveis na escola, como livros e cartilhas.
Com isso, não se busca culpabilizar a escola mas (re)pen-
sar estratégias para transformar este cenário.
A análise dos dados permitiu compreender a baixa fre-
quência na utilização do termo “preto/preta” no contexto
estudado, sendo possível pressupor também que tal fato se
deve à estigmatização em seu entorno. Já o termo “branca”
ou vocábulos semelhantes, no contínuo de cor cuja aproxi-
mação é do padrão branco e afastam-se do fenótipo negro,
são utilizados com maior frequência.
REFERÊNCIAS
Deruchette Danire
Henriques Magalhães
Graduanda em Psicologia (UFSJ). Bolsista de Iniciação
Científica na área de Psicologia Escolar e Educacional.
deruchettedhm3@gmail.com
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos resultados encontrados pode-se afirmar que
o olhar do psicólogo marca o modo como ele conduz sua
prática. Esta visão é composta por diversas determinações
cujo foco está na formação do sujeito, tanto pelo próprio
trilhar da vida, como, principalmente, pelos atravessamen-
tos teóricos e relacionais construídos ao longo da sua traje-
tória acadêmica e profissional.
Na unidade curricular em questão, o referencial teórico
propõe-se a um quefazer psicológico crítico (YAZLLE, 1997;
PATTO, 1984; MEIRA, 2003; BARBOSA, 2012; TONDIN;
SCHOTT, 2013b; SOUZA; SILVA; YAMAMOTO; 2014).
Com estes autores tornou-se possível conduzir uma prática
contextualizada, com respaldo conceitual para análises, pro-
blematizações e posicionamentos. Com a mediação planeja-
da do professor responsável e dos(as) monitores(as) tornou-se
possível uma prática ética, respeitando o tensionamento su-
jeito e objeto e voltando um olhar crítico e atento para a pró-
pria atividade, visibilizando seus potenciais e suas limitações.
O presente trabalho possui insuficiências, como o nú-
mero de resumos expandidos que foi possível analisar, dado
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A infância é uma janela de oportunidades para o aprendi-
zado. Este acontece por meio do contato com os adultos, pais,
irmãos, avós e/ou responsáveis e do cuidado oferecido por
DESENVOLVIMENTO
O Projeto Desenvolvendo o Hábito de Estudo iniciou numa
escola particular da cidade de Juiz de Fora no ano de 2007.
Desde então, é oferecido às crianças que cursam o Ensino
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A educação brasileira enfrenta inúmeros desafios. No en-
tanto, poucas são as iniciativas as quais abordam os estudan-
tes com o intuito de ouví-los. No Manifesto a Voz do Jovem
“muitos alunos disseram querer sentir que o espaço esco-
lar é um ambiente aberto a opiniões e que eles serão bem
recebidos visando existir um desenvolvimento intelectual e
crítico.” (MOVIMENTO MAPA DA EDUCAÇÃO, 2014,
p. 14) Assim, a realização de trabalhos com o intuito de re-
gistrar as ideias desses discentes é de suma importância.
“A Roda Integral: um espaço de diálogos, ideia e deba-
tes” é um projeto de extensão universitária idealizado e con-
cretizado pelo Grupo de Estudos Interdisciplinares Sobre
Contextos de Desenvolvimento (GREISCO), vinculado ao
Departamento de Psicologia da Universidade Federal de
São João del-Rei (UFSJ). Por meio de rodas de conversa,
realizadas com alunos de Ensino Médio e Fundamental
de escolas do interior de Minas Gerais, buscou-se debater
a relação com o saber nas mídias sociais, na família e na
escola. Pôde-se assim entender os estudantes, enquanto
sujeitos em formação, com o intuito de aprender com a
participação nesses três contextos e como eles se motivam
para tal. A escolha destes temas se deu por serem espaços
cotidianos que oferecem possibilidades de aprendizagem e
DESENVOLVIMENTO
O projeto foi realizado em uma escola pública de um
município do interior de Minas Gerais. Os participantes
foram 75 alunos, de 13 a 18 anos, matriculados em duas
turmas do 9º ano e uma do 3º ano do Ensino Médio.
Foram realizados nove encontros, semanais, com dura-
ção de 50 minutos. Oficinas de dinâmicas de grupos foram
usadas para promover os diálogos sobre a escola, a famí-
lia, as mídias sociais e a integração entre os estudantes
(AFONSO, 2006). Em seguida, a roda de conversa pro-
priamente dita se iniciava, ocorrendo um debate para os
alunos expressarem livremente suas opiniões. Nesse mo-
mento, os coordenadores conduziam a discussão estimu-
lando a troca de ideias e reflexões. No final era realizada
uma avaliação do encontro.
As rodas foram gravadas e os coordenadores anotavam
suas impressões. As gravações foram transcritas e anali-
sadas por meio de uma análise de conteúdo (BARDIN,
2006). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UFSJ (Parecer nº. 2.534.125). Assim, as rodas
tornaram-se espaço de fala e perpassaram por diversos te-
mas além dos propostos. No entanto, serão mencionados
aqui os principais aspectos relacionados às mídias sociais,
família e escola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de extensão “A Roda Integral: um espaço de
diálogo, ideias e debates” mostrou-se um contexto rico
de interações, diálogos e reflexões. A partir desta ação, os
alunos expressaram suas vivências, motivações e opiniões.
REFERÊNCIAS
Márcio Pereira
Graduado em Psicologia, Pedagogia, mestre em Educação
(UNISAL-SP), doutorado em Educação (UNINI – Puerto
Rico). Pós-graduado em Educação Especial e Inclusiva,
Psicopedagogia Clínica e Institucional, Psicopedagogia
com ênfase em Neurociência e dificuldades de
aprendizagem. Professor universitário (Pedagogia
e Psicologia), coordenação de curso (Pedagogia),
experiência em pesquisa e extensão.
marcio.marcio@uemg.br
RESUMO
A referida pesquisa foi desenvolvida pelo Programa Ins-
titucional de Bolsas de Iniciação Científica -PAPq/UEMG/
Edital 03/2017- e discutiu conceitos, contribuições e con-
flitos em relação ao dever de casa. O objetivo central foi ve-
rificar a existência de tumultos familiares a partir do acom-
panhamento do dever de casa. A metodologia utilizada é a
pesquisa bibliográfica sobre a literatura do dever de casa
do ponto de vista pedagógico, sociológico e psicológico e
a investigação junto aos professores, pais/responsáveis e
alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sobre os
conflitos existentes ao realizar a atividade no seio familiar,
por meio de entrevistas e rodas de conversas. Os resulta-
dos indicam que o acompanhamento do dever de casa pela
família se problematiza por: fatores como não possuir tem-
po; não saber ensinar; não saber a ideia clara do exercício;
dentre outros. Conflitando o clima familiar, causando des-
gastes emocionais, brigas, aborrecimentos, estresse devido
à quantidade e dificuldades das atividades, desencadeando
na criança insegurança, medo, incapacidade, baixa autoes-
tima e outros sintomas. Essa pesquisa tem sua relevância
por possibilitar aberturas como o ponto de vista do alu-
no sobre o dever de casa e o apontamento de conflitos no
acompanhamento ao dever de casa no seio familiar.
PALAVRAS-CHAVE: dever de casa; família; alunos;
conflitos; aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
Realizou-se uma investigação da literatura sobre o dever
de casa do ponto de vista pedagógico, psicológico e socio-
lógico. Consultaram-se arquivos de bibliotecas, internet,
editoras e outros em busca de textos, livros e/ou periódicos
a respeito do tema, com o objetivo de fazer uma análise
histórica de como ele era e de como é pensado atualmente.
Num segundo momento da investigação, foi realizado
uma pesquisa experimental, cujo universo incluiu cinco
professores de cinco escolas públicas (estadual e munici-
pal), da cidade de Divinópolis/MG. Cada representante
leciona nos anos iniciais do Ensino Fundamental, um de
cada série do Ciclo de alfabetização e de complementação.
Para esse momento, a entrevista foi o meio de coletar da-
dos e informações de como os professores trabalham com
o dever de casa, o que pensam, como o elaboram e quais
os sentidos, fins e possibilidades desse tipo de atividade.
Por fim, utilizando depoimentos e rodas de conversa, a
participação dos pais/responsáveis e dos alunos se efetivou.
O objetivo foi de verificar quais os efeitos que o dever de
casa tem ocasionado na relação familiar e como os pais/
responsáveis se comportam ao acompanhar os rebentos em
suas tarefas. A forma de execução desse acompanhamento
Considerações finais
O que fica evidenciado na pesquisa é: o dever de casa
ainda é uma área a ser investigada. Pois não é um movimen-
to isolado e está atrelado às políticas educacionais, econô-
micas e sociais. Contudo, o que mais interessou na pesquisa
foi verificar a existência de conflitos no seio familiar no mo-
mento do acompanhamento das atividades complementares
em casa. Isso fica evidente tanto na fala dos pais como na
das crianças. Há situações vivenciadas pela família que as
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Este trabalho refere-se às atividades práticas realizadas
em cumprimento ao trabalho de campo das disciplinas de
Psicologia e Educação I e II, do curso de Psicologia do Cen-
tro Universitário do Leste de Minas Gerais - UNILESTE.
Trata-se da realização de um mapeamento institucional e,
posteriormente, uma intervenção psicossocial com um gru-
po de três professoras e uma diretora da escola de educa-
ção infantil da rede privada, localizada na região do Médio
Piracicaba - MG. Martinez (2009) ao refletir sobre o com-
promisso social do Psicólogo Escolar e Educacional com a
educação brasileira enfatiza uma participação ativa desse
profissional a fim de que oportunize mudanças no contex-
to de sua atuação. A autora explicita formas estratégicas de
ação destacando a necessidade de práticas inovadoras que
inspire novas possibilidades ao âmbito escolar.
No primeiro contato realizado com a instituição, ocorrido no
segundo semestre de 2016, durante o levantamento de deman-
da, constatou-se a necessidade de trabalhar a concepção de di-
ficuldade de aprendizagem explicitada pelas professoras com
relação aos alunos e a conscientização da formação continuada
das mesmas. A revisão de literatura aponta que a qualificação
dos professores não consiste somente na teoria ou na prática;
é necessária a junção de ambas para se formar um profissional
DESENVOLVIMENTO
Primeiramente, no segundo semestre de 2016, na disciplina
de Psicologia e Educação I realizou-se visitas à instituição, com
o objetivo de mapear a entidade, utilizando-se de técnicas de
observação e entrevista. Segundo Marinho-Araújo e Almeida
(2014), o mapeamento institucional refere-se a um conjunto de
ações voltadas à intervenção, análise e reflexão sobre o contexto
organizacional, que possibilita a compreensão dessa realidade
e orienta a intervenção do psicólogo escolar. Foram realizadas
cinco visitas à escola e a partir desse levantamento elencaram-
se as principais demandas desse contexto educacional e ele-
geu-se, juntamente com a escola a proposta de intervenção.
Posteriormente, no primeiro semestre de 2017, na disciplina
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo dos encontros foi possível observar o grupo par-
ticipativo, mostrando interesse por cada tema abordado. As
atividades foram propostas com intuito de trabalhar a for-
mação continuada dos professores e desmistificar a questão
da dificuldade de aprendizagem como uma problemática ex-
clusiva do aluno. Em todos os momentos o grupo socializou,
tornando os encontros mais produtivos. Apesar de apresen-
tarem algumas limitações, as participantes encontravam-se
sempre dispostas e entusiasmadas ao realizarem as ativida-
des e discussões sugeridas.
RESUMO
A experiência relatada neste artigo destaca o papel da
família na vida escolar e no desempenho acadêmico da
criança e do adolescente. No acompanhamento dos alunos
com queixas escolares, realizado no Núcleo de Apoio Psico-
pedagógico Infantojuvenil Ludmilla Patrícia Martins (NAPPI
- Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão das Ne-
ves - MG), deparamos com a necessidade premente de uma
participação ativa da família neste processo para o alcance
de melhores resultados. Construímos este projeto que cons-
tituiu-se em Encontros mensais com os pais e responsáveis
dos alunos atendidos no serviço, no período de abril a ae-
zembro de 2018. A metodologia pautou-se pelas rodas de
conversa, oficinas temáticas e dinâmicas de grupo, sendo
construída a cada mês conforme o tema abordado, de forma
interdisciplinar. Cujo objetivo era provocar e fomentar o pro-
tagonismo familiar neste cenário. Isso possibilitou um espa-
ço de reflexão e troca de conhecimentos sobre os principais
desafios, aprendizados e descobertas sobre a relação com os
filhos e o percurso escolar de cada um. Nesta perspecti-
va, proporcionou uma ampliação da visão dos participantes
acerca do “insucesso escolar”, envolvendo viabilidades e pos-
síveis entraves. Ainda assim, por meio do reconhecimento e
INTRODUÇÃO
O Núcleo de Apoio Psicopedagógico Infantojuvenil Lud-
milla Patrícia Martins (NAPPI) é um serviço subordinado
a Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão das Ne-
ves - MG. Suas ações buscam oferecer suporte e apoio às
escolas municipais e estaduais da região, no que tange o
processo de escolarização, por meio de diferentes projetos.
Além disso, realiza o acolhimento, orientação e atendimen-
to de crianças e adolescentes com queixas relacionadas ao
insucesso escolar, as quais não estejam diretamente asso-
ciada a um quadro de saúde específico.
O trabalho desenvolvido ocorre no âmbito da educação
com estudantes cujas queixas evidenciam o papel funda-
mental exercido pela família, no desenvolvimento e na vida
acadêmica dos filhos. O atendimento realizado com os pais
e responsáveis (intervenções relacionadas a escuta da quei-
xa, acolhimento, orientação, encaminhamentos pertinen-
tes para a rede de saúde, social, entre outros), sempre fez
parte essencial no acompanhamento dos casos das crian-
ças e dos adolescentes. Assim, não é novidade a inclusão
dos pais e cuidadores no acompanhamento, constituindo-
se até como prioridade, frequentemente, para uma condu-
DESENVOLVIMENTO
O projeto foi desenvolvido no período de abril a dezem-
bro de 2018. Realizamos Encontros mensais com os fa-
miliares dos estudantes acompanhados no serviço, com o
objetivo de ir além das intervenções já realizadas no acom-
panhamento dos casos individuais. Tratava-se de oferecer
um espaço para trocar, discutir e compartilhar experiên-
cias, além de abordar informações e orientações pertinen-
tes a cada área do NAPPI. Nesta perspectiva, refletir so-
bre as relações, o uso da palavra, modos de comunicação,
o processo de escolarização, a sua trajetória, bem como
outros aspectos do desenvolvimento e da convivência fa-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação desta experiência foi bastante positiva pe-
las discussões, oferta do espaço, escuta e importância da
voz ativa dos familiares, somado a aproximação e troca de
experiências, dentre os outros pontos já citados. Claro que
não é um único projeto que irá alterar todas as dificuldades
REFERÊNCIAS
Cristina Toledo
Graduada em Psicologia e Mestre em Educação (UFJF).
Formação em Terapia de Família e pós-graduada em
Neuropsicologia. Leciona nos cursos de Psicologia e Pedagogia
da Faculdade Governador Ozanan Coelho de Ubá-MG.
cristina.toledo@fagoc.br
DESENVOLVIMENTO
O presente trabalho foi realizado em uma escola par-
ticular, na cidade de Ubá-MG. Esse tece início com uma
visita realizada pelos estagiários de Psicologia a fim de
conhecer a dinâmica de aprendizagem da instituição e as
possíveis demandas a serem trabalhadas. Com base nelas,
decidiu-se usar como estratégias de observação e aplicação
de intervenções, dinâmicas (FRITZEN, 1985) e rodas de
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta feita foi uma dinâmica de trabalho que
privilegiava a escuta e a autonomia dos estudantes, sendo
sempre elucidado que aquele era o momento de dar voz às
suas dúvidas e anseios em relação à instituição e seu papel
nela, e também aos assuntos que, na atualidade, se fazem
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O presente relato advém do trabalho de Estágio Especí-
fico IV, do 10º período do curso de Psicologia, do UNILES-
TE, no Núcleo de Atividade Práticas em Psicologia-NAPP
(serviço-escola). O estágio ocorreu no período de agosto
a dezembro de 2017, com uma criança do sexo feminino
de nove anos. Tal processo baseou-se na perspectiva de
atendimento “Orientação à Queixa Escolar”, cuja busca é
não reduzir os problemas de escolarização a um fenômeno
psicopatológico, numa linha medicalizante, mas se propõe
a um diálogo com os atores envolvidos nas reclamações,
tais como a instituição escolar, a criança e sua família.
A respeito desta perspectiva, Souza (2013) aborda a Psi-
cologia Escolar, a partir de 1980, com o desenvolvimen-
tos teórico-práticos buscando investir para a melhoria da
rede escolar. Neste sentido, a Psicologia esforça-se com
intervenções junto as escolas de maneira a problematizar
e reverter o funcionamento institucional que, por vezes, é
produtor de fracasso escolar e encaminhamentos a atendi-
mentos psicológicos externos à escola. Tais acolhimentos,
frequentemente não dão conta dos sofrimentos e fracassos
individuais e acabam por permanecer cristalizados.
DESENVOLVIMENTO
A partir destas considerações, este trabalho busca apresen-
tar uma experiência de estágio nestas perspectivas, bem como
as reflexões permitidas na formação do estudante de Psicologia.
O estágio foi realizado por meio de atendimentos psicológicos
com uma criança do quarto ano do Ensino Fundamental, de
uma escola pública, que morava em Coronel Fabriciano-MG.
A queixa que encaminhou a criança aos atendimentos, levada
pelos pais com influência da escola foi a não realização de ativi-
dades, em sala de aula e dos deveres escolares, o que compro-
metia seu desenvolvimento de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CONCLUSÃO
As mudanças que ocorrem na sociedade provocam
transformações na consciência e no comportamento hu-
mano. No que diz respeito ao desenvolvimento da criança,
acontecem modificações nos seus processos psíquicos e na
sua personalidade. Já no primeiro ano de vida aparecem
condutas vindas das condições sociais e da influência em
termos de educação das pessoas que a cercam. No período
pré-escolar a atividade principal é o jogo ou a brincadeira, a
criança se apropria do mundo concreto dos objetos huma-
nos, reproduzindo as ações realizadas pelos adultos. A fase
posterior se resume a entrada na escola e a atividade prin-
cipal passa a ser o estudo. Dessa forma o infante adquire
novas habilidades e ocupações, tendo deveres a serem en-
tregues e tarefas a serem cumpridas.
Começam a ocorrer mudanças em volta da criança, até
mesmo na família, os parentes passaram a fazer perguntas
sobre a escola, sobre as atividades e relações no âmbito
escolar e ela adquire novos conhecimentos. O ensino pos-
Márcio Pereira
Graduado em Psicologia, Pedagogia, mestre em Educação
(UNISAL-SP), doutorado em Educação (UNINI/Puerto
Rico). Pós-graduado em Educação Especial e Inclusiva,
Psicopedagogia Clínica e Institucional, Psicopedagogia com
ênfase em Neurociência e dificuldades de aprendizagem.
Professor universitário (Pedagogia e Psicologia), coordenação
de curso (Pedagogia), experiência em pesquisa e extensão.
marcio.marcio@uemg.br
INTRODUÇÃO
No Brasil, profissionais da educação têm debatido ampla-
mente sobre a temática “indisciplina”, compreendida como
um dos desafios na relação escola, aluno e aprendizagem.
A definição da palavra disciplina e indisciplina tornam-se
substanciais para a compreensão do que se busca. O dicio-
nário Mini Aurélio (2001), define disciplina como “regime
de ordem imposta ou mesmo consentida; ordem que con-
vém ao bom funcionamento de uma organização; relações
de subordinação do aluno ao mestre; submissão a um regu-
lamento” (p, 239). Enquanto que a indisciplina concerne
ao “procedimento, ato ou dito contrário a disciplina; deso-
bediência; desordem; rebelião” (FERREIRA, 2002, p. 384).
Para pensar tal conceito, estão dispostas diversas inter-
pretações. Uma delas, como nos aponta Rego (1996), é a
posição de passividade daquele que é disciplinado, moldado
pelas regras. Em seu oposto encontra-se o aluno indiscipli-
nado, caracterizado como desajustado, infrator das regras,
mal-educado e que precisa ser “disciplinado”. Essa visão ain-
da se faz presente e bem difundida nos espaços escolares.
Entretanto, há outra visão que subverte essa noção da
indisciplina. Do ponto de vista sócio-histórico, ela “seria sin-
DESENVOLVIMENTO
O presente estudo foi realizado numa escola pública
estadual/Divinópolis-MG. A amostragem foi composta por
alunos do 6° ano do Ensino Fundamental, com idades en-
tre 12 e 14 anos, e seus respectivos professores, do período
vespertino. Optou-se como método a observação assiste-
mática não estruturada, sem critérios prévios para nortear
as observações, registrar os fenômenos (MOURA; FER-
REIRA, 2005) e a transcrever as experiências e diálogos
(com professores, alunos e outros profissionais) dentro e
fora da sala de aula. O trabalho aconteceu em 14 semanas,
sendo em média três horas de observação por semana. A
análise dos dados coletados se deu pela análise categorial.
Dessas duas foram apresentadas durante a coleta de dados:
“Perfil dos professores” e “Práticas pedagógicas”.
Segundo Gomes (2004, p. 70), “a palavra categoria, em
geral, se refere a um conceito que abrange elementos ou
aspectos com características comuns ou que se relacionam
entre si. Essa palavra está ligada à ideia de classe ou série”.
Sendo assim, elas são processos analíticos que agrupam as
unidades de um corpus de análise, isto é, dos dados cole-
tados na pesquisa. Sendo assim, as categorias precisam ser
claras e objetivas.
Conclusão
Este projeto propiciou compreender um dos vieses do
fenômeno da indisciplina. Entretanto, ao levar em con-
sideração a sua multicausalidade, é preciso ampliar as
perspectivas e propor outros estudos que contemplem os
diversos elementos que contribuem para a ocorrência da
indisciplina. A visão holística da problemática persiste em
tomar o todo de tal maneira que caminhe na contramão do
reducionismo de suas causas.
Pode-se perceber que, com os resultados apresentados,
tanto o perfil dos professores como suas práticas podem in-
fluenciar na ocorrência de comportamentos indisciplinados.
As práticas tradicionais instituídas há décadas e ainda pre-
conizadas nos cursos de formação superior, o tipo de vínculo
estabelecido na sala de aula, ou até mesmo a maneira como
os professores enxergam a turma (“anjinhos”, apelido irôni-
co quando qualificavam a turma como alunos difíceis), não
só implica de certa forma na manutenção desses comporta-
mentos indesejados e no fracasso do ensino, como, também,
dificulta a criação de estratégias de enfrentamento.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta a experiência de uma in-
tervenção psicossocial desenvolvida na Disciplina de Está-
gio Profissionalizante II: Processos Educacionais e Lazer
Cultural, do 10º período do curso de Psicologia da PUC Mi-
nas, campus Poços de Caldas, e também consistiu em parte
integrante do trabalho de conclusão de curso da primeira
autora. É contextualizado a partir da compreensão da im-
portância da construção do pensamento crítico e superação
das condições de subordinação enfrentadas pelas mulheres
na sociedade contemporânea, a partir da formação de um
coletivo feminista na escola. Desse modo, faz-se imperativo
resgatar aspectos do que constitui o movimento e como esse
pode contribuir no contexto educacional/escolar.
Em consonância com Pinto (2010), ao longo da his-
tória ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram
contra sua condição, que lutaram por liberdade e, muitas
vezes, pagaram com suas próprias vidas. Todavia, tais po-
sicionamentos engendravam-se de forma isolada e indivi-
dualizada, não compondo, ainda, uma estratégia de ação
conjunta e sistemática. Sendo assim, o resgate histórico do
que veio a se denominar feminismo faz-se importante para
compreender as pautas e reivindicações das mulheres, em
diferentes momentos históricos, e lançar luz sobre os ru-
mos que estas discussões seguem na contemporaneidade.
DESENVOLVIMENTO
Para alcançar os objetivos elencados, adotou-se como
prática a intervenção psicossocial. Conforme apresenta
Afonso (2011) ao se ancorar em André Lévy, entende-se
que o referencial dessa influência envolve a produção de
conhecimento do grupo-sujeito sobre si mesmo e sobre o
seu contexto com a cooperação de sujeitos-analistas, bem
como a produção de ação sobre o mundo, por meio de es-
colhas dos sujeitos e coletivos sobre como agir no contexto
histórico-social. Assim, a intervenção psicossocial produz
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que o objetivo geral do trabalho, quanto a
promoção de condições para a formação de futuros coletivos
feministas na escola, foi alcançado, uma vez que pôde ser de-
batido com o grupo, a partir da intervenção psicossocial, tanto
aspectos relativos a estudos feministas, acerca da estrutura
de dominação das mulheres -percebidos, por sua vez, no co-
tidiano das participantes-, quanto formas de auto-organização
na formação de um coletivo feminista inserido no contexto
escolar. Assim, foram contemplados os debates de questões
relativas ao ser mulher na sociedade contemporânea; a cons-
tituição de um espaço de escuta às demandas das jovens es-
tudantes quanto a sua condição de mulher; além da criação
conjunta de métodos de auto-organização das jovens.
Acerca deste último, foi possível perceber a compreen-
são das participantes quanto ao papel do feminismo como
movimento de transformação da estrutura desigual, bem
INTRODUÇÃO
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, é um
dos documentos que estruturam o sistema educacional no
Brasil, incentivam o desenvolvimento de ações que aju-
dem os alunos a dominarem os conhecimentos necessários
para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos,
conscientes de seu papel em nossa sociedade e aptos a en-
frentarem o mundo atual de forma participativa, reflexiva e
autônoma. Para isso, sugere a incorporação de temas trans-
versais1 no trabalho educativo da escola. A relação educativa
é definida de forma ampla abarcando não só a estruturação
escolar com suas especificidades, mas também, as de dentro
da escola se estabelecem: entre os trabalhadores, entre pro-
fessor e aluno, entre aluno e aluno (BRASIL, 1997).
Para Martinelli e Schiavoni (2009), as relações interpes-
soais na escola, isso é ligações estabelecidas entre os ele-
DESENVOLVIMENTO
A instituição em questão atende um total de 832 estu-
dantes distribuídos em dois turnos -matutino e vespertino.
Dentre os matriculados 84% estão no Ensino Médio e 16%
no Ensino fundamental. Para o desenvolvimento desse
projeto foram determinados tópicos a serem discutidos de
acordo com as séries, ficando da seguinte maneira:
• 1º Ano do Ensino Médio e Ensino Fundamental:
amizades e suas influências;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo Spagolla (2009), de modo geral, o desenvol-
vimento da área cognitiva nas escolas é priorizado de forma
que fica uma lacuna na formação do indivíduo. Para ela
há uma relação de influência mútua entre aprendizagem e
afetividade que pode incidir, em diferentes medidas, entre
elas o incremento de uma pessoa.
A autora ressalta em seu artigo a importância da escola
buscar estratégias para inserir atividades voltadas para uma
formação mais equilibrada do indivíduo o que constitui
pensá-la em todas as dimensões, inclusive afetiva e emo-
cionalmente. Isso inclui autoconhecimento, autoestima,
autonomia, equilíbrio emocional, participação da família,
dentre outros (SPAGOLLA, 2009).
Considerando essa perspectiva corroborada nas falas ex-
postas acima, fica evidente o quanto vale o investimento na
aprendizagem sob o aspecto afetivo, relacional, de cooperação
e social. É um aprendizado processual e por isso, torna-se ainda
REFERÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
As compreensões em torno da sexualidade humana têm
sofrido transformações ao longo do processo histórico. Se no
século XVII, as questões que atravessavam o sexo não eram
encobertas, a partir do século XIX, na Era Vitoriana, passou
a vigorar um regime rígido em relação aos princípios morais
e, consequentemente, nas questões que permeavam a se-
xualidade. O contexto social e cultural que prevalecia nesse
regime fez com que surgissem mudanças significativas no
que diz respeito às percepções que se tinha sobre o corpo e
suas várias formas de sentir prazer, cujos resquícios podem
ser percebidos ainda hoje (FOUCAULT, 1999).
Ao considerar a sexualidade humana como produto de cons-
truções sociais e históricas, Foucault (1999) exclui a ideia de
uma sexualidade dada ou finalizada, portanto, sendo passível
de transformação. As produções discursivas e práticas em torno
da sexualidade humana, segundo o autor, produzem subjetivi-
dades e seu funcionamento se dá por meio de dispositivos da
sexualidade que assumem formas estratégicas de classificação,
separação, interdição, tendo como principal função responder
às urgências de determinado momento histórico da sociedade,
controlando o que é permitido ser dito ou não.
CONCLUSÃO
A Universidade assume certo protagonismo na vida dos
sujeitos que dela participam, uma vez que é parte do seu
processo de subjetivação, além de pretender uma formação
crítica e cidadã dos futuros profissionais a fim de torná-los
aptos a lidar com as múltiplas demandas sociais.
Considerando seu importante papel neste momento da
vida dos indivíduos, as unidades educacionais de ensino su-
perior, do mesmo modo que podem propiciar espaços acolhe-
dores das diferenças, também podem participar diretamente
da produção de mais desigualdade e sofrimento psíquico de-
correntes do modo como os alunos vivenciam sua sexualida-
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O presente artigo faz parte de uma pesquisa realizada
junto ao Curso de Psicologia do Centro Universitário do
Leste de Minas Gerais (UNILESTE), no período de fe-
vereiro a novembro de 2017. Aqui serão apresentados os
resultados referentes à primeira parte desta pesquisa, pro-
duzidos por meio da aplicação de questionários à equipe
escolar de uma escola pública do Vale do Aço-MG com
o objetivo de compreender a percepção dos profissionais
quanto ao adolescente na sua relação com a escola e co-
nhecer as formas atuais de participação juvenil.
DESENVOLVIMENTO
Os participantes foram a equipe escolar -11 professores,
um vice-diretor e uma pedagoga- de uma escola pública de
Ipatinga-MG. Todos eles aderiram voluntariamente, ou seja,
foram envolvidos todos os interessados pelo estudo. A es-
cola onde a pesquisa foi desenvolvida abrange um público
diverso, constituindo em torno de 2.095 alunos, distribuídos
nas etapas do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), Ensino
Médio (1º ao 3º ano) e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O instrumento adotado foi um questionário semiestrutura-
do, o qual foi aplicado coletivamente em um mesmo dia, mas
respondido individualmente. A pesquisa composta por um
roteiro com cinco questões, sendo estas: identificação com
inicial do nome, sexo, idade; percepção do adolescente con-
temporâneo e sua relação com a escola; o que você conhece
em relação ao protagonismo juvenil; ações de protagonismo
desenvolvidas pela escola; e sugestões de outras ações para
ampliar o protagonismo jovem. Para que tais profissionais par-
ticipassem, foi necessário que concordassem e assinassem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O tratamento dos dados obtidos foi realizado por meio
de uma análise qualitativa, baseada na técnica da Análise de
Conteúdo, proposta por Bardin (1995). Assim, as respostas
aos questionários foram categorizadas conforme abaixo:
REFERÊNCIAS
_______________________________________________
(Footnotes)
1 A categoria “outros” se refere a quatro respostas diferentes evoca-
das por quatro participantes.
2 A categoria “outros” se refere a quatro respostas diferentes evoca-
das por quatro participantes.
Deruchette Danire
Henriques Magalhães
Graduanda em Psicologia (UFSJ). Bolsista de Iniciação
Científica na área de Psicologia Escolar e Educacional.
deruchettedhm3@gmail.com
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na atualidade, há uma proposta de trabalho que argu-
menta pela integração de todos os agentes sociais. Almeida
e Marinho-Araújo (2005) indicam tal atuação como pensa-
da a partir da compreensão dialética da relação entre todos
que atuam direta ou indiretamente, seja enquanto sujeitos
ou a partir da interação sociocultural -assim como propôs
Helena Antipoff no século XX- para que se dê foco nas po-
tencialidades dos atores contribuírem com a construção de
uma educação saudável, justa e que atenda às demandas
de todos os envolvidos nesse processo (CAMPOS, 2003;
BARBOSA, 2011).
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O presente relato foi desenvolvido como conclusão do
Estágio Específico em Psicologia Escolar Institucional, no
10º período de Psicologia do Centro Universitário do Les-
te de Minas Gerais (UNILESTE), no período de agosto a
dezembro de 2017.
Segundo Marinho-Araujo (2014), a interface entre a Psi-
cologia e Educação foi marcada por um histórico de concep-
ções deterministas e adaptacionistas, de forma a atender aos
interesses hegemônicos das estruturas capitalistas de poder.
Com a ampliação do sistema educacional brasileiro, a partir
de 1960, a demanda por serviços de atendimento psicológi-
co aos alunos também aumentou, sendo que nesse cenário
a figura da(o) psicóloga(o) escolar ou educacional começou
a ser constituir, porém ainda de maneira incipiente, em uma
perspectiva individualizante a qual, muitas vezes, desconsi-
derava questões sociais e contextuais significativas.
Sass (2003) também aponta a influência significativa da
Psicologia no campo educacional, na medida em que hou-
ve uma tardia emergência do indivíduo enquanto categoria
DESENVOLVIMENTO
O período de duração do estágio foi de agosto a de-
zembro de 2017. Nesse sentido, foram realizadas visi-
tas iniciais a uma escola pública de Ipatinga/MG para
estabelecer contato e apresentar a proposta de estágio.
Inicialmente, realizou-se a etapa de mapeamento institu-
cional, por meio de cinco visitas, a fim de compreender
as relações institucionais, bem como a organização dos
espaços físicos escolares. Após esta etapa, iniciou-se a in-
tervenção via Procedimentos de Avaliação e Intervenção
das Queixas Escolares – PAIQUE. Essa se deu em cinco
intervenções na escola com a professora de uma turma do
5º ano e a respectiva coordenadora pedagógica, através de
observações em sala de aula e demais espaços de aprendi-
zagem e entrevistas livres.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho possibilitou um espaço para desenvolver
os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da forma-
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A escola é um ambiente social que contempla diversas
relações. Nele, as crianças e os adultos passam por inúme-
DESENVOLVIMENTO
A intervenção ocorreu como atividade integrante do es-
tágio obrigatório, realizado pelos alunos do referido curso.
Participaram do projeto alunos e professores de uma esco-
la municipal localizada no município de Poços de Caldas,
entre maio e abril de 2018. Participaram 25 alunos do 4º
ano do Ensino Fundamental, 10 professores e a diretora.
Foram realizados cinco encontros com os alunos e a profes-
sora da sala, e dois encontros em grupo com os professores
do Ensino Fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho alcançou o objetivo proposto de de-
senvolver uma intervenção para a prevenção da violência na
escola. Foi possível notar que as atividades promoveram dis-
cussões entre alunos e professores, contribuindo para a com-
preensão do fenômeno da violência escolar e para reflexão so-
bre como aprimorar a convivência de todos, a fim de promover
uma cultura de paz nesse contexto. Futuras intervenções com
tal propósito poderiam incluir atividades de interação entre
professores e alunos, além de incluir encontros com a família
para orientação de práticas parentais positivas. A promoção
do diálogo entre os familiares e os integrantes do ambiente
escolar será de grande apoio na abordagem do assunto.
As crianças e os adolescentes têm o direito de serem
protegidos contra a violência, e nesse sentido a escola deve
ser um espaço que promova ações preventivas, seja no âm-
bito das convivências e até mesmo nos seus conteúdos pro-
gramáticos, incluindo a responsabilização de todos nesse
processo: alunos, professores, gestores e familiares.
INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase considerada intermediária, en-
tre a infância e a fase adulta, marcada por diversas transforma-
ções corporais, hormonais e comportamentais. Nessa idade,
DESENVOLVIMENTO
A coleta de dados ocorreu no período de 5 de maio a 17
de junho de 2016, compondo uma amostra de 93 alunos com
idade entre 12 e 17 anos de uma Escola Estadual, matricu-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do intuito de identificar os fatores de risco e de
proteção no desenvolvimento biopsicossocial de adolescentes
-através da Escala Resiliência e Inventário do Clima Fami-
INTRODUÇÃO
O presente projeto de intervenção pedagógica Ressigni-
ficando valores e fortalecendo a convivência no contexto es-
colar foi realizado em três escolas das redes municipais das
DESENVOLVIMENTO
Este trabalho foi desenvolvido por meio de dinâmicas,
técnicas, textos e músicas, e executado por nós, enquanto
Considerações finais
O trabalho demonstrou preocupação tanto em relação
ao convívio dos alunos com as diferenças bem como com a
qualidade das relações interpessoais no ambiente escolar,
a partir de uma perspectiva sistêmica. Diante disso, cabe
enfatizar que foi preciso buscar o desenvolvimento de es-
tratégias de fortalecimento da convivência e da modifica-
ção de padrões de comportamentos que podem favorecer
o surgimento de impasses e culminar em segregação ou
evasão dos alunos.
Conhecer e reconhecer as principais habilidades de
cada aluno, as suas preferências, emoções e pensamentos
mais relevantes, tornou possível auxiliá-los na construção
do autoconhecimento e no reconhecimento do próximo.
Por conseguinte, reconhecer-se também em seu contexto
familiar. Portanto, avaliamos que o projeto propiciou aos
estudantes envolvidos reconhecer suas qualidades e limi-
tações, e aprimorá-las, buscando assim, transformá-las em
algo bom e produtivo.
Além disso, cabe ressaltar que objetivamos intervir de
modo que os alunos pudessem reconhecer-se dentro e fora
REFERÊNCIA
Jayne Verdin
Graduanda de Psicologia (FUPAC-Teófilo Otoni).
jayne.verdim@hotmail.com
INTRODUÇÃO
As crianças que possuam altas habilidades/superdota-
ção (AH/SD) ainda são marcadas por mitos e rótulos no
contexto escolar, consideradas como gênios, bem-sucedi-
das no processo de adaptação. E embora estejam inseridas
no público-alvo da educação especial, há uma carência de
discussões sobre essa inserção e os atendimentos educa-
cionais especializados dos quais elas necessitam, o que
favorece a sua invisibilidade nas salas de aula, a incom-
preensão de potencialidades e necessidades, interferindo
diretamente no desenvolvimento delas.
Os alunos que possuem AH/SD podem apresentar difi-
culdades escolares, como desempenho abaixo do esperado,
evasão, repetências e dificuldades na integração ao grupo.
O que os diferencia é que, muitas vezes, suas habilidades
acima da média não são reconhecidas mediante a apresen-
tação de alguma dificuldade escolar.
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001), os superdo-
tados ainda estão à margem do sistema educacional, tidos
como alunos trabalhosos e indisciplinados, que carecem
de necessidades específicas e que abandonam o sistema
educacional, o que justifica ter um atendimento educacio-
nal especializado.
DESENVOLVIMENTO
Para realização deste estudo, de abordagem qualitativa
e descritiva quanto aos fins, além da revisão bibliográfica,
desenvolveu-se pesquisa documental. Para tanto, foi feito o
levantamento referente ao tema no Scielo e em bancos de
teses de bibliotecas virtuais de instituições de ensino supe-
rior, buscando trabalhos que abordassem a temática inclu-
são escolar, superdotação e atendimento educacional espe-
cializado. O levantamento documental foi realizado na 37ª
Superintendência Regional de Ensino (SRE), sendo coleta-
dos dados registrados pela Diretoria de Educação Inclusiva
no Sistema Mineiro de Administração Escolar (SIMADE).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme apresentado nos resultados, concluiu-se
que as rotulações da superdotação interferem no proces-
so de identificação do aluno dentro do contexto escolar e
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH) é um transtorno neurobiológico reconhecido pelo
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
ou DSM-V. Autores como Cypel (2001) e Coll, Marchesi e
Palácios (1995) concordam que o TDAH é um distúrbio do
comportamento com manifestações relacionadas a um dé-
ficit de atenção, à hiperatividade e à impulsividade, sendo
um dos mais frequentes distúrbios diagnosticados na idade
pré-escolar e escolar.
Cypel (2001) aponta as evidências de crianças desaten-
tas e hiperativas ao longo da história humana, mas elas não
eram diagnosticadas com comportamento alterado, sendo
complexo definir o momento em que essas manifestações
foram identificadas como particulares ou patológicas. O
autor indica que no ano de 1925 houve duas publicações
que já apontavam a presença dessas características clíni-
cas, atualmente consideradas sintomas do TDAH. Entre-
tanto, somente em 1962, na Inglaterra, tais manifestações
passaram a ser classificadas sob o termo “disfunção cere-
bral mínima” (DCM). Definida de acordo com Coll, Mar-
chesi e Palácios (1995) como um distúrbio neurológico,
DESENVOLVIMENTO
Foi realizada uma pesquisa descritiva que, segundo Gil
(2010), objetiva relatar características de uma população ou
fenômeno. Os participantes foram duas mães e duas profes-
soras, conforme as seguintes descrições: a mãe I tem 33 anos,
ensino médio completo e um filho, identificado como A1, 8
anos, aluno do 3º ano do Ensino Fundamental, diagnosticado
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, foi possível compreender a relevân-
cia de reflexões sobre o diagnóstico de TDAH e sua relação
com a apropriação do campo da medicina sobre a vida coti-
REFERÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
No primeiro encontro, apresentamos a proposta sobre
o tema “Família e escola” e sobre a roda de conversa, con-
forme propõe Afonso e Abade (2008). Iniciamos, com a
apresentação de todos e escuta sobre preocupações e ex-
pectativas relacionadas. As rodas, somado à escuta ativa,
dinâmicas e vivências que favorecessem a reflexão, conju-
gada com a promoção do diálogo e a construção coletiva de
soluções, permearam todos os momentos.
A psicanálise aponta para a impossibilidade de apresen-
tar respostas “prontas” e ressalta a condição de escutar an-
tes de quaisquer construções que poderia surgir, aparente-
mente, como mais adequada. Assim, a escuta ativa (sobre a
demanda, desafios e preocupações, a visão dos educadores,
limites e possibilidades), perpassa toda a condução emba-
sando uma ação compatível com a realidade das escolas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação da maior parte do grupo foi positiva, como a
experiência tivesse permitido a cada um assumir o próprio
lugar, ter voz sobre si, sua atuação e identidade profissio-
nal. Alguns não entenderam a proposta da apresentação de
um “não saber” com aposta no seu próprio conhecimento e
a atenção ao movimento de mobilização. A prática aponta
para a relevância de uma condução que favoreça a apresen-
REFERÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
Após uma primeira fase que envolveu a visita, a entrevista,
a escuta e o estudo da demanda, preparamos o esboço da ação
educacional. A proposta conjugada com princípios e técnicas
da metodologia da Mediação de Conflitos, seria apresenta-
da e discutida com o grupo. Foram realizados oito momentos
com a escola, com duração de duas horas, aproximadamente.
Toda a equipe foi convidada para participar, inclusive, os ges-
tores que estiveram presentes em dois dias, sobressaindo a
frequência regular dos professores e da pedagoga.
Chamava a atenção a mobilização da escola para que os
encontros ocorressem, inclusive, o movimento das cantinei-
ras, monitoras e professores de apoio. Para permitir a partici-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A adesão do grupo e a abertura da escola diante da pro-
posta de trabalho educacional proporcionaram bons resul-
tados nesta experiência. Inscreve a possibilidade positiva
de interlocução entre a Psicologia e a Mediação no univer-