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FICHAMENTO

Magalhães,
Magalhães, Selma marques Avaliação e linguagem: relatórios, laudos e pareceres /
Selma Marques Magalhães
Magalhães – 3. d. – São !aulo: "eras ditora, #$%%. – &S'rie livros(
te)to* 3+
Introdução
A utiliação desse instrumental -acilita nossa atuação, racionalia nosso tempo,
direciona eticamente nossa proposta de traalho e – o mais importante – demonstra
respeito pelo usurio.
Apoio o instrumental t'cnico(operativo concernente a sua pro-issão. 0elaç1es
com o usurio ganham um carter de acolhimento.
2ireciona(se a atuação em espaços institucionais voltados  intervenção e aos
cuidad
cuidados.
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7uventude, tem como o8etivo propiciar re-le)1es e questionamentos sore o cotidiano
institucional, suas di-erentes linguagens e o cuidado que devemos ter como nossa
atuação.
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intervenção e se8a e-etivada por meio da comunicação.
 O cotidiano de trabalho no espaço institucional
em como -inalidade
-inalidade atender  população
população usuria, de modo a possiilitar(lhe
possiilitar(lhe a
e-etivação de seus direitos, garantidos constitucionalmente.
constitucionalmente.
; de -undamental import6ncia a interlocução entre os pro-issionais que atuam
nos di-erentes espaços institucionais, não só para conhecerem melhor o traalho que
cada um desenvolve, como tam'm para avaliar di-iculdades e limitaç1es de cada
conte)to de traalho.
A hierarquia permeia qualquer espaço institucional
institucional e)ercem o papel de agentes
de controle. <aver sempre crit'rios de elegiilidade para o acesso do usurio aos
serviços prestados, em como normas e regras no 6mito das relaç1es do traalho
institucional.
A instituição como reprodutora das contradiç1es da sociedade em que est
inserida. ste ' e)ercido se8a por meio da hierarquia &autoridade+, do conhecimento
&ace
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socioecon>mica &que muitas vees vai determinar, ou não, a elegiilidade para o
atendimento naquele espaço de traalho+.
Trabalho, cotidianidade e burocracia
As caracter?sticas do viver cotidiano o imediatismo entre pensamento
pensamento e ação, a
repetição, o economicismo, a o8etividade...
A pr)is est inserida na cotidianidade por meio dela que a história vai sendo
constru?da e ganhando sentido.
m instituiç1es a cultura organiacional tem como ponto -orte a urocracia e a
hierarquia, o que possiilita maior visiilidade ao ritmo -i)o,  repetição,  rigorosa
regularidade,
regularidade, e ao economicismo das aç1es cotidianas.
cotidianas.
!ro-i
ro-isssion
siona
ais das
das rea
reass de servi
erviço
ço soci
socia
al e psipsicolo
colog
gia intera
terag
gem
pro-issionalmente
pro-issionalmente com pessoas que lhes contam seus sonhos, suas di-iculdades, seus
con-litos e at' mesmo suas intimidades.
intimidades.
@ seu traalho ' desenvolvido tendo como t>nica o ser humano, se8a no 6mito
individual ou social. @ cotidiano ' a es-era da sociedade que mais possiilita a
alienação.
@ o8etivo do traalho dos pro-issionais que nelas atuam ' o de atender 
população usuria.
A compet=ncia pro-issional envolve componentes teórico(metodológicos e
'tico(pol?ticos norteadores da pro-issão, como aspectos t'cnico(operativos que
permitem sua operacionaliação.
@s pro-issionais irão contar com peculiaridades espec?-icas de seu campo de
atuação e, em conseq=ncia, evidenciar os limites e as possiilidades de atuação do
pro-issional &5amamoto, %BBC, p. %$D+.
@s instrumentos t'cnicos que possiilitam dar visiilidade  relação pro-issional
que ' desencadeada entre o usurio e o pro-issional.
Palavras, linuaens e os !eandros da co!unicação
O correto e o incorreto no uso da linuae!
@ homem se comunica no conte)to sociocultural dos di-erentes grupos sociais
dos quais -a parte.
0emete  semiótica &' considerada mat'ria transdisciplinar. @cupa(se dos
códigos não(verais, ou de outras -ormas de linguagem, como, por e)emplo, o
hiperte)to. A semiótica considera ainda o gestual, o audiovisual e o visual como
espaços de linguagem. A comunicação tra em si uma estrutura simólica que
e)trapola a -ala em si+. Euma relação dial'tica são determinadas pelos di-erentes
su8eitos envolvidos no processo de comunicação. Modos de -alar, de olhar ou de se
vestir passam a ser caracter?sticos de grupos sociais espec?-icos, comunicando ainda
seu estrato social e at' mesmo sua inserção na divisão sócio(t'cnica do traalho.
A chamada l?ngua culta ' a que mais se presta ao uso dessas normas e regras.
Segundo Fechara &#$$$, p. %G(%H+: Não é a língua que é coerente ou
incoerente, mas o pensamento, o ato de pensa. (...) o erro está na articulação do
 pensamento. (...) Nunca há erro em português, haverá sempre um erro numa
variedade da língua.
Eo que tange  l?ngua(padrão, o autor &p.%H(%D+ a-irma que: são consideradas
adequadas para a expressão do pensamento em momentos sociais muito deinidos.
@viamente, o pro-issional deve ItraduirJ o signi-icado de algumas palavras,
especialmente nos lingua8ares ou nas g?rias da l?ngua, os quais identi-icam o grupo
social ou de re-er=ncia no qual o usurio est inserido.
Ao pro-issional cae esclarecer dKvidas com relação s di-iculdades de
compreensão, mas nada 8usti-ica seu uso na comunicação e-etivada entre ele e seu
usurio. am'm não lhe cae criticar, mas compreender, captando dados
importantes para sua avaliação. 0espeitar o usurio não ' torn(lo IamiguinhoJ, mas
manter uma relação de traalho que perpassa pelo respeito quele que chegou 
instituição para ser atendido por um pro-issional.
"i#loo, palavras e processo co!unicativo
Segundo FaLhtin &%BBB+, a palavra ' a arena onde se con-rontam valores
sociais contraditórios.
Euma instituição, as interaç1es verais se dão em 6mitos comunicativos
di-erenciados: e-etivam(se entre o usurio e seu grupo de conviv=ncia ou de
re-er=ncia, entre os pro-issionais e seus pares, entre os pro-issionais e os pro-issionais
de outras reas, entre o usurio e os pro-issionais, e assim por diante. Eessas
mediaç1es encontra(se tam'm a comunicação escrita, que muitas vees -a parte do
cotidiano de uma instituição, como ' o caso espec?-ico do universo -orense.
9ada pro-issional tem um horionte social que lhe ' próprio, com
particularidades concernentes ao seu processo socialiador.
A palavra ' um signo ideológico por e)cel=ncia, as enunciaç1es ling?sticas
traem, em si, uma naturea social e e)primem a su8etividade inerente aos valores da
particularidade de cada conte)to social. @ material privilegiado da comunicação da
vida cotidiana ' a palavra.
Segundo FaLhtin &iid.+, as ideias são, ao mesmo tempo, pensadas e
e)pressas para um auditório social em de-inido. Meta-oricamente, a instituição seria o
palco no qual os atores sociais movimentam(se e interagem na diversidade de cada
um de seus pap'is e -unç1es, que variam, ainda, con-orme a particularidade do
pKlico ao qual ele se destina.
9on-orme Sim1es &#$$$, p. %%G+: ! caráter dial"gico das linguagens imp#e
uma visão muito além do ato comunicativo supericial e imediato$ os signiicados
em%utidos em cada particularidade devem ser recuperados pelo estudo hist"rico,
social e cultural dos sím%olos que atravessam o cotidiano. &ortanto, é uma garantia de
 participação ativa na vida social ' para a cidadania deseada no mundo
contemporneo ' a relexão so%re a linguagem e seus sistemas, os quais se mostram
articulados por m*ltiplos c"digos.
A linguagem e)trapola a palavra em si e se revela so di-erentes aspectos,
como por e)emplo o gestual, o olhar, o visual, ou at' mesmo o espaço que a ela se
destina, que tam'm são I-alasJ e transmitem importantes mensagens.
Eo caso do pro-issional, as linguagens v=m carregadas de su8etividades. A
linguagem situa(se na história, palavras evoluem ou ganham novos signi-icados, de
acordo com as particularidades das con8unturas sócias em que são e)pressas.
A linuae! escrita
A comunicação oral -acilita o esclarecimento de dKvidas ou de uma poss?vel
Icon-usãoJ no entendimento do signi-icado da mensagem que se quer transmitir. m
contrapartida, na comunicação escrita.
Eo caso das interaç1es sociopro-issionais, a interlocução -ace a -ace permite o
estaelecimento de um dilogo mais atuante, a intervenção pro-issional pode ser
imediata.
Assim, assistentes sociais... transmitem suas identidades pro-issionais por
meio dos relatórios ou laudos que elaoram. ; de se esperar que sigam a norma culta
da l?ngua.
!ara FaLhtin &%BBB+, qualquer enunciação ' parte de um dilogo, haver um
locutor e um interlocutor em qualquer -orma de comunicação. ranspondo(se para o
cotidiano das interaç1es institucionais, a interação comunicativa escrita admite um
locutor e vrios interlocutores, e)pressos nas -iguras dos diversos leitores que a ela
terão acesso.
@ te)to escrito por um pro-issional dever ser culta, t'cnica, identi-icada com
uma atuação e com um saer: uma linguagem, en-im, que possa demonstrar, em
qualquer instituição, a rea de determina compet=ncia pro-issional.
O conte$to %orense co!o espaço privileiado da co!unicação escrita
Eum -órum, o destinatrio -inal das interaç1es comunicativas presentes nos
autos ' sempre o 8ui.
9onsidera(se que 8ustiça di respeito a toda a sociedade, especialmente
quando se pensa em 8ustiça social.
oda história dos usurios -a parte de um processo 8udicial, que poder ser
encerrado com a decisão do 8ui. "isto de -orma o8etiva o que não est nos autos,
não est na vida & +uod non - in actum non est in vita+.
@s autos de um processo, al'm de registrarem a documentação e o histórico
do caso a ser 8ulgado, são tam'm um importante meio de comunicação entre os
pro-issionais que atuam no universo de um -órum. !ro-issionais que atuam em -unç1es
susidirias s decis1es 8udiciais – como, por e)emplo, assistentes sociais e
psicólogos – tam'm devem registrar neles suas avaliaç1es pro-issionais.
@ discurso escrito ' remetido ao universo -orense com um todo, os
pro-issionais devem utiliar a linguagem culta, t'cnica, identi-icada com sua atuação e
com seu saer.
< uma ação interventiva nas relaç1es que um pro-issional estaelece com os
usurios. <aver momentos de re-le)ão, de questionamento, ou de orientação.
ntretanto, a partir do momento em que a Ileitura pro-issionalJ de um caso atendido
ganha a -orma escrita, não h mais essa ação interventiva, no sentido restrito do
termo.
@s pro-issionais que avaliam casos para susidiar as decis1es 8udiciais
continuam a intervir, emora de -orma indireta. @ dilogo que e-etuam com os demais
IleitoresJ do caso ' menos ativo, pois sua mensagem poder intervir na vida das
pessoas envolvidas no processo.
Eos -óruns tende a ganhar a conotação de uma metalinguagem, pois descreve
a linguagem do antigo locutor, ou se8a, a do usurio signi-icando(a pro-issionalmente.
Eesse conte)to, seus laudos e relatórios tornam(se vulnerveis a diversos
interesses e o8etivos, em como ao tempo destinado  sua elaoração. !or vees,
são -eitos apressadamente, para atender a determinado caso ou agiliar alguma
provid=ncia. odavia, passado o tempo, ' esse mesmo laudo que vai representar o
traalho realiado, emora, contraditoriamente, não consiga mostrar a amplitude de
toda a atuação.
Eo conte)to -orense, o processo avaliativo ' e)pl?cito e -a parte do cotidiano
do traalho do pro-issional que susidia a decisão 8udicial. ssa avaliação perpassa
tanto a comunicação -ace a -ace quanto a comunicação escrita. 2esta Kltima o usurio
se dar a conhecer na instituição.
Avaliação& u! substantivo plural
 A avaliação informal 
; entendido como o ato de calcular, de apreciar, de a8uiar e at' mesmo de
 8ulgar. ste Kltimo termo -ormar um 8u?o cr?tico a respeito de.
Eossos atos v=m perpassados de um cunho avaliativo.
Ao interagir socialmente, o ser humano avalia situaç1es, eventos, -atos ou at'
mesmo pessoas. ssas avaliaç1es são permeadas de 8u?os de valor e de certo modo,
direcionam seu agir e suas escolhas.
 A avaliação formal 
m ato realiado no 6mito das relaç1es sociopro-issionais.
ma avaliação -ormal tra consigo o estaelecimento de crit'rios. Servem de
ponto de re-er=ncia  leitura que o pro-issional vai -aer do o8eto avaliado e
relacionam(se diretamente aos o8etivos mais imediatos do processo avaliativo, que
são determinados pelas caracter?sticas do conte)to institucional aonde vai se
processar a interação pro-issional(usurio.
Os componentes subjetivos da avaliação
@ ato de avaliar implica o conhecimento do o8etivo imediato que lhe d a
raão de ser ou de acontecer.
9on-orme <ad8i &%BBG, p.3#+:
! uío é um acto do espírito pelo qual eu airmo ou nego alguma coisa (...). !
 uío de avaliação pertence / evidência, / categoria dos uíos de valor. !s uíos
so%re a realidade enunciam actos, ou relaç#es entre os actos. !s uíos de valor são
aqueles por meio dos quais se aprecia o que vale a realidade, o que implica ter
deinido um valor. m sentido lato, o valor é a característica que a com que certas
coisas mereçam ser apreciadas. 0 por isso que o uío da avaliação não exprime uma
certea.
Se o ato de avaliar tra em si um 8u?o de valor, e se este não e)prime uma
certea, o processo avaliativo pode, então, ser de-inido como um continuum: sempre
haver a possiilidade de modi-icação. udo, numa avaliação, indica, prop1e( mas não
o-erece uma decisão de-initiva. <aver sempre novas possiilidades de avaliação.
2emo, avaliação -ormal tem o o8etivo de intervir ou de produir conhecimento.
@ produto -inal de uma avaliação caracteria sempre um parecer, não uma certea. ;
preciso que se tome cuidado para que os pareceres não se trans-ormem em
veredictos. Avaliar pode implicar tam'm 8ulgamento, diante das su8etividades que
estão presentes numa avaliação.
O conte$to avaliativo
A avaliação -ormal e-etua(se num conte)to pro-issional espec?-ico, cu8os
o8etivos imediatos irão direcionar os crit'rios a serem adotados no desenvolvimento
da ação. 2essa maneira, uma das principais caracter?sticas da avaliação ' a
multidimensionalidade, uma ve que a atividade avaliativa envolve um traalho que se
desdora em di-erentes campos de atuação e em mKltiplos registros &<ad8i, %BBG, p.
#B+.
A pesquisa cient?-ica tam'm pode ser considerada uma prtica avaliativa, uma
ve que a avaliação mostra(se presente no decorrer de todo o seu processo. ; por
meio dela que se avaliam situaç1es, resultados, redimensionam(se instrumentos e at'
surgem novas pesquisas.
A auto(avaliação ' imprescind?vel para o desempenho pro-issional, desde que
se8am desenvolvidas a autocr?tica e a re-le)ão. Euma instituição, ' importante para o
pro-issional avaliar(se continuamente, para que a rotina não termine por imperar,
dando lugar ao senso comum e  prtica puramente mecanicista.
@ relacionamento da teoria(prtica e as discuss1es em equipe são
possiilitadores de um processo cont?nuo de re-le)ão(ação.
A avaliação ' o resultado de um estudo, de um diagnóstico, por meio dos quais
se arem possiilidades de novos caminhos.
O avaliador 
&...+ isso signi-ica a possiilidade de tomar uma situação da -orma como se
apresenta, se8a ela satis-atória ou insatis-atória, agradvel ou desagradvel, onita ou
-eia &...+. A disposição de acolher est no su8eito do avaliador, e não no o8eto da
avaliação. Eão ' poss?vel avaliar um o8eto, uma pessoa ou uma ação caso ela se8a
recusada ou e)clu?da, desde o in?cio, ou mesmo 8ulgada previamente.
A acolhida vem re-orçar a ideia do compromisso 'tico(pol?tico do avaliador em
todos os 6mitos da avaliação. A avaliação vai atingir pessoas que interagem numa
realidade social.  est a? a principal raão do compromisso 'tico(pol?tico no agir
pro-issional, ainda que se avalie algo que, concretamente, este8a e)presso no papel.
Nuanto maior -or  instrumentaliação teórica e t'cnica, mais -cil ser impor(
se pro-issionalmente, imposição essa no sentido de se -aer entender no Omito da
rea de compet=ncia da pro-issão. !ara-raseando 9hau? &%BBC+, a ação 'tica e)trapola
a moral em si, relacionando(se  consci=ncia responsvel,  lierdade,  autonomia de
decis1es,  de-esa dos direitos humanos e da cidadania.
; necessrio tam'm utiliar todo um conhecimento acumulado, se8a no
tocante  especi-icidade de sua rea de compet=ncia.
Ao coordenar grupos, traalhar com comunidades, plane8ar ou se reunir com a
categoria, tam'm estar procedendo a avaliaç1es.
Eas instituiç1es são avaliadas aç1es, comportamentos, modos de interagir na
-am?lia e na sociedade...
Avaliar pro-issionalmente implica tam'm a utiliação de um instrumental
t'cnico(operativo que viailie o desenvolvimento do traalho realiado por esses
pro-issionais.
O uso do instru!ental t'cnico no processo avaliativo
!ara avaliar, ' imprescind?vel o uso de instrumentos t'cnicos. stes, al'm de
viailiarem o traalho a ser desenvolvido, vão caracteriar o estaelecimento de uma
relação pro-issional e a e)ist=ncia de uma intencionalidade. Eão ' poss?vel esquecer
que o ei)o t'cnico(operativo das pro-iss1es deve estar relacionado ao seu norte 'tico(
pol?tico, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio h uma intencionalidade.
=m uma -unção de apoio ao traalho a ser desenvolvido, se8a na coleta inicial
de dados, na orientação ou no próprio desencadear de um processo re-le)ivo.
Segundo Martinelli &%BBG, p. %3P+, instrumental ' o con8unto articulado de
instrumentos e t'cnicas que permitem a operacionaliação da ação pro-issional. Eessa
concepção, ' poss?vel atriuir(se ao instrumento a naturea de estrat'gia ou ttica, por
meio da qual se realia a ação, e a t'cnica, -undamentalmente,  hailidade no uso do
instrumental.
A utiliação do instrumental pressup1e interaç1es comunicativas que podem
ser e-etuadas -ace a -ace ou por meio da escrita. Eo primeiro caso, estão  entrevista,
o grupo, a reunião de equipe, a visita domiciliar e no segundo, os relatórios e os
laudos.
Instru!entos utili(ados na co!unicação oral
Entrevista
@ qual norteia o traalho dos pro-issionais em diversas instituiç1es, mesmo nas
chamadas atividades de plantão ou de triagem. Ea postura atenta e compreensiva,
paternalismos* na delicadea do trato com o usurio do serviço, ouvindo(o,
compreendendo(o e, principalmente, Ien)ergando(oJ como um su8eito de direitos.
m om entrevistador ouve muito e -ala pouco, retoma o ei)o da entrevista ao
perceer que o entrevistado est sendo proli)o e repetitivo. As re-le)1es devem ser
estimuladas, e conselho ou cr?ticas, evitados.
As linguagens são e)pressas tam'm por gestos, olhares, tom de vo..., o que
implica atenção e cuidado do pro-issional no momento da entrevista. Sil=ncios tam'm
são dilogos que comunicam mensagens. @ pro-issional não deve precipitar(se, em
interromp=(lo, mas aguardar e dei)ar que o próprio usurio retome a -ale.
< pro-issionais que t=m por hito anotar dados importantes dos relatos no
decorrer da entrevista, se8a porque não conseguem recordar(se depois, se8a porque a
instituição conta com uma grande demanda que, por vees, pode ocasionar a troca ou
a interposição das histórias relatadas. m amos os casos, ' imprescind?vel e)plicar
ao usurio os motivos da anotação, em como solicitar(lhe permissão para -a=(la. Se
esta -or negada, o pro-issional deve respeitar a decisão do entrevistado.
As entrevistas poder ser livres, dirigidas ou semidirigidas. Eas primeiras, o
entrevistado tra Q tona o tema a ser discutido, e este ' o ponto de partida para a
interação* ' muito utiliada nos acompanhamentos individuais, nos quais o contato
com o usurio ' mais sistemtico. Eas entrevistas dirigidas, o entrevistador condu
toda a entrevista para um o8etivo espec?-ico e, por essa raão, -a muitas perguntas a
entrevista semidirigida ' o meio(termo entre as duas primeiras* o entrevistador dei)a
que o entrevistado -ale e direciona essas -alas para os o8etivos da entrevista.
)iste entrevista devolutiva, que consiste em dar ci=ncia ao entrevistado do
que -oi constatado no decorrer da interação sociopro-issional. sse tipo de entrevista '
muito usado na -inaliação de um acompanhamento ou dos processos de seleção de
candidatos a determinado cargo ou atividade. @ entrevistado tem a oportunidade de
rever posturas ou posicionamentos diante de determinadas quest1es oservadas pelo
entrevistador.
!ossiilitar a veraliação de di-iculdades ou de prolemas anteriormente
ocultados, dado o carter seletivo do processo. 9on-igura(se como um momento que,
al'm de comportar re-le)ão e orientação, possiilita tam'm sugest1es quanto Q
usca de pro-issionais que possam a8udar o candidato a lidar com suas quest1es,
se8am estas de cunho pessoal ou pro-issional.
Grupo
; um importante instrumento de apoio no traalho desenvolvido em
instituiç1es. 0equer hailidade e treino do pro-issional. @ uso desse instrumento
permite o atendimento de um maior nKmero de pessoas.
"ia de regra, o nKmero de componentes de um grupo varia de seis a doe. @s
grupos podem ser aertos ou -echados. ; -eito um Icontrato de traalhoJ entre o
coordenador e os componentes, no tocante a horrio, pontualidade e demais normas,
muitas delas emanadas do próprio grupo.
Reunião de equipe
!ode ser considerado um instrumento t'cnico, utiliado com o o8etivo de
solucionar prolemas na equipe, discutir caso, redimensionar o traalho realiado,
solucionar prolemas, avaliar atividades ou simplesmente estudar.
; importante que se8a elaorada uma pauta com os assuntos a serem tratados,
para que seus o8etivos não se percam e a reunião não acae se trans-ormando em
um encontro IsocialJ, que -u8a aos o8etivos do traalho da equipe.
Visita
; o assistente social quem de-ine se deve ou não proceder uma visita.
@ o8etivo de visita ' clari-icar situaç1es, considerar o caso na particularidade
de seu conte)to sociocultural e de relaç1es sociais.
"isita(se com o o8etivo de complementar dados, oservar relaç1es sociais em
sua singularidade, no amiente de conviv=ncia, se8a este o lar, a escola ou outro
espaço em que se e-etivem as relaç1es sociais do usurio.
9omo um instrumento de avaliação, a visita tra em si 8u?os de valor.
!ode ser um instrumento de avaliação e resultar num instrumento escrito de
comunicação, pois geralmente ' elaorado um relatório da visita.
Visita de inspeção
em como -inalidade veri-icar se o traalho desenvolvido nas instituiç1es, em
como suas instalaç1es -?sicas, atendem aos o8etivos aos quais elas se destinam.
4aer visitas de inspeção e)ige pro-issionalismo, estudo do statuto e respeito
aos visitados, incluindo os dirigentes da instituição. 5mplica, mais uma ve, cuidado em
Inão 8ulgarJ, mas somente avaliar.
Ao conhecer in loco as limitaç1es e vantagens de determinada instituição, o
pro-issional -orense -undamentar melhor seu parecer quanto ao arigamento ou 
internação de uma criança ou de um adolescente.
A i!port)ncia da observação no !ane*o dos instru!entos
@ pro-issional pode entrevistar, realiar uma din6mica de grupo, -aer uma
reunião e utiliar todo o aparato t'cnico concernente a sua pro-issão. !or'm, se não
-or um om oservador, só usar instrumentos t'cnicos, não poder avaliar. !ortanto,
a oservação engloa toda a instrumentalidade* não ', em si, uma t'cnica, no sentido
lato da palavra, mas uma potencialidade a ser desenvolvida.
@ registro de uma avaliação, sim, ' que se con-igura como um instrumento de
traalho, que comunica ao universo institucional os resultados do processo avaliativo,
se8a ele mais ou menos apro-undado.
Instru!entos utili(ados na co!unicação escrita
A linguagem quando se consustancia em um relatório ou em um laudo. Eas
 8udicirias ' parte integrante do processo comunicativo entre o pro-issional e seus
interlocutores.
les resultam de estudos e de avaliaç1es e assumem, ainda, um papel de
intervenção indireta, pois, a partir do seu conteKdo, provid=ncias e decis1es são
tomadas, ou at' mesmo IvidasJ são de-inidas.
Eo espaço -orense, o traalho realiado por pro-issionais a intervenção '
indireta. 5mplicitamente, ao susidiarem a decisão do magistrado por meio da
comunicação escrita, esses pro-issionais continuam a se relaciona de -orma
interventiva co mo usurio dos seus serviços.
Relatório ou laudo? 
"o ponto de vista l'$ico
@ estudo se re-ere  anlise sore algo que se quer conhecer, por meio da
oservação e do e)ame detalhado, ou se8a, ' a pesquisa sore determinado assunto
&Michaellis, %BBC+.
@ relat+rio ' a descrição ou o relato do que -oi poss?vel conhecer por meio do estudo,
ou se8a,um parecer ou e)posição dos -undamentos de um voto ou de uma apreciação
ou, ainda, qualquer e)posição pormenoriada de circunst6ncia, -atos, ou o8etos
&iid.+.
@ laudo ' o documento escrito que cont'm parecer ou opinião conclusiva do que -oi
estudado e oservado sore determinado assunto. nvolve uma avaliação mais
detalhada do que -oi estudado ou ainda a opinião de t'cnico relativa a um caso ou
assunto. ;, portanto, um escrito em que um perito ou um ritro emite seu parecer e
responde a todos os quesitos que lhe -oram propostos pelo 8ui e pelas partes
interessadas &iid.+.
"o ponto de vista *urdico
@ laudo seria, con-orme o 9ódigo de !rocesso 9ivil, a e)posição, -eita por
escrito, pelos peritos, das conclus1es otidas em relação ao que -oram consultados
&Ruimarães, #$$$, p. BH+.
A percia seria conceituada como meio de prova consistente no parecer t'cnico
de pessoa hailitada, são esp'cies de per?cia: o e)ame, a vistoria e a avaliação
&iid.p.%%C+.
Ao parecer, ' a opinião -undamentada, o estudo dos aspectos de uma lei ou de
um caso 8ur?dico &...+, a opinião de t'cnico, perito, aritrador, sore assunto de sua
especialidade... &iid. p. %%H+.
Laudo e relatório uma t!nue diferença
Amos resultam de um estudo -eito, ' -ruto da avaliação de um pro-issional e
podem apresentar um parecer sore o que -oi analisado. A di-erença est na naturea
da -undamentação t'cnica do parecer. Eo laudo, -undamenta(se em anlises e deve
ser conclusivo, contendo diretries ou sugest1es.
@ relat+rio pode ser re-erente a uma pesquisa,  apresentação das atividades
desenvolvidas em determinado setor, a visitas realiadas. !ode ainda conter
in-ormaç1es acerca de provid=ncias tomadas em determinadas situaç1es ou 8usti-icar
encaminhamentos.
@ conteKdo de um relatório deve e)plicitar – ainda que de modo reve – as
ra1es pelas quais -oram avaliados como viveis, pro-issionalmente, a in-ormação ou
o encaminhamento.
@ laudo denota um estudo mais apro-undado, que cont'm parecer
-undamentado sore determinado tema ou prolemtica. ; um instrumento de
comunicação e de intervenção muito utiliado na rea 8udiciria.
0elatórios ou laudos são -ruto de um estudo avaliativo e comunicam o traalho
realiado, as intervenç1es -eitas. São sempre conclusivos, podendo conter sugest1es
e tam'm parecer.
Tipos de relat+rios
Relatórios informativos
em como o8etivo in-ormar dados ou -atos importantes. !odem ser utiliados
no decorrer de um processo de acompanhamento, para in-ormar algum -ato urgente
ou novo. !odem ainda ser utiliados nas atividades de triagem.
Eas atividades de plantão tam'm são elaorados relatórios in-ormativos. Eos
-óruns, em raão da demanda e da diversidade dos atendimentos, esses relatórios
muitas vees e)trapolam a simples in-ormação e v=m acompanhados de parecer ou
de sugest1es sore o caso que est sendo atendido naquele momento.
Relatórios circunstanciados
 0elatórios in-ormativos que são -eitos em situação de emerg=ncia, como nos
casos em que a criança encontra(se em situação de risco e precisa ser arigada numa
instituição. @ parecer, emitido após um reve relato da situação, ' apresentado
imediatamente ao 8ui. @ laudo relativo ao caso estudado ' elaorado posteriormente,
após um estudo mais acurado.
Relatórios de visita domiciliar 
0esultam das visitas dos pro-issionais Q casa das pessoas. am'm podem
ser -eitas visitas a escolas, creches, arigos, en-im, aos locais onde os usurios
interagem.
!ode conter apenas in-ormaç1es e descriç1es do domic?lio ou tam'm
aspectos anal?ticos.
2etalhes devem ser evitados, e o pro-issional precisa desenvolver a disciplina
intelectual, no sentido de en-ocar apenas o que ' relevante para que os o8etivos da
avaliação se8am alcançados.
Relatórios de acompan"amento
!odem traer in-ormaç1es, mas envolvem a intervenção pro-issional direta e o
contato mais regular e ass?duo com o usurio.
4inalidade registrar a intervenção -eita e os resultados positivos ou negativos
dessa intervenção. m instrumento de comunicação voltado ao próprio pro-issional
que realia os atendimentos. Sua naturea ' eminentemente avaliativa e de ollo1 up.
m espaços institucionais, esses relatórios sequer são elaorados, pois os
registros do acompanhamento são -eitos em -ichrios e pronturios que cont'm os
dados mais essenciais, para dar visiilidade  situação sore a qual o pro-issional est
intervindo.
Ao avaliar que a intervenção deve ser encerrada, ele comunica ao 8ui sua
avaliação, por meio de um relatório -inal, que pode ser sucinto.
Relatórios de inspeção
2evem contar, em seus registros, com a e)posição e a descrição daquilo que
-oi oservado no decorrer da visita. 2evem ainda incluir um parecer pro-issional sore
a questão avaliada, como, por e)emplo: as provid=ncias a serem tomadas, as
possiilidades viveis do que pode ser -eito para dirimir poss?veis -alhas e a
conson6ncia – ou não –n do traalho desenvolvido com os o8etivos que pretende
alcançar. Eo caso espec?-ico de instituiç1es que traalhem com crianças e
adolescentes, esses o8etivos precisam estar coadunados com o statuto da 9riança
e do Adolescente.
Laudos
São mais utiliados no universo -orense e resultam do estudo acurado sore
determinada prolemtica.
@ laudo deve ser elaorado por um Iperito em determinado assuntoJ.
@ relatório pode conter descriç1es ou in-ormaç1es e um parecer relativo ao que
-oi visto ou oservado, nos moldes de Idiante do e)postoJ, Iconsidera(se
importanteJ..., o que inclui tam'm poss?veis sugest1es.
@ laudo e)ige uma anlise mais apro-undada, em que a descrição serve de
ponto de apoio s in-er=ncias do pro-issional quanto  prolemtica que est
avaliando. le precisa ir al'm do descrito, pura e simplesmente. Suas consideraç1es
e)trapolam o descritivo e situam(se na anlise -eita.
Eão asta descrever situaç1es, mas analis(las,  lu de conhecimentos
espec?-icos do campo de atuação, com a ponte necessria  identi-icação de uma
ótica de saer.
Laudos impressos
A e)emplo do 5ESS ' comum a e)ist=ncia de impresso, previamente
elaorados, nos quais o pro-issional preenche os dados mais relevantes ao teor do
estudo realiado. Sua conclusão ' emitida, geralmente, nos itens !arecer, 9onclusão
ou !arecer 9onclusivo.
!recisa contar com a participação da equipe responsvel pelo parecer. ;
importante a aertura de item destinado s oservaç1es -eitas no decorrer do estudo.
stas deverão ser pertinentes ao parecer conclusivo.
A Produção de u! te$to& estrat'ias de redação e conte-do das !ensaens
Refle#$es iniciais
A produção de te)tos espec?-icos ':
&...+ a capacidade que hailitaria os -alantes a produir, interpretar e reconhecer
te)tos coerentes, a resumir ae para-rasear te)tos, a perceer os limites e a
completude ou incompletude de um te)to &...+ &"al, #$$$, p. 3H+.
2esse modo, organia(se melhor o pensamento em termos de linguagem
escrita, cu8o discurso deve ser mais concatenado o8etivo que o da linguagem -alada.
Estrat'ias no uso da co!unicação escrita
ma dessas estrat'gias pode ser o uso constante do dicionrio e da gramtica
para dirimir poss?veis dKvidas.
sse tipo de linguagem não admite divagaç1es nem redund6ncias,
principalmente se o te)to -or relativo a uma rea do saer pro-issional.
@utra estrat'gia ' a plani-icação das id'ias, por meio da pr'via elaoração de
um roteiro que servir de apoio ao encadeamento e  o8etividade do te)to. A
-inalidade do roteiro ' evitar esquecimentos ou desvios quanto ao que se prop1e
analisar e avaliar, 8 que ' muito importante ater(se ao o8etivo para o qual a avaliação
est sendo -eita.
; preciso coer=ncia e levea no que se escreve, para que a mensagem na
-ique truncada, nem canse o leitor – este tam'm geralmente assoerado com uma
grande demanda de atendimentos e de leituras.
m suma, ' importante perguntar(se:
• @ te)to que escrevi est claro, coerente, completo
• As in-ormaç1es e os relatos são precisos e necessrios ou, ao contrrio, diem
respeito  minha tend=ncia  proli)idade
• udo que escrevi ' essencial  compreensão do te)to, ou alguns dados
interessariam apenas a mim, como sus?dios para a avaliação
• A linguagem que utiliei est adequada
• A -orma de e)pressão condi com a linguagem escrita
• @s pronomes e as e)press1es de tratamento -orma usados adequadamente
• Ao me re-erir  anlise que -i, utiliei a mesma pessoa em todo o te)to, isto ',
usei sempre o impessoal ou a primeira pessoa do plural &e).: IperceemosJ,
IdetectamosJ ou Iperceeu(seJ ou Idetectou(seJ. Eos laudos, ' pre-er?vel o uso
do impessoal, especialmente naqueles que envolvem prolemas de "ara de
4am?lia+.
Caractersticas do conte-do de u! bo! te$to
!ressup1e uma parte introdutória, o desenvolvimento da questão e a
conclusão.
0elatórios e laudos iniciam(se com reve descrição da prolemtica a ser
avaliada, para que o leitor se situe. 9omeça a anlise e a avaliação. ssa avaliação
deve estar centrada na demanda institucional.
Aspectos avaliativos relacionados  criança ou ao adolescente precisam
coadunar(se com os preceitos do 9A e tam'm com o que o avaliador considera
melhor naquele momento, so a ótica de sua rea de compet=ncia.
@s aspectos 'ticos sempre devem estar presentes no te)to.
A %or!a te$tual dos relat+rios e do laudo
Os relatórios
@ relat+rio in%or!ativo cont'm aspectos relacionados a esclarecimentos,
encaminhamentos e Q comunicação de procedimentos tomados. Eão h necessidade
de um te)to longo ou detalhado.
!elo -ato de o relatório in-ormativo denotar ' comum conter maior riquea de
dados de identi-icação &pessoais, de moradia etc.+, os quais -aem parte de um
caeçalho.
@ parecer pro-issional ' importante, devendo ser e)plicitado em poucos
pargra-os.
Muitas vees, ' preciso comunicar ao 8ui in-ormaç1es e)tras, otidas pela
presença espont6nea de um dos envolvidos, que -a solicitaç1es ou in-orma óitos,
mudança de endereço etc. &A não ser quando o novo -ato tenha desdoramentos na
prolemtica que motivou o acompanhamento, mudanças de endereço ou óitos
corpori-icam(se em in-ormes, e não em relatórios in-ormativos.
@ relat+rio de aco!panha!ento admite uma comunicação menos interativa
com o universo institucional, pois, via de regra, sua mensagem ' dirigida ao próprio
pro-issional que o elaorou.
rata(se de relato detalhado de intervenção pro-issional com a utiliação de
instrumental.
@ relat+rio de visita at'm(se mais  parte descritiva e avaliativa do conte)to
socio-amiliar ou relacional. "ia de regra, não cont'm conclus1es, uma ve que, em si,
a visita ' um instrumento de apoio  avaliação -inal.
sse tipo de relatório deve conter dados de anlise sore o oservado. EKmero
de c>modos, por e)emplo, só ' in-ormação importante se analisada  lu da
necessidade de privacidade -amiliar, ou das condiç1es socioecon>micas da -am?lia
visitada. !ode ainda, revelar dados concernentes ao papel e ao lugar dos memros da
-am?lia naquele conte)to.
2eterminados -atos devem que ser descritos e analisados so o ponto de vista
pro-issional, ou se8a, de determinado rea de compet=ncia.
O laudo
@ laudo precisa ser mais completo que contenha uma anlise -undamentada, a
qual emasa a avaliação que d origem ao parecer. Eão asta descrever, mas
relacionar descrição a aspectos importantes da realidade, numa perspectiva da rea
do saer pro-issional.
@ te)to do laudo deve apresentar no caeçalho os instrumentos utiliados no
decorrer da avaliação e os participantes do processo interventivo. @s dados avaliativos
v=m no corpo do laudo e cont=m anlises do conte)to em que se deu a prolemtica.
As -alas dos entrevistados só devem ser transcritas nos casos em que se mostram
esclarecedoras da anlise realiada pelo pro-issional, precisando ser indicadas com o
uso de aspas.
Marcos signi-icativos da história de vida são tam'm um dado importante de
anlise, especialmente para pro-issionais que lidam com o veral, com o mani-esto.
sse histórico deve ser reve, com o relato do que ' sumamente importante para
melhor entendimento da situação e da anlise do pro-issional.
2esse modo, o histórico de vida assume papel introdutório no corpo do te)to, e
o desenvolvimento assume caracter?sticas de anlise. A avaliação -inal encaminha
para a conclusão e para as sugest1es.
!odem tam'm ser elaorados laudos que 8 iniciem pela avaliação, nos
moldes de Ios relatos dei)aram transparecer que o grupo -amiliar caracteria(se
por...J. de qualquer maneira, o te)to deve estar claro, coerente e ter princ?pio, meio e
-im.
O .ue i!porta sinali(ar nu! te$to avaliativo/
2o ponto de vista da rea de compet=ncia do pro-issional, que deve evitar o
mero relato descritivo.
Eas instituiç1es 8udicirias – algumas in-ormaç1es não podem ser esquecidas,
como as que se relacionam:
• Ao conte)to -amiliar &que vai ser analisado di-erentemente pelos diversos
pro-issionais+*
• Aos aspectos in-racionais &no caso de avaliaç1es direcionadas ao cometimento
de in-raç1es ou penas+*
• Aos motivos das escolhas &de um emprego ou de uma pro-issão+ ou das
decis1es &de adotar uma criança+*
• Aos aspectos do processo socioeducacional &no caso de crianças
institucionaliadas ou internaliadas+*
• Aos pro8etos de vida &se são Iclich=sJ, se cont=m dados concretos de
realiação...+.
A elaoração de um roteiro tam'm ' muito importante. Sua -unção ' nortear o que
deve ser sinaliado no te)to. 2eve ser pensado em con8unto pela equipe de traalho
O conte-do
%abeçal"o e encamin"amento do te#to
anto relatórios quanto laudos precisam inicialmente ter um caeçalho no qual
se registre o setor responsvel pela avaliação e o t?tulo do instrumento. m relatório,
evidencia(se o tipo: inormativo, de acompanhamento, de visita...
São necessrios dados de identi-icação, os quais serão mais ou menos
detalhados, con-orme a instituição e os o8etivos da avaliação. m algumas delas –
como nos -óruns(, apelidos são muitas vees importantes, assim como o nKmero do
processo e da "ara ao qual o cartório responsvel pertence.
@ instrumental utiliado o nKmero de entrevistas, de din6micas de gruo, de
visitas. @ importante ' que esses dados -iquem vis?veis e não se alonguem
desnecessariamente.
Encamin"amento do te#to ao seu destinat&rio final 
 Eo espaço -orense o destinatrio ' o 8ui, portanto ' preciso maior -ormalidade
e adequação no tratamento utiliado. Eo geral, o encaminhamento vem logo após os
dados de identi-icação.
0elação estabelecida co! os usu#rios& cli!a
4aer re-er=ncias iniciais  sua percepção quanto  postura e ao
comportamento dos envolvidos no decorrer do processo avaliativo, iniciando seus
te)tos com essas sinaliaç1es. ssas re-er=ncias são importantes quando h con-litos
entre os usurios &no caso de grupo de -am?lia+ ou algum deles compareceu 
entrevista visivelmente alcooliado. 9aso se8a poss?vel marcar nova entrevista, o -ato
pode ser traalhado com o próprio usurio. 9ae ao pro-issional decidir eticamente o
que deve ou não ser registrado.
1reve hist+rico do caso
!ode ter como t?tulo IhistóricoJ ou IdescriçãoJ, acrescentado da palavra
IreveJ.
!ode(se ainda iniciar diretamente a anlise: Ios relatos concernentes ao
histórico de vida dei)aram perceer...J
An#lises
2evem en-ocar os aspectos socio-amiliares e relacionais, con-orme a ótica da
rea de compet=ncia do pro-issional responsvel e tam'm do o8etivo da avaliação.
Conclusão e suest2es
A conclusão pode ser reve e conter consideraç1es sore o que -oi sendo
analisado no corpo do te)to, para depois redundar no parecer t'cnico.
Conclusão
A o8etividade, o imediatismo entre o pensamento e a ação, a repetição, a
economia de tempo na e)ecução das tare-as corriqueiras etc... A estruturação de uma
rotina ' importante e necessria, na medida em que -acilita o dia a dia, poupa tempo e
are espaço para a re-le)ão, para o laer ou para qualquer outra atividade geradora de
uma grati-icação pessoal.
@ traalho institucional ' marcado pelo imediatismo das aç1es, pelo
mecanicismo e pela repetição, aliado muitas vees ao e)cesso de demanda, o que
impede a re-le)ão e o questionamento. 5nstalam(se, então, o des6nimo, o estresse..., e
o traalho criativo e compromissado cede lugar  alienação.
; importante lemrar que o espaço institucional re-lete o contraditório da
sociedade.
@ pro-issional que atua num espaço para atendimento ao usurio não pode
esquecer que seu o8etivo ' prestar serviço  população que ali chega, cu8os direitos
são garantidos constitucionalmente.
As interaç1es sociais e pro-issionais estão permeadas de avaliaç1es e de que
a avaliação ' um -ato ir au)iliar a re-le)ão sore o agir pro-issional, de modo a evitar
 8ulgamentos, preconceitos e diminuir tam'm a possiilidade de transmutação do
pro-issional em um mero tare-eiro.
A linguagem envolve a intencionalidade e tam'm a representação social da
imagem do pro-issional.
m qualquer traalho desenvolvido no universo institucional, ' de suma
import6ncia uma prtica consciente e re-letida, que não se dei)e levar unicamente pela
cotidianidade.

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