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Gramática da língua portuguesa

Pasquale Cipro Neto


Ulisses Infante

Assessoria Pedagógica
Apresentação
Respostas das questões propostas

editora scipione
www.scipione.com.br
Apresentação
Ao professor
Este é um livro dedicado ao ensino da norma culta da língua portuguesa em sua vertente brasileira. É
um livro que procura apresentar ao aluno os conteúdos da disciplina gramatical de forma a que ele possa
servir-se desses conteúdos para satisfazer suas necessidades comunicativas do dia-a-dia.
É claro que nos estamos referindo às necessidades comunicativas em que o uso do padrão culto da lín-
gua se faz necessário. Insistimos em que, na nossa opinião, a escola deve ensinar ao aluno aquilo que ele
não sabe — o que, apesar de constituir uma obviedade, nem sempre é, a nosso ver, algo que se desenha
com clareza para muitos que opinam sobre a educação: ora, uma das dificuldades do estudante brasileiro
é justamente a aquisição do padrão formal da língua, uma vez que os meios de comunicação de massa —
pela dinâmica de trabalho que lhes é própria — privilegiam as formas coloquiais da língua. No entanto,
exames, vida burocrática ou acadêmica exigem do aluno o uso e o reconhecimento das formas cultas da
língua. Por isso, acreditamos que a escola deva empregar muita de sua energia no ensino desse padrão.
Fique claro que isso não significa estigmatizar as demais formas da língua: significa apenas e tão-somen-
te concentrar esforços naquilo que o aluno desconhece. Aliás, muita confusão tem sido gerada a partir da
noção de que se deve valorizar a forma de língua que o aluno possui. Sim, concordamos com isso: não con-
cordamos, no entanto, com a noção de que valorizá-la significa manter o aluno preso a essa única forma
de língua. Não concordamos, principalmente, com quem, a partir desse pretexto, estigmatiza a norma
culta, atuando de forma preconceituosa — e perniciosamente preconceituosa (se é que é possível que haja
preconceito não pernicioso...), pois se disfarça numa aparentemente simpática postura de tolerância, res-
peito e o que quer que seja. Respeito e tolerância têm, na verdade, aqueles que acreditam que ao aluno
devem ser apresentadas todas as formas possíveis da língua para que ele venha a se tornar um “poliglota
de sua própria língua” — que, como se pode facilmente depreender, é capaz de falar as formas coloquiais
e de escrever as formas cultas e não só...
Transformamos o estudo dos textos no ponto de chegada de cada capítulo. E o conceito de texto aqui
empregado é bastante amplo: poemas, letras de canções, anúncios publicitários, textos de jornais e revis-
tas de grande circulação. Textos atuais, produzidos numa forma de língua apropriada a um ensino atuali-
zado e dinâmico. Textos com os quais todos os cidadãos de um país têm de se defrontar para o exercício
de sua cidadania. Essa opção pela diversidade e pela atualidade textual se baseia em convicções próprias e
nas colocações teóricas de um grande pensador da linguagem:
Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do dis-
curso em qualquer área do estudo lingüístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historici-
dade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida.
A língua penetra a vida atra-
vés dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a
vida penetra a língua.
(Mikhail Bakhtin, in Estética da criação verbal, p. 282 – grifo nosso.)

Os capítulos do livro apresentam uma estrutura bem-definida. As seções presentes são:

2 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
a Teoria gramatical — Apresentação clara, precisa e completa dos principais tópicos do ensino grama-
tical. Destacamos que a teoria exposta neste livro se baseia nas gramáticas normativas mais atualizadas,
nos manuais de redação da mídia impressa e na observação dos procedimentos normativos dos mais
prestigiosos vestibulares do país e do ENEM.
b Atividades — Exercícios de aplicação dos conteúdos gramaticais, destinados a automatizar o emprego
de estruturas da língua por parte do aluno. São, portanto, exercícios eminentemente práticos, que insis-
tem em aspectos importantes da forma culta da língua. Podem ser feitos oralmente ou por escrito, a
critério do professor. Menos freqüentemente, esses exercícios abordam aspectos teóricos da gramática;
de uma forma geral essa abordagem está limitada às Questões e testes de vestibulares, no final de cada
capítulo.
c Textos para análise — Elenco de textos para análise e discussão. Procuramos, sempre que possível,
oferecer textos de gêneros diferentes (textos publicitários, letras de canções, poemas, textos jornalísti-
cos etc.), a fim de obter uma amostragem mais compreensiva.
d Questões e testes de vestibulares — Oportunidade de trabalhar em sala de aula esse item tão cobra-
do pelos alunos. Colocados no final do capítulo, podem ser usados pelo professor da forma que julgar
mais conveniente: aos poucos, acompanhando o desenvolvimento do curso, ou como revisão geral, no
final do curso.
Destacamos que o aspecto mais importante do livro reside no trabalho de análise dos textos. Por isso,
recomendamos que a leitura e a investigação de cada texto sejam feitas com carinho e dedicação. Reco-
mendamos que cada análise seja precedida de uma conversa prévia sobre o tema, a fim de instigar a curio-
sidade do aluno e de fazê-lo sistematizar, ainda que de forma apenas esboçada, o conhecimento que já
possui a respeito do tema a ser discutido; a seguir, deve-se solicitar do aluno uma leitura silenciosa e uma
primeira leitura das questões propostas. Uma leitura em voz alta para discussão de aspectos de vocabulá-
rio pode ser o passo seguinte: apesar de desaconselhada por alguns, a leitura em voz alta é defendida por
muitos, e, a nosso ver, constitui um poderoso instrumento para que o professor avalie o grau de inteligên-
cia do texto por parte do aluno — em outras palavras, as modulações da leitura em voz alta permitem per-
ceber até que ponto os feixes de sentido do texto foram devidamente captados pelo leitor. No caso das
canções, é sempre agradável apresentá-las por meio de um aparelho de som. Apesar da atitude preconcei-
tuosa de muitos — que chegam a dizer que vão retirar seus filhos das escolas em que se apresenta músi-
ca popular nas aulas de língua —, reafirmamos que a música popular brasileira é um patrimônio cultural
absolutamente valioso deste país e que, de acordo com essa convicção, sempre estará presente em nosso
trabalho como ponto de partida para atividades de reflexão lingüística, estética, crítica.
O professor encontrará, ao longo deste manual, comentários e propostas de atividades afinados com as
atividades específicas e com os textos selecionados.
Agradecemos antecipadamente todas as críticas e sugestões que forem feitas por nossos colegas, salien-
tando que as julgamos indispensáveis ao aprimoramento de nosso trabalho.
OS AUTORES

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 3
RESPOSTAS DAS QUESTÕES PROPOSTAS
■ Capítulo 2 – Fonologia a)manto b)senda c)cinto
d) ponte e) mundo
Atividade (p. 17)
3 O estudo dos homorgânicos é importante para
O objetivo desta atividade é apresentar ao despertar no aluno a consciência de que alguns
aluno as principais particularidades das relações fonemas são emitidos de forma muito seme-
entre letras
Para isso, e fonemasemnacada
destacamos língua
casoportuguesa.
o fato gra- lhante
provocarà pouca
de outros, o na
clareza quedicção.
pode Prestar
muitas aten-
vezes
matical mais importante. ção a eles e emiti-los com cuidado é importan-
a) hora: quatro letras, três fonemas (a letra h te para o desenvolvimento da boa dicção e da
não representa nenhum som) performance oral. Além disso, há claro caráter
lúdico neste jogo com sons da língua.
b) acesso: seis letras, cinco fonemas (ocorre o
dígrafo ss) a)cato b)dedo c)bato
c) arrastar: oito letras, sete fonemas (dígrafo rr) d)beijinho e)jato f)fale
d) tóxico: seis letras, sete fonemas (a letra x 4 Prática oral. O professor deve insistir na necessi-
representa dois sons — /ks/) dade de se estabelecer uma nítida diferença na
e) distinguir:dez letras,oito fonemas (dígrafosin produção dos sons selecionados para o exercí-
e gu; observar que a pronúncia culta dessa cio e aproveitar para valorizar a boa dicção.
palavra se faz com o dígrafogu, e não comgü)
f) querer: seis letras, cinco fonemas (dígrafo Atividades (p. 25)
qu)
g) água: quatro letras, quatro fonemas 1 Reconhecer encontros vocálicos é importante pa-
ra a divisão silábica e para a acentuação gráfica.
h) quarto: seis letras, seis fonemas
a) alguém – ditongo nasal decrescente
i) banho: cinco letras, quatro fonemas (dígrafo
nh) b) trouxeram – ditongo oral decrescente e
ditongo nasal decrescente
j) obsessão: oito letras, sete fonemas (dígrafo
ss) c) diáspora – hiato
l) obcecado: oito letras, oito fonemas d) Mooca – hiato
m) queijinho: nove letras, sete fonemas (dígra- e) tui-ui-ú – ditongos orais decrescentes (ui) e
fos qu e nh) hiatos (entre ui-ui e entre ui-ú)
f) Pi-au-í – hiato, ditongo oral decrescente e
Atividades (p. 21) hiato
g) idéi-a – ditongo oral decrescente e hiato
1 Esta atividade,
próxima como
seção do ficará ainda
capítulo, mais
é muito claro na
importante h) gênio – ditongo oral crescente (ou hiato)
para o estudo da divisão silábica em português. i) tire-ói-de – hiato e ditongo oral decrescente
a) semivogal b) semivogal c) vogal j) claustrofobia – ditongo oral decrescente e
ditongo oral crescente (ou hiato)
d) vogal e) semivogal f) semivogal
l) melanci-a – hiato
g) semivogal h) vogal i) vogal
m) sa-í-ram – hiato
2 Esta atividade reforça o conceito de fonema,
n) sobressai – ditongo oral decrescente
evidenciando como a oposição nasal/oral pode
estabelecer diferença de sentido. Além disso, o) sobressa-í – hiato
reforça o estudo dos dígrafos. p) iguais – tritongo oral

4 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
q) circui-to – ditongo oral decrescente (cuida- Textos para análise (p. 26)
do com a pronúncia culta desta palavra!)
Texto 1
r) balões – ditongo nasal decrescente
s) ação – ditongo nasal decrescente A publicidade cria, com muita freqüência, tex-
tos em que aspectos sonoros das palavras são
2 Conhecer os encontros consonantais é impor- colocados em destaque. Este texto ilustra com
tante para a divisão silábica. muita propriedade essa constante e oferece
a) encontro consonantal (gr) bom material de análise para atividades em sala
b) encontro consonantal (d-q) e dígrafo conso- de aula. Antes de lidar diretamente com o texto
nantal (qu) e as questões, recomenda-se que o professor
c) encontro consonantal (br) peça aos alunos que observem atentamente a
parte visual do anúncio e o modo como nela se
d) dígrafo consonantal (sc) sugere que, entre o que o televisor anunciado
e) dígrafo consonantal (xc) mostra em sua tela e o mundo real, há continui-
f) dígrafo consonantal (ss) dade. Essa idéia abre possibilidades interessan-
tes de discussão: aquilo que a TV mostra, por
g) encontro consonantal (pl)
mais que se ofereça numa imagem de alta fide-
h) dígrafo consonantal (ch) lidade, pode ser em algum momento considera-
i) encontro consonantal (cr) do “real”? Por que a publicidade procura suge-
j) dígrafo consonantal (sç) rir que a TV possa ser uma representação exata
da realidade? De que forma essa noção de que
l) encontro consonantal (fl) e dígrafo conso-
a TV possa transmitir a “realidade como ela é”
nantal (ch)
pode se tornar socialmente perigosa? Essasques-
m) encontro consonantal (bl) e dígrafo conso- tões todas estão diretamente ligadas à discus-
nantal (qu) são do tema transversal “Consumo”.
n) encontrosconsonantal
consonantais(cl)(r-p-e pr-) conso- 1 O aluno deve perceber que, no texto, plena tem
o) encontro e dígrafo o sentido de “inteira, cabal, completa”. E que
nantal (ss) esse sentido é fundamental para o argumento
p) encontros consonantais (f-t, l-m e s-t) que texto e imagem defendem: o de que o tele-
q) encontros consonantais (pt- e c-t-) visor anunciado consegue oferecer não repre-
sentações da realidade, mas sim pedaços autên-
3 A correta representação da divisão silábica é ticos dessa mesma realidade.
uma das particularidades da língua escrita culta.
2 O aluno deve mostrar que as palavras plana e
a) subs-tân-cia (ou -ci-a)
plena diferem uma da outra porque entre elas
b) sur-pre-en-den-te há a oposição entre os fonemas /a/ e /e/. Dessa
c) ad-qui-rir oposição derivam as diferenças de significado
d) a-di-vi-nhar entre as palavras. Por serem capazes de estabe-
e) ru-im lecer essas oposições, /a/ e /e/ são fonemas. A
exploração da semelhança sonora plana/plena é
f) gra-TUI-to (cuidado com a pronúncia culta uma manifestação da chamada função poética
desta palavra!) da linguagem — e o emprego desse recurso no
g) abs-ces-so texto publicitário atua como forma de atrair a
h) a-tua-li-za-ção atenção do leitor da revista, “fisgado” pelo cu-
i) psi-qui-a-tri-a rioso efeito do texto, a que a beleza da imagem
logo se soma.
j) me-lan-ci-a
l) pneu-má-ti-co Texto 2
m) ad-ven-tí-cio (ou -ci-o)
Antes de ler o texto, deve-se perguntar aos alu-
n) in-tros-pec-ção nos o que esperam quando lêem revistas de
o) felds-pa-to divulgação científica: elas têm de ser rigorosas

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 5
em sua conceituação e exposição ou podem co- “Na rede” é uma bela canção cuja letra oferece
meter “pequenos” equívocos em nome da sim- material produtivo para a análise e expansão dos
plificação? Esse rigor deve ser o mesmo para conteúdos estudados neste capítulo. Recomen-
todas as publicações ou aquelas mais populares damos que, antes da audição ou leitura da canção,
podem ser mais tolerantes do que as que estão o professor converse com os alunos sobre os vários
ligadas a instituições como a SBPC, que publicaa significados que a palavrarede pode ter (instru-
revista Ciência Hoje? Depois dessa conversa ini- mento de pesca, artefato para sono e repouso, sis-
cial, deve-se fazer a leitura e a análise do texto. tema de componentes interligados, como a
O aluno deve perceber que o texto deveria uti- Internet) e sobre a importância desses elementos
lizar o conceito de fonema e não o de letra na vida de cada um.
quando se refere a vogais e consoantes: afinal, O professor deve, se julgar oportuno, comentar
o que está gravado no fundo do cérebro não
são letras — sinais gráficos — mas sim fonemas o fato de que na letra da canção não há unifor-
— imagens acústicas. Saber que a distinção midade de tratamento, ou seja, o sujeito lírico
entre fonemas vocálicos e consonantais está trata a pessoa a que se dirige como você (tercei-
relacionada não só às particularidades de pro- ra pessoa) e como tu (segunda pessoa).
dução desses sons, mas também à área do cére- 1 O aluno deve ser capaz de definir fonema a par-
bro em que são armazenados e processados é tir da comparação entre as palavras peixe e
realmente um dado importante para quem pen- feixe. É a oposição sonora entre /p/ e /f/ que cria
sa e investiga a linguagem humana. Os resulta- a diferença de sentido entre as duas palavras;
dos de pesquisas como essa podem ser muito
por isso, tanto /p/ quanto /f/ são fonemas. É im-
úteis, por exemplo, aos fonoaudiólogos.
portante comentar com os alunos que o uso de
O aluno deve perceber que os problemas do duas palavras tão semelhantes em termos fono-
texto podem ser resolvidos por meio da substi- lógicos foi uma escolha consciente dos autores
tuição
que umado forma
conceito
de de letra
fazer pelo
essa de fonema.
substituição semE da canção.
provocar dúvidas no leitor é fornecer a ele uma 2 aquário: ditongo oral crescente
pequena definição de fonema logo após a pri- aquário: ditongo oral crescente (ou hiato)
meira ocorrência do termo no texto. maior: ditongo oral decrescente
maior: hiato
Texto 3 em: ditongo nasal decrescente
Uma recomendação que será sempre reiterada seus: ditongo oral decrescente
ao longo deste livro é a de que as canções causa: ditongo oral decrescente
sejam sempre ouvidas pelos alunos antes das efeito: ditongo oral decrescente
atividades de leitura e interpretação. Insistimos ouvido: ditongo oral decrescente
nisso porque, por mais que uma letra constitua
um texto dotado de sentido por si mesmo, a Mostrar ao aluno que o reconhecimento dos
colagem da música ao texto e do texto à músi- encontros vocálicos é útil para a separação silá-
ca
do inevitavelmente
importantes para faz abrotar nuanças dedosenti-
compreensão todo bica.
3 a) nenhum(a), que(m), espelhado, olhos, con-
que é a canção. Além disso, estamos convictos cha, barulho, sarrabulho, mergulho, ultra-
de que a música popular do Brasil é uma mani- passa, terra, erra, olhar
festação artística riquíssima tanto pelo seu valor
estético, como pelos diálogos que estabelece b) nenhum, concha, onda, ribombo, embriaga,
com a realidade social, com a história, com a quando, envolve, tanto, penso, controla
literatura e com outros componentes da vida A terminação -em, quando é átona e final,
brasileira: por isso, a escola deve constituir um representa um ditongo (em, quem, tem).
lugar privilegiado para a escuta, a apreciação e c) mergulho, controla, cerebral, ultrapassa,
a apreensão desse patrimônio cultural. acerta, planeta, envolve, devolve, explode

6 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Mostrar ao aluno que o reconhecimento de dí- te em afirmar que seu amor é maior do que
grafos e de encontros consonantais é importan- qualquer rede mundial: é a afirmação do valor
te para a correta separação silábica. individual e da liberdade pessoal em contraposi-
ção à padronização e uniformização de concei-
4 O aluno deve mostrar que diferencia o dígrafo
tos e valores que a globalização tende a implicar.
qu (de quem) da seqüência qu em que a con-
soante /k/ e a semivogal /w/ são pronunciadas
(como em aquário). Questões e testes de vestibulares (p. 28)
5 O aluno deve perceber que se trata de palavras 1c 2e 3d 4c 5b 6d
cuja sonoridade evoca o próprio barulho do 7c 8c 9c 10 b 11 d 12 d
mar. Pode-se introduzir o conceito de onomato- 13 d 14 b 15 e 16 a 17 a
péia a partir desse material que o texto oferece:
pipoco e ribombo são nitidamente palavras de
srcem onomatopaica. ■ Capítulo 3 – Ortografia
6 O aluno deve perceber que o fonema /t/ é repeti-
do diversas vezes ao longo do verso: “O
tanto de Atividades (p. 34)
tudo que eu tô pra te dar”. Essa repetição cria 1 a) peixes, encaixotados
uma reiteração rítmica capaz de sugerir movi-
b) rebaixado, recauchutados
mento — sugestão que tem afinidade com os
sons marinhos de que o texto tanto fala. O pro- c) enxurrada, baixa, encharcados
fessor pode, se julgar conveniente, utilizar a de- d) mexa, mexeriqueiro, mechas
nominação técnicaaliteração para nomear essa e) xampu
repetição de fonemas consonânticos. Mais impor-
f) faxineira, caxumba, relaxada, muxoxo
tante do que isso, no entanto, é despertar no
aluno a noção de que esses recursos lingüísticos g) bochechas, roxas, xale
devem ser percebidos como formas delicadamen- 2 a) chuchus, berinjelas, tangerinas, gengibre,
te artesanais de colaborar para a construção vagem
ampla de sentidos que é o texto. Outro verso em
que se percebe uso semelhante dos fonemas é b) viagem, viajem
“Nem quando ultrapassa o tamanho da terra”. c) ferrugem, enferrujar
7 O aluno deve perceber que rede, no texto, d) vertigem, contagem
designa um instrumento de pesca (se tomamos e) lisonjeado, homenagem, varejistas, região,
como literal o sentido de “Mergulho na onda coragem
vaga / E eu caio na rede”), um sistema de ele- f) prestígio, origem
mentos interligados, como é a Internet (a rede g) agilidade, tigela, argila, gestos
que “envolve todo o planeta”), e também a
rede para deitar (cair na rede significa, nesse 3 O aluno deve ser capaz de empregar correta-
caso, “deitar-se” — e a rede também é, em mente as palavras selecionadas para a atividade.
muitas regiões do Brasil, o lugar da consumação É sempre interessante e produtivo oferecer para
física do amor). Esse último sentido é reforçado, a apreciação da classe os resultados do trabalho
na canção, pelo ruído de balanço de rede que individual dos alunos em atividades comoesta.
se pode ouvir no final da gravação.
8 O sujeito lírico “cai” nas várias redes que o texto Atividades (p. 40)
evoca. Como um peixe, cai na rede que lhe arma
1 a) imoral = indecente, contrário à moralidade;
a amada, comandado pelo “feixe de ondas”
amorais = típicas de quem desconhece os
que ela emite. Apaixonado, consuma com ela o
parâmetros morais
amor na rede que balança. E navega pela rede
mundial, que, sinal da globalização, não é, para b) comprimento = dimensão física; cumprimen-
ele, maior que o amor que sente. É esse ponto to = saudação; cumprimento = realização
que parece explicar por que o sujeito lírico insis- c) emergiu = veio à tona; imergiu = mergulhou

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 7
d) flagrante = surpreendido na prática de al- Estado por suas rebeliões sangrentas e pelos méto-
gum ato; fragrante = perfumado dos truculentos de lidar comadolescentes infratores.
e) infligir = punir, impor castigo; infringir = des- Para a Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, a
respeitar Febem de Franco da Rocha é um centro de maus-
f) mandato = período de exercício de determi- tratos a menores infratores. A solução proposta às
nado cargo; mandado = ordem judicial autoridades é o fechamento imediato docomplexo.
g) pleitos = eleições; preito = homenagem Na visita que resultou no relatório, a comissão relata
h) vultoso = de vulto, enorme; vultuoso = ter verificado sinais de espancamento em 32 dos 34
inchado adolescentes que estavam em uma das alas da insti-
tuição. Foram constatadas, segundo o documento,
2 a) coser, cozer condições precárias de salubridade e ausência de
b) viajem, viagem separação de internos por faixa etária. A lista das
c) tachado, taxar denúncias também inclui agressão grave a um inter-
d) chá, xá no e abuso sexual de um menor.
e) xeque, cheque As autoridades responsáveis pela Febem, no dia da
publicação do relatório, afastaram três diretores do
f) cessão, sessão, seção
complexo de Franco da Rocha. Outros seis funcioná-
g) expiar, expirar rios que teriam participado de um espancamento
h) tenção, censo também foram demitidos.
i) incipiente O mais grave, porém, surge de uma constatação fei-
j) sessão, mandato, cassado ta pela Promotoria de Infância e Juventude de São
l) ascender, preitos Paulo: dos 65 funcionários da Febem denunciados à
Justiça por tortura, 21 continuam trabalhando e, jus-
m) discrição, descrição
tamente, no complexo de Franco da Rocha. A sen-
n) descriminação, discriminação
o) discriminar sação de estar
rece não volta desprovida
ao passadode
nafuFebem, portanto, pa-
ndamento.
p) soar, suar
Textos para análise (p. 42)
3 Este tipo de atividade é uma forma mais atraen-
te de lidar com a ortografia. Além de a questão Texto 1
ortográfica ser tratada em um texto — e não O aluno deve perceber a brincadeira que o texto
em palavras ou frases isoladas —, há a possibi- faz com a palavraconserto: o conserto do encana-
lidade de debater com os alunos o tema abor- mento do vizinho atrapalha a audição do concer-
dado. O professor deve observar que fizemos to da Orquestra de Berlim. Deve-se salientar que o
questão de colocar um texto jornalístico para trocadilho só faz sentido para quem sabe ortogra-
esta atividade porque acreditamos que ela fia. Proponha aos alunos que criem textos seme-
possa servir de modelo para outras semelhan- lhantes a partir das palavras homófonas estudadas
tes, feitas a partir de textos selecionados por ele neste capítulo ou de outras que eles conheçam.
mesmo, professor, ou por seus alunos.
Texto 2
De volta à Febem
O aluno deve perceber que, de acordo com o
A sensação do “retorno do mesmo” é inevitável anúncio, a tecla Ç é necessária “para o uso cor-
após a divulgação de um relatório da seção paulista reto da língua portuguesa”. Ela “facilita a vida”
da Ordem dos Advogados do Brasil apontando tor- do consumidor e assegura que oportátil adquiri-
tura na unidade da Febem de Franco da Rocha, na do foi fabricado no Brasil, o que confere ao equi-
Grande São Paulo. Tanto é assim que o próprio pamento plena garantia e assistência técnica. Ao
documento faz uma analogia com o passado dessa analisar esses dados todos, o aluno deve levarem
instituição ao comparar o que ocorre em Franco da conta que os teclados que não têm a tecla Ç per-
Rocha com o que ocorria na extinta unidade mitem a formação dessa letra por meio da digi-
Imigrantes, que entrou para a crônica policial do tação de duas teclas, o que equivale a dizer que

8 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
grafar a língua portuguesa de acordo com os ■ Capítulo 4 – Acentuação
padrões ortográficos vigentes (“o uso correto da
língua portuguesa” a que se refere o texto) não Atividades (p. 50)
depende dessa tecla. É verdade, no entanto, que
1 a) paroxítona
digitar uma tecla em vez de duas pode ser consi-
derada uma forma de “facilitar a vida”. O que o b) paroxítona (ou proparoxítona, pois a termi-
anúncio indica acima de tudo, no entanto, é a nação átona -ia pode ser lida também como
preocupação do fabricante com computadores hiato)
portáteis de procedência duvidosa (muito prova- c) oxítona
velmente contrabandeados), para os quais não d) paroxítona
há garantia ou assistência técnica. Apesar disso, e) oxítona
não deixa de ser interessante o fato deo anúncio
transformar a tecla Ç (e, conseqüentemente, a f) paroxítona, oxítona, oxítona, paroxítona
letra Ç) numa espécie de símbolo de respeito à g) proparoxítona
língua portuguesa. Isso é interessante porque
h) paroxítona
não faltaram “profetas” que, nosprimeiros anos
da difusão dos computadores pessoais, previram i) proparoxítona
que a língua portuguesa seria “modernizada” à j) paroxítona, oxítona
força pelas limitações que então havia para
representar nossas particularidades ortográficas. 2 a) átono b)tônico
O que ocorreu foi algo muito diferente, pois c) átono, átono, tônico d) tônico, átono
fabricantes de equipamentos e de programas se e) átono, tônico f) tônico, átono, átono
empenharam em desenvolver produtos cada vez
mais eficientes na representação dessas particu- 3 a) conDOR
laridades — e o anúncio em questão evidencia b) cateTER
que esse aprimoramento
estratégias de conquista detécnico faz Oparte
mercados. de
profes- c) misTER
sor pode ilustrar ainda mais a discussão sobre o d) ruIM
valor simbólico do Ç como característica a se res- e) misanTROpo, ausTEra
peitar da língua portuguesa referindo-se ao “cla- f) quiromanCIa, cartomanCIa, graTUItos
mor” que se elevou quando houve a proposta de
g) juniOres, seniOres, reCORde
eliminar o ñ (chama-se esta letra de “enhe”) da
língua espanhola. O ñ lá está até hoje, também h) ruBRIca
ele agora merecedor de uma tecla específica nos i) proTÓtipo, aeRÓdromo
teclados dos computadores hispânicos... j) ÍNterim
Questões e testes de vestibulares (p. 43)
1a 2e 3b 4c 5b 6d Atividades (p. 53)

7a 8b 1 a) ástrider b) sensínen c) felô


d) nertã e) mardo f) âminho
9 a) amicíssimos b) mal c) exceções g) cárpips h) crestons i) êxplons
10 d 11 b 12 e 13 b 14 e 15 b
16 a) limpeza, defesa, baronesa, surdez, freguesa j) mirmidens l) curquéns m) ártu
b) analisar, sintetizar, paralisar, civilizar, alisar n) quistuns o) arclóvel p) cipódeis
17 a 18 c 19 a 20 d 21 d 22 c q) ormar r) sênser s) lolux
23 c 24 a 25 c 26 c 27 a 28 b t) atonde u) clíclex
29 a 30 b 31 a 32 e 2 a) Dê,pus b) Há,más c) mês
33 ressarcido, recendia, excentricidade d) Pôs, nós e) pás
34 a 35 b 36 c f) pó, gás, chão, pôs, rês g) dó

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 9
Textos para análise (p. 56) 3 Céu. O acento indica que o e é a base de um
ditongo tônico e aberto.
Texto 1
4 O sistema de acentuação procura acentuar os
O aluno deve perceber que o acento gráfico em grupos minoritários para distingui-los dos majo-
têm se justifica porque, no texto, essa é a forma ritários. Por serem minoria, todas as proparoxí-
do plural, acentuada para se diferenciar da for- tonas são acentuadas. Por serem maioria, a
ma do singular tem. maior parte das paroxítonas não são acentua-
das: acentuam-se aquelas que fogem aos
Texto 2 padrões mais comuns, ou seja, as que não ter-
minam em a(s), e(s), o(s), em(ens), am.
O aluno deve perceber que a forma a ser usada 5 Se eliminássemos o acento gráfico, passariam
no texto deveria servêm, forma do plural, uma
vez que são “os cadernos da turma do fundão” a ser emitidas como paroxítonas: ulTIma,
que “vêm”. Do modo como está grafado, o texto maQUIna, nauFRAgo, muSIca, puBLIco,
utiliza a formavem, do singular. Deve-se deixar o traFEgo, ulTImo. Note que seriam todas formas
aluno livre para opinar sobre o possível efeito que verbais.
um erro de acentuação gráfica como esse produz. 6 O aluno deve perceber que o emprego das pro-
Para alguns, pode parecer indiferente, até porque paroxítonas contribui para criar o efeito de rota-
o anúncio é dirigido à “turma do fundão”, ou ção, de turbilhão que o texto consegue transmi-
seja, um público jovem, pouco interessado em tir.
questões de acentuação gráfica. Se esse tipo de
opinião surgir, aproveite para discutir a relação 7 Reflexão pessoal. É importante que o aluno per-
que há entre texto e público a que é dirigido: no ceba a crítica social que o texto elabora ao mos-
caso da acentuação gráfica, o rigor na sua obser- trar que a morte de um trabalhador é, no ritmo
vação deve depender do grau de seriedade (no da cidade desumana que explora seu trabalho
de baixo custo e baixa qualificação (ao menos é
sentido de sisudez) do público a que se dirige? assim que a sociedade o interpreta), um estorvo
Texto 3 (para usar uma palavra que Chico Buarque ado-
tou como título de um de seus romances) para o
Recomendamos enfaticamente que o professor trânsito e para aqueles que, pela situação social
compartilhe com os alunos a audição da canção de que desfrutam, podem descansar no sábado.
de Chico Buarque antes de passar à análise do É como se a morte de um homem humilde não
texto e à resolução das questões. Como já dis- significasse nada além de um transtorno para os
semos anteriormente, a canção popular brasilei- que vivem bem.
ra é um patrimônio cultural extraordinário do
país, e apresentá-la aos alunos é um dever da
Questões e testes de vestibulares (p. 59)
escola. Além disso, deve-se aproveitar o tema
da canção para discutir inúmeras questões em 1 b 2a 3c 4b
sala de aula: a segurança no trabalho, a explo-
5 a) proparoxítona
ração da mão-de-obra de forma desumana e
desrespeitosa, a reflexão que a boa música po- b) paroxítona terminada em ditongo (ou pro-
pular fazsugestões.
algumas sobre a realidade social do Brasil são paroxítona)
c) i tônico acompanhado des forma hiato com
1 São todas proparoxítonas.
a vogal anterior
d) ditongo tônico e aberto ói
2 Porque, no conjunto das diferentes tipologias
de acentuação tônica, pertencem ao grupo 6a 7a 8b 9b 10 d 11 d
menos numeroso. Como o sistema de acentua- 12 a 13 d
ção gráfica foi criado tendo como princípio
acentuar os grupos minoritários para distingui- 14 a) paroxítona terminada em ditongo (ou pro-
los dos majoritários, as proparoxítonas acaba- paroxítona)
ram sendo todas acentuadas. b) oxítona terminada em -em

10 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
c) paroxítona terminada em ditongo (ou pro- f) real-iz-a-va: radical, sufixo, vogal temática,
paroxítona) desinência
d) proparoxítona g) real-iz-á-ra-mos: radical, sufixo, vogal temá-
tica, desinência, desinência
15 O i tônico forma hiato com a vogal anterior e
está isolado na sílaba; emru-im, o i tônico tam- h) real-ismo: radical, sufixo
bém forma hiato com a vogal anterior, mas não i) real-ista: radical, sufixo
está isolado na sílaba, e sim acompanhado dem.
16 a 17 a 18 c 19 d 20 a 21 a Atividade (p. 70)
Mais uma vez, enfatizamos que o trabalho com
22 e morfemas se deve desenvolver preferencial-
23 perdôo, órfã, têxtil mente a partir da comparação de palavras cog-
24 b 25 c 26 b 27 b 28 c 29 c natas e, neste caso da depreensão de desinên-
cias, a partir da comparação de formas de uma
30 d mesma palavra. O aluno deve perceber que as
desinências são velhas conhecidas suas e que,
■ Capítulo 5 – Estrutura e formação neste momento, está na verdade desenvolven-
das palavras do uma reflexão sobre elas e os mecanismos da
língua com os quais estão envolvidas.
Atividade (p. 65) a) -es: desinência nominal indicativa de número
b) -o/-a: desinências nominais indicativas de
O professor deve aproveitar esta atividade para gênero
fixar o conceito de depreensão de morfemas:
por meio da comparação entre palavras cogna- c) -a-: vogal temática; -va- e -sse-: desinências
verbais modo-temporais; -mos: desinência
tas,
cebeotambém
aluno percebe
que, naas verdade,
formas datem
língua
sobree per-
elas verbal número-pessoal
muito mais conhecimento do que pensa ter. d) -e-: vogal temática (eis por que o verbo pôr
a) des-atual-iz-a-ção b) atual-iz-a-r pertence à segunda conjugação); -ra- e -sse:
c) atual d) atual-iz-ad-o desinências modo-temporais; -mos e -is:
e) atual-iz-a-d-a f) atual-iz-ad-o-s desinências número-pessoais
g) atual-mente h) re-atual-iz-a-r e) -e-: vogal temática; -s: desinência nominal
i) atual-iz-a-dor indicativa de número
f) -a-: vogal temática; -s: desinência nominal
Atividade (p. 67) indicativa de número
Mais um exercício para fazer com que o aluno, g) -s: desinência nominal indicativa de número
por meio da comparação de palavras cognatas, h) -o-: vogal temática; -s: desinência nominal
manipule morfemas da língua. Mais importante indicativa de número
do que destacar a classificação desses morfe- i) -o: desinência nominal de gênero; -s: desi-
mas é fazer
bilidades com que oque
expressivas aluno
os perceba
morfemas as ofere-
possi- nência nominal de número
cem quando são intercambiados.
Atividades (p. 77)
a) real-iz-a-r: radical, sufixo, vogal temática,
desinência Estas atividades têm como objetivo levar o aluno
b) ir-real: prefixo, radical a perceber como já são do seu domínio as ope-
c) real: radical rações lingüísticas com prefixos. Percebendo isso
e refletindo sobre o valor dos prefixos envolvidos
d) real-mente: radical, sufixo nessas operações, o aluno passa a consciente-
e) real-iz-á-vel: radical, sufixo, vogal temática, mente expandir sua capacidade de exploração
sufixo desses recursos lingüísticos.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 11
1 a) relerá b) refazer lização e a verbalização, ou seja, a transforma-
c) rever d) antepor ... aos ção de verbos em nomes e de nomes em verbos
de acordo com as necessidades frasais e tex-
e) desprotegidos f) desonesto
tuais. Insistimos em que o professor deve desta-
g) irrestrita h) pré-datados ou antedatados car sempre que o aluno domina muitas destas
i) ultrapassar operações na prática — e que agora se está
desenvolvendo um trabalho de reflexão sobre
2 a) subterrânea b) sublinhe
essa prática lingüística.
c) pré-históricos d) antediluvianos
1 a) cabeçada b) rapaziada c) eleitorado
e) pré-colombianas f) intramusculares d) lavagem (ou lavação)
3 a) um novo encontro; incapacidade ou impos- e) jabuticabal f) politicalha g) queijaria
sibilidade de encontrar-se h) queijeiro i) cafeeiro j) manteigueira
b) meditar, conceber com antecipação; sentir 2 a) Todos tomaram a decisão de manter as rei-
antecipadamente vindicações.
c) portar (trazer) para dentro (do país); portar b) Todos decidiram pela manutenção das rei-
(levar) para fora (do país) vindicações.
d) que entra no país; que sai do país c) Esperamos o cumprimento dos prazos esti-
e) mergulhar; vir à tona; mergulhar pulados.
f) secção (de seccionamento, corte) entre mais d) O atendimento a todos será feito de acordo
de um elemento com a ordem de chegada.
g) que agride a moral; que desconhece a moral e) Continuaremos até a obtenção de êxito.
h) fala, discurso que circunda, quenão vai ao f) Os moradores querem a continuação (conti-
ponto; fala, discurso em companhia de nuidade) das obras.

outrem g) ... recomendaram o bloqueio das contas.


i) para cá dos Andes; para cá dos Alpes; para h) ... fizeram a recomendação de que as contas
lá dos Andes; para cá dos Alpes fossem...
j) gestão conjunta 3 a) Os mantenedores desta entidade decidiram
l) movimento em vários sentidos; movimento tomar providências saneadoras de suas finan-
para trás; movimento para a frente ças.
m) tirar da própria pátria; trazer de volta à pró- b) É um candidato inelegível. Suas idéias privi-
pria pátria legiam os desrespeitadores das instituições.
n) voltado para dentro; voltado para fora c) As condutoras do movimento reivindicatório
o) texto explicativo colocado antes do corpo devem ser cercadas por medidas protetoras.
principal de uma obra; texto explicativo d) Os vencedores da competição receberão prê-
colocado após o corpo principal de uma mios indescritíveis.
obra e) A presença dos defensores da nossa posição
p) fluxo para trás; fluxo para baixo é fator imprescindível.
q) atitude
interior;de quemao
retorno se passado
volta para o seu próprio f) ... aos que lutam pela preservação da floresta.
g) atabalhoadamente
r) desvalorizar; atribuir valor demasiado
4 a) Verbo que indica a ação e o substantivo que
s) levíssimo denomina a atitude de quem é “tiete”, uma
espécie de fã exaltado.
Atividades (p. 90)
b) Substantivos que denominam as atitudes de
Atividades que têm como finalidade fazer o quem “badala” ou “esnoba”.
aluno trabalhar alguns dos sufixos mais fre- c) Denominam a casa especializada em sanduí-
qüentes da língua e também algumas opera- ches e o estabelecimento onde se cultiva a
ções lingüísticas fundamentais, como a nomina- música dançante.

12 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
d) O que faz ou aprecia rock e o que pratica a rir-se também ao uso do termo flanelinha para
chamada “arte do grafite” (ou grafito). designar o indivíduo que nem sempre de forma
e) Aquele que “picha” e o nome da ação por muito gentil se impõe como “guardador de car-
ele praticada. ros” em praticamente todas as cidades médias
f) Virtuais candidatos à prefeitura, a algum e grandes do país. Já quarentão não tem ne-
ministério, à presidência. nhuma relação com dimensão física — é sim
uma forma bastante comum de designar a pes-
g) Desfile de automóveis. soa que está na casa dos quarenta anos.
h) Indivíduo cheio de pose e indivíduo difícil de
5 O aluno deve apontar a presença do sufixo -dor,
dobrar.
já detectado nas palavras analisadas na questão
1, e do prefixo ultra-, que indica, no caso, ex-
Textos para a nálise (p. 91) cesso. Deve-se destacar que não se trata de um
caso de parassíntese, pois o prefixo e o sufixo
Texto 1 não devem ser simultaneamente acoplados à
Optamos por uma crônica bem-humorada de palavra primitiva.
Vinicius de Moraes como ponto de partida para 6 O aluno deve perceber que não se trata de pala-
a verificação dos conteúdos desta parte do capí- vra formada por derivação parassintética, pois
tulo sobre estrutura e formação de palavras. O existe a palavra esquecível, formada a partir de
professor deve enfatizar o tom coloquial do esquecer pelo acréscimo de sufixo. É de esque-
texto e a contribuição dos mecanismos de for- cível que, por prefixação, se forma inesquecível.
mação para a criação do humor, principalmente 7 Cantarolar é cantar baixo, para si mesmo.
na fala final do personagem cujo interessante Também pode ser usado no sentido de cantar
comportamento lingüístico o texto retrata. fora do tom, desafinar. Deve-se destacar a signi-
1 O aluno deve apontar a presença do sufixo-dor ficação diminutiva que o sufixo-ola acrescenta à
nessas duas palavras. São dois substantivos que noção de cantar.
nomeiam agentes e que se formaram de verbos. 8 Há no texto os substantivos deverbais trabalho,
lustro, respeito.
2 O aluno deve apontar a presença do sufixo-tura
nessa palavra. É um substantivo que indica resul- 9 A forma que o seu Afredo deveria ter usado é
tado de ação e que se formou a partir do verbo exímia, sinônimo de “excelente”, “superior”.
curvar. Eximinista é uma forma engraçada porque nela
se utiliza um sufixo inadequado — que surge
3 O aluno deve apontar a presença do sufixo-eza,
adequadamente empregado na palavra seguin-
que forma substantivos abstratos a partir de te, pianista. O efeito de humor é reforçado pela
adjetivos. Neste caso, deve-se destacar aquestão rima interna que se forma na frase.
ortográfica envolvida com os sufixos-ez e -eza,
formadores de substantivos abstratos a partir de 10 Vinicius de Moraes parece usar “colocação pro-
adjetivos (surdez, maciez, dureza, sutileza), em nominal” com o sentido de opção por formas
contraste com -ês e -esa, relacionados a gentíli- de tratamento e não com o sentido de topolo-
cos e títulos de nobreza (japonês, japonesa, cala- gia pronominal que a expressão costuma ter
brês, calabresa, marquês, marquesa). nos estudos gramaticais. Colocar o pronome
significaria utilizar uma determinada forma de
4 -inha e -ão são sufixos diminutivo e aumentati- tratamento — e a opção de seu Afredo pela
vo, respectivamente. O aluno deve perceber segunda pessoa do singular era responsável
que flanelinha, no contexto, pode ser interpre- pelo tom aparentemente abusado com que ele
tada como um “pequeno pedaço de flanela”. se dirigia às pessoas. Seu problema era “exces-
Não seria descabido pensar também num uso so de gramática” justamente por isso: para res-
afetivo do termo, tendo a palavra nesse caso peitar a concordância ou demonstrar erudição,
um sentido mais próxima de “pedaço de tecido acabava atropelando as conveniências sociais e,
de uso tipicamente doméstico”, sem noção às vezes, o próprio vocabulário (como no caso
necessária de tamanho. O professor deve refe- da “eximinista” pianista.)

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 13
Texto 2 Texto 3
A finalidade das atividades de leitura e análise O aluno deve perceber que “o cuidar” constitui
deste belo poema é vincular os estudos de um caso de derivação imprópria, pois o verbo
estrutura e formação de palavras aos estudos cuidar se torna substantivo nessa situação. E é
de literatura. Ou seja: acreditamos que uma importante que ele também perceba que esse
importante possibilidade que o conhecimento processo cria um importante efeito de sentido: o
da estrutura das palavras e da manipulação de uso de “o cuidar” no lugar de “o cuidado” con-
seus elementos formadores oferece é justamen- fere evidente ênfase ao ato em si, ao processo de
te a de ampliar a capacidade de perceber a que trata o texto.

exploração
moderna fazque particularmente
desses a poesia
recursos. Pode-se dar a Texto 4
esses processos de análise o nome de morfolo- A forma bi bi pode ser interpretada como uma
gia estilística. onomatopéia, que registraria as buzinadas de
comemoração, ou como a repetição do prefixo
1 Des-gast-a-mento: gastar, desgastar (prefixa-
bi, indicando que o produto é duas vezes
ção), desgastamento (sufixação); en-carn-ad-o:
bicampeão.
carne, encarnar (parassíntese); encarnado é
forma do particípio, há nela, portanto, uma
vogal temática (a) e desinências. Atividade (p. 96)

2 O prefixo con- e o sufixo -ante. Aquilo ou aque- O professor deve aproveitar esta atividade para
le que partilha com outro a mesma substância. uma rápida e sintética revisão dos processos de
3 Sim, porque faz com que o leitor perceba que
formação de palavras estudados até este ponto.
interrompe é formada a partir de rompe e o a) sufixação
leva a refletir sobre o significado literal da pala- b) parassíntese
vra: interromper não significa apenas “fazer c) composição por aglutinação
cessar”, mas também “promover um rompi-
d) composição por justaposição
mento entre dois ou mais elementos”.
e) sufixação e prefixação (ou vice-versa)
4 Reemendar-se (também na forma reemende-
f) composição por aglutinação
se), reincidir: em todos os casos, o prefixo indi-
ca a repetição da ação. g) composição por justaposição
5 Há na palavra o sufixo -ente. A palavra significa
h) derivação regressiva
“conhecedor”. Seu uso é altamente expressivo, i) derivação imprópria
pois parece resultado da fusão entre as palavras
sabedor e aderente, esta última muito indicada Atividades (p. 104)
para falar dos efeitos da goma de mascar.
Selecionamos para esta atividade palavras de ori-
6 Sim: ex- indica movimento para fora, sentido
gem erudita muito freqüentes na vida escolar e
presente na palavra exorcizar (“expulsar algo
cotidiana do aluno de ensino médio. Desne-
indesejável do corpo de alguém ou de algum
ambiente”). ecessário dizer que destes
o uso adequado o conhecimento do significado
termos é parte dascom-
7 Sim: o aluno deve perceber que um dos ele- petências que o aluno desse nível deve dominar.
mentos estruturadores da linguagem concisa e 1 a) governo do povo
sugestiva do texto é o uso eficiente e sensível
b) governo dos mais velhos
dos afixos.
c) governo dos ricos
8 O aluno deve perceber que o ritmo do ato de
mascar pode ser relacionado com o ritmo da d) governo da aristocracia marítima (ligada ao
passagem do tempo — e que por isso mascar comércio)
chiclets pode transmitir a ilusão de que se está e) governo dos religiosos
dominando o tempo. f) governo de um princípe absoluto

14 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
g) governo de nobres f) aversão às alturas
h) governo de burocratas, de funcionários g) aversão à morte
2 a) adivinhação pela leitura das mãos h) portador do sinal, do sentido
b) adivinhação pela interpretação dos sonhos i) administração da casa; ciência dos bens e
haveres
c) adivinhação pela observação do fogo
j) literalmente: nariz-chifre
d) adivinhação pela observação do vôo dos
l) literalmente: cavalo-rio
pássaros
m) literalmente: duro, sólido-tipo; denomina for-
e) adivinhação baseada no nome das pessoas
ma, modelo, lugar-comum
f) adivinhação baseada nos números n) literalmente: muitas línguas
3 a) estudo dos insetos b) estudo dos animais o) literalmente: correto-pé
c) estudo das plantas d) estudo da terra p) que se alimenta de sangue
e) estudo dos pássaros f) estudo dos peixes q) depois, além da física
g) estudo da vida 7 a) cultivo dos campos b) criação de peixes
h) estudo dos textos antigos c) cultivo do trigo d) cultivo do arroz
i) estudo dos sons j) estudo das formas e) cultivo de frutas f) criação de aves
l) estudo do coração m) estudo da mulher g) criação de abelhas
n) estudo da alma o) estudo da vida social 8 a) verborragia, verborréia b) melomania
p) estudo de Deus ou dos deuses c) grafologia d) tecnocracia
q) estudo das flores; coletânea de poemas e) oligopólio f) hematófago
r) estudo do sistema nervoso g) entomologia h) metamorfoses
s) estudo dos vinhos t) estudo das técnicas i) monocromáticas j) toponímia
4 a) dor de bexiga b) dor de osso
c) dor de cabeça d) dor de dente Atividade (p. 109)
e) dor muscular f) dor de ouvido
Atividade que permite ao professor uma revisão
g) dor que se estende ao longo dos nervos sintética dos processos de formação de palavras
5 a) sem nome; que oculta o nome estudados depois da derivação e da composição.
b) que tem o mesmo nome a) siglonimização b) abreviaçãovocabular
c) que tem outro nome (comentar o caso do c) empréstimo lingüístico d) onomatopéia
poeta português Fernando Pessoa) e) hibridismo f) palavra-valise
d) que oculta ou disfarça o nome
e) nome falso Textos para análise (p. 110)
f) nome correto; o próprio nome
Texto 1
g) nome de pessoa
h) nome de lugar O texto explora a composição por justaposição:
surgem, assim, as palavrascarnaval-curtição, car-
i) que tem o mesmo significado ou significado
naval-fascinação e carnaval-tradição. Em todos
aproximado
esses casos, o segundo substantivo atua como
j) que tem significado oposto um especificador do primeiro: trata-se do carna-
6 a) ordem, arranjo, organização simultânea val que é uma curtição, do carnaval que é uma
b) mania ou compulsão de roubar fascinação e do carnaval que é uma tradição, res-
pectivamente. É interessante comentar com os
c) mania de grandeza
alunos como a linguagem da publicidade abusa
d) habitante das nuvens de palavras como emoção e fascinação, “esva-
e) habitante das alturas ziando-as” um pouco (ou muito...).

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 15
Texto 2 6 Parece-nos que o -onizar pode ser visto como
uma referência à forma latina oni-, que signifi-
Motomutante é resultado da junção do elemen-
ca “tudo, todos”. A ação colonizadora do ho-
to moto (parte inicial do nome próprio Moto-
mem seria, portanto, universal.
rola) com a palavra mutante. É, portanto, uma
palavra-valise, que significa (celular) “motorola 7 A opção por um estrangeirismo é evidentemen-
mutável”. O restante do anúncio permite perce- te intencional. O uso dessa forma traz ao texto
ber que a palavra quer enfatizar as possibilida- toda a noção de desenvolvimento tecnológico
des de personalização que o produto oferece — que costuma acompanhar as palavras da língua
um motorola mutável a ponto de ficar “com a inglesa (e que é tão explorada pela linguagem
cara” do jovem que o compra. publicitária). Notar a felicidade do texto ao apli-
car esse termo à viagem do homem em direção
Texto 3 à convivência — essa talvez seja a viagem que
Poema atualíssimo de Carlos Drummond de realmente põe em risco a segurança do ser
Andrade. Além de o tema das viagens espaciais humano.
não ter perdido sua atualidade, há a memorável 8 A divisão revitaliza o valor do prefixo: con-viver,
relação que o texto estabelece entre essas via- assim grafado no final do texto, é, na acepção
gens e a necessidade de realizar o percurso mais genuína do termo, viver com os outros,
muito mais importante em direção à convivência solidária e conjuntamente.
mais harmoniosa dos seres humanos aqui mes-
9 O aluno deve perceber que a verdadeira viagem
mo na própria Terra. Por isso, sugerimos que o
professor inicie a leitura e a análise do poema dos homens deve ser no caminho do aprimora-
com uma conversa sobre as relações humanas e mento das relações interpessoais. O conheci-
as dificuldades que os homens têm para sim- mento desse universo é mais necessário e difícil
plesmente conviver bem uns com os outros. do que o do mundo sideral.

1 A repetição dos verbos de cuja formação parti- Questões e testes de vestibulares (p. 113)
cipa o sufixo -izar reforça o caráter dinâmico e
1 b
transformador da atividade humana. Ao mes-
mo tempo, a repetição já confere certa noção 2 Ambas as palavras são formadas por derivação
de tédio, de mesmice, importante para o desen- sufixal. Ocultação é o ato de ocultar; ocultismo
volvimento do texto. é o estudo ou o conhecimento daquilo que é
2 No sentido em que é usada no texto (“despro-
oculto, é o saber acumulado sobre as coisas que
vido de atrativos, sem graça”) é um neologismo não se vêem.
semântico. 3 Lisonjeado é escrito com j porque é derivado de
lisonja, também grafado com j. Margeado é
3 Vê o que já havia encontrado em outros luga-
palavra derivada de margem, em que também
res. Visto assume papel substantivo nessa frase,
se usa a letra g.
configurando um caso da chamada derivação
imprópria. 4 b 5a
4 Fossa é usada no sentido de “desalento, desâ- 6 a) A forma verbal lularam significa “passaram a
nimo, depressão, angústia”. Trata-se de mais apoiar Lula”, “aderiram à campanha de Lula”.
um neologismo semântico. b) Derivação sufixal: lula + ar = lular.
5 Parece-nos que se podem propor duas srcens 7 d 8d 9d 10 b 11 e
para essa palavra: junção do pronome pessoal te 12 a) gradualmente, paulatinamente
ao verbo ver ou derivação a partir deTV. No pri- b) indubitavelmente
meiro caso, o poeta parece explorar o uso fre- c) concomitantemente, simultaneamente
qüente da seqüência pronome-verbo para criar d) ininterruptamente
uma palavra em que o objeto já estivesse contido;
no segundo caso, sugere-se a importância da per- e) excepcionalmente
cepção “televisiva” da realidade nos nossos dias. 13 e 14 b 15 e 16 b 17 e 18 c

16 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
19 d 20 d 21 b 22 a 23 a 24 a e) futuro do subjuntivo, primeira pessoa do sin-
25 d 26 b 27 d 28 a 29 c 30 c gular/futuro do presente do indicativo, pri-
meira pessoa do singular
31 b 32 c 33 a
f) pretérito imperfeito do indicativo, terceira
34 a) contrariedade, oposição pessoa do singular/pretérito imperfeito do
b) sincronia, simultaneidade, aproximação indicativo, terceira pessoa do singular
c) negação, privação g) pretérito perfeito do indicativo, segunda pes-
35 4, 6, 5, 2, 1, 3 soa do plural
36 a h) presente do indicativo, primeira pessoa do
37 anarquia, amoral, antípoda, ateu, imberbe singular/presente
pessoa do singulardo indicativo, primeira
38 sotopor, sublingual, infravermelho, hipodérmi-
co, sobestar Atividades (p. 129)
Atividades básicas, que permitem ao professor
■ Capítulo 6 – Estudo dos verbos (I) rever os conceitos até aqui estudados e contro-
lar a aquisição de competências básicas pelos
Atividades (p. 123) alunos: reconhecer as pessoas verbais envolvi-
das em determinados contextos e reconhecer
Atividades que permitem ao professor rever sin- formas verbais que podem provocar dúvidas,
teticamente os conteúdos até aqui estudados e como as das segundas pessoas do singular do
controlar a aquisição de competências básicas pretérito perfeito ou as do mais-que-perfeito
pelos alunos: reconhecer os elementos forma- em contraste com as do futuro do presente.
dores das formas verbais e nomear adequada-
1 a) necessitasses b) c omparecia
mente as formas dos tempos simples.
c) auxiliou d) chega
1 Convenções: radical – rad, vogal temática – VT, e) alteraria f) percebera
desinência número-pessoal – DNP, desinência
modo-temporal – DMT g) colocarás h) perceba
i) descobrirdes
a) fal-á-sse-mos (rad, VT, DMT, DNP)
2 a) tiver/houver terminado
b) pens-á-ra-mos (rad, VT, DMT, DNP)
b) tens/hás insistido
c) estud-a-re-i (rad, VT, DMT, DNP)
c) havíamos/tínhamos ajudado
d) perd-e-ria-s (rad, VT, DMT, DNP)
d) tenha/haja acabado
e) decid-i-sse-m (rad, VT, DMT, DNP) e) terei/haverei passado
f) produz-o (rad, DNP) f) tivéssemos/houvéssemos comparecido
g) corromp-i-a-s (rad, VT, DMT, DNP) g) teria/haveria ocorrido
h) trat-á-va-mos (rad, VT, DMT, DNP) 3 a) Nós gostávamos de...
i) permit-i-ste-s (rad, VT, DMT, DNP) b) Fazíeis sempre...
c) Eles estiveram...
2 a) futuro do pretérito do indicativo, primeira
pessoa do plural d) ... nós desconhecíamos que voltáreis
b) pretérito mais-que-perfeito doindicativo, ter- e) Se quisésseis, não seríamos infelizes.
ceira pessoa do singular f) Se fôsseis solidários, teríamos...
c) pretérito imperfeito do subjuntivo, terceira g) ... dormirão
pessoa do singular h) ... chegaram...
d) presente do subjuntivo, segunda pessoa do i) ... fixaram...
singular/pretérito perfeito do indicativo, pri- j) ... fixarão...
meira pessoa do plural l) Agistes... vos...

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 17
Atividades (p. 132) das formas imperativas de segunda pessoa do
singular com o pronome você (por exemplo,
Atividades trabalhosas com um dos aspectos “deixa eu cuidar de você”). O texto, usando esse
mais delicados do sistema verbal do português: registro coloquial, ganha muito em espontanei-
a formação do imperativo. Esse aspecto é deli- dade. Para adequá-lo à norma culta, seria neces-
cado porque, em muitas regiões do Brasil, há sário uniformizar o tratamento, adotando a
uma forte tendência à falta de uniformidade segunda pessoa ou a terceira pessoa. Na segun-
nas formas de tratamento da língua coloquial, da pessoa, teríamos: “todo teu leite”, “nem te
que constantemente alterna formas de segun- quero enfeite”, “te peço que respeites”, “com
da pessoa do singular (tu) com formas da ter- quem tu te deites”, “que tu te deleites”, “ape-
ceira
me depessoa (relacionadas,
tratamento nofalta
você). Essa caso,deao prono-
uniformi- nas te peço que aceites”, “deixa-me gostar de
ti”, “não me digas nunca”.
dade não é aceita na língua culta padrão — e
daí surge um dos grandes problemas do ensino Na terceira pessoa, teríamos: “apenas lhe
da forma culta da língua portuguesa no Brasil. peço/apenas peço a você”, “deixe o ciúme”,
Por isso, dedicamos tanto espaço a estas ativi- “deixe-me gostar de você”.
dades. 4 Optamos por esse verbo por ser ele costumeira-
1 a) Não me procures. b) Não me procure. mente confundido, em sua conjugação, com o
c) Não entoes... d) Não entoe... verbo soar. O aluno deve ser capaz de mostrar
e) Não contes... f) Não conte... a formação do modo imperativo, passo a passo.
Essa é a única forma segura de obter as formas
g) Não aciones... h) Não acione... desse modo sem deslizes.
i) Não estendas... j) Não estenda...
l) Não saias... m) Não saia... Atividades (p. 133)
n) Não me belisques... o) Não me belisque...
p) Não assistas... q) Não assista... 1 O aluno deve ser capaz de mostrar a formação
dos tempos derivados do pretérito perfeito do
2 a) Procurai-me. b) Procurem-me. indicativo. Essa é a única forma segura de evitar
c) Entoai... d) Entoem... dúvidas de conjugação, principalmente quando
e) Contai o que vistes. f) Contem o que viram. se trata de verbos irregulares.
g) Acionai... h) Acionem... 2 O aluno deve seguir o esquema de conjugação
i) Estendei... j) Estendam... estudado para obter a forma correta mantiver.
Comentar que o erro ilustrado na frase é muito
l) Saí... m) Saiam...
freqüente e que o conhecimento do esquema
n) Beliscai-me... o) Belisquem-me... estudado permite evitá-lo.
p) Assisti... q) Assistam...
Atividades (p. 136)
a) Não me procureis. b) Não me procurem.
1 a) reclamava b) vencia
c) Não entoeis... d) N ão entoem...
e) N ão conteis... f) Não contem... c) aceitava/surgia d) empregarei
g) Nã o acioneis... h) Nã o acionem... e) tramaria f) solucionada/poderíamos
i) Não estendais... j) Não estendam... g) reclamando/denunciando h) fi carmos
l) Não saiais... m) Não saiam... 2 A primeira forma pertence ao futuro do subjun-
n) Não me belisqueis... o) Não me belisquem... tivo; a segunda, ao infinitivo pessoal. O aluno
deve perceber que a primeira provém do radical
p) Não assistais... q) Nã o assistam... fiz-, do pretérito perfeito do indicativo, enquan-
3 O texto, seguindo a tendência da língua falada to a segunda é formada a partir do infinitivo
informal do Brasil, mistura os tratamentostu e impessoal. Mostrar que a mesma diferença
você. É muito comum, quando isso ocorre, o uso existe em outros verbos, como pôr, ter, dizer.

18 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Atividades (p. 138) comentados os chamados “irregulares gráficos”,
1 a) renasça
como convencer, esclarecer, estremecer, alcançar
b) foge c) ajam
e enternecer, cujas conjugações não apresentam
d) indique e) realce f) paguem irregularidade morfológica, mas simples troca de
g) reerga letras por convenção ortográfica.
2 a) distingo 2 São irregulares: rever (que segue o modelo de
b) obsta ver), perder (cuja primeira pessoa do singular é
c) míngüem perco) e reter (que segue o modelo deter).
d) enxágua (ou enxagua) 3 Primeira pessoa do singular do presente do indi-
e) deságüem (ou desagúem) cativo.
f) averigúe 4 Primeira pessoa do singular do pretérito perfei-
g) extinguiu to do indicativo.
h) optem 5 Primeira pessoa do singular do futuro do pre-
sente do indicativo.
Textos para a nálise (p. 139) 6 Não. O aluno deve perceber que o sujeito lírico
inicialmente utiliza a segunda pessoa do singu-
Texto 1 lar para nomear a pessoa a quem se dirige —
basta observar a repetição do pronomete nas
Já destacamos a importância da questão da uni-
primeiras estrofes do texto para perceber isso.
formidade de tratamento e do cuidado que o
Na quinta estrofe, surge o pronome de trata-
ensino das formas cultas requer devido à inter-
ferência das formas coloquiais. No caso dos tex- mento você, que pede as formas verbais e pro-
tos selecionados, há, no primeiro deles, um evi- nominais de terceira pessoa. Essa falta de uni-
formidade de tratamento é comum nas formas
dente
mento,cuidado com a uniformidade
que se percebe de trata-as
quando se observam coloquiais do português brasileiro.
formas de terceira pessoa do imperativo afirma- 7 O aluno deve perceber que no próprio texto há
tivo (faça e conserve); já no segundo texto, não verbos que indicam processos que não são
se verifica a mesma uniformidade, pois à forma ações: é o caso, por exemplo, de entender e
de terceira pessoa diga-me se relaciona a forma esclarecer, que são processos relacionados a
verbal de segunda pessoa andas . Deve-se fenônemos mentais; encantar, comover, enter-
comentar com o aluno o fato de que a lingua- necer, processos relacionados com a sentimen-
gem publicitária muitas vezes opta por não talidade. Deve-se insistir com o aluno: o verbo é
seguir o padrão culto de língua a fim de obter caracterizado por suas flexões; conceituá-lo a
uma maior naturalidade. partir do significado exigiria uma definição
longa e que, por mais bem elaborada que fosse,
Texto 2 provavelmente não abrangeria todas as possibi-
lidades.
Como sempre, insistimos em que as atividades
de leitura e análise de textos como este sejam ini- 8 O aluno deve elaborar sua interpretação a par-
ciadas com a audição da canção. Zélia Duncan é tir dos elementos que o texto oferece. Deixar-
uma compositora e intérprete que costuma agra- se conjugar por alguém é, nesse contexto, sub-
dar muito aos adolescentes, pois, além das inter- meter-se com prazer e alegria a todos os pro-
pretações e arranjos de feitio “moderno”, apre- cessos enumerados nas estrofes iniciais: é dei-
senta também temática que diz respeito ao xar-se rever, deixar-se provar, deixar-se perder e
mundo e às experiências dos alunos. em seguida encontrar; é deixar-se reter, con-
1 São verbos regulares: provar, encontrar, esperar,
vencer, entender e assim sucessivamente. Esse
conjunto de consentimentos constitui a entre-
convencer, avistar, entender, acionar, esclarecer,
ga amorosa do sujeito lírico.
acordar, morder, selar, estremecer, encantar,
comover, alcançar, enternecer, faltar. Devem ser 9 Resposta pessoal.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 19
Questões e testes de vestibulares (p. 141) ■ Capítulo 7 – Estudo dos verbos (II)
1 d 2d 3c 4c 5e
Atividades (p. 152)
6 Existem, dizem, são, lidam, escrevem, chama-
se, transforma, flui, merecem, atribui Devido à evidente importância do tema tratado,
oferecemos aqui farto material para que o pro-
7 c 8a 9a 10 b 11 e fessor pratique os conteúdos estudados e verifi-
12 02, 04, 08 que o grau de aquisição de competências da
parte dos alunos.
13 a) segunda pessoa do plural do imperativo afir-
1 a) ateio/ateie b) bloqueiam/bloqueiem
mativo
b) diga, role, varra c) penteio/penteie d) receio/receie
e) passeia/passeie f) titubeias/titubeies
14 a) provém b) inclinamo-nos
2 a) ceamos/ceais b) folheamos/folheais
15 a
c) freamos/freais d) granjeamos/granjeais
16 Primeira conjugação: estar, continuar, ficar, e) lisonjeamos/lisonjeais f) semeamos/semeais
amar, dar; segunda conjugação: ser, ter, haver,
permanecer, dever; terceira conjugação: partir, 3 a) crio/crie b) credencio/credencie
ir, vir, dormir, argüir. Os verbos são distribuídos c) negocio/negocie d) intermedeio/
em conjugações de acordo com a vogal temáti- intermedeie
ca que apresentam: -a-, primeira conjugação; e) premio/premie f) odeio/odeie
-e-, segunda; -i-, terceira.
g) anseio/anseie h) anuncio/anuncie
17 d i) remedeio/remedeie j) incendeio/incendeie
18 a) A grosseria de Deus me feriu e insultou-me. 4 a) criamos/criem
b) A grosseria de Deus me ferira e insultara-me. b) credenciamos/credenciem
19 a) ... mas, a quinhentos metros, tudo se torna- c) negociamos/negociem
ria muito reduzido: seríeis uma pequena d) intermediamos/intermedeiem
figura sem pormenores; vossas amáveis sin- e) premiamos/premiem
gularidades fundir-se-iam numa sombra neu-
f) odiamos/odeiem
tra e vulgar.
g) ansiamos/anseiem
b) ... mas, a quinhentos metros, tudo se torna
muito reduzido; és uma pequena figura sem h) anunciamos/anunciem
pormenores; tuas amáveis singularidades fun- i) remediamos/remedeiem
dem-se numa sombra neutra e vulgar. j) incendiamos/incendeiem
20 a 21 d 22 e 23 d 24 a 25 c 5 a) descreia b) leias
26 c c) releiam d) percas
27 Donde (você) houve, ó pélago revolto, esse e) requeiram f) valham
rugido seu? 6 a) adiro/adira b) compilo/compila
28 ... e sumir-se-ão logo nas trevas do esquecimen- c) confiro/confira d) divirjo/divirja
to. e) divirto/divirta f) firo/fira
29 ilumina (três primeiras ocorrências): segunda g) dispo/dispa h) sigo/siga
pessoa do singular do imperativo afirmativo; i) visto/vista
mora, ilumina (quarta ocorrência), entra: tercei-
ra pessoa do singular do presente do indicativo; 7 a) previna b) progridamos
iluminando: gerúndio c) regrida d) transgrida
30 b 31 b 32 c 33 e e) denigram f) cirza

20 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
8 a) engula b) durmamos l) soubessem/ficariam
c) tussa d) descubra m) estivesse/haveria
e) cubram f) recubra n) visse/ficaria
9 a) ouça b) impeça o) mantivesse/teria
c) meça d) despeça-se 4 a) vieram b) fizera
e)suba f) fuja c) trouxéramos d) houvera
g) sacuda/suma h) acuda e) vira f) antepuseras
i) bula j) cuspa g) rarefizera h) apurara
10 a) pega/ouve b) interfere/impede i) estivéramos j) dissera
c) leva/mede d) comparece/ l) coubera m) foras
despede-te n) mantivera/detivera
e) cria/sobe f) sai/foge O aluno deve perceber que o uso da forma sim-
g) levanta-te/sacode/some ples torna as frases mais formais.
h) mexa-te/acode 5 a) punha b) dispunha
i) mantém/não bulas j) civiliza-te/não cuspas c) contrapúnhamos d) supunha
e) íamos f) vinha
Atividades (p. 163) g) convinham h) prevíamos
Mais uma vez, a evidente importância do estu- i) revias j) indispunha
do até aqui desenvolvido justifica o grande l) predispunha m) intervinha
número de atividades propostas. n) provinha
1 a)estejam b) estejam
estejas 6 a) dispuser/terminará
c)esteja d) b) depuser/seremos
e)estejais f) e stejamos c) indispusermos/desfaremos
2 a) estivemos/estivermos b) deu/der d) recompuser/voltará
c) aprouve/aprouver d) couberam/couberem e) transpusermos/veremos
e) disse/disser f) contradisseste/ f) decompuser/surgirá
contradisseres g) vir/perceberá
g) fizeste/fizeres h) satisfiz/satisfizer h) revirmos/traremos
i) houve/houver j) quisemos/quisermos i) satisfizer/perceberá
l) soube/souber m) foram/forem j) opuser/desistirá
n) trouxe/trouxer l) expusermos/obteremos
3 a) fôssemos/assumiríamos m) trouxeres/daremos

b) trouxesse/consertaríamos/continuaríamos n) sobrepuser/haverá
c) coubesse/iria o) contiver/fará
d) dispusesse/seriam 7 a) interpus b) predispôs
e) desse/terminaríamos c) i nterveio d) intervieram
f) condissesse/haveria e) intervim f) proveio
g) liqüifizesse/seria g) convieram h) opuseste
h) fossem/ficaria i) intervieram j) desavim
i) pudéssemos/daríamos l) interveio m) interviemos
j) quisesse/seria n) convieram o) mantiveram/contiveram

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 21
Atividades (p. 170) 2 O aluno deve perceber que a enumeração é
uma forma de indicar a “onipresença” dos pro-
1 É importante o aluno perceber que ele terá ne-
dutos fabricados pelo anunciante.
cessidade de exprimir as noções que os verbos
defectivos não podem exprimir em determina- Texto 2
dos tempos e modos. As respostas oferecidas
não são as únicas possíveis. A forma verbal envolvida na “brincadeira” é
a) faça a demolição daquela, ponha abaixo ouço, que é irregular. O texto utiliza a figura de
b) seja abolida um ovo para substituir a essa forma verbal — o
que transformaria a frase em “Eu ovo a Jovem
c) pinte Pan”. Atentar para o fato de que essa maneira
d) venham a se exaurir, se esgotem de falar não é rara na linguagem infantil.
e) seja banido, seja afastado
Texto 3
2 a) consiga reaver
b) acautelemos, tomemos precauções Recomendamos vivamente que as atividades de
leitura e análise da canção sejam feitas somente
c) adaptem, ajustem após a atenta audição em sala de aula. Trata-se
d) acautelo, previno sem dúvida alguma de uma das obras-primas de
e) adaptam, ajustam Caetano e Gil — e a profundidade da análise
f) consegue reaver, faz por reaver que fazem da realidade brasileira é comparável
ao apuro verbal do texto produzido.
3 a) reouve b) precavi/tive
c) reouvemos d) adequou 1 Terceira pessoa dosingular do futurodo subjuntivo.
e) aboliu f) faliram 2 Terceira pessoa do singular do futuro do subjun-
g) precaveu/afastou h) reouve tivo do verbo ver. Essa forma é obtida a partir do
tema do pretérito perfeito do indicativo (vi-ste).
i) reouvemos 3 Ver é, no caso, uma forma do infinitivo pessoal,
4 a) eleito/elegido
formada a partir do infinitivo impessoal. Vir é,
b) aceito/aceitado como já vimos, uma forma do futuro do subjun-
c) pago/gasto/ganho tivo, formada a partir do pretérito perfeito do
d) pago ou pagado/gasto ou gastado/ganho indicativo.
ou ganhado 4 Futuro do subjuntivo: defender, notar, ouvir,
e) chegado/pegado apresentar; infinitivo: subir, mostrar, furar.
f) entreaberto/visto/dito/escrito/vindo 5 Parecer é, morfologicamente, regular. Apre-
senta um detalhe ortográfico: o uso do ç quan-
Textos para análise (p. 171)
do necessário.
Texto 1 6 Presente do subjuntivo. Essa forma é obtida a
1 São formas pertencentes a verbos regulares: partir do radical da primeira pessoa do singular
come, anda, mexe, fala, escuta, chora, mora, do presente do indicativo (poss-o).
estuda, trabalha, viaja (sempre escrito com j; g 7 Futuro do subjuntivo, obtido do tema do preté-
somente no substantivo viagem), voa, cozinha, rito perfeito do indicativo (disse-ste).
usa, desce (apresenta um detalhe ortográfico: o
8 O aluno deve selecionar algumas das incontá-
uso de ç quando necessário), pára, dirige (apre-
senta um detalhe ortográfico: o uso de j quan- veis referências aos “pretos”. Deve também
do necessário), corre, joga (apresenta um deta- notar que o preconceito não é só racial, mas
lhe ortográfico: o uso do dígrafo gu quando também social: os brancos pobres acabam
necessário), sara, imprime, segura, veleja. virando “quase pretos”.
Pertencem a verbos irregulares as formas: dor- 9 O aluno deve perceber que democratizar oensino
me, ri, veste, sobe, lê, está, sabendo. A forma é um caminho para formar cidadãos, indivíduos
vai pertence a um verbo anômalo. capazes de aprender a respeitar o sinal vermelho e

22 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
de discutir a questão da adoção da pena capital ■ Capítulo 8 – Estudo dos verbos (III)
com mais consciência e discernimento, evitando
as armadilhas demagógicas. Em salas de aula for- Atividade (p. 181)
madas por alunos de alto poder aquisitivo, a men- Atividade para revisão e controle de aquisição
ção a sinais vermelhos eà pena de morte costuma de competências básicas.
causar polêmica — pois muitos aprendem comos
pais que “sinal de trânsito épara os outros” e que a) oposição certeza/incerteza
“bandido tem mais é que morrer”. O professor b) oposição certeza/incerteza
não deve aceitar passivamente essas afirmações c) oposição fato positivo/hipótese
— afinal, a escoladeve preocupar-se com a for- d) oposição certeza/possibilidade
mação integral do cidadão. e) oposição certeza (há quem ama a pátria)/
10 Reflexão pessoal. possibilidade (talvez não haja quem ame a
pátria...)
Questões e testes de vestibulares (p. 174)
Atividades (p. 185)
1 c 2b 3c 4 b 5d 6a
O professor pode, por meio destas atividades,
7 b 8a 9c 10 e 11 d sistematizar os conteúdos até aqui estudados e
12 Eles não reouveram seus bens. Reaver é conju- ao mesmo tempo avaliar o grau de aquisição de
gado como haver, mas só existe nas formas em competências por parte dos alunos.
que o verbo haver apresenta a letra v. 1 a) fui/fora, tinha ido
13 e 14 d 15 a 16 e 17 a b) chegamos/saíra, tinha saído
18 a 19 a c) sabem/divide
20 a) mantiam, ir b) mantinham, for d) acordava/corria/durmo/tenho
c) Mantiam: formada como se o verbo fosse e) vem/pergunta/precisa ou vinh a/pergunta-
regular; ir: confusão entre formas do infiniti- va/precisava
vo e do futuro do subjuntivo. f) contive/gritei
21 a 22 d g) sugere
23 a) repor: ... e repuser perdas salariais h) sugeria ou sugeriu
b) Confusão entre formas do infinitivo e do i) está/vê/ouve/é ou estava/via/ouvia/era
futuro do subjuntivo, comum quando se
j) tinham/rolava/imperava/eram/valia
usam certos verbos irregulares.
l) abri/notei/passara ou havia passado ou tinha
24 e 25 c 26 b 27 b 28 b 29 b passado
30 c 31 e 2 a) acordarei/pegarei ou acordo/pego
32 interveio, deteve b)seria c)s erá
33 a) Se você se pusesse em meu lugar, percebe- d) viria ou teria vindo e) saiu/ganharia

b) ria melhor
Quando o problema.
virem o logro em que caíram, fica- f) saias g) encontrará
rão furiosos. h) terá terminado ou estará terminado
34 a) Se ele vir o filme, eu também verei. i) teria terminado ou estaria terminado
b) Se tu te dispuseres, eu também me disporei. j) continuaria, expressariam
l) poderia
35 d 36 a 37 b
3 a) A segunda frase exprime maior convicção do
38 a)abençoe b) ouça c) proteja que a primeira.
39 a 40 c 41 b 42 d 43 a 44 c b) A primeira frase é um comando; a segunda,
45 c 46 e 47 b 48 c 49 e uma forma delicada e familiar; a terceira,

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 23
uma forma categórica de impor um compor- g) Era inacreditável que ele se deixasse envolver.
tamento. A forma inicial indica uma avaliação de algo
c) A primeira frase indica maior convicção do relativo ao momento em que se fala ou escreve;
que a segunda. a forma transformada refere-se nitidamente a
d) A primeira frase é muito mais rebuscada do processos já encerrados.
que a segunda. 5 a) quisesse, faria/tivesse querido, teria feito
4 Reflexão pessoal. b) requeresse, conseguiria/tivesse requerido,
5 Reflexão pessoal. teria conseguido
c) previsse, iria/tivesse previsto, teria ido
Atividades (p. 188) d) lutasse, surgiriam/tivesse lutado, teriam sur-
gido
1 a) caibam ou coubessem ou venham a caber
e) fizessem, seria/tivessem feito, deviam, teria
b) seja c) contivesse sido grandioso
d) te nha encerrado e) estiver f) fossem, cresceria/tivessem sido, teria crescido
f) revirem A primeira forma indica acontecimento prová-
2 a) Sugiro-lhe que faça... Sugeri-lhe que fizesse... vel; a segunda, acontecimento desejável, mas já
b) Sugiro-lhe que veja... Sugeri-lhe que visse... tido como de realização muito difícil; a terceira,
como mera hipótese relativa a coisas que não
c) Sugiro-lhe que traga... Sugeri-lhe que trou- aconteceram.
xesse...
d) Sugiro-lhe que redija... Sugeri-lhe que redigis-
Atividades (p. 193)
se...
e) Sugiro-lhe que confira... Sugeri-lhe que con- 1 a) encerradas b) esbravejando
ferisse... c) resolvidos d) vindo/indo
f) Sugiro-lhe que mostre... Sugeri-lhe que mos- e) escrito/pintar f) examinares
trasse...
2 a) costumo
3 a) Supunha que ele tivesse convencido os filhos. b) voltei a
b) Supunha que a empresa tivesse superado as c) parei de, deixei de
dificuldades.
d) começava a/punham-se a (sugestão)
c) Supunha que tivéssemos eliminado todas as
dúvidas. e) tenho
d) Supunha que houvessem visto os melhores f) pode/deve
filmes.
A forma inicial exprime o desejo de quem fala Texto para análise (p. 194)
de que aquele com quem fala tenha obtido Com este texto, ilustramos outro gênero tex-
sucesso. A forma transformada exprime a tual: o texto jornalístico opinativo. Dispensável
decepção de quem fala diante de algo que já destacar a qualidade estilística do autor e a
sabe não ter acontecido. importância do tema abordado.
4 a) Era provável que ela adotasse... 1 “que atravessam a história e não encontram
b) Era insuportável que não se eliminasse... um lar”: presente do indicativo. “um chão que
c) Era imprescindível que participássemos... possam chamar de seu”: presente do subjun-
d) Era indispensável que fizéssemos... tivo.
e) Era necessário que todos permanecêsse- 2 Processo que se estende, que se prolonga.
mos... 3 Houve: pretérito perfeito do indicativo; havia:
f) Era preciso que se alterasse... pretérito imperfeito do indicativo.

24 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
4 a) Precisam de um salvo-conduto para que um o pedido. O período construído para expres-
possa abraçar o outro. sar esse pedido é formado por orações
b) Precisaram de um salvo-conduto para que subordinadas substantivas, num processo
um pudesse abraçar o outro. típico de utilização do discurso indireto. Em
II, a Petrobrás teria garantido não instalar
c) Precisarão de um salvo-conduto para que
inquéritos administrativos desde que hou-
um possa abraçar o outro.
vesse um pedido — ou seja, a condição para
5 a) Em anos mais difíceis, andarei pelo mundo não acontecerem os inquéritos era o pedido.
com um papel amarelo, que me identificará Nesse caso, constrói-se um período compos-
mais ou menos como apátrida. to em que ocorre oração subordinada adver-
b) Em anos mais difíceis, só andarei pelo bial condicional.
mundo com um papel amarelo que me iden-
15 a) Na primeira notícia: tem havido e tem arro -
tifique mais ou menos como apátrida.
jado; na segunda, destruiu, anteontem,
Notar que, no segundo caso, cria-se a idéia de rompeu, levando, retorceu, foram arranca-
condição — para andar pelo mundo, devo ter das, arremessaram.
um papel que me identifique como apátrida. b) Houve no Mar Negro uma grande tempesta-
6 “possam chamar”, “estão sendo sacaneados”, de, que provocou o naufrágio de grande
“querem atrapalhar”, “pudesse abraçar”, “era número de embarcações. Mais de 80 cadá-
obrigado” veres arrojados pelo mar à praia já foram
recolhidos.
7 Reflexão pessoal.
c) Resposta pessoal. Deve-se atentar na manu-
Questões e testes de vestibulares (p. 196) tenção da correspondência entre os tempos
verbais. Atualmente, esse início seria utiliza-
1 a) paganda
Ainda hoje, esta singela
é cantada quadrinha
no rádio de pro-
por vozes bem do para referir processos
desenvolvimento repetidos
— algo como “Tem ou em
havido
afinadas. no Mar Negro constantes manobras milita-
b) Novinhas em folha corresponde à expressão res da frota russa...”.
“rosas desabrocham”; resplandecentes cor- 16 d 17 e 18 d
responde a “luz do sol”.
19 a) Nesse caso, o futuro do presente tem valor
2 d 3 d 4 b 5 e 6 b 7 a semelhante ao do presente do indicativo.
8 d 9 b Equivale aproximadamente a é: “... e a flor
do milho não é a mais linda”. O uso do
10 a) E eu, se menos a conhecesse, mais a amaria. futuro pelo presente nesse caso confere à
b) Sou, no caso, indica um processo iniciado no frase um tom de suposição, de certeza ate-
passado cuja ação é duradoura (equivale a nuada.
fiquei ou tornei-me), é indica, no caso, um b) Pode ter valor de imperativo: “Farás exata-
estado permanente. mente o que te digo”. Também pode expri-
11 b 12 c 13 e mir dúvida ou incerteza em relação a fato
14 a) I – Eles haviam pedido que a Petrobrás do presente: “Será essa a entrada certa?”.
garantisse que não haveria inquéritos admi- 20 O aluno deve refletir sobre os conteúdos estu-
nistrativos contra os grevistas. II – Se eles dados e propor frases em que o uso desses tem-
tivessem pedido, a Petrobrás garantiria que pos verbais seja coerente. Sugere-se ao profes-
não haveria inquéritos administrativos con- sor que insista na diferença básica entre esses
tra os grevistas. três tempos: o perfeito como indicador de pro-
b) No item I, pede à Petrobrás que garanta não cesso totalmente realizado em momento ante-
instalar processos administrativos contra os rior ao da enunciação, como em “Fui ao cinema
grevistas — a empresa pode ou não aceitar ontem”; o mais-que-perfeito como indicador

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 25
de processo totalmente realizado em relação a ■ Capítulo 9 – Estudo dos substantivos
outro processo realizado em momento anterior
ao da enunciação, como em “Fui ontem ao Atividades (p. 209)
cinema ver um filme diferente do que vira na
Optamos por atividades que façam o aluno pra-
semana passada” e o imperfeito, que indica
ticar o uso de substantivos abstratos — tão fre-
processos iniciados em momento anterior ao da
qüentes em estruturas lingüísticas dos textos
enunciação e que não têm limites precisos ou
dissertativos — e dos substantivos coletivos,
processos que se repetem desde um momento cujo uso apropriado permite a construção de
anterior ao da enunciação, como em “Sempre frases mais sintéticas e a expressão de interes-
ia ao cinema às sextas-feiras”.
21 c 22 d 23 b 24 a 25 b 26 b santes nuanças de significado.
1 a) O sujeito exibia tanta altivez que...
27 d 28 b 29 b b) Seu olhar expõe tanta tristeza que...
30 a) pretérito mais-que-perfeito do indicativo c) A rijeza de seu caráter impressionava...
b) Indica processo anterior a outro processo d) A nobreza de seu coração é sentida por
passado — indicado, no caso, pelo pretérito todos.
perfeito perceberam.
e) É tanta a rigidez do material que...
31 e 32 b 33 c
2 a) A honestidade de seu comportamento é
34 a) vier, vir, entregarei conhecida por todos.
b) vieres, vires, entregarás b) A participação e fiscalização de todos é fun-
c) vier, vir, entregará damental.
d) viermos, virmos, entregaremos c) Seu questionamento...
e) vierdes, virdes, entregareis d) A claridade do ambiente era tanta que...
f) vierem, virem, entregarão e) A clareza de seus artigos era tanta que...
35 d f) Sua inquietude preocupava...
36 I
3 a) plantel b) assembléia
a) Duvido que eles venham hoje; afirmo-te,
porém, que eles virão amanhã. c) fauna/flora d) frota
b) Saí, conquanto estivesse doente. e) junta f) júri
c) Ela se alegrará quando vir as cores de novo. g) banda, conjunto h) camarilha
d) Caso estejas lá amanhã, e puderes vê-lo, i) claque j) comitiva
chama-o. l) elenco m) prole
II
n) acervo/hemeroteca o) antologia
a) nasçamos b) vejamos
c) n os divirtamos d) cantemos 4 Reflexão pessoal. Alguns dos coletivos adqui-
e) queiramos f) durmamos rem valor pejorativo de acordo com o contexto
em que são usados.
g) nos instruamos
i) creiamos j)h) desçamos
saibamos
Atividades (p. 213)
l) envelheçamos m) morramos
Estas atividades trabalham alguns detalhes
37 e 38 a 39 d 40 e 41 c importantes da forma culta da língua.
42 a) reouver 1 a) uma comadre b) u ma amazona
b) se mantêm c) a nora d) uma marani
c) contivessem e) a ré f) uma parenta
d) compuser g) uma consulesa h) à anfitriã
43 b 44 c 45 a 46 d 47 d 48 b i) uma cidadã consciente j) da maestrina

26 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
l) uma embaixadora m) uma valentona p) obras-primas
n) uma dama q) joões-de-barro
2 a) uma vaca b) uma ovelha r) vitórias-régias
c) uma cabra d) uma cadela s) navios-fábrica ou navio s-fábricas
e) uma elefanta f) u ma leitoa t) livros-caixa ou livros-caixas
g) uma pavoa h) uma perdiz u) arranha-céus v) ex-diretores
3 a) muito/as/as b) o/muita/do x) pára-raios z) bumba-meu-boi
c) superado o/um/uma/uma/o/um
d) uma/falsificada e) da Atividades (p. 221)
f) o/vendido/considerado Atividades para que o aluno reflita sobre as pos-
sibilidades de expressão de nuanças de signifi-
4 a) o/decapitado/a/exposta
cado por meio das formas do aumentativo e do
b) todo o/aplicado/da c) o/a diminutivo.
d) o/pequeno e) uma/voltada 1 a) avaliação de sentido moral
f) quantos/pela b) exaltação da beleza física
c) exaltação da qualidade técnica
Atividades (p. 219)
d) depreciação da qualidade técnica
Atividades para a prática de alguns detalhes
e) avaliação de sentido moral, ligada à idéia de
importantes da forma culta da língua.
excesso
1 a) . .. jardins? b) ... balões?
f) envolvimento afetivo, conotação de valori-
c) ... figurões? d) ... cidadãos? zação
e) ... capitães? f) ... hambúrgueres? g) avaliação de sentido moral ou expressão de
2 a) barris b) leões fugirem preconceito social
c) eleições d) cidadãos h) avaliação de sentido moral ou expressão de
e) pães f) escrivães e tabeliães preconceito social
g) caracteres h) juniores i) sentido afetivo, familiar
i) ônibus j) projéteis j) expressão de dimensão física
l) projetis m) hifens (ou hífenes) l) exaltação da beleza física, em sentido meta-
fórico
n) pasteizinhos
2 a) bocarra; boquinha
3 O aluno deve atentar aos casos de metafonia b) corpanzil; corpinho, corpúsculo
presentes nas frases.
c) narigão; narizinho
4 a) salários-família ou salários-famílias d) casarão; casinha, casebre
b) beija-flores c) bate-bocas e) pezão, pezinho
d) alto-falantes e) abaixo-assinados f) manopla, manópula, manzorra; mãozinha
f) se gundas-feiras g) vice-presidentes g) canzarrão; cãozinho
h) recém-casados i) bóias-frias h) gatão, gatarrão, gatorro; gatinho
j) bananas-maçã ou bananas-maçãs; mangas- i) homenzarrão; homenzinho, homúnculo
rosa ou mangas-rosas
j) mulherão (sentido figurado); mulherzinha
l) palavras-chave ou palavras-chaves (sentido figurado). Para indicar dimensão
m) guarda-roupas física, usam-se as formas analíticas mulher
n) guarda-chuvas grande e mulher pequena.
o) couve-flores ou couves-flores l) animalaço, animalão; animalzinho

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 27
Textos para análise (p. 222) 3 Parece predominar nessas três últimas vezes o
sentido de ato de criação, ainda que impregna-
Além da prática dos conteúdos estudados neste do pelos dois outros sentidos.
capítulo, estas atividades de leitura e análise
permitem também discutir com os alunos algu- 4 O texto se refere basicamente à atividade cria-
mas estratégias argumentativas típicas dos tex- dora do artista, cujo rebento (ato criador) re-
tos publicitários. benta (forma verbal) como rebento (broto) em
diversas ocasiões: seja por nervosismo, seja por
Texto 1 fúria, seja por atividade laboriosa.
5 Os sinônimos são os verbos rebentar, brotar,
1 impermeabilizantes,
maquiagem, calçados,adesivos,
brinquedos, fertilizantes,
equipamentos, vingar e medrar. O professor deve aproveitar
para discutir com os alunos o conceito de sinô-
tecidos, cozinha
nimo, mostrando como não se trata de palavras
2 pneus com o mesmo significado, mas sim de palavras
que pertencem a uma mesma área semântica
3 eletrodomésticos, dia-a-dia, petróleo
— cada uma delas sendo capaz de exprimir
4 Concretos — afinal, o petróleo participa da pro- detalhes importantes de significado.
dução de praticamente tudo o que se utiliza no 6 O aluno deve perceber o trabalho sonoro de-
dia-a-dia, ou seja, o texto enumera utensílios. senvolvido com as consoantes /R/ e /r/.
5 A enumeração tem um valor argumentativo:
7 Comparações: o ato da criação e o surgimento
atua como um argumento que sustenta a tese de uma nova estrela; rebento raro como flor na
da onipresença dos produtos de cuja obtenção pedra; rebento farto como trigo ao vento; re-
o petróleo participa. bentar como a corrente de um cão furioso,
como as mãos de um lavrador ativo, como um
Texto 2 acidente em forno radioativo; há ainda a relação
Deve-se, se possível, apresentar o texto por entre o rebento e o trovão dentro da mata.
meio de uma gravação. É, antes de mais nada, O aluno deve observar a riqueza dessas imagens
uma belíssima canção de Gilberto Gil. E um comparativas, todas de grande força expressiva;
exemplo muito bem-sucedido de exploração de particularmente, a imagem do trovão dentro da
homofonias e homografias. mata é de profundo vigor e beleza.
1 O aluno deve perceber que o próprio texto ofe- 8 Resposta pessoal do aluno, que deve relacionar
rece essa explicação quando afirma que se trata sua experiência pessoal com o conteúdo do
de rebento no sentido de “ato de criação”: texto analisado.
deve-se relacionar isso com o que se aprendeu
sobre formação dos substantivos deverbais por
Questões e testes de vestibulares (p. 224)
derivação regressiva (rebentar: rebento) e
relembrar que, nesse processo, formam-se sem- 1 b 2 c 3 e 4 d 5 b 6c
pre nomes de ação, que, como se verificou no
estudo dos substantivos, são sempre substanti- 7 b 8 c 9 d 10 d 11 c 12 b
vos abstratos (ao lado dos nomes de qualidade 13 e 14 c 15 a 16 c 17 e 18 d
e de sentimento).
19 a 20 c 21 d 22 c 23 c 24 d
2 Não, pois rebento agora é “tudo o que nasce”,
“tudo o que brota, que vinga, que medra”. O
aluno deve perceber que não se trata mais do ■ Capítulo 10 – Estudo dos artigos
nome de uma ação, mas sim do nome de um
ente (vegetal, no sentido primeiro) — o que Atividades (p. 229)
torna rebento um substantivo concreto, pois Optamos por propor estas atividades de análise
nomeia um ser de existência independente. das diversas nuanças de significado que os arti-

28 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
gos podem transmitir em lugar de extensas lis- 2 O substantivocoração surge nesse verso acompa-
tas de valores e empregos dos artigos que tradi- nhado de artigo definido, o que o torna um subs-
cionalmente são encontradas nas gramáticas. tantivo determinado. A determinação parece indi-
1 a) valor de pronome demonstrativo: desta região car que o coração ser tomado como sede da sen-
timentalidade é um fato sabido e aceito por todos:
b) valor de pronome possessivo: suas mãos e
algo semelhante a dizer “e, como todos sabem, é
sua mãe
no coração que essas coisas acontecem”.
c) valor de pronome indefinido: cada quilo
3 Esse contraste é a razão pela qual este texto foi
d) valor superlativo: o mais importante mo-
escolhido para este capítulo. “Um falso amor”
mento
não passa de mais um dos inúmeros amores não-
e) valor enfático: um homem mesmo, um ho- verdadeiros, indefinidos e indeterminados na sua
mem de verdade seqüência pouco significativa. “O grande amor”
f) valor aproximativo: mais ou menos meia hora é aquele por que sempre se esperou, aquele que
g) valor enfático: talento de verdade, talento será único e eterno (enquanto durar).
demais, talento verdadeiro 4 Reflexão pessoal.
2 a) cotidianamente, diariamente/o dia todo, o
dia inteiro Questões e testes de vestibulares (p. 231)
b) O uso do artigo indica maior familiaridade. Em 1 a) O contraste entre o artigo definido (“o
algumas regiões do Brasil (alguns estados do homem”) e o artigo indefinido (“uma mulher”).
Nordeste, por exemplo), o uso do artigo b) O artigo definido alça o substantivo homem a
nunca ocorre, mesmo quando há familiarida- uma posição de superioridade: é um ser deter-
de. minado, específico, único. O indefinido trans-
c) é uma das que eu tenho/é a que eu tenho forma mulher num ser subalterno, igual a
d) apresentou algumas das reivindicações/apre- todos os outros com
sante comentar da mesma espécie.
os alunos que oÉ machis-
interes-
sentou todas as reivindicações
e) A segunda frase sugere que ele é o maior mo vem expresso por uma voz feminina, ou
dos compositores brasileiros; na primeira, seja, é um elemento ideológico arraigado
ele é um dos grandes compositores brasilei- também na visão de mundo da mulher.
ros. Comentar com eles que os autores estão apre-
sentando com mestria uma situação da reali-
Textos para a nálise (p. 230) dade, e não, como muitos julgam, expondo as
próprias idéias sobre a relação entre o homem
Texto 1 e a mulher.
“Uma programação” é uma expressão genéri- 2 Nunca havia visto um indivíduo da espécie
ca, indefinida; “a programação” já é uma humana (um homem); por isso não sabia iden-
expressão definida, especificada pelo termo “da tificar esse tipo de ser (o homem).
TVA”. Neste texto publicitário, a oportunidade 3 a 4 a 5 d

de mais uma
da língua vez tratar dessa distinção básica
portuguesa.
■ Capítulo 11 – Estudo dos adjetivos
Texto 2
Atividades (p. 240)
Como sempre, recomendamos que se faça a
audição da canção em sala de aula como ponto Procuramos elaborar atividades que levem o
de partida das atividades de leitura e análise. aluno a empregar os adjetivos pátrios mais
comuns no dia-a-dia, na imprensa e nas suas
1 São usados em sentido genérico: acompanha- atividades didáticas — os adjetivos pátrios refe-
dos de artigos indefinidos, esses substantivos rentes às regiões e cidades portuguesas, por
indicam qualquer homem ou qualquer mulher. exemplo, ocorrem com freqüência nos textos de

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 29
literatura portuguesa. O professor pode optar d) costa-riquenho ou costa-riquense/escocês/
por fazer parte destas atividades oralmente. sueco
1 a) Nasceu no estado do Rio de Janeiro, mas e) porto-riquenho/(norte-)americano, estaduni-
não na capital. dense ou ianque
b) Nem todo cidadão que nasce no estado de f) nicaragüense ou nicaraguana/guatemalteca/
São Paulo nasce na capital. panamenha
c) Pensei que ele havia nascido em Belém do g) pacenha/limenha/quitenha/brasileiras
Pará, mas ele nasceu em Belém, na Jordânia. 6 a) corso
d) Ela nasceu no Porto, em Portugal, e não em b) sardos/florentina
Buenos Aires. c) cartaginesas ou púnicas
e) Nem todo nascido no Brasil nasceu em d) espanhol/galego/andaluz
Brasília. e) israelense/hierosolimita(no)
2 a) potiguar/gaúcho f) sírio/damasceno
b) barriga-verde/capixaba g) tridentino
c) soteropolitano h) monegascas
d) magiar i) leto ou letão/lituano/estoniano
e) portenha 7 a) teuto-italiano (preferível) ou germano-italiano
f) norte-americano/americano (forma não muito eufônica por causa do eco)
g) nipônica b) sino-vietnamita c) fino-lituana
3 a) florianopolitanas d) galaico-portuguesa ou galego-portuguesa
b) brasiliense e) afro-americana f) austro-húngaro
c) salvadorense/ soteropolitano g) g reco-romana h) belgo-brasileira
d) petropolitano i) anglo-francês
e) piauiense/maranhense 8 a) A receita provém de Parma, na Itália.
f) são-luisense b) É do Rio de Janeiro.
g) marajoara/paraenses ou paroaras c) É de origem chinesa, mais precisamente da
capital Pequim.
h) goiano/goianiense
d) Sua origem é região espanhola de Málaga.
i) tocantiniana/rondoniana ou rondoniense
e) Sua origem é a região italiana da Calábria.
j) acreana/rio-branquense
4 a) angolano ou angolense/moçambicano/gui- Atividades (p. 246)
neenses/cabo-verdianos ou cabo-verdenses
Elaboramos atividades que exploram alguns
b) estremenho/algarvias ou algarvienses detalhes de significação dos adjetivos e locuções
c) bracarenses, brácaras ou braguesas/interam- adjetivas envolvidos. Dessa forma, o aluno refle-
nenses te sobre a relação entre adjetivos e locuções
d) beirão ou beirense adjetivas e percebe que há casos que devem ser
e) portuenses/coimbrãs, conimbricenses, conim- interpretados com cuidado. O professor pode
brigenses ou colimbrienses/lisboetas, lisbo- optar por fazer estas atividades oralmente.
nenses, olisiponense ou ulissiponense 1 a) alimentados pelo derretimento das neves e
f) albicastrense/visiense pelas chuvas
b) másculo/com características da espécie hu-
5 a) nova-iorquino/assuncionenho mana
b) fueguina c) do coração (enquanto órgão)/cordata, edu-
c) salvadorenha cada (cordial é o que é relativo ao coração

30 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
— no sentido figurado desta palavra) f) azul-celeste
d) dos alunos/dos professores g) socioeconômica/anglo-saxã
e) literalmente, da floresta; indica que foi feito h) latino-americana/ítalo-franco-germânica
por abelhas livres, não cultivadas por apicul- i) surdos-mudos
tores
j) incolor/norueguesa
f) na pedra
l) superior/conservadora
g) literalmente, do fígado; indica inimizade orgâ-
m) sã
nica, profunda/do fígado (enquanto órgão)
h) literalmente, de lebre; é nome de uma má- 2 a) médico-cirúrgicas
formação b) amarelo-canário/amarelo-ouro/amarelo-limão
i) muito velho, quase decrépito/dos rins/do pes- c) empregados/eficazes/necessárias/tradicionais
coço/dos quadris d) latino-americanas/humanos/policiais
j) que mata e) esportivos/afro-asiáticos/suspensos/patroci-
l) de paixão nadoras
m) de ouvido f) surdas-mudas
n) visual (também se pode usar a forma óptico) g) azul-marinho/azul-celeste
2 O uso da forma ótico para referir-se a ouvidos e h) castanho-escuros/azul-turquesa
óptico para referir-se aos olhos poderia evitar i) vermelho-sangue/sóbrias
ambigüidades. Alguns gramáticos propõem j) verde-esmeralda/castanho-claros
apenas essas grafias; no dicionário Aurélio, a
grafia ótico atende as duas formas. l) lilases/audazes/venenosos
3 a) felino/viperina 3 a) fragílima b) talentosíssimo
b) matinal/vespertina c) agílimo d) agradabilíssimo
c) bovino/ovino/caprino/suíno e) amabilíssima f) antiqüíssima
d) estomacais/intestinais g) audacíssimo h) boníssimo
e) bucal i) ótima j) dulcíssima
f) insular/etária l) f erocíssimo m) libérrimo
g) torácicas/craniano n) macérrimo o) paupérrimo
h) fluvial p) simpaticíssima q) volubilíssima
i) protéico 4 a) velocíssimo b) mínima
j) filial/maternas/paternas c) criticíssima d) possibilíssimo
e) vulnerabilíssima f) ma nsuetíssimo
Atividades (p . 255)
g) amicíssimo h) fragílima
Estas atividades lidam com alguns detalhes bas- i) felicíssimo j) sapientíssimo
tante importantes
Não deixamos da forma também
de considerar culta da as
língua.
rela- Textos para análise (p. 256)
ções entre as formas superlativas da língua
coloquial e aquelas da língua formal, particular- Texto 1
mente na sua modalidade escrita.
1 a) recém-formada/numerosa Os adjetivos bom, simples e rápido estão no
b) amarelo-clara/cor-de-rosa grau comparativo de superioridade. O emprego
do grau comparativo é um recurso muito fre-
c) sandia/amarelo-limão qüente nos textos publicitários e integra várias
d) sulinas/européia de suas estratégias de convencimento, como
e) branca/azul-marinho/pretos/estaduais bem ilustra o texto selecionado.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 31
Texto 2 faz referência a certo tipo de escrit
a em que os
elementos apresentados são sempre os mes-
Relativo e absoluto estão no grau superlativo mos — sempre idealizados, sempre caracteri-
absoluto analítico. Mais uma vez, trata-se de zados pelos mesmos adjetivos.
um recurso muito freqüente na linguagem
publicitária, que não hesita em apelar para um b) Deve-se notar o uso dos artigos definidos no
tom francamente hiperbólico como é o deste primeiro texto, que substantivam as expres-
anúncio. Seria interessante pedir aos alunos que sões a que se referem — não é um castelo,
comentassem outros textos publicitários seme- é “o imponente castelo” das típicas histórias
lhantes a estes dois: eles podem fazer isso oral- românticas. Esse tratamento permite perce-
ber que o primeiro texto é metalingüístico.
mente nae sala
pesquisa oudesses
coleta depoistextos.
de uma atividade de
5 b 6a 7b 8d

Texto 3 9 a) pluvial b) passionais


c) i nfantis, pueris d) antiofídico
Como sempre nestes casos, insistimos em que
as atividades de leitura e análise comecem pela 10 a) felicíssimo b) libérrimo
audição da canção. Este texto, particularmente, 11 a) especular b) vítrea
é muito atraente para os alunos, adolescentes
que vêem muitas de suas atitudes de questiona- c) legal d) linear
mento de valores e de construção de uma iden- 12 a) vespertino b) vital
tidade própria retratadas na letra de Gonza- c) discente
guinha.
13 a) borboletas azul-claras
1 “Mundo novo” e “vida nova” permitem perce-
ber o comportamento geral dos adjetivos em b) borboletas cor-de-laranja

relação
os aos substantivos:
substantivos, os adjetivos
estabelecendo comqualificam
eles con- 14 e 15 c 16 c 17 a 18 d 19 d
cordância de número e gênero. 20 a 21 e

2 Final é substantivo; feliz, adjetivo. O aluno deve 22 01+04+16=21


usar a palavra final como adjetivo. 23 c 24 nobilíssima
3 O aluno deve perceber que em alguns casos a 25 e 26 d
posição do adjetivo em relação ao substantivo é
importante para o significado da expressão. 27 c
“Velhas histórias” são as histórias que são sem- 28 a) m agro b) tetro (tétrico) c) miúdo
pre repetidas; “histórias velhas” são histórias
d) pessoal e) feraz (fértil, fecundo)
antigas. Em “canto antigo” e “antigo canto”
não ocorre o mesmo fato. Deve-se notar que 29 d
antigo, no texto, tem o sentido de “habitual”.
4 Reflexão pessoal. ■ Capítulo 12 – Estudo dos advérbios
Questões e testes de vestibulares (p. 259) Atividades (p. 267)
1 a 2e 3c Propusemos atividades que permitem refletir
4 a) Por se tratar de textos narrativos, a adjetivação sobre as circunstâncias adverbiais, as relações
tem caráter descritivo e não argumentativo. entre os advérbios em -mente e as locuções
Em ambos os textos, nota-se uma caracteriza- adverbiais, os advérbios interrogativos, o uso de
ção enaltecedora, que desenha um quadro adjetivos em função adverbial e detalhes expres-
idealizado, cujos elementos se aproximam da sivos obtidos pela repetição da terminação
perfeição. No segundo texto, essa construção -mente em advérbios coordenados. O aluno
é o objetivo do escritor; no primeiro, o escritor pode assim refletir sobre vários detalhes relacio-

32 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
nados com o estudo dos advérbios — desde 6 a) advérbio de intensidade
questões ortográficas até nuanças de estilo. b) numeral adjetivo
1 a) no dia seguinte: tempo; num restaurante: c) advérbio de intensidade
lugar; depois: tempo; num bar: lugar; terna-
mente: modo d) advérbio de modo/advérbio de modo
b) talvez: dúvida; no interior de outro aparta- e) adjetivo/adjetivo
mento: lugar; lá fora: lugar; no chão e na f) adjetivo/adjetivo
parte de baixo de uma porta: lugar; vaga- g) advérbio de modo
mente: modo
7 O aluno deve perceber que a repetição da ter-
c) mais: intensidade; ainda: intensidade; em
geral/em particular: modo minação tem seefeito
lentidão que quer expressivo,
exprimir. pois sugere a
d) naquela solene ocasião: tempo; diante das
figuras ilustres a olhar boquiabertas as di- Textos para análise (p. 269)
mensões ciclópicas do monumento: lugar;
sobre o trabalho: lugar; de súbito: tempo; Texto 1
fragorosamente: modo
O texto apresenta três advérbios: bem (advérbio
e) aos três meses de vida: tempo; muito bem:
de modo), melhor (modo) e como (interrogati-
intensidade e modo; em cativeiro: lugar; no
vo). Melhor é a forma do grau comparativo de
Centro de Primatologia: lugar; no Rio de
superioridade do advérbio bem. Como já foi
Janeiro: lugar; legalmente: modo.
visto no estudo dos adjetivos, a linguagem
f) não: negação; em qualquer fábrica de bebi- publicitária tem na ênfase um dos seus recursos
da: lugar; desde os tempos da Idade Média: persuasivos mais freqüentes — e os comparati-
tempo; ali: lugar vos de superioridade (e superlativos) são
2 a) afetuosamente b) pudicamente comuns na expressão dessa ênfase.
c) prazerosamente d) indubitavelmente Texto 2
e) indistintamente f) impiedosamente
O aluno deve perceber que se trata de um adje-
g) gradualmente h) casualmente tivo exercendo o papel de um advérbio, num
i) nitidamente j) silenciosamente caso de derivação imprópria. O uso do adjetivo
3 a) com habilidade pelo advérbio em -mente em casos como esse
oferece a possibilidade de construir frases mais
b) fazendo muito ruído, com muito ruído leves, diretas, econômicas. O adjetivo confere
c) sem pensar uma concretude expressiva que em parte se
d) com frieza dilui com o advérbio em -mente: é só comparar
e) com delicadeza “ir direto ao ponto” com “ir diretamente ao
ponto” para perceber isso.
f) de repente
g) sem pudor, sem qualquer pudor Texto 3
h) com freqüência 1 O adjetivo bem-humorado.
i) com força, com intensidade 2 Provavelmente o redator se refere à inveja, que
j) com ingenuidade
costuma causar extrema irritação na vítima
4 a) porque b) nunca desse sentimento, quando ela se vê diante de
c) quando d) lá/ali alguém feliz ou próspero. A publicidade explo-
e) aqui, cá f) longe/perto ra freqüentemente esse sentimento.
g) já/agora h) algures Texto 4
i) alhures
Desnecessário enfatizar a beleza deste poema
5 a) advérbio/adjetivo b) advérbio/adjetivo de Manuel Bandeira. O apego à concretude do
c) advérbio/adjetivo d) advérbio/adjetivo cotidiano como referência fundamental para o

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 33
desenrolar da existência do indivíduo no trans- invariável, pois se trata de um advérbio relacio-
curso do tempo é expresso em linguagem des- nado com a forma verbal saíssem (sair-se
complicada, simples. melhor) e não de um adjetivo.
1 Advérbio de tempo: amanhã; advérbio de in- 4 b 5a 6c
tensidade: mais (em “mais cotidianos”). 7 a) caladamente, mudamente
2 “Na curva dos trilhos”. b) monotonamente
3 De forma inexorável, de maneira inexorável. A c) resignadamente
gramática normativa recomenda que o -x de d) fraternalmente
inexorável e seus derivados seja pronunciado
com som de z. 8 Com humildade, pensando na vida...
9 a) A frase significa que um impeachment
4 Esse isolamento gráfico confere à palavra maior imposto não rasga a Constituição, ou seja,
ênfase: é como se o que é inexorável se fizesse não desrespeita as leis.
ainda mais inexorável.
b) Você não acha que um impeachment impos-
5 Ocorre um processo em que noite, um referen- to é rasgar a Constituição?
cial cronológico, passa a ser tomado como um c) A ocorrência da dupla negação (... não é
referencial espacial. Esse processo consegue contraditório... a não-posse/não acha... não
tornar mais concretos os atributos noturnos: é rasgar).
adensam-se a escuridão, o isolamento, o silên-
cio. Pode-se dizer que dentro indica, no caso, 10 c 11 d
uma espécie de lugar metafórico. 12 a) sibilinamente b) desassombradamente
6 Ouvirei a ferramenta do ferreiro / Bater corajosa c) prolixamente d) tacitamente
o seu cântico de certezas. e) bisonhamente f) sofregamente
7 Corajoso é, no texto, um adjetivo. Sintatica- g) puerilmente h) sutilmente
mente, atua como predicativo do sujeito e esta- i) radicalmente j) inexoravelmente
belece concordância de número e gênero com
13 e
esse sujeito (“martelo do ferreiro”). É inegável,
no entanto, que esse adjetivo tem valor aproxi- 14 b
mado ao que teria o advérbio de modo corajo-
15 O adjetivo se transforma em advérbio por meio
samente se a frase fosse “Ouvirei o martelo do
do processo de derivação imprópria.
ferreiro bater corajosamente o seu cântico de
certezas”. 16 a
8 O aluno deve perceber que essa imagem indica 17 e
aqueles componentes e valores da existência aos
quais se pode considerar permanentes, positi-
vos, em contraste com a transitoriedade de mui- ■ Capítulo 13 – Estudo dos pronomes
tas das coisas da vida. E o poeta deixa claro que,
de tudo o que inexoravelmente passa, permane- Atividades (p. 280)
cem as coisas mais cotidianas, salvas do naufrá-
gio. O “bater corajoso” do martelo do ferreiro é Estas atividades permitem ao professor discutir
um desses elementos do cotidiano que nos res- com os alunos a necessidade de evitar ambigüi-
gatam da implacabilidade do tempo. dades resultantes de determinados usos dos pro-
nomes pessoais — usos em que, muitas vezes, as
necessidades da língua escrita não são satisfeitas
Questões e testes de vestibulares (p. 272) por formas que, na língua falada, são suficientes
1 e 2b
porque incorporam um contexto de situação.
Além disso, permitem ao professor explorar mui-
3 Não está de acordo com a norma culta porque tos aspectos importantes do uso dos pronomes
nesse caso deveria ser usada a forma melhor, pessoais na forma culta da língua.

34 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
1 a) Não se pode identificar o sujeito das formas 6 a)e u b)mim c)mim
verbais refaça e havia feito (ele/ela ou d)m im e) mim f) mim
você?). A melhor solução é utilizar esses pro-
g) eu
nomes diante dos verbos.
b) Ele quem, Pedro ou Paulo? Evita-se a ambi- 7 a) Não nos esquecemos de que ele não simpa-
güidade colocando-se um aposto ao prono- tiza conosco.
me ele. b) Não vos queixastes de que ela não se preo-
c) Quem conseguiria resolver, ele ou eu? Evita- cupava convosco?
se a ambigüidade por meio do uso do pro- c) Não nos lembramos da presença de alguém
nome apropriado diante do verbo. conosco...
d) Quem obteria, ela ou eu? A solução é igual d) Não vos recordais das coisas ruins que vos...
à do item anterior. e) Não nos propusemos a cuidar melhor de nós
e) Ela quem, Sílvia ou Flávia? A solução já foi mesmos?
indicada anteriormente. f) Lembramo-nos de que ela gostava de pas-
2 a) Entregue-os b) Entregue-lhes sear conosco.
c) Envie-os d) Envie-lhe g) Não vos lembrais de quem estava convos-
e) Mostrei-o f) Mostrei-lhes co...
g) Apresentei-as h) Paguei-lhes 8 a) ... gosto muito de você.
i) Paguei-os b) ... de sair com você.
c) ... falei com você...
3 a) Pediram-na b) Pediram-lhes
d) ... esqueço de você.
c) Mostraram-na d) Mostraram-lhe
e) Devem destruí-la f) Refi-lo 9 Sim, pois a frase mistura os tratamentos tu e

g) Metê-lo h) Mete-o você. Se houvesse


deveríamos ter “Seuniformidade de tratamento,
não te cuidares, a AIDS vai
i) deve pô-las j) Desejo vê-los te pegar” (os gramáticos mais ortodoxos prefe-
4 a) Vi-o ontem. ririam “a AIDS te vai pegar, vai-te pegar ou vai
pegar-te”) ou “Se você não se cuidar, a AIDS o
b) Encontrei-a no cinema.
vai pegar/vai pegá-lo”.
c) Deixe-me/deixa-me quieto! (de acordo com
o tratamento utilizado, você, ou tu)
Atividades (p. 284)
d) ... para eu dar uma olhada.
e) ... entre mim e você Também nesse caso optamos por oferecer ativi-
dades que permitem ao professor trabalhar
f) Mandaram-me sair da sala.
com os alunos possíveis ambigüidades decor-
g) ... para tu dormires. rentes do uso inadequado de pronomes e
h) Fizeram-no desistir da escola. observar as formas pronominais endossadas
i) Trouxe-o aqui para dar uma força para nós pela forma culta da língua.

ou, ainda melhor, Trouxe-o aqui para nos


ajudar. 1 a) De quem
Sílvio? era a namorada,
O melhor a fazer é do primo ou um
acrescentar do
5 a) Apresentaram algumas sugestões para eu termo do tipo “a namorada do primo”, ou
analisar. “a namorada dele, Sílvio”.
b) Mandaram alguns documentos para eu b) De quem é o carro? A solução nesse caso
arquivar. não é muito simples — seria melhor reestru-
turar a frase toda, formando outra como
c) Recomendaram alguns procedimentos para
“Você deve pegar seu carro, encontrar seu
eu adotar.
irmão e levá-lo até...” ou “Você deve encon-
d) Enviaram alguns exemplares para eu examinar. trar seu irmão, que estará de carro, e condu-
e) Deixaram várias fitas para eu ver. zi-lo até...”.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 35
2 a) suas b) tuas c) seu d) ... ao senador em quem (ou em que ou no
d) teu qual) votei na última eleição...
e) sua/seus/suas/suas/suas e) ... projetos sociais exeqüíveis cuja principal
f) tua/teus/tuas/tuas/tuas meta seja a eliminação da miséria.
g) suas h) tuas i) suas f) ... uma nação onde (ou em que) prevaleça a
justiça social.
j) tuas
g) ... órgãos de incentivo à cultura cuja princi-
3 a)E sta b)essas pal finalidade será...
c) isto/nesta/naquele d) aqueles h) ... políticos conservadores, para quem (para
e)e sse f)estas os quais) a questão dos meninos...
g) aquelas i) ... candidatos oportunistas, sobre cuja vida
pouco se divulga.
4 a) esta b)esse
c) disso d) Essa 3 Não se pode definir se é o líder da comissão ou
a própria comissão que vai estudar o assunto.
e) desses f) Este/aquele Uma forma de resolver esse problema é usar a
5 a) valor aproximativo forma o qual, se se tratar do líder da comissão,
b) indica hábito ou a qual, se se tratar da comissão.
c) indica respeito
d) indica envolvimento emocional intenso Atividades (p. 290)
e) indica hábito Atividades que permitem ao professor discutir
f) indica menosprezo com o aluno o valor e o emprego dos pronomes
g) indica surpresa, desapontamento ao encon- indefinidos.

trar algo 1 a) tudo/ninguém


muito ou ou alguém
de que que falar
se ouvia se havia visto há
c) dos outros
b) outrem
d) Poucos/muitos
h) indica intensidade e) nada/ninguém f) alguém/Ninguém
2 a) valia alguma coisa/não valia nada
Atividades (p. 288)
b) algumas pessoas, determinadas pessoas/as
No caso dos pronomes relativos, optamos por pessoas apropriadas, corretamente escolhi-
atividades que permitem discutir com o aluno o das
estabelecimento da conexão entre orações, c) alguma coisa/coisa alguma
considerando o uso do pronome adequado e da
d) num dia qualquer do passado/no dia seguin-
preposição que, em muitos casos, é fundamen-
te
tal. Também dedicamos espaço à questão da
ambigüidade. e) qualquer pessoa/ alguém descon hecido,
inexpressivo
1 a) que b) que
f) diariamente/o dia inteiro
c) com que ou com as quais
d) de que ou das quais Textos para análise (p. 291)
e) cujo f) cujo
g) cujos h) em que ou onde ou na qual Texto 1
i) que
Atividade que permite ao professor rever muitos
2 a) ... algumas teses que apresentam soluções... dos conceitos estudados neste capítulo.
b) ... para ler todos os livros que têm sido elo- Tantos: pronome adjetivo indefinido; onde: pro-
giados pelos... nome substantivo relativo; você: pronome de
c) ... ver algumas peças de que um professor tratamento substantivo; eles (em deles): prono-
havia falado... me pessoal substantivo do caso reto

36 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Texto 2 Questões e testes de vestibulares (p. 294)

Como sempre nestes casos, recomendamos vi- 1 O pronome o se refere a “certo de ser amado”
vamente que o trabalho comece com a audição (Camilo não só estava certo de ser amado). E é
da canção como parte das atividades de leitura justamente essa repetição do termo “certo de
e análise. Neste caso, trata-se de um texto par- ser amado” que o uso do pronome evita.
ticularmente interessante para as aulas de lín- 2 Esta refere-se com clareza e precisão ao subs-
gua pelo fato de explorar explicitamente um tantivo feminino mais próximo, Rita. Ela, no
fato gramatical. caso, poderia criar ambigüidade, pois seria acei-
tável interpretá-lo como referindo-se ao outro
1 Refere-se ao termo “a palavra você”. substantivo feminino próximo, comprovinciana.
2 Também se refere ao termo “a palavra você”.
3 a) Canudos b) esta página c) o arraial
3 a) você b) outro, outra, quantos, qualquer
4 O pronome demonstrativo essa (“essa ativida-
c) eu, nós d) la, mim, se de”), que remete a um elemento anteriormen-
4 O primeiro eu é o pronome reto em sua função te citado no texto, o que permite concluir que
normal de sujeito verbal. O segundo eu faz a “atividade” já tivesse sido mencionada.
parte de um conjunto: trata-se, na verdade, do 5 c
conjunto “você e eu” (não exatamente igual a 6 a
nós, segundo o texto). Esse conjunto atua como 7 b
objeto do verbo tirar. É por fazer parte desse
conjunto que o pronome da primeira pessoa do 8 a
singular surge na forma reta eu e não na forma 9 a) Qualquer homem, cada um dos homens; o
oblíqua me ou a mim. homem inteiro.
5 O aluno deve perceber que se trata de retirar uma b) O primeiro todo é pronome indefinido, com
possibilidade de relacionamento sentimental. sentido equivalente ao de outros indefini-
dos, como qualquer e cada. O segundo todo
6 São normalmente advérbios. No texto, foram
é adjetivo e quer dizer “inteiro, completo”.
substantivados por meio da derivação imprópria.
10 a 11 e 12 d 13 d
7 Reflexão pessoal.
14 demonstrativos: esta, o (= aquilo, em “... o que
Texto 3 escrevo...”); pessoal do caso reto: eu; pessoal
do caso oblíquo: me
1 Neste caso, uns é pronome indefinido — tem o
sentido de “algumas pessoas”. O professor 15 a) Neste momento = no momento em que se
deve comparar este caso com o do artigo inde- está dando a entrevista, oito meses após o
finido e o do numeral. Mais importante do que lançamento do Plano Cruzado; naquela oca-
sião, na época, um momento de emoção,
dar destaque à classificação gramatical é deixar
esse momento = em fevereiro, quando foi
claro para o aluno os diferentes sentidos da
lançado o plano econômico.
palavra em cada caso. b) Mas o “fiscal do Sarney” foi importante,
2 Outros e todos são também pronomes indefini- pois (ou porque) fez nascer uma consciência
dos. O uso da seqüência de pronomes indefini- nova da cidadania.
dos cria um interessante efeito de sentido: num
16 “... uma das incontáveis amantes de Kennedy,
primeiro momento, a programação da rede que, simultaneamente, mantinha um caso com
contenta grupos distintos de telespectadores — o chefão mafioso Sam Giancana.” Esse trecho
para “uns” é diversão, para “outros” é suspen- é ambíguo: tanto Judith Exner como Kennedy
se. Ao fim e ao cabo, a programação é emocio- podem estar mantendo o mencionado caso
nante para “todos”, com toda a generalidade e com o chefão mafioso, o que não condiz com
abrangência que esse pronome indica. a fama de “mulherengo” do ex-presidente

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 37
norte-americano. A ambigüidade resulta do ■ Capítulo 14 – Estudo dos numerais
mau emprego do pronome relativo que, cujo
antecedente não fica claro. A frase poderia ser, Atividades (p. 306)
por exemplo, “... uma das incontáveis amantes
de Kennedy, Judith Exner, que, simultaneamen- Atividades que permitem trabalhar detalhes
te...”. importantes do uso dos numerais de acordo
com os preceitos da norma culta. Também se
17 c 18 c 19 a 20 e 21 c 22 a analisa a expressividade dos pronomes em
23 d 24 a 25 c 26 a 27 b situações informais.
28 a) Pretendeu dizer que rasgou sua própria ficha 1 a) dezesseis
de filiação do PDT. b) dezessete
b) Que rasgou a ficha de filiação de Brizola ao c) cinqüenta
PDT. d) dois bilhões, oitocentos e trinta e quatro
c) Que Brizola era na ocasião a principal figura milhões, quatrocentos e noventa e seis mil e
do PDT, o que impossibilitava L. A. N. de des- dezesseis
filiá-lo. e) octogésimo
29 a) cada um f) ducentésimo sexto
b) inteiramente g) trecentésimo décimo quarto
30 eu, mim h) milésimo trecentésimo quinto
31 mim, eu 2 cinco (graus), dezesseis (minutos) e trinta e três
32 “ora o vejo” (o = que me enganei); “eu t o (graus), quarenta e cinco (minutos)/trinta e qua-
juro” (o = não te esqueci) tro, quarenta e sete, setenta e três, cinqüenta e
33 “Nadam-te os olhos” = nadam os teus olhos; nove/oito
centos milhões, quinhentos
e sessenta e cinco/um,e sessenta
onze mil,enove-
seis/
“Arfa-te o peito” = arfa o teu peito cinco, setenta e sete/vinte, oitenta/quarenta e
34 b 35 b 36 c 37 b 38 c 39 a sete/vinte e três, trinta/noventa e três/noventa e
40 a) ... enquanto me cortava os cabelos.
dois/vinte e três mil, cento e vinte e sete/quinze
mil, setecentos e dezenove/três mil, cento e
b) Amigo algum me ajudará. vinte e seis/quinhentos e noventa e três/sete
41 a mil, quatrocentos e oito
42 c (arvoado = confuso, atordoado, tonto) 3 a) quarto b) trinta e dois
43 a) encontraram-no b) arrancara-a c) quinto d) oitavo
c) não o permite e) trecentésimo trigésimo terceiro
44 d f) qüingentésimo segundo

45 b 4 a) valor enfático (hipérbole)

46 b b) atribui julgamento de qualidade, com valor


superlativo — ótimo
47 A fotografia pertence à pessoa com quem se c) atribui julgamento de valor, com tom de iro-
está falando ou a fotografia retrata a pessoa a nia ou crítica — significa fazer uma troca
que se está falando.
entre elementos que se equivalem
48 d d) indica procedência, atribuindo julgamento
49 O aluno deve usar o pronome posposto ao de valor
substantivo a que se refere: esquina alguma, e) indicam julgamento de valor — com valor
pessoa alguma, criatura alguma, cidade algu- superlativo: ótimo e péssimo, respectiva-
ma, etc. mente

38 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Textos para a nálise (p. 307) ■ Capítulo 15 – Estudo das preposições

Texto 1 Atividades (p. 313)

O aluno deve perceber que, por serem as pala- Optamos por oferecer ao professor atividades
vras da língua que indicam quantidade, os que lhe permitam analisar com os alunos as
numerais estão presentes com destaque nesse principais relações estabelecidas pelas proposi-
texto, em que a grande quantidade de informa- ções. Também nos preocupamos com nuanças
ções oferecidas ao usuário (que, pressupõe-se, de sentido que devem ser observadas na passa-
precisa delas) do guia é o grande argumento gem das formas da língua coloquial para as for-
para convencerNa
to anunciado. esse usuárioos
verdade, a comprar
numeraisosurgem
produ- mas da língua culta.
1 a) a (à = a + a): lugar; ao (a + o): tempo
quando se lêem (mentalmente ou em voz alta) b) a (à): modo; a (à): tempo
os números representados no texto por algaris-
mos. c) ante: lugar (figurado)
d) após: lugar
Texto 2 e) após: tempo
f) até: limite
Deve-se iniciar a leitura e análise deste texto
pela audição da canção. Além de permitir ana- g) até: limite
lisar com os alunos o uso expressivo do nume- h) com: modo; com: companhia
ral zil, o texto, pela sua beleza e atualidade i) contra: proximidade; com: modo
temática, abre muitas possibilidades de discus- j) até: limite; contra: oposição
são. O professor pode abordar a questão do
desrespeito aos sinais de trânsito e de outras l) de: srcem; para: direção

formas de violência que se transformam em m) desde: origem; per (pelos): finalidade, direção
“gestos naturais” em nosso cotidiano. Será, n) em: modo; perante: lugar (figurado)
como pergunta Caetano, que apenas a música o) sobre: tempo; a: lugar
popular brasileira, maravilhosa e genial, é que
p) sob: lugar (figurado)
nos oferece algo de bom neste país? Discutir
com a turma essa e outras questões levantadas q) sob: (lugar)
pelo texto pode ser muito produtivo. 2 a) causa/assunto b) meio
1 Esse numeral tem valor hiperbólico, ou seja, c) lugar (origem) d) meio
atua para criar ênfase pelo evidente exagero da e) lugar (limite) f) lugar/lugar
expressão. g) situação/assunto
2 É um numeral cardinal, indicador de grande 3 a) preposição b) verbo
quantidade. Os dicionários dalíngua portuguesa c) verbo d) preposição
não o registram; pode-se, por isso, considerá-lo
criação do poeta Caetano. Nos dicionários de lín- e) artigo, pronome, preposição
gua inglesa, há a palavra zillion, que significa 4 a) Na primeira frase, houve dois enfrentamen-
“grande quantidade”. tos, um após o outro; na segunda, houve
3 Reflexão pessoal. um único enfrentamento, contra os dois
oponentes ao mesmo tempo.
b) A primeira frase indica uma medida favorá-
Questões e testes de vestibulares (p. 309)
vel a duas classes de profissionais: os músi-
1 b 2 b 3 d 4 a 5 a cos e os compositores. A segunda frase indi-
ca uma medida favorável a uma classe de
6 3, 5, 1, 4, 2 profissionais que são ao mesmo tempo
7 d 8 b 9 e músicos e compositores.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 39
Texto para análise (p. 314) faz o povo vibrar ao ver a vitória do time pelo
qual se propõe a torcer.”; “Existem escolas em
Deve-se começar a análise e leitura pela audição que as aulas da noite são iluminadas pela luz de
da canção. É um texto muito apropriado para velas.”.
investigar as relações estabelecidas pelas prepo-
sições, pois oferece várias estruturas sintáticas
em que os sentidos se modificam pela troca de ■ Capítulo 16 – Estudo das conjunções
uma preposição por outra.
Atividades (p. 320)
1 de (que também surge nas formas contraídas
da, do), sem, em (que também surge na forma Nestas atividades, oferecemos ao professor e
contraída no), com. aos alunos material para reflexão e análise dos
2 dentro de e fora de conteúdos estudados. Insistimos em que não se
deve memorizar a classificação das conjunções,
3 É um acento diferencial, que estabelece con- mas sim observar seu uso efetivo nas estruturas
traste entre a forma verbal, tônica, e a preposi- da língua. Destacar para os alunos que o estu-
ção, átona. do desta classe de palavras só se completa com
4 O aluno deve perceber que a noção expressa os capítulos de sintaxe dedicados ao estudo do
pela locução prepositiva dentro de já está implí- período composto.
cita no verbo entrar. 1 a) país rico, mas a maior parte...
5 lugar sem fim, lugar com fim, perto do longe, b) ... dedicadamente, logo será bem-sucedido.
vou ter contigo c) ... corrupto, logo não se deve reelegê-lo.
d) ... descansado, que eu...
Questões e testes de vestibulares (p. 315)
e) ... noite, porque as ruas...
1 a f) ... esta noite ou pode ficar...
2 a) ... acompanhado de confederados ou ... em g) ... sentimentos ou deve esquecê-la...
que viajavam confederados.
Nos itens a, b, c, d, e podem-se usar outras con-
b) No primeiro caso, indica-se a noção de com- junções além das utilizadas nas respostas aqui
panhia; no segundo, de conteúdo. dadas.
3 d 2 a) causa/comparação/conformidade
4 b b) conseqüência/causa/comparação
5 a) Sugestão: a determinado intervalos, a cada c) explicação/oposição
duas horas. 3 O uso da conjunção mas em frases desse tipo é,
b) Sugestão: à mão, à faca, à máquina. infelizmente, cada vez mais freqüente. Mostrar
6 a) lugar b) modo, instrumento ao aluno que não há oposição entre os dois
fatos apresentados, e sim uma relação de causa
7 e 8 d 9 b 10 c 11 e 12 d
e efeito. Em lugar de mas, dever-se-ia usar por
13 d 14 d 15 c 16 d 17 b 18 b isso, e daí; poder-se-ia também reestruturar a
19 A passagem é “... organismo que você pode frase, formando algo como “A maior parte dos
abandonar...”. Deve ser reescrita como trabalhadores enfrenta problemas de sobrevi-
“ ... organismoem que se pode abandonar...” ou vência porque não recebe...”.
“... organismo no qual se pode abandonar...”.
Textos para análise (p. 321)
20 Em todos os casos, o pronome relativo não foi
precedido pela preposição adequada. Su- Texto 1
gestões de correção: “Se lermos esta reporta-
gem daqui a um ano, vamos perceber que ela O texto é claro: ao invés de estabelecer uma
não é moderna.”; “Futebol, aquele esporte que relação de mútua exclusão entre viver e sonhar

40 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
(expressa pela conjunção OU), o que se deve ■ Capítulo 17 – Estudo das interjeições
estabelecer é uma relação de adição (expressa
pela conjunção E). A publicidade, desta forma, Atividades (p. 328)
reescreve o dilema hamletiano, transformando
uma questão existencial básica num problema Propusemos atividades que levem o aluno a
de consumo... refletir sobre o fato de que as interjeições equi-
valem a verdadeiros enunciados. Por meio da
análise de situações e da produção de seus pró-
Texto 2 prios enunciados, o aluno pode verificar por isso
Como sempre, sugerimos vivamente que o tra- mesmo a validade dessa conceituação.
balho com este texto comece pela audição da 1 a) Oba! b) Ufa! c) Puxa!
canção. Seria interessante que o professor con- d) Ai! e) Oba! f) Blergh!
versasse com os alunos sobre a energia da pai- Essas respostas são sugestões.
xão — é um tema grato aos adolescentes. O
texto da canção permite expandir a discussão 2 Reflexão pessoal.
desse tema. 3 A interjeição é o “som indefinido” produzido
1 São conjunções subordinativas: a primeira, con- pelo Itaborá ao ver a comadre de biquíni. É um
dicional; a segunda, comparativa. som que exprime surpresa, assombro mesmo —
um assombro que se tenta conter, pois o Itaborá
2 Nas duas ocorrências, a palavra porque é uma sabe da inconveniência da sua manifestação.
conjunção subordinativa causal.
3 O primeiro que é pronome substantivo relativo; Textos para análise (p. 329)
o segundo, conjunção subordinativa integrante.
Texto 1
4 Ocorre diversas vezes a conjunção coordenativa
aditiva e. 1 Ops, apesar de ainda não constar dos principais
dicionários, tem todas as características de uma
5 Há pelo menos dois trechos da canção em que
interjeição. Indica a percepção súbita de alguma
a conjunção e é repetida de forma a enfatizar a
coisa, a constatação de um fato ou presença
própria noção de repetição e continuidade, im-
importante.
plícita na idéia do moto-contínuo: “... e abraçar
e afagar seu ofício...” e “... e vai fundo, e vai 2 Não, é uma onomatopéia, ou seja, é a tentativa
fundo”. de representar um som do mundo cultural utili-
zando os fonemas da língua portuguesa. No
6 Reflexão pessoal.
caso, busca-se reproduzir o som da popular
“fungada”.
Questões e testes de vestibulares (p. 323)
3 Uau! é uma interjeição que exprime surpresa ou
1 b 2 c 3 a 4 d 5 d 6 d contentamento. No texto, atua como adjetivo
7 e 8 e 9 a 10 c 11 b 12 e em relação ao termo fragrância. Trata-se de um
interessantíssimo caso de derivação imprópria.
13 1. “por ser tecnicamente melhor do que as
suas antecessoras” Texto 2
2. enquanto 1 Ah! exprime satisfação, prazer; bah! exprime
3. entretanto aversão, descontentamento.
14 Sugestões: “conquanto fosse magra,...” ou 2 Sabemos, pela relação entre o texto de José
“apesar de ser magra,...”. Paulo Paes e o de Gonçalves Dias, que lá indica
o Brasil e cá, Portugal. Se tomarmos o texto de
15 Sugestões: “Embora não cheguem a...” ou
José Paulo Paes isoladamente, poderemos inter-
“Apesar de não chegarem a...”.
pretar o lá como um lugar ideal, que nunca cor-
16 c 17 e 18 a 19 b 20 c responde ao lugar em que estamos.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 41
3 O aluno deve perceber que as interjeições têm dade: são eles seres verdadeiramente sociais? A
uma capacidade de síntese muito elevada — resposta a essa pergunta pode dar início à re-
justamente porque são verdadeiras frases. descoberta da noção de bem-comum.
3 Reflexão pessoal.
Texto 3
Originalmente interjeição, Bravo! tornou-se ■ Capítulo 19 – Termos essenciais
substantivo próprio ao passar a nomear a revis- da oração
ta. Ocorreu, portanto, derivação imprópria.
Atividades (p. 342)

■ Capítulo 18 – Introdução à sintaxe Estas atividades permitem ao professor traba-


lhar intensamente com seus alunos a relação de
Atividades (p. 334) concordância entre o sujeito e o verbo — parti-
cularmente em casos mais problemáticos, como
1 O aluno deve perceber que frases dotadas de nas orações em que o sujeito está posposto ao
uma mesma estrutura sintática adquirem signi- verbo.
ficados diferentes de acordo com a situação de
1 a) Cumpriste a palavra dada. (tu)/Cumprimos a
uso e entoação.
palavra dada. (nós)/Cumpristes a palavra
2 O aluno deve perceber que o Manual põe em dada. (vós)
prática aquilo que preceitua: constrói uma frase b) Foste surpreendido pela notícia. (tu)/Fomos
imensa, mostrando como é pouco clara e por surpreendidos... (nós)/Fostes surpreendi-
que é pouco clara; ao seu lado, coloca uma dos... (vós)
frase curta, clara.
2 a) Ocorreram/fatos surpreendentes. (predica-
do/sujeito)
Atividades (p. 337) b) Sobraram/muitos pães/na festa. (sujeito:
1 A idéia de que a violência provém da má índo- muitos pães; predicado: o que resta)
le dos indivíduos que a praticam é bastante c) Bastam-me/algumas frases de incentivo.
generalizada. Ouvem-se com bastante fre- (predicado/sujeito)
qüência grupos de cidadãos que exigem maior d) Faltaram/alguns bons quadros/naquela ex-
eficiência da polícia e até mesmo a intervenção posição (sujeito: alguns bons quadros; predi-
do Exército como forma de garantir a seguran- cado: o que resta)
ça dos indivíduos e seu patrimônio. Mais raras e) Doem-me/as pernas. (predicado/sujeito)
são as vozes que se levantam para denunciar
f) Caíram/raios/sobre aquela velha árvore.
uma sociedade hipócrita em que aqueles que
(sujeito: raios; predicado: o que resta)
posam como pais de família exemplares se
transformam em exterminadores sem escrúpu- g) Desabaram/temporais muito fortes/ontem à
los assim que seguram o volante de um auto- noite. (sujeito: temporais muito fortes; pre-
móvel. Saliente-se que nesse caso a culpa é da dicado: o que resta)
neurose do trânsito das grandes cidades e não h) Existem/culturas muito ricas/no interior des-
da má índole individual. te país. (sujeito: culturas muito ricas; predi-
cado: o que resta)
2 Há efetivamente um conjunto de brasileiros que
se comportam como se as leis não lhes disses- i) Teus trabalhos/foram elogiados por todos.
sem respeito. O convívio social não passa de (sujeito/predicado)
uma forma de lhes satisfazer os desejos. As j) Cometeram-se/grandes injustiças/com aque-
obrigações inerentes a qualquer forma de socie- le jogador. (sujeito: grandes injustiças; predi-
dade pertencem exclusivamente aos outros. cado: o que resta)
Seria importante saber o que efetivamente pro- 3 a) Devem ter acontecido/alguns fatos sur-
duzem esses indivíduos para o bem da comuni- preendentes. (predicado/sujeito)

42 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
b) Devem ocorrer/alguns fortes temporais/esta g) as denúncias de abuso de autoridade: deter-
tarde. (sujeito: alguns fortes temporais; pre- minado simples
dicado: o que resta) h) Industriais e industriários: determinado com-
c) Poderiam bastar-me/algumas frases de posto
incentivo. (predicado/sujeito) 2 a) Acredita-se em... b) Crê-se em...
d) Poderão faltar justamente/os melhores qua- c) Necessita-se de... d) Apelou-se para...
dros/naquela exposição. (sujeito: os melho-
e) Assistiu-se a... f) Aspira-se ao...
res quadros; predicado: o que resta)
g) Obedece-se aos... h) Tratou-se de...
e) Poderiam estar doendo-me/as pernas. (pre-
3 nado
f) dicado/sujeito)
Parecem ter caído/alguns raios/sobre aquela O aluno deve
pela perceber
terceira quedo
pessoa o sujeito indetermi-
plural surge quase
velha árvore. (sujeito: alguns raios; predica- que espontaneamente nessas situações. As res-
do: o que resta) postas são sugestões.
g) Devem ter desabado/temporais muito for- a) Pediram que você passasse amanhã em...
tes/ontem à noite. (sujeito: temporais muito
b) Mandaram de...
fortes; predicado: o que resta)
h) Parecem ter existido/culturas muito ricas/no c) Deixaram na porta.
interior deste país. (sujeito: culturas muito d) Deixaram-no num banco da praça.
ricas; predicado: o que resta)
e) Disseram-me na escola.
i) Teus trabalhos/devem ter sido elogiados por
todos. (sujeito/predicado) f) Juraram que era.
j) Devem-se ter cometido/grandes injustiças/ 4 a) Devia fazer cinco anos...
com aquele jogador. (sujeito: grandes injus- b) Deve fazer algumas semanas...
tiças; predicado: o que resta). c) Deve fazer três anos...
4 a) não-nocional b) nocional 5 a) Havia várias propostas.../Houve várias pro-
c) não-nocional d) nocional postas...
e) não-nocional f) nocional b) Havia vários cargos.../Houve vários cargos...
g) nocional h) não-nocional c) Havia várias maneiras.../Houve várias manei-
i) não-nocional j) nocional ras...
l) nocional m) não-nocional d) Havia infindáveis modos.../Houve infindáveis
n) nocional o) não-nocional modos...
e) Havia discussões intermináveis/Houve dis-
Atividades (p. 345) cussões intermináveis.
6 a) Deve ter havido provas.../Pode ter havido
Atividades que permitem ao professor trabalhar provas...
intensamente particularidades importantes do b) Deve ter havido graves.../Pode ter havido
estudo do sujeito: concordância com o sujeito graves...
posposto ao verbo, estruturas de sujeito inde- c) Deve ter havido questões.../Pode ter havido
terminado, estruturas com verbo impessoal.
questões...
1 a) o sino: determinado simples
d) Deve ter havido situações.../Pode ter havido
b) uma imagem poética: determinado simples situações...
c) uma velha lembrança: determinado simples e) Pode ter havido leis.../Deve ter havido leis...
d) nova crise: determinado simples 7 a) Os sinos da igreja batem de hora em hora.
e) um novo medicamento contra a doença: de- b) Surgiram várias idéias revolucionárias duran-
terminado simples te a noite.
f) ele: determinado simples c) Faltaram vários alunos na semana passada.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 43
d) Ocorreram faltas violentas durante o jogo. b) Na primeira frase, trata-se de espíritos não
e) Desabaram dois prédios no ano passado. acometidos pela dúvida; na segunda, sem
dúvida significa indubitavelmente.
Atividades (p. 348) c) Na primeira frase, os atletas que são desnu-
tridos deixaram o clube; na segunda, todos
Atividades que permitem praticar a classificação os atletas — e todos estão desnutridos —
dos predicados e refletir sobre as diferenças de deixaram o clube.
sentido entre estruturas sintáticas diferentes.
Além disso, optamos por oferecer como ativida- Textos para análise (p. 351)
de de reflexão as diferentes nuanças de estado
indicadas pelos vários verbos de ligação. Texto 1
1 a) verbal b) verbal c) verbal A leitura e análise deste texto permite trabalhar
d) verbal e) verbal f) n ominal com praticamente todo o conteúdo relacionado
g) nominal h) nominal i) verbo-nominal ao estudo do sujeito. Merece destaque a estru-
j) verbo-nominal tura imperativa do item d, com a qual os alunos
costumam ter dificuldades de análise.
2 A segunda forma confere maior destaque ao
1 a) Sujeito indeterminado.Chamar a atençãopara
atributo imensa. A primeira forma enfatiza o
a forma singular do verbo transitivo indireto.
processo do surgimento da cordilheira.
3 A frase inicial indica estado permanente.
b) sujeito determinado oculto ou elíptico (nós)
a) indica estado transitório c) sujeito determinado simples (1 200 municí-
pios sem médico ou enfermeiro — núcleo
b) mudança de estado do sujeito: municípios)
c) continuidade, permanência de estado d) Sujeito determinado oculto ou elíptico
d)
e) constância deestado
aparência de estado não-permanente (você).
se trataChamar
de umaaforma
atenção para o fato
imperativa de que
afirmativa
f) mudança de estado, com noção de que o (faça você).
novo estado é permanente 2 No Brasil, há 1 200 municípios sem médico ou
g) continuidade, permanência de estado enfermeiro.
Obtém-se uma oração sem sujeito, com verbo
Atividades (p. 350)
haver impessoal.
Atividades que permitem ao professor sistema-
tizar o uso de sinais de pontuação relacionados Texto 2
aos termos essenciais da oração. Merece desta- O aluno deve perceber que, apesar de aparen-
que a diferença discutida na questão 2. temente semelhantes, os predicados são na ver-
1 a) sem vírgulas dade bem diferentes. Em “As manchetes
b) sem vírgulas foram recortadas.” há predicado verbal, com
verbo na voz passiva analítica. Em “Mas os elo-
c) medíocres,
... os antigos ressentimentos,
a estupidez mútua. as rusgas gios foram rasgados.” há predicado nominal
— rasgados é predicativo do sujeito os elogios.
d) ... trabalhadores, e malandros, e policiais, e
pessoas sem teto, e vendedores ambulantes. Texto 3
e) sem vírgulas
Como sempre, enfatizamos que se deve iniciar
f) Seres humanos, animais e vegetais...
o trabalho com estes textos pela audição das
g) Desiludido, rasguei... canções. No caso de “Raça humana”, o profes-
2 a) Na primeira frase, trata-se de um policial sor deve considerar a possibilidade de, se julgar
que é neurótico; na segunda, de um policial conveniente, aproveitar o texto também para
que, momentaneamente, está neurótico. discutir figuras de linguagem.

44 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
1 a) Sim. que há de fato um sujeito para a forma verbal
b) O sujeito de existe é uma; há não tem sujeito. ser amada — isso se pode facilmente compro-
c) Num céu de estrelas multicoloridas, existem var pela substituição do pronome ela, elíptico,
algumas que eu não colori./Entre o céu e o por outro sujeito: “Rita estava certa de Maria
firmamento, não há mágoas. ser amada” ou, numa redação melhor, “Rita
d) Num céu de estrelas multicoloridas, existiam estava certa de que Maria era amada”.
algumas que eu não colori./Entre o céu e o 4 b 5 e
firmamento, não havia mágoas. 6 a) Em “Havia muitas estrelas.”,haver indica exis-
2 Porque o sujeito da primeira forma (“mais coi- tência e é impessoal, ou seja, permanece inva-
sas”) está
nosso no plural,
próprio e o sujeitoestá
entendimento”) dano
segunda (“o
singular. riavelmente
outra na terceira
frase, haver pessoa
é verbo do singular.
auxiliar, Na
participan-
do da conjugação do verbocontar. Como
3 É o sujeito simples da forma verbal elíptica vaga
auxiliar, haver é pessoal e estabelece concor-
(... vagam como o vento vaga).
dância de número e pessoa com o seu sujeito.
4 Sim: não há uniformidade de tratamento no b) b1 – haviam b2 – havia
texto. Dever-se-ia optar por uma das formas de
tratamento (tu ou você) e uniformizar o texto a 7 e 8 e
fim de adequá-lo aos padrões da língua culta. 9 a) Toda a humanidade
5 Reflexão pessoal do aluno, que deve perceber b) É uma oração sem sujeito.
que o texto explora os dois sentidos da palavra. 10 d 11 b 12 c 13 d 14 e 15 d

Texto 4 16 e 17 e 18 a 19 e 20 c 21 a

1 a) sujeito: a raça humana; predicado: é uma 22 c


semana do trabalho de Deus 23 e (sujeito e predicativo do sujeito, respectiva-
b) É predicativo do sujeito. mente)
c) semana 24 d 25 d 26 a 27 e 28 b 29 e
d) substantivo 30 c 31 a 32 d 33 b 34 d 35 b
2 Predicado nominal. Outras orações similares: “A
36 a 37 c 38 c 39 e 40 b 41 c
raça humana é a ferida acesa”, “A raça huma-
na é o cristal de lágrima...”. 42 a 43 d 44 d 45 c 46 c 47 d
3 Sim. São três orações cujos predicados têm 48 c
como núcleo sempre um verbo nocional; são,
portanto, três orações de predicado verbal. ■ Capítulo 20 – Termos integrantes
4 Reflexão pessoal do aluno, que deve perceber da oração
que o texto é maravilhosamente humanista: afi-
Atividades (p. 363)
nal, uma semana de trabalho divino deve ter
produzido algo de bom... Atividades que permitem trabalhar o conceito

Questões e testes de vestibulares (p. 354) de transitividade


pessoais oblíquos verbal, o uso
de acordo comde ospronomes
preceitos
da norma culta, as sutilezas de sentido relacio-
1 b 2 b nadas ao objeto direto preposicionado.
3 O sujeito é determinado e elíptico, ela, e se 1 a) intransitivo/transitivo direto e indireto/transi-
refere ao sujeito da oração principal, Rita. Se tivo direto
não se tivesse feito a elipse, o período seria
b) intransitivo/transitivo indireto
“Rita estava certa de ela (a própria Rita) ser
amada”. Outra possível redação é “Rita estava c) transitivo direto/transitivo direto e indireto
certa de que ela (a própria Rita) era amada”. d) intransitivo/transitivo direto/transitivo direto
Note-se que não há dúvida quanto ao fato de e indireto

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 45
2 a) Falta-lhes... (objeto indireto) c) de mim
b) ... ocorreu-lhe. (objeto indireto) d) lhe/por tudo isso
c) ... demonstrá-la. (objeto direto) e) aos pobres
d) Ouço-a. (objeto direto) f) de animais em extinção
e) Comunico-lhes... (objeto indireto)
f) Comunico-o... (objeto direto) Atividades (p. 370)
g) Paguei-os. (objeto direto)
Oferecemos ao professor e aos alunos uma
h) Paguei-lhes. (objeto indireto) grande quantidade de atividades relacionadas
i) Apresentei-as... (objeto direto) com as vozes verbais porque se trata de um
j) Apresentei-lhe... (objeto indireto) aspecto a um só tempo rico e delicado da sinta-
xe portuguesa. Assim, analisam-se as pequenas
3 a) A primeira frase pode significar que se diferenças de sentido entre as diferentes vozes
comeu todo o pão; a segunda significa que verbais e enfatizam-se detalhes relacionados à
se comeu apenas parte dele. concordância verbal da passiva sintética.
b) A primeira frase significa que se deve beber 1 b) por gente inescrupulosa
apenas parte da bebida amarga; a segunda,
que se deve bebê-la toda. c) pelos representantes dos países latino-ame-
ricanos
c) A segunda frase é mais enérgica que a pri-
meira. d) pelo Juventus
e) pelos meios de comunicação
4 a) Aconteceram-lhe fatos surpreendentes du-
rante a viagem à Europa. 2 A primeira forma enfatiza o agente do processo
b) Houve poucos problemas no seminário de verbal e o próprio processo verbal; a segunda
forma enfatiza o paciente do processo verbal. A
ontem. construção na voz ativa dá destaque ao técnico
c) A imprensa comunicou o novo preço dos
combustíveis ontem à noite. e à sua ação; a construção na voz passiva dá
destaque ao que está sendo anunciado.
d) As novas regras de exploração do solo favore-
3 a) Novos dados sobre a dengue no interior de
cem apenas alguns grupos empresariais.
São Paulo vão ser divulgados pela Secretaria
e) O país necessita de investimentos em educa- da Saúde.
ção pública.
b) O time brasileiro na Copa de 70 no México
f) Vários deputados apresentaram propostas foi comandado por Pelé, Tostão e Gérson.
de alteração constitucional aos colegas na
sessão de ontem. c) Os candidatos a prefeito haviam sido convi-
dados para um debate por várias emissoras
de televisão.
Atividades (p. 366)
d) Os agricultores têm sido levados ao desespe-
Atividades de nominalização e de análise. Por ro por algumas decisões do governo.
meio delas, o professor e os alunos observam
mecanismos de organização sintática da língua. e) Uma
semana greve haviapelo
seguinte sidoprincipal
convocada para daa
sindicado
1 a) O Banco Central optou pela intervenção no categoria.
mercado do dólar. f) Várias conquistas acabam de ser obtidas na
b) O governo recusou-se à negociação com os justiça pelo movimento dos aposentados.
grevistas.
O aluno deve perceber que as diferenças apon-
c) ... faria investimentos em saúde e educação. tadas na questão 1 são válidas para as frases da
d) ... a suspensão das remessas... questão 2.
2 a) com os mais jovens 4 a) As cartas foram enviadas.../Enviaram-se as
b) em saúde e educação/a todos os outros cartas...

46 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
b) Vários livros premiados foram publicados./ c) Aos que se sentem enganados, cabe-lhes...
Publicaram-se vários livros... d) ... mais dedicação, mais interesse, mais apli-
c) O novo diretor do colégio foi nomeado./ cação.
Nomeou-se o novo diretor... e) ... dois técnicos, cinco operadores de retífi-
d) Um novo critério de seleção dos candidatos ca, oito mecânicos de manutenção e dez...
foi adotado./Adotou-se um novo critério... f) sem vírgulas
e) Uma criança foi salva.../Salvou-se uma crian- g) sem vírgulas
ça...
h) ... amigos, nem parentes, nem colegas do
f) Ameaças à testemunha de acusação foram futebol ou das...
feitas./Fizeram-se ameaças à testemunha... i) sem vírgulas
g) A cidade foi transformada num caos./Trans-
formou-se a cidade... 2 Na primeira frase, “do meu ponto de vista” é
objeto indireto do verbo saber: a frase significa
5 a) Elaboraram-se projetos...
que quem critica desconhece o que está criti-
b) Estipularam-se novos prazos... cando — e o objeto da crítica é o ponto de vista
c) Aspira-se a vidas mais dignas. de quem está falando. Na segunda frase, “do
d) Localizaram-se os principais focos de... meu ponto de vista” tem função adverbial: a
frase significa que, de acordo com o entendi-
e) Não se conhecem as reais causas...
mento de quem está falando, quem está criti-
f) Não se dispõe de meios eficientes... cando não sabe nada.
g) ... se descubram as srcens de tudo isso.
h) ... que se parta de dados comprováveis... Textos para análise (p. 373)
i) ... que se trata de casos de...
Texto 1
6 a) Procuram-se alternativas...
b) Precisa-se de novas... Deve-se iniciar as atividades com este texto pela
audição desta maravilhosa canção. O professor,
c) Finalmente, liberaram-se as importações de...
se julgar conveniente, pode e deve ampliar e
d) Ultrapassaram-se as últimas barreiras... aprofundar a leitura deste texto, que oferece
e) Pensa-se em soluções... farto material de análise lingüística e discussão
f) Encontrou-se a cura... sobre a existência.
g) Atente-se para os índices... 1 objeto direto
7 Essas frases podem ser interpretadas como 2 O homem velho deixa-as para trás.
casos da voz passiva sintética ou da voz reflexi-
3 “a mão”, sujeito determinado simples
va. Por isso, devem ser evitadas. Quando se pre-
tende fazer a construção passiva com sujeito 4 A mão apagou as linhas do destino nas mãos.
humano, é melhor optar pela forma analítica: As linhas do destino nas mãos foram apagadas
“Os alunos são incentivados”, “Os culpados pela mão.
são desmascarados”, “Os responsáveis são acu- 5 predicativo do sujeito
sados”. Para a voz reflexiva, recomenda-se a 6 O termo destacado é objeto direto da forma
anteposição do sujeito: “Os alunos incentivam-
se”, “Os culpados desmascaram-se”, “Os res- verbal tem. Seu núcleo é o substantivo alma, ao
ponsáveis acusam-se”. Nesse último caso, reco- qual se liga o adjetivo saturada (adjunto adno-
menda-se ainda o uso de expressões como minal) — que tem como complemento nominal
mutuamente, um ao outro, reciprocamente. o termo “de poesia, soul e rock’n’roll”. O pre-
dicado da oração é verbal.
Atividades (p. 372) 7 migram, arde, cai, passam, rindo, dói, brilha
1 a) sem vírgulas 8 Predicativo do sujeito. O predicado é verbo-
b) ... por rádios, jornais e canais de TV. nominal.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 47
9 Ao homem velho. O pronome é objeto direto. 36 e 37 b 38 a 39 b 40 c 41 b
10 Reflexão pessoal. 42 b 43 c 44 c
45 Hoje não se fazem mais carros como antiga-
Texto 2 mente.
“Um país inteiro” é sujeito determinado sim- 46 a) Muitos ajudaram-te.
ples; “por um mosquito” é agente da passiva. b) Os mestres aconselharam-nos.
Comentar com os alunos que a opção do reda-
tor pela estrutura passiva analítica enfatiza o 47 a) Ela não foi vista por mim ontem.
caráter de omissão (passividade seria a melhor d) O paciente foi assistido pelo enfermeiro dia
palavra, mas soaria mais redundante do que já e noite.
soa...) do sujeito paciente e de atividade (inten- Só admitem voz passiva os verbos que na voz
sa e disseminada, neste caso) do agente. ativa possuem objeto direto.
Questões e testes de vestibulares (p. 375) 48 c 49 c 50 b 51 e 52 c 53 d
54 a 55 Nomearam-na tutora.
1 d 2 01, 08, 32
56 d 57 b
3 a 4b 5e 6b 7d 8a
58 Se o ruído da vaga fosse ouvido pelos filhos dos
9 d 10 b 11 c 12 d 13 b 14 a pescadores, o rangido longínquo dos carros de
15 c 16 e 17 a boi seria escutado por mim.
18 a) verbo intransitivo 59 O jornalista britânico Frederick Sands, autor de
b) verbo não-nocional ou de ligação uma biografia de Greta Garbo, anunciou ontem
em Genebra, Suíça, a volta da atriz ao cinema.
19 a) verbo não-nocional ou de ligação
b) verbo transitivo direto 60 gente,
... e seisso
às vezes eu por
era feito era simples
repreendido, à vista de
formalidade.
c) verbo transitivo indireto 61 c 62 c
d) verbo intransitivo
20 vos: pronome pessoal do caso oblíquo, objeto ■ Capítulo 21 – Termos acessórios da
direto; que: pronome substantivo relativo, obje- oração e vocativo
to direto
Atividades (p. 386)
21 a) Vi-o catando-a.
b) Ver e catar são, no enunciado, transitivos É a expressão das circunstâncias a característica
diretos. mais importante dos adjuntos adverbiais. Por
isso, oferecemos atividades para que o profes-
22 c 23 a 24 e 25 b 26 d 27 a sor e os alunos analisem essas circunstâncias,
28 c 29 b 30 b tanto em enunciados alheios como em suas
próprias produções.
31 Em cada uma das frases de cada par, o mesmo
verbo aparece com transitividade diferente:que- 1 a) de repente: tempo
b) silenciosamente: modo; em casa: lugar; em
rer é transitivo direto na primeira frase, transiti-
vo indireto na segunda; dormir é intransitivo na plena madrugada: tempo
primeira frase, transitivo direto na segunda. Isso c) à noite: tempo; com muita clareza: modo
mostra como a transitividade depende sempre d) sem plenas condições de tráfego: modo
do contexto em que o verbo é utilizado.
e) de trem: meio (modo); por toda a Europa: lugar
32 d 33 e 34 d f) felizmente: modo
35 a) ... como ele foi visto por mim em uma noite g) muito: intensidade; longe daqui: lugar; no
sem luar... norte da Itália: lugar (na frase exerce função
b) o: objeto direto; ele: sujeito de aposto)

48 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
h) na próxima semana: tempo; das sete às dez cado verbal: pedem votos pouco críticos a
da manhã: tempo eleitores desinteressados; verbo transitivo dire-
i) quase: intensidade; de vergonha: causa to e indireto: pedem; objeto direto: votos
pouco críticos, núcleo: votos; adjunto adnomi-
j) sem as chaves: modo
nal: pouco críticos; objeto indireto: a eleitores
l) apesar de você: concessão; amanhã: tempo desinteressados; núcleo: eleitores; adjunto
m) à toa: modo adnominal: desinteressados
n) com os dentes: instrumento (modo) c) sujeito determinado simples: os garimpeiros;
núcleo: garimpeiros; adjunto adnominal: os;
2 Reflexão pessoal. As respostas dadas individual-
predicado verbal: têm transmitido doenças
mente devem ser apresentadas à classe para
análise. graves aos índios da Amazônia; verbo transiti-
vo direto e indireto: têm transmitido; objeto
3 a) Eles pensaram rápido. direto: doenças graves; núcleo: doenças;
b) Eles pensaram rapidamente. adjunto adnominal: graves; objeto indireto:
c) Eles foram rápidos. aos índios da Amazônia; núcleo: índios; adjun-
tos adnominais: os, da Amazônia
d) Vozes de protesto levantaram-se inespera-
damente. d) sujeito determinado simples: um redator efi-
ciente; núcleo: redator; adjuntos adnominais:
e) Vozes de protesto levantaram-se inesperadas.
um, eficiente; predicado verbal: deve comuni-
f) Os rapazes falavam muito baixo. car informações claras e realmente importan-
g) Os rapazes eram muito baixos. tes ao público interessado; verbo transitivo
h) Ficamos calmos durante a discussão. direto e indireto: deve comunicar; objeto dire-
to: informações claras e realmente importan-
i) Agimos calmamente durante a discussão.
tes; núcleo: informações; adjuntos adnomi-
j) Suas atitudes ponderadas súbito converte- nais: claras, realmente importantes; objeto
ram-se em gestos irritados. indireto: ao público interessado; núcleo: públi-
l) Suas atitudes ponderadas subitamente con- co; adjuntos adnominais: o, interessado
verteram-se em irritação.
2 O aluno deve perceber queinusitada pode ser
m) Seus gestos de irritação foram súbitos e vee- classificado como adjunto adnominal ou como
mentes. predicativo do objeto — em ambos os casos, o
termo caracterizado é “aquela atitude”. Na pri-
Atividades (p. 388) meira interpretação, quem fala se nega a julgar
uma inusitada atitude tomada por alguém; na
Oferecemos atividades que permitem não apenas segunda interpretação, quem fala se nega a con-
identificar o adjunto adnominal, mas também siderar inusitada uma determinada atitude.
analisar as ambigüidades que surgem em situa-
ções em que o adjunto pode ser confundido com 3 O aluno deve perceber que em ambas as frases
outros termos sintáticos, como predicativos ou ocorre um mesmo problema sintático: a possibili-
complementos nominais. A distinção entre adjun- dade de se analisar um termo como adjunto
to adnominal e complemento nominal, mais do adnominal ou como complemento nominal. Os
que um capricho de gramáticos, é muitas vezes termos
criança”.envolvidos
Se “desta são “desta
cidade” cidade” adnomi-
for adjunto e “de
indicadora de diferenças de sentido.
nal, a frase significa “não serei mais um pichador
1 a) sujeito determinado simples: um novo com- srcinário, proveniente desta cidade”; se for um
portamento empresarial; núcleo: comporta- complemento nominal, a frase significa “não
mento; adjuntos adnominais: um, novo, serei mais um dos que picham esta cidade”. Se
empresarial; predicado verbal: deve ser incen- “de criança” for adjunto adnominal, a frase signi-
tivado (voz passiva analítica) fica “é absurdo que tenhamos um medo infan-
b) sujeito determinado simples: muitos candida- til”; se “de criança” for complemento nominal, a
tos despreparados; núcleo: candidatos; adjun- frase significa “é absurdo que as crianças nos cau-
tos adnominais: muitos, despreparados; predi- sem medo”.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 49
Atividade (p. 390) Texto 2

Atividade para que professor e alunos analisem Erro crasso de pontuação: faltou a vírgula para
apostos e vocativos — para além das semelhan- separar o aposto “o pintor da vida”.
ças de pontuação, existem as diferenças de
natureza sintática que devem ser apreendidas Texto 3
pelos estudantes.
Belíssimo poema de Vinicius de Moraes, aqui
a) vocativo: meu velho amigo
intencionalmente colocado porque, além de
b) você: vocativo; meu velho amigo: aposto (do oferecer material lingüístico de análise, é muito
vocativo você)
c) vocativo: ó meus sonhos bem costumam
dele recebido pelos adolescentes,
sentir-se motivados que
paraapensar
partir
d) aposto: meu maior sonho e repensar suas próprias experiências afetivas.
e) vocativo: minha querida 1 adjunto adverbial de tempo
f) vocativo: tu 2 É uma locução adverbial, equivalente a repenti-
g) vocativo: meu bem namente.
h) aposto: um emprego, uma casinha, uns tro- 3 São adjuntos adnominais.
cados para uma viagem de vez em quando
4 Refere-se ao sujeito oculto tu (tu te repouses
Atividade (p. 392) quieta). É um predicativo do sujeito.
a) O Brasil, país que via seus jovens como 5 eternamente, melancolicamente
garantia de um grande futuro, parece ter 6 Adjunto adnominal. No caso, equivale à expres-
optado... são “de êxtase”.
b) Acorde, menino, e vá ver...
c) A cidadania, essa ilustre desconhecida, ainda... 7 Adjunto adnominal. Equivale à expressão “que
não se pode dizer”.
d) Sob aquelas velhas árvores, ali perto do
8 Reflexão pessoal.
poço, repousam...
e) Daqui a dois anos, poderemos...
Questões e testes de vestibulares (p. 395)
f) Poderemos, daqui a dois anos, avaliar...
g) ... dessas medidas, daqui a dois anos. (vírgu- 1 b 2d 3c 4d 5e 6c
la opcional)
7 d 8e 9a
h) sem vírgulas
10 a) demonstrativos: esta, o (... o que escrevo...);
i) ... acontecendo, Alfredo.
pessoal do caso reto: eu; pessoal do caso
j) sem vírgulas oblíquo: me
l) ... palavra: incompetência. b) esta: adjunto adnominal; o: sujeito; eu:
m) Gilberto Gil, músico e compositor, continua... sujeito; me: objeto direto
n) sem vírgulas 11 a 12 a 13 c 14 b
15 a) “A portaria proíbe os menores de 18 anos
Textos para análise (p. 393)
de irem a motéis e rodeios sem a companhia
Texto 1 ou autorização dos pais.”
b) Pais acompanhando filhos a motéis.
O termo que tem destaque no texto é o adjun-
to adnominal. Isso acontece porque o texto c) ... proíbe os menores de 18 anos de irem a
explora justamente a pluralidade do jornal anun- rodeios sem a companhia ou autorização
ciado, caracterizando sucessivamente esse jornal dos pais ou de irem a motéis.
por meio de adjuntos adnominais diferentes. 16 A passagem ambígua é “exigindo a leitura de

50 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
um livro que entrará no exame inexistente no Atividade (p. 404)
Brasil.”, pois pode significar que o livro ou o
exame é inexistente. Sugestão de uma nova Atividade que permite ao professor e aos alunos
redação: ... exigindo para o exame a leitura de rever os conceitos até aquiexpostos. Enfatizamos
um livro inexistente no Brasil. que o estudo das orações subordinadas é desen-
volvido mais satisfatoriamente quando o aluno
17 com as últimas chuvas: adjunto adverbial de percebe com clareza a equivalência entre os ter-
causa ou tempo; o verde: sujeito; verdíssimo: mos sintáticos que exercem funções substanti-
predicativo do sujeito vas, adjetivas e adverbiais e as respectivas ora-
18 e 19 e 20 a 21 e 22 b 23 b ções subordinadas.
24 e 25 b a) Sugeri ao prefeito que suspendesse a co-
brança do imposto.
26 f, d, vazio, i, a, h, c, b, e, g b) ... os bons momentos que vivi na infância.
27 b, d, c, a c) Apesar de existirem provas incontestáveis,...
28 d 29 a 30 a d) ... uma crise que não se pode superar.
e) Pedi que se liberassem mais recursos.
f) Enquanto durou o dia,...
■ Capítulo 22 – Orações subordinadas
substantivas
Atividades (p. 408)
Atividades (p. 401)
Por meio destas atividades, sistematizam-se
Atividades que permitem ao professor e aos vários conceitos importantes apresentados
alunos sistematizarem o que foi exposto sobre anteriormente: a equivalência sintática entre
os processos de relacionamento entre orações. termos que exercem funções substantivas e ora-
1 a) O presidente e o governador são termos ções subordinadas substantivas, as várias fun-
ções que essas orações podem desempenhar e
coordenados entre si: ambos exercem a as diferenças de sentido provenientes do em-
mesma função de núcleo do sujeito. prego de diferentes conjunções integrantes.
b) Todos os termos destacados são subordina- 1 a) Pressenti que ele chegava (estava chegando).
dos: todos são adjuntos adverbiais do verbo.
b) O sucesso do projeto depende deque tu te
c) Os termos estão coordenados entre si: exer- esforces.
cem a função de predicativo do objeto.
c) Sou contrário a que o réu seja condenado.
d) Os termos estão coordenados entre si,
d) “O importante é que a nossa emoção sobre-
atuando ambos como objetos diretos.
viva.”
e) Os três primeiros termos estão coordenados e) Não preciso de que você me ajude.
entre si e subordinados ao termonada, que
os sintetiza. Notar que os termos coordena- f) Anunciaram que tu saías.
dos entre si estão subordinados normalmen- g) Lamento que vos interesseis pouco pelo pro-

te a outros. jeto.
2 a) Ninguém sabe/se ela vai aceitar o convite. De uma forma geral, o período simples é mais
(subordinação) conciso e elegante do que o período composto,
b) Informe aos pre sentes/que a reuniã o... que deve ser usado para evitar ambigüidades
(subordinação) ou para dar ênfase ao processo verbal em
desenvolvimento (na oração subordinada).
c) Vá ao banco,/pague as contas/e traga os
comprovantes. (coordenação) 2 a) subjetiva b) subjetiva
d) Vá ao banco,/pague as contas/e prove a c) objetiva direta d) subjetiva
todos/que você é capaz de honrar seus com- e) predicativa f) completiva nominal
promissos. (coordenação e subordinação) g) objetiva indireta h) ap ositiva

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 51
3 O primeiro período exprime uma interrogação entre os elementos mais simples...”. Na
(quem fala não sabe se é amado); o segundo, segunda ocorrência, é pronome relativo.
um pedido de confirmação (quem fala sabe que b) A melhor análise para esse período é consi-
é amado). derar que acredita-se é uma forma da voz
passiva sintética e que a oração “que essa
Atividade (p. 409) molécula possa representar um ponto de
a) ...auxilie, que interceda em seu favor, que transição entre...” é subordinada substanti-
faça as coisas... va subjetiva. De acordo com o Dicionário
Houaiss, acreditar, na acepção de “pensar,
b) sem vírgulas sem convicção ou certeza; achar, julgar,
c) ...“Imagine”, Lennon... sonho: que a huma- supor” é transitivo direto — o exemplo cita-
nidade... do é “acredita que não voltará a vê-los”. Por
d) sem vírgulas ser transitivo direto na voz ativa, o verbo
e) sem vírgulas admite voz passiva.
f) ... uma coisa: que você... ou... uma coisa, 7 Resposta pessoal.
que você...
g) sem vírgulas Texto 2
h) sem vírgulas
O aluno deve reconhecer a oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
Textos para análise (p. 410)
“você fazer o mesmo pelo computador dele”,
que é, no caso, sujeito da forma verbalbasta.
Texto 1
Optamos por esta atividade porque o reconheci-
Optamos aqui por um texto jornalístico, de mento das substantivas subjetivas é muitas vezes
cunho informativo, porque é nosso propósito problemático. Sugerimos que o professor peça
neste livro oferecer textos que pertençam aos aos alunos que desenvolvam a oração reduzida,
mais variados gêneros textuais a fim de que o reescrevendo-a sob a forma “Basta que você
aluno tenha contato com a maior variedade dis- faça o mesmo pelo computador dele”. Sempre
cursiva possível. vale a pena comentar as diferenças estilísticas
1 “Estudo diz” – oração principal; “que metade
entre a oração reduzida, cuja forma sintética dá
maior ênfase ao processo verbal, e a desenvolvi-
das estrelas da Via Láctea tem planetas como o
nosso.” – oração subordinada substantiva obje- da, cuja marcação de modo subjuntivo dá desta-
que a essa nuança de sentido. Essa diferença
tiva direta.
explica em grande parte a opção do redator do
2 É a oração subordinada substantiva objetiva texto acima pela forma reduzida.
direta “que logo poderá sobrar matéria-prima
para essas pesquisas”. Questões e testes de vestibulares (p. 412)
3 É uma oração subordinada substantiva comple- 1 c 2 b 3 c 4 c
tiva nominal.
5 Ela é coordenada à oração que a antecede
4 São as orações subordinadas substantivas obje- (... era inevitável...) e subordinada à oração cujo
tivas diretas “que a srcem da radiação pode sujeito é o pronome demonstrativo o.
estar em corpos de tamanho equivalente ao da
6 a) É uma subordinada substantiva normalmente
Terra” e “que serão necessárias técnicas inédi-
classificada como completiva nominal, subor-
tas e uma nova geração de telescópios”.
dinada ao pronome demonstrativo a. Essa
5 oração subordinada substantiva objetiva direta oração é mais bem descrita como uma subs-
6 a) Na primeira ocorrência, é uma conjunção tantiva em papel de adjunto adnominal.
subordinativa integrante e introduz a oração b) A conclusão é que mais vale um pássaro na
subordinada substantiva “que essa molécula mão do que nenhum./A conclusão é: mais
possa representar um ponto de transição vale um pássaro na mão do que nenhum.

52 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
7 c 8b De uma forma geral, o uso dos adjetivos torna
9 a) Não importou, na época, a aprovação ou as frases mais elegantes e concisas do que o uso
não dos métodos de Nostradamus por seus das orações, recomendável quando houver ne-
inimigos. cessidade por motivo de clareza ou ênfase.
b) Notou-se perfeitamente a audácia de sua
atitude. Atividade (p. 421)
10 b As diferenças de sentido provenientes do uso
11 oração subordinada substantiva subjetiva de orações restritivas ou explicativas devem ser
enfatizadas e trabalhadas com profundidade.
12 c 13 c a) A primeira frase refere-se a todo e qualquer
14 a) ‘não é necessário” e “não precisa” time que não treina; a segunda refere-se a
b) Isso porque não é necessário que nesse está- um determinado time, o qual não treina e
gio o Planalto apresente sua defesa./Isso não vence.
porque nesse estágio o Planalto não precisa b) Na primeira frase, todos os policiais em
apresentar sua defesa. questão participaram; na segunda, partici-
15 oração subordinada substantiva subjetiva param apenas aqueles policiais cujos nomes
foram encontrados na agenda.
16 e 17 c 18 a 19 d
c) Todos os jogadores do time andaram em
20 Desejo-lhes uma boa viagem e bastante descan- campo./Apenas alguns jogadores — aqueles
so. de que se esperava no mínimo amor à cami-
21 c 22 c 23 c sa — simplesmente andaram em campo.
d) Os fiscais serão enviados àquelas cidades
24 “que a escrava é que estragara o doce...” litorâneas que têm altos índices de polui-
25 a 26 d ção./A
27 a) adjunto adverbial (de modo) cidades poluição
do litoralé —
alarmante emelas
e a todas todas as
serão
enviados fiscais.
b) complemento nominal
c) sujeito
Atividades (p. 424)
d) objeto indireto
e) complemento nominal O uso de preposição apropriada e o emprego
correto do relativo são doisaspectos importantes
f) objeto direto (na forma de oração subordi-
nada substantiva objetiva direta). da forma escrita culta da língua que devem ser
trabalhados intensamente em sala de aula.
1 a) ... crianças que estão hoje nas ruas têm
■ Capítulo 23 – Orações subordinadas direito...
adjetivas b) Muitas crianças a que (ou a quem) não se dá
Atividade (p. 418) oportunidade...
c) Boa parte da classe média brasileira de que
Atividade
e oração que enfatiza
adjetiva comoa relação
formasentre adjetivo
distintas de tenho medo tem comportamento extrema-
exercer um mesmo tipo de função sintática. mente violento...
a) ... prejuízos que não se podem calcular. d) ... crianças brasileiras cuja vida é, desde
cedo, miséria e exploração não têm direito...
b) ... que não se podem desmentir.
e) ... no Brasil, onde existe a pior..., não se
c) ... italianos, que são notáveis bebedores de
pode sonhar...
vinho e comedores de pizza,...
d) O país, que é grande exportador de maté- 2 a) s em preposição b) d e
rias-primas,... c)aos d)com
e) ... econômica que não termina. e) sem preposição f) p or

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 53
g)em h)sobre d) sem vírgulas
i)com j)a e) ... natal, onde não punha...
l)a m) de f) sem vírgulas
n) por 2 a) Na situação apresentada na segunda frase,
3 a) É um grave problema cuja solução... todos os professores pediram demissão e
b) Conheci uma garota cujo pai é... nenhum deles poderá ser substituído; na si-
c) ... funcionários, cujos nomes ele prefere... tuação apresentada na primeira frase,
somente aqueles professores que pediram
d) ... situação em que todos... demissão — e não foram todos — não po-
e) ... e por isso acho que... derão ser substituídos.
f) ... gesto que nos fez sentir recompensados./... b) Na primeira frase, somente aquelas constru-
gesto que fez com que nos sentíssemos.../... toras que não concluíram as obras devem
gesto que nos recompensou a todos. fazer a devolução do dinheiro. Na segunda,
g) ... cujos efeitos colaterais... todas as construtoras envolvidas deixaram
4 a) A comissão ou o desenvolvimento tecnológi- de concluir as obras e estão obrigadas a
co permitirá perspectivas? A solução é usar devolver o dinheiro.
as formas a qual ou o qual.
b) As teses ou os grupos ambientalistas apre- Textos para análise (p. 427)
sentam problemas de interesse nacional? A
solução é usar as quais ou os quais. Textos 1 e 2
c) Não é o bairro que atende — é o dentista. A leitura e a análise destes textos serão mais
Deve-se reescrever a frase: “Abriu seu con- agradáveis se partirem da audição da belíssima
sultório neste bairro um novo dentista, que canção que Mílton Nascimento fez para a
atende todas as manhãs” é uma das possi-
bilidades. “Canção amiga” de Drummond. O trabalho e
o consumo são temas transversais — é sempre
d) É o time que não ganha títulos, não a nova bom lembrar.
contratação. Por isso, a frase deve ser rees-
crita: “O time — que há muitos anos não 1 As crianças que trabalham.
ganha um título — contratou...” é uma das 2 a) “que pudesse acordar os homens e adorme-
possibilidades. cer as crianças”
e) O carro é do assessor, não do próprio gover- b) oração subordinada adjetiva restritiva
nador. Uma das possibilidades de reescrita é:
“Está sendo procurado o assessor em cujo c) uma canção
carro o governador sofreu um acidente”. d) pronome relativo
f) Joana de França viajou para o Rio de Janeiro, e) sujeito
onde ficará hospedada no Palácio do Go- 3 oração subordinada adjetiva restritiva
verno.
4 oração subordinada adjetiva restritiva
g) O jogador
sucesso comArturzinho está fazendo
sua nova escolinha, muito
que fica no 5 Significa que há necessidade de se especificar o
bairro da Lapa. significado de termos de sentido genérico.
6 Reflexão pessoal.
Atividades (p. 427)
1 a) A medicina, que estuda a prevenção e a cura Textos 3 e 4
de doenças, tem tido...
O primeiro relativo é sujeito da forma verbal
b) ... era muito comum fazer referências joco- tem. É interessante fazer o aluno notar que a
sas aos corintianos, cujo time... oração adjetiva restritiva “que tem Brasil até no
c) sem vírgulas nome” se refere a um agente da passiva.

54 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
O segundo relativo é predicativo do sujeito ela. 22 Agora sei: oração principal; que outro dia eu
Esse período deve ser analisado com bastante disse uma palavra: subordinada substantiva
cuidado: transforme tem como sujeito determi- objetiva direta; que fez bem a alguém: subordi-
nado oculto “você”, tem como objeto direto nada adjetiva restritiva
“sua empresa” e como predicativo do objeto 23 a) Ao chegar ao ancoradouro, Alzira Alves
direto o pronome demonstrativo “o”, presente Filha, que estava acompanhada de um gru-
na combinação “no” — “transforme sua em- po de adeptos do Movimento Evangélico
presa naquilo” é uma forma de tornar mais cla- Unido, recebeu um colar indígena feito de
ras essas relações. O relativo tem como antece- escamas de pirarucu e frutos do mar.
dente justamente o demonstrativo — “aquilo b) Porque cria confusão quanto ao verdadeiro
que ela deve ser” —, que seria o predicativo do antecedente do pronome relativo.
sujeito da oração subordinada “ela”.
24 a) conjunção subordinativa integrante em 1 e
pronome substantivo relativo em 2
Questões e testes de vestibulares (p. 430)
b) subordinada substantiva objetiva direta
1 d 2a 3d 4d 5d 25 b 26 b
6 a) E como sempre teve a intenção de possuir as 27 a) Todos os homens são venais e corruptíveis.
terras de São Bernardo, considerou legítimas b) São corruptíveis apenas os homens venais.
as ações que o levaram a obtê-las.
b) que: às ações; me: ao narrador, que assume, 28 d 29 b 30 a 31 d 32 e
no caso, a primeira pessoa do discurso; las: 33 a 34 a 35 d 36 a
às terras de São Bernardo
7 a 8c 9d 10 c 11 e ■ Capítulo 24 – Orações subordinadas
adverbiais
12 b 13 b 14 c Atividade (p. 436)
15 Na primeira frase, está-se dizendo que a psicó-
loga está localizada no endereço apontado, e Esta atividade oferece ao professor e aos alu-
não a clínica. Sugestão de correção: “A psicólo- nos a oportunidade de refletir sobre a equiva-
ga Iracema Leite Ferreira Duarte está fazendo lência sintática entre os adjuntos adverbiais e
muito sucesso com a sua nova clínica, (localiza- as orações subordinadas adverbiais e sobre as
da) na rua Campo Grande, 159”. Na segunda diferenças de sentido e de estilo que as várias
frase, o pronome relativo está-se referindo a possibilidades de escrita acabam produzindo.
Maria Helena Arruda, e não a São Paulo. a) ... porque se sente muito tédio/porque se
Sugestão de correção: “Maria Helena Arruda tem muito tédio.
embarcou para São Paulo, onde ficará hospeda- b) Quando é noite,.../Quando a noite che-
da no luxuoso hotel Maksoud Plaza”. ga,.../Quando cai a noite...
16 d c) Apesar de dedicar-se ao estudo,.../Embora
17 a) O menino, que é estudioso, aprende. se dedicasse ao estudo,...
b) O menino, cujo pai o ama, é feliz. d) Se não se investir em educação e cultura,...
c) A cidade onde o menino nasceu fica longe. e) ... porque passa fome.
18 e 19 c
f) Enquanto duraram as férias,...

20 vos: pronome pessoal do caso oblíquo, objeto


O aluno deve perceber que os adjuntos adver-
biais na forma simples são normalmente mais
direto; que: pronome substantivo relativo, obje-
concisos e elegantes; a forma oracional nem
to direto
sempre corresponde exatamente à forma sim-
21 a) Agora sei isso/algo/esta novidade. ples, devendo ser usada por motivo de clareza
b) Agora sei que outro dia disse uma palavra ou quando houver necessidade de exprimir
saudável/agradável/benéfica a alguém. detalhes não compatíveis com a forma simples.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 55
Atividades (p. 439) 6 Na primeira frase, a dedicação é a condição
para se alcançar o sucesso. Na segunda, o su-
A ênfase no estudo das orações subordinadas
cesso é inalcançável (para aquele a quem se
adverbiais deve recair sobre a compreensão das
circunstâncias que exprimem e sobre o uso cor- está falando): dedicação nesse caso de nada
reto das cojunções e locuções conjuntivas, e adianta.
não na classificação. Por isso, oferecemos esta 7 a) condição: o treinador permanece no cargo
série de atividades que levam o aluno a refletir se o time se classificar
sobre as circunstâncias estudadas até aqui e a b) causa: o treinador permaneceu no cargo
utilizar as várias conjunções e locuções conjun- porque o time se classificou
8 Explora-se a relação causa-conseqüência, ex-
1 tivas que a língua (decisão
a) conseqüência oferece para cada caso.
de calar-se) – causa posta de forma a criar um círculo vicioso: não se
(ter argumentos inconsistentes) consegue estabelecer com precisão qual a
b) causa (argumentação inconsistente) – con- causa e qual a conseqüência, porque esta é
seqüência (opção pelo silêncio) logo transformada naquela. A oração utilizada
c) condição (argumentos serem consistentes) – é a subordinada adverbial causal.
fato alcançado se a condição fosse satisfeita
(os argumentos teriam sido defendidos) Atividades (p. 442)
d) concessão (há argumentos consistentes) –
fato que estabelece contraste com o fato da Também neste caso, a ênfase deve recair sobre
outra oração (o treinador optar pelo silêncio) a compreensão das circunstâncias expressas e
2 a) Como recebem salários baixos, muitos brasi- sobre o uso apropriado das conjunções e locu-
leiros não possuem casa própria. ções conjuntivas. Damos também destaque às
estruturas correlativas das orações comparativas
b) ... casa própria, já que recebem salários bai- e proporcionais, que são trabalhadas intensa-
xos. mente.
c) ... casa própria, visto que recebem salários 1 a) fato (sair) – modo como ocorreu
baixos.
b) fato (comportamento) – comparação
d) Muitos brasileiros recebem salários tão bai-
xos que não conseguem comprar a casa pró- c) fato (comportamento) – conformidade (a
pria. uma promessa)
3 a) Como o quadro da educação no país é d) fato (canalização) – finalidade
muito preocupante, até empresários tradi- e) qualidade de um ser (delicadeza da pele) –
cionalmente omissos estão... comparação
b) Até empresários tradicionalmente omissos f) informação de tempo – fato (ocorrência de
estão... porque o quadro da educação no problemas de saúde)
país é muito preocupante. g) condição – fato dependente da condição
c) ... é muito preocupante, de modo que até h) informação de tempo (proporcional) – fato
empresários tradicionalmente... de desenvolvimento gradual
d) ... estão interessados em participar... uma i) causa – fato decorrente
vez que o quadro da educação no país... j) fato – condição
4 a) Caso elimine o Grêmio, o Corinthians...
2 a) Tudo foi feito conforme os termos do acor-
b) Desde que elimine o Grêmio, o Corin- do a que haviam chegado as várias partes
thians... interessadas.
c) Contanto que elimine... b) Os outros técnicos não têm trabalhado tanto
5 a) Embora existam claros indícios... quanto este, que tem trabalhado muito.
b) Conquanto existam... c) Apesar de já ter aprendido muito, ele, curio-
c) Ainda que existam... samente, quer aprender...

56 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
d) À medida que nos aproximamos do fundo Textos para análise (p. 444)
do vale, podemos ouvir cada vez mais distin-
tamente... Textos 1, 2 e 3
e) Vou dar-lhe um presente sem que ela saiba
Além da análise lingüística propriamente dita,
disso... os textos 2 e 3 suscitam reflexões importantes
f) Se formarmos um time de futebol, podere- sobre questões sociais brasileiras: o êxodo rural,
mos participar... a produção de alimentos, a relação entre explo-
g) Quando se investir em saúde e educação, ração e preservação da natureza, o perfil da
começarão a surgir.../Se se investir... população brasileira.
3 a) Enquanto caminhávamos à beira do rio, ela Texto 1: oração subordinada adverbial consecu-
me falava... tiva: “que vão ter até sentimentos”; texto 2:
b) Ao ser empossado ontem,/Quando foi em- oração subordinada adverbial proporcional:
possado, ontem, o ministro fez um discur- “quanto mais alimento conseguirmos tirar da
so... terra”; texto 3: oração subordinada adverbial
temporal: “cada vez que um brasileiro sai do
c) ... às vicissitudes do cotidiano, embora mui- campo para a cidade”.
tos tecnocratas elaborem planos...
d) ... chegou ao aeroporto três horas depois Texto 4
que ela havia viajado para a Argentina.
e) Assim que abri a porta, percebi que... Deve-se iniciar o trabalho de leitura e análise do
texto pela audição da canção. Como já foi co-
f) Depois de caminharmos várias horas, lem- mentado anteriormente, Zélia Duncan tem
bramo-nos de que... características de intérprete e compositora que
4 a) Creio termos que suportar as exigências fei- costumam torná-la bastante atraente para os
tas por ela. adolescentes. No caso deste texto em particular,
b) Sinto estarem acontecendo fatos que... seria interessante que o professor, antes de
apresentá-lo aos alunos, perguntasse a eles o
c) Ao terminar a sessão, percebi ter-se desper- que conhecem do Rio de Janeiro, a fim de veri-
diçado uma oportunidade há muito procura- ficar se a referência à Avenida Vieira Souto e a
da. outros fatos urbanos, como os moradores de
d) As promessas ali feitas indicavam ter o novo rua, os barracos das favelas e as inundações, faz
governo nítido perfil populista. sentido. Este é um texto muito feliz, em que a
e) ... indicava não se ter ele corrigido ainda. continuidade que se estabelece entre a vida
interior e a vida exterior do sujeito lírico mostra
f) Executadas as obras prometidas pelo candi-
como a realização do bem-estar amoroso não é
dato, o município assumiria dívidas que... independente da sensação de mal-estar social
g) É importante você ter visto tudo para poder que um país injusto causa.
opinar mais tarde.
1 O período é formado por duas orações: “A
tempestade me assusta”, que é a oração princi-
Atividade (p. 443) pal, e “como sua ausência (me assusta)”, que é
a) Se você tivesse cumprido o que prometera,... a subordinada adverbial comparativa com o
b) ... em casa, se tudo... (opcional) verbo elíptico.
c) Como choveu muito,... 2 É a circunstância de tempo, expressa por várias
d) ... sujos, porque o povo... (opcional) orações subordinadas adverbiais temporais ao
longo de todo o texto: “Enquanto sua ausência
e) À medida que avança, o cólera...
inunda meu quarto”, “(enquanto sua ausência)
f) Os jogadores, como se esperava, atuaram... transborda na cama”, “Enquanto não durmo”,
g) Notamos, quando ainda seria possível modi- “enquanto te espero”, “(enquanto) chove no
ficar o rumo das discussões, a falta... mundo”. É enquanto tudo isso ocorre que o

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 57
sujeito lírico desenvolve sua reflexão sobre as ma se combina com a tempestade atmosférica,
relações entre seu sofrimento amoroso e o sofri- meteorológica: “A chuva lá fora chove de fato /
mento social do país. Enquanto sua ausência inunda meu quarto / E
transborda na cama”. Dessa identificação de tem-
3 O aluno deve perceber que se trata de um caso
pestades surge para o sujeito lírico a consciência
de concordância por contaminação, por conti-
de que seus sonhos “são outros”, tanto no plano
güidade, pois brasileiro, apesar de estar ao lado
amoroso, como no plano social.
de rumo e de concordar com esse termo, na
verdade se refere a falta — é a falta (de rumo) 9 O aluno deve perceber que o sujeito lírico apre-
que é brasileira. Do modo como está, o trecho senta ao leitor um país sem rumo (“eu não me

produznesse
falta, uma caso,
interpretação curiosa,
é um “rumo pois o que
brasileiro”; na acostumo com
moradores a falta
de rua de rumoque
e barracos brasileiro”), com
são carrega-
verdade, há uma brasileira falta de rumo... dos pela tempestade (“Penso no homem que
4 É um pronome relativo e introduz a oração dorme nas ruas do Rio e agora flutua nos rios
subordinada adjetiva restritiva “que atingiu o da rua e os barracos na beira do abismo desli-
nosso amor”, na qual desempenha a função zam no cinismo da Vieira Souto.”), um país “no
sintática de sujeito da forma verbal atingiu. fundo do poço”, onde as pessoas crescem “no
esgoto”. É muito coerente, portanto, que esse
5 O aluno deve perceber que Vieira Souto, no sujeito lírico chame ao Brasil de “país do des-
texto, é uma metonímia que indica a parte da gosto” — até porque é na história desse país
cidade do Rio que goza de bem-estar social, as que “se escora” o amor “sem risco e sem gló-
classes sociais mais abastadas, que habitam e ria” que ele está vivendo...
freqüentam esse espaço urbano e outros simila-
res. É sobre o cinismo, a indiferença dessas clas-
Questões e testes de vestibulares (p. 446)
ses sociais que desabam os barracos que a tem-
pestade desprende dos morros, onde se esco-
ram as favelas. 1 Nós, os escritores
visto que, nacionais,
uma vez que) porque
queremos (já que,
ser entendi-
6 O aluno deve perceber que a oração destacada dos de nosso povo, havemos de falar-lhe em
é subordinada adverbial reduzida de gerúndio e sua língua.
que pode ser interpretada de mais de uma 2 Embora (ainda que, conquanto, mesmo que)
maneira: pode-se considerá-la uma adverbial seja um bom escutador e um vedor melhor, só
causal (... porque cresce no esgoto) ou uma trancado e sozinho é que consigo me expressar.
adverbial temporal (... quando cresce no esgo-
to). Ainda haveria a possibilidade de considerá- 3 a 4 e 5 a 6 d
la uma oração com valor condicional: “Ninguém 7 Comentário da própria UFCE:
fica imune desde que cresça no esgoto”.
A questão 7 trata da organização estrutural de
7 Não. Como ocorre com muita freqüência nos orações e da função sintática de termos que a
registros da língua falada coloquial, há mistura compõem. No item a1, pede-se que o candida-
de tratamentos: o interlocutor do sujeito lírico é to identifique uma outra ordenação aceitável
tratado como você — pronome de tratamento
que demanda as formas verbais e pronominais para
– 5 –a 2oração
– 3 –fornecida.
1 (Quando A resposta correta
caíram seus é4
últimos
de terceira pessoa — e também como tu — defensores, pois todos morreram, Canudos caiu,
quando surge a forma pronominal de segunda ao entardecer, expugnado palmo a palmo.), pois
pessoa te, em “enquanto te espero”. a oração resultante desta ordenação é coerente
8 O aluno deve perceber que a tempestade desaba e não fere as regras de sintaxe. No item a2, soli-
ao mesmo tempo dentro e fora do sujeito lírico. cita-se que o candidato escolha uma das duas
São indícios de que elaé uma tempestade pessoal, seqüências restantes de a1 e justifique a razão
interna, imagens como “Você, raio humano, des- pela qual a ordenação é inaceitável. Na primeira,
pencou na minha cabeça / E desde então / Grita 3 – 5 – 2 – 4 – 1, articulam-se o adjunto adver-
esse trovão no meu peito”. E essaempestade
t ínti- bial de tempo, ao entardecer, e a oração expli-

58 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
cativa, pois todos morreram, o que resulta numa 21 Anda a espreitar meus olhos a fim de que os
relação incoerente. Na segunda, 5 – 2 – 4 – 1 – roa. Oração subordinada adverbial final.
3, a incoerência encontra-se já no início da ora- 22 d
ção, visto que ela principia por uma explicativa,
que, vindo descontextualizada, se descaracteriza 23 a) As coisas não andam porque ninguém con-
semanticamente. fia no governo, e ninguém confia no gover-
no porque as coisas não andam.
No item b, solicita-se que o candidato reescreva b) É necessário que aquilo que é causa num
a oração fornecida, iniciando-a pelo segmento primeiro momento passe a ser conseqüência
de frase 4 (quando caíram os seus últimos no momento seguinte, e vice-versa. O autor
defensores),
duzida transformando-o
de infinitivo. numa oraçãode
Dentre as possibilidades re- mantém a falta de confiança no governo
como causa nas duas frases.
respostas, há: “Ao caírem os seus últimos
defensores, pois todos morreram, Canudos 24 a 25 b 26 a 27 b 28 c 29 d
caiu, ao entardecer, expugnado palmo a 30 c 31 e 32 b 33 b
palmo.” e “Ao caírem os seus últimos defenso-
res, pois todos morreram, expugnado palmo a 34 Se não houvesse muita cinza de cigarro no
palmo, Canudos caiu, ao entardecer.”. chão, o velho Leite não raciocinaria assim.
No item c, pede-se que o candidato construa
uma oração sobre Canudos, com a seguinte ■ Capítulo 25 – Orações coordenadas
estrutura: sujeito composto + verbo intransitivo +
predicativo do sujeito. Para tanto, o candidato Atividades (p. 452)
deve selecionar um sujeito composto, um verbo
intransitivo e um predicativo do sujeito, de modo O estudo das orações coordenadas deve enfati-
a obter uma oração com a estrutura solicitada. zar a exata compreensão das relações semânti-
Muitas são as respostas possíveis. Fornecemos, cas que as orações estabelecem entre si e o uso
por isso, apenas um exemplo: “Antônio apropriado das conjunções coordenativas. Por
Conselheiro e Canudos caíramderrotados.”. isso, oferecemos estas atividades que permitem
ao professor e aos alunos refletirem sobre o uso
8 c e os sentidos das conjunções e das relações no
9 quando topei os obstáculos mencionados/sem período composto por coordenação.
que me detivesse 1 a) fato, explicação de como se descobriu esse
10 b 11 e 12 e 13 e 14 e 15 b fato
b) pedido, explicação da razão de se fazer o
16 Conquanto fosse magra,.../Apesar de ser
pedido
magra,...
c) fato, outro fato com que o primeiro contras-
17 É desnecessário destacar que o baixo salário ta
pago aos funcionários públicos prejudica o d) fato, conclusão tirada a partir do fato
atendimento da população nos hospitais, nas
escolas, nas delegacias, nas faculdades (nos ser- e) pedido, explicação do porquê se fez o pedido
viços públicos em geral). f) alternância de fatos, com valor condicional
2 a) ... quente e ensolarado, mas só pudemos...
18 Mesmo que não cheguem a configurar...,/
Embora não cheguem a configurar...,/Ainda b) ... muitos pobres, logo alguma coisa está
que não cheguem a configurar..., errada.
19 c
c) Visite-me, pois quero estar...
20 a) Muitos alunos passarão porque a prova de
d) ... será a maior..., mas muita...
português está fácil. e) ... nossos problemas, logo foi preciso...
b) Embora a prova de português esteja fácil, f) ... agora, ou...
muitos alunos a acham difícil. g) Ou chove torrencialmente, ou a seca...

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 59
Utilizamos as conjunções mais típicas em cada b) ... energia, portanto deveria...
caso: o professor saberá fazer a variação que c) ... energia; deveria ter seu uso ampliado e
julgar conveniente. estimulado, portanto.
3 a) Ou estou enganado, ou escrevi... d) sem vírgulas
b) ... da reunião, logo não... e) Tentou uma vez, e insistiu, e tornou a tentar,
c) ... nas férias, logo não estarei... e conseguiu...
d) ... podem ir, mas devem voltar cedo. f) Examinei, notei a falta de estrutura do grupo
e) ... um pouco, telefonei para ela e marquei... e achei melhor interferir.
f) Venha logo para dentro, que está... g) ... do país; nenhum deles, contudo, estabe-
g) ... não pára de sorrir, logo deve ser feliz. lece...
h) ... projetos; nenhum foi sequer...
h) ... na estrada, pois está cheia...
i) Chamava-se Pedro; o amigo, Paulo.
i) ... estudo espanhol e estou começando...
j) ... a ela, logo a reunião... Textos para análise (p. 459)
l) ... violentamente, mas não...
Texto 1
É válida para este exercício a mesma observação
feita em relação ao exercício anterior. Deve-se apresentar a canção à classe: Gabriel o
4 a) Juntou galhos e gravetos e acendeu a Pensador não é nunca motivo de indiferença da
fogueira. parte dos adolescentes, e isso é muito produti-
b) Escolheu um local plano e aberto, limpou o vo como ponto de partida para as atividades de
terreno e armou a barraca cuidadosamente. leitura e análise do texto.
c) Levantou-se da cama, caminhou cuidadosa- 1 É um período composto por coordenação: a

mente no invadiu
a, e a luz escuro, ochegou
quarto.até a janela, abriu- primeira oração
assindética) é a proclamou
“O Brasil coordenada suainicial (ou
indepen-
d) Não sei nada sobre o assunto; nada posso dência”; a segunda é coordenada sindética
dizer a respeito, pois. adversativa “mas o filho do rei é que assumiu a
gerência”. O contraste, a oposição de sentido
e) Não faça barulho, pois muitas pessoas já
expressa no período é várias vezes retomada ao
estão dormindo.
longo do texto, que, em última análise, é cons-
f) Sofreu um acidente terrível, mas não se feriu truído contrastando as possibilidades (muito
com gravidade. positivas) do país com as realizações (pífias)
g) Faça tudo cuidadosamente ou não obterá que se têm obtido.
sucesso. 2 O aluno deve perceber que a conjunção e,
A partir do item d, atentar para o fato de que nesse período, tem valor adversativo: “O negro
não haveria obrigatoriedade de se adotar a virou um homem livre, mas foi pra prisão”. Esse
ordem aqui proposta se se construíssem perío- mesmo fenômeno ocorre no período “O rico
dos compostos por subordinação. sobe na vida feito estrangeiro, e o pobre só
5 a) A acusação é grave, mas o candidato nega- sobe no elevador de serviço”.
se a discuti-la. 3 O aluno deve perceber que se está afirmando
b) Ou você se dedica seriamente, ou os resulta- com todas as letras que o racismo é um fato no
dos não serão satisfatórios. Brasil.
c) Não há ninguém na casa, porque janelas e 4 Oração coordenada inicial (ou assindética):
portas estão trancadas. “torturaram”; orações coordenadas sindéticas
aditivas: “e prenderam” e “e mataram milha-
Atividade (p. 459)
res”; oração coordenada sindética adversativa:
“mas ninguém foi condenado pelos crimes de
a) ... da partida, mas... tortura”.

60 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
5 O aluno deve perceber que há um vínculo de penham funções sintáticas umas nas outras.
causalidade entre os períodos, ou seja, a eleição Na subordinação, organizam-se num perío-
de Collor se deve, de acordo com o texto, ao do orações dentre as quais alguma ou algu-
fato de “a gente que vota” ainda ser “semi- mas desempenham, em outra, função sintá-
analfabeta”. tica de natureza substantiva, adjetiva ou
6 Oração principal: “O Brasil tem um povo gigan-
adverbial.
te por natureza”; oração subordinada adjetiva b) “Dentro dele um desejo abre-se em flor”:
restritiva: “que ainda não percebe o tamanho oração coordenada assindética (ou inicial); “e
dessa grandeza”. cresce”: o. c. sindética aditiva; “eele pensa”:
o. c. sindética aditiva; “ao sentir esses sonhos
7 É uma conjunção que estabelece uma relação ignotos”: o. s. adverbial temporalreduzida de
de alternância ou de mútua exclusão. Isso se infinitivo; “que a alma é como planta”: o. s.
pode perceber no título do texto — se se ri substantiva objetiva direta.
devido ao panorama social oferecido pelo país,
não se chora e vice-versa. O mesmo se pode 11 a 12 d 13 d 14 c 15 d 16 d
dizer sobre a longa seqüência de alternativas 17 b 18 d 19 e 20 b, d, c
que são oferecidas no final do texto: se se repe-
te o que se tem feito, não se transforma a rea- 21 c 22 a 23 d 24 d 25 a 26 c
lidade, por exemplo. Note-se que se trata de 27 b 28 c
um recurso retórico, pois, na verdade, o texto
pressupõe que o leitor (ou ouvinte) vai oferecer
como resposta a atitude correta – aquela que ■ Capítulo 26 – Concordância verbal e
beneficia o país, que une todos em “um nominal
sonho”.
8 Resposta pessoal. Atividades (p. 468)

Oferecemos com estas atividades a oportunida-


Texto 2 de de o professor trabalhar com os alunos al-
“Penso, logo assisto” é um período formado guns casos delicados de concordância verbal: a
por coordenação. A primeira oração — “pen- concordância com o sujeito simples posposto e
so” — é uma coordenada inicial; a segunda — alguns casos do sujeito composto. Não deixa-
“logo assisto” — é uma coordenada sindética mos de contemplar também possíveis ambigüi-
conclusiva. O aluno também deve perceber que dades de sentido.
essa reescrita da célebre máxima de Descartes 1 a) ocorreram b) restam-nos
(“Penso, logo existo.”) tem como principal c) ficaram d) sobraram
objetivo ressaltar a qualidade da programação e) bastam f) devem existir
anunciada, dirigida a um público “pensante”,
g) podem ocorrer h) sobrevivam
ou seja, capaz de refletir sobre a programação
que recebe. i) cabem
2 a) discutiram b) discutiram
Questões e testes de vestibulares (p. 462) c) iremos d) iremos ou irão
1 d 2a 3a 4e 5a 6e e) irei ou iremos
f) deveis participar ou devem participar
7 Essa oração é coordenada à oração “que era
inevitável” e subordinada à oração “anteontem g) devemos h) faltas, faltais ou faltam
aconteceu o”. i) inscreveram-se ou inscreveu-se
8 a 9a j) abraçaram-se
10 a) Na coordenação, organizam-se num período 3 A segunda frase sugere uma seqüência na re-
orações sintaticamente independentes umas núncia: primeiramente, renunciou o presidente;
das outras, ou seja, orações que não desem- a seguir, os ministros. Na primeira frase não há

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 61
essa sugestão: todos parecem ter renunciado g) acordamos h) compraste
ao mesmo tempo. i) falou/falei j) pensam
4 Essa frase pode ser interpretada como uma l) repudiam
forma de voz passiva sintética, uma forma de
voz reflexiva recíproca ou uma forma de voz Atividade (p. 473)
reflexiva. Para a voz passiva, recomenda-se o
uso da forma analítica: “A mãe e o filho foram Contemplamos com esta atividade os casos de
feridos”. Para a voz reflexiva recíproca, reco- concordância verbal estudados e as várias possibi-
menda-se o reforço por meio de expressões lidades de efeitos de sentido que proporcionam.
como mutuamente, um ao outro: “Mãe e filho
feriram-se mutuamente”. A forma reflexiva fica a) incendeiam/incendeia b) bastavam/bastava
c)p odem d) são
clara quando se concorda o verbo com o núcleo
mais próximo: “Feriu-se a mãe e o filho”. e) ganhará f) ocupará
g) faz/fazem h) produz/produzem
Atividades (p. 471) i) desembarcou j) concederam
l)t êm m) foi
Contemplamos com estas atividades os casos de
concordância verbal estudados e as várias possibi-
lidades de efeitos de sentido que proporcionam. Atividades (p. 475)
1 a) terminaram b) levaram Oferecemos uma grande quantidade de ativida-
c) subiu d) previne/previnem des para que professor e alunos sistematizem
e) é provocada/são provocados alguns aspectos da concordância verbal que
f) participaram g) gastou vêm sendo estudados há tempo: as formas de
concordância das estruturas de que participa o
2 a) A primeira frase enfatiza o caráter do
junto formado pelas pessoas; a segunda con- pronome se e as formas de concordância com
verbos impessoais.
destaca os indivíduos.
1 a) Anunciaram-se as reformas administrativas.
b) A segunda frase representa uma admissão
de culpa; a primeira, uma acusação feita por b) Amanhã se farão os últimos exames.
um membro de um grupo a outros membros c) Trata-se de questões polêmicas.
desse grupo. d) Revogar-se-ão as leis.
c) A segunda frase indica reciprocidade: os e) Apelou-se para os médicos mais experientes
jogadores feriram-se um ao outro. A primei- do hospital.
ra indica que cada um deles ficou ferido,
f) Obtiveram-se microprocessadores mais velo-
sem ação recíproca.
zes.
3 a) têm ou tendes/preferem ou preferis
g) Definiram-se os objetivos da reforma fiscal.
b) são ou somos/gozam ou gozamos
h) ... quando se fala em eleições.
c) pode (o tempo verbal pode ser outro)
i) ... que se estavam preparando novos con-
d) aceita (o tempo verbal pode ser outro) juntos de medidas econômicas.
e) fica f) fazem 2 a) Houve alguns problemas durante a viagem.
g) representam h) tem b) Ocorreram alguns problemas durante a via-
i) têm j) reúnem gem.
l) são c) Não havia motivos para tanto.
4 a) haviam participado d) Existiam motivos para tanto?
b) negaram-se a declarar e) Parece ter havido algumas dúvidas...
c) desaparece d) foi f) Parecem ter surgido algumas dúvidas...
e) montei f) montou/montei g) ... que deve ter havido alguns transtornos...

62 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
h) ... que devem ter ocorrido alguns transtor- g) excessivos h) excessiva
nos... i) excessivos (alguns autores aceitam também
i) Faz alguns anos que... a forma excessiva)
j) Faz mais de duas horas... j) famosos l) famoso
l) Deve fazer algumas décadas... m)f amosos n) vitoriosos
3 a) é b) são/é c) é o) vitoriosos p) vitorioso
d) são e) é f) São 4 a) Estudo as culturas grega e alemã./Estudo a
g) somos h) é; sou i) és cultura grega e a alemã.
b) ... nas línguas francesa e russa./... na língua
j)n) são/é
somos; somos l) ésão/é
o) m) são/é francesa e na língua russa.
c) ... do quinto e oitavo andares./... do quinto
Atividade (p. 478) e oitavo andar.
Atividade para sistematizar o uso do infinitivo d) ... da sétima e oitava séries.../... da sétima e
flexionado e analisar os efeitos de sentido obti- oitava série...
dos em alguns casos. e) ... queria o poder político e o econômico./
a) ficar/ficarem ... queria os poderes político e econômico.
b) pensar Atividades (p. 482)
c) ter/terem (o plural indica uma oração reduzi-
da de infinitivo) Atividades que permitem ao professor e aos
alunos sistematizarem o que foi estudado sobre
d) anunciar e) falar f) surgirem
os casos de concordância nominal que mere-
g) entrar h) sair/saírem i) poderem cem destaque.
j) aturar l) cair m) expor/expormos
n) pedir o) pedirem 1 a) mesmas/mesma b) mesmos/anexos
c) inclusa d) anexos
e) obrigada/quite f) obrigada/própria
Atividades (p. 480)
g) própria h) anexos
Atividades que permitem ao professor e aos 2 a) meio b) meia
alunos sistematizarem todo o conteúdo estuda-
do até este ponto. Além disso, são analisadas c) bastante/bastantes d) bastante/meio/meia
questões relativas à clareza dos enunciados. e) meia/meia/bastante/meio
1 a) escuros b) latino-americanos f) bastantes/meio g) meio
c) latino-americanas d) sua/deploráveis 3 O aluno deve perceber que, em todos os casos
e) seu/deploráveis citados, a diferença é a mesma: na primeira
f) aquela/uma/melancólica frase de cada par, o substantivo é tomado em
g) robustas h) robustos sentido amplo, num caso de sobrevivência do
gênero neutro. Na segunda frase, a presença
i) marinhos j) marinhos/marinhas
l) dourados/dourado m) brancos/brancas do determinante explicita o gênero desses
substantivos.
n) brancos
2 A segunda frase não deixa dúvidas quanto ao Atividade (p. 483)
fato de a calma e o rigor serem britânicos. Já na Esta atividade permite ao professor e aos alunos
primeira frase pode-se interpretar que apenas o analisar as principais questões relacionadas com
rigor seja britânico.
a concordância ideológica, particularmente os
3 a) francesas/francesa b) suecos/sueca efeitos de sentido produzidos em cada caso.
c) muitos d) muitas a) O verbo concorda com a idéia de que são
e) inúteis f) inúteis duas belezas distintas.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 63
b) Estão concorda com a idéia de plural conti- trata-se de um texto cujo tema é particularmen-
da em família. te importante para os alunos, que devem refle-
c) Renunciaram concorda com a idéia de plural tir sobre um fato social — o Provão — que terá
contida em grupo. provavelmente bastante importância em sua
d) Exausto concorda no masculino porque vida num futuro não muito distante.
Vossa Excelência está sendo usado para se 1 Os sujeitos dessas formas verbais são, respecti-
dirigir a um homem. vamente — destacamos em todos eles o nú-
e) Apto, no singular, indica que há apenas um cleo —, “o Exame Nacional de Cursos”,
falante, que está usando o plural de modéstia. “média superior a 50% do total de pontos

f) O pronome após o verbo abraçar concorda possíveis”


do e “alguns
ensino superior dos principais
brasileiro”. problemas
Deve-se comen-
no feminino, pois, nesse caso, alguém está
sendo usado no sentido de “aquela pessoa tar com o aluno que, em todos esses casos, o
esperada” (sabidamente uma mulher). que interessa sempre é identificar o núcleo do
sujeito como ponto de partida para o estabele-
g) Subentende-se a idéia de cidade quando se cimento da concordância verbal.
faz referência a Santos.
h) Esperamos porque quem fala se inclui no 2 Em ambos os casos, ocorre a mesma situação:
grupo dos professores. os verbos no plural estabelecem concordância
com a indicação de porcentagem (52% e 19%)
Textos para análise (p. 484)
ou com a expressão no plural que a segue (“das
instituições públicas federais de ensino” e “das
Textos 1 e 2 faculdades particulares”).
3 O aluno deve lembrar-se de que se trata de uma
1 Neste caso, a concordância mais usual no
particularidade da língua culta: diante de adje-
padrão formal é ”... num dos mercados que
tivos particípios, utiliza-se a forma comparativa
mais crescem...”. analítica mais bem em vez da forma sintética
2 Como não vem precedida de artigo ou outro melhor.
determinante, a expressão Minas Gerais consti-
4 Obtiveram, no plural, concorda com o pronome
tui um chamado “plural aparente”: a concor-
dância correta é justamente a que está sendo relativo que, seu sujeito, cujo antecedente, o
usada na frase. termo “os cursos”, está no plural. Constatou
está na forma passiva sintética (“se constatou”
3 Crescem. A justificativa é a mesma que foi dada é mais ou menos equivalente a “foi constata-
na questão 1. do”) e tem como sujeito o termo “uma redução
de 49% no número de inscritos para o vestibu-
Texto 3
lar”, cujo núcleo, redução, está no singular.
O aluno deve perceber que há um erro de con- 5 O aluno deve perceber que auferiram está no
cordância na frase do anúncio, que deveria ser
plural em concordância com seu sujeito, o pro-
“Porque, na indústria do petróleo, tão impor-
nome relativo que, cujo antecedente é o prono-
tantes quanto os recursos naturais, são os
me demonstrativo os (= aqueles), que está no
recursos humanos”. doImportantes
porque é predicativo , no
sujeito plural plural,
“recursos plural. Os, por sua vez, retoma anaforicamente
“os cursos”, do período anterior (que está
humanos”: “Os recursos humanos são tão
transcrito na questão 4). Esta concordância e
importantes quanto os recursos naturais” seria
a frase na ordem direta. estes pronomes são um belo caso de coesão
textual em pleno processo de desenvolvimento.
Texto 4 6 O aluno deve perceber que o sujeito de dificul-
Optamos por um texto de editorial jornalístico a te é o pronome relativo que, o qual, no caso,
fim de continuarmos fiéis a nossa proposta de substitui o antecedente “uma fórmula” — ou
oferecer a maior variedade possível de gêneros seja, o verbo permanece no singular em concor-
textuais ao professor e aos alunos. Neste caso, dância com o singular desse antecedente.

64 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
7 O aluno deve perceber que o plural destacam se Além disso, o falante utiliza algumas formas lin-
justifica porque o sujeito dessa forma verbal é o güísticas diferentes daquelas da língua padrão:
relativo que, cujo antecedente é faculdades, no “com nós”, “arguma”, “vinhesse”. Trata-se
plural. Merece destaque o fato de que se trata claramente de um membro das camadas popu-
de um caso de voz passiva sintética: “... facul- lares, possivelmente morador de alguma
dades que se destacam no Provão” é mais ou pequena cidade do interior.
menos equivalente a “... faculdades que são
16 Além do caos sintático da frase, que a torna
destacadas no Provão”.
quase ininteligível, deve-se notar a falta de con-
8 Respostas pessoais. cordância verbal em “doa a quem doer esses

Questões e testes de vestibulares (p. 487)


fatos”, que deveria
esses fatos”. A fraseserdeveria
“doamsera algo
quemcomo:
doer
“Utilizando todos os meios de que necessitar, a
1 Os verbos são resta, que concorda no singular polícia terá a responsabilidade de apurar até o
com o núcleo déficit do sujeito “um déficit de fim esses fatos, doam a quem doer os resulta-
oitenta por cento”, e correspondem, que con- dos dessa apuração”.
corda no plural com vinte, núcleo do sujeito “os
vinte por cento que consigo falar”. 17 a) O professor defende que se deve respeitar a
forma de língua em que as crianças se
2 a) O que ocorre no título do filme é um erro de expressam, levando-as a perceber que essa
concordância ou solecismo, e não um erro forma, no entanto, não é a que o país consi-
ortográfico. A gramática normativa defende dera oficial. Deve-se também ensinar a forma
e recomenda a forma “Alugam-se moças”, oficial, a norma culta, a essas crianças.
repudiando a forma “Aluga-se moças”, que, b) Não, o comentário do jornal é maldosamen-
no entanto, retrata uma forma bastante fre- te tendencioso, atribuindo ao professor uma
qüente na língua portuguesa do Brasil.
Retratar esse uso freqüente pode ter sido a atitude
não tem.deAs“valorização do errado”
palavras do professor que ele
transcritas
intenção de quem batizou o filme... no próprio texto contradizem a preconcei-
b) Em caso de dúvida, aceite a ajuda somente tuosa posição do redator.
de funcionário do banco. S( omente deve se
referir apenas a “funcionário do banco”.) 18 Em a, ocorre mútua exclusão. Em b, não.

3 c 4c 5a 6a 7e 8a 19 a) Há um catastrófico erro de concordância


verbal na frase de Antônio Carlos Reborado,
9b que deveria ser “os convênios assinados tra-
10 Mas aqueles pendões firmes, verticais, beijados duzem...”.
pelo vento do mar, vieram enriquecer nosso b) O comentário é uma incisiva crítica ao fato
canteirinho vulgar com uma força e uma alegria de que um funcionário do Ministério da
que fazem bem. Educação seja tão despreparado a ponto de
cometer um erro crasso de concordância ver-
11 b 12 e 13 c
bal numa solenidade pública. Que esperar do
14 Está-se fazendo a concordância do verbo com a desempenho de um Ministério desses?
idéia transmitida pela expressão a gente (= nós),
20 a) “... enfrentariam qualquer programa de
e não com a forma (terceira pessoa do singular).
estabilização...”
Essa concordância ideológica recebe o nome de
silepse. b) O redator deixou-se contaminar pelo plural
percalços, tomando-o como sujeito no lugar
15 O interlocutor 2 não obedece às regras de con- de “programa de estabilização”.
cordância verbal ditadas pela norma culta. Para
c) “... enfrentaria qualquer programa de esta-
perceber isso, devem-se observar os casos “a
bilização...”
rapaziada... não são...”, “nós ia”, “nós saía”,
“nós levava”, “nós ficava”, “nós vinhesse”. 21 e 22 e 23 d

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 65
24 a) O verbo haver não vai para o plural quando pessoais oblíquos e as relações entre as formas
indica existência. da língua coloquial e as formas da língua culta.
b) Sentiram, no plural, concorda com o relativo 1 a) incomodá-los b) ajudá-las
que, cujo antecedente é o demonstrativo c) p rejudicá-los d) enviá-los
plural os. e) enviar-lhes f) namorá-la
25 b g) alegrá-los h) prezo-o
26 a) Havia jardins naquele tempo: existia paz em i) não lhes obedece j) não lhes respondeu
toda parte. 2 a) ... eu a amo muito.
b) Se houvesse mais homens honestos, não
existiriam tantas brigas por justiça. b) Desde que o (a) vi,.../Desde que vi você,...
c) Não simpatizo com...
27 Houve algumas conversas meio longas. d) ... não obedece ao sinal vermelho (comentar
28 Existem em nosso país duas constantes que nos a barbárie da criatura que pratica isso).
induzem a sustentar que o Brasil é o único país e) ... responder ao bilhete...
brasileiro de todo o mundo. f) ... o proteja!/... a proteja!/... proteja você!
29 c 30 a 31 b 32 b 33 b 34 d g) ... o amparar,.../... a amparar,.../... amparar
você,...
35 d 36 d 37 b 38 d 39 c 40 a
h) ... de o amolar (amolá-lo)?/... de a amolar
41 a 42 a 43 e (amolá-la)?/... de amolar você?
44 Ela está meio nervosa. Meio, ao referir-se a um i) ... abraçá-lo (o abraçar)./... abraçá-la (a abra-
adjetivo (nervosa), atua como advérbio, sendo, çar)./... abraçar você.
portanto, invariável. 3 Essa regência, apesar de difundida mesmo entre

45 d 46 01+02+16+32=51 47 e 48 c falantes
lugar, cultos,usar
deve-se é considerada
consistir em:incorreta. Em seu
“Essas medidas
49 c 50 b 51 e 52 c 53 a 54 c consistem basicamente em e.. e em...”.
55 Ao meio-dia e meia, depois de penosa escalada,
durante a qual houve perigos os mais surpreen- Atividades (p. 502)
dentes possíveis, o grupo de alpinistas franceses
atingiu o ponto mais elevado da cordilheira. Prática e sistematização dos conteúdos estuda-
dos até este ponto, com ênfase na utilização
56 a) piores b) bastante c) anexas apropriada dos pronomes pessoais oblíquos e
57 É proibida a entrada de pessoas estranhas no nas diferenças entre as formas coloquiais e as
recinto. Por ser acompanhada de artigo, a pala- da língua culta.
vra entrada passa a estar determinada, o que 1 a) pagá-las b) não lhes paga
obriga a concordância na forma feminina. c) perdoar-lhes d) não a perdoarei
58 a 59 c 60 a 61 a 62 a 63 b e) a gradeço-as f) agradeço-lhes
64 c 65 d 66 d 67 c 68 b 69 c 2 a) Lembro-me sempre de você./Lembro sempre
você.
70 d 71 a 72 a b) Nunca meesqueci do.../Nunca esqueci o que...
c) ... antipatizou comigo...
■ Capítulo 27 – Regência verbal e d) Prefiro ficaraqui a sair...
nominal e) Prefiro ser essa... a ter aquela velha...
Atividades (p. 499) f) Prefiro química à física.
g) Preferimos dormira trabalhar.
Atividades para praticar os estudos de regência
verbal feitos até este ponto de duas maneiras h) Informo-lhe que.../Informo-ode que...
importantes: o uso apropriado dos pronomes i) Informo-a de que.../Informo-lhe que...

66 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Atividades (p. 506) f) a, para com, pelo g) à, da/aos
h) à, contra a i) por, a
Sistematização dos conteúdos estudados até
este ponto por meio de atividades variadas que 2 a) à, para b) à, com a c) aos
permitem explorar os vários aspectos da regên- d) aos e) a f) ao
cia verbal culta da língua portuguesa. g) à, para a h) de i) ao, do
1 a) ... aspirei perfume... j) à l) a m) em
b) Aspiro a uma vida... n) de o) com, para com
c) ... agradar cães... 3 a) ... a que ele...
d) ... agradar ao inexorável... b) ... a que eu...
e) ... assistir o paciente./... assistir ao paciente. c) ... por que.../... para que...
f) ... assistir aos filmes... d) ... a que incluíssem...
g) ... assiste a todos nós. e) ... de que se encontre...
h) ... visar todas as vias... f) ... a cuja presença...
i) ... visa ao saneamento... g) ... a cujo futuro...
j) Quero-lhe muito. 4 A preposição de introduz a oração “ela ter acei-
l) ... quis um exemplar... tado candidatar-se” e não apenas o pronome
2 a) Custou-lhe perceber... ela. Por isso, não se faz a contração de + ela.
b) Custou-nos enxergar... Acrescente-se que ela é sujeito de ter aceitado
— e sujeito é um termo não-preposicionado da
c) Custou-me notar... oração.
d) Cidadania implica direitos e deveres.

e) ... implicarão maior evasão... Atividades (p. 514)


f) ... procedeu ao exame...
1 a) às empresas interessadas
3 a) A primeira frase indica que ele presenciara
f) à cultura j) às palavras
várias cirurgias; a segunda, que ele partici-
para delas. 2 a) à continuidade c) às pessoas
b) Desejo-a muito./Amo-a muito. d) à sua (opcional)/à minha
4 a) ... de que ... b) ... a que assisti... e) à Bahia
c) ... a que todos... d) ... a que aspiramos... f) à Europa/à Ásia h) à Natal das praias...
e) ... a que ele... f) ... a cujos filmes... i) à Florianópolis dasquarenta e duas praias
g) ... a que se visa... m) à velha casa n) à terra
3 a) à baila b) à boca pequena
5 Reflexão pessoal.
c) à cata de d) à noite, à espreita
6 Desejo-a e amo-a, disse o escritor de forma bri- e) à esquerda f) à queima-roupa
lhantemente sintética.
g) à tona h) à paisana/à procura
Atividades (p. 509) i) às moscas/às quatro horas
j) à rua/à meia-noite l) à proporção que
Atividades para a prática dos conteúdos de
regência nominal estudados, com ênfase nas m) à vontade/à mão n) à parmiggiana
diferenças entre as formas da língua coloquial e o) à moda
as da língua culta. 4 a)àquilo b) àquele
1 a) aos, com, para com, pelos c) àquelas pessoas d) à reunião
b) aos, pelos c) a, por e) à qual/à cerimônia
d) para, de e) acerca de, sobre g) à candidata/à da esquerda h) à que

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 67
5 a) Alguém veio quando era noite./A noite caiu. Texto 4
b) Saiu sem dizer nada, ou seja, à moda france-
Porque somente diante da palavra Bahia é que
sa./A mulher de nacionalidade francesa saiu.
ocorrem preposição + artigo feminino. Deve-se
c) Algo ou alguém causava boa impressão comentar que no próprio anúncio se explicitam
quando visto pela primeira vez./A primeira os mecanismos para perceber essa ocorrência
vista de um lugar parecia agradável. (comparar “ao Rio Grande do Sul” com “a São
d) Felicitações foram enviadas às vencedoras./ Paulo”).
As vencedoras é que enviaram as felicitações
a outrem. Texto 5

e) O acordo foi prejudicial à indústria nacional./ Mais uma vez, insistimos em que aulas como
A indústria nacional fez algo que prejudicou
estas devam ser iniciadas pela audição da can-
o acordo.
ção. Neste caso, oferecemos um texto muito
f) Alguém fez seu trabalho usando uma máqui- próximo ao universo do aluno, que costuma
na./Uma máquina fez o trabalho que lhe considerar as letras de Renato Russo uma das
cabia. mais felizes expressões desse universo em que
g) Alguém permanece distante./ A distância as descobertas, paixões e frustrações adoles-
continua existindo. centes estão no centro de um pensar.
1 São todos predicativos do sujeito, que é, em to-
Textos para análise (p. 516) das as orações do período, determinado oculto
(eu).
Textos 1, 2 e 3
2 a) Questão tem como complemento a oração
1 Chegar é intransitivo; assistir é transitivo indire- subordinada completiva nominal “de esque-
to; dizer é transitivo direto e indireto. cer”.
2 Não, há erros em todos eles. Chegar é normal- b) Esquecer é, no texto, transitivo direto, e seu
mente acompanhado de adjunto adverbial de objeto direto é a oração subordinada subs-
lugar. Na língua culta, a preposição usada para tantiva objetiva direta “que mentir pra si
indicar destino é a, a qual se funde com o arti- mesmo...”.
go a que acompanha cidade: “chegando à cida- 3 a) O objeto direto da forma verbal sei é a ora-
de”. ção subordinada substantiva objetiva direta
Assistir tem o sentido de “ver, presenciar” — e “que você sabe...”.
a norma culta preceitua que, nesse caso, o b) O objeto direto da forma verbal sabe é a
verbo é transitivo indireto e rege a preposiçãoa. oração subordinada substantiva subjetiva
A frase, então, deveria ser “Assista nas férias à “que eu vejo o mesmo...”.
revolução que você não vê na escola”. A regên- 4 a) Tenho consciência de que às vezes...
cia observada aqui tem sido muito freqüente
b) Tenho convicção de que às vezes...
até mesmo em registros da língua formal e da
língua literária, o que tem levado muitos gramá- c) Estou convencido de que às vezes...

ticos e dicionaristas 5 Na primeira ocorrência, querer é transitivo dire-


cia essa regência do averbo
veremassistir
com .certa tolerân-
to e significa “desejar”, “ter vontade de”,
“A violência” é objeto indireto de diga, portan- “cobiçar”. Na segunda ocorrência, é transitivo
to deveria receber o acento indicador de crase: indireto e significa “ter afeição a”, “amar”.
“Diga não à violência” (dizer algo a alguém – o 6 Resposta pessoal.
verbo rege a preposição a, e esta se funde ao
artigo a que acompanha violência). Questões e testes de vestibulares (p. 520)
Espera-se que o aluno atente para a estreita
1 c 2c 3a 4b 5b 6e
relação que há entre crase e regência verbal,
nesses três textos. 7 a 8c 9a 10 e 11 e 12 a

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13 c 14 e 15 e 16 c 17 e 18 a e) anti-hemorrágico f) anti-social
19 c 20 d 21 c 22 b 23 e 24 e g) antitetânico h) ante-sala
25 a 26 e 27 e 28 d 29 c
i) antedatar j) contra-ofensiva
l) contraponto m) contra-senso
30 e 31 e
n) autobiografia o) auto-educação
32 a) E o rio cismou em falar grosso.
p) auto-suficiente q) extra-regulamentar
b) E o rio passou a falar grosso.
r) extra-oficial s) infravermelho
c) E o rio deliberou falar grosso.
t) intravenoso u) intramuscular
33 d 34 d 35 a 36 b 37 a 38 c
39 c 40 c 41 d 42 c 43 e 44 c v) neolatino x) mal-agradecido
z) malcriado
45 a 2 a) bem-comportado b) semi-aberto
46 “... contar tudo à senhora...”. O acento ocorre c) pseudocientífico d) semideus
para indicar a crase entre a preposição regida e) semi-extensivo f) pseudo-etimologia
pela verbo contar (contar algo a alguém) e o arti-
g) proto-histórico h) pré-escolar
go a diante de senhora (contar tudo ao senhor).
i) pró-democracia j) neo-socialismo
47 c 48 c 49 e
l) neomodernismo
50 a) expressão adverbial feminina
3 a) à toa: advérbio, atua como adjunto adver-
b) objeto indireto introduzido pela preposição
a, à qual se funde o artigo a que antecede o bial de modo; à-toa: adjetivo, atua como
substantivo feminino ilusão adjunto adnominal
b) é um sentimento perfeito que os une; é o
51 c 52 b 53 b 54 d 55 d 56 d nome de uma flor
57 a 58 e 59 e 60 e 61 a 62 e c) o cotidiano; diariamente
d) pão endurecido; sujeito avaro,mesquinho
■ Capítulo 28 – Problemas gerais da e) numa confusão, numa balbúrdia; interjeição
língua culta
Atividade (p. 534) Textos para análise (p. 540)

a) que b) quê Texto 1


c) quê d) porque/porque O aluno deve perceber que se trata da seqüên-
e) por quê/por quê f) porquê/por que cia preposição-pronome interrogativo, equiva-
g) onde h) aonde lente a “por qual razão”, “por qual motivo”. O
i) mas/mais j) mal/mau quê é acentuado por ser um monossílabo tôni-
co terminado em e: o que o torna tônico é sua
l) m al/mau m)mal
posição no final da frase.
n) a par o) ao encontro das
p) de encontro às q) há/a Texto 2
r) a s) acerca/hácerca Não: ambas deveriam estar grafadas sem hífen,
t) afins/a fim u) de mais/demais porque esse prefixo só exige hífen diante de
v) se não/senão x) à medida que palavras iniciadas por h, r e s.
z) na medida em que Texto 3

Atividades (p. 538) Oferecemos neste capítulo um texto humorístico.


Dessa forma, continuamos fiéis a nosso propósi-
1 a) arquimilionário b) arqui-secular to de oferecer ao aluno a maior variedade possí-
c) antiescravismo d) antididático vel de tipos de textos para leitura e análise.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 69
1 Porquês, substantivo, como sinônimo de “ra- 14 b 15 e 16 b 17 b 18 c 19 b
zões, motivos”.
20 d 21 b 22 d 23 b 24 e 25 e
2 Equivale a “por qual razão”, “por qual motivo”.
26 c 27 Por que, por quê, porque, por que
3 É um advérbio de intensidade, invariável.
4 A preposição é exigida pelo verbo lembrar-se: ■ Capítulo 29 – Significação das
lembrar-se de uma pessoa. palavras
5 Reflexão pessoal.
Atividades (p. 548)
Questões e testes de vestibulares (p. 542) Oferecemos atividades que buscam utilizar de
1 c forma prática as relações de significação entre
as palavras, ou seja, buscam integrá-las às ativi-
2 (V) “Todos os times com os quais a gente dispu- dades de leitura e produção de textos e ao
tou campeonato receberam multa” e “As desenvolvimento da capacidade de escrita do
farmácias têm muitos remédios à venda, mas aluno. O professor pode desenvolver suas pró-
boa parte deles não faz efeito” reescrevem prias atividades extras baseado nestes modelos.
corretamente (b) e (e).
1 a) fato/comportamento/procedimento/ato/gesto
(F) “Aquele é o sujeito onde o pai dele se feriu
num acidente” e “Foram abertos para uso b) veículos
público, finalmente, os parques da região c) microorganismos/seres
norte da cidade” reescrevem corretamente d) pessoas/criaturas
(c) e (d). 2 a) doei b) demonstrava c) produz
(F) “Irão haver muitas reuniões para discutir o d) oferece e) dedica f) oferecer
tipo de premiação dos jogos escolares” e
“Todos os times de quem a gente disputou g) batia h) atinaram
campeonato receberam multa” reescrevem 3 a) construir ou montar b) produz ou grava
corretamente (a) e (b). c) gera d) produz,causa
(F) “Foram aberto para uso público, finalmente, e) gera f) fingiu-se
os parques da região norte da cidade” rees- g) forcei h) conceber
creve corretamente a sentença (d); e “As far-
mácias têm muitos remédios à venda, onde
Textos para análise (p. 549)
boa parte deles não faz efeito”, apresentada
em (e), está correta. Texto 1
(V) “Vai haver muitas reuniões para discutir o tipo
de premiação dos jogos escolares” e “Aquele O aluno deve perceber que o texto explora o
é o sujeito cujo pai se feriu num acidente” significado coloquial da palavra secar, estabele-
reescrevem corretamente (a) e (c). cendo uma curiosa relação de sentido com o
termo lavar. No caso, não se trata de secar no
(F) “Todos os times que a gente disputou cam- sentido de retirar a água ou a umidade a fim de
peonato receberam multa” e “Aquele é o deixar seco, mas sim no sentido de olhar fixa-
sujeito que o pai dele se feriu num acidente”, mente, com inveja. Destaque-se que, por ter
apresentadas em (b) e (c), são formas corretas. sujeito diferente do da primeira oração, a
3 a 4 01 + 02 + 08 + 16 = 27 5a segunda deveria vir separada por vírgula: “Você
6 a) Por que, no texto, porque tem o sentido de lava, e os vizinhos secam”.
“por qual razão”, “por qual motivo”. Texto 2
b) I. porquê II. por quê III. porque
Recomendamos vivamente que oprofessor apre-
7 d 8a 9e 10 c 11 d 12 a
sente aos alunos a canção como ponto de parti-
13 a) afim b) a fim da das atividades de leitura e análise.Neste caso,

70 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA
em particular, nossa recomendação é ainda mais b) No segundo período, a palavra subentendida
enfática, pois se trata de uma das mais memorá- é a preposiçãopara (ou a preposiçãoa): “Para
veis composições de Caetano Veloso. quem ama, o feio bonito lhe parece”/”A
quem ama, o feio bonito lhe parece”.
1 O aluno deve perceber a relação entre essa
expressão e a forma verbal do infinitivo pessoal 2 a 3d 4e 5a 6d 7c
que dá nome ao texto (o quereres). Literal- 8 e 9e 10 c 11 d 12 c 13 c
mente, pois, trata-se de uma referência a um
dado gramatical. Além disso, a expressão suge- 14 a) Invocou o argumento anterior.
re que a forma de querer descrita é pessoalíssi- b) Invocou o argumento válido, significativo,
ma (infinitivamente sugere infinitamente). eficaz.
2 As respostas são sugestões. 15 a 16 d 17 b 18 c 19 d
a) apego ao doméstico, ao lar/comportamento
inconseqüente
■ Capítulo 30 – Noções elementares
b) cultor do sentimentalismo/amante do dinheiro
de estilística
c) “badalação” de cidade grande/provincianis-
mo Textos para análise (p. 558)
d) inimigo voraz/companheiro Textos 1 a 5
e) herói espalhafatoso/discreto e equilibrado
f) alheio a regras/medido, regrado A publicidade utiliza com bastante freqüência
as figuras de linguagem, transformando-as em
g) ser puro, ingênuo/ser ambíguo, sedutor recursos muito eficientes para atrair a atenção
h) participação consciente/alienação do leitor e convencê-lo a adotar determinadas
i) idílio, sossego/protesto, ruído atitudes e a comprar os produtos anunciados.
3 É uma imagem paradoxal, ou seja, aproxima “A pureza (a qualidade pelo produto) dos 120
termos que remetem a realidades opostas. O anos de Campos de Jordão, engarrafada para
aluno deve perceber que é assim que o texto se consumo” – metonímia
refere ao relacionamento amoroso estável. “Ponha uma moldura (a roupa) naquela obra
de arte (a mulher)” – metáforas
4 Toda a estruturação do texto, praticamente, de-
corre dessa aproximação de opostos. E isso não “... o Aurélio (o autor pela obra) ...” – metonímia
é gratuito, pois o texto busca retratar a dificul- “... civilizado... estúpido...” – antítese
dade da convivência amorosa. “... pedem... imploram...” – gradação
5 O texto demonstra cabalmente que a antonímia
(assim como outras relações de significado Texto 6
entre palavras) depende de contextos. Que Como sempre, insistimos em que as atividades
oposição pode haver, por exemplo, entreanjo e de leitura e análise partam da audição da can-
mulher se tomarmos essas palavras em seu sen- ção — que, neste caso, é uma verdadeira poé-
tido de dicionário? (Notar que essas palavras tica, um manifesto sintético em defesa da liber-
são colocadas como sinônimos em outros tex- dade criadora do poeta.
tos, por exemplo, na poesia romântica.)
1 Meta (é) é um substantivo que significa alvo,
Questões e testes de vestibulares (p. 551) objetivo, ponto de chegada. Meta (ê) é uma
forma verbal do presente do subjuntivo e do
1 a) Há diferença de sentido entre as duas frases. imperativo. São palavras de mesma grafia, mas
Na primeira, aquele que ama o feio considera- de pronúncia e significados diferentes. São
o bonito por causa do amor. Na segunda palavras homógrafas. Note-se que no verso
frase, o feio parece bonito para quem ama. Na “Meta dentro e fora, lata absoluta”, Gilberto
primeira frase, está-sefalando de quem ama o Gil pronuncia claramente /é/, ou seja, enuncia o
feio; na segunda, de quem ama em geral. substantivo e não a forma verbal.

ASSESSORIA PEDAGÓGICA • 71
2 O aluno deve perceber que a homografia, a ho- 6 A “lata absoluta” é, no texto, a meta do poeta,
mofonia e a homonímia, assim como a paronímia, ou seja, é o texto acabado impregnado de signifi-
são recursos poéticos freqüentes, pois permitem cações, capaz de sugerir várias interpretações ao
ao poeta introduzir a plurissignificação em seu leitor, que, ao lidar com ele, tem de escavar signi-
texto, abrindo-o a mais de uma interpretação. ficados novos e inéditos por sob as palavras. A
Atente-se no texto para o trabalho de plurissigni- “lata absoluta” é, portanto, “simplesmente metá-
ficação desenvolvido com as palavras meta (subs- fora”, ou seja, é palavra metamorfoseada, irradia-
tantivo), meta (forma verbal) — já investigado na dora de múltiplos sentidos.
questão 1 — e cabe (“tudonada cabe”, “ao
poeta cabe fazer”). Questões e testes de vestibulares (p. 561)
3 Tudonadaé um composto por justaposição. Seu
sentido é o de uma totalidade tão ampla que 1 e 2e 3e 4c 5c 6a
inclui o próprio nada: com sualata, o poeta pode 7 e 8e 9a 10 a 11 a 12 b
querer significar tudo e ao mesmo tempo pode
não querer significar nada; o texto poético pode 13 A ironia resulta da coordenação estabelecida
exprimir o tudo e o nada. A relação antitética entre os termos “quinze meses” e “onze contos
entre tudo/nada é a mesma que há entre den- de réis”. Por meio dessa coordenação, Ma-
tro/fora. chado de Assis deixa claro que o amor de
Marcela pelo narrador era na verdade um senti-
4 Da mesma forma quelata pode, para o poeta, mento de interesse pelas vantagens financeiras
significar o “incontível”,meta pode significar o que este lhe proporcionava.
“inatingível”, ou seja, o poeta tem liberdade para
manipular os sentidos das palavras a ponto de 14 a
fazê-las significar até mesmo o oposto do que 15 a) prosopopéia b) o milho e o trigo
costumam significar. Há, pois, uma relação para- c) Um simboliza a simplicidade da vida no
doxal entre lata/incontível
uma relação paradoxal queeo meta/inatingível
poeta incorpora— à campo, o outro relaciona-se com o cristianis-
mo e seus rituais.
sua atividade de desautomatizador de sentidos.
16 onomatopéia
5 O aluno deve perceber que nesse verso o título do
17 a 18 d 19 e 20 b 21 b 22 d
poema comparece sutilmente: “deixe a sua meta
fora (metáfora) da disputa”. Esse recurso, muito 23 d 24 c 25 b 26 b 27 b 28 d
freqüente nos procedimentos da poesia concretis-
29 b
ta, cria uma relação sonora e semântica entre o
título e o verso: é como se, sub-repticiamente, se 30 a) metonímia
estivesse dizendo que a metáfora (a meta do b) Minha mãe e eu ficamos cercados de mulhe-
poeta) devesse ser deixada fora da disputa... res.

72 • ASSESSORIA PEDAGÓGICA

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