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Isabela Izidório
Silvia Oliveira
TRABALHO AVALIATIVO
Mariana
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – ICSA
SERVIÇO SOCIAL
TRABALHO AVALIATIVO
Mariana
2018
INTRODUÇÃO
O presente artigo foi elaborado com base no texto ”O bloco dos sem razão”, do
sociólogo francês Jean François-Bert, e retrata a visita de Foucault ao hospício cantonal de
Musterlingen, onde este presenciou um desfile de carnaval dos pacientes, fato que serviu de
inspiração para elaboração de uma de suas obras-primas: História da loucura.
Citando Focault, o autor do texto, Jean François, aborda que o hábito de exibir os loucos
surgiu na Idade Média, e até no séc. 18, essa prática ainda era comum, inclusive em instituições,
como uma distração.
A década de 1950 foi de grande importância na vida de Michel Foucault. O jovem havia
se formado anteriormente em Filosofia, depois em Psicologia Patológica; atuava como
professor assistente na Universidade de Lille e também em rue d’Ulm. Suas fontes eram grandes
pensadores como Jacques Lacan, Merleau-Ponty, Freud, Nietzsche, entre outros.
Foucault mostra que cada época tem uma visão do que é "normal" e o que é o homem
"louco" as ações dos médicos sob esse denominados loucos, tem sim, haver com seu
conhecimento mas também com seu contexto cultural. Por exemplo, se um psiquiatra vai "trazer
um homem de volta ao normal" isso depende do que é entendido como normal em determinada
época.
A partir do século XVII, na era cartesiana, isso começa a mudar, começa-se a ver o
louco como aquele que está errado. O louco não tem direito a verdade. Só a razão tem direito a
verdade. Não é à toa que nessa época começam a ser internados alcoólatras, homossexuais;
pessoas fora dos padrões estabelecidos pela sociedade.
Quando chega o século XIX se tem a ideia de que louco não é criminoso mas sim doente.
Começa a dar poder a classe medica para definir o é normal e de definir como trazer o louco
para sua normalidade.
Aquele carnaval tocou Foucault, e anos mais tarde, em uma entrevista, ele fala sobre
esse dia, e em suas palavras, “no dia do carnaval, os loucos se fantasiavam e faziam um desfile
de máscaras pelas ruas: curiosidade incomodada, um pouco assustada dos espectadores: o único
dia em que se permitia aos loucos sair era para os outros rirem e se fazerem de loucos.” (
Foucault in )
Assim, infere-se que, a rotina do hospício se quebra, e todos se tornam “loucos”, mesmo
que apenas por um dia. Há uma fuga da realidade, onde os internos “escapam” um pouco da
tristeza da vida institucionalizada, e os demais se permitem brincar, se divertir quebrando a
monotonia de uma vida pautada no normal.
CONCLUSÃO