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PRINCÍPIO DA IGUALDADE
BRUNA QUEZADO
RESUMO
INTRODUÇÃO
1 O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Nos termos da Constituição Federal de 1988, o artigo 5°, caput afirma: “Todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e os estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
igualdade, a segurança e a propriedade; (...)”.
No seguinte inciso do texto constitucional, a igualdade frente a homens e
mulheres é explicito:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta
Constituição,
Assim é identificado a importância do princípio isonômico, no qual homens e
mulheres têm os direitos fundamentais assegurados em nossa Lei Maior.
José Afonso da Silva (2009, p.217) afirma “Essa igualdade já se contém na
norma geral da igualdade perante a lei.”
Alexandre de Moraes (2009, p. 36) faz referência a uma citação de Ives
Gandra da Silva Martins (1992, p. 154-152) afirma “Todos os cidadãos têm o direito
de tratamento idêntico pela lei, em consonância com os critérios albergados pelo
ordenamento jurídico.”
Acredita-se que não basta proclamar a igualdade para acabar com o
desequilibro que existe entre as relações de desigualdade existentes em nossa
sociedade, visto que a nossa Carta Magna tem o poder de proteger todos os
cidadãos, sejam homens ou mulheres a garantia da igualdade, sendo um dos
direitos fundamentais assegurados por lei.
1.2 IGUALDADE FORMAL
Para a igualdade material, todos são iguais perante a lei, não seguindo
somente as digressões fundamentadas nos termos de nossa constituição e na
igualdade formal, mas sim, se preocupando com a realidade de cada um, tratando
de maneira igual os realmente iguais, e assim surgindo a necessidade de tratamento
desigual na medida da desigualdade, aos desiguais.
Na nossa Constituição Federal de 1988, pode-se observar, vários textos que
tem como visão a diminuição das desigualdades, cita-se dois como exemplo:
Art. 3°Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
Para Celso Ribeiro Bastos (2002, p. 317)
Numa agressão mútua o que justifica a mulher ficar amparada pelo presente
diploma e o homem não? Sabendo que a violência doméstica não se
resume na agressão do marido contra a mulher, qual o motivo para se
proteger a filha agredida pelo pai e o filho agredido não? Para uma
agressão do filho contra a mãe há lei específica protegendo a vítima, porém
para a sua agressão contra o pai não?
Vale também salientar, a manifestação do Tribunal de Justiça do Estado do
Mato Grosso do Sul, devido à inconstitucionalidade da lei, que em 7 de Agosto foi
proferida a decisão que entendeu por discriminante e permitiu a aplicação da Lei
11.340/2006 aos homens:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 22 ed. São Paulo: Saraiva,
2002.
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência doméstica: Lei Maria
da Penha Lei 11.340/2006, comentada artigo por artigo. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo 32 ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2009.