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Ementa
Estudar os materiais usualmente empregados para a construção de vasos de pressão, caldeiras, permutadores de calor,
fornalhas, tanques de armazenamento, tubulações e outros equipamentos de processo e os princípios e critérios de seleção
desses materiais.
Avaliações
Primeira avaliação:
Atividade coletiva em sala – Valor 1,0 ponto + 1º Seminário de Equipamentos de Processo (Tanques, Caldeiras, Trocadores
de Calor) – Valor 3,0 pontos + Prova individual – Valor 6,0 pontos (Capítulos 1 ao 6)
Segunda avaliação:
Atividade coletiva em sala – Valor 1,0 ponto + 2º Seminário de Equipamentos de Processo (Compressores, Vasos de
Pressão, Turbinas) – Valor 3,0 pontos + Prova individual – Valor 6,0 pontos (Capítulos 7 ao 11)
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
1 – Equipamentos de Processo
2 – Seleção de Materiais para Equipamentos de Processo
3 – Fatores Gerais de Influência
4 – Observações sobre a Seleção de Materiais
5 – Especificações de Material
6 – Resistência Mecânica dos Materiais Metálicos
7 – Classificação dos Materiais para Equipamentos
8 – Recursos para Melhorar as Propriedades Mecânicas dos Materiais Metálicos
9 – Processos que Conduzem a Falhas em Serviço
10 – Tensões Admissíveis em Projeto
11 – Comparação de Custo dos Materiais
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Esfera
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Gasômetro
Caldeira
Torres de destilação
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Trocador de calor
Silos
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Nas indústrias de processo existem três condições específicas características que tornam necessário um
maior grau de confiabilidade para os equipamentos e, consequentemente para a seleção dos materiais
para esses equipamentos, em comparação com o que é normalmente exigido para as demais indústrias
em geral.
1 – O regime de trabalho das indústrias de processo é quase sempre contínuo, dia e noite, durante
meses. As campanhas (períodos de operação contínua), podem durar vários meses (em média até 36
meses). No fim desses períodos acontecem as paradas para manutenção e revisão dos equipamentos,
antes de uma nova campanha. Desta forma, os equipamentos são submetidos a um regime de operação
mais severo do que em outros tipos de indústria.
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Materiais para Equipamentos de Processo
2 – Os diversos equipamentos formam uma cadeia contínua, através da qual, circulam os fluidos de
processo. Desse modo, a falha ou paralisação de um único equipamento por qualquer motivo, obriga
geralmente a paralisação ou redução da produção, de toda a instalação. É evidente que toda a
paralisação não programada de uma indústria sempre resulta em vultosos prejuízos de perda de
produção e de lucros cessantes, vindo daí a necessidade do máximo de segurança e confiabilidade de
funcionamento desses equipamentos.
3 – Nessas indústrias existem, muitas vezes, condições de grande risco, devido ao manuseio de fluidos
inflamáveis, tóxicos, explosivos ou em elevadas pressões ou temperaturas, condições essas para as
quais uma pequena falha ou vazamento pode resultar em um acidente grave, ou mesmo um desastre de
grandes proporções.
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Materiais para Equipamentos de Processo
Caldeiras
Fornos
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Materiais para Equipamentos de Processo
Trocadores de calor;
Refervedores;
Trocadores de calor Resfriadores;
Aquecedores;
Condensadores;
Tubulações de processo;
Tubulações industriais Tubulações de drenagem;
Tubulações de utilidades;
Tubulações de transporte;
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Materiais para Equipamentos de Processo
e) Custo do material
É evidentemente um fator importantíssimo e, frequentemente, decisivo na escolha. Para cada aplicação
prática existem quase sempre vários materiais possíveis; o melhor será sempre o mais econômico. Para a
decisão de qual material é o mais econômico, deve ser considerado não só o custo direto do material,
como também uma série de outros fatores: custo de fabricação, tempo de vida, custo de paralisação e de
reposição do equipamento etc.
f) Experiência prévia
A decisão por um determinado material obriga, sempre, que se investigue e se analise a
experiência prévia que possa existir com esse material no mesmo serviço. Em casos importantes
é, em geral, muito arriscado decidir-se por um material para o qual não exista nenhuma experiência
anterior em serviço semelhante.
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Materiais para Equipamentos de Processo
i) Segurança
Quando o risco potencial do equipamento, ou do local onde o mesmo se encontra, for grande ou, ainda, quando o
equipamento for essencial ao funcionamento de uma instalação importante, há necessidade do emprego de materiais
que ofereçam o máximo de segurança, de forma a evitar a ocorrência de rupturas, vazamentos ou outros acidentes,
que possam resultar em custosas paralisações, ou mesmo desastres. Como já foi observado, são frequentes os casos
de equipamentos essenciais ao funcionamento de toda uma instalação, que poderá ser totalmente paralisada se o
equipamento sair de operação. São exemplos de risco potencial elevado, os equipamentos que trabalham com fluidos
inflamáveis, tóxicos, explosivos ou em temperaturas ou pressões muito altas. Os materiais de baixo ponto de fusão
(materiais plásticos, borrachas, alumínio, chumbo, etc) não podem ser empregados em equipamentos que devem ser à
prova de fogo. Reatores nucleares e outros equipamentos sujeitos a altos níveis de radiação podem sofrer processo
específicos de deterioração e sempre exigem condições excepcionais de segurança.
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Materiais para Equipamentos de Processo
j) Coeficientes de atrito
k) Condutividade térmica
l) Dureza e resistência à abrasão
m) Possibilidade de solda com outros metais
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Materiais para Equipamentos de Processo
Quando as únicas experiências prévias existentes forem relativas a um serviço não exatamente
igual, inclusive quando consistirem apenas em ensaios de laboratório, é importante que sejam
estudadas com cuidado as diferenças em relação ao serviço real que se tem, bem como suas
possíveis influências no
comportamento do material. É importante observar que as experiência s de laboratório não
conseguem, em muito s casos, reproduzir fielmente as condições do equipamento em serviço; é
o caso. por exemplo, dos fenômenos de fluência e muitos dos fenômenos de corrosão, que só
são observáveis ao fim de um longo tempo. Por esse motivo, os resultados de laboratório,
mesmo quando confiáveis, devem ser considerados com cautela.
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Materiais para Equipamentos de Processo
Aços carbono
Materiais para caldeiras e Aços liga
fornos Aços inoxidáveis
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Cobre e ligas
Materiais para tanques
Metais não ferrosos Níquel e ligas
de armazenamento e
Alumínio e ligas
outros reservatórios sem
pressão
Cobre e ligas
Materiais para tubulações Níquel e ligas
(tubos, válvulas, conexões Metais não ferrosos Alumínio e ligas
e acessórios de tubulação) Chumbo e suas ligas
Titânio, Zircônio e ligas
Concreto armado
Materiais plásticos
Materiais não metálicos
Borrachas
Cerâmica
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Materiais para Equipamentos de Processo
Concreto
Materiais plásticos
Não metálicos Borrachas
Cerâmica
Asfalto
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Materiais para Equipamentos de Processo
Neste estudo, serão tratados, principalmente, dos materiais metálicos, que são de longe os mais
importantes para todas as classes de equipamentos de processo. Os materiais metálicos
empregados em equipamentos de processo podem ser encontrados no comércio sob várias formas de
apresentação, sendo as seguintes as mais importantes:
chapas grossas (espessuras de 4,8 mm ou maior) laminadas a quente (chapas planas, retangulares,
avulsas);
chapas finas (espessuras até 4,8 mm), apresentadas como chapas planas avulsas ou como
bobinas;
tubos para condução (sem costura ou com costura);
tubos para troca de calor (sem costura ou com costura);
peças forjadas e fundidas
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Materiais para Equipamentos de Processo
Todos os materiais, metálicos ou não empregados nos equipamentos do processo devem ter
qualidade e propriedades perfeitamente conhecidas e garantidas e, por isso, é prática usual exigir
que todos os materiais obedeçam a alguma “Especificação de Material”. Atualmente as normas
técnicas cumprem boa parte desse papel.
Chamam-se Especificações de Material, documentos normativos emitidos por sociedades de
normalização reconhecidas, públicas ou particulares, ou por alguns fabricantes ou usuários
importantes de materiais definindo as propriedades de algum material. Essas especificações contém
geralmente as seguintes informações e exigências mínimas:
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Materiais para Equipamentos de Processo
Material abrangido pela especificação, com indicação de sua forma de apresentação, finalidade
do emprego, às vezes, também limites de tolerâncias;
Propriedades mecânicas mínimas exigidas, em geral são especificados os valores mínimos de dureza,
alongamento, limite de escoamento, limite de ruptura, redução de área, etc;
Alguns usuários importantes de equipamentos, como é o caso da PETROBRAS, também emitem especificações
de material (Normas PETROBRAS)
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Materiais para Equipamentos de Processo
As Especificações de Material, aliás como qualquer outra norma de Engenharia, são documentos dinâmicos,
sujeitos periodicamente a revisões para melhorias, acréscimos e eventuais correções. Por esse motivo,
deve-se prestar atenção para o ano de edição de uma determinada especificação, principalmente tratando-se
de equipamentos antigos, ou de material adquirido há muito tempo.
Outro documento referente à Qualidade dos materiais que também é prática corrente exigir, para todos
os materiais que sejam empregados em equipamentos de processo , e até mesmo na indústria em geral, é o
“Certificado de Qualidade”, emitido pelo fabricante do material. Esses certificados, são numerados, datados e
assinados por profissional habilitado, e devem obrigatoriamente acompanhar cada lote de compra de
qualquer tipo de material. O certificado deve conter, no mínimo, as seguintes informações: Quantidade e
tipo de material; sigla da Especificação de Material à qual o material obedece com indicação de classe,
grau ou tipo; número e data da corrida ou da fundição de produção do material; valores de composição
química e de propriedades mecânicas, obtidos de amostras do material como exigido na Especificação.
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Resistência à tração
Ductilidade
Tenacidade
Dureza
Resistência à fluência
Resistência à fadiga
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Materiais para Equipamentos de Processo
A resistência à tração é medida nos ensaios de tração, com procedimentos e corpos de prova
especificados por normas, onde são determinados os valores dos limites de resistência (LR) e de
escoamento (LE). Embora cada cristal individual seja anisotrópico, a resistência mecânica de
uma peça metálica é, em geral , a mesma em todas as direções, devido a existência de grande
quantidade de grãos orientados aleatoriamente. Mediante trabalhos de deformação (laminação,
forjamento etc.) é possível conseguir-se uma orientação preferencial dos cristais, de forma a
obter melhores propriedades mecânicas em uma determinada direção. A ductilidade, isto é, a
capacidade do material em absorver deformação plástica sem se romper, é medida pelo
alongamento (isto é, a deformação longitudinal sofrida pelo corpo de prova na ocasião da
ruptura) e pela porcentagem de redução de área na ruptura (estricção), ambos os valores
obtidos nos ensaios de tração.
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Materiais para Equipamentos de Processo
A tenacidade de um material é medida pela energia de deformação absorvida pelo material até a
sua ruptura; esse valor corresponde à área total compreendida sob a curva tensão/deformação,
e é a capacidade do material em absorver energia sem se romper. É fácil de entender que um
determinado material pode ter um grande valor do limite de resistência e pequena tenacidade, e
outros, pelo contrário, grande tenacidade e um valor moderado de limite de resistência.
Chama-se dureza de um material a sua resistência a penetração superficial, medida pelas escalas
Brinell, Vickers e Rockwell. Para a maioria das partes dos equipamentos de processo não é
geralmente exigido grande dureza, que, pelo contrário, costuma ser prejudicial por dois
motivos:
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Materiais para Equipamentos de Processo
1 ) Em geral, os materiais metálicos de grande dureza são mais sujeitos à corrosão sob tensão;
2) Em geral, também, quando a dureza é elevada, a ductilidade é pequena e essa última é uma
propriedade bem mais importante. Uma grande dureza pode, entretanto, ser necessária para
algumas partes altamente tensionadas ou sujeitas a grande desgaste superficial, como sedes de
válvulas, por exemplo. A dureza é, em geral, proporcional ao limite de resistência do material .
Sintetizando, temos, como alguns recursos para otimização das propriedades mecânicas dos
materiais:
Composição química
Processos de fabricação, acabamento, conformação e espessura do material
Tamanho de grão do material
Tratamentos térmicos
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Materiais para Equipamentos de Processo
Composição química
Todos esses fatores têm grande influência nos diversos aspectos da resistência mecânica. Por
processos de fabricação e de acabamento estamos entendendo os processos de laminação,
extrusão, trefilação, forjamento e fundição ou variantes ou combinações desses. Os
processos que resultam em deformações plásticas (todos os acima citados, exceto fundição).
em geral, concorrem para aumentar a resistência mecânica do material. Esse aumento será
tanto maior quanto mais severa for a deformação, porque cada passe sucessivo de
deformação promove uma redução no número e na gravidade das discordâncias, que assim
vão sendo gradativamente reduzidas, bem como, em alguns casos, uma orientação
preferencial dos grãos do material, dando maior resistência em uma determinada direção.
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Por esse motivo, os materiais de pequena espessura (chapas finas, fios, tubos de paredes
finas) que sofreram maior número de passes de deformação, têm maior resistência unitária do
que os de grande espessura. O máximo de resistência é conseguido nos arames e fios que
sofreram o máximo de deformação.
Um grande aumento no limite de escoamento e na dureza do material pode ser conseguido
por trabalhos de deformação a frio no material (martelamento, calandragem, dobramento
etc.), devido ao fenômeno do encruamento (strain hardening) .
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Materiais para Equipamentos de Processo
Encruamento é o aumento na tensão necessária para causar uma nova deformação plástica,
devido às interferências mútuas entre as discordâncias, em conseqüência da própria
deformação. O encruamento causa, entretanto, uma sensível redução na ductilidade do material
e não é uma condição estável, porque pode ser modificada pela ação do tempo ou por um
ciclo térmico. Chama-se deformação a frio à deformação realizada em temperatura inferior a
temperatura de recristalização do material e deformação a quente a realizada em temperatura
superior. Temperatura de recristalização é a temperatura em que ocorre um rearranjo completo
dos átomos e a nucleação de novos cristais não-deformados; para o aço-carbono, essa
temperatura é de cerca de 540°C.
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
O tamanho de grão da estrutura metalúrgica tem também grande influência nas propriedades
mecânicas, havendo um aumento na resistência mecânica com a redução do tamanho dos grãos,
porque toma-se mais difícil a movimentação das discordâncias, devido ao maior número de
barreiras (contornos de grão).
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Materiais para Equipamentos de Processo
Tratamentos térmicos
Qualquer tratamento térmico modifica em algum aspecto a resistência mecânica dos metais,
porque altera a sua estrutura metalúrgica, sendo a variação das propriedades mecânicas
justamente a finalidade geral dos tratamento térmicos.
Tratamentos térmicos
O tratamento de normalização, que refina os grãos do material, e o alívio de tensões, que reduz
as tensões internas, aumentam a tenacidade e a resistência ao impacto.
TÉCNICO EM MECÂNICA
Materiais para Equipamentos de Processo
Um material metálico pode falhar em serviço pela ação de um ou mais dos seguintes
processos:
Processos mecânicos:
Um material metálico pode falhar em serviço pela ação de um ou mais dos seguintes
processos:
Processos mecânicos-químicos:
Um material metálico pode falhar em serviço pela ação de um ou mais dos seguintes
processos:
Corrosão generalizada;
Oxidação, carbonetação, sulfetação e outros processos corrosivos em altas temperaturas;
Corrosão por pites, em frestas, intergranular, seletiva ou outras formas de corrosão
localizada.
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Materiais para Equipamentos de Processo
As normas de projeto das diversas classes de equipamentos de processo estabelecem tensões admissíveis
para quase todos os tipos de materiais usualmente empregados, em função das quais é feito o
dimensionamento mecânico desses equipamentos.
Como o custo é um dos fatores mais importantes na escolha do material mais recomendado para um
determinado serviço, é indispensável um estudo comparativo desses custos.
A melhor comparação seria entre os preços que teria uma mesma peça, capaz de resistir aos
mesmos esforços mecânicos, quando fabricada de vários materiais.
Na comparação de custos dos materiais, devem ser levados em consideração os seguintes pontos:
Resistência mecânica;
Resistência à corrosão;
Maior ou menor dificuldade de soldagem;
Disponibilidade no mercado;
Maior ou menor facilidade de conformação ou trabalho a frio (ver também usinabilidade);
Necessidade ou não de tratamentos térmicos.