Intervenção Gerontológica
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal
Manual do Formando
Conteúdos:
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Objectivo Geral
Conteúdos do módulo
Objectivos Específicos
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Indice
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1 – Prevenção Cognitiva em Gerontologia
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1.1 Gerontopsicomotricidade
Definição:
“...técnica no farmacológica incorporada a los protocólos de
intervención gerontológica. El objectivo específico de esta disciplina seria la
aplicación de programas estimulácion psicomotriz dirigidos al anciano para
retarsar el deterioro psicobiológico asociado al envejecimento y que impiden
el mantenimiento de independencia funcional... “(Nunez e González, 2001,
p.225).
Como tal, a gerontopsicomotricidade tem como papel preponderante,
a prevenção e manutenção das capacidades do indivíduo idoso. Sendo que
este deve ser visto num todo biopsicossociocultural, encarando o indivíduo
numa visão holística, e tendo como objectivo a procura constante de
melhorar ao máximo a qualidade de vida. Tendo em conta que há
condicionantes específicas do envelhecimento, que têm a sua origem nos
factores psicobiológicos e sócio-económicos do ser humano são estes
factores que conduzem num grau com maior ou menor relevância a:
invalidez, dependência e marginalização do idoso.
O envelhecimento acarreta transtornos e limitações que culminam na
maioria dos casos em incapacidades que afectam de forma global o
indivíduo, sendo que as principais áreas são, segundo Nunez e Gonzalez
(2001):
a) Sensoriais: perda de agudez sensorial, auditiva e táctil;
b) Neurovegetativas: transtornos de regulação de temperatura,
pressão sanguínea;
c) Neuromotoras: alterações da motricidade fina e global com inibição
cortical;
d) Cognitivas: transtornos da memória a longo prazo e da orientação
espácio-temporal;
e) Psíquicas: sintomatologia depressiva e transtornos psicoafectivos.
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envelhecimento a chamada consciência corporal; bem como prepará-lo
através de exercícios práticos para restabelecer o seu equilíbrio, tendo como
objectivo facilitar o seu quotidiano, que se prende com o ajuste da resposta,
ao estímulo recebido com um adequado processamento da informação.
Deve-se sempre fomentar as actividades cognitivas e motoras, bem
como a capacidade relacional do indivíduo tentando neutralizar: os
processos de degradação motora; diminuição das capacidades cognitivas,
perceptivas e sensoriais; bem como os transtornos psico-afectivos.
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estaríamos a prevenir e a fomentar a independência e autonomia desta
população, promovendo ainda, a socialização entre eles, evitando o
isolamento que não raras vezes acontece.
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identificarem os animais que estão a observar. O “jogo da pontaria no chão”
consiste em desenhar um círculo no chão e colocar o idoso a uma distância de
cerca de 3m desse círculo, fornecendo-lhe uma bola. A finalidade é que o
idoso acerte com a bola no círculo. Uma vez concretizada esta tarefa,
desenham-se mais círculos para o lado direito, para o lado esquerdo e atrás.
Objectivos:
Desenvolvimento de capacidades físicas e intelectuais;
Estimular a função cognitiva, a coordenação visuo-motora, a
lateralidade, o equilíbrio, a organização espaço-temporal, e a
motricidade fina;
Contribuir para a melhoria do estado de saúde, nomeadamente
ao nível da capacidade cardio-respiratória, tempo de reacção e
força muscular;
Fomentar as relações inter-pessoais.
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Estratégias facilitadoras da actividade:
Reduzir a altura das barreiras;
Auxiliar na passagem das barreiras, fornecendo apoio;
Encurtar a distância dos círculos;
Desenhar círculos maiores.
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Figura 3 – Exemplos de frutas utilizadas para a prova gustativa
Objectivos:
Desenvolver a capacidade sensitiva do paladar;
Desenvolver a capacidade sensitiva da audição;
Estimular estas capacidades perceptivo – sensoriais, uma vez que estas
têm um declínio com o avançar da idade.
Prova Auditiva:
Introdução de sons mais comuns por exemplo: pássaro, rato;
Dar pistas sobre o animal.
Prova Auditiva
Introdução de sons reais conjuntamente com sons gravados e pedir
para identificar cada um deles.
Recursos Materiais:
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Prova do paladar: Pratos de plástico, Palitos, Fruta variada,
Guardanapos de papel, Lenços de pano, 2 Mesas e 12 cadeiras.
Prova Auditiva: 2 Mesas e 12 cadeiras, Papel, Canetas, Gravador e CD
com os sons dos animais, 20 fotocópias da ficha de prova auditiva.
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Actividade 3 – “Cantinho dos Sentimentos”
Objectivos:
Desenvolver a motricidade fina, a destreza e precisão manual e a
coordenação psicomotora;
Desenvolver as capacidades cognitivas, através da estimulação da
atenção e memória;
Estimular a criatividade e imaginação através da utilização de técnicas
de expressão, tais como pintura e desenho.
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Estratégias facilitadoras da actividade:
Liberdade de escolha para utilização da técnica de expressão
preferida;
Fornecimento de materiais mais adequados à dificuldade
manual de cada um (ex. fornecer lápis mais grossos, dar
pincéis);
Auxiliar na execução da tarefa, segurando a mão por exemplo.
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2. Reabilitação Cognitiva – função neuroanatómica
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Não está no âmbito deste módulo fazer uma descrição pormenorizada
de neuroanatomia, mas iremos de uma forma breve, tentar associar os
fenómenos aos conhecimentos das funções integradoras das conexões
entre os neurónios corticais, que parecem ter, efectivamente, papel central
nas actividades cerebrais e, consequentemente, na compreensão das acções
humanas imprescindíveis à reabilitação cognitiva.
As correlações anatomofuncionais associaram estruturas cerebrais às
actividades cognitivas (Abreu et al., 2006).
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As funções cognitivas alteradas estão relacionadas à intenção, praxia,
falta de iniciativa para o acto motor, diminuição do tónus de vigília.
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3. A Reabilitação Cognitiva - Visão global
3.1. A Cognição
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processando pormenores não essenciais. Para além disso, uma pessoa
cognitivamente comprometida pode ter dificuldades em manter uma
recordação de acontecimentos anteriores e associar informações
relacionadas entre si.
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4. Métodos e Técnicas de Reabilitação
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A utilização das abordagens existentes na literatura relativamente
ao tratamento dos défices cognitivos, são segundo Wheathey (1999, in
Abreu et al., 2006) as seguintes:
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5. Estimulação Cognitiva – Actividades
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Regras a seguir para a estimulação
A ter em conta
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Recorda-se que uma só actividade pode estimular várias
capacidades diferentes ao mesmo tempo. Por exemplo, a profissional pede à
pessoa para classificar os elementos de uma lista de compras e a seguir
pergunta onde fazia as suas compras, o que comprava habitualmente, para
quem, o que preferia comprar, entre outras. Esta actividade pode tornar-se
muito proveitosa;
Quando propomos uma actividade devemos ter em conta que a
pessoa está limitada e, muitas vezes, não está consciente disso. Não gosta
de ver a sua auto-imagem diminuída. Se perder a sua auto-estima, perde
também a sua auto-confiança e torna-se incapaz de progredir. A intervenção
deve reforçar a confiança nas suas possibilidades. Devem ser eliminadas as
pressões e, reforçar o esforço e o sucesso;
É necessário escutar a pessoa, procurar entender o que ela
procura dizer aquando de uma conversa e ajudá-la, mas sem a substituir
automaticamente no que pode dizer ou fazer. É muito importante respeitar
as suas capacidades;
A alternância dos exercícios intelectuais, de interacção social e
físicos permite uma estimulação mais ampla das diversas faculdades. Não se
trata de querer criar relações entre os participantes, mas levar a pessoa a
integrar-se num grupo e de ser estimulada pela presença dos outros;
Os exercícios devem servir para fazer emergir a emotividade
através das lembranças da vida, uma vez que a pessoa não vive só no meio
intelectual e não é somente uma memória;
Todos os exercícios de estimulação, mesmo os que são feitos de
forma informal, devem ser acompanhados de notas, indicando de uma
forma sumária os resultados e os exercícios que parecem mais difíceis, a fim
de os repetir quando for possível;
Existem certas actividades de estimulação mnenésica que
podem ser realizadas durante os cuidados, por exemplo, pode ser pedido à
pessoa durante o banho que nomeie palavras que começem pela letra P,
entre outros.
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5.2. O cérebro e as suas capacidades preferenciais
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Exercício 1
Exercício 2
- Vai comprar uma camisola. Esta custa 30 euros. Paga com duas notas
de 20 euros. Que troco deve receber?
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Exercícios do hemisfério direito
?
24, 27, 30
15, 18, 21
3, 6, 9, 12
15
5
? 20
1+3
A, B, C D, E, ?
4+3
?+3
= 15 G, H, I ?, K, L
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5.3. Exemplos de estimulação cognitiva
1.1.
Pede-se à pessoa que olhe para o quadro, depois tapa-se.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1.2
Olhe para estas figuras geométricas, de seguida tapamos.
6 9 5
4
4
3
8 1
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Exercício 2 – A memória a longo prazo: a memória semântica
Para cada uma das fotos, identifique que pessoa é um bebé, uma menina,
uma mulher jovem, uma senhora e uma mulher idosa.
Vai ter que cozinhar. Quais são os objectos de que não se servirá?
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Exercício 4 – A memória a longo prazo: a memória processual
Pretende fazer uma sopa de legumes. Por que ordem faria estas operações?
É fornecida à pessoa uma lista de artigos que ela tem que comprar na
mercearia, na peixaria, no talho, ou numa loja de pronto-a-vestir para
homem. Pede-se para distribuir por quatro grupos diferentes de acordo com
as suas semelhanças.
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Exercício 6 – Estimulação da memória: o hemisfério esquerdo e a
memória semântica.
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Exercício 7 – A estimulação do hemisfério esquerdo
Pantufa Jornal
Jóia Andar pela praia
Imprensa Adorno
Enciclopédia Aparelho de fotografia
Câmara Órgão
Fígado Calçado confortável
Passeio Recolha de conhecimentos
humanos
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A que horas se deveria colocar o ponteiro para completar a série?
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Exercício 9 – A estimulação do hemisfério direito: discriminação e a
emotividade
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Exercício 10 – A estimulação do hemisfério direito: o reconhecimento
e a associação
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Exercício 11 – A memória no sentido amplo e a linguagem
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É a ovelha ranhosa;
Ter um nó na garganta.
4 – Para cada uma das cores seguintes, por favor, nomeie objectos
que a caracterizam (por exemplo, verde-relva):
Azul;
Amarelo;
Vermelho;
Laranja.
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2 – Identifique a estação do ano para cada uma destas imagens
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Exercício 16 – A orientação espacial e a memória
Pedro está no seu quarto. Que caminho deve percorrer para ir:
Do salão para a casa de banho?
Da casa de banho para a sala de jantar?
Da sala de jantar para a cozinha?
Da cozinha para o quarto do Lucas?
Do quarto do Lucas para o vestiário?
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Foram dados alguns exemplos de exercícios de estimulação cognitiva.
É importante que se faça um registo por indíviduo e se vá avaliando os
progressos ou em caso destes não existirem, voltar a insistir nas áreas em
que não houve evolução.
Muito mais haverá a dizer sobre este tema, mas não é possível abordar
mais por limitação de tempo.
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Verificação de Conhecimentos
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Proposta de Correcção
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4. O que se pretende com a intervenção na reabilitação cognitiva? (ver
pág. 19).
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Bibliografia
Wilson, B., (2003). Reabilitação das deficiências cognitivas. In: Nitrini, R.,
Caramelli, P., Mansur, L. Neuropsicologia : das bases anatómicas à
reabilitação. S. Paulo: Clínica Neurológica Hospital das Clínicas – FMUSP.
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