Você está na página 1de 8

1

PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS


PONTO DE EBULIÇÃO E DESTILAÇÃO

OBJETIVOS

 Investigar e buscar explicações que justifiquem o comportamento diferenciado das substâncias


orgânicas em termos de ponto de ebulição – estudo da relação estrutura versus propriedades
físicas.
 Purificar amostras orgânicas com o uso da técnica de destilação.

LEITURA RECOMENDADA

Forças intermoleculares. Destilação. Pressão de vapor. Volatilidade. Ponto de Ebulição.

PARTE A-I: PONTO DE EBULIÇÃO

As moléculas de um líquido tendem a escapar da superfície, tornando-se gasosas, mesmo a


temperaturas inferiores ao ponto de ebulição. Quando um líquido é colocado em um recipiente fechado,
previamente evacuado, a pressão exercida pelas moléculas na fase gasosa sobe até atingir o equilíbrio,
a uma determinada temperatura. Esta pressão de equilíbrio é conhecida como pressão de vapor e é
uma constante característica do material para uma dada temperatura. Usualmente a pressão de vapor é
expressa em termos da altura de uma coluna de mercúrio que produz uma pressão equivalente.
Quando um líquido é aquecido, sua pressão de vapor aumenta até atingir o ponto onde se iguala à
pressão externa. Ao atingir esse ponto de equilíbrio, o líquido entra em ebulição, fenômeno importante
como método de caracterizar uma amostra líquida (ponto de ebulição) ou como técnica de purificação
de misturas (destilação).
Chama-se ponto de ebulição a temperatura na qual a pressão do vapor do líquido se iguala à
pressão atmosférica. O ponto de ebulição é uma das propriedades físicas dos líquidos e, como visto na
Tabela 2, é extremamente variável com a pressão atmosférica. Por exemplo, como Brasília está cerca de
1000 m de altitude, a pressão atmosférica é aproximadamente 675 mmHg. Assim, o ponto de ebulição
observado aqui é mais baixo que o observado ao nível do mar, onde a pressão atmosférica é de 760
mmHg. O ponto de ebulição normal é a temperatura na qual um líquido entra em ebulição à pressão de
760 mmHg (1 atm).

Tabela 2. Pontos de ebulição (C) de vários compostos a diversas pressões (mmHg)


T
a
Composto 760 700 650 600 550

Heptano 98 96 94 91 88 10
Álcool propílico 97 95 93 91 89 08
Iodobenzeno 188 185 182 179 175 13
Ácido valérico 186 183 180 178 175 11
Fluoreno 298 294 290 286 282 16
-Naftol 295 292 288 284 280 15
T = (p.e.)760 - (p.e.)550
a

Além da pressão externa, o ponto de ebulição de um composto guarda estreita relação com a
estrutura. Por exemplo, os pontos de ebulição de uma série homóloga de hidrocarbonetos elevam-se à
medida que ascendem na série. O acréscimo dos pontos de ebulição é uniforme, devido ao aumento de
forças de van der Waals. A introdução de grupos polares na molécula promove associação
intermolecular, com consequente elevação do ponto de ebulição. Esse efeito é especialmente
pronunciado nos álcoois e ácidos carboxílicos, devido à formação de ligações de hidrogênio.
Como no caso das relações de solubilidade, as ramificações da cadeia e a posição do grupo
funcional influenciam o ponto de ebulição. O conhecimento dos pontos de ebulição de algumas
substâncias simples é freqüentemente valioso para excluir alguns tipos de substâncias. As seguintes
generalizações simplificadas têm utilidade:
2

(1) Uma substância orgânica clorada que entra em ebulição abaixo de 132C deve ser alifática.
Quando ebule acima de 132C pode ser alifática ou aromática. Essa regra é consequência de o
ponto de ebulição do cloreto de arila mais simples, o clorobenzeno, ser 132C.

(2) Analogamente, uma amostra orgânica com bromo que ebule abaixo de 157C, ou um
iodocomposto que entra em ebulição abaixo de 188C, deve ser alifático. Os outros compostos de
bromo ou de iodo podem ser alifáticos ou aromáticos.

PARTE A-I: ESTUDO TEÓRICO DA RELAÇÃO ESTRUTURA X PONTO DE EBULIÇÃO (EXERCÍCIO)

Objetivo: Investigar a relação entre a temperatura de ebulição de cada líquido e sua massa molar.

Procedimento:
(Extraído do site http://www.qmc.ufsc.br) Consultar no Merk Index, CRC Handbook, internet e outros,
sobre os pontos de ebulição, estrutura química e massa molar das substâncias abaixo. Não esqueça
de investigar também informações toxicológicas!!! (Dica: http://www.chemfinder.com)

Água Hexano Acetato de butila


Etanol Dodecano Naftaleno
Octanol Etileno glicol Glicose
Pentano Glicerol Iodo

Com base nos dados obtidos, construa um gráfico Ponto de Ebulição x MM para todas as substâncias
(líquidos) acima listadas.

Discussão:
(a) Existe alguma família de substâncias que obedece a regra “quanto maior a massa molar maior a
temperatura de ebulição”?
(b) Quais substâncias têm temperatura de ebulição maior do que deveriam, se observada somente a
massa molar? Por quê?
(c) Existe alguma anomalia de comportamento dentre as substâncias investigadas? Em caso afirmativo,
é possível racionalizar esse dado?

PARTE A-II: USO DO PONTO DE EBULIÇÃO NA CARACTERIZAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PURAS

O ponto de ebulição de líquidos pode ser determinado usando-se um sistema convencional de


destilação ou sistema de microtubo, como descrito abaixo. O ponto de ebulição determinado por meio do
processo de destilação pode apresentar, frequentemente, erros sistemáticos. Por exemplo, um líquido de
ponto de ebulição elevado pode apresentar ponto de ebulição muito abaixo em virtude do intervalo de
tempo necessário para o mercúrio no bulbo do termômetro atingir a temperatura do vapor.
A medida é geralmente expressa em termos de faixa de ebulição, a qual não deve exceder 5ºC,
exceto no caso de substâncias com pontos de ebulição muito elevados. Entretanto, faixas estreitas de
ponto de ebulição, ao contrário do ponto de fusão, não consubstanciam fortemente a pureza.
Na determinação do ponto de ebulição por meio de um microtubo, o tubo externo pode ser um
tubo de ensaio acoplado a um termômetro do lado externo. Um tubo capilar para determinação de ponto
de fusão é colocado de forma invertida no interior do tubo de ensaio contendo a amostra do líquido cujo
ponto de ebulição se quer determinar (Figura 1). O sistema é, então, aquecido em banho adequado
(béquer com glicerina e agitação magnética, por exemplo). A temperatura é elevada, gradualmente, até
que se observe uma rápida corrente de bolhas sair do capilar imerso na amostra. Remove-se a fonte de
calor e deixa-se o banho resfriar, agitando-se continuamente. Anota-se a temperatura no instante em
que as bolhas cessam de sair do capilar e o líquido está a pique de entrar capilar adentro. Essa
temperatura é o ponto de ebulição e, usualmente, esta determinação é mais exata que a obtida por
destilação.
3

Figura 1. Microtubo para determinação do ponto de ebulição

EXPERIMENTAL DA PARTE A-II

Objetivo: Determinar o ponto de ebulição de amostras puras e identificar substâncias desconhecidas por
meio do ponto de ebulição.

Procedimento:

Distribuir entre os alunos amostras orgânicas desconhecidas. Sugere-se ciclohexano, ciclohexanona e


ciclohexanol.
De acordo com o descrito na Parte A-II do roteiro e, seguindo as instruções do professor, determinar os
pontos de ebulição das amostras desconhecidas usando o sistema de microtubo. Recomenda-se realizar
essa operação na capela. Registrar os dados obtidos. (Lembre-se que a pressão atmosférica em Brasília
é aproximadamente 675 mmHg!!!)

Discussão:

(a) Usando os pontos de ebulição observados em cada caso e comparando com os valores da literatura
(esperados), identifique as amostras desconhecidas fornecidas pelo instrutor, supondo serem elas
ciclohexano, ciclohexanona e ciclohexanol.
(b) Considerando a estrutura química das substâncias investigadas e os pontos de ebulição
observados, existe alguma anomalia de comportamento? Explique.
(c) Sem qualquer outra informação e com base apenas nos pontos de ebulição observados você pode
inferir que as amostras apresentam padrão de pureza aceitável para fins analíticos? E para uso em
trabalhos de rotina de um laboratório de química orgânica?
(d) Os dados obtidos confirmam ser a pressão atmosférica em Brasília menor que a pressão atmosférica
ao nível do mar?

PARTE B: PURIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS ORGÂNICOS POR DESTILAÇÃO

A destilação é o principal método para purificar líquidos constituídos por mistura de componentes
com diferentes pontos de ebulição. Em química orgânica, quatro métodos básicos de destilação são
consideravelmente úteis: destilação simples, destilação a vácuo (destilação à pressão reduzida),
destilação fracionada e destilação azeotrópica. A destilação com arraste de vapor é uma variante
da destilação azeotrópica que será objeto de estudo no Experimento 6.

Destilação simples

A destilação simples é de uso rotineiro na purificação de líquidos no laboratório de química


orgânica. Consiste, basicamente, na vaporização de um líquido por aquecimento seguida da
condensação do vapor formado. A Figura 2 mostra uma montagem típica de destilação simples. É
importante lembrar que toda a aparelhagem para a destilação deve estar aberta para a atmosfera, a
4

fim de evitar aumento da pressão do sistema com o aquecimento. Quando houver necessidade de
proteger o sistema da umidade do ar, é aconselhável adaptar, à saída lateral, um tubo de secagem. Um
detalhe a ser observado na condução do processo é a adequação da aparelhagem à quantidade de
material a ser destilado! Um balão muito cheio pode resultar em arraste mecânico do líquido a destilar.
Um balão excessivamente grande causa perdas decorrentes do grande volume de vapor necessário
para enchê-lo!

Figura 2. Aparelhagem típica para a destilação simples.

Quando uma substância pura é destilada à pressão constante, a temperatura do vapor permanece
constante durante toda a destilação. O mesmo comportamento é observado com misturas contendo um
líquido e uma impureza não volátil, uma vez que o material condensado não está contaminado pela
impureza.
No caso de misturas líquidas homogêneas (soluções ideais), a pressão total do vapor, a uma
determinada temperatura, é igual à soma das pressões parciais de todos os componentes. A pressão de
o
cada componente é dada pela Lei de Raoult, onde P A é a pressão do componente A puro e XA é a
fração molar de A na mistura.

Lei de Raoult PA = PoAXA


A composição de vapor da mistura em relação a cada componente depende também das
pressões parciais, segundo a Lei de Dalton, onde X’A é a fração molar do componente A na fase vapor.

Lei de Dalton X’A = PA/(PA + PB)

A combinação das leis de Dalton e Raoult revela que, para uma mistura ideal, o componente
mais volátil tem maior fração molar na fase vapor do que na fase líquida em qualquer
temperatura.
Para uma solução ideal, o ponto de ebulição da mistura é definido como a temperatura na qual a
soma das pressões parciais dos componentes é igual à pressão atmosférica. Como a pressão de vapor
total da mistura é intermediária entre as pressões de vapor dos componentes puros, o ponto de ebulição
da mistura também será intermediário entre os pontos de ebulição das substâncias puras.

Destilação fracionada

Os fatos acima descritos indicam que a destilação simples só deve ser empregada na purificação
de líquidos em que apenas um dos componentes é volátil. Quando se destila uma mistura líquida
homogênea ideal, as primeiras frações do destilado apresentam composição mais rica no
componente mais volátil do que da mistura original.
5

No decorrer da destilação, o ponto de ebulição da mistura sofre uma elevação gradual, uma vez
que a composição do vapor se torna cada vez mais rica no componente menos volátil. Para purificar
misturas deste tipo, seria necessário separar as primeiras frações do destilado, ricas no componente
mais volátil. Estas frações seriam novamente destiladas e as primeiras frações novamente separadas.
Esse procedimento teria de ser repetido várias vezes até que as primeiras frações do destilado
contivessem apenas o componente mais volátil. O processo acima descrito é denominado destilação
fracionada, e pode ser melhor compreendido pelo exame do diagrama de fases abaixo (Figura 3). Uma
mistura de dois líquidos “ideais” que tenha a composição molar c1, ao ser aquecida, gera vapor de
composição molar v1 no equilíbrio. O resfriamento do vapor gera um líquido de composição molar c2 e
assim sucessivamente, levando ao enriquecimento da fase vapor com o componente mais volátil da
mistura.

Tº B
zona vapor
(B puro)
v1
zona de equlíbrio
v2
vapor-líquido
v3

v4

zona líquido
Tº A
(A puro)

c5 c4 c3 c2 c1
100%A Fração molar 0%A
0%B 100%B

Figura 3. Diagrama de fase na destilação fracionada

Experimentalmente, a operação é executada com a utilização de uma coluna de fracionamento


colocada entre o balão e a cabeça de destilação (Figura 4). O efeito desta coluna é proporcionar, em
uma única destilação, uma série de micro-destilações simples sucessivas.

Figura 4. Aparelhagem típica para destilação fracionada.

Existe uma grande variedade de colunas de fracionamento, porém as mais encontradas nos
laboratórios são as do tipo Vigreux e Hempel. A primeira é um tubo de vidro com várias reentrâncias em
forma de dentes, distribuídas de modo que as pontas de um par de dentes quase se toquem. A coluna
6

do tipo Hempel é formada por um tubo de vidro empacotado com pequenas bolas ou anéis de vidro,
entre outros.
A eficiência de uma coluna de fracionamento é expressa pelo número de vezes que uma solução
é vaporizada e recondensada durante a destilação ou número de pratos teóricos, medido em termos de
altura. Quanto menor for a altura equivalente a um prato teórico (AEPT) tanto maior será o número de
pratos teóricos da coluna e, portanto, mais eficiente ela será.
A escolha de uma coluna depende da diferença dos pontos de ebulição dos componentes da
mistura. Quanto menor a diferença de ponto de ebulição, maior será o número de pratos teóricos
necessários para uma separação eficiente.

Destilação à pressão reduzida

A destilação à pressão reduzida é usada na purificação de líquidos de ponto de ebulição elevado


ou que se decompõem a temperaturas elevadas. Para efetuá-la, deve-se considerar o vácuo necessário
para atingir o ponto de ebulição desejado (estimado pelo uso do nomograma abaixo) e o tipo de
instrumentação a ser empregado (Figura 5).

Figura 5. Aparelhagem típica para destilação à pressão reduzida.

Como se trata de operação que apresenta riscos, é imprescindível observar o uso de óculos de
proteção e certificar-se do bom estado e solidez da aparelhagem (vidraria com juntas). O aquecimento
só deve ter início quando o vácuo desejado for atingido, utilizando-se uma trompa d’água ou bomba de
óleo. Inversamente, a entrada de ar após o término da operação só deve ser realizada com o sistema já
à temperatura ambiente.
Outro aspecto importante no processo de destilação à pressão reduzida é a estimativa do ponto
de ebulição do destilado a diferentes pressões. O ponto de ebulição de uma substância a diferentes
pressões pode ser determinado com o auxílio do nomograma apresentado na Figura 6. Este nomograma
relaciona o ponto de ebulição normal (760 mmHg ou 1 atm) de uma substância (Escala B) ao ponto de
ebulição correspondente (Escala A) a uma determinada pressão (Escala C). Por exemplo, se o ponto de
ebulição normal da substância e a pressão aplicada ao sistema forem conhecidos, traça-se uma reta
conectando-se esses dois pontos marcados nas escalas B e C, e prolonga-se a reta até a escala A; no
ponto de intersecção da reta traçada e a escala A tem-se o valor estimado para o ponto de ebulição à
pressão reduzida. Esse nomograma é usado para substâncias que não possuem interações fortes entre
as moléculas. Para substâncias capazes de formar ligações de hidrogênio intermoleculares, como é o
7

caso da água, alcoóis e ácidos carboxílicos, a variação do ponto de ebulição com a pressão é de 10 a
20% menor.

Figura 6. Nomograma para estimar o ponto de ebulição do


destilado a diferentes pressões

Durante a preparação de substâncias orgânicas, é frequente a necessidade de eliminar o


solvente do meio reacional antes de proceder à purificação do produto obtido ou mesmo após uma
purificação prévia. A remoção de solventes é bastante facilitada pelo uso de um sistema para destilação
a vácuo conhecido como evaporador rotatório (Figura 7). Esse sistema emprega normalmente trompa
d’água como fonte de vácuo e banho-maria para aquecimento. O balão contendo a solução a concentrar,
é acoplado à aparelhagem de destilação através de um tubo de vidro que gira a uma velocidade
controlada pelo motor. Ao ser aplicado o vácuo e, em seguida o aquecimento, o solvente é evaporado,
condensado e recolhido no balão do evaporador rotatório. A aparelhagem permite a evaporação rápida
da maior parte dos solventes (p.e.  120ºC) devido à grande área superficial de líquido formada com a
rotação do balão.

Figura 7. Evaporador rotatório.

Independentemente do método utilizado, alguns aspectos deverão ser considerados quando da


adoção da técnica de destilação no processo de purificação de substâncias químicas: o balão de
8

destilação nunca deve ser aquecido até a secura; tampouco deve estar muito cheio no início da
operação; pedras de ebulição (ou agitação magnética) ou rotação (evaporador rotatório) devem ser
usadas para garantir uma ebulição tranquila; a água do condensador deve fluir contra-corrente ao
percurso dos vapores; o aquecimento deve ser controlado de modo que o líquido destile a uma
velocidade constante (cerca de uma gota por segundo).

EXPERIMENTAL DA PARTE B-I

Objetivo: Purificar composto orgânico líquido pelo uso da técnica de destilação.

Procedimento:
Purificar uma amostra de ciclohexano por meio de destilação simples, de acordo com o descrito na
Parte B do roteiro e seguindo as instruções do professor.
Cada grupo deverá usar de 20 a 50 mL de ciclohexano, conforme capacidade do balão de fundo
redondo disponível (registrar o volume realmente usado).
Medir volume do destilado e calcular o rendimento percentual do processo.
Registrar o ponto de ebulição do líquido durante o processo.

Nota: O ciclohexano poderá estar contaminado com algum sal inorgânico ou impureza colorida.

EXPERIMENTOS DEMONSTRATIVOS

Objetivos: Mostrar o funcionamento de sistema de destilação à pressão reduzida; de evaporador


rotatório; de um sistema para destilação fracionada e de um microdestilador.

Experimento demonstrativo 1: Destilar uma mistura de ciclohexano e hexano (1:1) por meio da técnica
de destilação fracionada. Registrar a temperatura de destilação.
Experimento demonstrativo 2: Destilar o benzaldeído por meio da técnica de destilação à pressão
reduzida (trompa de água), com auxílio de um microdestilador. Registrar a temperatura de destilação.
Experimento demonstrativo 3: Fazer uma destilação azeotrópica de uma mistura de ciclohexano e
água (8:2) empregando-se o aparelho de Dean-Stark.
Experimento demonstrativo 4: Destilar uma amostra de hexano, ciclohexano ou tolueno à pressão
reduzida empregando-se o evaporador rotatório.

Discussão:
(a) Suponha que usando a trompa de água para redução da pressão, o benzaldeído destilou como um
o
líquido claro a uma temperatura de aproximadamente 90 C. Calcule a pressão do sistema utilizado.
Dica: use o nomograma mostrado na figura 6.
(b) Se tivéssemos uma bomba de vácuo operando a uma pressão de 2,0 mmHg, seria conveniente a sua
utilização na purificação de ciclohexanona? Que cuidados especiais deveriam ser tomados nessas
circunstâncias? Justifique sua resposta.
(c) Com base na técnica de destilação, responda as questões abaixo relacionadas:
I. Quais os fundamentos da técnica?
II. Em que situações é recomendada?
III. Quais as vantagens e desvantagens?
IV. Quando a técnica de destilação à pressão reduzida é extremamente recomendada, em detrimento
da destilação simples à pressão normal?
V. Quando a técnica de destilação fracionada é extremamente recomendada, em detrimento da
destilação simples?

IMPORTANTE: DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS E INSUMOS


 Os resíduos aquosos deverão ser descartados na pia com água corrente.
 Todas as misturas contendo solventes orgânicos deverão ser acondicionadas em frascos de
deposição de resíduos próprios, conforme indicado pelo instrutor.
 Reservar os sólidos obtidos após a purificação para utilização como insumos em práticas.

Você também pode gostar