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Maximilien de Robespierre DISCURSOS E RELATORIOS NA CONVENCGAO rea) UNIVERSIDAD fs SIDADE Do Esta Foe? PO RIO DE TANEIRG PO EDITORA DA ow BEAP EO'7ORA Da OnvenstoaoE no DO RIO DE JANEIRO Maria Helena Franco Martins ol? Ger} conteaponto ata 308 ode Tani. R= Bra ° i 887-79 Prepare Cla Benin Read popes Trend Roche ‘cmtocacio na sone Sumédrio Apresentaga0. Cronologia abreviada Discursose relatrios na Convensio 1. Da infludncia da caltinia na Revolusao. 28 de outubro de 1752 Sobre a subsistencia 2 de dezembro de 1792 0 Sobre ojulgamento de Luis XVL 3de dezembro de1792 1, Contra Dumourier 0s girondines x0 de abril de1795 ¥. Sobre a nova Declaragio ds Diritos a4 de abil de 1793 Vi. Sobre « Const 10 de maio de753 Em defesa do Comité de Salvacto Pablica © contra Briez 5 de setembro de 1793 Vin. Resposta da Convengie Nacional aos manifeios ds res coligados conta a Repiblica S5de dexembro de 793, vl 1K. Sobre os principios da governo revoluconévio 235 de dezembro de 793 X. Sobre os principios de moral politica que devem gular a Convengio Nacional na administrasao interna da Repiiblica 5 de fevereito de 1794 129 wat XL. Sobre as relagoes des ins religiosas« morais com os pnp epublianess sens fetisnadonatsnsrenene sn 7 de mnaio de 1794 XML. Ultimo discurso 26 de junho (8 Termidor) de i794 163 191 Robespierre, um inventor Joao Batista Natali* A historiogrfiasealimenta com frequéncia de inverdades que cla prépria produz. Foi assim que circulou na segunde metade do século XIX a informagio de que Maximilien de Robespierre (1758-1794) ocupava a tercira colocacdo entre os personagens historicos — logo apés Jesus de Nazaré e Napoleso ! — que teriam sido objeto da maior quantidade de ensaios, artigos ou panfletos. O exagero poderia ser contestado com faciliade fi xendo-se uma consulta a Bibliotheque de France, a insit francesa mais adequada para apoiar qualquer levantamento cexaustivo de indexasao bibliogratica. Mas ndo ¢ a dimensio fantasiosa da quantificagio superlativa que esté ex jogo. O re levamte é que ela constitui um dos sintomas da controvérsia ppéstuma em que Robespierre permaneceu ¢ ainda permiancce cnvolvide, passados mais de dois séculos de sua erupgio, x tivamente breve mas muito rica em episédios, na Revolusio Francesa Em verdade, 0 anti-robespicrrismo tornou-se, no passado, um préspero setor na industria européia de produsio de pre- coneeitos. © nome de Robespierre passou a concentrat aqui- Jo que o pensemento moderado ou conservador — sobretudo dentro do catolicismo, que tardou a aceitar a propria id¥ia de Republica — repelia nas ameagas de subversio da ordem pui- blica ou nas revoltasfrancesas de 1848 e de 1871. Talvez quase tanto quanto © bonapartisimo — embora este se baseasse em formes mais amenas ¢ limitadas de exercicio da democracia por meio da incorporacio da povo aos nicleos de decisio poli- ""Dowtor pla Ecole de Alas Etude Ceci Sci. Pai onde, com ‘into de Roland Barthes defen tse Une Appoint ‘Taowsrvtramnae oper) repre dora Fla de Pela concber vnc sacra cone et ee guise peeve doliedaiee oa como um delirante, mencion: et o 8 fing de chefereligioo (clendisio de quate ong Chim de mance danadons Sen Poel 0 sein tcc feldo pera oa : mit apurris eriont de ules Miche (99 reponse a ‘tidos, para que, em oposigio 2 cle, ganhassem maior nitidez «em significado institucional as mudangas politicas do 9 Termi- dor (data da queda ¢ da execucao do proprio Robespierre), do 18 Brumério (quando o poder passa a Bonaparte) e, sobretudo, de 18s (ano do Congresso de Viena e da recomposigio da or- ddem conservadora na Europa, sob hegemonia da Prissia e da ‘Austria-Hungria) Esses epis6dios capitais, cada um a0 seu ‘modo, tomnarem-se modelares 20 garantirem 3 longevidade do mesmo conjunto de les, em oposigdo aos sobressaltos ocori los no inicio da Primeira Republica, marcada pela condenacio ‘eexecugdo de Luls XVI, a Guerra Civil na Vendéia, a mudanga do calendario anual, a desapropriagdo dos bens da Tgreja e @ delirante decretagéo do fim do cristanismo. Rssas “desordens” setiam particularmente reconhecidas durante os anos de Na- poled it (2852-1870), que imps uma nova ordem monérquica Aitatorial, em que a priorkdade & prosperidade coletiva deu lu- sar @ prioridade a prosperidade individual, 0 que pressupunha ‘uma politica socialmente repressiva que garantisse, na Franga, luma industrializaggo sem sobressaltos revolucionérios. Bram necessirias regra estéves, em que o papel do financista e do ‘empreendedor se sobrepusesse ao dos mais pobres (os antigos sans-cullot), que, com Robespierte, haviam sido & base socal, ‘pelo menos em Paris, de sustentagio do Terror, ‘Uma tentativa de inversio desse jogo imaginério de con- trastes, que envolveu negativamente Robespierre e demonizou sua importincia, ocorrerie dentro da esquerda francese por volta de 1880, com a matutidade do movimento operirio socia- lista, que procurous, por meio de uma reinterpretacio histrica, cconstruir uma espécie de nova ética da revolugdo. la passaria 4 conceber a violgncia como um instrumento fundamental pa + contomaras bareiras levantadas para a humanidade no tra- jeto em directo a novase inevtéveisetapas de sou “progress” Com isso, a execugso do rei em 3793 ¢ @ propria gulhotina fo ram submetides a novas interpretagdes. Pela nova éica,torna- va-se inevitvel regar a revolugdo socalista com o sangue do inimigo de classe. De maneira mais ou menos explicta, oi ‘0 que pensaram a Segio Francesa da Internacional Operiria (S810) e, bem mais tarde, o Partido Comunista Francés (PCE) — este iltimo, é verdade, montado por veres na oportunista analogia entre 0 Terror de 793-94 « os expurgos realizados pe lo stalinismo a Rissia. De qualquer modo, para esses setores da esquerda era preciso contrapor & caricatura de Robespierre tum retrato de contetdo nitidamente positva, capa de desta ‘ar aidéia de que, no tempo dele e pela primeira ver, a Prange {i vista pelos franceses como uma nagao, adquirindo cons- ciéncia de sua diferenca e de sua unidade. O Estado tornou-se ‘o esbogo de um instrumento da soberania popular, nao mais ‘uma burocracia que despejava © produto dos impostos e da ‘venalidade dos cargos pablicos nas antecimaras de Versalhes © novo Robespierte assim delineado, e do qual hoje talver pouco reste, ornava-se generoso, um patrota capaz de enten= der que 0 poder politico tinha suas raizes na verdade da “natu. reza’ (a lei natural, para ele, era demiocritica © republicana), ‘mas também no estomago ¢ no coracio dos cidadios, E inegével que cabem muitos Robespierres dentro do tnico personagem que a historia nos legou, Hé-um Robespierre paci- fists, que recorria & guerra como forma repulsiva e necessiia para defender a Revolusio, Hié também o dirigente que apre- goava formas pouco elaboradas ou de rca alegoria sobre a de- mocracia parlamentar. Chegou a propor que os legisladores fossem reunidos no centro de uma espécie de estidio, cerea- do por arquibancadss, a partir das quais 0 povo representado ppoderiafiscalizar a fidelidade do mecanismo de representacéo. ha um Robespierre que cresce politicamente quando a Revo- lugdo Francesa escorreu pelos dedos dos girondinos (partidrios dde uma monarquia constitucional), e em seguida pelos dedos dos moderados hebertistas, cabendo a Robespierte mobilizar a ‘centena de segses revolucionsrias parisienses,espécie de pre: ‘cursoras dos sovietes, para que elas prestionassem a Convengao « desafiassem sua autonomis, forgando-a a legislr de forma mais ousada, em desobedigncia a composigdes que implicasser raneessbes de direitos, excitando-a para que fosse menos come ‘Gada em suas formas de aplcacao da nova ordem juridica. Maximilien de Robespierre tinha 35 anos quando passou pratcamente a controlar os rumos da Revolugao Francest. E 0 fer por doze meses, até ser deposto em jlo de 1794. Sepuin-se fa pristo, um tio de um algoz que deformou seu maxilar infe- rior e, no mesmo dia, a guilhotina. Era a conclusto de uma arreta rapida © fulgurente,Solteio, de hdbitos bastante sim ples, 0 “Incorruptvel, como fo chamado, advogava em Arras Eidade proxima a atual fronteira com a Belgica, quando se legeu para o Terceto Estado (deputados que nio pertenciam to cero ou a nobreza) dos Estados Gerais. Em Paris, instalou- e-em um quartinho apertado no andar térreo de um imével ho Faubourg Saint-Honoré. Em poucos meses, destacou-se pe- ia clareza de suas idéias ¢ pelo magnetismo de suas palavras, Conguistou uma vaga no oficioso grupo de lderangas desse colegiado patlamentar de 745 franceses hoje rlegadlos 20 ano- himato. Mas como orador no Clube dos Jacobinos € que sua li dderanga passou a cresce, Aliou-se a Georges Danton, person {gem brilharite e moralmente embiguo, ¢ a0 seu lado conduit O processo de deposicio do rei ea transformagio do Comité de Salvagio Pablica em Poder Executivo. ‘Com Luis XVI guilhotinado, 0 ingleses do primeiro-minis- tuo Pitt decidem partir para a ofensiva, Os tronos europeus enter © peso da ameaga. Hé uma epidemia republicana a ser ‘ontida. Em menos de quarenta dias, a Franga entra em guerra com a Inglaterra, a Holanda e @ Espanha. A reviravolta béica tnffaquace os grupos moderados e fortalece aintransigéneia de Robespicrree ses amigos. Amplia-se a coligagdo republicana radical. A Revoluglo, argumenta o deputado de Arras, preci ta eliminar seus adversirios para poder sobreviver¢ garantir 2 nova idéia de liberdade que traz consigo. im nome dessa de ppuracio dos “inimigos de dentro” institui-se 0 Terror, visto hoje como desnecessirio pea historiogratia de tradi liberal. Wok de galguer modo, um proce inp . incspt de impor inites 2 tes desabranetor Sake no eulisdgpaen dos de mans snd, Os obras eas oer along lac depts, depen Rakes co or do partido dos robespierristas. Entre eles aiae ie es Los ea ‘igure! Jo to prod car prods em gue Robes ee \eem vinci permite gue cles oe ke ees se inns de nog, Poe dzone sie oes satis gue Teer pon mshi mi ances dag il ean Vl uae a cst von qua Rel Panes on Maria Antonieta, a rainha guilhotinada, era irma do ir = hh 4 vino deabecitaca a oma, posted estes kine no carpesinato,parae ojo ee ou sm eres unos da oii, nasa come tes adotados peo nore neo de ps ipea ee muds populates prints, qc poco ou nas tase der poste, por fim reper catsuit aus Robapiee tec um see te olen $s contertaland-o or de uma coon fe a semovertes que fram, po st ven, al : cits papa oe oe r——L ee eerie ieee Mar Masinien de Robey nesta eto, 0 tno, ooraoro dep queasy Ponto ums o pac uni ato ferns prvi para aqule homens ae ee Dropredde, ele atta ser prolanamene nee ae oe Jangando mio de um discurso politico que ctiasse e popular, ‘AB cones, que clocase ose do ra eae terminologia da institucionalizagio libertiria. © deputado de ‘Arras no foi, & claro, o nico a fazé-o, A Revolugo Francesa foi um viveiro de jornalistas e oradores brilhantes. Honoré Mirabeau e Jean-Paul Marat tinham maior erudicio. Mas cou- bbe @ Robespiesre uma intervencio retdrica mais apropriada & expressio do inverossimil, daquilo que se apresentava como a incandescéncia do paradoxo (a guilhotina e os direitos do hhomem, por exemplo), em nome de um conjunto férreo de principios:a virmde, a ckdadania, a iberdade, a legiimidade da representagio politica encarregada de manter essa mesma li- berdade 2 qualquer custo. Nesse sentido, e nos diversos mo- mentos de sua brevissima carrera, Robespierre & uma espécie de agente da metaforizacao, dentro do espaco de poder, ds pa- lara ltente da patria e dos patrotas que ele, sem diva, acre- «ditava materalizar por meio da inguagem. Em suma, redinem- se condigoes que o eredenciam ao estatuto de um “inventor” do discurso politico, [Nao se trata de reiterar valor estlistico de uma linguagem de incontestivel qualidade, refinada em sou extremo didatis- mo, mesmo dem a dimensto Iieréria de um Beaumarchais ou de um Restif de La Bretonne, contemporineos seus. Também & verdade que os prolificos eelegantes argumentos robespierris- tas obedeciam & dindmica a quente do assunto em pauta no co- tidiano da politica. Os principios aos quais ele se referia com freqGiéncia — como a liberdade e a democracia enquanto dicet- tos “naturais” — surgem aos sucessivs discursos como pano de fundo para contextualizar questdes concretas, prementes, «que deveriam ser objeto de votagao em plenério ou que diriam respeita a problemas titicos imediatos. Mais uma ver, seria in- correto compari-lo a0 ensalsmo dos filsofos ou dos encilo- pedistas, como Rousseau ou Voltaire, entao ja mortos, que ti- ‘yeram uma influgncia predominante, embora sempre indireta, zo plano des agées politicas concretas. Produzis polttica ¢ produzir palavras e, por meio delas, sis- ‘tematizar idéias pars, em seguida, induzir, convencer. Naque- le period em queo disurso aanjava por um espago de am- gla vind emda, os revoluionvasrglhevase do te fram. Hoque fram er hiocamente into, Apest de mips feels 4 Replica romanes ao papel beso de Brutus — que conepirou conta o hea Car ee & jm tema que Rahspierre abo com candur) alas na conse do ebro universal de uma nove democrat, de dar somes coi delinitar osbldde de Srgnagbe, propor anno, contgaro epao ao mesmo tempo ge. (rico e dicusvo em que a Republic unin wcondebes pars dsabrochar. Para Robespcre, a cidadania emergent Io et aqela ques etna apenas por pss o mesmo con. Junto de denen boneficlo de cdadosfandamentalente igus erate republicans, Os cidaos eam aban Cobretado~ igus pean lingagem,capares de se vax tee de printpo aft do deo marl param sou Ginloguem de acondo com categoria dicureshomogenes ete ram comms Dentro des category 2 0 nie o representante Ce patamentar) eo tepecriad (o pow) deve tr ua eg Simidadearegeda em am mecanme de peta sine Eimperoescompatildadeprofanda ences verdadero lucia proprio pov patito, guage das ec see dv esque em son nome sto orale peo gee tes da epee patente, Os dcuros de Rebespee so uma constant tenatva —~ pono importa 9 guano Sh por veer Inga — de impor qu sug sgn ova de inadequach ene o& dot pics verdde le um deve ser verde do otto, O laps dea vera ¢ gulf com eden dealin Mas, ini, en ered” 6 Inter csr xe materanente or mio d ie oge, prs prod efeitos inion Tenbremce por eenpl, ne insenciade Robespiere ood durante proceso de condnaio do ria mom Pot gy rento, como procedimento penal a seu ver f ocorreu no mo. mento em que o préprio réu procurou deixar clandestinamen- tea Franga para buscar aux atris das fronteiras inimigas. Os representantes do povo devem tirar as consequéncias de uma sentenca precxistente. Devem ser, portanto, “homens de Es- tedo". Em principio, juizes poderiam decidir pela absolvicio. Homens de Estado, ni. Podemos destacar dois outros exem= plos, desta vex de inversio da conotacdo pejorativa, 0 que nlo deixa de ser uma maneira nitida de operar discursivamente, Robespicre define o Terror como uma justia sumitia, inflexi- vel Portanto, como uma “emanagio da virtude”, Em outros ‘momentos, refere-se aos sans-culottesna primeira pessoa, iden tifcando-se aos pobretses, as que se vestera sem 6 refinamen- to dos mais ricbs. Ble inverte a negatividade da conotagao que, incialmente, fora atrbuide pelos girondinos Hoje, tis recursos de oratéria poderiam ser considerados irrisgrios ou banais, Mas, lendo Robespierte, nos remetemos a0 petfodo de criagao de uma pritica diseursiva que, em dois ‘outros parlamentos preesistentes, nao assumia 2 mesma forma de conflito constante, nfo tinha os mesmos grupos antago: nicos de atores socias: o Parlamento inglés, assumidamente clitista por causa do voto censitério para a escolha dos inte grantes da Camara dos Comuns (56 08 Glantropos, bem mais ‘arde, passariam a falar em nome dos interesses materais dos sans-culotesbritdnicos), ¢ 0 Congresso norte-americano, nas cide de um consense democritico e no de wim confront re toricamente violento entre facgbes internas discordantes. Mais ‘uma razio, asim, para bater nas tes do cariter inventive da Revolugio Francesa. da linguagem utilizada por seu mais en sandecido e brilhante dirigente Por fim, ler Robespierte ¢ deixar-se seduzi. Hi algo de tre pidante na conviceio e na temperatura de sues frases. Hé um incessante patinar entre a seriedade dos enunciados ontol6gi- cos €a fina e Iidica ieonia utilizada contra o adversirio ccunstancial. Hi wma clareza cristalina de raciocinio. Maximi- len de Robie pou uma lias impliment amo- to com oma geo frmon eno sl sexi, Caso teen ren rcs ang, cso por um dees abd 6 tale da produce purunent ional de um isano dein eqzfeic, mes Iasi ia i cepon s rrr ———C-C nas pgs eguine«comprovil, Cronologia abreviada 1738 66 pe waio Nasce em Arras, Franga, Maximilien Frangois Ma tie bidore de Robespierre, em uma familia da nobreza 781 Depois de estudér com os oratorianos no Liceu Louise (Grand, torna-se advogado em sua cidade natal. £ muito in- fluenciado pela leitura de Rousseau. 1782 ££ nomeado juiz do Tribunal Episcopal 1789 raxzino £ eleito (pelo Terceiro Estado) deputado para os Es- tados Gerais, que se reuniriam em Paris. Defende um progra ima arrojado:suftigio universal com eeighes diretas, instruc sgyatuitae obrigatria, impostos progressives. 55 ve scare O rei Luis XVI instala os Estados Gerais em Ver~ falhes, dando posse a 300 deputados da nobrera, 300 do cero & 600 do Terceito Estado. 7 pe yenmo Considerando que representavam 98% da po- pulagio, 0s deptados do Terceiro Estado declaram-se const- tuidas em Assembléia Nacional ao pe uno O rei manda fechar 0 salto de reunides. 8 ddeputados transferem-se para sala do Jeu de Paure (local de recreio dos cortesios) €fazem 0 jusamento de “numica se ep3- favemn ¢ reunirem-se onde quer que as circunstncias 0 exigi- sem”, at que fosse votada uma Consttuicdo.

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