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VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Artigo 5º do E.C.A.: "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de


qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por
ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais."

VIOLENTO

1. A Relação Pais/Filhos.
As raízes do comportamento agressivo começam na infância e estão
alicerçadas na relação de afeto com as figuras materna e paterna.
Para a menina a mãe é a "figura de molde" o pai o "modelo teórico". Ela
procura ser "como" ou o "oposto" da mãe e procura alguém "igual" ou o "oposto"
do pai.
Para o menino o pai é a "figura de molde" a mãe o "modelo teórico.".
Ele procura ser "como" ou o "oposto" do pai e procura alguém "igual" ou o
"oposto" da mãe. Isto vai depender da relação afetiva entre pais e filhos.
O relacionamento afetivo entre pais e filhos é de extrema importância na
formação da personalidade da criança. Ele pode criar marcas altamente positivas,
como pode deixar registros negativos que influenciarão na formação do caráter.

2. Pais ausentes.
A falta da relação afetiva/corporal entre pais e filhos é o primeiro passo para o
estabelecimento de um comportamento agressivo. Pais distantes que tem pouco
ou nenhum contato afetuoso, facilitam o desenvolvimento, em seus filhos, de uma
relação de afastamento com a figura de "PODER", o que pode gerar em seus
filhos uma relação AMOR/ÓDIO muito forte.
Esta relação AMOR/ÓDIO é um dos principais "FATORES" da agressividade:
de forma que:
 O amor geralmente é dirigido a "OBJETOS", ou melhor, na "POSSE"
material, e o ódio à quem "TEM" (materialmente ou hierarquicamente).
 "TER" significa "PODER", onde o "SER" é secundário, já que "SOU" na
medida que "TENHO". Quanto mais "TENHO" mais "EXISTO".
Na maioria dos casos, estas crianças, por falhas em sua formação, tem
dificuldades em investir "DE SI" para "OBTER ou "ATINGIR" algum objetivo,
podendo deflagrar comportamentos "SOCIOPÁTICOS" na vida adolescente e/ou
adulta.
É uma porta para o uso de "DROGAS" (criar um mundo artificial), para os
comportamentos de "TIRAR DOS OUTROS AQUILO QUE DESEJA" (furtar,
roubar,etc.), para a necessidade do "USO DE ARMAS" (sentir-se mais forte, mais
poderoso, etc.).
 "Tiro do mundo aquilo que me foi negado!
"Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem que ser
lesado pois esta errado"!
 "Tudo que é contra ou interfere em meus desejos eu destruo."
3. Pais superprotetores.
Pais extremamente presentes que superprotegem e inibem a liberdade de
expressão dos filhos podem gerar a "IDÉIA" de que eles são "INATINGÍVEIS",
são o "CENTRO DO MUNDO". Este "EGOCENTRISMO" gera quase sempre um
comportamento agressivo contra as figuras hierarquicamente superiores, pois é
difícil seguir ou obedecer regulamentos.

 Eles "ME IMPEDEM OU DIFICULTAM" fazer "O QUE QUERO, DA FORMA


QUE QUERO, NA HORA QUE QUERO"!
 "Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem de ser
afastado pois está errado"!

4. Pais agressivos.
Pais que usam o bater como "FORMA PEDAGÓGICA" ou que agridem para
impor "RESPEITO", podem estar gerando uma repetição "AMPLIADA" deste
comportamento nos filhos:
 "Aquilo que quero, consigo sempre, nem que seja preciso usar da minha
força, da agressividade, ou de qualquer outra forma que consiga me impor"!
 "Tudo que é contrário a meus interesses ou minha ideologia tem de ser
destruído pois está errado"!

VIOLENTO

1. No período de socialização, nos primeiros anos da vida escolar, pode-se


identificar os casos acima, de forma muito clara, tais como crianças:
a. Extremamente "COMPORTADAS" podem só estar acumulando "ÓDIO" por
não conseguir vencer suas barreiras e se "EXPRESSAR";
b. Extremamente "DESCOMPORTADAS" podem já estar expressando suas
dificuldades de seguir ou obedecer "NORMAS";

c. com "DIFICULDADE" em aprender ou se concentrar podem já estar


expressando sua "REBELDIA";

d. que não conseguem "DIVIDIR OU COMPARTILHAR" brinquedos podem já


estar expressando sua necessidade de "POSSE";

e. com "DIFICULDADES" ou "AGRESSIVAS" na participação de brincadeiras


em grupo podem já estar expressando sua falta de aceitação às
"NORMAS".

2. No período da pré-adolescência ou adolescência, onde encontramos seres


humanos que:
a. procura "GRUPOS COM IDÉIAS" contrárias às normas,
procura para impor as suas;
b. procura "GANGS" com comportamento agressivo, para se sentir mais forte;
c. procura "GRUPO QUE USA DROGAS", porque não precisa dar nada de si
nem é exigido em nada;
d. procura usar "ARMAS", porque precisa ter "Poder";
e. usa o "CARRO" para correr e mostrar sua habilidade na velocidade,
o faz para estar "Além" das normas, usando-o como uma "EXPRESSÃO
DE PODER", desrespeitando normas como: "farol vermelho, faixa de
pedestres, estacionamento irregular, não admitindo que ninguém o
ultrapasse, querendo levar sempre vantagem". Está mostrando claramente
sua fragilidade emocional manifesta na agressividade e é um forte
candidato a "Ser um adulto Agressivo".

COMPORTAMENTOS?

 Procure ser mais afetuoso com seus filhos.


Não economize afeto nem contato corporal. A criança precisa ser
"alimentada afetivamente", para depois ter afeto para dar;
 Não use ameaças e/ou castigos corporais em excesso, pois a criança
pode se acostumar e achar que é uma forma correta de expressão.
 Não dê "ARMAS DE BRINQUEDO", pois a criança pode "gostar do
suposto poder" que a arma traz.;
 Não superproteja seus filhos. Permita que eles experimentem e
aprendam pelo próprio esforço (nem que eles falhem ou errem). Falhar é
bom para aprender a enfrentar desafios;
 Não estimulem a relação de posse. Incentivem a criança a dividir seus
brinquedos na brincadeira.
 Não isolem seus filhos. Incentivem a participação de atividades de grupo
pois faciltará na vida adulta o convívio social;
 PERMITA-SE admitir estar errado, quando falhar na presença de seus
filhos. Eles precisam de "PAIS HUMANOS" e saber que "ERRAR É
HUMANO";
 Não se mostre ONIPOTENTE na presença dos filhos.
Eles precisam de pais ao alcance deles não de ídolos distantes!
 Permita-se dizer "NÃO SEI" em vez de dizer "agora não tenho tempo ou
não posso ou pergunte para ...! Com certeza eles ficarão mais felizes por
ter um pai ao alcance de seu conhecimento, "um pai presente";
 Não desrepeite "NORMAS" na presença de seus filhos, pois eles vão
aprimorar os erros vistos nos pais. No trânsito faça um esforço, siga as
normas, principalmente na presença deles. Assim ainda chegaremos a
um trânsito mais educado e com menos acidentes;
 Participe mais da vida de seus filhos. Assim não correrá riscos de
surpresas pois as expectativas deles serão de seu conhecimento e terão
sua participação.

RÍSTICAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

É todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra


crianças e/ou adolescentes que - sendo capaz de causar dano físico, sexual
e/ou psicológico à vítima - implica, de um lado, numa transgressão do
poder/dever de proteção do adulto e, de outro, numa coisificação da infância,
isto é, numa negação do direito que crianças e adolescentes têm de ser
tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento "
(AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane - professoras do LACRI/USP -
Laboratório de Estudos da Criança da Universidade de São Paulo)

 ATO - dar palmadas, chineladas, cintadas...Enfim, praticar qualquer ato


contra a criança ou adolescente.
 OMISSÃO - é deixar de fazer alguma coisa. Exemplo: não dar comida para
criança, não dar banho, etc.
 PAIS - biológicos (de sangue), adotivos ou por afinidade (padrasto).
 PARENTES - irmãos, primos, avós, etc.
 RESPONSÁVEIS - tutor, etc.
 CRIANÇA- de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - lei
n.8069, de 13 de julho de 1990), no seu art.2o., criança é a pessoa com
até 12 anos incompletos.
 ADOLESCENTE - de acordo com o art.2o., ECA, adolescente é a pessoa
entre 12 e 18 anos de idade.

As modalidades da Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes são:


Negligência, Violência Psicológica, Violência Física e Violência Sexual .

1. NEGLIGÊNCIA: deixar de prestar os cuidados básicos, como: saúde,


educação, alimentação, higiene corporal, lazer, etc.
 Negligenciar na Saúde: não vacinar a criança/adolescente, não levá-la
ao posto de saúde quando está doente, deixar materiais perigosos ao
alcance das crianças/adolescentes (álcool, vidro, faca, etc.), deixar panelas
no fogo com o cabo virado para fora, ter animais domésticos que ofereçam
riscos (cão, gato, etc.).
 Negligenciar na Educação: não matricular a criança/adolescente na
escola, permitir que a criança/adolescente falte na escola para cuidar dos
irmãos ou trabalhar em casa, não participar das reuniões de pais e
professores, etc.
 Negligenciar na Alimentação: não alimentar a criança/adolescente
corretamente, dar comida estragada ou vencida, deixar de amamentar as
crianças, etc.
 Negligenciar na Higiene Corporal: não dar banho, permitir que ande
com roupas sujas, não escovar os dentes das crianças, não tratar de
piolhos, etc.
 Negligenciar no Lazer: não ter tempo para brincar com a criança, pois
toda a criança/adolescente necessita do carinho e do amor dos pais, não
deixar a criança brincar com outras crianças, com o pretexto de que eles
irão se sujar, não permitir que a criança brinque com os brinquedos novos,
com o pretexto de que eles irão quebrá-los, etc.

2. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: É a agressão dos pais ou responsáveis,


prejudicando o seu desenvolvimento emocional. É a modalidade mais
difícil de ser identificada, porém, muito comum nos chamados "lares"
brasileiros e mundial, relacionada, principalmente, com rejeição,
depreciação, discriminação, desrespeito e punições exageradas são
formas comuns desse tipo de agressão, que não deixa marcas visíveis,
mas marca por toda a vida .
 Comparar a criança/adolescente com irmãos ou amigos;
 Apontar constantemente defeitos físicos ou intelectuais;
 Trancar a criança/adolescente no quarto escuro;
 No caso de pais separados, culpar a criança ou o adolescente pelos
problemas matrimoniais ou financeiros;
 Dar liberdade em excesso, pois a criança não tem maturidade e
necessita de limites.

3. VIOLÊNCIA FÍSICA: É a agressão física dos pais/parentes/responsáveis


com as crianças, podendo ou não causar lesões ou ferimentos no corpo,
ou seja, é o uso da força ou atos de omissão praticados pelos pais ou
responsáveis, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não
marcas evidentes.murros e tapas, agressões com diversos objetos e
São comuns
queimaduras causadas por objetos ou líquidos quentes, bater com
chinelos; dar palmadas; chacoalhar a criança para parar de chorar - tipo de
lesão interna; bater com objetos cortantes ou não; amarrar ao pé da mesa;
colocar pimenta na boca da criança por falar palavrão ou mentir.

4. VIOLÊNCIA SEXUAL: É todo ato, jogo ou relação sexual destinado


ao prazer sexual praticado entre um adulto com criança ou adolescente.
Pode acontecer com ou sem força física, nas modalidades homo ou
heterossexual, onde a finalidade única é o prazer sexual dos adultos.
Abuso de poder no qual a criança ou adolescente é usado para
gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas
sexuais com ou sem violência física
O abuso sexual intrafamiliar é a forma como se apresenta mais
freqüentemente. Ocorre em todos os países e em todas as classes sociais. Em
sua maioria, é praticado por alguém que a criança conhece, confia e ama. Assim,
o maior índice de abusadores é representado pelo pai, o padrasto, tio, avô, ou
alguém íntimo da família.
As crianças que mais sofrem abuso sexual são as do sexo feminino, mas
os meninos também são freqüentemente abusados. O abuso pode ocorrer
durante anos, só cessando quando, as vezes já adulta, a vítima tem condições de
se livrar daquela relação patológica, uma vez que o abusador age "sem
violência", seduzindo e ameaçando a criança de forma velada.
A mãe freqüentemente sabe - ou pressente - o que ocorre, mas não faz
nada para proteger seus filhos por medo ou, por não acreditar que aquilo possa
ocorrer. A criança freqüentemente tenta falar com a mãe, mas não encontra nela
atitude de acolhida. Por isso, essa mãe torna-se cúmplice do abuse, já que
negligenciando a proteção da criança, torna-se uma "abusadora passiva".
É comum, equivocadamente a família buscar tratamento psicológico para a
criança, uma vez que, em razão do que ocorre, apresenta distúrbios de
comportamento, como manifestações de erotização precoce, introversão,
depressão, ansiedade, mau aproveitamento escolar. A criança vítima sofre
profundamente com medo, culpa e remorso, porque quem pratica o abuso é uma
pessoa que ela ama. Nào pode entender o que está acontecendo.
Quanto ao abusador, este é um pedófilo. A pedofilia é uma psicopatologia,
um desvio da sexualidade, de caráter compulsivo e obsessivo, em que adultos
têm atração sexual por crianças e adolescentes.
Dificilmente o abuso sexual é descoberto por pessoas alheias à família. É
um ato protegido por um verdadeiro muro de silêncio, que "resguarda" a família,
mas que impede a proteção da criança. Descoberta a situação, é importante
lembrar que o pedófilo é um doente que deve ser tratado, além de afastado da
sociedade.
Para combater o abuso sexual intrafamiliar é necessário, antes de tudo,
aceitar que ele é freqüente e pode ocorrer em todas as famílias; é necessário que
a criança aprenda a conhecer seu próprio corpo desde pequena e, mais que tudo,
é preciso que as mães acreditem em seus filhos e filhas, mesmo que lhes pareça
absurdo o que estão contando.
No que diz respeito ao abuso sexual extra-familiar, é a exploração sexual
comercial de crianças e adolescentes a forma mais comum. Neste caso, além da
criança-vítima e do pedófilo, encontra-se outro ator, o aliciador. Este é um
criminoso, que lucra com a venda do sexo de crianças e adolescentes.
O uso sexual comercial de crianças e adolescentes ocorre em todo mundo.
Em muitos países há certa aceitação cultural quanto a esta prática. No Brasil,
apesar de encontrar-se essa aceitação cultural em algumas regiões, a sua prática
constitui-se crime. Por isso, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos do
Ministério da Justiça, através do Departamento da Criança e do Adolescente, vem
combatendo eficazmente a exploração sexual infanto-juvenil. Há 3 anos, em
parceira com a ABRAPIA e outras ONGs em todo o país, vem trabalhando a fim
de consolidar o SISTEMA NACIONAL DE COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL
INFANTO-JUVENIL, empenhando esforços para a estruturação de uma Rede
Nacional de repressão a este crime.
A região Sudeste - Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito
Santo - é responsável por mais de 50% das denúncias. Estas após serem
registradas são repassadas para entidades (Unidades de Referência) de todo
país. Lamentavelmente, mutias vezes o denunciante alerta para o envolvimento
de policiais e autoridades locais no crime. Essa é uma das razões pelas quais
poucos resultados concretos são obtidos.
Assim, o Sistema Nacional tem sido incansável em seu trabalho com o
intuito de sensibilizar e mobilizar a mídia e a população em geral para o tema,
além de se voltar para a capacitação de profissionais e para o monitoramento das
denúncias para, com isso, alcançar a proteção das crianças e a punição dos
criminosos.
Diversos estados vêm desenvolvendo esforços nessa mesma direção.
Bem definidos os respectivos papéis, todos os parceiros irão, sem dúvida,
consolidar e fortalecer definitivamente a Rede Nacional, para trazer à população
os resultados concretos tão esperados.

TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

Sem contato físico


 cantadas
 voyerismo
Com contato físico
 beijos em diversas partes do corpo, com caráter sensual/sexual
 toque na região genital ou nas diversas áreas sensuais (ex.: seios,
coxas, etc.)
 penetração de objetos ou dedos no ânus ou na vagina
 carícias com conotação sexual
 masturbação na criança/adolescente ou no adulto
 relação sexual propriamente dita (penetração oral, anal ou vaginal)
NOTA: Todas as crianças, os adolescentes ou os adultos precisam de
CARINHO. O carinho é saudável, necessário para o desenvolvimento de todo
o ser humano. A CARÍCIA NUNCA pode ser usada em uma criança ou
adolescente, pois possui um caráter sensual/sexual, necessário para uma vida
saudável entre ADULTOS, e somente entre eles.

Como identificar o fenômeno da Violência Doméstica

Os sinais que as crianças e os adolescentes dão, ao sofrerem violência


doméstica, são inúmeros, e tais sinais são um PEDIDO DE SOCORRO, antes
que seja tarde demais...
 ANSIEDADE
 CHOROS CONSTANTES
 MEDO
 PESADELOS NOTURNOS
 TENTATIVAS DE SUICÍDIO
 MARCAS DE VIOLÊNCIA NO CORPO
 CONHECIMENTOS PRECOCES SOBRE SEXO
 ATAQUE DE PÂNICO
 SILÊNCIO
 BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR
 REJEIÇÃO
 SENTIMENTO DE INFERIORIDADE
 FUGA

DOMÉSTICA
 1988 - 100 CRIANÇAS MORREM POR DIA, VÍTIMAS DE MALTRATOS
 1985 - MENINAS VITIMIZADAS SEXUALMENTE - 20% (6
MILHÕES/ANO)
 MENINOS VITIMIZADOS SEXUALMENTE - 10% (3,1 MILHÕES/ANO)
 MENINAS VITIMIZADAS POR PARENTES - 9% (540 MIL/ANO)
 MENINAS VITIMIZADAS EM INCESTO PAI-FILHA - 5% (300 MIL/ANO)
 MENINAS VITIMIZADAS EM INCESTO PAI-FILHA QUE TENTARAM
SUICÍDIO - 38% (114 MIL /ANO)
Fonte: VII Telelacri/IP/USP

CARACTERÍ
ARACTERÍSTICAS DA FAMÍ
AMÍLIA ABUSIVA
Infelizmente, a problemática da Violência Doméstica contra a Criança e
Adolescente é um círculo vicioso. Os pais ou mães abusados têm uma grande
probabilidade de serem pais ou mães agressores.

 Pais alcóolatras + usuários de drogas


 Dificuldades financeiras + desemprego

 Instabilidade Emocional

 Casamento Precoce ou vários casamentos

 Pais adolescentes

 Pais postiços (com ausência de adoção legal)

 Laços sociais extremamente precários

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE

Todos os profissionais - sejam da área da saúde, da educação, do serviço


social, etc., deverão DENUNCIAR as Violências Domésticas contra Crianças e
Adolescentes por determinação legal do ECA - Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Imprescindível que se quebre as barreiras do dito "Lar". Não raro, ouvimos
as brigas de nossos vizinhos e não interferimos, porque “Em briga de marido e
mulher, ninguém mete a colher”. Quantas vezes, como professores, percebemos
que a criança ou o adolescente apanhou em casa e ainda mostra as marcas
estampadas em seu corpo e não tomamos nenhuma atitude para denunciar os
agressores.
A sociedade não pode mais se calar, porque milhares de crianças morrem
por ano no mundo, sem que NINGUÉM tenha denunciado os seus agressores.
Vivemos em um mundo onde o respeito às crianças é minimo, senão
inexistente em alguns países, tornando as crianças como coisas de sua
propriedade, onde por ano nascem 90 milhões de crianças, e são feitos 60
milhões de abortos provocados.
Abaixo, encontra-se um quadro demonstrativo de algumas das
responsabilidades dos profissionais, ditados pelo ECA e pelo Código Penal:
art.13: Os casos de suspeita ou
confirmação de maus-tratos contra
criança ou adolescente serão PUNIÇÃO: art. 245: Deixar o médico, o
obrigatoriamente comunicados ao professor ou responsável por
Conselho Tutelar da respectiva localidade, estabelecimento de atenção à saúde e
sem prejuízo de outras providências de ensino fundamental, pré-escola ou
legais. creche, de comunicar à autoridade
competente os casos de que tenha
Anualmente, 150 mil crianças são conhecimento, envolvendo suspeita ou
espancadas ou agredidas sexualmente confirmação de maus-tratos contra
criança ou adolescente: Pena - multa
em seu lar, morrendo, em consequência, de três a vinte salários-de-referência,
duas mil, entre 0 e 3 anos. aplicando-se o dobro no caso de
reincidência.

art.53: A criança e o adolescente têm


direito à educação, visando ao pleno II - O direito de ser respeitado por
desenvolvimento de sua pessoa, preparo seus educadores
para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-lhes:

A violência doméstica é um problema que atinge milhares de crianças,


adolescentes e mulheres. É um problema que não costuma obedecer algum nível
sócio-cultural específico, como se pode pensar.
Sua importância é relevante sob dois aspectos: primeiro, devido ao
sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas, em
segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo a
Negligência Precoce e o Abuso Sexual, pode impedir um bom desenvolvimento
físico e mental da vítima.
Afinal, se a criança e o adolescente não conseguem encontrar segurança e
estabilidade em suas próprias casas, que visão levarão para o mundo lá fora?
Os conflitos nas crianças podem resultar da disparidade entre o que diria a
mãe, sobre ter medo de estranhos, e a violência sofrida dentro de casa, cometida
por pessoas que a criança conhece muito bem.
Além disso a violência doméstica pode ainda perpetuar um modelo de
reação agressiva e violenta nas crianças que estão com a personalidade em
formação.
A violência doméstica é considerada um dos fatores que mais estimula
crianças e adolescentes a viver nas ruas. Em muitas pesquisas feitas, as crianças
de rua referem-se a maus-tratos corporais, castigos físicos, violência sexual e
conflitos domésticos como motivo para sair de casa.
A violência doméstica é a terra fértil para a germinação da violência que,
normalmente, já encontramos nas ruas. Imaginamos, por acomodação e/ou
inconsciência, que a violência está apenas em lugares longínquos, e a sua
solução depende de órgãos políticos ou outras pessoas, que não sejam nós
mesmos.
Entretanto, a violência é construída, silenciosamente e com a conivência
da sociedade, em lugares muito próximos de nós, muitas vezes em nossas
próprias casas ou nossas famílias ou vizinhos. Porque o senso de propriedade
prevalece sobre o senso de humanidade.
Para construirmos um mundo melhor, necessário se faz quebrar o silêncio,
fugir da omissão e apoiar e proteger as nossas crianças. Quando conclamamos
pela paz , uma ação imprescindível é a relacionada com o reforço e garantia da
PAZ E A NÃO VIOLÊNCIA em nossos lares e da nossa comunidade. Porque melhor
do que um excelente discurso é o exemplo próprio.

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