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Treinamento e capacitação
Trabalho em altura
Norma
Regulamentadora 35
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Objetivo
Promover a capacitação dos profissionais que
realizam atividades em altura, no que tange à
prevenção de acidentes no trabalho, análise de
risco, utilização correta de EPI (Equipamento
de Proteção Individual) e EPC (Equipamento de
Proteção Coletiva), bem como sua
conservação, além de condutas em situações
de emergência e demais assuntos relacionados
com a atividade.
Bom estudo!
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Sumário
Introdução ................................................................................. 4
Capítulo 1- Normas regulamentadoras Aplicáveis ................. 6
Capítulo 2- Norma Regulamentadora 35 ................................. 7
Capítulo 3- Análise Preliminar de Risco – APR ...................... 9
Capítulo 4- Permissão para Trabalho – PT ............................. 11
Capítulo 5- Procedimento Operacional ................................... 13
Capítulo 6- Situações impeditivas ........................................... 13
Capítulo 7- Atestado de Saúde Ocupacional – ASO .............. 15
Capítulo 8- Dispositivos anti queda ........................................ 21
Capítulo 9- Queda em pêndulo ................................................ 27
Capítulo 10- Fator de queda .................................................... 28
Capítulo 11- Zona Livre de Queda (ZLQ) ................................ 30
Capítulo 12- Absorvedor de energia ....................................... 31
Capítulo 13- Outros dispositivos e equipamentos utilizados para
trabalho em altura .................................................................... 33
Capítulo 14- Ponto de ancoragem .......................................... 34
Capítulo 15- Isolamento de área sob atividade em altura ..... 36
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Introdução
Muito se fala em perigos e riscos de acidente, mas, então, como são
definidas essas expressões freqüentemente utilizadas nas empresas,
instituições e locais onde admitem trabalhadores como empregados?
Veja abaixo, exemplos e explicações que, de fato, são essas
nomenclaturas utilizadas:
Além dos exemplos acima, vamos citar também o “desvio”, que é uma
situação a qual está fora ou, melhor dizendo, abaixo do padrão de
segurança da empresa/ organização. Como exemplo, podemos citar
uma ferramenta mal posicionada, em cima de uma bancada, correndo
risco de queda.
Capítulo 1
Normas Regulamentadoras Aplicáveis
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina
do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e
públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem
como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL
NR 8 - EDIFICAÇÕES
NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS.
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
NR 33 - ESPAÇO CONFINADO
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Capítulo 2
Norma Regulamentadora 35
A Norma Regulamentadora nº 35 estabelece os requisitos mínimos e as
medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00
m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Quais atividades nós executamos acima de 2,00 m de altura, por
exemplo?
Veja abaixo alguns exemplos de atividades em altura:
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Em locais com altura inferior a 2,00 m, que não dispõe de guarda corpo
e que o trabalhador necessita permanecer próximo à diferença de nível,
durante a atividade, deve-se fazer a utilização do dispositivo contra
quedas, ou providenciar a instalação de guarda corpo e/ou outros
dispositivos que eliminem, reduzam ou neutralizem o risco de queda.
A atividade de acesso e saída do trabalhador destes locais também
deve respeitar e atender esta norma.
Essas observações devem ser feitas durante a análise preliminar da
atividade, independente da NR 35, bem como informar ao trabalhador
sobre os riscos, conforme NR 1.
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Capítulo 3
Análise Preliminar de Risco – APR
O funcionário da Votorantim que solicita a execução de serviço em área
de sua responsabilidade deve garantir que todas as exigências da NR
35 sejam atendidas, assim como outras medidas de proteção que julgar
necessário, durante a análise de risco da atividade.
Capítulo 4
Permissão para Trabalho – PT
Emitir a PT3 para todas as atividades de trabalho em altura, seja ela
rotineira2 ou não, conforme padrão PD 3398, com exceção das
atividades de enlonamento e amarração de carga, no setor de logística,
as quais dispensam a emissão da PT, porém, é obrigatório o
cumprimento do Procedimento Operacional, pré-estabelecido.
2
Rotineira
3
PT
Um dos mais importantes objetivos da APR e da PT, é a É uma permissão, por
identificação e controle dos ricos nelas identificados. escrito, que autoriza o
início do trabalho, tendo
sido avaliados os riscos
envolvidos na atividade,
com a devida proposição
O controle de risco se baseia na redução da de medidas de segurança
probabilidade de ocorrência de acidentes, porém, ainda aplicáveis
Capítulo 5
Procedimento Operacional
Para atividades de enlonamento e amarração, bem como demais
atividades desenvolvidas pelo setor de logística, fica dispensada a
necessidade de emissão de PT, devendo haver, porém, um
Procedimento Operacional4, o qual deve ser
documentado, divulgado, conhecido, entendido e, Procedimento
Operacional
4
Capítulo 6
Situações impeditivas
Antes ou durante a atividade de trabalho em altura, pode surgir ou haver
situações que impossibilitem a execução ou continuação da atividade.
Depois de identificada essa situação, obrigatoriamente a atividade deve
ser paralisada ou impedida de se iniciar. Sendo necessária a prática do
“Dever de Recusa5”.
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Dever de Recusa
Instrumento que
assegura ao trabalhador
a interrupção de uma
atividade de trabalho
por considerar que ela
envolve grave e iminente
risco para sua segurança
e saúde ou de outras
pessoas
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Capítulo 7
Atestado de Saúde Ocupacional – ASO
Para executar qualquer tipo de atividade ocupacional, todos os
empregados devem realizar, por conta da empresa, alguns exames
médicos, definidos a partir da função para a qual o trabalhador foi
contratado. Estando com a saúde em dia, o médico do trabalho emitirá o
ASO, que é o Atestado de Saúde Ocupacional.
Anamnese
Hemograma
É um exame que avalia as células sanguíneas de um paciente, podendo
diagnosticar e também, demonstarar a evolução de algumas doenças do
sangue. Ex: Anemia.
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Glicemia em jejum
Utilizado para medir a glicose no sangue, ou seja, podemos considerar
como um pré-diabetes.
Colesterol total
Exame de sangue que mede as taxas de colesterol total, ou seja,
colesterol HDL, colesterol LDL e triglicerídeos. Serve para detectar o
risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Triglicerídeos
Exame que mede os óleos ou gorduras produzidos e armazenados nos
organismos vivos para fins de reserva alimentar.
Exame de Urina
Ex:
Raios-X de tórax
Eletrocardiograma (ECG)
Eletroencefalograma (EEG)
Avaliação Psicológica
Avaliação Oftalmológica
Lembre-se
1. Nosso organismo, assim como uma máquina,
pode apresentar problemas inesperados a
qualquer momento. Portanto, antes do inicio das
atividades, a liderança e o SEESMT, devem
sempre questionar o empregado sobre sua
alimentação (Ex: café da manhã), uso de
substâncias tóxicas (ex: álcool, cigarro, drogas
ilícitas), presença de tontura, mal estar,
taquicardias, alterações na visão e/ou audição.
Aferir a Pressão Arterial todos os dias antes e
iniciar as atividades em altura.
Capítulo 8
Dispositivos anti-quedas
Equipamento de Proteção Individual – EPI
O que é o EPI?
Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo
ou equipamento, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
Lembre-se sempre de inspecionar seu cinto de segurança, antes de iniciar suas atividades.
Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
Seleção do equipamento
Nas atividades de trabalho em altura, são utilizados vários tipos de
equipamento para acesso à área de trabalho.
Segue abaixo, alguns exemplos:
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Capítulo 9
Queda em “pêndulo”
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Capítulo 10
Fator de queda
Indica a relação entre a altura da queda do trabalhador e o comprimento
do talabarte que irá detê-lo (queda livre);
Esse fator é essencial para determinar se o sistema de segurança
contra queda é seguro para evitar lesões, fraturas e fatalidades.
Para fator de queda = ou > que 1, bem como talabarte com extensão
superior a 0,90 m, torna-se obrigatória a utilização do absorvedor de
energia (veremos à frente).
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Capítulo 11
Zona Livre de Queda (ZLQ)
Agora que já aprendemos o que é o Fator de Queda.
Vamos aprender o que é a Zona Livre de Queda.
Zona Livre de Queda é o espaço entre o ponto de ancoragem e o solo,
ou obstáculo mais próximo do trabalhador.
Veja na ilustração abaixo:
Capítulo 12
Absorvedor de energia
O que é e para que ele serve?
O absorvedor de energia é um dispositivo acoplado em alguns modelos
de talabarte, que serve para reduzir a energia gerada na queda, sobre o
corpo humano, ou seja, é como se fosse um “freio” que promove a
desaceleração da velocidade no momento da queda.
Você sabe identificar o absorvedor de energia no seu talabarte?
Ou melhor, você sabe o que é talabarte?
Vamos aprender:
Lembre-se!
Sempre realizar o check list (lista de verificação) nos equipamentos
antes de sua utilização, a fim de identificar possíveis situações que
possam comprometer a resistência do material, bem como uma breve
inspeção após sua utilização.
Capítulo 13
Outros dispositivos e equipamentos
utilizados para trabalho em altura
Além dos EPI‟s (Equipamentos de Proteção Individual) utilizados para
atividades de trabalho em altura, vamos conhecer alguns equipamentos
e dispositivos mecânicos e, até mesmo, elétricos utilizados para trabalho
em altura, os quais devem ser utilizados conforme suas especificações:
Referência: Norma Regulamentadora 18
Andaime em balanço
Andaime suspenso
Andaime móvel
Andaime fachadeiro
Cadeira suspensa
Plataforma de trabalho aéreo
Plataforma Hidráulica
Plataforma com sistema de movimentação em pinhão
Serviços em flutuante
Telhados e coberturas
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Capítulo 14
Ponto de ancoragem
Ponto de ancoragem é o local onde será atracado ou conectado, o
dispositivo anti-queda, seja a própria estrutura, ou a linha de vida, que é
um cabo ou corda, utilizado para o trabalhador se movimentar durante a
atividade de trabalho em altura.
Quais sãos os tipos de ponto de ancoragem?
Vamos conhecer alguns:
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Capítulo 15
Isolamento de área para atividade em altura
Antes de iniciar a atividade de trabalho em altura, deve-se garantir que
toda a área abaixo do local onde será realizada a atividade, esteja
devidamente isolada.
O ideal é que o isolamento seja, no mínimo, a metade da altura total da
atividade, e, quando necessário, toda área com risco de projeção de
estilhaço/ objetos/ ferramentas também deve ser isolada.
Capítulo 16
Montagem e utilização andaimes
Na Votorantim Cimentos, há um padrão específico para montagem e
utilização de andaimes. O responsável pela atividade de trabalho em
altura é responsável por seguir todas as exigências desse padrão de
segurança.
Mesmo assim, vamos listas algumas regras básicas. Veja a seguir:
Para realizar a montagem de andaime, o colaborador deve possuir
crachá de Autorização para Trabalho em Altura;
Inspecionar as partes a serem montadas antes e após o uso, conforme
check list;
A montagem de andaimes deve ser realizada por colaboradores
treinados e qualificados;
Os andaimes não poderão ter peças de fabricantes diferentes;
Todo andaime só poderá ser utilizado após ser liberado, por meio do
check list de utilização, assinado por responsável qualificado, mediante
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), e após receber
sinalização visível de ANDAIME LIBERADO.
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A montagem deve ser feita em terreno firme e nivelado para não ceder
com o peso, evitando quedas.
Capítulo 17
Expressões e definições
Durante os treinamentos que participamos, ouvimos várias expressões
relacionadas com a permissão ou não, para executar tarefas.
Vemos abaixo o que significa cada uma dela:
Qualificado:
É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão
de curso específico na área de interesse reconhecido pelo Sistema
Oficial de Ensino.
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Habilitado:
É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador
previamente qualificado e com registro no competente conselho de
classe.
Capacitado:
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes
condições, simultaneamente:
Autorizado:
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou
capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da
empresa.
Capítulo 18
Noções de primeiros socorros e resgate, bem
como condutas em situações de emergência
Antes, vamos aprender o que é uma situação de EMERGÊNCIA.
Emergência é uma situação indesejável decorrente de uma
anomalia7, com potencial de risco para degradar o meio
ambiente, causar lesões ou danificar instalações.
Para facilitar, vamos ver alguns tipos de situação de
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Anomalia
Resgate em altura
Vamos conhecer alguns equipamentos utilizados no resgate e
salvamento em atividades em altura:
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Nós e amarrações
A maioria dos nós utilizados em resgate foi criada
pela marinha. Entre nós, voltas e laçadas são quase
2.500 no total.
Ascensão
Para realizar o acesso a locais elevados onde se
encontram vítimas ou outras situações de
emergência, existem diversas formas de acesso,
tais como escadas (da própria edificação, da
viatura ou escadas comuns), helicópteros, entre
outras. Existem, porém, situações que não é
possível a utilização desses equipamentos, sendo
necessário realizar a ascensão, denominada
técnica de progressão vertical.
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Tirolesa
Tirolesa é a técnica de transposição entre vãos
livres, por intermédio do deslize de polias,
conectores metálicos, através de um cabo de
salvamento ancorado entre dois pontos.
Macas
São freqüentes as situações de emergência as
quais necessitam de macas para realizar o
resgate das vítimas. Dentre os diversos tipos de
ocorrências podem ser auxiliadas pelo uso das
macas, vejamos algumas delas:
Acidente de trânsito;
Queda de nível em poços, cavernas, e cavidades em geral;
Resgate de vítima na mata;
Resgate em edificações; Resgate de vítima com a utilização de
aeronave;
Resgate em espaço confinado, como silos, caldeiras, fornalhas, etc.
Primeiros socorros
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Iminente
A expressão Primeiros Socorros é usada para caracterizar Situação que pode
uma série de procedimentos adotados com o fim de acontecer no
momento
preservar vidas sob-risco iminente8 e em condições de imediato.
urgência e/ou emergência. Esses procedimentos são
realizados geralmente por pessoas comuns, com
conhecimentos teóricos e práticos acerca das técnicas utilizadas.
Objetivo
Manter as funções vitais
O que o socorrista deve aprender?
O que deve procurar
O que deve fazer
Como deve fazer
Princípios
Agir com calma e confiança – evitar o pânico;
da vítima;
interrogando-a;
Avaliar a vítima
a) ( ) 3 metros
b) ( ) 2 metros
c) ( ) 5 metros
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Coluna 1
( ) Em caso de queda, a distância em queda livre do trabalhador será
de duas vezes o tamanho do talabarte.
( ) Em caso de queda, a distância em queda livre do trabalhador será
sempre menor que uma vez o tamanho do talabarte.
( ) Em caso de queda, a distância em queda livre do trabalhador será
de, no máximo, uma vez o tamanho do talabarte.
Rádio- freqüência:____
Telefone- ramal:______
Mãos à obra
Anotações
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