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) PIERRE (SAPOTACEAE) NO
Ana Vilela
Aos familiares e amigos que me acompanharam.
Dedico
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus, ele que é meu refúgio e minha fortaleza, por mais uma promessa que se
cumpre em minha vida.
À UFES e ao PPGBT juntamente com o corpo docente, pelas informações adquiridas, pela
infraestrutura e pela disponibilização de transporte para coletas.
Aos meu pais Aldair e Silene, que são meus amores, a base de tudo, me amam e torcem por
mim. Obrigada mãe pelas infinitas orações. Amo vocês! Aos amigos Romildo (padrasto) e
Lenilda (boadrasta), pela confiança e consideração.
À minha irmã (mana) Luana e aos meus inúmeros primos e primas pelos momentos de
distração, pelas visitas, pelo apoio de sempre e pelo amor incondicional que temos.
Aos meus tios e tias que são verdadeiros anjos, que me socorrem, que me apoiam e que
―super‖ torcem por mim. Obrigadaaa!!!
Aos meus avós, em especial minha avó Penha, meu amor, aquela que ora sempre por mim,
que me apoia e me compreende. Te amo!
Aos meus amigos de Ecoporanga, Vila Velha, São Mateus, obrigada pelos ótimos momentos
de distração, risadas, companheirismo, incentivo e por aguentarem meus desabafos nos
momentos de desespero, obrigada Lorena, Priscila e André pela companhia noturna no Lab.
Ao Profº. Dr. Anderson, meu orientador, por esses quase cinco anos de orientação, por ter
acreditado e confiado na minha capacidadeem me formar mestre, pelos inúmeros
ensinamentos, conselhos, paciência e persistência. Obrigada por ter dado o seu melhor para
proporcionar um ambiente com ótimas condições de trabalho que o hoje é o SGV. A você
Anderson, toda minha admiração e respeito.
À toda equipe do Laboratório SGV que estiveram comigo durante esses dois anos, e também
aos que acompanharam por apenas um período, obrigada a todos!! O SGV me trouxe amigos
que irei levar comigo pra sempre e tenho muito orgulho de ter sido parte dessa equipe. Meus
dias no laboratório, campos, visitas a herbários e congressos foram muuuito melhores com
vocês, muito obrigada Ana Paula, Anderson, Bianca, Brenno, Jaquelini, Joelcio, Lucas,
Marianna, Quélita, Renara, Samara, Túlio e Victor.
Aos colegas do LAMIV, pela maravilhosa recepção (Isso é Baheeea), pelos ensinamentos
sobre palinologia, e pelos passeios (amei tudo!) em especial ao professorDr. Francisco de
Assis R. dos Santos por ter me recebido em seu Laboratório. Foi uma experiência
inexplicável.
ÀProfª. Dr. Glória Viegas Aquije, ao Dr. Jairo Oliveira e a Msc. Raiana pelo apoio e parceria
na realização das micrografias ao MEV.
Aos curadores dos herbários visitados, e aos não visitados, pelos empréstimos realizado.
Aos amigos do Pensionato Flor de Liz que me receberam com tanto carinho, obrigada tia Rita
pela receptividade, pelos conselhos e por todo o amor.
E a todos que de alguma maneira contribuíram com a realização deste trabalho, e não foram
aqui citados por falha na memória, meu muuuito obrigada!
SUMÁRIO
Introdução Geral
Capítulo I
Lectotypifications inMicropholis(Sapotaceae)
Figure 1. Type-material of Chrysophyllum pomiforme Bertero ex Sprengel.A. Lectotype. B.
Isolectotype.
Capítulo II
gardneriana d. Vista equatorial (óptico); e. Vista polar (óptico); f. Vista equatorial (MEV); g.
Vista equatorial, detalhe da abertura.
Figura 7- a-g.Grãos de pólen deMicropholis (Griseb.) Pierre. a-d. M. guyanensis. a. Vista
equatorial (óptico); b. Vista polar (óptico); c. Vista equatorial (MEV); d. Vista equatorial,
detalhe da abertura (MEV); e-g. M. venulosa; e. Vista equatorial (óptico); f. Vista equatorial
Apêndice I
Um inesperadoSideroxylon (Sapotaceae) para o leste da América do Sul.
Tabela 1. Caracteres da nova espécie de Sideroxylon e dos táxons morfologicamente
similares.
Figura 1.Sideroxylon micropholoides. A. Hábito. B. Folha. C. Detalhe da face adaxial. D.
Detalhe das nervuras coletora e marginal. E. Detalhe da nervura central na face abaxial. F.
Detalhe do pecíolo. G. Botões florais. H. Flor. I. Cálice. J. Sépala na face externa. K. Sépala
na face interna. L. Flor aberta. M. Corola. N. Pétala na face interna. O. Pétala na face externa.
P. Estame. Q. Estame. R. Ovário. S. Detalhe do ovário. T. Semente. U. Fruto. V. Tricoma.
Figura 2. Mapa de distribuição de Sideroxylon micropholoidesW. O. Souza & A. Alves-
Araújo.
Figura 3. a-e. Sideroxylon micropholoides. a. Ramo. b. Folha. c. Lenticelas. d. Detalhe do
ramo. e. Inflorescência.
Figura 4. a-e. Grãos de pólen de Sideroxylon micropholoides. a. Vista equatorial(óptico). b.
Vista polar (óptico). c-d. Vista equatorial (MEV). e. Detalhe da superfície (MEV).
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO III
APRESENTAÇÃO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO GERAL
MATA ATLÂNTICA
O Brasil está entre os países com maior diversidade de espécies do mundo, e em
seu território, elas estão
distribuídas em seis biomas
e três grandes ecossistemas
marinhos (MMA, 2016).
Dentre eles, destaca-se a
Mata Atlântica, a formação
florestal mais antiga do
Brasil, estabelecida há cerca
de pelo menos 70 Ma
(LEITÃO-FILHO, 1987).
Na época do descobrimento
do Brasil, a Mata Atlântica
ocupava uma área
equivalente a 1.315.460 km2
e hoje, devido ao
desmatamento sucessivo,
agricultura e agropecuária,
SAPOTACEAE JUSS.
Dentre as famílias com representantes arbóreos ocorrentes na Mata Atlântica,
destaca-seSapotaceae, que embora no Brasil a grande maioria das espécies seja registrada para
a Floresta Amazônica(174 espécies), outros biomas, como a Mata Atlântica detém um número
elevado de táxons (81 espécies) (CARNEIRO et al.,2016).
Sapotaceae é uma família pantropical, pertence à Ordem Ericales, juntamente com
outras 21 famílias, dentre elas: Ebenaceae, Ericaceae, Lecythidaceae, Marcgraviaceae e
Primulaceae (APG IV, 2016). É constituída por 53 gêneros e aproximadamente 1.100 espécies
distribuídas principalmente em florestas úmidas, mas alguns gêneros, como ArganiaRoem. &
Schult. e SideroxylonL., se estendem para regiões semi-áridas e áridas
(PENNINGTON,2004). Nos Neotrópicos ocorrem aproximadamente 450 espécies com maior
predominância em florestas úmidas de baixas altitudes, embora alguns gêneros sejam bem
representados nas Savanas de altitude das Guianas (Ecclinusa Mart.) e em zonas semi-áridas
da América Central e Antilhas (Sideroxylon) (PENNINGTON, 1990).No Brasil a família é
representada por 232 espécies e 12 gêneros distribuídas entre os estados brasileiros (BFG,
2015).
Histórico
Linnaeus (1753 apudPENNINGTON,1990; 1991) reconheceu quatro gêneros
atualmente aceitos em Sapotaceae na primeira edição de Species Plantarum, iniciando a
história nomenclatural para a família. No entanto, Antoine Laurent Jussieu (1789
apudPENNINGTON,1991) foi o autor que primeiro reconheceu Sapotaceae como um grupo
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO -8-
Morfologia
Os representantes de Sapotaceae são lenhosos, apresentam porte arbóreo ou
arbustivo, com tronco bem definido, porém os arbustos podem também ser densos e multi-
ramificados, comumente com espinhos derivados de brotos axilares modificados, como é o
caso da maioria das espécies do gênero Sideroxylon L. Um terceiro hábito, o subterrâneo
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO -9-
Sideroxyleae
Sapoteae (3 tribos)
Pleurotraumae Mimusopoideae (2 tribos) Mimusopoideae (2 tribos) Mimusopoideae (2 tribos) Mimusopeae Sapotoideae
Eusapoteae (3 tribos)
Madhucoideae (2 tribos) Madhucoideae (2 tribos) Madhucoideae (2 tribos) Isonandreae
Croixioideae (2 tribos)
Sarcospermatoideae
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 12 -
Importância Ecológico-Econômica
Apesar de não ter um valor ornamental por possuir flores pequenas e pouco
vistosas,as espécies de Sapotaceae têm sido utilizada pelo homem há muitos anos. São
economicamente importantes na indústria madeireira, por sua madeira pesada, resistente a
ataques de insetos e fungos, durável e de alta qualidade, como a Maçaranduba (Manilkara
spp.), Curupixá e Abiurana-rosadinha (Micropholis spp.) (PENNINGTON, 1991; 2004;
SOUZA; LORENZI,2012).
A família também apresenta frutos comestíveiscomo o Abiu [Pouteria caimito
(Ruiz & Pav.) Radlk.], Abricó-de-praia (Mimusops sp.), a Maçaranduba [Manilkara
salzmannii (A. DC.) H. J. Lam], e o Sapoti [Manilkara zapota (L.) P. Royen].E, por possuir
endocarpo apresentando polpa com sabor adocicado, atrai uma grande variedade de
dispersores como morcegos, aves e até roedores (PENNINGTON, 1990; 1991; 2004;
ALMEIDA JR. et al., 2010).
Além disso, representantes de Sapotaceae fornecem outros produtos
economicamente importantes, como é caso da balata, da guta percha e da goma de mascar
(chiclete), que são derivados do látex do tronco de espécies de Ecclinusa, Manilkara e
Palaquium (PENNINGTON, 1990; 1991; 2004). Ainda que se tenha pouca informação sobre
a polinização do grupo, é relatado a visita por morcegos, borboletas e abelhas
(PENNINGTON,1990; TERRA-ARAÚJO et al., 2012).
Morfologia
O gênero é caracterizado por possuir
representantes arbóreos ou arbustivos, ausência de
estípulas, folhas alternas, dísticas ou espiraladas,
venação broquidódroma com nervura submarginal ou
craspedódroma, nervuras secundárias estreitamente
paralelas, muitas vezes não diferenciadas das nervuras
terciárias, e folhas geralmente com aparência estriada.
Fonte: Tropicos. Disponível em: As
http://www.tropicos.org/NamePage.aspx?nameid=42000150&tab=maps
flor
es apresentam cálice dialissépalo (sépalas 4-5
imbricadas ou quincunciais), corola campanulada,
o tubo quase sempre excedendo os lobos raramente
igualando-os, lobos da corola 4-5, ereto a reflexo,
inteiros. Os estames são inclusos ou exsertos e os
estaminódios encontram-se alternados com os
estames. O ovário é 4-5-locular com placentação axial. Os frutos são bacídios, com uma única
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 14 -
Histórico
A primeira descrição para o grupo foi realizada em 1864 [1861] por Grisebach,
quando Micropholis ainda era uma seção do gênero Sapota Mill. (1754: 3)—Sapota sect.
MicropholisGrisebach (1864 [1861]: 399).Posteriormente, Pierre em 1891, realizou a
transferência da seção Sapota sect. Micropholispara o gênero Micropholis, agrupando várias
espécies pantropicais que antes pertenciam ao gênero Sideroxylon L. O autor forneceu uma
descrição genérica completa e, a partir daí, várias alterações foram realizadas no gênero.
Certo da complexidade morfológica ainda encontrada, possivelmente devido à
heterogeneidade de caracteres utilizados por diferentes autores, o gênero foi posteriormente
adotado por Dubard (1912, 1915) como integrante da subtribo Sideroxylinées, grupo
Sideroxylées, subgrupo Lucumées. Já em 1939, Lam introduziu o gênero na subfamília
Sideroxyloideae, tribo Pouterieae e subtribo Pouteriinae, e em seguida Aubréville (1964) o
transferiu para a tribo Planchonelleae.
Mais recentemente em 1990, Pennington apresentou o tratamento taxonômico
para as espécies da família Sapotaceae nativas da região neotropical e incluiu Micropholis na
tribo Chrysophylleae (PENNINGTON, 1991). O autor promoveu a divisão do gênero em duas
seções:Micropholis(Grisebach) Pierre sect. Micropholis e Micropholis sect.
ExsertistamenPennington (1990: 217). As últimas atualizações ocorreram a partir de análises
combinadas (caracteres morfológicos e moleculares) realizadas por Swenson e Anderberg
(2005) e Swenson et al. (2008). Estes, incluíram o gênero na subfamília Chrysophylloideaee,
apesar de apresentar moderado índice de suporte (74%), consideram o monofiletismo para o
gênero uma realidade. Os autores ainda afirmam a fragilidade da informação das relações de
Micropholis com outros gêneros da subfamília Chrysophylloideae.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 15 -
Trabalhos publicados
Estudos envolvendo representantes do gênero Micropholis são escassos, e
encontrados em trabalhos com diferentes abordagens, como anatomia (SILVA, 2004;
COSTA,2006), molecular (SWENSON; ANDERBERG,2005; SWENSON et al.,
2008;VIVAS et al., 2014), palinologia (HARLEY,1986; 1990; 1991), biologia floral
(TERRA-ARAÚJO et al., 2012) e fisiologia (CRUZ; CARVALHO,2003).
Como exemplo de tratamento taxonômico abrangente em Micropholis, tem-se a
Flora Neotrópica para a família Sapotaceae (PENNINGTON, 1990),que é uma obra com alta
relevância para a taxonomia do grupo. Nesta, o autor realizou o tratamento taxonômico das 38
espécies classificadas até aquele momento comoMicropholis.No entanto, a obra apresenta
lacunas nas informações morfológicas do grupo e caracteres inconsistentes, apontando a
necessidade de mais estudos.
No Brasil, floras regionais e locais são importantes fontes de informação
taxonômica para Micropholis, a saber: Flora da Reserva Ducke – Amazonas
(PENNINGTON,2006), Flora de Grão Mogol – Minas Gerais (SKORUPA,2006), Flora da
Serra do Cipó – Minas Gerais(BRUNIERA; GROPPO,2008) Flora da Usina São José –
Pernambuco (ALVES-ARAÚJO; ALVES,2010)Flora de Sergipe (ALVES-ARAÚJO,2015) e
Flora do Litoral Paraense – Pará (VALENTE et al., 2013).E para o Espírito Santo tem-se o
estudo realizado por Fabris & Peixoto (2013), com as Sapotaceae das restingas do Espírito
Santo.
Diante das informações acima apresentadas, dificuldades de interpretação e
compreensão dos caracteres morfológicos, o presente estudo teve como objetivo apontar as
características morfológicas mais confiáveis, evidentes e de fácil visualização nas diversas
espécies do gênero que ocorrem no Espírito Santo. Dessa forma, são aqui apresentadas chaves
de identificação, descrições, ilustrações, imagens e contribuições nomenclaturais.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA JR., E.B.; LIMA, L.F.; LIMA, P. B.; ZICKEL, C. S. Descrição morfológica de
frutos e sementes de Manilkara Salzmannii (Sapotaceae). Floresta, Curitiba, v. 40, p.
535-540,2010.
ALVES-ARAÚJO, A.; ALVES, M. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco:
Sapotaceae. Rodriguésia, v. 61, p. 303-318, 2010.
ALVES-ARAÚJO, A. Taxonomia e Filogenia de Pouteria Aubl. (Sapotaceae) na Mata
Atlântica setentrional.Recife. Originalmente apresentada como tese de doutorado,
Universidade Federal de Pernambuco, 2012.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 16 -
PENNINGTON, T.D. The genera of Sapotaceae. Kew:Royal Botanical Garden, 1991. 295p.
PENNINGTON, T. D. Sapotaceae (Sapodilla family). In:SMITH, N.; MORI, S.A.;
HENDERSON, A.; STEVENSON, D.W.; HEALD, S.V. (Orgs).Flowering plants of the
Neotropics.New Jersey: The New York Botanical Garden, 2004. p. 342-344.
PENNINGTON, T. D. Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil: Sapotaceae. Rodriguésia,
v. 57, p. 251-366, 2006.
PIERRE, J.B.L. Notes Botaniques: Sapotacées. Paris:Paul Klincksieck, 1891.
RADLKOLFER, L. In Durand, Index Generum Phanerogamarum.1888.
SILVA, S.S. Contribuição ao Estudo Morfo-Anatômico de Espécies de Micropholis
(Griseb.) Pierre (Sapotaceae. Juss.) no Estado do Pará.Belém. Originalmente
apresentada como dissertação de mestrado,Universidade Federal Rural da Amazônia,
2004.
SKORUPA, L.A. Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais: Sapotaceae. Boletim de Botânica da
Universidade de São Paulo,v. 24, p. 87-90,2006.
SOS MATA ATLÂNTICA. Fundação SOS Mata Atlântica. Relatório Anual 2015.
Disponível em:<https://www.sosma.org.br/wp-
content/uploads/2016/08/RASOSMA2015-Web.pdf>. Acesso em: 14 out. 2016.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das
famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3ª. Ed.
Nova Odessa: Plantarum, 2012.768p.
SWENSON, U.;ANDERBERG, A.A. Phylogeny, character evolution, and classification of
Sapotaceae (Ericales). Cladistics,v. 21, p. 101-130, 2005.
SWENSON, U.; RICHARDSON, J. E.; BARTISH, I.V. Multi-gene phylogeny of the
pantropical subfamily Chrysophylloideae (Sapotaceae): evidence of generic polyphyly
and extensive morphological homoplasy. Cladistics,v. 24, p. 1006-1031,2008.
TERRA-ARAÚJO, M. H.; FARIA, A. D.; RIBEIRO, J. E. L. S.; SWENSON, U. Flower
biology and subspecies concepts in Micropholis guyanensis (Sapotaceae): evidence of
ephemeral flowers in the family. Australian Systematic Botany,v. 25, p. 295-303, 2012.
VALENTE, D. M.; SOUSA, J. S.; BASTOS, M.N.C. Estudo Taxonômico de Sapotaceae
Juss. do litoral Paraense. Acta Amazonica, v. 43, p. 161-168, 2013.
VIVAS, C. V.; MORAES, R. C. S.; ALVES-ARAÚJO, A; ALVES, M.; MARIANO-NETO,
E.; BERG, C. V. D.; GAIOTTO, F. A. DNA barcoding in Atlantic Forest plants: What is
the best marker for Sapotaceae species identification? Genetics and Molecular
Biology,v. 37, p. 662-670, 2014.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 18 -
CAPÍTULO I
Lectotypifications inMicropholis(Sapotaceae)
Lectotypifications inMicropholis(Sapotaceae)
1
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical. Laboratório de Sistemática e
Genética Vegetal, Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, Centro Universitário
Norte do Espírito Santo-CEUNES, Universidade Federal do Espírito Santo-UFES, Rodovia
BR 101 Norte, Km. 60, Bairro Litorâneo, São Mateus, ES, Brasil. CEP 29932–540.
weniaoliveirasouza@gmail.com.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 20 -
Introduction
Micropholis currently has 38 species which occur exclusively in the Neotropics,
mainly on the lowland wet forests. The genus is represented by tree, treelets or (rare) shrubs
and can be easily recognized for sharing leaf secondary parallel veins, very near each other,
which can be indistinguishable from the tertiaries ones, associated to the presence of
staminodes (Pennington 1990).
Grisebach, in 1864 [1861], was the first researcher who recognized Micropholis as a
taxonomic group but under Sapota Mill. (1754: 3)—Sapota sect. MicropholisGrisebach (1864
[1861]: 399)—with type collection based on samples of Sapota rugosa (Swartz 1788: 49)
Grisebach (1864 [1861]: 399).
After Pierre’s taxonomic treatment, in 1891, the section was considered as genus
Micropholis (Grisebach) Pierre (1891: 37),and since then it remains. Historically, the genus
has been taken into different higher taxonomic levels through the last hundred years
depending on the author. Dubard (1912, 1915) treated Micropholis as part of the subtribe
Sideroxylinées—Group Sideroxylées. Lam (1939) considered it as tribe Pouterieae—
Subfamily Sideroxyloideae. Aubréville (1964) proposed Micropholis as a member of the tribe
Planchonelleae.
Almost 30 years later, Pennington (1991) did recognize five tribes (Mimusopeae,
Isonandreae, Sideroxyleae, Chrysophylleae, and Omphalocarpeae) and transferred
Micropholis to Chrysophylleae. The most recent and accepted classification for the family
subdivides it into three subfamilies: Sarcospermatoideae, Sapotoideae, and Chrysophylloideae
(Swenson & Anderberg 2005). Authors' proposition was based on morphological and
molecular characters and includes Micropholis in the latter.
Was realized that lectotypification of nine names according to the International Code
of Nomenclature for algae, fungi, and plants (McNeill et al. 2012) was actually needed.
Therefore, this work updates available information and indicates type-materials for
those names currently under Micropholisunresolved in Flora Neotropica.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 21 -
Lectotypifications
=Sideroxylon ulei Krause, Verh. Bot. Vereins Prov. Brandenburg 50: 95–96. 1909. Lectotype
(designated here):—BRAZIL. Amazonas: Rio Juruá, September 1900, E. Ule 5162a
[5162] [holotype B (destroyed); lectotype K! (K000641477); isolectotypes GOET, G!,
CORD, RB, F, IAN].
Holotype of Sideroxylon ulei Krause (1909: 95) was destroyed (B Herbarium). After
searching the samples collected by E. Ule, voucher at K (K000641477) is chosen here as
lectotype.
Micropholis guyanensis (A.DC.) Pierre subsp. guyanensis, Not. Bot. 2: 40. 1891.
=Chrysophyllum melinonii [melinoni] Engler, Bot. Jahrb. Syst. 12: 521. 1890. Lectotype
(designated here):—FRENCH GUIANA. 1863, M. Melinon s.n. [lectotype P!
(P00649229); isolectotypes P! (P00649230, P00649231, P00649232), F!, MPU, B
(destroyed)].
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 22 -
=Sideroxylon cyrtobotryum Martius ex Miquel, Fl. bras.7: 57. 1863. Lectotype (designated
here):—BRAZIL. Amazonas: Rio Negro, May 1851, R. Spruce 1530 [lectotype K!
(K000641471); isolectotypesK! (K000641472), GOET!, RB!, P! (P00649225,
P00649226), GH!, BR!, BM, G!, E!, F!, NY!, W!].
Protologue has no information about where type-collection was deposited. So, once K
herbarium keeps the main Richard Spruce's collection from America and the chosen voucher
housed at K shows good conditions(K000641471), that one is herein designated as lectotype.
Micropholis humboldtiana (Roemer & Schultes) Pennington, Fl. Neotrop. 52: 212–214.
=Sideroxylon spruceanum Martius & Miquel, Fl. Bras. 7: 53. 1863. 1990. Lectotype
(designated here):—BRAZIL. Amazonas: Rio Negro, November 1851, R. Spruce
1917 [lectotype K! (K000641495); isolectotypes K! (K000641496), GH!, BR!, E!, G!,
RB! (RB00544086, RB00560371), BM, F!, NY!, P! (P00649242, P00649243), OXF,
W!].
Martius & Miquel (1863) did not mention in the protologue where the type material of
Sideroxylon spruceanum was deposited. Following the same criteria previously adopted to the
Richard Spruce's collection (Sideroxylon cyrtobotryum Martius ex Miquel), K (K000641495)
was chosen as lectotype for showing better conservation conditions.
=Lucuma macrophylla Krause, Verh. Bot. Vereins Prov. Brandenburg 50: 94. 1909 [1908].
Lectotype (designated here):—PERU. Cerro de Escalero, January 1903, E. Ule 6793
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 23 -
=Sapota polita Griseb., Pl. Wright.2: 517. 1862. Lectotype (designated here):—CUBA.
Monte verde, 1859.C.Wright 1323 [lectotype GH! (GH00075860); isolectotypes G!,
MO!, K!, P!, NY! [fragm.], BR!, GOET!, PH, YU!, W].
Type material was not cited in the protologue and Wright’s main collection is housed
at GH herbarium. Thus, the type collection Wright 1323 from GH is chosen as lectotype.
=Chrysophyllum pomiforme Bertero ex Sprengel, Syst. Veg.1: 667. 1825 [1824]. Lectotype
(designated here):–—JAMAICA. 1824 [1827] [1821], Bertero s.n [Bertero 1717].
[lectotype TO4503a!; isolectotypes TOb!, P![fragm.], G!, MO!].
Sprengel (1825 [1824]), based on samples collected by Bertero s.n. [Bertero 1717]
from Jamaica in 1824 [1821], described Chrysophyllum pomiforme Bertero ex Sprengel (1825
[1824]: 667). The author did not indicate from which collection he consulted the type-material
or even Bertero sent it to. After searching those vouchers, two different samples were found
housed at TO, both under #4503. However, that number comes from the Index Generum
Phanerogamorum by Th. Durand (1888) which is followed only for organization purposes.
The historical collection does not have a registration number. Thus, they were herein
classified as TO 4503aand TO 4503b (Figure 1) and the previous one was chosen as
lectotype.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 24 -
Micropholis venulosa (Mart. & Eich.) Pierre, Not. Bot. 2: 40. 1891.
=Sideroxylon venulosum Mart. & Eich., Fl. Bras. 7: 52. 1863. Lectotype (designated here):—
VENEZUELA-COLÔMBIA [BRAZIL]. Rio Guainia, nr. mouth of Rio Casiquiare.
June 1854, R. Spruce 3506 [lectotype K! (K000641480); isolectotypes MO!, P!
(P00649272, P00649273), NY!, G!, RB! (RB00560369, RB00544088), BR!
(BR5416837, BR5416202), BM, F! [fragm.], MPU].
Type collection was not cited on the protologue by the authors. Despite Pennington
(1990) assumes sheets of Spruce 3506 were collected from border between Venezuela and
Colombia, one sheet from P indicates that was collected in Brazil. Voucher from K
(K000641480) is here chosen as lectotype for sharing better conservation conditions.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 25 -
Literature cited
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WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 27 -
CAPÍTULO II
1
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical – PPGBT.Universidade Federal do
Espírito Santo – UFES/CEUNES. Rodovia BR 101 Norte, Km 60, Litorâneo, São Mateus-ES.
CEP: 29934-540.
distribui na América Central, América do Sul e Caribe. No Brasil, 29 espécies são registradas,
e destas, 10 são endêmicas. São consideradas de difícil taxonomia devido aos caracteres
morfológicos com limites tênues, e consequentemente pouco evidentes. Desta maneira, este
trabalho teve como objetivo realizar o tratamento taxonômico das espécies de Micropholis
nativas do Espírito Santo. Os resultados dessa pesquisa são parte integrante do Projeto Flora
conservação. O gênero Micropholis está representado por cinco espécies no Espírito Santo:
M. compta Pierre in Urb., M. crassipedicellata (Mart. & Eich.) Pierre, M. gardneriana (A. de
Candolle) Pierre, M. guyanensis (A. DC.) Pierresubsp. guyanensise M. venulosa (Mart. &
Eichler) Pierre. Os caracteres mais importantes para a distinção das espécies são: nervura
central sulcada ou não na face adaxial, nervuras secundárias espaçadas ou congestas entre si
distinguíveis ou indistinguíveis das terciárias, indumento dos ramos jovens, e forma da folha.
Abstract: The genus Micropholis (Griseb.) Pierre (Sapotaceae) has 38 species and is
distributed in Central America, South America and the Caribbean. In Brazil, 29 species are
recorded, of which 10 are endemic. They are considered of difficult taxonomy due to the
morphological characters with tenuous limits, and consequently little evident. In this way, this
work had the objective to carry out the taxonomic treatment of the species of Micropholis
native of the State of Espírito Santo. The results of this research are an integral part of the
Flora from Espírito Santo Project and provide morphological data, geographic distribution
and conservation status. The genus Micropholis is represented by five species in Espírito
Santo: M. compta Pierre in Urb., M. crassipedicellata (Mart. & Eich.) Pierre, M. gardneriana
(Mart. & Eichler) Pierre. The most important characters for distinguishing the species are:
midrib sunken or not on the upper surface, secondary venation spaced or congest each other
distinguishable or indistinguishable from tertiaries, indument of young shoots and leaf shape.
The results of this research are an integral part of the Flora from Espírito Santo Project.
Introdução
maior número de espécies é encontrado no Domínio Mata Atlântica, com cerca de 15.000
espécies nativas, das quais, 7.432 são endêmicas (BFG 2015). O Espírito Santo detém
aproximadamente 32% das espécies nativas da Floresta Atlântica e apresenta 516 espécies
lugar.
na manutenção da fauna frugívora, por apresentar frutos com polpa e sabor adocicado,
atraindo uma grande variedade de dispersores como morcegos, aves e até roedores
arbustos geoxílicos. É reconhecida principalmente por sua latescência, folhas alternas, corola
gamopétala e ovário súpero (Pennington 1990; 1991), e atualmente está dividida em três
2005). Nos Neotrópicos, 12 gêneros e cerca de 450 espécies são registrados e estão
gêneros sejam bem representados nas savanas de altitude da Guiana (Ecclinusa Mart.) e em
No Brasil, a grande maioria das espécies está registrada para a Floresta Amazônica,
porém outro importante centro de distribuição é a Mata Atlântica a qual apresenta número
expressivo de táxons (BFG 2015). Dados recentes apontam o registro de 12 gêneros e 232
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 32 -
espécies ocorrentes no Brasil, dentre os quais Pouteria Aubl. é o mais rico com 122 spp.,
Pradosia Liais com 17 spp., Manilkara Adans. com 16 spp., Ecclinusa Mart com cinco spp.,
Chromolucuma Ducke, Elaeoluma Baill. e Sarcaulus Radlk com três spp. cada, e Diploon
Cronquist, Mimusops L. e Sideroxylon L. com uma spp. cada, distribuídas entre os estados
diferenciado dos demais gêneros por apresentar nervuras secundárias estreitamente paralelas,
muitas vezes não diferenciadas das nervuras terciárias, geralmente com aparência estriada,
flores com corola campanulada, o tubo quase sempre excedendo os lobos raramente
Américas Central e do Sul e Caribe. No Brasil são registradas 29 espécies, dentre as quais 10
Apesar de ser facilmente reconhecido, eestar representado em uma obra com alta
relevância para a taxonomia do grupo, que é a Flora Neotrópica, ainda existem lacunas nas
presente trabalho teve por objetivo realizar o tratamento taxonômico das espécies de
Micropholis nativas do Espírito Santo. Os resultados dessa pesquisa são parte integrante do
estados de conservação.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 33 -
Material e Métodos
Área de estudo
O Estado do Espírito Santo (ES) está localizado na região Sudeste do Brasil, entre as
extensão de 45.597 km2, equivalente a 0,53% do território nacional. Limita-se ao norte com o
Estado da Bahia, a oeste com Minas Gerais, ao sul com o Rio de Janeiro e a leste com o
Mata Atlântica, e possui 100% de sua extensão inserida neste Domínio. A vegetação é
Tratamento taxonômico
da área de estudo (Tabela 1). O material obtido foi herborizado de acordo com os métodos
usuais em taxonomia vegetal (Bridson & Forman 1998). Os vouchers foram depositados no
Herbário VIES da Universidade Federal do Espírito Santo e duplicatas enviadas aos Herbários
Unidades de Conservação
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 34 -
Áreas Particulares
(acrônimos de acordo com Thiers 2016). Amostras de flores/frutos foram mantidas em álcool
70% para posterior identificação, descrições e ilustrações dos táxons. Além disso, foram
descrições taxonômicas foram complementadas a partir das análises de material adicional e/ou
morfológicas foi baseada em Hickey (1973), Gonçalves & Lorenzi (2007) e Souza et al.
(2013).
Critérios da Lista Vermelha da IUCN (2016), sendo a Extensão de ocorrência (EOO) e a Área
(Bachman et al. 2011). E para os mapas de distribuição geográfica das espécies, utilizou-se o
Resultados e Discussão
Pierre in Urb., M. crassipedicellata (Mart. & Eich.) Pierre, M. gardneriana (A. de Candolle)
Pierre. As demais espécies citadas e identificadas nas coleções biológicas com ocorrência para
crassipedicellata (Mart. & Eich.) Pierre e, além disso, as amostras D.A. Folli 2178; 108–
CVRD são na verdade exemplares de Diploon cuspidatum (Hoehne) Cronquist, que diferem
unilocular. Da mesma forma, as amostras D.A. Folli 298; 597; 1244; 5882– CVRD
Os caracteres morfológicos vegetativos mais úteis para a distinção específica estão nas
nervuras centrais na face adaxial foliar (sulcadas ou não), nervuras secundárias (espaçadas ou
estão na margem das sépalas (ciliadas ou não), nos estigmas (simples ou lobados), estiletes
Todas as espécies podem ser encontradas nas Matas de Tabuleiros e Matas de Encosta,
Tratamento taxonômico
malpiguiáceos na face externa. Corola tubular, 4–5 lobos. Estames 4–5 inclusos, epipétalos,
com o registro de 29 espécies, destas, cinco ocorrem na Mata Atlântica (M. compta, M.
22 exclusivas deste bioma (BFG 2015). Além disso, das cinco espécies ocorrentes na Mata
para espécies ameaçadas, sendo desta forma categorizadas como Pouco preocupante (LC).
Atlântica, a qual sofreu significativa perda da cobertura vegetal, vale ressaltar que a baixa
compr..........................................................................................................5. M.
venulosa
2’. Nervura central na face adaxial sulcada a levemente sulcada, sépalas ≥2,5 mm
compta
gardneriana
1’. Nervuras secundárias distinguíveis das terciárias e ordens superiores a olho nu na face
abaxial, sem aspecto estriado, nervura coletora presente e distinta da marginal (bem
espaçadas).
guyanensis
4’. Ramos e pecíolos não costados, face foliar abaxial glabrescente a estrigosa quando
jovens, tricomas alvos, fascículos não estipitados, estilete não costado, estigma
simples..........................................................................................2. M. crassipedicellata
1. Micropholis compta Pierre in Urb., Symb. Antill. 5: 125. 1904. Fig. 1. a-e; 3; 5. e.
cartáceas, base obtusa, ápice atenuado, acuminado a agudo, face adaxial glabra, face abaxial
nervura central sulcada a levemente sulcada na face adaxial, nervuras secundárias muito
próximas, paralelas entre si com aspecto estriado e indistinguíveis das terciárias e ordens
superiores a olho nu em ambas as faces, nervura coletora presente, quase fusionada à nervura
marginal, margem plana; pecíolos 4–9 mm compr., canaliculado, não costado, pubescente,
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 39 -
não costado, tricomas ferrugíneos. Fascículos 3–9-floros, axilares, não estipitados. Flores
pubescente, face interna com tricomas estrigosos. Pétalas 5, tubo ca. 4 mm compr., lobos ca.
1,5 mm compr., ovadas a arredondados, glabros ou com tricomas estrigosos na face externa
dos lobos. Estames 5, filetes 0,5–0,8 mm compr., anteras 0,75–1 mm compr. Estaminódios 5,
triangular, pubescente; estilete 1–2 mm compr., glabro; estigma simples, ligeiramente lobado
Santa Lúcia, 26.VIII.1993, est., L.D.Thomaz 1384 (MBML); Sooretama, Reserva Biológica
Material adicional examinado: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Alto Macaé,
poucos caracteres diagnósticos para distinção específica, dentre eles, as inflorescências, (M.
compta: pubescente vs.M. gardneriana: piloso). Diante da fragilidade dos poucos caracteres
futuros, a análise dos materiais-tipo, bem como das amostras provenientes de outras
reprodutivos.
2. Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eich.) Pierre, Not. Bot. 40. 1891. Fig. 1. f-l; 3; 5. b;
6. a-c.
Árvores até 29 m alt. Ramos jovens não costados, estrigosos, tricomas alvos, lenticelas
quando jovens nas duas faces, glabras a glabrescentes a glabras quando adulta, tricomas alvos,
espaçadas entre si, sem aspecto estriado, indistinguíveis das terciárias e ordens superiores a
olho nu na face adaxial, distinguíveis das terciárias e ordens superiores a olho nu na face
abaxial, nervura coletora presente, distinta da nervura marginal (bem espaçadas), margem
levemente revoluta; pecíolo 3–7 mm compr., levemente canaliculado, não costado, estrigoso
em folhas jovens, glabrescentes a glabros em folhas adultas, tricomas alvos. Fascículos 3–8-
floros, axilares, não estipitados. Flores bissexuadas, pedicelo 3–4 mm compr., pubescentes,
tricomas dourados. Sépalas 5, 1,2–2 x 1,2–2 mm, ovadas, ápice arredondado a obtuso,
pubescente nas duas faces, tricomas dourados, margem ciliada; Pétalas 5, tubo 0,5–1,1 mm
compr., lobos 0,9–1,4 x 0,6–1,1 mm, ovadas a oblongos, ápice arredondado, glabros. Estames
dourados; estilete 1–1,8 mm compr., não costado, glabro; estigma simples. Frutos 2–4,1 x
1,2–1,6 cm, lisa, lustrosa, castanho, achatada longitudinalmente na cicatriz; cicatriz 1,7–2,2 x
Barra, Reserva Biológica do Córrego Grande, 02.II.2012, fl., W.B. Silva e M. Ribeiro 29
(VIES, SAMES); Próximo ao final do transecto 3, 21.VII.2011, fr., M. Ribeiro et al. 584
(VIES); Guaçuí, Floresta do Rosal, parcela 10 nº 44, 29.VII.2010, R.A. Curto et al. 107
(VIES); Linhares, Reserva Natural Vale, próximo à estrada, 02.I.1979, fl., D.A. Folli 60
(CVRD, VIES); Próximo à estrada, 30.XII.1981, fl., D.A. Folli 355 (CVRD); Aceiro do
Catelã com o João Pedro, próximo a antiga casa de guarda, 30.XII.1981, fl., D.A. Folli 356
(CVRD, VIES); Lado esquerdo da Torre, 29.VII.1991, fr., D.A. Folli 400 (VIES); Lado
esquerdo da Torre, 29.VIII.1991, fr., D.A. Folli 1400 (CVRD); Pinheiros, Reserva Biológica
do Córrego do Veado, 26.IX.2010, fr., I.R. Oliveira et al. 105 (VIES, SAMES); Ao lado da
estrada, em direção à Ponte do Parajú, 11.VII.2004, fr., L.S. Leoni et al. 5929 (VIES); Santa
Maria de Jetibá, Córrego do Ouro, propriedade privada que pertence a família Berger, R.R.
Santos s.n. (MBML 43547); Santa Teresa, Aparecidinha, 09.XI.1998, fr., L. Kollmann 895
(MBML); Estação Biológica Caixa D'Água, 22.IX.1998, fr., L. Kollmann 588 (MBML);
Estação Biológica Caixa D'Água, 30.XI.1999, fr., V. Demuner 268 (MBML); Estação
Biológica de Santa Lúcia, 18.VII.1993, est., L.D. Thomaz 887 (MBML); 31.VIII.1993, L.D.
Thomaz 886 (MBML); 28.I.2016, est., W.O. Souza 491, 492 (MBML;VIES).
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 42 -
(BFG 2015). Floração entre os meses de Dezembro e Fevereiro, e frutificação entre Julho e
Novembro. É uma espécie pouco confundida entre as espécies ocorrentes no ES, por
apresentar ramos e folhas estrigosos a glabrescentes, por suas folhas serem na maioria das
vezes obovadas, por apresentar nervuras secundárias espaçadas entre si, distinguíveis das
terciárias e ordens superiores a olho nu na face abaxial, pela nervura coletora distinta da
nervura marginal e pela margem levemente revoluta. Nome popular: curubixá (ES).
3. Micropholis gardneriana(A. de Candolle) Pierre, Not. bot. 39. 1891. Fig. 1. m-r; 3; 5. a; 6.
d-g.
ferrugíneos, lenticelas ausentes. Folhas 4–13 x 1,7–6 cm, oblongas, elípticas a obovadas,
acuminado, face adaxial glabra, face abaxial pubescente na nervura central e lâmina
adaxial, nervuras secundárias muito próximas, paralelas entre si com aspecto estriado,
coletora presente, quase fusionada com a nervura marginal, margem plana; pecíolos 4–14 mm
mm, ovadas, ápice obtuso a cuneado, face externa pubescente, ferrugíneos, face interna
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 43 -
estrigosa nas duas sépalas mais externas e glabras nas três mais internas, margens não
ciliadas. Pétalas 5, tubo 2–2,5 mm compr., lobos 1–1,5 x 1–1,2 mm, ovadas, ápice obtuso,
1–1,2 mm compr., petaloides e não petaloides, glabros. Ovário 5-locular, 1,2–3 mm compr.,
ovoide a globoide, piloso, formando um arco de tricomas na base do base do ovário, tricomas
ferrugíneos, arco enegrecido acima da porção mediana do ovário; estilete 0,9–2 mm compr.,
não costado, glabro; estigma 5-lobado. Frutos 0,7–1,7 cm compr., elipsoide a ovoide,
glabrescente com tricomas resquiciais no ápice e na base, marrom a vináceos, cálice e estigma
persistentes. Semente lisa, lustrosa, 0,6–1,3 cm compr., castanho a amarronzada; cicatriz 0,5–
Material examinado: BRASIL. ESPÍRITO SANTO: Água Doce do Norte, Mata anterior ao
afloramento da torre, 24.VI.2015, est., B.G. Sossai et al. 40 (VIES); Trilha da Torre da Vivo,
borda de Mata, 25.IX.2014, fr., A. Alves-Araújo et al. 1701 (VIES); Ibitirama, Propriedade
particular (Alcindo Luis Mota Filho) a 5km da entrada do município de Ibitirama, 26.X.2012,
fr., T.B. Flores 1599 (MBML); Linhares, Reserva Natural Vale, 20.I.1994, fl., D.A. Folli 2184
(VIES, CVRD); Reserva Natural Vale, 06.IV.1994, fr., D.A. Folli 2274 (VIES, CVRD);
Reserva Natural Vale, 12.II.1980, I.A. Silva 147 (CVRD); Reserva Natural Vale, 10.II.1998,
fl., D.A. Folli 3116 (CVRD); Reserva Natural Vale, 08.II.2007, fl., J.R. Stehmann 4799
(CVRD); Reserva Natural Vale, 14.X.2015, fl., W.O. Souza 474 (VIES); Pancas, Monumento
Natural dos Pontões Capixabas, Pedra do Camelo, 08.VII.2015, fl., B.G. Sossai et al. 51
(VIES); Rio Bananal, Alto Bananal, propriedade Jonas Graci, 25.IV.2007, fr., V. Demuner
3814 (MBML); Santa Teresa, Estação Biológica de Santa Lúcia, 08.X.1990, fr., S.V. Pereira
21 (MBML); 13.IV.1993, fl., L.D. Thomaz 919 (MBML); Sooretama, Reserva Biológica de
Março a Outubro.
Pode ser facilmente confundida com M. compta (ver diferenças nos comentários de M.
flores com 10 estaminódios (cinco de cada morfotipo). Essa característica não está descrita na
4.Micropholis guyanensis(A. DC.) Pierre subsp.guyanensis, Not. Bot. 2: 40. 1891. Fig. 2. a-
i; 4; 5. c; 7. a-d.
ferrugíneos, lenticelas ausentes. Folhas 5,9–15 x 2,6–5,9 cm, oblongas a elípticas, alterno-
acuminado a cuspidado, face adaxial glabrescente, face abaxial puberulenta com margem
nervuras secundárias distinguíveis das terciárias e ordens superiores a olho nu na face abaxial,
sem aspecto estriado, presença de aréola entre as secundárias, nervura coletora presente,
distinta da nervura marginal (bem espaçadas), margem levemente revoluta; pecíolos 8–14 mm
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 45 -
axilares, estipitados. Flores uni ou bissexuadas, pedicelo 1–3 mm compr., pubérulos, tricomas
ferrugíneos. Sépalas 5, 1,3–2,5 x 1,2–2,3 mm, ovadas a deltoides, ápice cuneado, obtuso a
arredondado, face externa puberulenta, tricomas ferrugíneos, face interna finamente pubérulo
com tricomas castanho claro, margem ciliada nas três mais internas. Pétalas 5, tubo 0,8–1,3
mm compr., lobos 0,4–1 x 0,6–1 mm, ovadas a oblongas, ápice obtuso a arredondado, glabras.
Estames 5, filetes cerca de 0,1 mm compr., anteras 0,4–0,6 mm compr. Estaminódios 5, 0,3–
0,7 mm compr., petaloides e não petaloides, glabros. Ovário 5-locular, 0,6–1,3 mm compr.,
ovoide a subgloboso, piloso com tricomas formando um arco na base, tricomas ferrugíneos;
estilete 0,3–1,5 mm compr., costado, glabro; estigma 5-lobado. Pistilódio 0,7–1 mm compr.;
estilete 0,3-0,5 mm compr. Frutos 1,5 x 1,3 cm, ovoide a globoso, marrons. Semente 1,4 x 0,8
Material examinado: BRASIL. ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins, Floresta ciliar, rio
Jucu, 15.III.2001, fl., O.J. Pereira 6893 (VIES); Governador Lindenberg, Alto Moacir,
propriedade Vitório Salomão, 21.II.2006, fl., L.F.S. Magnago 698 (MBML); Santa Maria de
Jetibá, Caramuru, 30.IV.2003, fl., L. Kollmann 6152 (MBML); Sítio Jetibá, 26.II.2003,
H.Q.B. Fernandes 3289 (MBML); Santa Teresa, Estação Biológica de Santa Lúcia,
17.VI.2005, fl., L. Kollmann 7847 (MBML); 02.VII.2005, F.Z. Saiter 207 (MBML);
17.XI.1990, fr., S.V. Pereira 34 (MBML); 25.V.1993, fl., L.D. Thomaz 926 (MBML);
13.V.1993, est., L.D. Thomaz 924 (MBML); 18.V.1993, fl., L.D. Thomaz 925 (MBML);
01.I.1993, fl., L.D. Thomaz s.n. (MBML 9858); Santo Antônio, 16.III.1999, fl., L. Kollmann
2168 (MBML); 27.IV.1999, fl., L. Kollmann 2512 (MBML); 22.III.1999, fl., L. Kollmann
Atlântica (BA e ES). Período de floração entre Janeiro e Maio, e frutificação em Novembro.
Pode ser reconhecida principalmente pela coloração ferrugínea na face abaxial das folhas,
5. Micropholis venulosa(Mart. & Eichler) Pierre, Not. Bot. 2: 40. 1891. Fig. 2. j-s; 4; 5. d; 7.
e-g.
Árvores até 28 m alt. Ramos jovens não costados, pubescentes, tricomas marrons-
dourados, lenticelas ausentes. Folhas 2,7–9 x 1–2,9 cm, elípticas a lanceoladas, alterno-
levemente acuminado, face adaxial glabra, face abaxial pubescente na nervura central e
nervura central plana a levemente proeminente na face adaxial, nervuras secundárias muito
próximas, paralelas entre si com aspecto estriado, indistinguíveis das terciárias e ordens
superiores a olho nu em ambas as faces, nervura coletora presente, quase fusionada à nervura
marginal, margem plana; pecíolos 2–7 mm compr., levemente canaliculado, não costados,
não estipitados. Flores uni ou bissexuadas, pedicelo 3–7 mm compr., pubescentes, tricomas
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 47 -
marrom-ferruginosos; Sépalas 4–5, 1,2–2 x 1,1–2 mm, ovadas, ápice obtuso, face externa
pubescente, tricomas marrom-dourados, face interna estrigoso, tricomas alvos, margem não
ciliada. Pétalas 4–5, tubo 0,3–0,8 mm compr., lobos 0,4–0,9 x 0,4–1 mm, ovadas, ápice
obtuso, glabros. Estames 4–5, filetes 0,1–0,2 mm compr., antera 0,2–0,6 mm compr.
Estaminódios 4–5, 0,5–0,8 mm compr., petaloides ou não, glabros. Ovário 4–5-locular, 0,5–
estilete 0,4–0,5 mm compr., não costado, glabro; estigma 4–5-lobado a simples. Frutos 0,6–
2,7 x 1–1,1 cm, elipsoide, ovoide a globoso, glabro a glabrescente nos frutos mais jovens,
castanho a marrom, cálice e estigma persistentes. Semente 1,2–2,1 x 0,8 cm, lisa, lustrosa,
cm, fosca.
de Itaúnas, 31.I.2012, fr., A.O. Giaretta 1217 (VIES); Parque Estadual de Itaúnas,
07.XII.2011, fl., A.O. Giaretta 1125 (VIES); Guarapari, Parque Estadual Paulo César Vinha,
04.I.2000, fl., A.M. Assis 766 (VIES); Parque Estadual Paulo César Vinha, 15.V.1992, fr.,
L.C. Fabris 857 (VIES); Parque Estadual Paulo César Vinha, 14.XI.2008, fl., L.C. Fabris 871
(VIES); Setiba, 05.X.1992, fl., L.C. Fabris 711 (VIES); Setiba, 23.VII.1992, fr., L.C. Fabris
813 (VIES); Linhares, Reserva Natural Vale, 26.X.1979, fl., I.A. Silva 105 (CVRD); Reserva
Natural Vale, 10.II.1994, fl., D.A. Folli 2208 (CVRD, VIES); Reserva Natural Vale,
27.X.1994, fr., D.A. Folli 2411 (CVRD, VIES); Reserva Natural Vale, 13.XII.1997, fl., M.
Simonelli 888 (CVRD); Restinga de Comboios, 23.I.2013, fr., L.F.T. Menezes 2082 (VIES);
Santa Teresa, Parque Natural Municipal de São Lourenço, 24.V.2003, fl., T.A. Cruz 62
(MBML); Santo Antônio, 26.X.1999, fr., V. Demuner 149 (MBML); Estação Biológica de
Nova Lombardia, 26.X.1989, fl. e fr., J.P. Souza s.n. (VIES 4705); Estação Biológica de
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 48 -
Santa Lúcia, 18.VIII.1993, fr., L.D. Thomaz 891 (MBML); Estação Biológica de Santa Lúcia,
03.III.1993, fl. e fr., L.D. Thomaz 890 (MBML); Estação Biológica de Santa Lúcia,
5.XI.2009, fl., F.Z. Saiter 332 (MBML); Reserva Biológica Augusto Ruschi, 25.IX.2001, fr.,
L. Kollmann 4714 (MBML); Reserva Biológica Augusto Ruschi, 16.VII.2002, fr., R.R.
Vervloet 463 (MBML); Reserva Biológica Augusto Ruschi, 27.III.2003, fl., R.R. Vervloet
2078 (MBML); São Mateus, Bairro Liberdade, 06.III.2009, fl., O.J. Pereira et al. 7617
(VIES); Bairro Liberdade, 29.IX.2007, fr., M.B. Faria 84 (VIES); Bairro Liberdade,
27.IX.2008, fr., A.O. Giaretta 340 (VIES); Bairro Liberdade, 28.II.2012, fr., A.O. Giaretta
1247 (VIES); Bairro Liberdade, 15.IX.2006, fr., L.F.T. Menezes 1541 (VIES); Bairro
Liberdade, 27.II.2007, fr., M.B. Faria 16 (VIES); Bairro Liberdade, 17.VIII.2008, fr., M.M.
Monteiro 42 (VIES); Bairro Liberdade, 06.II.2010, fr., M.M. Monteiro 193 (VIES); Vila
Velha, Fazenda Itapuera, 01.VII.1980, fl. e fr., B. Weinberg s.n. (MBML 6426);
provável ocorrência em SP). Período de floração e frutificação ao longo de todo o ano. Esta
correspondendo a flores com 8–10 estaminódios (4–5 de cada morfotipo). É distinta das
demais espécies, principalmente, por suas folhas com 2,7–9 x 1–2,9 cm, elípticas a
Agradecimentos
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 49 -
Agradecemos aos curadores e técnicos dos herbários CVRD (Reserva Natural Vale),
Espírito Santo). A toda equipe do LAMIV pelo auxílio na parte palinológica, especialmente
ao Professor Dr. Francisco de Assis R. dos Santos. À Professora Dr. Glória Viegas Aquije e
ao Dr. Jairo Oliveira pelo apoio e parceria na realização das micrografias ao MEV. Aos Msc.
Jaquelini Luber e Joelcio Freitas pela confecção dos mapas e ilustrações. Ao CEUNES/
UFES por toda a infraestrutura necessária para coletas e análises. À toda equipe do
Laboratório SGV pelo apoio e companheirismo. À CAPES por ter concedido o auxílio
financeiro através da concessão de bolsa de Mestrado. E à FAPES pelo auxílio financeiro por
Referências
Bachman, S.; Moat, J.; Hill, A.; de la Torre, J.; Scott, B. 2011. Supporting Red List threat
117-126.
BFG. The Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant
Bridson, D. & Forman, L. 1998. The Herbarium Handbook. Richmond: Royal Botanical
Dutra, V.F.; Alves-Araújo, A.; Carrijo, T.T. 2015. Angiosperm Checklist of Espírito Santo:
Gonçalves, E.G. & Lorenzi, H. 2007. Morfologia Vegetal: Organografia e dicionário ilustrado
416p.
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomas.shtm. Acesso em 14
outubro 2016.
Pennington, T.D. 1990. Flora Neotropica Monograph 52. Sapotaceae. The New York
Pennington, T. D. 1991. The genera of Sapotaceae. Kew: Royal Botanical Garden. 295p.
Pennington, T. D. 2004. Sapotaceae (Sapodilla family). In: Smith, N.; Mori, S. A.;
57: 251-366.
SOS Mata Atlântica (Fundação SOS Mata Atlântica) & INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais). 2011. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica período 2008–
Souza, V.C.; Flores, T.B.; Lorenzi, H. 2013. Introdução à Botânica: Morfologia. Instituto
Swenson, U. & Anderberg, A.A. 2005. Phylogeny, character evolution, and classification of
Terra-Araújo, M.H.; Faria, A.D.; Ribeiro, J.E.L.S.; Swenson, U. 2012. Flower biology and
and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. Disponível em:
Thomaz, L.D. 2010. A Mata Atlântica no estado do Espírito Santo, Brasil: de Vasco
Fernandes Coutinho ao século 21. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 27: 5-20.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 52 -
FIGURAS
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 53 -
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 54 -
Figura 1 – a-e. Micropholis compta– a. folha; b. detalhe da face adaxial; c. detalhe das nervuras
folha; g. detalhe da face adaxial; h. detalhe da face abaxial; i. detalhe das nervuras coletora e marginal;
j. detalhe da nervura central; k. detalhe do pecíolo; l. ovário. m-r.M. gardneriana – m. folha; n. detalhe
das nervuras coletora e marginal; o. detalhe da face adaxial; p. detalhe da nervura central na face
Figura 2– a-i. Micropholis guyanensis subsp. guyanensis – a. folha; b. face adaxial; c. face abaxial; d.
detalhe das nervuras secundárias e aréolas; e. detalhe das nervuras coletora e marginal; f. detalhe do
pecíolo; g. detalhe da nervura central; h. detalhe estigma; i. ovário. j-s. M. venulosa – j. folha; k. face
adaxial; l. detalhe das nervuras coletora e marginal; m. detalhe da nervura central na face abaxial; n.
detalhe do pecíolo; o. detalhe da nervura central; p. ovário; q. detalhe do estigma simples; r. detalhe do
estigma 4-lobado; s. detalhe do estigma 5-lobado. t. tricoma malpiguiaceo que ocorre em todas as
espécies.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 57 -
crassipedicellata, detalhe do ramo com lenticelas; c. M. guyanensis, detalhe do ramo com estípite; d.
APÊNDICE I
Alves-Araújo1
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Campus de São Mateus, Programa de Pós-
Brasil.
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES, Campus Vila
Velha, Av. Salgado Filho, n.1000, Soteco, Vila Velha – ES CEP 29040-780.
3
Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Botânica, Laboratório de
Abstract—This paper provides descriptions and illustrations of the new specie of Sideroxylon
from the Atlantic forest of Espirito Santo, Brazil (S. micropholoides). In addition,
distribution map and a table with main characters to distinguish the new species from related
leaves spirally arranged, venation brochidodromous, corolla lobes entire (without lateral
segments), stamens exserted and ovary pilose. The data are still insufficient to presume
conservation status.
INTRODUÇÃO
1.100 espécies (Pennington 2004) que atualmente estão divididas em três subfamílias:
entre os estados brasileiros (BFG 2015). Em sua maioria, são registradas para a Floresta
Amazônica, porém outro importante centro de distribuição é a Mata Atlântica a qual apresenta
pela elevada riqueza de espécies (76 táxons) distribuídas entre as regiões tropicais e
segmentados ou mais raramente inteiros, estames exsertos fixados na parte superior do tubo
(Pennington 1991).
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 64 -
obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D.Penn para o Brasil,esta espécie possui representantes nos
estendendo desde o Maranhão ao Rio Grande do Sul (Pennington 1991; BFG 2015).
Atlântica, e neste estudoa nova espécie é descrita, ilustrada, e tem sua distribuição geográfica
mapeada.
MATERIALEMÉTODOS
Março de 2015 a Maio de 2016, além de espécimes dos herbários CVRD, SAMES e VIES
(acrônimos de acordo com Thiers 2016) foram examinados. O material obtido foi herborizado
de acordo com os métodos usuais em taxonomia vegetal (Bridson e Forman 1998). Amostras
ilustração do táxon.
depositadas nos Herbários VIES e CVRD, foram coletados para análises polínicas. As
amostras foram submetidas à técnica padrão de acetólise (Erdtman 1960). Para análise em
pólen foram medidos até sete dias após a sua preparação (Salgado-Labouriau 1973). As
desidratados em série alcoólica, em seguida fixados sob lamínula de vidro, e estas foram
King (2000), Harris e Harris (2001) e Souza et al. (2013). A nomenclatura palinológica
Critérios da Lista Vermelha da IUCN (2016), sendo a Extensão de ocorrência (EOO) e a Área
(GeoCat) (Bachman et al. 2011). E para os mapas de distribuição geográfica das espécies
TRATAMENTOTAXONÔMICO
glabro…………………………….........................……………....S. floribundum
Griseb.
Penn.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 66 -
externa.................................................................................3
Penn.
indumento............…….………………….........……...………………..4
……………..……….…………………..............................…S. micropholoides.
pubérulo...............................................................................................................5
≥2,5 mm compr.....................………..............................……………….6
Penn.
compr...………………..........….………..S. confertum C.
Wright.
Espírito Santo: Linhares, Reserva Natural Vale, Estrada Mantegueira, 07 Nov 2013 (fl.), D. A.
como é o caso de S. acunae (Bohridi) T.D. Penn., Sangustum T.D. Penn., S. anomalum (Urb.)
T.D. Penn., S. confertum C. Wright., S. floribundum Griseb. e S. picardae (Urb.) T.D. Penn.
como ramos sem espinhos, folhas elípticas, glabrescentes, corola serícea com até 2,5 mm
Árvores até 26 m alt. Ramos inermes, seríceos quando jovens, glabros quando adultos,
lenticelas presentes. Folhas 3.3–7.8 x 1–3 cm, alterno-dísticas, elípticas, discolores, cartáceas,
base cuneada a obtusa, ápice atenuado a acuminado, glabrescente em ambas as faces; venação
serícea na face abaxial, tricomas alvos a dourados, malpiguiáceos; pecíolo 3–5 mm compr.,
mm compr., seríceos. Cálice 4–5, 0.5–0.9 x 1 mm, ovadas, ápice obtuso a arredondado, face
externa serícea, face interna com tricomas na base das sépalas formando um anel. Corola
ciatiforme, 4–5, tubo 0.3–0.8 mm compr., lobos 1–1.7 x 1–1.3 mm, ovada a oblonga, ápice
arredondado, obtuso a cuneado, face externa serícea, com tricomas reunidos entre a base dos
lacínios e o ápice do tubo, lobos inteiros. Estames 4–5, epipétalos, exsertos, glabros, filetes 1–
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 68 -
endoabertura lalongada, superfície reticulada, diâmetro polar 25–28.5 µm, diâmetro equatorial
13.9–15.2 µm, P/E 1.68–1.87, exina 2.7–3.1. Ovário 5-locular, 0.5–0.8 mm compr., súpero,
Frutos bacídios, 1.5–1.6 x 0.6–0.7 cm, elipsoide, glabros, marrons. Semente 1, 1.3 x 0.6 mm
compr., lisa, lustrosa, castanho, achatada longitudinalmente na cicatriz; cicatriz 1.2 x 0.3 cm,
Vale, 03 Dec 1980, (fl), D. A. Folli 298 (CVRD!; VIES!); 14 Aug 1986, (fl), D. A. Folli 597 (CVRD!; VIES!);
10 Dec 1990, (fr), D. A. Folli 1244 (CVRD!; VIES!); Capoeira, 03 Apr 2008, (fl), D. A. Folli 5882 (CVRD!;
VIES!); Estrada Juarama Facão MME, 14 Oct 2015, (est), W.O. Souza 476 (VIES!); Sooretama, Reserva
Biológica de Sooretama, Estrada do Meio, Borda da Trilha, 26 Oct 2013, (est), A. Alves-Araújo 1633 (VIES!);
Estrada Estadual 356 que corta a Reserva, 16 Nov 2015, (est), W.O. Souza 478 (VIES!).
(Griseb.) Pierreuma vez que, a olho nu, a nova espécie pode ser confundida, com um
com flores diminutas amarronzadas.No entanto, com auxílio da lupa é possível observar que
as nervuras secundárias são distinguíveis das terciárias, asfolhas apresentam até 7,8 cm de
similares.
Espécies Caracteres
Ramos Folhas Cálice Corola Ovário
S. acunae - - Hirsuto - Glabro
S. angustum Inermes Espiraladas Pubérulo Glabra Pubérulo
S. anomalum Inermes Opostas/Subopostas Subglabro Glabra Pubérulo
S. confertum Inermes/Espinhoso Opostas/Espiraladas Pubérulo Glabra Pubérulo
S. floribundum Inermes Espiraladas Glabro Glabra Glabro
S. micropholoides Inermes Dísticas Seríceo Serícea Piloso
S. picardae Inermes Dísticas Glabro Glabra Pubérulo
Natural Vale), VIES (Universidade Federal do Espírito Santo) e SAMES (Centro Universitário norte
do Espírito Santo). A toda equipe do LAMIV pelo auxílio na parte palinológica, especialmente ao
Professor Dr. Francisco de Assis R. dos Santos. À Professora Dr. Glória Viegas Aquije e ao Dr. Jairo
Oliveira pelo apoio e parceria na realização das micrografias ao MEV. Ao CEUNES/ UFES por toda
a infraestrutura necessária para coletas e análises. À toda equipe do Laboratório SGV pelo apoio e
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 70 -
companheirismo. À CAPES por ter concedido o auxílio financeiro através da concessão de bolsa de
LITERATURA CITADA
Bachman, S., J. Moat, A. Hill, J. de la Torre, and B. Scott. 2011. Supporting Red List threat
117–126.
BFG. The Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant
Bridson, D. and L. Forman. 1998. The Herbarium Handbook. Richmond: Royal Botanical
Erdtman, G. 1960. The acetolysis method. A revised description. Svensk Botanisk Tidskrift.
Govaerts, R., D. G. Frodin, and T. D. Pennington. 2001. World checklist and bibliography of
Hickey, M. and C. King. 2000. The Cambridge Illustrated Glossary of Botanical terms.
Punt, W., S. Blackmore, S. Nilsson, and A. Le Thomas. 1994. Glossary of Pollen and Spore
and associated staff.New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. Disponível em:
FIGURAS
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 72 -
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 73 -
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo trouxe um novo cenário para Micropholis do Espírito Santo quando
comparado com o número de espécies encontradas no BFG (2015), e sustentou a informação
de Dutra et al. (2015). Além do número de espécies, outras importantes considerações podem
ser extraídas do presente trabalho:
É um trabalho pioneiro no Espírito Santo;
Contribuição para os Herbários do ES com um total de 122 amostras
identificadas;
Importante contribuição para a Flora do Espírito Santo;
Diferentes caracteres morfológicos foram definidos para delimitação das
espécies do ES;
Utilização da palinologia para separação das espécies;
Uma nova espécie do gênero Sideroxylonfoi reconhecida e descrita, a partir de
táxons indeterminados e com identificação equivocada nos Herbários do ES.
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 78 -
ANEXO I
Listas de espécies e
coletores
WENIA OLIVEIRA SOUZA, 2017. MICROPHOLIS NO ESPÍRITO SANTO - 79 -
ÍNDICE DE COLETORES
Alves-Araújo, A. et al. 1633 (6), 1701 (3); Assis, A.M. 766 (5); Cruz, T.A. 62 (5); Curto,
R.A. et al. 107 (2);Demuner, V.149 (5), 268 (2),3814 (3);Fabris, L.C. 711 (5), 813 (5), 857
(5); 871 (5);Faria, M.B. 16 (5), 84 (5); Fernandes, H.Q.B. 3289 (4);Flores, T.B. 1599 (3);
Folli, D.A. 60 (2),298 (6), 355 (2), 356 (2), 400 (2), 597 (6), 1244 (6), 1400 (2), 2184
(3),2208 (5), 2274 (3),2411 (5), 3116 (3), 5882 (6); Giaretta, A.O.340 (5), 1125 (5), 1217
(5),1247 (5);Kollmann, L. 588 (2), 895 (2), 1857 (4), 2168 (4), 2204 (4), 2512 (4), 4714 (5),
6152 (4), 7847 (4); Leoni, L.S. et al. 5929 (2); Magnago, L.F.S.698 (4), 1598 (2);Menezes,
L.F.T.1541 (5), 2082 (5);Monteiro, M.M. 42 (5), 193 (5); Oliveira, I.R. et al. 105 (2);
Pereira, O.J. 6893 (4), 7617 (5); Pereira, S.V. 21 (3),34 (4); Ribeiro, M. et al. 584 (2);
Saiter, F.Z. 207 (4),332 (5);Santos, R.R. s/n [MBML-43547] (2);Silva, I.A.105 (5), 147 (3);
Silva, W.B.&Ribeiro, M. 29 (2);Simonelli, M. 888 (5);Sossai, B.G. et al. 40 (3), 51
(3);Souza, J.P.s/n [VIES-4705] (5);Souza, W.O.et al.474 (3), 476 (6),478 (6), 479 (1), 480
(1), 488 (3), 491 (2), 492 (2); Stehmann, J.R. 4799 (3);Thomaz, L.D.886 (2), 887 (2),890
(5), 891 (5); 919 (3),924 (4), 925 (4), 926 (4), 1384 (1), s/n [MBML-9858] (4);Vervloet, R.R.
463 (5), 2078 (5); Weinberg, B.s/n [MBML-6426](5).