Você está na página 1de 5

Universidade Federal Fluminense – UFF.

Instituto de Artes e Comunicação Social –


IACS.
Curso: Estudos de Mídia.
Disciplina: Linguagem de Videoclipes.
Professora: Ariane Holzbach.
Alunos: Isis Mesquita e Milton Batista.

“ C O R N E R S T O N E ” – A RC T I C M O N K E Y S

História da Banda:

Os Arctic Monkeys são uma banda formada em


2001, em Sheffield, Inglaterra, pelos amigos de infância
Alex Turner (vocal/ guitarra), Jamie Cook (guitarra),
Andy Nicholson (baixo) e Matt Helders (Bateria),
incialmente sob o nome de Bang Bang, mas após Alex
assumir os vocais o nome da banda foi modificado pelo
qual hoje são conhecidos.
No início da carreira, após alguns primeiros shows,
eles começaram a gravar CD’s demos e distribuí-los ao
público, o que levou a uma disponibilização do conteúdo
musical na internet, pois a oferta desses CD’s era
pequena. Até mesmo um perfil no Myspace foi feito sem
a consciência dos integrantes da banda, mas por causa
dessa divulgação viral, a banda ganhou uma grande
visibilidade.
A popularidade dos Arctic Monkeys, em 2004,
chamou atenção da BBC Radio One e da imprensa
britânica. Em 2005 eles lançaram o seu primeiro EP,
“Five Minutes With Arctic Monkeys” e alguns meses
depois assinaram com a Domino
Records. E em 2006 a banda lançou o
seu primeiro CD, “Whatever people
say I am, thats what I’m not”, que
mesmo com o intenso vazamento pela
internet alcançou recordes de venda.
Sem esperar, em abril de 2006, os
Monkeys lançaram “Who the Fuck Are
Arctic Monkeys”, um EP com cinco
faixas; logo depois do seu lançamento
a banda apresentou um novo baixista,
Nick O’Malley, que a principio ia
apenas substituir Andy Nicholson na
turnê pelos Estados Unidos, mas depois foi anunciado
que ele havia deixado a banda definitivamente.
Em abril de 2007 eles lançaram seu segundo álbum
“Favourite Worst Nightmare”. Deste álbum surgiram três
singles, “Brianstorm”, “Fluorescent Adolescent” e
“Teddy Picker”. Em 2008, Alex Turner, compositor e
vocalista da banda teve o seu caderninho de músicas
roubado, atrasando o início da gravação do terceiro
álbum, e ao tentar lembrar das letras e dos riffs acabou
criando músicas completamente diferentes. Já no final
de 2008 a banda iniciou a gravação de “Humbug”, o
terceiro álbum da banda, a produção foi dividida entre
Josh Homme, o vocalista do “Queens of The Stone Age”,
e James Ford que além de produtor dos primeiros dois
álbuns, produziu também “The Age of The
Understatement”, do Last Shadow Puppets, projeto
paralelo do vocalista, Alex Turner.

Tv/ Internet:

Traçando uma linha videográfica da banda, a


maioria dos seus clipes possui uma estética amadora,
mesmo que a aparelhagem usada em sua produção seja
profissional, mas o objeto deste trabalho,
“Cornerstone”, leva isso a outro nível. O clipe é
claramente inspirado numa idéia de vídeos amadores,
spoofs e produções de fans, que se enquadram numa
estética de produções caseiras para a internet. Ele
mesmo foi lançado na internet, no site oficial dos
próprios Monkeys, ou seja, não foi liberado por algum
tipo de vazamento ou algo parecido, foi intencional da
banda uma atenção especial para esse meio, já que foi
através deste que hoje os Arctic Monkeys tem o
reconhecimento que possuem, sendo um típico exemplo
de banda inciada na web.
Eles sabem como utilizar a internet e toda a sua
lógica, têm consciência da propulsão e visualidade que
ela pode trazer aos conteúdos. E entendem que com a
mudança da indústria fonográfica os vídeos estão cada
vez mais migrando da TV para a internet.

Análise:
O clipe de “Cornerstone” foi dirigido por Richard
Ayaode, o mesmo diretor de “Fluorescent Adolescent” e
conta com poucos elementos. É um videoclipe em plano
seqüência que só se utiliza de uma câmera, que
enquadra um fundo branco, onde o único personagem do
clipe, o vocalista Alex Turner, aparece com um gravador
de fitas e um microfone pendurados ao seu pescoço, se
movimentando pelo espaço enquadrado encenando e
interpretando, com gesticulações, a letra juntamente
com o ritmo e a evolução da música. Este fundo é o
único cenário e não há movimentação de câmera, uma
característica deste clipe é que é como se ele estivesse
sendo direcionado exatamente para quem o assiste
naquele instante, a interpretação é sempre feita para a
câmera.
E é basicamente da forma que o clipe se inicia que
irá terminar. No primeiro momento, Alex, fica
centralizado no enquadramento e apenas “canta” o
primeiro parágrafo da letra, e segue para o lado oposto,
e como a estética do clipe é inspirada num certo tipo de
produções amadoras, ele permanece visível, só que
desfocado. Após essa primeira parte, quando começa o
segundo parágrafo ele começa a representar com
gesticulações e linguagem corporal o que é dito na letra
da música.
A música tem uma mensagem romântica, fala de um
homem que ama que procura e ao mesmo tempo
enxerga a sua amada em todos os lugares, mas ao
mesmo tempo não a encontra. “Cornerstone” não pode
ser considerada uma música feliz, muito menos
engraçada. É, na verdade, uma das únicas baladas do
terceiro álbum da banda, o “Humbug”. Mas o humor se
faz muito presente no videoclipe, ao mesmo tempo em
que o vocalista encena a letra permanece sério, seus
movimentos foram intencionalmente humorísticos.
A iluminação deste clipe exerce uma função bem
interessante, de início, parecem ser utilizadas apenas
uma contra luz e a luz principal, posicionada à 45 graus
do objeto principal do enquadramento ou o centro deste,
mas quando o clipe começa a chegar ao seu final e a
música atinge o seu clímax, a iluminação se modifica,
cremos que uma luz secundária é ligada emanando uma
luz com coloração amarelada, diferentemente da feita
em todo o clipe, que é branca. E quando isso acontece o
humor desaparece, e atribui ao clipe uma aura mais
elaborada e até mesmo um pouco melancólica.
O final é simples, como todo o vídeo. Alex sai de
cena, sem recuperar o humor suave do início do clipe.
Provavelmente este seja um dos videoclipes mais
baratos de toda a história videográfica, e isso não tira
dele a sua seriedade ou a sua “oficialidade”, e muito
menos o deixa ruim. O “tosco” e a simplicidade
resgatados dos vídeos amadores trazem a ele uma não-
convencionalidade e, claro, o deixa muito atual, pois
vivemos numa época na qual a produção de conteúdos
descentralizou-se devido às novas tecnologias da
comunicação, fazendo com que qualquer usuário com
acesso à internet possa colocar seu vídeo no youtube,
ou até mesmo mandar para programas como o TVZ e
aparecer no “TVZé”.

Letra:

Thought I saw you in the battleship


But it was only a look a like
She was nothing but a vision trick
Under the warning light
She was close, close enough to be your ghost
But my chances turned to toast
When I asked her if I could call her your name

I thought I saw you in the rusty hook


Huddled up in wicker chair
I wandered up for a closer look
And kissed who ever was sitting there

She was close, and she held me very tightly


Till I asked awfully politely, please
Can I call you her name

And I elongated my lift home,


Yeah I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself

I thought I saw you in the parrots beak


Messing with the smoke alarm
It was too loud for me to hear her speak
And she had a broken arm

It was close, so close that the walls were wet


And she wrote it out in letraset
No you can't call me her name.

Tell me where's your hiding place


I'm worried I'll forget your face
And I've asked everyone
And I'm beginning to think I imagined you all along

I elongated my lift home


Yeah I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself

I saw your sister in the cornerstone


On the phone to the middle man
When I saw that she was on her own
I thought she might understand
She was close, well you couldn't get much closer
She said I'm really not supposed to but yes,
You can call me anything you want.

Você também pode gostar