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RBEn, 31 : 466-477, 1978

AUDITORIA EM E N FERMAGEM

M ari a V anda de Arauj o*


I r. Cleam ari a Si mõ es *
Celi na Li m a Si vl a*

RBEn/04

ARAUJO, M.V. e colaboradoras - Auditoria em enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 31 :


466-477, 1978.

1. INTRODUÇAO Tivemos a oportunidade de realizar


contatos pessoais com profissionais da
A auditoria em enfermagem é o as­ área, obj etivando apreciar a sua aplica­
sunto empolgante do momento nas ati­ ção em Hospitais Municipais e Previ­
vidades administrativas de enfermagem, denciários do Rio de Janeiro.
motivo pelo qual nos conduziu a reali­ Constatamos a ausência na ação au­
zar seu estudo identificando seus obj e­ ditoria!.
tivos, metodologia e validade.
P areceu-nos que há motivação bas­
Atualmente, na transição acelerada tante 110S profissionais da coordenação
da enfermagem para um assentamento de enfermagem ; falta-lhes o necessário
científico, urge adquirir solidez que a conhecimento teóricõ como também con­
ciência exige em seus conceitos e ação. dições estruturais nas diversas institui­
A revisão bibliográfica mostra a pra­ ções impossibilitando a implantação d()
ticidade de alguns tipos de auditoria, processo.
senão em nosso pais, pelo menos nos O interesse do grupo intensificou-se a.

Estados Unidos. proporção que novos conhecimentos fi-·


Em nosso meio profissional o desper­ zeram-se necessários.
tar à auditoria ainda é il!�ipiente, ne­ Assim sendo, um elemento designad()
cessitando consolidar seus fundamentos, pelo grupo deslocou-se a fim de parti­
estudos adaptativos que se moldem a cipar de um curso de auditoria em en­
realidade brasileira. fermagem em São Paulo, patrocinado

• Alunas do Curso de Mestrado ém Ciências da Enfermagem da Escola Ana Neri - UFRJ


- 1977.

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ARAUJO, M.V. e cOlab:Jradoras - Auditoria em enfermagem. R ev. Bras. Enf. ; DF, 31 :
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pelo Centro São Camilo de Desenvolvi­ prestada e os padrões de assistência


mento em Administração da Saúde. Mi­ considerados como aceitáveis".
nistrado em 15 horas aula, no período AGUIAR e colaboradores 2 afirmam
de 07 a 11 de novembro. Outro elemento que "a auditoria médica deve ser expli­
participou também do curso de audito­ citada como o conj unto de atividades
ria realizado durante o XIX Congresso exercidas com o objetivo de avaliar o
Brasileiro de Enfermagem. trabalho d2. equipe de saúde, nos seus
Este acervo de informações nos pos­ múltiplos aspectos".
sibilita transmitir alguma experiência e Especificamente no camp o da enfer­
quiçá, conscientizar outros profissionais magem DEEKEN 21 define auditoria
sobre a necessidade para esse novo des­ como "exame oficial dos 1'egistros de
pertar da enfermagem. enfermagem com o obj etivo de avaliar,
verificar, e melhorar 2. assistência de
2. LITERATURA enfermagem" .
Para PHANEUF 14 "auditoria é um
2.1. Conceito de Auditori a método utilizado para avaliar a quali­
dade do cuidado de enfermagem através
São vários os conceitos de auditoria . dos registros de enfermagem, após a alta
A título ilustrativo serão citados : do paciente".

2.1.1 Na área contábil 2.2. Obj etivos da auditoria

Para HOLMES 22 auditoria "é o exame


RIBEIRO 21 enfoca como obj etivo cen­
tral da "auditoria a melhoria da quali­
de demonstrações e registros adminis­
dade da assistência de enfermagem que
trativos. O auditor observa a exatidão,
o hospital se propõe oferecer à comuni­
integridade e autenticidade de tais de­
dade, ou que tem por obrigação social
monstrações, registros e documentos."
oferecer".
FERREffiA 9 define auditoria como
FELDMANN 8 além do objetivo citado
"exame analítico e pericial que segue o
lembra a motivação da enfermagem a
desenvolVimento das operações contá­
alcançar padrões ideais de assistência
beis, desde o início até o balanço '. O
ao paciente.
mesmo autor refere a auditoria como
sendo "cargo de auditor" e/ou "lugar
2.3. Evolução histórica
onde este exerce suas funções".
Para MAUTZ 16 "a auditori2. preocupa­ Na história da contabilidade a verifi­
se com a verificação de elementos con­ cação dos fatos e seus registros, devi­
tábeis e em determinar a exatidão e a damente documentados, data do ano
fidelidade das demonstrações e relató­ 2.600 a . C. Entretanto, somente a partir
rios contábeis . do século XII, na Inglaterra, esta técni­
ca passou a ser utilizada em maior es­
2 . 1 .2. Na área de saúde cala e com o nome atual. 22
A revolução industrial . do século XVII
Na área de saúde a auditoria está deu novas diretrizes à prática auditorial
praticamente em fase inicial e j á conta visando atender as necessidades das
com algumas definições consagradas. grandes empresas. 22
DUNN e MORGAN 14 "auditoria é um No Brasil, a prática da auditoria é
instrumento de administração utilizado recente, contando apenas com aproxi­
na avaliação da qualidade do cuidado ; madamente quatro décadas de uso ofi­
é a comparação entre a assistência cial. 22

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Na área da saúde a verificação da talhadamente pelo auditor, incluindo as


qualidade da assistência ao paciente condições favoráveis à melhorIa do ser­
através de registros do prontuário vem viço.
sendo utilizada nos Estados Unidos desde PERRONE 19 propõe a "auditoria con­
1918, por iniciativa do médico George corrente que é feIta durante a hospita­
Gray Ward, de Nova Iorque. 2, 14, 19 e :11 lização do paciente".
As primeiras publicações sobre audi­ CERQUEIRA " fala de três tipos de au­
toria em enfermagem, datam de 1955, dItoria possíveis de realização no Ser­
também nos Estados Unidos, onde atual­ viço de Enfermagem :
mente se desenvolve no campo hospita­
lar, de saúde pública e domiciliar. 14, 111
Auditoria retrospectiva que corres­
ponde a citada por Sá;
No Brasil, a auditoria tanto na prá­
A auditorIa operacional semelhante a
tica médica. como de enfermagem dá os
concorrente. É realizada enquanto o pa­
seus primeiros passos e tentativas mo­
ciente está hospitalizado e compreende
destas de implantação começam a sur­
a verificação do prontuário e entrevista
gir.
com o paciente ;
No relatório dos primeiros cinco anos
Auditoria de plano de cuidado que
de auditoria médica no Hospital de Ipa­
se prende a avaliação do plano de cul�
nema, no Rio de Janeiro, os membros
dado do paciente.
da comissão concluem que o programa
é benéfico tanto em termos de forneci­
2.4.2. Classificação da audItoria
mento de elementos para decisões ad­
ministrativas como para o corpo clinico
A classIficação da auditorIa refere-se
do Hospital que dispõe de informações
as necessIdades de realização por parte
seguras para análise das técnicas e pro­
das instituIções, sendo mais aplicáveIs
gramas desenvolvidos. 2
a área de saúde, a audItoria quanto a
As referências em enfermagem falam forma de intervenção, tempo, natureza
da necessidade e condições de implan­
e limite.
tação de programas de auditoria . 4 , H, 21
Quanto a forma de intervenção pode
ser interna e externa. No caso de au­
2.4. Técnicas de auditoria
ditoria interna, é praticada por elemen­
tos da própria Instituição. Tem como
2.4. 1 . Métodos
vantagens maior profundidade no tra­
balho tanto pelo cOnhecimento da es­
A técnica auditoral segundo SA 22 uti­
trutura adminIstrativa como de inova­
liza os métodos de retrospecção e aná­
ções e expectatIvas nos serviços. A sua
lise.
vinculação funcional permite sugerir
Pela retrospecção verifica os fatos pas­ soluções aproprIadas. Como desvantagem
sados situando a observação quanto ao pode-se citar a dependência admInistra­
tempo, em períodos já vividos. Não vai tiva llmitando a amplltude das conclu­
diretamente ao fato; mas &Os elementos sões e/ou recomendações finais do tra­
que o evidenciam. balho. Pode haver também envolvimento
A análise constitui a essência da ação afetivo do auditor com os elementos
auditorial. Verificar sem interpretar, sem reallzadores do trabalho inval1dando-o.
orientar e sem criticar é tarefa ineficaz A auditoria externa é realizada por
e não Interessa ,aos métodos cient.ificos. elementos estranhos a Instituição e por
A auditorIa não se limita a sl.D1ples ve­ ela contratados para realizar o exame.
rificação. Os fatos são analisados de- Apesar do auditor gosar de independên-

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cia administrativa e afetiva. os seus in­ de assinalamento. A avaliação relativa


teresses estão llgados a outra entidade compara profissionais entre si. 19, 22
não estando motivado o suficiente para Na auditoria de enfermagem poder­
realizar um trabalho profundo. que apre­ se-la além ·de outros indices utilizar a
sente sugestões adequadas à solução de comparação dos resultados obtidos pela
problemas existentes. terapêutica com os esperados a partir do
, A auditoria interna é preferida. e n­ prognóstiCO de enfermagem; a

tretanto, existem situações onde é ne­ Enquanto a enfermagem não possui


cessária a apreciação do auditor externo. , padrões de avallação determinados é de
bom alvitre utilizar a experiência de
Quanto ao tempo a auditoria pode ser
outras áreas e/ou países, amoldá-las à
continua ou periódica. A continua ava­
realidade local e inferir a própria. A ex:­
lia em períodOS certos, fazendo cober­
periência e o método PHANEUF estabe­
tura integral por exercicios ou periodos.
lece os padrões de desempenho tendo
A revisão sempre se inicia a partir da
como base as funções de enfermagem
anterior. A auditoria periódica examina
de ANDERSON E LESNICK:
também em tempos certos, não se pren­
de porém, a continuidade.
"I - Análise e execução das ordens
Em relação a natureza a auditoria pode
médicas;
ser normal e especial. No primeiro caso
II - Observação de sinais e sintomas;
se realiza em períodos certos com obje­
tivos regulares de comprovação. No se­
III - supervisão dos pacientes; ·

gundo, atende a uma necessidade do IV - Supervisão de todo pessoal que


momento. participa do cuidado (exceto o médico) ;
Quanto ao limite pode ser total ou par­ V - Registros e relatórios;

cial. A total atinge todos os setores da VI - Anãlise e execução de técnicas


Instituição e a parCial limita-se apenas e procedimentos de enfermagem;
a determinados serviços. 22 VII - Promoção de Saúde Pública e
Mental do Paciente pela orientação e
2.5. Padrões de desempenho ensino". a

o padrão da qualidade do serviço pode Para j ustificar o padrão de qualidade


ser referido como bom ou não, desde que do serviço de asistência à Saúde é in­
comparado a um padrão pré-estabele­ dispensãvel a utilização do método ou
cido. proéesso auditoral como atividade for­
A ,ação de enfermagem deve ser ava­ mal do serviço de Enfermagem. Assim
liada a partir ' dos resultados advindos sendo, guiar-se-á, por objetivos claros e
da apreciação das atividades aplicadaS definidos. a

nos cuidados ao paciente e registrados


em seu prontuãrio. Esse registro é. en­ 2.6. Limitações da auditoria
tão, medido e comparado com pa,drões
2.6.1. Limitações de ordem humana
referidos que definem qual a assistên­
cia de enfermagem que deveria ser pres­
tada. 19 . 21
A enfermagem foi por muito tempo
desempenhada, quase que exclusiva­
Na avaliação da eficiência há a pos­ mente, por individuos inabllitados, im­
sibilidade de se usar a valiação absoluta pedindo um avançar mais rápido e pas­
ou a avaliação relativa. No primeiro caso sar para uma enfermagem cientifica,
compara-se o profissional a um padrão, racional e sistemática. Atua,lmente, no­
atrav�s de escalas de avaliação e listas vos papéis são exigidOS do profissional

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levando a modificações profundas nas - valores referentes ao hospital e não


estruturas das Instituições de Saúde. 1 1 , 12 a cada clínica. 19

É urgente que a enfermagem se cons­ O processo auditoral exige pessoal de­


cientize de seus novos papéis e se pre­ vidamente credenciado com certas ca­
pare devidamente para executá-los. 11 O racterísticas de eficiência e desempenho.
conhecimento favorece a maturidade no Isto supõe reestruturação no planej a­
desempenho profissional, garante o pro­ mento econômico, além da possibilidade
gresso e novas descobertas imprescindí­ de implementação de um outro setor d�
veis para estabelecer o arcabouço cien­ trabalho com área física independente. 19
tífico da profissão. É necessário lutar
O auditor, no desempenho de suas
para debelar a ignorância. e prevalecer o
funções, provavelmente encontrará limi­
conhecimento. 18
tações inúmeras rela.cionadas com a am­
Como limitações principais da audito­ plitude do trabalho que poderá realizar
� ria podem ser citadas: de forma proveitosa, inspirando confian­
- avaliação retrospectiva - a audi­ ça. O auditor trabalha sob limitações de
toria se realiza após a alta do paciente . custo s e tempo. Informações poderão ser
- avaliação parcial - a assistência úteis enquanto atuais, perdendo interes­
ao paciente é prestada por uma equipe se a medida que caducam. As dificulda­
multiprofissional e não apenas pela en­ des encontradas, as vezes, levam o au­
fermeir a . A a uditoria de enfermagem ditor a satisfazer-se com módicos recur­
sos e ingênuos resultados. 16
avalia apenas a responsabilidade da en­
fermagem no cuidado ao p aciente. Não Outro fator que limita a auditoria,
permite uma visão global da assistência pelo menos na fase inicial é a dificul­
prestada. dade de manter o departamento de au­
- não tem finalidade punitiva - ve­ ditoria separado e funcionalmente inde­
rifica o cuidado, identifica erros e os pendente dos demais departamentos.
analisa. Qualifica a. assistência prestada Deve, entretanto, haver afinidade entre
e pode sugerir soluções. As medidas pre­ o Serviço de Enfermagem e o de Audi­
ventivas e corretivas são de responsabi­ toria, para que os resultados correspon­
lidade administrativa. dam ao obj etivo. 1 4. 16

- a auditoria não viosa a melhoria


dos . registros - o . obj etivo principal é 2.7. Condições essenciais de funcio­
melhorar a assistência ao paciente. Em­ namento nos Serviços de Enfer­
bora ,a partir dos resultados possam su­ magem
gerir ações no sentido de melhorar os re­
gistros, este não é o seu objetivo. 14 2.7. 1. Requisitos básicos

2 . 6 .2 . Limitações de ordem adminis­ Como requisitos essenciais ao funcio­


trativa namento da auditoria de enfermagem,
destacam-se:
Entre as dificuldades de ordem admi­ - Serviços de Enfermagem com obje­
nistrativa estão: tivos claros, precisos e mensuráveis, per­
- dificuldade na mensuração dos da­ mitindo combinar as condições de pes­
dos ; soal, ambiente e equipamento com a si­
- existência de fatores imponderá­ tuação do paciente e compará-los a pa­
veis; drões estabelecidos ou expectativas ;

- parâmetros não correspondentes à - percepção d a assistência ao pacien­


realidade local; te como responsabilidade multiprofissio-

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nal e não apenas de um elemento iso­ 01 diretor assistente de educação em


lado. O trabalho de todos deve ser ava­ serviço ;
l1s.á\:, cada um dentro de sua especiali­ 01 auxiliar de enfermagem ;
zação;
03 líderes d a equipe d e enfermagem ;
- estrutura administrativa que per­ 02 enfermeirãs chefes;
mita a Enfermagem planejar, implemen­
Segundo FELDMANN 8, a comissão
mentar, coordenar e controlar suas ati­
deve ser composta de :
vidades com o obj etivo de oferecer me­
Supervisora;
lhor atenção ao paciente ;
Enfermeiros chefes de unidades ;
- estabelecimento de um guia que
Enfermeira� de serviço, oscilando en-
permita identificar problemas no serviço
tre quatro e 12 elementos, dependendo
para sua devida correção. 21
do tamanho e tipo do hospital. Não par­
ticipam da comissão a chefe do Serviço
2.7.2. Recursos humanos
de Enfermagem e nem a supervisora ou
a chefe do setor de educação.
A implantação de um sistema de au­
Segundo KURCGANT 1 4, a comissão
ditoria de enfermagem depende do in­
não deve ter menos de 05 enfermeiras,
centivo da chefe do serviço e da coope­
sendo que em Instituições pequenas, po­
ração das supervisoras, chefes de uni­
de-se formar uma comissão conjunta,
dades e demais elementos envolvidos no
com membros que prestarão serviços a
processo auditoral. H
todas as profissões representadas.
A chefe do Serviço de Enfermagem é
Em qualquer dos modelos de comissão,
responsável pela qualidade do serviço.
dentre os membros são escolhidos um
Embora não sej a membro efetivo da co­
coordenador e um secretário. 8, 1 4, 21
missão, ela deve acompanhar o desen­
volvimento de todo o processo. A escolha Para que se obtenha um bom anda :
dos demais membros é feita por ela, após mento do trabalho e d�sempenho de
considerações sobre os requisitos neces­ pessoal, podem ser determinados para
sários, de conhecimento técnico e inte­ cada tipo de unidade padrões baseados
gridade reconhecida, envolvimento com nas condições de cada instituição. Para
o cuidado do paciente, interesse no con­ isso há necessidade de planej amento de­
trole da qualidade e cape cidade de tra­ terminando o padrão de cálculo de en­
balho em grupo. O conhecimento técnico fermeiras para auditoria, e as razões de
implica, pela necessidade da comissão, sua variabilidade nas Instituições. Tam­
em englobar várias especialidades como bém pode estar baseado em experiências
enfermagem médica, cirúrgica, obstétri­ práticas, quando os padrões recomenda­
ca, pediátrica e outras. H dos não se adaptarem a uma situação
particular. Portanto, os cálculos absolu­
Considerando a tnexlstência de maio­
tos não podem ser estabelecidos para
res experiências com relação à quanti­
cada Entidade. H
ficação dos recursos humanos necessá­
rios e como não deve haver uma pa ­
2.7.3. Recursos materiais
dronização estanque são enfocados aqui,
vários modelos de comissões:
Na organização e planej amento de um
RIBEffiO 21 apresenta, de um modelo serviç,o de auditoria, para assegurar seu
americano; bom desenvolvimento, considera-se :
01 diretor assistente do Serviço de En­ - local: o serviço de auditoria deve
fermagem ; funcionar em -dependências do hospital
01 diretor d a divisão d e escriturários ; especialmente destinadas ou em setor

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comum a outras atividades que se coa­ Plano de auditoria é a "tarefa prell­


dunem a ela. Entretanto, faz-se neces­ mInarmente traçada pelo auditor que
sário que o serviço gose de independên­ se caracteriza pela previsão dos traba­
cia e privacidade, face as suas caracte­ lhos que devem ser executados em cada
rísticas sigilosas. O local deve ter condi­ serviço, a fim de que este cumpra in­
ções para alojar arquivos, escrivaninhas tegralmente as suas finalidades dentro
e outros materiais que se tomem indis­ das normas cientificas da técnica au­
pensãvei8. ditoral". 22
Nas Instituições que possuem . Serviço Fayol jã dizia "o plano é o resultado
de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) , visado, a linha de conduta a seguir,
o trabalho é mais fãcil, porque os pro­ dentro dos principlos e preceitos da téc­
cedimentos para utilização dos prontuã­ nica em estudo." 22

rios, poderão ser elaborados em conjunto O plano de auditoria pode basear-se


com esse serviço. O local deve ser am­ em experiênCias anteriores, nos levan ­
plo, o suficiente, para comportar os tamentos iniciais, nas experiências
membros da comissão em suas reuniões alheias e nas normas espeCiais a cada
periódicas ; caso.
- Impressos: os formulãrIos para au­ :s: conveniente seguir uma linha de
ditoria são recursos materiais Imprescin­ conduta mais ou menos padronizada
diveis, nos seus vãrIos modelos e ut1l1za­ para alguns setores e uma varIãvel para
ção; todos os documentos de orientação, cada caso.
como normas de serviço, Impressos de Doutrinariamente o plano de audito­
avallação de funções, tabelas de utiliza­ ria pode constar de duas partes : "uma
ção no processo da auditoria. fixa, de acordo com os principlos gerais
Os formulãrios de auditoria quer pre­ de auditoria que se acham dispostos se­
enchidos ou vazios nunca devem ser ane­ gundo a prãtica profissional seguida pelO
xados ao prontuãrIo, . assim como ne­ auditor. Outra variãvel, que constitui a
nhuma observação que evidencie que foi parte de adaptação ao caso especial­
auditora do. mente estudado". 22
:s: Importante ter em mente que o pla­
A provisão destes recursos deverã ser
n o é um gula seguro, indicando as ações
feita de acordo com o número de leitos
a serem real1zadas, possibllitando :
hospitalares. Na participação indireta
- a execução fiel de trabalhos de bom
da aquisição de material, cabe a enfer­
nivel técnico profissional ;
meira da comissão de auditoria fornecer
acompanhamento' do progresso de
os dados quanto a especificação técnica
_

tal execução;
de cada materIa1.
- a manutenção de uma linha certa
Tendo em vista a utllização comum
que não permita omissões.
dos equipamentos com outros serviços,
Tem-se, então, unidade, flexibilidade �
requer entrosamento com os demais nes­
precisão no trabalho a realizar.
ta utillzação para manter boa harmonia
com eles. 4, 8, 14, 16, 19, 21, 22 e 23
O plano deve ser suficientemente claro
e dizer: "o que é que vai ser examina ­
do", "quanto de cada coisa serã exami­
2 . 8. Procedimento do trabalho audi­
nado", "quando serã feito o exame", por
quem e para que". 22
toral

2.�.1. Plano auditoral


2.8.2. Implementaç§.o
São equivalentes em expressão as pa­
lavras plano, programa, roteiro de ve­ Não hã técnica padrão para anãUse de
rificação. registros e documentos. Hã, entretanto,
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alguns princípios a serem respeitados - estabelecimento de padrões de acor-


como normas: do com a cllnica;
- exame de instruções de serviços - verificação dos prontuários;
expedidos pela administração; - entrevista com o paciente;
- exame de instruções expedidas pelO - avaliação e julgamento final.
serviço de enfermagem;
- exame de registros. 22 2.8.3. Relatório de auditoria
KURCGANT U propõe a realização da
auditoria em enfermagem em três eta­ MAUTZ 18 informa que após completar
pas, para as quais apresenta modelos de os exames do material auditorado será
fichas, embasadas pelo método Phaneuf. redigidO o relatório e conclusões do tra­
balho. O relatório é emitido com o obje­
Na primeira são avaliados os dados
tivo de informar realizações a serem por
referentes ao paciente e à Instituição. A
sua vez apreciadas pela administração
ficha pode ser preenchida pelo Serviço
da empresa hospitalar e pelO Serviço de
de Arquivo Médico e Estatística.
Enfermagem.
"Em sentido amplo o relatório é um
Na segunda, é feita a revisão do
prontuário com preenchimento do for­ certificado ou apresentação de um es­
mulário. Esta etapa é realizada pelo en­ tado que o auditor garante existir, po­
fermeiro. A revisão dos registros é feita rém, com explicações detalhadas, com
com base nas funções de enfermagem. apresentação das razões que conduziram
Cada função comporta subcomponentes
o seu parecer". 21
num total de 50, aos quais são atribuídos
Enquanto que os relatórios visam apre­
valores, somando 200 pontos.
sentar um parecer de natureza técnica
A contagem dos pontos permite clas­ sobre a exatidão do que é auditorado,
sificar a assistência em: sua forma difere da usada para . o cer­
tlflcado. O relatório é mais analitico, en­
Excelente - 161 a 200 pontos quanto o certlflcado é mais sintético. O
Muito boa - 121 a 160 pontos relatório analitico tece comentários so­
Boa 81 a 120 pontos bre as demonstrações evidenciadas. Esse
Regular. 41 a 80 pontos tipo de relatório é mais confidencial e
InSuficiente - O a 40 pontos portanto não se destina a publicação.
"Um relatório é a expressão de uma opi­
Para os itens "não se aplica "usa-se a nião e não uma garantia feita pelo au­
tabela dos coeficientes de correção. ditor. O certlflcado é, por sua vez, mais
garantia do que opinião". 21
Na terceira etapa os resultados são
"A forma do relatório que será entre­
analisados e o auditor define a qualida­
gue a Chefe do Serviço de Enfermagem
de do serviço. Há complementação dos
é estabelecida pela comissão de · audito­
aspectos considerados importantes na
ria. Inclui número de casos que foram
revisão. U
julgados refletindo no total em cuidado
RIBEIRO 21 apresenta um outro rotei­ como excelente, muito bom, bom, regu­
ro com cinco itens e dezesseis perguntas. lar e insuficiente". U
A partir da resposta às perguntas, a co­ No conteúdo deTe constar uma síntese
missão pOderá sugerir medidas para me­ estatística, além da descrição dos casos
lhoria do padrão assistencial. auditorados. Um dos objetivos do relató­
CERQUEIRA ' com base no método rio é permitir as devidas comunicações
Carter orienta a implementação da au­ com os setores de enfermagem visando
ditoria operacional em fases: um aperfeiçoamento na assistência ao

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paciente, quer pela melhoria do plano avaliação de desempenho funcional e da


assistencial, quer pela busca de uma sis­ qualidade de assistência. Outras fizeram
tematização nos registros das ações de levântamento de situação e estão me­
enfermagem. 14 lhorando condições locais e conscienti­
A apresentação do relatório traduz o zando o pessoal hospitalar da necessida­
cuidado e desvelo do auditor, sua res­ de do programa de auditoria.
ponsabilidade e capricho. A forma de Uma entidade dispõe de uma "Comis­
apresentação deve ser mu1to boa. Con­ são de Auditoria", entretanto, as ativi­
feccionado em papel de boa qualidade, dades exercidas não correspondem à au­
datilografado, sem erros e tecnicamente ditoria de enfermagem. Talvez se en­
escritos. Os detalhes são também impor­ quadre mais nos esquemas de sindicân­
tantes na apresentação. É recomendável cias administrativa, pois para que haj a
que o relatório tenha os seguintes dados : avaliação de situações uma queixa é ne­
- período a que se refere ; cessária.
- 'data de sua elaboração ;
4. DlSCUSSAO
- número de ordem
- descrição dos casos auditorados ;
- conclusões; RIBEIRO 21 afirma que para implan­
- assinatura do auditor. 22 tar um programa. de auditoria de Enfer­
magem não é necessário muito conhe­
KURCGANT 14 diz que a apresentação cimento especializado. O indispensável é :
gráfica dos resultados é facilmente vi­ "- muita coragem para enfrentar ('I
zualizada, permi�indo a comparação en­ problema ;
tre os padrões ideais com a extração de
- humildade para reconhecer as fa­
conclusões quanto ao nível e qualidade
lhas;
da assistência.
- honestidade de propósitos para dar
3. CONDIÇõES ATUAIS DA PRATICA continuidade à tarefa;
AUDlTORAL NOS HOSPITAIS PRE­ - liderança a fim de criar cOlldições
VIDENCIARIOS E MUNICIPAIS DO de implantação do sistema de avaliação".
RIO DE JANEIRO Partindo dos requisitos apresentados
pela autora percebe-se que é possível
Junto as divisões de enfermagem fo­ implantar um programa de auditoria de
ram colhidas informações sobre a prá­ enfermagem. A literatura fala dos bene­
tica auditoral específica de enfermagem fícios advindos para o doente, os funcio­
nos Hospitais Previdenciários e Munici­ nários, o Serviço de Enfermagem, a Ins­
pais da cidade do Rio de Janeiro. tituição e para a profissão de enfer­
As Informações não podem ser gene­ magem.
ralizadas pois foram colhidas a nível de Um programa de auditoria constitu1
coordenação. Teriam sido mais precisas um alerta constante para o enfermeiro
se tomadas junto ao serviço de enferma­ se manter em suas funções garantindo
gem de cada hospital. a qualidade assistencial, empenhando-se
A rigor não existe nenhUm serviço de na. aquisição de melhores padrões.
auditoria nas Instituições citadas. En­ b doente receberá uma assistência
tretanto, todas estão motivadas para a cada vez mais aperfeiçoada, o que lhe
necessidade de implantação do processo. assegura recuperação rápida, com menos
Uma tentativa a título 'experimental, riscos e principalmente a certeza de re­
em fase inicial, foi constatada numa ceber o que necessita para resolver o seu
Entidade. Algumas estão partindo da problema.

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Os funcionários, sabendo da existência No contexto da realidade brasileira


do programa serão motivados tanto a atual, a enfermagem não tem ainda re­
prestar melhor assistência como para cursos para oferecer condições que fa­
proceder registros mensuráveis, que in­ voreçam estabelecer padrão ideal na as­
diquem a qualidade do cuidado prestado. sistência de enfermagem. Motivo pelo
Participarão também de treinamentos qual é urgente, que os enfermeiros, atin­
específicos. 1: importante motivar, po­ j am um modelo minlmo de assistênci?
rém, evitando espírito competitivo. qualitativa como suporte para alcançar
O Serviço de Enfermagem contará com metas mais apuradas e pertinentes à
retroalimentação constante permitindo enfermagem cientifica.
replanejamento e correção de deficiên­ Atingindo o padrão proposto, necessá­
cias a curto prazo. Como os obj etivos da rio se faz revê-lo, exigindO sempre mais
assistência são ideais, o Serviço estará paulatinamente outro "plateau" de qua­
sempre com program�s de treinamento lidade.
em serviço e experimentação de novos Sendo, por conseguinte, a auditoria em
métodos e técnicas assistenciais. enfermagem um processo mediante o
Uma assistência eficiente por parte da qual as ações de enfermagem são exa­
enfermagem contribui para a valoriza­ minadas, mensuradas e avaliadas em
ção pública da Instituição. confronto com esses padrões, sucessiva­
A profissão de enfermagem se man­ mente o desenvolvimento da profissão
terá em busca constante, firmando-se como ciência, será constante, consistente
como ciência e adquirindo status. e progressiva.
A auditoria constitui precioso material
de pesquisa e ensino, facllltando não s6 5. CONCLUSOES E RECOMENDAÇOES
a verificação e validade de modelos e
técnicas como permitindo o evoluir his­ A auditoria e menfermagem é um pro ­
tórico de cada instrumento, modalidade cesso exigente. Requer dinamização cons­
assistencial e outros. tante de toda equipe de enfermagem,
Para que seja possivel implementar e atenção sempre voltada para o desem­
dar continuidade a um programa de au­ penho das ações de enfermagem, inte­
ditoria o Serviço de Enfermagem do gração na equipe, visando os interesses
Hospital deve trabalhar possibllltando convergidos num ponto focal. Este tem
mensuração, por conseguinte, apresen­ a propriedade de produzir abertura atra­
tando padrões determinados, acreditan­ vés dos Obj etivos que norteiam o desem­
do que a aqualidade assistencial será ob­ penho das ações profissionais em busca
tida desde que a equipe seja movida pelo da melhor qualidade no tendimento do
Objetivo proposto. Plano de cuidados, fer humano.
prescrição de enfermagem, passarão, as­ A auditoria em enfermagem como en­
sim, a fazer parte do dia-a-dia de cada tidade da administração do serviço de
enfermeiro. O planej amento da assistên­ enfermagem, constitui atualmente um
cia. ao paciente, a supervisão das ativi­ recurso técnico disponi vel àqueles pro­
dades do pessoal auxlllar, a preocupação fIssionais que almej am conquistar o de­
com a documentação de enfl:rmagem sempenho qualitativo aprimorado aos
forçarão o enfermeiro a assumir a sua seus clientes.
função específica e delegar determina­ Enquanto a tecnologia distancia os
das, funções, também importantes, mas homens, a enfermagem através dela, está
não neeessariamente exp.cutadas por ele, envidando esforços a realização de uma
como fazer pedidOS de material, atender ação essencialmente ht:mana - aproxi­
telefone, transcrever prescI �;õe5 médicas. mação do ser humano carente para iden-

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tificar suas necessidades e tentar su­ mentos para que estudem conjuntamen­
perá-las. te o serviço auditoral, seus requisitos bá­
Muitos conhecimentos imprescindíveis sicos e vantagens para criar condições a
são ainda necessários - como o estudo sua implementação no hospital.
de tempo e movimento, definição de or­
ganização e métodos, como também aná­ 3. Considerando que muitos hospitais
lise de sistema para que a auditoria de ainda se limitam ao simples atendimen­
enfermagem tenha pleno êxito. Na sua to ao paciente vendo-o apenas como um
ausência, porém, nada impede que haj a elemento comercial, olvidando-se que é
esforços visando as primeiras tentativas um ser humano e tem o direito de ser
no sentido de elaborar padrão de desem­ atendido como tal;
penho utilizando na mensuração e ava­
Recomenda-se que a administração
liação. Segundo WEBSTERS "os padrões
funcionam com regras para mensuração hospitalar reconsidere seus objetivos pri­

de qualidade, quantidade, extensão e mordiais e sua filosofia e decida, j unta­


valor". mente com o Serviço de Enfermagem,
A enfermagem, profissão liberal que reformular as metas que j ustificam a sua
ora busca consolidar seu "status" entre existência e finalidade.
as profissões técnico-científicas, é pos­
suidora de campo fértil para descober­ 4. Considerando que a auditoria deva
tas. Tem como obj etivo básico criar seus ser realizada por profissionais compe­
conceitos e teorias que garantam a sis­ tentes;
tematização específica. A auditoria em Recomenda-se que a Chefe do Serviço
enfermagem vem dar a sua contribuição
de Enfermagem estude e designe enfer­
ur.na vez que requer conhecimento pre­
meiros com capacidade de discernimento,
ciso; definições exatas, como também
atualizados e com senso crítico e de de­
proporcionar heuristicamente maior fa-'
cisão, para constituirem a comissão de
cUidade para pesquisa.
auditoria.
Assim, à guisa de contribuição são
apresentadas as seguintes recomenda­
çies : 5. Considerando que a enfermagem
científica só é possível onde há qualifi­

1. Considerando que para a ação au­ cação profissional e facilidades físicas


ditoral é necessário uma prévia estrutu­ adequadas; "-
ração administrativa do serviçO' de en­ Recomenda-se, que a Chefe do Serviço
fermagem; de Enfermagem tenha, em caráter per­
Recomenda-se que esforços devem ser manente a Comissão de Educação em
feitos no sentido de definir os obj etivos Serviço, com o obj etivo de dectar as ne­
da enfermagem, para que, se estabeleçam
cessidades de aprimoramento profissio­
os elementos estruturais possibilitando
nal dos elementos da equipe de enfer­
a implementação do processo de audi­
magem.
toria.

6. Considerando que a auditoria é um


2. Considerando a necessidade da in­
tervenção da administração hospitalar elemento administrativo, ainda recente

para a realização da auditoria em enfer­ e desconhecido no ambiente hospitalar ;


magem; Recomenda-se que se faça ur.na revisão
Recomenda-se que se estabeleça a in­ do currículo do Curso de Graduação
tegração necessária entre esses dois ele- para que o futuro profissional receba

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orientação necessária conduzindo-o à in­ Recomenda-se que haj a um esforço


tegração desta nóvel função específica mútuo dos docentes e dos enfermeiros
do enfermeiro, capacitando-o à sua plena assistenciais, estabelecendo unidade de
execução. ação que favorece o enriquecimento de
todos, despertando para um trabalho de
7. Considerando indispensável uma equipe, guiados pelo objetivo essencial -
integração entre ensino e o campo de prestar cuidados de enfermagem que se
aprendizagem; destaquem pelo nível de qualidade.

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