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“ C O R N E R S T O N E ” – A RC T I C M O N K E Y S
História da Banda:
Tv/ Internet:
Análise:
O clipe de “Cornerstone” foi dirigido por Richard
Ayaode, o mesmo diretor de “Fluorescent Adolescent” e
conta com poucos elementos. É um videoclipe em plano
seqüência que só se utiliza de uma câmera, que
enquadra um fundo branco, onde o único personagem do
clipe, o vocalista Alex Turner, aparece com um gravador
de fitas e um microfone pendurados ao seu pescoço, se
movimentando pelo espaço enquadrado encenando e
interpretando, com gesticulações, a letra juntamente
com o ritmo e a evolução da música. Este fundo é o
único cenário e não há movimentação de câmera, uma
característica deste clipe é que é como se ele estivesse
sendo direcionado exatamente para quem o assiste
naquele instante, a interpretação é sempre feita para a
câmera.
E é basicamente da forma que o clipe se inicia que
irá terminar. No primeiro momento, Alex, fica
centralizado no enquadramento e apenas “canta” o
primeiro parágrafo da letra, e segue para o lado oposto,
e como a estética do clipe é inspirada num certo tipo de
produções amadoras, ele permanece visível, só que
desfocado. Após essa primeira parte, quando começa o
segundo parágrafo ele começa a representar com
gesticulações e linguagem corporal o que é dito na letra
da música.
A música tem uma mensagem romântica, fala de um
homem que ama que procura e ao mesmo tempo
enxerga a sua amada em todos os lugares, mas ao
mesmo tempo não a encontra. “Cornerstone” não pode
ser considerada uma música feliz, muito menos
engraçada. É, na verdade, uma das únicas baladas do
terceiro álbum da banda, o “Humbug”. Mas o humor se
faz muito presente no videoclipe, ao mesmo tempo em
que o vocalista encena a letra permanece sério, seus
movimentos foram intencionalmente humorísticos.
A iluminação deste clipe exerce uma função bem
interessante, de início, parecem ser utilizadas apenas
uma contra luz e a luz principal, posicionada à 45 graus
do objeto principal do enquadramento ou o centro deste,
mas quando o clipe começa a chegar ao seu final e a
música atinge o seu clímax, a iluminação se modifica,
cremos que uma luz secundária é ligada emanando uma
luz com coloração amarelada, diferentemente da feita
em todo o clipe, que é branca. E quando isso acontece o
humor desaparece, e atribui ao clipe uma aura mais
elaborada e até mesmo um pouco melancólica.
O final é simples, como todo o vídeo. Alex sai de
cena, sem recuperar o humor suave do início do clipe.
Provavelmente este seja um dos videoclipes mais
baratos de toda a história videográfica, e isso não tira
dele a sua seriedade ou a sua “oficialidade”, e muito
menos o deixa ruim. O “tosco” e a simplicidade
resgatados dos vídeos amadores trazem a ele uma não-
convencionalidade e, claro, o deixa muito atual, pois
vivemos numa época na qual a produção de conteúdos
descentralizou-se devido às novas tecnologias da
comunicação, fazendo com que qualquer usuário com
acesso à internet possa colocar seu vídeo no youtube,
ou até mesmo mandar para programas como o TVZ e
aparecer no “TVZé”.
Letra: